PT1480815E

PT1480815E - Laminado cruzado de películas orientadas, processo de fabrico associado e matriz de coextrusão adequada ao processo

Info

Publication number: PT1480815E
Application number: PT03743393T
Authority: PT
Inventors: Rasmussen Ole-Bendt
Original assignee: Rasmussen Ole-Bendt
Priority date: 2002-03-04
Filing date: 2003-03-03
Publication date: 2007-01-31
Also published as: CN1295072C; MXPA04008540A; US20050095411A1; TW200305496A; BR0307939B1; HK1078533A1; BR0307939A; ES2274255T3; KR20040093099A; CN1638950A; CA2477460C; IL163469A; CA2671948A1; CA2671948C; TWI221443B; AU2003226658A1; US7976925B2; EP1480815A1; JP4520153B2; CA2477460A1

Description

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DESCRIÇÃO "Laminado cruzado de películas orientadas, processo de fabrico associado e matriz de coextrusão adequada ao processo" 0 presente invento refere-se a laminados cruzados, isto é, laminados de películas, das quais, pelo menos, duas estão orientadas uniaxialmente ou biaxialmente não equilibradas, em que a direcção principal de orientação numa destas películas cruza a direcção principal de orientação na outra película. Mais especificamente o invento refere-se a modificações, feitas num padrão adequado, das propriedades de superfície das duas películas sobre as superfícies, as quais ficam dentro do laminado e estão ligadas entre si. Existem duas finalidades práticas de produção de tais modificações de padrão formadas.

Uma modificação bem conhecida das superfícies internas num laminado (embora não utilizada actualmente para os laminados cruzados) consiste na impressão de um texto ou padrão decorativo numa das superfícies, a qual se torna interna. Assim, o texto ou padrão não pode ser sujeito ao atrito no laminado durante a utilização.

Um aspecto do invento é um aperfeiçoamento deste processo, mas limitado to padrões decorativos, de promoção de vendas das bandas coloridas entrecruzadas pelas quais o processo de impressão, relativamente caro, é substituído por uma modificação de baixo custo do processo de extrusão. Além disso, uma concretização especial deste aspecto do invento proporciona efeito tridimensional muito especial, como será descrito mais tarde.

No que se refere à importância dos efeitos visuais em produtos feitos em plástico, é feita referência a um artigo em Modern Plastics December 2002, pág. 50: "Visual Effects means Business", o qual expressa "em vez da consideração de um invólucro exterior simplesmente como uma cobertura para componentes, os fabricantes estão a utilizar o mesmo como uma ferramenta de "marketing" para diferenciar os produtos e permitir a personalização". 2

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As modificações das superfícies internas num laminado cruzado, feitas com um padrão adequado, podem também, como foi proposto, serem utilizadas para melhorar a resistência à propagação de rasgo. Isto será agora tratado com pormenor e em ligação com isto será útil uma explicação geral da tecnologia de laminação cruzada conhecida. Também para este aspecto do invento, a finalidade principal do invento é substituir os passos do processo relativamente caros ou menos eficientes por uma modificação de baixo custo do processo extrusão.

Os laminados cruzados de películas orientadas de materiais poliméricos sintéticos têm sido produzidos comercialmente desde 1968, depois principalmente como descrito na patente GBA-0 792 976 de 23 de Maio de 1955 do inventor. É do conhecimento do inventor que a produção mundial anual total é hoje cerca de 30 000 t. O laminado cruzado é utilizado, em particular, como sacos industriais, revestimentos, encerados, coberturas de piscina e produtos semelhantes.

Os materiais poliméricos, utilizados para estes laminados cruzados, têm sido principalmente e são principalmente de polietileno e polipropileno de tipos diferentes, frequentemente modificados por mistura, e os processos de fabrico velho e actual compreendem os passos de extrusão de um tubo, o qual é orientado, por estiragem, principalmente na sua direcção longitudinal, cortando helicoidalmente este tubo numa faixa com a sua direcção principal de orientação sobre a diagonal, e laminando continuamente duas ou mais de tais faixas, entrecruzando as suas direcções principais de orientação. Pode ser também incluído no laminado uma película, a qual está orientada principalmente na sua direcção longitudinal.

Na primeira tecnologia comercializada com base nestes princípios, uma película tubular extrudida, a qual é orientada por fusão principalmente na sua direcção longitudinal, é adicionalmente estirada a frio nesta direcção antes do corte helicoidal. Numa tecnologia comercializada mais tarde, descrita, por exemplo, em US-A-4 039 364 (Rasmussen), cada película tubular é coextrudida, tendo uma 3 ΕΡ 1 480 815 /PT camada, a qual contribui principalmente para a resistência à tracção do laminado (referida aqui em seguida como "a camada principal") e, pelo menos, uma camada superficial (referida aqui em seguida como "a primeira camada de ligação"), adaptada para auxiliar na ligação das películas, as quais, pelo menos parcialmente, é realizada por pressão e calor.

As camadas especiais são também coextrudidas sobre as películas, as quais se tornam exteriores no laminado. Estas camadas especiais estão adaptadas de modo a modificar as propriedades superficiais do laminado, especialmente, para selagem por calor aperfeiçoada. Nesta última tecnologia, o corte helicoidal é realizado em sucessão directa para a coextrusão sem qualquer estiramento a frio entre, mas numa linha de produção separada. No entanto, o estiramento adicional é realizado, quando as películas forem trazidas em conjunto numa disposição em sanduíche, ligada ou ainda não ligada para formar um laminado. As películas são estiradas biaxialmente a uma temperatura relativamente baixa. 0 componente transversal deste estiramento biaxial é realizado entre rolos ranhurados.

Em US-A-5 028 289 (Rasmussen) e US-A-5 626 944 (Rasmussen) este estiramento entre rolos ranhurados foi adicionalmente desenvolvido.

As maneiras práticas de realização do corte helicoidal estão descritas em US-A-5 248 366 (Rasmussen). Esta patente menciona também uma técnica de corte alternativa, nomeadamente que uma película tubular pode ser provida com uma orientação de fusão que se prolonga helicoidalmente, enquanto a mesma é estirada a partir da matriz de coextrusão, estabelecida por uma rotação relativa entre a saída e a matriz, e subsequentemente o corte pode ser paralelo ao eixo ou pode estar inclinado em relação à direcção principal de orientação. O processo pode mesmo ser ajustado para produzir uma faixa, na qual a direcção principal da orientação de fusão se tornará perpendicular em relação à direcção longitudinal da faixa. 4

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Por razões de finalização deve ser também mencionado que, em patentes muito anteriores, é também descrita a possibilidade de que o material de película polimérico orientado longitudinalmente pode ser de laminação cruzada descontínua e ligado numa prensa.

Num processo, o qual é inteiramente diferente do descrito acima, os laminados cruzados com um carácter muito rígido são feitos para utilização, em especial, em produtos avançados. Os mesmos consistem em polímeros, os quais no estado fundido ou parcialmente fundido são cristais fluidos, e os quais ficam orientados e laminados cruzados já dentro da matriz de extrusão por meio de partes de matriz com rotação inversa. No entanto, este tipo de processo e produto não é um assunto do presente invento.

Voltando ao outro tipo de laminados cruzados, os quais são mais mercadorias ou produtos técnicos, os mesmos são caracterizados, em especial, pela elevada resistência à perfuração e elevada resistência à propagação de rasgo. A resistência de selagem por calor na selagem de tipo corte é adequada, quando for escolhido um polímero de ponto de fusão baixo adequado para as camadas superficiais do laminado, enquanto devem ser tomadas precauções muito especiais se for requerida boa resistência ao choque-calor-selagem em selagens por calor do tipo de descascar, como usualmente necessário para os sacos industriais fornecidos com tais selagens por calor. Estas precauções são apresentadas nas publicações de patente US-A-5 205 650 e WO-A-98/23434 do inventor.

Como mencionado acima os laminados cruzados podem apresentar uma elevada resistência particular à propagação de rasgo, no entanto isto está depende da condição de uma resistência de ligação geralmente baixa. Devido à orientação não equilibrada das películas individuais e ao entrecruzamento das direcções principais da orientação, uma película terá uma tendência para propagar o rasgo numa direcção e uma outra película tenderá a propagar o rasgo numa outra direcção. Por isso, existirá uma tendência para eliminar a ligação na localização em que as forças estão concentradas, e se esta tendência for suficientemente pronunciada, o rasgo será ramificado para fora ("fork out") 5

ΕΡ 1 480 815 /PT na dependência de uma delaminação local, e o efeito de entalhe ("notch effect") do rasgo será quase eliminado.

Pelo que, haverá, falando de modo geral, “competição" entre as forças de adesão, as quais tentam resistir à delaminação, e as forças de coesão em cada película, as quais tentam evitar uma ruptura ou fluxo ao longo de qualquer direcção, a qual não é paralela à direcção principal de orientação. As ditas forças de adesão são (falando ainda de modo geral) independentes da espessura das películas, enquanto que as ditas forças de coesão são principalmente proporcionais à espessura da película, quando todos os outros parâmetros ficam inalterados. Como uma consequência desta "competição", os laminados cruzados "finos" apresentarão quer uma resistência ao rasgo relativamente fraca quer uma tendência para a delaminação relativamente elevada. Isto é um problema muito menor para os laminados cruzados de camadas "grossas". Para os sacos esta "competição" não causará usualmente quaisquer problemas uma vez que os sacos enchidos não são usualmente sujeitos a forças de delaminação, o que significa que pode ser escolhida uma resistência de ligação baixa, mas a questão é muito importante para os encerados, revestimentos e produtos semelhantes, os quais serão sujeitos a flexão repetida, durante a utilização, por exemplo, baterão com o vento. Como uma questão de experiência prática o inventor e os seus licenciados verificaram que num encerado feito a partir de um laminado cruzado de duas películas com base em combinações dos tipos LLDPE e HMWHDPE, cada uma das _2 películas deve ter uma medida de, pelo menos, 45 a 50 g.m , de outro modo quer a resistência de ligação quer a resistência de propagação de rasgo será inaceitável para os utilizadores. Estas experiências referem-se a encerados para utilizações "estáticas" em que não ocorrerão demasiados batimentos com o vento. Para utilizações "dinâmicas" tais como a cobertura sobre camiões ou vagões de mercadorias, em que o encerado será sujeito a batimentos fortes e repetidos, a medida requerida é muito mais elevada.

Um objectivo do presente invento é resolver este problema, que possam ser conseguidas elevada resistência ao rasgo e, ao mesmo tempo, uma ligação adequada entre as 6 ΕΡ 1 480 815 /PT películas e de uma maneira prática, mesmo em laminados cruzados de medida baixa.

Em ligação com a solução do problema acima mencionado, o inventor construiu uma matriz de coextrusão circular capaz de coextrusão, de uma maneira prática, de um agrupamento de cordões sobre uma película tubular, e esta construção é também um objectivo do presente invento.

Em GB-A-1 095 479 de 3 de Março de 1964 (cedida a Metal Containers) o inventor sugeriu que o problema, o qual foi identificado acima, pode ser resolvido soldando fortemente as películas entre si em pontos ou linhas e soldando fracamente as mesmas entre si através do restante das superfícies de contacto (sendo uma ligação forte/ligação fraca, em geral, melhor do que uma ligação forte/não ligação). Isto permite ao rasgo "ramificar-se para fora" ("fork-out") como descrito acima nas áreas de ligação fraca, enquanto que é evitada uma delaminação geral pelos pontos ou linhas de soldadura forte.

Para a soldadura forte, a patente sugere a soldadura de aquecimento ultra-sónica, a aplicação de um solvente (de preferência, vapores quentes) para dissolver uma camada superficial fina, ou a utilização de monómeros de polimerização rápida, que actuam como ligantes fortes. Para a soldadura fraca a patente sugere (utilizando laminados cruzados de polietileno com um exemplo) aplicar um gel de polietileno de baixo peso molecular ou cera de parafina, a qual foi dissolvida, por exemplo, em tolueno ou xileno por aquecimento e formou o gel por arrefecimento. Uma camada fina deste gel, que inclui, o solvente é aplicada selectivamente pela técnica de impressão antes da soldadura forte ser realizada por sopragem de vapores de tolueno ou xileno para as superfícies de película, enquanto as mesmas são unidas entre os rolos. Em alternativa, é adicionada uma quantidade menor de um agente de escorregamento ao tolueno ou xileno, e este solvente "contaminado" é utilizado de maneira semelhante ao gel. A DK-A-1017/67 (de Pont) publicada em 24 de Fevereiro de 1967 reivindica laminados cruzados de películas ligadas em pontos ou linhas, (os quais podem ser dois agrupamentos de 7 ΕΡ 1 480 815 /PT linhas que formam um padrão de rede), enquanto o restante da área de contacto é (citando a reivindicação principal) "praticamente não ligado". São descritos três processos de realização da liqação nos pontos ou linhas. Um consiste na aplicação de um ligante tipo borracha no padrão desejado. Esta aplicação é dita ser realizada por processos bem conhecidos, mas não é mais explicada.

Um segundo processo consiste no tratamento das áreas seleccionadas de uma superfície sobre uma das películas com cloro, seguida pela laminação sob pressão a uma temperatura elevada, abaixo do ponto de fusão do material de película.

Um terceiro processo, o qual está descrito como sendo o preferido, é executado pelo tratamento das áreas seleccionadas de uma superfície de película com uma descarga de coroa, seguida pela laminação sob pressão a uma temperatura elevada sob os pontos de fusão do material de película. Neste caso, é fornecido um eléctrodo formado por rolos, ligado à terra, com o padrão desejado (o qual pode ser uma padrão de rede) de modo que a descarga eléctrica é apenas realizada no espaço determinado por este padrão. A superfície de película coincidente é tratada por coroa através de toda a sua área. É indicado que este tratamento requer um efeito de 20 kW cm de largura se a velocidade for de 0,5 m.min-1.

Na última patente acima mencionada US-A-4 039 364 (Rasmussen), na qual é coextrudida uma camada superficial em cada película orientada ("a primeira camada de ligação") para aumentar e controlar a ligação, é estabelecido um sistema de adesão de ligação forte/ligação fraca pela utilização de temperaturas diferentes de laminação nas diferentes localizações do laminado. Assim, no exemplo 1, pela utilização da coextrusão e corte helicoidal são feitas três películas com direcção diferente da orientação de fusão e camadas superficiais de EVA para auxiliar a laminação (no anterior denominada "a primeira camada de laminação"). É estabelecida uma ligação fraca simultânea com a orientação transversal, tomando uma sanduíche das três películas orientadas de modo diferente sete vezes através de um conjunto de rolos ranhurados engrenados entre si. O passo destes rolos é de 1,5 mm, dos quais a largura da ranhura 8 ΕΡ 1 480 815 /PT chega a 1,0 mm e a largura do "dente" circular a 0,5 mm. Entre cada passagem, através dos rolos ranhurados, são endireitadas as pregas formadas na sanduíche de películas.

Estes passos de estiramento realizam-se a 20°C, mas produzem ainda alguma ligação (resistência ao descasque 10 g.cirT1) devido ao contacto íntimo entre as películas e ao efeito do estiramento das mesmas em conjunto. Após as sete passagens a 20°C a película é feita passar de novo através de um conjunto semelhante de rolos ranhurados com as mesmas dimensões e engrenados ente si, mas aquecidos a 120°C, pelo que são formadas as linhas de ligação fortes. Finalmente, o laminado fica orientado longitudinalmente.

Em EP-A-0 099 222 (Mercer et. al.) de 04/07/83, a orientação e laminação cruzada num padrão de pontos soldados é realizada como um processo unitário numa e imediatamente a seguir a uma matriz circular com as duas partes da matriz com rotação contrária. Cada uma destas partes de matriz produz uma película fornecida com um agrupamento de nervuras, disposto de modo que os dois agrupamentos fiquem virados um para o outro. Devido à rotação contrária, a orientação de fusão no e o agrupamento de nervuras sobre uma das películas nervuradas torna-se direito e para o outro torna-se esquerdo. Os dois agrupamentos de nervuras são trazidos de modo a encontrarem-se em ou imediatamente após a saída da matriz, e a ligação é realizada apenas nos pontos em que as nervuras se intersectam entre si. As nervuras mantêm as duas películas soldadas por pontos espaçadas entre si também no produto final. A orientação de fusão com orientação entrecruzada é realizada enquanto o material polimérico se escoa através das partes com rotação contrária e pela sopragem e a estiragem longitudinal, quando o laminado tiver deixado a saída da matriz. Não é realizado processo de orientação subsequente. O processo não é um processo de coextrusão. As películas e as nervuras consistem no mesmo material polimérico e vêm do mesmo extrusor. 9

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Tanto quanto do conhecimento do inventor, nenhum dos processos acima mencionados de execução de padrões de ligação forte/ligação fraca ou ligação forte/sem ligação em laminados cruzados foi alguma vez utilizado para a produção comercial, apesar da principal e grande vantagem de tais sistemas de ligação em laminados cruzados tenha sido reconhecida durante 40 anos. No entanto, cada um dos processos propostos apresenta inconvenientes sérios. Os processos, os quais utilizam solventes orgânicos para poliolefinas, especialmente na forma de vapor, estão ligados a perigos para a saúde a não ser que seja utilizada maquinaria muito cara, porque é difícil evitar que os vestígios do solvente permaneçam no produto final. 0 tratamento de coroa proposto num padrão, seguido pela laminação sob pressão e calor, mas abaixo do ponto de fusão do material polimérico, apenas é aplicável se a capacidade de produção for muito baixa. Na produção comercial de laminados cruzados para utilização em mercadorias, tais como, por exemplo, os encerados e os revestimentos, a velocidade de laminação deve ser 60 m.min-1 ou mais e a largura de 150 cm ou mais. Utilizando a informação acima mencionada acerca do consumo de energia, os 60 m.min-1 e os 150 cm requererão 900 kW, o que evidentemente na prática não é possível. Nem é o tratamento com cloro de um padrão um processo adequado para a produção industrial numa grande escala. A utilização de ligantes, aplicada pela técnica de impressão a partir de uma dispersão ou solução, requer um tratamento de superfície forte anterior, quando o material polimérico é polietileno ou polipropileno, normalmente um tratamento muito forte por coroa e, por conseguinte, este processo também não é económico.

Um padrão de ligação forte/ligação fraca, ou ligação forte/sem ligação, conseguido por diferentes temperaturas criará inevitavelmente retracção diferencial se o padrão for uma linha ou padrão (incluindo um padrão de rede), e isto faz com que o laminado cruzado pareça descuidado. A retracção diferencial pode ser evitada se as áreas de ligação forte forem pequenos pontos, mas neste caso o produto fica com uma aparência ponteada, a qual pode ser desagradável. 10

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Além disso, o aparelho necessário para o aquecimento adequado do num padrão de pontos para uma temperatura controlada é relativamente complicado, quando a velocidade é elevada, uma vez que o laminado deve manter-se em contacto com os pontos quentes num aquecedor através de uma passagem longa sem que seja realizado qualquer deslocamento do laminado, apesar da sua tendência para a retracção.

No processo de laminação cruzada unitário com partes de matriz com rotação contrária é, do ponto de vista da resistência, um inconveniente que a formação de película e orientação molecular estão tão apertadamente ligadas entre si. Isto torna virtualmente impossível realizar por medida as propriedades para as diferentes finalidades. Além disso, o inventor verificou que um laminado cruzado, o qual está completamente desligado excepto nos pontos, apresenta um ponto de cedência relativamente baixo e elevada tendência para deformação por fluência numa direcção entre as direcções principais de orientação nas duas películas laminadas. O objectivo do presente invento é proporcionar um sistema aperfeiçoado e simplificado de ligação forte/ligação fraca para o laminado cruzado pela utilização da extrusão e/ou proporcionar o mesmo com efeitos estéticos interessantes e aperfeiçoados, por coextrusão semelhante. O invento refere-se a um laminado cruzado que compreende películas poliméricas mutuamente ligadas, das quais, pelo menos, duas películas vizinhas A e B, sendo cada uma delas películas coextrudidas, estão orientadas uniaxialmente ou orientadas biaxialmente não equilibradas, pelo que a direcção principal de orientação em A cruza a direcção principal de orientação em B e cada uma contém uma camada, que consiste num material polimérico, seleccionado de modo a ter elevada resistência à tracção (a partir daqui a camada principal) e sobre cada camada principal no seu lado que está virado para uma película vizinha A ou B, pelo menos, uma primeira camada superficial. A dita primeira camada superficial sobre cada uma das películas A e B é uma camada descontínua, que consiste num agrupamento de cordões finos coextrudidos, que consistem num material, o qual é seleccionado de modo a modificar as propriedades na superfície da respectiva 11 ΕΡ 1 480 815 /PT película. Esta modificação refere-se quer à aparência óptica do laminado quer à ligação entre A e B.

Por conseguinte, no processo de fabrico do laminado cruzado do invento, compreendendo o laminado as películas acima mencionadas A e B (mas podem existir também películas adicionais no laminado) , A e B são cada uma delas coextrudidas numa matriz de coextrusão plana ou circular, e cada uma compreende uma camada principal de um material polimérico, o qual seleccionado de modo a ter elevada resistência à tracção e a primeira camada superficial acima mencionada feita a partir de um material diferente. A e B são cada uma delas fornecida com uma orientação molecular uniaxial ou biaxial não equilibrada em qualquer estágio após a união dos diferentes materiais na matriz de coextrusão e antes da laminação. Antes da laminação A e B estão dispostas de um modo tal que a direcção principal de orientação em A cruzará a direcção principal de orientação em B, e durante a laminação é estabelecida a ligação entre A e B, pelo menos, em parte através de calor. 0 aspecto que caracteriza o processo é que na coextrusão, cada uma das ditas primeira camadas superficiais é feita uma camada descontínua (transversalmente descontínua em relação à direcção de extrusão), que consiste num agrupamento de cordões; e na laminação o agrupamento de cordões sobre A está disposto para cruzar o agrupamento de cordões sobre B. O processo é ainda caracterizado por o material, a partir do qual são extrudidos os cordões, ser seleccionado de modo a modificar as propriedades na superfície da respectiva película. Esta modificação refere-se quer à aparência óptica do laminado quer à ligação entre A e B. O aspecto do invento, o qual se refere às propriedades de ligação e tem como objectivo uma resistência à propagação de rasgo melhorada, é ainda caracterizado como indicado na reivindicação 2, enquanto que a caracterização adicional do processo para esta finalidade aparece da reivindicação 24. O aspecto, o qual se refere à aparência óptica e tem finalidades estéticas e decorativas, é ainda caracterizado como indicado na reivindicação 3. 12

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As dimensões preferidas do produto estão indicadas nas reivindicações 4 a 7.

[0042] Com um comentário sobre a necessidade de efeitos decorativos interessantes, é da experiência do inventor que a economia de matéria-prima, a qual pode ser conseguida pela utilização da película laminada cruzada, frequentemente a partir um ponto de vista comercial, é compensada pelos julgamentos subjectivos negativos. Como um exemplo, o encerado agrícola (por exemplo, para a protecção de culturas) feito a partir de um laminado cruzado de 70 g.irf2 de películas de polietileno orientadas seria um substituto completamente adequado de um encerado de 100 g.m”2 feito a partir de fita tecida revestida por extrusão, se fossem aplicados apenas critérios objectivos.

No entanto, actualmente o facto do cliente médio de encerados agrícolas fazer a sua escolha, em grande medida, com base no manuseamento e na aparência, e rejeitará o encerado de 70 g.m-2 devido ao seu fraco aspecto e à sua aparência como uma simples película de plástico. O problema do fraco aspecto é reduzido pela aplicação do invento anterior do inventor, descrito em WO-A-9314928, o qual é resumidamente explicado abaixo em ligação com uma das concretizações especiais do presente invento, enquanto que o problema da aparência como uma simples película de plástico fica ainda de fora. No entanto acredita-se que o padrão de cordões entrecruzados no presente invento transmitirá a mensagem de que isto é um laminado cruzado e, por conseguinte, de resistência especial. Em ligação com isto, pode ser visto pelo utilizador que o padrão não é claramente impresso na superfície do laminado, mas está dentro do mesmo. A delineação ligeiramente desfocada do padrão, a qual é o resultado inerente da técnica de coextrusão, mostra que as linhas vêm do fabrico da película e não de uma impressão posterior numa ou mais capas. Tudo em todo o padrão indica que este é um laminado cruzado e, por conseguinte, pode esperar-se que seja forte. Para além disso, o padrão não será evidentemente afectado pela abrasão, enquanto que um padrão impresso no laminado é muito susceptível a tais acções. 13

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Uma grande proporção da película laminada cruzada, a qual é fabricada em todo o mundo, foi estirada transversalmente pela passagem entre um ou mais conjuntos de rolos ranhurados engrenados entre si, ver, por exemplo, o W0-A-9314928 acima mencionado, o qual descreve a técnica existente em ligação com as películas laminadas cruzadas. Este processo de estiramento transversal dará sempre ao laminado cruzado uma aparência mais ou menos estriada devido às ondulações superficiais com as correspondentes variações de espessura no laminado. Um padrão fino das variações mesmo que tão pequeno como ±5% torna-se muito visível devido às reflexões da luz. O inventor verificou agora surpreendentemente que a combinação deste padrão estriado com cordões coloridos dentro do laminado, produz um efeito tridimensional pronunciado. Para além de ser um efeito interessante, o qual pode atrair a curiosidade, o mesmo também faz com que o observador sinta que o laminado é muito mais espesso do que é na realidade, e, por isso, o mesmo contraria o julgamento subjectivo negativo de que o mesmo é uma simples película de plástico. Este efeito tridimensional especial é ainda tratado como abaixo.

No processo de coextrusão, A e/ou B são, de preferência, também fornecidas com uma camada superficial contínua (a partir daqui a segunda camada de ligação), a qual para a finalidade do aspecto decorativo pode ser coextrudida quer no topo do agrupamento de cordões quer por debaixo deste último. Para a finalidade do aspecto da ligação a segunda camada de ligação é coextrudida sobre uma camada principal por debaixo do agrupamento de cordões, pelo que a composição da segunda camada de ligação é diferente da composição de uma camada principal e de uma primeira camada de ligação. Adicionalmente, para a finalidade do aspecto da ligação a segunda camada de ligação é seleccionada para produzir, durante a laminação, a ligação também em localizações, as quais estão desprovidas de qualquer primeira camada de ligação, tendo uma resistência mais baixa do que a ligação nos pontos. O processo de acordo com o presente invento e o produto feito por este processo não apresenta qualquer dos inconvenientes acima mencionados. O processo é muito adequado 14 ΕΡ 1 480 815 /PT para o fabrico comercial de produtos para mercadorias, uma vez que não existem problemas de perigo para a saúde envolvidos; os custos extra comparados com a laminação com uma ligação regular completa são negligenciáveis; a extrusão, o estiramento e a laminação são, no essencial, passos do processo separados, de modo que cada um deles pode ser optimizado para a utilização final desejada; a aparência do produto não precisa de sofrer do efeito de retracção diferencial ou de uma aparência ponteada; e a maquinaria utilizada normalmente para o fabrico de laminados cruzados pode ser utilizada apenas com adições baratas às linhas de coextrusão existentes, como será explicado a seguir.

Para optimização do padrão de ligações, uma vantagem muito importante é que o padrão de laminação pode compreender não apenas dois, mas três elementos, desde que o aparelho de coextrusão compreenda os meios para extrusão da mencionada segunda camada de ligação. Um aparelho de coextrusão com os ditos meios pode não ser sempre utilizado para extrudir esta camada.

Estes três elementos no padrão de laminação são: a) cada ponto onde os dois cordões das primeiras camadas de ligação se intersectam entre si, b) cada da área, na qual ambas as partes de contacto superficial estão desprovidas de qualquer primeira camada de ligação, e c) as áreas, nas quais está a primeira camada de ligação sobre uma das duas superfície de contacto e não a primeira camada de ligação sobre a outra camada.

Os componentes a) e c) em conjunto formam o padrão de rede.

Pela adaptação da resistência de ligação dos componentes a), b) e c) diferentemente para utilizações diferentes, mas utilizando a mesma maquinaria, este sistema de ligação pode ser muito útil para realizar por medida as propriedades do laminado cruzado. 15

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Assim, como um exemplo, existem certas utilizações tipo encerado em que a media deve ser baixada tanto quanto possível por razões de custo, mas em que resistência à propaqação de rasqo e por último a resistência à tracção são de primordial importância, e a tensão produzida e a estética são de importância relativamente baixa, mas em que a resistência à delaminação deve ser muito elevada, devido ao batimento ao vento. Nesse caso, é preferido um padrão de ligação forte/sem ligação, e é omitida a coextrusão de uma segunda camada de ligação. O componente principal pode ser aplicado não apenas a partir do seu próprio extrusor e através do seu próprio sistema de canais, mas também a partir do extrusor e através do sistema de canais, o qual de outro modo é utilizado para a segunda camada de ligação. A ligação é estabelecida com uma soldadura forte nos pontos (a) em que os cordões se intersectam entre si.

Noutros casos, pode existir uma necessidade de estabelecer uma ligação forte não apenas nos pontos (a) mas também nas áreas (c), enquanto que deve existir alguma ligação, mas uma ligação pronunciadamente fraca nas áreas (b) .

Isto pode ser também conseguido pela escolha adequada dos materiais poliméricos para a primeira e segunda camadas de ligação (neste caso a segunda camada de ligação deve, evidentemente, ser aplicada). A combinação de ligação forte num padrão de rede, e alguma mas ligação fraca através do restante da área produz um padrão de laminação muito interessante, normalmente melhor do que a soldadura por pontos forte combinada com a ligação fraca através do restante. No caso mencionado por último, uma delaminação iniciada acidentalmente porpagar-se-á, em geral, através de uma grande área se o laminado cruzado for flectido repetidamente, por exemplo, quando o mesmo está a bater com o vento. As películas serão ainda retidas em conjunto onde as mesmas estão soldadas por pontos, mas o restante ficará desligado e por isso perde a estética e na mesma medida a resistência à cedência e a resistência à fluência. 16

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Pelo contrário, uma ligação fraca rodeada pela ligação forte no padrão de rede, não permitirá propagar dessa maneira uma delaminação acidental.

No entanto, deve ser mencionado que existem também aplicações, nas quais a melhor combinação é: (a) soldadura forte; (b) ligação fraca; e (c) também ligação fraca, mas mais forte do que (b).

De preferência, cada uma das duas películas A e B deve principalmente consistir em polietileno ou polipropileno, por exemplo, a camada principal pode vantajosamente consistir em HDPE ou LLDPE ou uma dos dois, a segunda camada de ligação principalmente em LLDPE mas com a mistura de 5 a 25% de um copolímero de etileno, que tem um ponto de fusão ou uma gama de fusões dentro do intervalo de temperaturas de 50 a 80°C, enquanto que os cordões podem principalmente consistir de um copolímero de etileno, que tem um ponto de fusão ou uma gama de fusões dentro do intervalo de temperaturas de 50 a 100°C ou uma mistura de tal copolímero e LLDPE, contendo, pelo menos, 25% do dito copolímero. A distância desde o meio até ao meio dos cordões vizinhos em cada agrupamento deve normalmente estar entre 2 mm e 8 cm, de preferência, não mais elevada do que 4 cm, e, mais de preferência, não mais elevada do que 2 cm. A resistência de ligação nos pontos (a) , quando medida por descasque (realizado em espécimes estreitos a uma velocidade de 1 mm.s4) , deve normalmente ser, pelo menos, 40 g.cirT1 e a resistência de ligação nas áreas (b) determinada de modo semelhante no máximo a 75%, mas de preferência, não mais do que 50% da resistência de ligação em (a).

Apesar do laminado cruzado feito com partes de matriz com rotação contrária e compreendendo o entrecruzamento dos dois agrupamentos de nervuras, mencionado acima na descrição da técnica anterior, o aumento em espessura em cada uma das 17 ΕΡ 1 480 815 /PT películas A e B, nas localizações em que os cordões são coextrudidos, deve normalmente ser no máximo de 30% vistos em relação às localizações de envolvimento imediato, de preferência, no máximo de 20% e ainda mais de preferência, não mais do que 10%.

Uma coextrusão de uma ou de ambas as películas A e B é, de preferência, realizada por meio de uma matriz de coextrusão circular, para formar e estirar uma película tubular. A estiragem está adaptada para produzir uma orientação de fusão uniaxial ou biaxial não equilibrada significativa com a direcção principal da orientação e a direcção do agrupamento de cordões ao longo da direcção longitudinal da película. Em alternativa, a orientação e a direcção do agrupamento pode ser feita para se prolongar helicoidalmente ao longo da película tubular por meio de uma rotação relativa entre a saída da matriz e meios para retirar a película após a extrusão. Subsequentemente, a película fica aberta para fora com um ângulo em relação à direcção principal de orientação e à direcção do agrupamento. A distância desde o meio até ao meio dos cordões vizinhos na saída a partir do extrusor deve ser normalmente no máximo 8 cm, de preferência, não superior a 4 cm e, mais, de preferência, não superior a 2 cm, e a circunferência do tubo nesta saida deve ser normalmente, pelo menos, 20 cm.

Está também dentro do âmbito do invento extrudir as ambas as películas A e B a partir de uma matriz plana e produzir faixas cruzadas das películas com a utilização de uma prensa quente, de preferência, após o estiramento a frio longitudinal de ambas. O laminado cruzado do presente invento não está necessariamente limitado às duas películas A e B, mas pode compreender três ou mais camadas. Assim, como uma construção vantajosa, o mesmo pode compreender dois pares de películas agrupadas e ligadas A e B, em especial, com a disposição A-B-A ou B-A-B, em que a película do meio tem em ambas as suas superfícies um agrupamento de cordões, isto é, a primeira camada de ligação e, de preferência, também a segunda camada de ligação. 18

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Numa outra disposição adequada, que compreende mais do que duas películas A e B, é aplicada adicionalmente, pelo menos, mais uma película na laminação. A dita película é também produzida por coextrusão e é, desse modo, provida com a camada superficial de uma composição, adaptada para controlar a sua ligação no laminado. Esta composição e as condições de laminação são escolhidas tal que a resistência desta ligação é mais elevada do que a resistência de ligação entre A e B nas localizações, as quais estão desprovidas dos cordões coextrudidos. Assim, é contrariada uma delaminação da película adicional.

As superfícies do laminado devem, de preferência, consistir cada uma numa camada adaptada de modo a melhorar as propriedades de selagem por calor do laminado e/ou aumentar as suas propriedades de atrito. Tais camadas são coextrudidas nas películas utilizadas como películas externas no laminado.

Normalmente a orientação molecular em cada película A e B, a qual pode ter a orientação uniaxial ou biaxial não equilibrada, não deve ser limitada à que é conseguida em ligação com a extrusão. Pode ser realizado um estiramento longitudinal adicional antes do corte helicoidal. Alternativa ou suplementarmente, as películas podem ser ainda orientadas por estiramento na direcção longitudinal e/ou transversal a seguir à disposição das películas numa sanduíche para laminação. Isto pode ser realizado após a ligação por calor da dita disposição em sanduíche num laminado.

Tais passos não são em si mesmo novos, ver por exemplo, o acima mencionado WO-A-9314928, mas podem proporcionar vantagens particulares em ligação com o presente invento.

No processo de laminação os cordões em A podem ser directamente selados aos cordões em B, mas em alternativa o processo de laminação pode ser laminação por extrusão, pelo que a ligação é estabelecida por meio de uma camada extrudida separadamente.

Normalmente o agrupamento de cordões em cada uma das películas A e B não deve ocupar mais do que 15%, de 19 ΕΡ 1 480 815 /PT preferência, no máximo 10%, e, mais de preferência, no máximo 5% do volume da respectiva película A ou B.

Excepto para a situação em que é coextrudida uma segunda camada superficial (contínua) no topo da primeira camada superficial formada pelos cordões, será sempre por questões de facilidade ou melhoria de laminação, vantajoso seleccionar a composição do material dos cordões, de modo que os cordões, falando de modo geral, fundam a uma temperatura, à qual a camada principal é ainda principalmente sólida. Assim, o ponto de fusão médio dos polímeros, os quais constituem a primeira camada superficial formada pelos cordões, deve ser normalmente, pelo menos, 10°C, de preferência, pelo menos, 15°C, e, mais de preferência, pelo menos, 20°C mais baixo do que o ponto de fusão médio dos polímeros, os quais constituem a camada principal.

Em ligação com isto, a "média" deve evidentemente ser entendida como uma média que tem em conta os diferentes pesos dos constituintes. Assim, se os cordões consistirem em 20% do polímero X, que tem o ponto de fusão a 125°C e 80% do polímero Y, que tem o ponto de fusão a 90°C, o seu ponto de fusão médio será a 125 x 20% - 90 x 80% = 97°C.

Para o aspecto do invento cuja finalidade é proporcionar um sistema de ligação forte/ligação fraca da laminação, e, desse modo, uma combinação adequada de resistência à propagação de rasgo e resistência à delaminação, deve ser mencionada uma concretização adicionalmente vantajosa. Nesta concretização a ligação fraca, a qual aqui talvez melhor pode ser denominada de bloqueio, é estabelecida por meio de uma adição de polímero na segunda camada superficial de um tipo de polímero, quando utilizado como adição na película retráctil. Isto pode ser referido como um auxiliar de adesão ou um agente de bloqueio. Tal adição é um polímero pegajoso, por exemplo, poli-isobutileno, normalmente de um peso molecular relativamente baixo, o qual apresenta uma tendência para migrar para a superfície. Como um exemplo de um outro polímero adequado para esta finalidade pode ser mencionado o polipropileno atactico. O nível desta adição deve, evidentemente, não ser tão elevado que a selagem, entre esta 20 ΕΡ 1 480 815 /PT segunda camada superficial e a primeira camada superficial formada pelos cordões, seja arruinada.

Voltando agora para o outro aspecto, o qual se refere à aparência óptica, os cordões dentro do laminado devem ser coloridos e visíveis a partir de um ou de ambos os lados do laminado. Como já foi mencionado, aparece um efeito óptico tridimensional interessante, vantajoso e surpreendente, quando a superfície do laminado, através da qual os cordões são observados está gravada num padrão estriado. Uma gravação em relevo separada especificamente para esta finalidade não é normalmente necessária, mas pode ser um resultado do estiramento transversal entre os rolos ranhurados, o qual é actualmente amplamente utilizado no fabrico da película laminada cruzada, ver por exemplo, WO-A-9314928 e EP-B-0624126 (Rasmussen). É possível produzir um laminado cruzado, o qual tem uma espessura geral no máximo de 0,3 mm, parece como se os cordões estivessem, pelo menos, a 0,5 mm de distância das estrias. A expressão espessura geral é utilizada porque a gravação em relevo estriada provoca variações de medida. A espessura geral num vão que se prolonga perpendicularmente às estrias deve ser entendida como a espessura média dentro deste vão.

Esta concretização do invento é, mais especificamente, definida como se segue: a) o laminado tem uma espessura geral no máximo de 0,3 mm, b) A forma uma superfície do laminado, c) a superfície do laminado, pelo menos, no lado A apresenta um padrão de estrias visível ao longo de uma direcção, constituído por ondulações superficiais com as correspondentes variações de espessura em A, sendo as divisões no dito padrão no máximo de 3 mm, d) os cordões finos são coloridos, e o resto da película A é suficientemente transparente para mostrar os cordões coloridos, quando o laminado é observado a partir do lado A, 21

ΕΡ 1 480 815 /PT pelo que a profundidade das ondulações é suficiente para dar aos cordões a aparência de estarem, pelo menos, a 0,5 mm de distância das estrias. O efeito tridimensional é parcialmente explicado por tentativas como uma ilusão psicológica, e parcialmente pelo facto de que as estrias formam uma disposição alternativa das estruturas, as quais pode ser descritas com muita aproximação como lentes de captação cilíndricas e lentes de dispersão cilíndricas. No entanto, isto não deve ser entendido muito estritamente, uma vez que as lentes podem ter mais o carácter de prismas, ou pode existir mais de uma alternativa entre os segmentos tipo lente e os segmentos planos. A gravação em relevo pode apresentar uma divisão geralmente constante, ou pode ser mais aleatória, como quando as gravações em relevo dos diversos pares dos rolos ranhurados interferem entre si.

Seja qual for que possa ser a explicação do efeito tridimensional, o inventor verificou este era muito significativo, uma vez que o mesmo aparecerá também a partir do exemplo.

Pode ser conseguido um efeito óptico ou psicológico particularmente forte das estrias, quando o laminado, visto numa secção transversal perpendicular às estrias, apresenta uma disposição geralmente regular de nervuras, as quais são mais espessas do que a espessura média do laminado e têm uma superfície geralmente côncava e uma geralmente convexa, de modo que é formada uma dobragem da nervura transversal à sua direcção longitudinal, e ainda de modo que o material fique dobrado em ou adjacente aos limites das nervuras, quando o material está livre de tensão, na direcção oposta à nervura, para proporcionar ao material, entre duas nervuras adjacentes, uma forma geralmente direita. Isto não é em si mesmo novo, mas é uma característica principal do pedido W0-A-9314928 (Rasmussen) acima mencionado. Nesse pedido de patente a finalidade das nervuras é dar ao laminado rigidez melhorada essencialmente numa direcção, mas em ligação com o presente invento as mesmas proporcionam também um efeito óptico particular. 22

ΕΡ 1 480 815 /PT

Os efeitos estéticos particulares podem ser também conseguidos, quando a cor dos cordões é formada por um pigmento, o qual fornece um lustro metálico ou um efeito iridescente. Os banhos principais para tais cores são normalmente muito caros, mas quando a aplicação é restringida aos cordões isto não tem qualquer importância, e o aspecto do efeito obtido deste modo pode ser maior do que o efeito de uma coloração geral de uma película com tais pigmentos.

Assim, de acordo com um aspecto do invento, é proporcionado um novo processo de fabrico de um laminado cruzado, que compreende películas poliméricas mutuamente ligadas, das quais, pelo menos, duas películas vizinhas A e B são cada uma delas formadas por coextrusão, numa matriz plana ou circular, da camada principal de um material polimérico, o qual é seleccionado de modo a ter elevada resistência à tracção e uma primeira camada superficial de um material polimérico, e na qual cada A e B é fornecida com uma orientação molecular uniaxial ou biaxial não equilibrada, em qualquer estágio após a junção dos diferentes materiais na matriz de coextrusão e antes da laminação, e antes da laminação A e B são dispostas, de um modo tal que a direcção principal de orientação em A cruzará a direcção principal de orientação em B, e durante a laminação é estabelecida a ligação entre A e B, pelo menos, em parte através de calor, caracterizado por, na coextrusão, cada uma das ditas primeiras camadas superficiais ser feita descontinua na direcção transversal, pelo que a mesma consiste num agrupamento de cordões, e na laminação o agrupamento de cordões ser disposto sobre A, para cruzar o agrupamento de cordões sobre B, e caracterizado por a película A estar provida com ondulações superficiais com variações de espessura após a sua coextrusão, não tendo as divisões entre as ondulações mais do que 3 mm.

De preferência, as ondulações superficiais são proporcionadas por estiramento transversal do laminado por rolos ranhurados engrenados entre si como descrito em WO-A-931-4928, de modo que todo o laminado tem ondulações de superfície e estas têm as nervuras descritas acima. De preferência, neste aspecto o material a partir do qual os cordões são extrudidos é colorido e o material a partir do 23

ΕΡ 1 480 815 /PT qual é formada a película A é suficientemente transparente para permitir aos cordões serem visíveis do lado A do laminado.

No mencionado anteriormente foi indicado que pode ser aplicada a maquinaria normalmente utilizada para o fabrico de laminados cruzados, apenas com adições baratas às linhas de coextrusão existentes. Isto refere-se à coextrusão do agrupamento de cordões, à primeira camada de ligação descontínua. O inventor verificou que isto pode ser feito pela adição especial, mas bastante simples e barata, de peças de maquinaria na saída de quase qualquer concepção existente de matrizes de coextrusão. Evidentemente existe também a necessidade de mais um extrusor, mas os cordões ocuparão normalmente apenas 1 a 5% de cada uma das películas extrudidas e, por conseguinte, este pode ser um estrusor pequeno e barato. Acredita-se que matrizes adaptadas são novas. A matriz de extrusão de acordo com o invento é uma matriz de extrusão circular, que compreende uma parte de distribuição, na qual pode ser formado, pelo menos, um primeiro material polimérico fundido dentro de um escoamento circular geralmente regular, e separada fisicamente desta uma parte de saída, que compreende um canal principal circular com paredes geralmente cilíndricas ou cónicas, canal que pode compreender uma zona plana para conduzir o dito material polimérico fundido para um orifício de saída, a partir do qual o mesmo sairá da matriz como uma estrutura de película tubular. A característica especial do invento é que a dita parte de saída compreende também um sistema de canais para a extrusão circunferencial de um agrupamento circular de cordões estreitos de um segundo material polimérico fundido, terminando este sistema de canais numa fila circular dos orifícios internos na parede cilíndrica ou cónica geralmente para fora do canal principal.

Numa concretização preferida, a extrusão circunferencial é iniciada numa ou numa das poucas entradas para a parte saída e compreende para divisão igual um sistema labiríntico de canais, que começa em cada entrada, compreendendo cada tal sistema, pelo menos, três ramificações de canal. 24

ΕΡ 1 480 815 /PT A expressão divisão labiríntica foi introduzida em US-A-4 403 934 e refere-se a uma divisão dos escoamentos, na qual um escoamento dentro de duas ramificações de igual comprimento, cada um destes escoamentos é dividido de novo em duas ramificações de comprimento igual, etc., sendo todas as ramificações principalmente circulares e paralelas entre si. Isto está mostrado na Fig. 6. A fim de percorrer uma distância particularmente curta entre os orifícios internos, os canais do sistema ou sistemas labirínticos podem terminar num canal circular comum, que tem uma parede comum com uma parte da parede geral cilíndrica ou cónica do canal principal. A fila circular dos orifícios internos está localizada na dita parte de parede.

Esta matriz de coextrusão foi concebida tendo em vista o fabrico do laminado cruzado como meio para conseguir padrões de laminação de ligação forte/ligação fraca ou de ligação forte/sem ligação, e para esta finalidade pode existir uma necessidade de uma segunda camada de ligação contínua. Por conseguinte, são, de preferência, para além dos meios para coextrusão os ditos primeiro e segundo materiais poliméricos, proporcionados meios para coextrusão de um escoamento circular de um terceiro material polimérico fundido no lado do primeiro material, o qual é oposto do segundo material. São proporcionadas disposições de canais para junção dos escoamentos dos primeiro e terceiro materiais quer na dita parte de distribuição, ou numa parte entre este último e a parte de saída fisicamente separada.

Na matriz, a circunferência da parede para dentro na saída está, de preferência, pelo menos, 20 cm, e a distância desde o meio até ao meio dos orifícios vizinhos na fila circular está adaptada para produzir, após a ampliação ou redução, a qual acontece se as paredes do canal principal forem geralmente cónicas, uma distância desde o meio até ao meio dos vizinhos dos cordões, a qual é no máximo 8 cm, de preferência, não superior a 4 cm e, mais de preferência, não superior a 2 cm. A matriz pode também vantajosamente ser aplicada na produção da película polimérica diferente dos laminados 25

ΕΡ 1 480 815 /PT cruzados, por exemplo, levando a película um padrão decorativo de tiras coloridas. Apesar da vantagem económica acima mencionada, nomeadamente que podem ser utilizadas os desenhos de matriz existentes com a adição de partes de matriz baratas e um extrusor pequeno, é também uma vantagem que o encaminhamento do escoamento a partir do extrusor para a saída da matriz se torne o mais curto possível, quando a entrada para o segundo material para a matriz e todo o sistema de distribuição está perto da saída da matriz, pelo que a degradação do polímero pode ser evitada da melhor maneira possível.

Por razões de finalização deve ser adicionado que o agrupamento de cordões nas películas coextrudidas A e B para o laminado cruzado descrito, pode ser, evidentemente, também formado a partir de um escoamento, o qual passa através de toda a parte de distribuição da matriz de coextrusão, paralelo a outros escoamentos, mas pode existir então um risco de degradação, uma vez que estes cordões, como mencionado acima, usualmente apenas constituirão 1 a 5% de cada película.

Podem existir também dois ou mais sistemas labirínticos do tipo descrito, ou sistemas de distribuição equivalentes, seguindo um após o outro, e terminando cada um numa fila circular de orifícios internos, opcionalmente com o canal em forma de anel acima mencionado, inserido entre as ramificações finais e os orifícios internos. De preferência, cada tal sistema labiríntico deve ser alimentado a partir de um pequeno extrusor separado. Podem ser utilizados extrusores pequenos. Os orifícios internos, os quais terminam os diferentes sistemas de canais labirínticos, devem estar mutuamente deslocados, para evitar que os diferentes conjuntos de cordões coextrudidos se cubram entre si. Isto é descrito abaixo com referência à Fig. 5a.

Embora, como mencionado acima, os vários componentes da linha de produção para os laminados possam ser conhecidos, acredita-se que é novo o aparelho for realizar o processo.

De acordo com um aspecto adicional do invento é proporcionado o aparelho para o fabrico de um laminado 26 ΕΡ 1 480 815 /PT cruzado que compreende a matriz para coextrusão da película A e uma matriz para coextrusão da película B, compreendendo a ou cada dita matriz uma primeira parte de distribuição (8), na qual um primeiro material polimérico fundido pode ser formado dentro de um escoamento geralmente regular, uma segunda parte de distribuição (9), na qual um segundo material polimérico fundido pode ser formado dentro de um escoamento, um orifício de saída, compreendendo uma parte de saída um canal principal (12), para conduzir o dito primeiro material polimérico fundido para o orifício de saída e um sistema de canais (10, 11) num lado do dito canal principal, para conduzir o dito escoamento do segundo material polimérico fundido para formar uma camada superficial num lado do escoamento do dito primeiro material fundido para o orifício, no qual o material coextrudido sai do orifício de saída da matriz como uma estrutura de película (16); meios para orientação das películas A e B uniaxialmente ou biaxialmente não equilibradas após a saída do orifício de saída; meios para disposição das películas orientadas A e B, tal que as ditas camadas superficiais uma em frente da outra e tal que as suas direcções ou direcções principais de orientação se cruzam entre si; e meios de laminação para laminação de A e B pela aplicação de calor; caracterizado por o sistema de canais para condução do segundo material polimérico proporcionar um escoamento do dito segundo material, o qual é descontinuo numa direcção, em geral, transversal à direcção do escoamento, pelo que cada uma das camadas superficiais de A e B é formada como um agrupamento de cordões e quando as películas A e B estão dispostas com as suas camadas superficiais uma em frente da outra os cordões sobre A cruzam os cordões sobre B.

Quando A e B são idênticas pode fazer parte do aparelho uma única matriz. Isto produz um tipo de película, que tem as camadas superficiais desejadas e dispõe as duas películas, uma em frente da outra, para formar o laminado. A ou cada matriz é, de preferência, uma matriz nova como definido acima.

As outras características do aparelho, as quais são úteis para realizar o processo novo salientam-se das reivindicações do aparelho. 27

ΕΡ 1 480 815 /PT Ο invento está ilustrado nos desenhos anexos, nos quais: a Fig. 1 é uma vista aproximadamente numa escala verdadeira da interface entre as duas películas coextrudidas orientadas, de corte helicoidal e laminadas cruzadas A e B cada uma delas normalmente mas nem sempre com uma camada contínua fina para ligação fraca e no topo desta camada um agrupamento de cordões da primeira camada de ligação, de modo que são estabelecidos os três elementos diferentes da ligação a, b e c. A Fig. 2 é uma vista aproximadamente numa escala verdadeira de duas películas coextrudidas, orientadas, de corte helicoidal e laminadas cruzadas (A e B) . A mesma ilustra o aspecto do invento, o qual se refere à aparência óptica, que proporciona um efeito tridimensional com a utilização dos cordões coextrudidos (101) e (102), pelo que uma gravação em relevo estriada (103) proporciona um efeito tridimensional. A Fig. 3 mostra um corte através de a-a na Fig. 2. Este corte é perpendicular às estrias. A espessura de cada camada é aqui mostrada com uma ampliação de 400 vezes, enquanto que as dimensões paralelas às superfícies do laminado são mostradas com a ampliação de 20 vezes. A Fig. 4 é um desenho em perspectiva esquemático da linha de coextrusão para o fabrico da película tubular adequada, após o corte helicoidal, para produzir o laminado cruzado mostrado nas Figs. 1, 2 e 3. O escoamento do material polimérico para os cordões vem de um extrusor muito pequeno (4), e os escoamentos dos outros três materiais poliméricos (para a camada principal, a segunda camada superficial contínua e a camada para a superfície do laminado) vêm de extrusores maiores (5), (6) e (7). Os três materiais mencionados em último lugar são alimentados para dentro da parte de distribuição (8) da matriz de coextrusão e aqui são cada um formado dentro de um escoamento circular. A junção destes escoamentos realiza-se na saída de (8), enquanto que os mesmos entram na parte de saída separada fisicamente (9). O escoamento do extrusor pequeno (4) é directamente alimentado para dentro da parte de saída (9), onde, começando 28 ΕΡ 1 480 815 /PT a partir da circunferência, o mesmo se torna regularmente distribuído num sistema labiríntico de canais, como mostrado na Fig. 6 e aplicado através de um agrupamento circular de orifícios internos no exterior do escoamento de junção tubular dos outros componentes. O conceito do sistema labiríntico de canais foi explicado acima.

A Fig. 5a é um corte axial, mostrado em cerca de metade da escala, da parte de saída separada fisicamente (9), a qual consiste nas sub partes (9a), (9b), (9c), (9d) e (9e). O corte vai através da linha x-x na Fig. 6. São mostrados diversos canais (10) do sistema labiríntico. A Fig. 5b é um pormenor da Fig. 5a, que mostra a última ramificação do sistema labiríntico de canais e um dos 64 orifícios internos (11) através dos quais os escoamentos do material de formação de cordões se juntam ao escoamento tubular (12) dos três outros materiais coextrudidos. Este pormenor foi desenhado numa escala cerca de seis vezes a escala verdadeira. A Fig. 6 é uma vista em perspective de acima da sub parte (9a), que mostra a meia parte inferior do sistema labiríntico de canais (10), pelo qual um escoamento do material de formação de cordões do extrusor (4), alimentado através da entrada (13) por passos, é dividido em 64 escoamentos parciais iguais através dos canais (10), cada extrudido separadamente através de orifício interno (11). A meia parte superior do sistema labiríntico de canais, a qual está na sub parte (9b), é exactamente simétrica à da Fig. 6, afastada da entrada (13).

Nas Figs. 1 e 2 a direcção longitudinal da faixa de laminado cruzado é mostrada pela seta (1). A direcção principal de orientação, a qual pode ser uma orientação uniaxial ou uma orientação biaxial não equilibrada, é mostrada pela seta (2) para uma película, e a seta (3) para a outra película. As mesmas são, cada uma delas, mostradas como fazendo um ângulo de 60° com a direcção longitudinal (1) . Isto é, o que o inventor verificou, em geral, como sendo o melhor para encerados e revestimentos, enquanto que se verificou que os ângulos perto de 30° são, de modo geral, 29 ΕΡ 1 480 815 /PT melhores para os laminados cruzados, utilizados para produzir sacos. Foi verificado que um ângulo de 45° era apenas preferido em poucos casos.

Para cada pelicula a direcção principal da orientação é mostrada, quase mas não suficientemente paralela, ao agrupamento de cordões numa pelicula. Se a pelicula tubular, quando sair da matriz de extrusão, tiver sido estirada direita, e se a mesma não tiver sido estirada após o corte helicoidal, a direcção principal da orientação será exactamente paralela ao agrupamento, mas se a pelicula tubular tiver sido apertada por parafusos, durante a estiragem, para produzir uma orientação de fusão helicoidal, ou se a mesma tiver sido orientada uniaxial ou biaxialmente após o corte helicoidal, como na US-A-4 039 364 (Rasmussen) acima mencionada, a direcção principal da orientação não será bastante paralela ao agrupamento.

Nos pontos (a) , onde um agrupamento cruza o outro, é estabelecida uma soldadura por pontos forte. A ligação deve ser normalmente tão forte que o laminado fará a ruptura em torno destes pontos se for tentada a delaminação.

Se não for coextrudida uma segunda camada de ligação continua entre o cordão e a camada principal, existirá apenas ligação nos pontos (a) , mas, como mencionado, esta será uma ligação muito forte. Como foi explicado na descrição geral, este sistema de ligação simples é preferido nalguns casos. No entanto, a matriz de coextrusão deve, de preferência, compreender um sistema de canais para a segunda camada de ligação, mesmo se a sua utilização não estiver limitada aos ditos casos.

Mais normalmente deve ser coextrudida uma segunda camada de ligação em cada pelicula entre a camada principal e o agrupamento de cordões. Nas áreas marcadas (b) existe a ligação directa de adesivo entre as segundas camadas de ligação nas duas películas, e pela escolha da composição do material e temperatura de laminação é aqui estabelecida uma ligação fraca predeterminada e bem controlada. 30

ΕΡ 1 480 815 /PT

Nas áreas (c) os cordões sobre uma película estão ligados por adesivo à segunda camada de ligação sobre a outra película. Assim, a resistência de ligação nas áreas (c) tem um valor algo entre os em (a) e os em (b) . "Existe uma ampla escolha entre estes três valores, e o sistema de adesivos pode, por assim dizer, ser feito por medida para a utilização pretendida do laminado cruzado.

Com a película relativamente fina é possível fazer uma ligação nas áreas de (c) tão forte que a mesma não pode ser eliminada sem ruptura do material, mesmo quando a ligação nas áreas de (b) é feita particularmente fraca. Pelo que estas áreas de ligação fraca ficam completamente "encaixadas" nas áreas de ligação forte. As vantagens disto para certas utilizações estão explicadas descrição geral. Nos outros casos, pode ser preferido, enquanto ainda se faz a ligação nas áreas de (b) muito fracas, proporcionar uma ligação nas áreas de (c) com um valor adequado entre (a) e (b) , o qual permite a delaminação durante a propagação do rasgo, mas exerce tal elevada resistência contra esta delaminação, que a energia de rasgo é absorvida e é evitada a ruptura em torno dos pontos de (a).

Na Fig. 2 a direcção da máquina da faixa de laminados cruzados é mostrada pela seta (1). A direcção principal de orientação, a qual é aqui considerada uma orientação biaxial não equilibrada, é mostrada pela seta (2) para uma película, e pela seta (3) para a outra película. As mesmas são cada uma mostrada com um ângulo de 30° em relação à direcção da máquina (1).

Para cada película a direcção principal de orientação é mostrada quase mas não suficientemente paralela em relação ao agrupamento de cordões (101) na película A e (102) na película B. Estes cordões são mostrados na Fig. 2 pelas linhas a tracejado espessas. É de notar que, na Fig. 2, as linhas (103) não estão a ocultar, mas representam as estrias formadas pela gravação em relevo, a qual aparece em secção transversal na Fig. 3. Esta gravação em relevo é produzida por estiramento entre rolos ranhurados, ver o exemplo. Devido a esta estria, os cordões 31

ΕΡ 1 480 815 /PT coloridos (101) e (102) parecem estar pronunciadamente distantes das estrias, mesmo quando a distância real é igual a ou mesmo mais pequena do que a resolução do olho (a qual é 0,1 mm). Como já mencionado, acredita-se que esta ilusão está ligada ao facto de que a superfície sobre o laminado numa disposição alternativa é côncava e convexa ou, por outras palavras, a película A, a qual é aqui considerada transparente, consiste em muitas lentes captação cilíndricas finas, que alternam com lentes de dispersão cilíndricas finas. A mesma pode também desempenhar um papel, de modo que a pressão exercida pelos rolos ranhurados proporciona um padrão de brilho variável. A película B pode de igual modo ser transparente, mas pode ser também profundamente colorida para formar um fundo estético para o padrão das estrias coloridas. A Fig. 3 mostra ainda as segundas camadas superficiais (104) e (105) para controlo da resistência de ligação, e as camadas superficiais laminares (106) e (107), feitas em materiais poliméricos, os quais são seleccionados de modo a melhorar as propriedades de selagem por calor e/ou as propriedade de atrito do laminado. No caso do invento dever ser utilizado não apenas para conseguir os efeitos ópticos, mas também para se estabelecer como padrão de ligação forte/ligação fraca, este é normalmente o caso, as segundas camadas superficiais devem estar entre a respectiva primeira camada superficial formada por cordões (101) ou (102) e a respectiva camada principal (108) ou (109), como é aqui mostrado, e como é ainda explicado na descrição geral.

No entanto, se não for requerido um efeito de ligação forte/ligação fraca, cada primeira camada superficial formada pelos cordões (101), ou (102) pode ser coextrudida entre a camada principal (108) ou (109) e a segunda camada superficial de controlo de ligação (104) ou (105). A secção transversal, mostrada na Fig. 3a, é tirada com base numa microfotografia do laminado, descrito no exemplo 2. Como já mencionado acredita-se que o efeito tridimensional, o qual faz com que os cordões coloridos pareçam muito mais distantes das estrias do que os mesmos estão na realidade, é um resultado, pelo menos, em parte, da disposição alternativa 32 ΕΡ 1 480 815 /PT das "lentes de captação cilíndricas" e das "lentes de dispersão cilíndricas", as quais constituem as estrias.

As Figs. 4, 5a, 5b e 6 já foram suficientemente descritas para um entendimento principal, mas deve ser adicionado o que se segue.

As diferentes filas de orifícios (14) para pernos ou parafusos mantêm as partes fortemente em conjunto. Na Fig. 5a está incluído um canal pouco profundo (15) para drenagem, como é usual na construção de matrizes. De facto, deve existir um sistema de canais para drenagem, que ocupa a maior parte da área entre as sub partes (9a) e (9b), mas por razões de clareza apenas é mostrado este canal. Fazendo referência à Fig. 5b ao lado a jusante dos orifícios internos (11) é dada uma forma, a qual evita danos no escoamento axial, os quais, de outro modo, ocorreriam se existisse um bordo agudo neste lado dos orifícios.

Tem sido enfatizado que existe uma parte de saída (9) separada fisicamente da parte de distribuição (8). Como mostrado a parte de matriz (9) consistirá normalmente em diversas sub partes. As sub partes (9c) e (9e) mostradas podem ser construídas como uma parte. A centragem da sub parte (9d) é tornada ajustável, a fim de compensar as variações de espessura numa película tubular extrudida (16).

Quando são utilizados dois ou mais sistemas labirínticos, cada um deles alimentado a partir de extrusores separados, pode ser aí inserido um anel de matriz adicional entre os anéis (9a) e (9b), sendo as superfícies deste anel inserido agudas, de modo que, em conjunto com (9a) o mesmo forma um sistema labiríntico, e em conjunto com (9b) o mesmo forma um outro sistema labiríntico.

Na Fig. 6 cada uma das 64 ramificações finais do sistema labiríntico de canais termina num orifício interno, o qual faz a extrusão directa para a corrente tubular axial. No entanto, não é prático dividir em mais do que 64 ramificações, e se for desejado um número maior dos cordões, cada ramificação final pode abrir dentro de uma canal comum em forma de anel fechado para o canal (12) para o escoamento 33 ΕΡ 1 480 815 /PT axial. A partir deste canal em forma de anel pode ser desejado um número maior de aberturas para o canal (12).

Exemplo 1 O procedimento é o mesmo que na US 5 028 289 (Rasmussen) exemplo 3, excepto para o que se segue. A linha de coextrusão é construída como mostrado nas Figs. 4, 5a, 5b e 6, e são coextrudidos cordões, que consistem num copolímero metaloceno catalizado de baixo ponto de fusão do etileno e octeno, que tem uma gama de temperaturas de fusão de 50 a 60°C e o índice de escoamento de fusão de 1,0. A isto é adicionado um banho principal de pigmento de prata. A quantidade desta adição é três vezes a utilizada na extrusão normal da película de efeito de prata. A camada, a qual na dita patente US é denominada a camada de laminação e aqui a segunda camada de ligação, é uma mistura de 90% de LLDPE e 10% do copolímero de baixo ponto de fusão. O LLDPE tem a massa volúmica de 0,92 g.ml-1 e o índice de escoamento de fusão de 1,0. A camada principal e a camada de selagem por calor (para selagem por calor do laminado cruzado final) são a mesma, como no dito exemplo 3. A camada principal forma 75%, a camada de selagem por calor 15%, a segunda camada de ligação 8%, e os cordões 2% em volume da película.

Os componentes para as camadas principal, segunda de ligação e de selagem por calor não contêm qualquer pigmento. O ângulo de corte é 57°.

[0121] As temperaturas para laminação, processos de estiramento, e tratamento final por calor, são também diferentes, nomeadamente.

Para pré-aquecimento: 60°C. 34

ΕΡ 1 480 815 /PT

Para estiramento transversal entre os rolos ranhurados especiais, descritos na dita patente US, e o primeiro processo de estiramento longitudinal: 50°C.

Para os processos de estiramento transversal e longitudinal seguintes: 35°C.

Para o tratamento por calor, o qual efectua a ligação final: 90°C.

Além disso, não é utilizado o jacto de ar para arrefecer as películas, durante o estiramento principal transversal.

Como no dito exemplo 3, a medida do laminado cruzado final, a qual para identificação abaixo é denominada I, é cerca de 70 g.m-2. A mesma tem o padrão de ligação mostrado na Fig. 1.

Um laminado cruzado semelhante (denominado II), mas sem os cordões, é fabricado para comparação.

Além disso, é fabricado um terceiro laminado (denominado III) semelhante a I, mas sem os cordões e com 15% em vez dos 10% de copolímero de baixo ponto de fusão na segunda camada de ligação. A amostra (I) apresenta a resistência mais elevada à propagação de rasgo, a amostra (II) quase o mesmo, e o laminado (III) uma resistência à propagação de rasgo consideravelmente mais baixa com o rasgo por choque, inaceitável para encerados. Esta propriedade é avaliada pelo rasgo à mão a uma velocidade medida entre 5 e 7 m.s-1 por uma equipa de pessoas, usada para tal teste e que conhece os requisitos dos clientes. Tanto quando é do conhecimento do inventor não existe qualquer teste de resistência à propagação de rasgo normalizado, o qual esteja perto das condições práticas do rasgo.

Os laminados (I), (II) e (III) são também testados por um envelhecimento acelerado por flexão. Os laminados são cortados em bandas largas de 8 cm, as quais são dispostas como uma bandeira num mastro com o diâmetro de 2 5 mm e 35 ΕΡ 1 480 815 /PT cortadas de modo que as mesmas se prolongam 25 compressor a partir do pau. A bandeira é então testada por um vento artificial de 100 km.h-1. As amostras (II) e (III) são delaminadas em poucos minutos, enquanto a amostra (I), durante o período de 2 horas, que o teste demorou, permaneceu ligada em todos os pontos onde os cordões se intersectam entre si. O que se segue refere-se a exames antes do tratamento de flexão acelerado descrito. Quando a amostra (I) é vista por, não interessando a partir de que lado, a mesma dá a impressão de que os cordões coloridos estão à distância de poucos milímetros das estrias. A secção transversal da amostra (I) é examinada ao microscópio. A mesma apresenta um padrão regular de variações da espessura e uma ondulação correspondente, no entanto, numa medida muito pequena. No exemplo 1 da acima mencionada EP-B-0624126 é produzida esta estrutura, a qual é denominada "estrutura de nervura em U" muito mais pronunciadamente, ver a Fig. 1 dessa patente. A "estrutura de nervura em U" está definida na reivindicação 9 desse pedido de patente presente. No presente exemplo o objectivo foi formar a "estrutura de nervura em U" muito menos pronunciada pelas condições de processo modificadas, nomeadamente o ângulo maior de corte, as condições mais amenas do arrefecimento após o estiramento longitudinal, e uma tensão transversal ligeiramente mais elevada durante a cura. A espessura da amostra 1 varia de ±10% num padrão geralmente regular, enquanto o ângulo entre a superfície referida como A e o plano médio da superfície varia de ±3° dentro de uma divisão, também num padrão geralmente regular. Devido à influência sobre a reflexão da luz, estas variações relativamente pequenas do ângulo dão a impressão de um estria pronunciada. Pode também desempenhar um papel que os rolos de estiramento ranhurados tenham impresso um padrão de brilho variável.

Exemplo 2 O objectivo deste exemplo é um estudo adicional dos efeitos ópticos dos cordões entrecruzados, antes e depois do envelhecimento acelerado flexão. 36

ΕΡ 1 480 815 /PT Ο procedimento do exemplo 1 é precisamente seguido, excepto em relação à pigmentação dos componentes. A amostra IV: os cordões têm a mesma adição pigmento efeito de prata que no exemplo 1. Numa capa do laminado a camada principal é pigmentada com uma cor azul escura, utilizando uma quantidade do banho principal, a qual é cerca do dobro da utilizada normalmente. Na outra capa do laminado apenas os cordões são pigmentados, o resto é transparente. A amostra V: os cordões are pigmentados de branco por um banho principal com TÍO2. A quantidade de banho principal é três vezes a normalmente usada.

Em ambas as capas do laminado a camada principal é pigmentada com o mesmo pigmento azul que a amostra IV, mas com metade da quantidade do banho principal. A amostra VI: sem cordões, as camadas principais pigmentadas como na amostra V. A mesma segunda camada de ligação que nas amostras IV e V. O exame das amostras antes do envelhecimento acelerado por testes de flexão. A amostra IV: vista do lado transparente um padrão tridimensional prateado e brilhante. Vista do lado "inverso": um padrão tridimensional bastante estético mas não brilhante de linhas numa cor azul mais escura. A amostra V: vista de cada lado um padrão de linhas tridimensional estético numa cor azul mais clara. O exame da amostra após 5 minuto de flexão acelerada como explicado no exemplo 1. A amostra IV: a partir do lado "inverso" a mesma parece ainda estética e não existem sinais de delaminação nas áreas em que existe material de cordão. A partir do lado transparente a mesma parece agora muito menos estética devido à delaminação progressiva nas áreas em que não existe material de cordão. 37

ΕΡ 1 480 815 /PT A amostra V: a partir de ambos os lados o laminado parece algo envelhecido, mas o padrão entrecruzado está ainda em todos os sítios intacto e ainda tem um efeito estético. A amostra VI (sem quaisquer cordões): fortemente delaminada e inutilizada. O exame da amostra V após 1 hora de flexão acelerada como explicado no exemplo 1: o material está ainda ligado por pontos em todos os pontos, onde os cordões se intersectam. Em ambos os lados a mesma mostra um padrão linear em cor mais clara.

Exemplo 3 O procedimento do exemplo 1 é repetido com a modificação de que as películas são extrudidas mais espessas, para proporcionar ao laminado final um peso de 120 g.m-2, e na segunda camada de ligação o teor de copolímero de baixo ponto de fusão é aumentado de 10% para 15%. A pigmentação é como no exemplo 2, amostra IV, nomeadamente: cordões prateados, camada principal numa capa de azul-escuro, e na outra capa sem qualquer pigmento.

Este laminado cruzado mostra excelentes propriedades de propagação de rasgo, avaliadas como explicado no exemplo 1. Após 5 minutes de flexão acelerada pelo processo utilizado nos exemplos 1 e 2, o mesmo não mostra ainda sinais de delaminação.

Por conseguinte, o padrão tridimensional parece ainda brilhante a partir do lado transparente também após este tratamento.

Lisboa,

Claims

ΕΡ 1 480 815 /PT 1/16 REIVINDICAÇÕES 1 - Laminado cruzado que compreende películas poliméricas mutuamente ligadas das quais, pelo menos, duas películas vizinhas A e B, sendo cada uma películas coextrudidas, estão orientadas uniaxialmente ou orientadas biaxialmente não equilibradas, pelo que a direcção principal de orientação (2) em A cruza a direcção principal de orientação (3) em B e cada contém uma camada, que consiste num material polimérico, seleccionado de modo a ter elevada resistência à tracção (a partir daqui a camada principal) e sobre cada camada principal sobre o seu lado, o qual está virado para a película vizinha A ou B, pelo menos, uma primeira camada superficial, que é uma camada descontínua, que consiste num agrupamento de cordões finos coextrudidos (101, 102), estando os cordões (101) em A dispostos para cruzarem os cordões (102) em B, e consistindo os cordões num material, o qual é seleccionado de modo a modificar as propriedades na superfície da respectiva película, referindo-se esta modificação à ligação entre A e B, caracterizado por compreender uma segunda camada superficial (104, 105) sobre uma camada principal de, pelo menos, uma das películas vizinhas A e B sobre o lado da camada principal, a qual está virada para a outra camada das ditas películas vizinhas, sendo esta segunda camada superficial contínua, localizada entre a camada principal e a primeira camada superficial e seleccionada para controlo da ligação entre A e B.
2 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por A e B estarem fortemente ligadas entre si em cada ponto (a), onde um cordão (101) sobre A intersecta um cordão (102) sobre B, enquanto A e B estão ligadas de modo mais fraco ou não ligadas através das partes (b) das suas superfícies de contacto, as quais estão desprovidas de qualquer primeira camada de ligação.
3 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por a aparência óptica ou cor do primeiro laminado ser modificada por uma primeira camada, de preferência, através de uma selecção da pigmentação na primeira camada superficial. ΕΡ 1 480 815 /PT 2/16
4 - Laminado cruzado de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a espessura dos cordões, em cada uma das ditas películas A e B chegar no máximo a 30%, de preferência, no máximo a 20% e ainda, mais de preferência, não mais do que 10% da espessura da respectiva película.
5 - Laminado cruzado de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a largura dos cordões em cada uma das ditas películas ser seleccionada para ocupar no máximo 60%, de preferência, no máximo 50% e ainda, mais de preferência, no máximo 30% da área superficial da respectiva película.
6 - Laminado cruzado de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o aumento de espessura em cada uma das ditas películas A e B nas localizações onde os cordões são coextrudidos, chegar no máximo a 30% visto em relação à vizinhança imediata, de preferência, no máximo 20% e ainda, mais de preferência, não mais do que 10%.
7 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por a distância desde o meio até ao meio dos cordões vizinhos em cada agrupamento, estar entre 2 mm e 80 mm, de preferência, não superior a 40 mm, e, mais de preferência, não superior a 20 mm.
8 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a resistência de ligação nos pontos, quando medida por descasque, realizada em espécimes estreitos a uma velocidade de cerca de 1 rnm.s-1 ser de, pelo menos, 40 g.cm-1 e a resistência de ligação nas partes das superfícies de contacto, as quais estão desprovidas de qualquer primeira camada de ligação, determinada de modo semelhante, ser no máximo 75%, e, de preferência, não mais do que 50%, da resistência de ligação nos pontos.
9 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o mesmo compreender dois de tais pares de películas A e B com agrupamento de ligação. ΕΡ 1 480 815 /PT 3/16
10 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por uma película ser comum para dois de tais conjuntos, tendo esta película um agrupamento dos ditos cordões sobre ambas as suas superfícies.
11 - Laminado cruzado de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o mesmo compreender sobre uma ou cada uma das películas exteriores do laminado, uma camada superficial (106, 107), a qual também é a camada superficial do laminado e está adaptada melhorar a selagem por calor do laminado e/ou aumentar as suas propriedades de atrito.
12 - Laminado cruzado de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por a camada principal, pelo menos, de cada uma das ditas duas películas A e B consistir principalmente em polietileno ou polipropileno.
13 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por em cada uma das ditas películas A e B a camada principal consistir em HDPE ou LLDPE ou numa mistura dos dois, a segunda camada de ligação consistir principalmente em LLDPE, mas com a mistura de 5 a 25% de um copolímero de etileno que tem um ponto de fusão ou uma gama de fusões dentro do intervalo de temperaturas de 50 a 80°C, e os cordões consistirem principalmente num copolímero de etileno que tem um ponto de fusão ou uma gama de fusões dentro do intervalo de temperaturas de 50 a 100°C, ou uma mistura de tal copolímero e LLDPE, contendo, pelo menos, 25% do dito copolímero.
14 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a dita ligação fraca ser estabelecida por meio da adição na segunda camada superficial de um auxiliar de adesão, de preferência, a poli-isobutileno de baixo peso molecular ou polipropileno atactico.
15 - Laminado cruzado de acordo com qualquer reivindicação anterior, no qual a primeira camada superficial sobre A e/ou B compreende dois ou mais conjuntos dos cordões, sendo cada conjunto formado a partir de um material que ΕΡ 1 480 815 /PT 4/16 difere em composição e/ou cor do(s) outro(s) conjunto(s) e estando os cordões dos conjuntos desfasados entre si.
16 - Laminado cruzado de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizado por a dita primeira camada superficial sobre cada uma das películas A e B ocupar no máximo 15%, de preferência, no máximo 10%, e, mais de preferência, no máximo 5% do volume da respectiva película A ou B.
17 - Laminado cruzado de acordo com qualquer reivindicação anterior, caracterizado por o ponto de fusão médio dos polímeros, os quais constituem a primeira camada superficial formada por cordões, ser, pelo menos, 10°C, de preferência, pelo menos, 15°C, e, mais de preferência, pelo menos, 20°C mais baixo do que o ponto de fusão médio dos polímeros, os quais constituem a camada principal.
18 - Laminado cruzado que compreende películas poliméricas mutuamente ligadas, das quais, pelo menos, duas películas vizinhas A e B, sendo cada uma películas coextrudidas, estão orientadas uniaxialmente ou orientadas biaxialmente não equilibradas, pelo que a direcção principal de orientação (2) em A cruza a direcção principal de orientação (3) em B e cada uma contém uma camada que consiste num material polimérico, seleccionado de modo a ter elevada resistência à tracção (a partir daqui a camada principal) e sobre cada camada principal no seu lado, o qual está virado para a película vizinha A ou B, pelo menos, uma primeira camada superficial, que é uma camada descontínua, que consiste num agrupamento de cordões finos coextrudidos (101, 102), estando os cordões (101) sobre A dispostos para cruzarem os cordões (102) em B, e os cordões que consistem num material, o qual é seleccionado de modo a modificar as propriedades na superfície da respectiva película, caracterizado por a modificação se referir à aparência óptica da cor do laminado.
19 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 18, no qual a modificação da aparência óptica é estabelecida através de uma selecção da pigmentação na primeira camada superficial. ΕΡ 1 480 815 /PT 5/16
20 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 18 ou 19, caracterizado por compreender as seguintes caracteristicas adicionais: a) o mesmo tem uma espessura geral no máximo de 0,3 mm, b) A forma uma superfície do laminado, c) a superfície do laminado, pelo menos, sobre o lado A apresenta um padrão visível das estrias (103) ao longo de uma direcção, constituído por ondulações superficiais com variações de espessura correspondentes em A, sendo as divisões no dito padrão no máximo de 3 mm, d) os cordões finos são coloridos, e o resto da película A é suficientemente transparente para mostrar os cordões coloridos, quando o laminado é observado a partir do lado A, pelo que a profundidade das ondulações é suficiente fazer com que os cordões apareçam como estando, pelo menos, à distância de 0,5 mm estrias.
21 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por a cor dos cordões ser formada por um pigmento, o qual fornece um lustro metálico ou um efeito iridescente.
22 - Laminado cruzado de acordo com a reivindicação 20 ou 21, caracterizado por, quando visto numa secção transversal perpendicular às estrias, o laminado apresentar uma disposição em geral regular de nervuras, as quais são mais espessas do que a espessura média do laminado e têm uma superfície geralmente côncava e uma superfície geralmente convexa para formar uma flexão da nervura transversal na sua direcção longitudinal e por o material no ou adjacente aos limites das nervuras, no estado sem tensão do material, ser flectido na direcção oposta à nervura para proporcionar ao material entre as duas nervuras adjacentes uma forma geralmente direita.
23 - Laminado cruzado de acordo com qualquer das reivindicações 18 o 22, no qual a modificação adicional se refere à ligação entre A e B. ΕΡ 1 480 815 /PT 6/16
24 - Processo de fabrico de um laminado cruzado que compreende películas poliméricas mutuamente ligadas, das quais, pelo menos, duas películas vizinhas A e B são, cada uma delas, formadas por coextrusão numa matriz plana ou circular, uma camada principal de um material polimérico, o qual é seleccionado de modo a ter elevada resistência à tracção e uma primeira camada superficial de um material polimérico, e no qual A e B cada é fornecida com uma orientação molecular uniaxial ou biaxial não equilibrada em qualquer estágio após a junção dos diferentes materiais na matriz de coextrusão e antes da laminação, e anteriormente à laminação A e B são dispostas de um modo tal que a direcção principal de orientação em A cruzará a direcção principal de orientação em B, e durante a laminação a ligação entre A e B é estabelecida, pelo menos, em parte através de calor, em que na coextrusão, cada uma das ditas primeiras camadas superficiais é feita descontinua na direcção transversal, pelo que a mesma consiste num agrupamento de cordões, e A e B estão dispostas de modo que o agrupamento de cordões sobre A cruza e contacta directamente, e é selado no agrupamento de cordões sobre B, e o material a partir do qual os cordões são extrudidos é seleccionado de modo a modificar as propriedades na superfície da respectiva película, referindo-se esta modificação à ligação entre A e B, caracterizado por no processo de coextrusão A e/ou B ser também fornecida com uma segunda camada de ligação contínua, a qual é coextrudida entre a camada principal e a primeira camada, pelo que a dita segunda camada consiste num material polimérico diferente dos na camada principal e a primeira camada é seleccionada para controlar a ligação entre A e B.
25 - Processo de acordo com a reivindicação 24, caracterizado por na laminação o calor ser aplicado em geral regularmente sobre toda A e B, a selecção dos materiais poliméricos estar adaptada à produção dos cordões sobre A fortemente ligados aos cordões sobre B nos pontos em que os mesmos intersectam estes últimos, mas produz uma ligação mais fraca ou evita a ligação através das partes nas superfícies de contacto, as quais estão desprovidas de qualquer primeira camada de ligação. ΕΡ 1 480 815 /PT 7/16
26 - Processo de acordo com a reivindicação 24 ou 25, no qual a coextrusão de, pelo menos, uma das películas A ou B é realizada por meio de matriz de coextrusão circular, para formar e estirar uma película tubular, caracterizado por o estiramento ser adaptado para produzir uma orientação de fusão uniaxial ou biaxial não equilibrada significativa, prolongando-se a direcção principal de orientação e a direcção do agrupamento de cordões ao longo da direcção longitudinal da película ou, por meio de uma rotação relativa entre a saída da matriz e os meios para retirarem a película após a extrusão, a direcção principal de orientação ser feita prolongar-se helicoidalmente ao longo da película tubular, e subsequentemente a película ser cortada aberta com um ângulo em relação à direcção principal de orientação e à direcção do agrupamento.
27 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 26, no qual a extrusão de, pelo menos, uma das películas A e B é realizada por meio de uma matriz de coextrusão circular, caracterizado por a distância desde o meio até ao meio dos cordões vizinhos na saída a partir do extrusor é no máximo 8 cm, de preferência, não superior a 4 cm e, mais de preferência, não superior a 2 cm, e a circunferência do tubo nesta saída é, pelo menos, 20 cm.
28 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 27, caracterizado por a seguir à reunião das películas numa disposição em sanduíche para laminação, antes, após ou simultaneamente com a ligação da dita disposição em sanduíche num laminado por meio de calor, as películas serem ainda orientadas por estiramento na direcção longitudinal e/ou na transversal.
29 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 28, caracterizado por a segunda camada consistir num material polimérico seleccionado para produzir, durante a laminação, a ligação também nas localizações, as quais estão desprovidas de qualquer primeira camada de ligação, mas ligação de resistência mais baixo do que a ligação nos pontos. ΕΡ 1 480 815 /PT 8/16
30 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 29, caracterizado por os agrupamentos de cordões serem coextrudidos em ambos os lados de A, e as películas B estarem dispostas sobre ambos os lados de A, cruzando e contactando directamente o agrupamento sobre cada película B e selados para o agrupamento sobre respectivo lado de A.
31 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 24 to 30, caracterizado por a dita primeira camada superficial sobre cada uma das películas A e B ocupar no máximo 15%, de preferência, no máximo 10%, e, mais de preferência, no máximo 5% do volume da respectiva película A ou B.
32 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 24 to 31, caracterizado por o ponto de fusão médio dos polímeros, os quais constituem a primeira camada superficial formada por cordões, ser, pelo menos, 10°C, de preferência, pelo menos, 15°C e, mais de preferência, pelo menos, 20°C mais baixa do que o ponto de fusão médio dos polímeros, os quais constituem a camada principal.
33 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 24 ou 32, no qual para além das películas A e B ser aplicada, pelo menos, mais uma película na laminação, caracterizado por dita película ser também produzida por coextrusão e, desse modo, estar provida com a camada superficial de uma composição adaptada para controlar a sua ligação no laminado, pelo que esta composição e as condições de laminação são escolhidas de tal modo que a resistência desta ligação se torne mais elevada do que a resistência de ligação entre A e B nas localizações, as quais estão desprovidas dos cordões coextrudidos.
34 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 24 a 33, no qual o material a partir do qual os cordões são extrudidos é seleccionado de modo a modificar a aparência óptica ou a cor do laminado.
35 - Processo de fabrico de um laminado cruzado que compreende películas poliméricas mutuamente ligadas, das quais, pelo menos, duas películas vizinhas A e B são cada uma ΕΡ 1 480 815 /PT 9/16 formadas por coextrusão numa matriz plana ou circular, uma camada principal de um material polimérico, o qual é seleccionado de modo a elevada ter resistência à tracção e uma primeira camada superficial de um material polimérico, e no qual A e B é cada uma fornecida com uma orientação molecular uniaxial ou biaxial não equilibrada em qualquer estágio após a junção dos diferentes materiais na matriz de coextrusão e antes da laminação, e, previamente à laminação, A e B são dispostos de um modo tal que a direcção principal de orientação em A cruzará a direcção principal de orientação em B, e durante a laminação a ligação entre A e B é estabelecida, pelo menos, em parte através de calor, em que na coextrusão, cada uma das ditas primeiras camadas superficiais é feita descontinua na direcção transversal, pelo que a mesma consiste num agrupamento de cordões, e A e B estão dispostas de modo que o agrupamento de cordões sobre A cruza o agrupamento de cordões sobre B, e o material, a partir do qual os cordões são extrudidos, é seleccionado de modo a modificar as propriedades na superfície da respectiva película, referindo-se esta modificação à aparência óptica ou à cor do laminado.
36 - Processo de acordo com a reivindicação 35, no qual a pigmentação da primeira camada superficial é seleccionada de modo a modificar a aparência óptica.
37 - Processo de acordo com a reivindicação 35 ou 36, caracterizado por o processo de laminação ser laminação por extrusão, pelo que a ligação é estabelecida por meio de uma camada extrudida separadamente.
38 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 35 to 37, caracterizado por compreender as seguintes características adicionais: a) as espessuras das películas utilizadas para produzir o laminado e as relações de estiramento serem adaptadas para proporcionar ao laminado final uma espessura geral no máximo de 0,3 mm, b) A é aplicada como uma superfície do laminado, ΕΡ 1 480 815 /PT 10/16 c) a superfície de laminado, pelo menos, sobre o lado A é gravada em relevo de modo a formar um padrão visível de estrias ao longo de uma direcção constituída por ondulações superficiais com as correspondentes variações da espessura em A, sendo as divisões no dito padrão no máximo de 3 mm, d) o material para os cordões é colorido, e o resto da película A é mantida suficientemente transparente para mostrar os cordões coloridos, quando o laminado é observado a partir do lado A, pelo que a profundidade das ondulações é feita suficientemente profunda para proporcionar aos cordões a aparência de estarem à distância de, pelo menos, 0,5 mm das estrias.
39 - Processo de acordo com a reivindicação 38, caracterizado por compreender a gravação em relevo que envolve a passagem das películas do laminado, quando as mesmas tiverem sido trazidas em conjunto para laminação, antes ou após estabelecimento da ligação, através de um ou mais pares de rolos ranhurados mutuamente engrenados entre si, pelo que o passo de gravação em relevo também estira o laminado.
40 - Processo de acordo com qualquer das reivindicações 35 a 39, no qual o material a partir do qual os cordões são extrudidos é seleccionado de modo a modificar a ligação entre A e B e no qual os cordões sobre A ficam directamente em contacto com os cordões sobre B e são selados aos cordões sobre B.
41 - Processo de fabrico de um laminado cruzado que compreende películas poliméricas mutuamente ligadas, das quais, pelo menos, duas películas vizinhas A e B são cada uma formadas por coextrusão numa matriz plana ou circular, uma camada principal de um material polimérico, o qual é seleccionado de modo a ter elevada resistência à tracção e uma primeira camada superficial de um material polimérico, e no qual A e B cada uma é fornecida com uma orientação molecular uniaxial ou biaxial não equilibrada em qualquer estágio, após a junção dos diferentes materiais na matriz de coextrusão e antes da laminação, e previamente à laminação, A e B são dispostas de um modo tal que a direcção principal de ΕΡ 1 480 815 /PT 11/16 orientação em A cruzará a direcção principal de orientação em B, e durante a laminação é estabelecida a ligação entre A e B, pelo menos, em parte através de calor, em que na coextrusão, cada uma das ditas primeiras camadas superficiais é feita descontinua na direcção transversal, pelo que a mesma consiste num agrupamento de cordões, e A e B estão dispostas de modo que o agrupamento de cordões sobre A cruza o agrupamento de cordões sobre B, e o material, a partir do qual os cordões são extrudidos, é seleccionado de modo a modificar as propriedades na superfície da respectiva película, a qual é realizada numa matriz de extrusão circular, que compreende uma parte de distribuição (8), na qual pode ser formado, pelo menos, um primeiro material polimérico fundido dentro de um escoamento circular geralmente regular, e separada fisicamente desta uma parte de saída (9), que compreende um canal principal circular (12) com paredes geralmente cilíndricas ou cónicas, podendo o canal compreender uma zona plana, para conduzir o dito material polimérico fundido para um orifício de saída, a partir do qual o mesmo sairá de uma matriz como uma película de estrutura tubular (16), caracterizado por a dita parte de saída compreender também um sistema de distribuição de canais (10) para a extrusão circunferencial de um agrupamento circular de cordões estreitos de um segundo material polimérico fundido, terminando o dito sistema de distribuição de canais numa fila circular de orifícios internos (11) na parede cilíndrica ou cónica, geralmente fora do canal principal.
42 - Matriz de extrusão circular que compreende uma parte de distribuição (8), na qual, pelo menos, um primeiro material polimérico fundido pode ser formado dentro de um escoamento circular geralmente regular, e separada fisicamente desta, uma parte de saída (9), que compreende um canal principal circular (12) com paredes geralmente cilíndricas ou cónicas, podendo o canal compreender uma zona plana, para conduzir o dito material polimérico fundido para um orifício de saída, a partir do qual o mesmo sairá da matriz como uma estrutura de película tubular (16), caracterizada por a dita parte de saída compreender também um sistema de distribuição de canais (10) para a extrusão circunferencial de um agrupamento circular de cordões ΕΡ 1 480 815 /PT 12/16 estreitos de um segundo material polimérico fundido, terminando o dito sistema de distribuição de canais numa fila circular dos orifícios internos (11) na parede cilíndrica ou cónica geralmente fora do canal principal.
43 - Matriz de extrusão circular de acordo com a reivindicação 42, caracterizada por a dita extrusão circunferencial começar numa ou em poucas entradas (13) para a parte saída e compreender para divisão igual um sistema labiríntico de canais (10) que começam em cada entrada, compreendendo cada tal sistema, pelo menos, três ramificações de canal.
44 - Matriz de extrusão circular de acordo com a reivindicação 43, caracterizada por os canais do sistema ou sistemas labirínticos de canais terminar num canal circular comum que tem uma parede comum com a parte da parede geralmente cilíndrica ou cónica do canal principal (12), estando a fila circular dos orifícios internos (11) localizada na dita parte de parede.
45 - Matriz de extrusão circular de acordo com qualquer das reivindicações 42 a 44, caracterizada por a circunferência da parede para dentro na saída ter, pelo menos, 20 cm, e a distância desde o meio até ao meio dos orifícios vizinhos na fila circular estar adaptada para produzir, após a ampliação ou a redução a qual acontecerá se as paredes do canal principal forem geralmente cónicas, uma distância desde o meio até ao meio dos vizinhos dos cordões, a qual é no máximo 8 cm, de preferência, não superior a 4 cm e, mais de preferência, não superior a 2 cm.
46 - Matriz de extrusão circular de acordo com qualquer das reivindicações 42 a 45, na qual para além dos meios para coextrusão dos ditos primeiro e segundo materiais poliméricos existem meios para coextrusão de um escoamento circular de um terceiro material polimérico fundido entre o escoamento do primeiro polímero fundido e os cordões do segundo material, caracterizada por as disposições dos canais para junção dos escoamentos dos primeiro e terceiro materiais estarem providas na dita parte de distribuição, ou numa parte entre esta última e a parte de saída separada fisicamente. ΕΡ 1 480 815 /PT 13/16
47 - Aparelho para fabrico de um laminado cruzado que compreende a matriz para a coextrusão da película A e uma matriz para a coextrusão da película B, compreendendo a ou cada dita matriz uma primeira parte de distribuição (8), na qual um primeiro material polimérico fundido pode ser formado dentro de um a escoamento geralmente regular, uma segunda parte de distribuição (9), na qual um segundo material polimérico fundido pode ser formado dentro de um escoamento, compreendendo um orifício de saída uma parte de saída de um canal principal (12), para conduzir o dito primeiro material polimérico fundido para o orifício de saída, e um sistema de canais (10, 11) num lado do dito canal principal para conduzir o dito escoamento do segundo material polimérico fundido para formar uma camada superficial sobre um lado do escoamento do dito primeiro material fundido para o orifício, em que o material coextrudido sai do orifício de saída da matriz como uma estrutura de película (16); meios para orientação de A e B uniaxialmente ou biaxialmente não equilibrada após a saída do orifício de saída; meios para disposição das películas orientadas A e B, tal que as ditas camadas superficiais uma virada para a outra e tal que as suas direcções ou direcções principais de orientação cruzam-se entre si; e meios de laminação para laminação de A e B por aplicação de calor; caracterizado por o sistema de canais para condução do segundo material polimérico proporciona um escoamento do dito segundo material, o qual é descontínuo na direcção geralmente transversal em relação à direcção de escoamento, pelo que cada uma das camadas superficiais de A e B é formada como um agrupamento de cordões e quando as películas A e B estão dispostas com as suas camadas superficiais viradas uma para a outra, os cordões sobre A cruzam os cordões sobre B, e por a matriz ter adicionalmente disposições de canais para proporcionar um escoamento circular de um terceiro material polimérico, para formar uma camada entre os primeiro e segundo materiais, em que os escoamentos dos primeiro e ΕΡ 1 480 815 /PT 14/16 terceiro materiais são juntos dentro da dita parte de distribuição ou numa parte entre a dita parte de distribuição e a parte saída.
48 - Aparelho de acordo com a reivindicação 47, no qual a ou cada dita matriz é uma matriz circular de acordo com qualquer das reivindicações 42 a 46.
49 - Aparelho para fabrico de um laminado cruzado que compreende uma matriz de acordo com qualquer das reivindicações 42 a 46 e meios para orientação de A e B uniaxialmente ou biaxialmente não equilibrada, após a saída do orifício de saída; meios para disposição das películas orientadas A e B de tal modo que as ditas camadas superficiais viradas uma para a outra e tal que as suas direcções ou direcções principais de orientação se cruzam entre si; e meios de laminação para laminação de A e B pela aplicação de calor.
50 - Aparelho de acordo com qualquer das reivindicações 47 ou 49, no qual os meios de laminação aplicam calor através de toda a largura de A e B.
51 - Aparelho de acordo com qualquer das reivindicações 47 to 50, no qual a ou cada dita matriz é uma matriz circular e compreende meios de estiramento para uma película tubular, os quais proporcionam orientação de fusão significativa, prolongando-se a direcção ou a direcção principal de orientação e a direcção dos cordões na direcção axial da película tubular.
52 - Aparelho de acordo com qualquer das reivindicações 47 a 50, no qual a ou cada dita matriz é uma matriz circular e compreende meios de retirada de película, os quais rodam opcionalmente em relação ao orifício de saída, pelo que a direcção principal de orientação da película é helicoidal ao longo de uma película tubular e o qual compreende ainda meios de corte para corte do tubo com um ângulo em relação à ΕΡ 1 480 815 /PT 15/16 direcção principal de orientação e à direcção do agrupamento de cordões.
53 - Aparelho de acordo com qualquer das reivindicações 47 to 52, o qual compreende ainda meios para estiramento de películas A e B a montante, a jusante ou no mesmo ponto, como os ditos meios de laminação, numa direcção longitudinal e/ou transversal.
54 - Aparelho de acordo com qualquer das reivindicações 47 a 53, no qual os meios de disposição estão adaptados, de tal modo que as ditas camadas superficiais em A contactam directamente as ditas camadas superficiais sobre B.
55 - Aparelho de acordo com qualquer das reivindicações 47 a 53, no qual os meios de disposição compreendem meios para extrusão da camada de laminação entre as camadas superficiais de A e B.
56 - Aparelho de acordo com qualquer das reivindicações 47 a 55, o qual compreende ainda meios de gravação em relevo para gravação em relevo da película A a jusante de uma saída da matriz com o padrão de estrias, constituído por ondulações, e as variações da espessura correspondentes na película A, estando as estrias separadas por não mais do que 3 mm.
57 - Aparelho de acordo com a reivindicação 56, no qual os meios de gravação em relevo estão localizados a jusante dos meios para disposição das películas A e B e compreende um ou mais pares de rolos ranhurados de intersecção, os quais estiram as películas que passam entre os mesmo.
58 - Aparelho de acordo com qualquer das reivindicações 42 a 57, o qual compreende ainda, na matriz para produção de A, um sistema de canais em cada lado do canal principal para A, o qual conduz o dito segundo material polimérico num escoamento, o qual é descontínuo na direcção transversal, pelo que as camadas superficiais são formadas sobre ambos os lados da película A, como agrupamentos de cordões e em que uma película B está disposta sobre cada lado da película A, estando a sua camada superficial virada para A, pelo que os ΕΡ 1 480 815 /PT 16/16 cordões de cada película B cruzam os cordões de A no lado, o qual está virado para uma respectiva película B. Lisboa,