BRPI1007963B1 - método para remoção de arsênio na forma de escorodita - Google Patents

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Ruonala Mikko
Miettinen Ville
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Abstract

método para remoção de arsênio na forma de escorodita a presente invenção está correlacionada a um método para remoção de arsênio na forma de escorodita, a partir de soluções que contêm ferro e arsênio. de acordo com o presente método, o arsênio é primeiro precipitado como arsenato férrico e, subsequentemente, processado por meios hidrotérmicos em escorodita cristalina.

Description

“MÉTODO PARA REMOÇÃO DE ARSÊNIO NA FORMA DE ESCORODITA
Campo da Invenção
[001] A presente invenção se refere a um método para remoção de arsênio na forma de escorodita, a partir de soluções contendo ferro e arsênio. De acordo com o presente método, o arsênio é primeiro precipitado como arsenato férrico e, subsequentemente, tratado por meios hidrotérmicos, proporcionando escorodita cristalina. Antecedentes da Invenção
[002] Na natureza, o arsênio aparece em diversas e diferentes formações. Mais comumente, o arsênio se associa com o ferro e o cobre, mas, também, com níquel, cobalto, ouro e prata. O arsênio é também a impureza mais importante a ser removida durante a recuperação de metais não-ferrosos. No decorrer de processos pirometalúrgicos, a maioria do arsênio permanece na cinza volátil dos resíduos da caldeira térmica e do forno elétrico. A utilização de arsênio não tem aumentado em relação a sua recuperação, de modo que a maior parte do arsênio tem de ser armazenada na forma de resíduos. Uma vez que o arsênio e seus compostos são tóxicos, eles devem ser feitos na forma menos solúvel possível, antes de serem removidos do processo. Os compostos mais fracamente solúveis de arsênio com pHs neutros, incluem, por exemplo, os arsenatos de zinco, cobre e chumbo, mas, a ligação do arsênio a esses metais valiosos não tem sido seriamente considerada, principalmente, devido ao valioso teor metálico daquilo que irá permanecer como resíduo. Um método de precipitação de arsênio usado intensamente nos dias de hoje, é precipitar o arsênio com ferro, proporcionando arsenato férrico, que é pouco solúvel. Em particular, a forma
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2/14 cristalina do arsenato férrico, conhecida como escorodita (FeAsO4.2H2O), é ainda mais fracamente solúvel que a sua outra forma, o arsenato férrico amorfo.
[003] A precipitação hidrotérmica do arsênio na forma de escorodita fracamente solúvel já é conhecida há muito tempo. A escorodita formada por meios hidrotérmicos a uma temperatura de mais de 150°C é fracamente solúvel e seu teor de arsênio se dispõe na faixa de 30%, desse modo, sendo uma maneira bastante efetiva de se considerar o arsênio como um produto que não polui o ambiente. Até agora, o maior obstáculo ao uso do método tem sido o custo da autoclave, uma vez que o método exige uma autoclave bastante grande, devido à concentração do arsênio da solução a ser tratada ser geralmente mais baixa. O método é considerado economicamente viável se for possível combinar o mesmo com a oxidação de algum metal valioso, tal como, um concentrado de ouro. Na Patente U.S. No. 7.314.604 é mencionado que nenhuma autoclave é conhecida para ser usada somente na formação de escorodita.
[004] Atualmente, a possibilidade de preparação da escorodita sob temperaturas de no máximo 100°C, ou sob pressão ambiente, tem sido bastante pesquisada. No artigo de Wang Q. et al: Arsenic Fixation in Metallurgical Plant Effluents in the Form of Crystalline Scorodite via a NonAutoclave Oxidation-Precipitation Process, publicado pela Sociedade para Metalurgia e Exploração de Mineração, Inc., 2000, é descrito um método para remoção de arsênio de cinzas voláteis, em que o arsênio é recuperado como escorodita. O primeiro estágio de processamento do material contendo arsênio é a oxidação do arsênio trivalente (As(III)) em
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3/14 arsênio pentavalente (As(V)), com um gás contendo dióxido de enxofre e oxigênio em condições acídicas, no qual o arsênio não se precipita. Após isso, a precipitação do arsênio é realizada em condições atmosféricas, em que a proporção molar de Fe(III)/As(V) é especificada para o valor 1. A precipitação é realizada em um ou em diversos estágios, mas a precipitação na forma de escorodita exige um excesso de saturação da solução, que se consegue, mediante reciclagem dos cristais de escorodita para os primeiros reatores da precipitação e, simultaneamente, neutralização da suspensão. A zona de pH preferida se situa na faixa de 1,0 a 2,0, sendo mantida através da alimentação de um adequado agente de neutralização dentro do estágio de precipitação. Nessas condições, o arsênio pode ser precipitado ao nível de 0,5g/L. A remoção final do arsênio para o nível abaixo de 0,1 mg/L é feita através de uma segunda etapa de purificação, na qual a proporção molar de ferro e arsênio (Fe(III)/AS(V)) é ajustada para a faixa de 3,0 a 5,0 e o pH para a faixa de
3,5 a 5,0. O precipitado amorfo gerado nesse estágio é direcionado de volta para o primeiro estágio de precipitação, onde é dissolvido e novamente se precipita como escorodita.
[005] Uma indicação é feita no artigo de Singhania S. et al, Acidity, Valency and Third-Ion Effects on the Precipitation of Scorodite from Mixed Sulfate Solutions under Atmospheric-Pressure Conditions, apresentado na publicação Metallurgical and Materials Transactions B, Volume 37B, Abril de 2006, páginas 189 a 197, de que a ocorrência de precipitação em condições de pressão atmosférica deve ser realizada na forma de uma cristalização controlada, o que resulta numa escorodita bem cristalizada.
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4/14
A cristalização depende do pH da solução de precipitação e do seu controle, assim como, da quantidade de ferro e arsênio e de sua proporção na solução.
[006] Na Patente U.S. No. 6.406.676 se descreve um método para remoção de arsênio e ferro de uma solução acídica gerada no processamento hidrometalúrgico do concentrado. A precipitação de arsênio e ferro é realizada em dois estágios, em que o pH é mantido na faixa de 2,2 a 2,8, no primeiro estágio de precipitação, e na faixa de 3,0 a 4,5 no segundo estágio de precipitação. A cal é direcionada para ambos os estágios de precipitação e, além disso, é adicionado ar ao segundo estágio. Um precipitado de ferro-arsênio sai de cada estágio e o precipitado do segundo estágio é reciclado para o primeiro estágio, em que qualquer cal restante não-reagida pode ser utilizada no primeiro estágio. O precipitado do segundo estágio pode também ser reciclado para o início do mesmo estágio, a fim de melhorar a cristalização do precipitado. De acordo com o exemplo, o método foi aplicado a uma solução contendo zinco e se observa que o zinco não se precipita com o ferro e o arsênio, podendo ser recuperado após esse tratamento. A temperatura na qual a precipitação foi realizada não é mencionada na Patente, mas, presumivelmente, a precipitação ocorreu sob pressão ambiente. A publicação também não menciona a forma pela qual o ferro e o arsênio são precipitados.
[007] O Pedido de Patente U.S. No. 2008/233023 se refere ao Pedido de Patente Japonês 2005/161123, em que é descrito um método para remoção de arsênio de fuligem. De acordo com esse método, fuligem contendo arsênio é dissolvida em uma solução acídica e precipitada como arsenato de ferro amorfo,
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5/14 mediante mistura de uma solução acídica contendo ferro dentro da primeira solução. O arsenato de ferro amorfo gerado é cristalizado pelo aquecimento das soluções misturadas. O arsenato de ferro cristalizado é removido através de filtração. Uma elevada temperatura de 95°C é mencionada no Pedido de Patente Japonês, assim, o processo é realizado sob pressão atmosférica.
[008] O estado da técnica descrito acima proporciona um abrangente quadro dos atuais métodos de precipitação de arsênio, e a tendência parece ser a remoção de arsênio da solução ou precipitado, mediante transformação do mesmo em escorodita, sob pressão atmosférica. O inconveniente desses métodos é que a formação de escorodita fracamente solúvel, na qual a concentração de arsênio é alta, é ainda incerta sob pressão atmosférica, ou ainda exige condições altamente controladas. A formação hidrotérmica de escorodita mediante direcionamento de soluções contendo ferro e arsênio para uma autoclave tem demonstrado ser uma solução financeiramente dispendiosa, muito embora, a escorodita seja o composto de arsênio mais fracamente solúvel possível. A solubilidade da escorodita no teste TCLP (Toxicity Characteristic Leaching Procedure) da U.S. Environmental Protection Agency é abaixo de 5 mg/L.
Objetivo da Invenção
[009] O objetivo do método de acordo com a presente invenção é eliminar os inconvenientes dos métodos citados pelo estado da técnica e obter um precipitado fracamente solúvel, no qual arsênio se apresenta na forma cristalina, como escorodita.
Resumo da Invenção
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6/14
[0010]A invenção está correlacionada a um método para precipitação de ferro e arsênio na forma de um composto fracamente solúvel, a partir de uma solução aquosa acídica. De acordo com o método, uma solução contendo ferro e uma solução contendo arsênio são oxidadas por meio de um agente oxidante, de modo que o ferro seja oxidado para ferro trivalente e o arsênio para arsênio pentavalente. O ferro e o arsênio são precipitados na forma de arsenato férrico, sob pressão atmosférica, e a proporção de ferro/arsênio é ajustada na faixa de 1,0 a 3,5, e o pH na faixa de 1,5 a 4,5. O precipitado de arsenato férrico formado é direcionado para conversão hidrotérmica a uma temperatura de 150 a 2000C, na qual o arsenato férrico se cristaliza na forma de escorodita fracamente solúvel.
[0011]De acordo com uma modalidade preferida da invenção, no estágio de precipitação de arsenato férrico, a proporção de ferro/arsênio é ajustada entre os valores de 1,0 a 1,5. No estágio de precipitação de arsenato férrico, o pH é preferivelmente disposto na faixa de 1,5 a 2,0. A conversão hidrotérmica, tipicamente, é realizada a uma temperatura de 160 a 180°C.
[0012]De acordo com uma modalidade preferida da invenção, a pequena quantidade de arsênio restante na solução em forma de precipitado de arsenato férrico é removida no estágio de purificação da precipitação. Após o estágio de precipitação de arsenato férrico, é realizada a separação de líquido-sólido, a partir da qual os sólidos são direcionados para conversão hidrotérmica e a solução é direcionada, pelo menos parcialmente, para o estágio de purificação da precipitação. Após o estágio de purificação da precipitação
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7/14 da solução, é realizada a separação de líquido-sólido, a partir da qual os sólidos são tratados, de modo que o arsênio contido nos sólidos se dissolve e a solução é direcionada para a precipitação do arsenato férrico. A solução que sai da separação líquido-sólido é conhecida como efluente. A proporção de Fe/As do estágio de purificação da precipitação é ajustada para a faixa de 3,0 a 5,0 e o pH para a faixa de 3,5 a 5,0.
[0013]De acordo com uma modalidade da invenção, a solução do estágio de precipitação de arsenato férrico é direcionada de volta, pelo menos parcialmente, para o estágio de precipitação de arsenato férrico.
[0014]De acordo com uma modalidade da invenção, a solução da conversão hidrotérmica é direcionada de volta, pelo menos parcialmente, para o estágio de precipitação de arsenato férrico.
[0015]De acordo com uma modalidade da invenção, a solução da conversão hidrotérmica é direcionada, pelo menos parcialmente, para o estágio de purificação da precipitação.
[0016]De acordo com uma modalidade da invenção, a oxidação do ferro e arsênio é executada separadamente, antes do estágio de precipitação de arsenato férrico.
[0017]De acordo com outra modalidade da invenção, as soluções contendo ferro e arsênio são direcionadas juntas e oxidadas ao mesmo tempo no estágio de precipitação de arsenato férrico.
[0018]De acordo com uma modalidade da invenção, o agente oxidante do estágio de precipitação de arsenato férrico é pelo menos um do seguinte grupo: oxigênio, peróxido de
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8/14 hidrogênio, dióxido de manganês ou oxigênio com dióxido de enxofre.
Breve Descrição do Desenho Anexo
[0019]A figura 1 representa um fluxograma do método de acordo com a presente invenção.
Descrição Detalhada da Invenção
[0020]No método de acordo com a presente invenção, um resíduo contendo arsênio é formado substancialmente em dois estágios, onde arsenato férrico é formado no primeiro estágio e escorodita no segundo estágio. Uma vez que o arsênio é geralmente trivalente em solução acídica, ele deve, primeiro, ser oxidado a arsênio pentavalente. Do mesmo modo, o ferro dissolvido é normalmente divalente e, assim, deve ser oxidado a ferro trivalente. O arsênio e o ferro podem ser oxidados antes de serem introduzidos no estágio de precipitação, mas, a oxidação pode, também, beneficamente ocorrer, simultaneamente, com o estágio de precipitação. Conforme mostrado na figura 1, a oxidação ocorre simultaneamente com o primeiro estágio do método. A substância oxidante usada é um oxidante conhecido, tal como, peróxido de hidrogênio, dióxido de manganês, oxigênio ou oxigênio com dióxido de enxofre.
[0021]Assim, o primeiro estágio do método é um estágio de precipitação ou oxidação-precipitação, para o qual as soluções contendo arsênio e ferro são direcionadas, e que se realiza sob pressão atmosférica. É característico do estágio de precipitação de arsenato férrico que a proporção molar de ferro-arsênio seja ajustada para a faixa de 1,0 a 3,5, preferivelmente, para a faixa de 1,0 a 1,5. Os testes que foram realizados mostraram que para a formação de escorodita
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9/14 é vantajoso que a proporção de Fe-As no estágio de precipitação de arsenato férrico não seja demasiadamente alta. O pH no estágio de precipitação é ajustado para a faixa de 1,5 a 4,5, preferivelmente, para a faixa de 1,5 a 2,0. Um resíduo de arsenato férrico é formado na precipitação, sendo direcionado para a separação líquido-sólido. Uma vez que a proporção de ferro-arsênio é relativamente baixa, conforme indicado acima, o resíduo formado pode ser fácil e intensamente filtrado.
[0022]A maior parte da solução obtida da separação líquido-sólido do arsenato férrico pode ser reciclada para o início do processo, isto é, de volta para o estágio de precipitação de arsenato férrico. Se necessário, a corrente da solução pode ser retirada do processo, a fim de corrigir o balanço de água do processo. Desse modo, o arsênio restante na solução pode ser removido mediante direcionamento da solução para o estágio de purificação da precipitação. Essa alternativa é apresentada na figura 1, de acordo com a qual, uma parte da solução é direcionada para o estágio de purificação da precipitação, de modo que o arsênio possa ser removido da solução o mais cuidadosamente possível. O estágio de purificação da precipitação também opera sob pressão atmosférica e nesse caso, a proporção molar de ferro e arsênio (Fe(III)/As(V)) é ajustada para a faixa de 3,0 a 5,0 e o pH para a faixa de 3,5 a 5,0. Somente uma pequena parte da solução, em torno de 1 a 10%, é direcionada para o estágio de purificação da precipitação. Se necessário, um adicional de solução contendo ferro e um agente de neutralização são direcionados para o estágio de purificação da precipitação. Um agente de neutralização útil é a cal. Após a separação
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10/14 líquidos-sólidos da pós-purificação da precipitação, dependendo do processo global, o precipitado de arsenato férrico formado no estágio de purificação é direcionado para uma adequada etapa de processo precedente, na qual o mesmo se dissolve, ou para uma lixívia separada de arsenato férrico (não mostrado em detalhes no desenho), a partir da qual a solução é direcionada de volta para o estágio de precipitação de arsenato férrico do processo principal. A solução que sai do estágio de conversão de escorodita é reciclada de volta para o processo. Esses procedimentos possibilitam que todo o arsênio seja retornado para a forma de escorodita.
[0023]O precipitado de arsenato férrico formado no estágio de precipitação de arsenato férrico é direcionado para o estágio de conversão hidrotérmica, o qual é realizado em uma autoclave a uma temperatura de 150 a 200°C, preferivelmente, a uma temperatura de 160 a 180°C. Pesquisas têm revelado que a escorodita formada na temperatura acima mencionada corresponde à escorodita encontrada como um mineral natural, que é fracamente solúvel. O benefício essencial do método é o fato de que o tamanho da autoclave agora exigido pode ser de apenas ou 1/10 do tamanho da autoclave exigida, caso todo o processo fosse executado em uma autoclave como um processo de estágio único. Após a separação líquidos-sólidos depois da autoclave, a concentração de arsênio da solução, de acordo com o método da invenção, é de apenas 10 a 100 mg/L, enquanto no tratamento de estágio único citado pelo estado da técnica, pode ser de 0,5 a 5 g/L. A solução removida da autoclave é direcionada total ou parcialmente para o estágio de precipitação de arsenato férrico. Uma parte da solução pode
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11/14 ser também direcionada para o estágio de purificação da precipitação. Nesse caso, a única solução removida do processo é o efluente isento de arsênio, direcionado para fora do estágio de purificação da precipitação.
[0024]É característica do presente método que a proporção de ferro-arsênio seja ajustada anterior ao primeiro estágio de precipitação, para a faixa que é considerada ideal com relação à precipitação da escorodita. Além disso, é característica do método que nenhum resíduo contendo arsênio, diferente do resíduo de escorodita, seja gerado no processo, mediante controle das concentrações residuais nas soluções, após a precipitação de arsenato férrico e a conversão da escorodita.
Exemplos
Exemplo 1
[0025]Os exemplos ilustram o método de aplicação da invenção e demonstram a funcionalidade da invenção nas condições descritas acima. Os testes realizados foram de dois estágios, em cujo primeiro estágio, o arsênio e o ferro foram precipitados da solução como arsenato férrico e no segundo estágio, o arsenato férrico precipitado foi convertido em escorodita. As precipitações de arsenato férrico foram feitas em um reator de titânio, que continha um misturador tipo “gls e chicanas. Nos testes, o valor do pH foi mantido constante através da adição de hidróxido de cálcio ao reator. O precipitado de arsenato férrico gerado na precipitação de arsenato férrico foi filtrado e transferido para uma autoclave, para conversão hidrotérmica em escorodita. Água foi adicionada à autoclave, como, também,
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12/14 ácido sulfúrico, de modo que o pH da solução se manteve na faixa de 0,8 a 1,0.
[0026]Um total de três testes de precipitações combinadas de arsenato férrico e conversão de escorodita foram feitos e as condições desses testes são apresentadas na Tabela 1. No teste 3, o oxigênio e gases de dióxido de enxofre foram usados para oxidar os metais. Nos testes 1 e 2 foram usadas soluções em que os graus de oxidação de ferro e arsênio foram considerados como Fe3+ e As5+ e uma vez que isso ocorreu, a oxidação não foi exigida. A formação de escorodita foi comprovada por meio de análises de difração de raios X (XRD) de resíduos de amostras finais e intermediárias. A escorodita foi formada nos testes 1 e 3, mas, não foi formada no teste 2, no qual a proporção de FeAs do precipitado foi mais alta do que nos outros testes. As concentrações dos precipitados finais e soluções finais da precipitação de arsenato férrico se encontram apresentadas na Tabela II, assim como, as concentrações de metal do resíduo final e da solução final da conversão de escorodita, na Tabela III. A estabilidade do resíduo de escorodita foi estabelecida usando testes de estabilidade CEN, de acordo com o Padrão Europeu SFS-EN 12457-3:2002. Os resultados dos testes CEN são apresentados na Tabela IV. A quantidade de arsênio nos resíduos finais, de acordo com os testes, é relativamente baixa, mas, isso se deve à grande quantidade de gesso nos resíduos.
Tabela I - Condições de Teste
Teste 1 2 3
Precipitação de Arsenato Férrico
Petição 870190137351, de 20/12/2019, pág. 19/30
13/14
T °C 30 30 90
pH 4 4 1,8
Proporção Fe/As 1,7 3,9 1,14
Tempo h 8 6 12
Fe(II) g/L 9
Fe(III) g/L 14 23
As(III) g/L 8
As(V) g/L 11 8
O2 mL/min 1000
SO2 mL/min 50
Volume Solução L 4 4 2,7
Conversão Autocl .ave
T °C 160 160 160
pH 1 0,8 0,8
Tempo h 4 6 6
Escorodita formada Sim Não Sim
Tabela II - Concentrações de Metal do Resíduo Final e
Solução Final da Precipitação de Arsenato Férrico
As (mg/L) Fe (mg/L) As (%) Fe (%)
Teste 1 0,79 1,4 11,2 13,2
Teste 2 62,3 975 5,2 15
Teste 3 22 198 7,7 6,2
Tabela III - Concentrações de Metal do Resíduo Final e
Solução Final da Conversão de Escorodita
As (mg/L) Fe (mg/L) As (%) Fe (%)
Teste 1 103 702 13,5 14,5
Petição 870190137351, de 20/12/2019, pág. 20/30
14/14
Teste 2 20 1050 6,7 17,7
Teste 3 27,8 470 9,6 7,3
Tabela IV - Resultac os do Teste de Estabilidade CEN
Teste CEN em dois estágios
A(2-10) As (mg/kg) Fe (mg/kg) SO4 (mg/kg)
Teste 1 <2 60,4 16370
Teste 2 <2 101 20344
Teste 3 <1 <1 20092
[0027]Conforme mostrado pelos exemplos, é possível produzir escorodita solúvel fracamente solúvel, de acordo com o método da invenção, em condições de operação bastante simples.

Claims (16)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Método para precipitar ferro e arsênio na forma de um composto fracamente solúvel, a partir de soluções aquosas acídicas, caracterizado por uma solução contendo ferro e uma solução contendo arsênio serem oxidadas por meio de um agente oxidante, de modo que o ferro seja oxidado para ferro trivalente e o arsênio para arsênio pentavalente, e pelo ferro e o arsênio serem precipitados no estágio de precipitação de arsenato férrico, na forma de arsenato férrico sob pressão atmosférica, em que a razão de ferro/arsênio e o pH são ajustados no estágio de precipitação de arsenato férrico na faixa de 1,0 a 3,5, e o pH na faixa de 1,5 a 4,5; o precipitado de arsenato férrico formado é direcionado para conversão hidrotérmica a uma temperatura de 150 a 200°C, na qual o arsenato férrico se cristaliza na forma de escorodita fracamente solúvel.
  2. 2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela razão de ferro/arsênio no estágio de precipitação de arsenato férrico ser ajustada para a faixa de 1,0 a 1,5.
  3. 3. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo pH no estágio de precipitação de arsenato férrico ser ajustado para a faixa de 1,5 a 2,0.
  4. 4. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela conversão hidrotérmica ser realizada a uma temperatura de 160 a 180°C.
  5. 5. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo o arsênio remanescente em solução após o estágio de precipitação de arsenato férrico ser removido da solução em um estágio de purificação da precipitação.
    Petição 870190137351, de 20/12/2019, pág. 26/30
    2/3
  6. 6. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por uma separação líquido-sólido ser realizada após o estágio de precipitação de arsenato férrico, e pelos sólidos resultantes da separação líquido-sólido serem direcionados para a conversão hidrotérmica, e pela solução resultante da separação líquido-sólido ser, pelo menos parcialmente, direcionada para o estágio de purificação da precipitação.
  7. 7. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por uma separação líquido-sólido ser realizada após o estágio de purificação da precipitação, e pelos sólidos resultantes da separação líquido-sólido serem tratados, de modo a que o arsênio contido nos sólidos se dissolva e pela solução resultante da separação líquidosólido ser direcionada para o estágio de precipitação de arsenato férrico.
  8. 8. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por uma separação líquido-sólido ser realizada após o estágio de purificação da precipitação, e pela solução de saída ser efluente.
  9. 9. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pela razão Fe/As do estágio de purificação da precipitação ser ajustada para a faixa de 3,0 a 5,0 e pelo pH ser ajustado para a faixa de 3,5 a 5,0.
  10. 10. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela solução obtida do estágio de precipitação de arsenato férrico ser direcionada, pelo menos parcialmente, de volta para o estágio de precipitação de arsenato férrico.
    Petição 870190137351, de 20/12/2019, pág. 27/30
    3/3
  11. 11. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela solução de conversão hidrotérmica ser direcionada, pelo menos parcialmente, de volta para o estágio de precipitação de arsenato férrico.
  12. 12. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela solução de conversão hidrotérmica ser direcionada, pelo menos parcialmente, para o estágio de purificação da precipitação.
  13. 13. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela oxidação do ferro e do arsênio ser realizada separadamente, antes do estágio de precipitação de arsenato férrico.
  14. 14. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelas soluções contendo ferro e arsênio serem direcionadas juntas para e serem oxidadas simultaneamente no estágio de precipitação de arsenato férrico.
  15. 15. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo agente oxidante no estágio de precipitação de arsenato férrico ser selecionado a partir de pelo menos um do seguinte grupo que consiste em: oxigênio, peróxido de hidrogênio, dióxido de manganês ou oxigênio com dióxido de enxofre.
  16. 16. Método, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pela solução de conversão hidrotérmica ser direcionada, pelo menos parcialmente, para o estágio de purificação da precipitação.
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