BR112018012094B1 - Pneu, e, processos para preparar uma predispersão de borracha natural e lignina e para fabricar uma composição elastomérica reticulável - Google Patents

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Abstract

PNEU, E, PROCESSOS PARA PREPARAR UMA PREDISPERSÃO DE BORRACHA NATURAL E LIGNINA E PARA FABRICAR UMA COMPOSIÇÃO ELASTOMÉRICA RETICULÁVEL A presente invenção se refere a um pneu para rodas de veículo compreendendo pelo menos um elemento estrutural compreendendo um material elastomérico reticulado obtido reticulando uma composição elastomérica reticulável compreendendo uma predispersão de borracha natural e lignina obtida por coprecipitação a partir de látex, onde a dita lignina tem uma concentração de grupos fenólicos maior que 2 mmol por grama de lignina, e onde a dita predispersão compreende uma quantidade da dita lignina de maneira tal a prover, na dita composição elastomérica reticulável, uma concentração de lignina igual ou menor que cerca de 25 phr.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção se refere a um pneu para rodas de veículo. Mais particularmente, a presente invenção se refere a um pneu compreendendo pelo menos um elemento estrutural obtido reticulando uma composição elastomérica reticulável compreendendo uma predispersão de borracha natural e lignina obtida por coprecipitação a partir de látex.
TÉCNICA ANTERIOR
[002] Pneus para rodas de veículo compreendendo lignina são descritos nos pedidos de patente US2010/0204368, WO2009/145784, JP2008/308615, JP2010/242023, JP2010/248282, JP2014/129509, CN102718995, CN103756060 e nas patentes GB723751, GB836393, US2610954, US2802815, US2906718, US3079360, US3163614, US3282871, US3296158, US3312643, US3364158, US3817974, US3984362 e US3991022.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[003] Na indústria de borracha, em particular na fabricação de pneu, é típico usar composições elastoméricas nas quais cargas de reforço foram incorporadas na base de polímero elastomérico, para melhorar as características dos produtos reticulados obtidos, em particular as propriedades mecânicas.
[004] Por causa da sua alta eficiência em reforço, negro-de-fumo é uma carga de reforço que é amplamente usada. Entretanto, negro-de-fumo é uma matéria prima não renovável, derivado principalmente de processos de combustão parcial de combustíveis fósseis, principalmente nafta, gás metano, e outros hidrocarbonetos. Além disso, negro-de-fumo pode ser uma causa para preocupação do ponto de vista ambiental, uma vez que ele constitui um poluente potencial se não disposto corretamente. Substituição ou redução do uso de negro-de-fumo, portanto, representa um objetivo que não é apenas de interesse para fabricantes de pneu, mas é de interesse comum para o público geral.
[005] Além do negro-de-fumo, outras matérias primas derivadas de fontes não renováveis, incluindo antioxidantes em particular, são usadas em compostos de borracha para pneus.
[006] O requerente notou que existe uma necessidade de suprir pneus e componentes de pneu que são substancialmente ambientalmente sustentáveis e ambientalmente compatíveis, por exemplo, reduzindo ou substituindo matérias primas derivadas de petróleo com matérias primas feitas a partir de fontes renováveis, com o objetivo de manter e possivelmente melhorar o desempenho do pneu.
[007] Entre os biopolímeros mais abundantes de fontes renováveis para aplicação em pneus, podemos mencionar, por exemplo, alcatrão, celulose, lignina e hemicelulose. No passado, houve várias tentativas de usar alguns desses materiais como agentes de reforço, que também têm uma gravidade específica mais baixa do que as cargas de reforço tradicionais. Lignina, por exemplo, foi usada, como ela é, ou modificada de várias maneiras, como carga de reforço em compostos de borracha para pneus, com resultados medíocres.
[008] Lignina é um complexo de polímero orgânico tendo uma estrutura polimérica tridimensional consistindo de unidades de fenilpropano, e pertencendo à classe dos assim chamados compostos de fenilpropanóide.
[009] Ligninas têm composições e pesos moleculares muito variados, dependendo tanto da biomassa selecionada quanto do processo pelo qual elas são obtidas. A composição varia tanto em termos de grupos funcionais, principalmente do tipo fenólico, bem como dos grupos hidroxila e carboxila, quanto em termos de peso molecular. Nenhuma declaração precisa acerca da composição das ligninas testadas é dada na técnica anterior supracitada.
[0010] O requerente também tentou resolver o problema de envelhecimento de composições elastoméricas vulcanizadas com base em elastômeros diênicos. Este envelhecimento é associado com o fenômeno de oxidação térmica que ocorre enquanto os pneus estão em uso, pela combinação de calor, oxigênio e tensões mecânicas, e pode envolver um aumento na rigidez das composições elastoméricas, com uma diminuição consequente na resistência mecânica e maior probabilidade de formação e propagação de trinca.
[0011] O requerente observou que a ação oxidante é mais intensa com um aumento na temperatura, e que composições elastoméricas vulcanizadas feitas a partir de compostos com propriedades de histerese particularmente alta (compostos que têm dissipação notável de energia na forma de calor), quando submetidos a tensões dinâmicas prolongadas, passam por processos mais rápidos de degradação.
[0012] Portanto, quando um produto feito a partir dessas composições elastoméricas vulcanizadas é submetido a ação de tensões estáticas e dinâmicas prolongadas e é exposto às condições ambientais, trincas mais ou menos pronunciadas podem ser observadas em sua superfície.
[0013] Para minimizar esses efeitos, antioxidantes são normalmente incorporados em composições elastoméricas. Antioxidantes em uso comum são, por exemplo, 1,2-di-hidro-2,2,4-trimetilquinolina (TMQ), N-(1,3- dimetilbutil)-N'-fenil-p-fenilenodiamina (DMBPPD), N-fenil-N'-isopropil-p- fenilenodiamina (IPPD) e N-(1,3-dimetilbutil)-N'-fenil-fenilenodiamina (6PPD), todos os quais são matérias primas sintéticas derivadas de fontes não renováveis.
[0014] Os antioxidantes supramencionados com base em fenilenodiamina tendem a migrar para exercer seu efeito superficial antiozonante, mas também tendem a ser voláteis nas temperaturas de processamento típico dos compostos e temperaturas de vulcanização e, portanto, é necessário adicioná-los aos compostos em excesso, para garantir um resíduo final suficiente para dar proteção.
[0015] Uma deficiência adicional, geralmente inaceitável para o usuário final de pneu, é conectada com a migração superficial dos antioxidantes supramencionados, que pode causar a formação de pontos amarelados ou marrons na superfície de um componente, causando uma deterioração da aparência do pneu.
[0016] Finalmente, o requerente também levou em conta a necessidade de ter compostos de borracha com alta resistência a rasgamento, que é particularmente importante para garantir durabilidade do pneu, particularmente da banda de rodagem e costado, e observou que essa propriedade está diretamente relacionada a valores maiores das propriedades mecânicas na ruptura e da energia na ruptura.
[0017] O requerente observou recentemente que é possível obter composições elastoméricas reticuláveis carregadas com menores quantidades de negro-de-fumo, bem como com menores quantidades de antioxidantes, melhorando simultaneamente as características mecânicas e resistência nos processos de degradação por oxidação térmica, adicionando uma predispersão de borracha natural e lignina adequada obtida por coprecipitação do látex nas ditas composições.
[0018] O requerente observou que a melhoria nas características mecânicas das composições elastoméricas supramencionadas as tornou particularmente adequadas para fabricar composições elastoméricas para insertos do costado (usados para fabricar pneus autossustentados, capazes de suportar o peso do veículo em condições de perda parcial ou total de pressão) e todos esses elementos pneus nos quais, por um lado, desejamos reduzir o aumento em rigidez devido ao envelhecimento da composição elastomérica da qual eles são fabricados, que leva a uma redução na resistência a trinca por dobramento, e, por outro lado, desejamos maior resistência a ruptura inicial, sem afetar adversamente o reforço significativamente, e ao mesmo tempo menos perdas dissipativas de energia que contribuem com consumo de combustível aumentado e aceleração dos processos de degradação por oxidação térmica. Exemplos desses elementos pneus são estruturas de correia, costado, banda de rodagem, e/ou em camadas gerais de material elastomérico em uma posição radialmente interna com respeito à dita banda de rodagem, estruturas de talão, em particular a carga do talão, que constitui um elemento de transição entre os elementos de ancoragem e o costado do pneu.
[0019] Em particular, o requerente observou que inúmeras vantagens são obtidas usando predispersões tal como suprir a composição elastomérica com uma quantidade controlada de lignina tendo uma concentração substancial de grupos fenólicos.
[0020] Portanto, em um primeiro aspecto, a presente invenção se refere a um pneu para rodas de veículo compreendendo pelo menos um elemento estrutural compreendendo um material elastomérico reticulado obtido reticulando uma composição elastomérica reticulável compreendendo uma predispersão de borracha natural e lignina obtida por coprecipitação a partir de látex, em que a dita lignina tem uma concentração de grupos fenólicos maior que 2 mmol por grama de lignina, e em que a dita predispersão compreende uma quantidade da dita lignina tal como para prover, na dita composição elastomérica reticulável, uma concentração de lignina igual ou menor que cerca de 25 phr.
[0021] Preferivelmente, a dita predispersão compreende uma quantidade da dita lignina de maneira tal a prover, na dita composição elastomérica reticulável, uma concentração de lignina igual ou maior que cerca de 2,5 phr.
[0022] Em particular, o dito pneu compreende pelo menos uma estrutura de carcaça tendo bordas laterais opostas associadas com respectivas estruturas de reforço anulares, uma estrutura de correia aplicada em uma posição radialmente externa com respeito à dita estrutura de carcaça, uma banda de rodagem aplicada em uma posição radialmente externa com respeito à dita estrutura de carcaça, e um par de costados aplicado lateralmente nos lados opostos com respeito à dita estrutura de carcaça.
[0023] Vantajosamente, o dito elemento estrutural é selecionado do grupo consistindo de inserto do costado, estruturas de correia, costado, banda de rodagem, camadas de material elastomérico em uma posição radialmente interna com respeito à dita banda de rodagem, por exemplo, subcamada e minicostado, e estruturas de talão.
[0024] Em um segundo aspecto, a presente invenção se refere a um processo para preparar uma predispersão de borracha natural e lignina, o dito processo compreendendo: (a) adicionar a dita lignina a um látex de borracha natural, (b) causar coprecipitação (coagulação) da predispersão de borracha natural e lignina da mistura resultante da etapa (a), e (c) separar a predispersão de borracha natural e lignina obtida na etapa (b) de um sobrenadante residual.
[0025] Vantajosamente, a predispersão de borracha natural e lignina é obtida adicionando uma quantidade adequada de lignina ao látex de borracha natural antes de coagulação, por meio disso causando coprecipitação (coagulação) da mistura resultante, e então separando a predispersão de borracha natural e lignina do sobrenadante aquoso.
[0026] Preferivelmente, a lignina é dissolvida em uma solução alcalina antes de ela ser adicionada ao látex de borracha natural.
[0027] Em particular, a solução alcalina compreende uma solução aquosa de uma base, preferivelmente selecionada do grupo compreendendo hidróxidos de metais alcalinos, por exemplo, hidróxido de sódio (NaOH) ou hidróxido de potássio (KOH), e amônia (NH3), a uma concentração variando de 0,01M a 1M, preferivelmente de 0,1M a 0,5M. As condições básicas da solução asseguram desprotonação dos grupos ácidos da lignina (fenóis e ácidos carboxílicos), e as cargas negativas tornam as macromoléculas de a lignina solúveis e estáveis em solução aquosa. A adição da lignina à solução básica é preferivelmente realizada com agitação e à temperatura ambiente até que haja dissolução completa.
[0028] Vantajosamente, o látex de borracha natural pode ter um resíduo sólido variando de 20% a 70% em peso, preferivelmente de 30% a 60% em peso, com respeito ao peso total de látex.
[0029] Adição da lignina ao látex é preferivelmente realizada lentamente, com agitação, e à temperatura ambiente, por um tempo variável, preferivelmente variando de 5 a 15 minutos, e a mistura resultante é agitada à temperatura ambiente por um tempo variável, preferivelmente variando de 1 a 2 horas.
[0030] Coprecipitação (coagulação) da mistura resultante ocorre mediante adição de uma solução ácida.
[0031] Em particular, a solução ácida compreende uma solução aquosa de um ácido, preferivelmente selecionada do grupo compreendendo ácidos inorgânicos, por exemplo, ácido clorídrico ou sulfúrico, e ácidos orgânicos, por exemplo, ácido acético, a uma concentração variando de 0,1M a 2M, preferivelmente variando de 0,5M a 1,5M.
[0032] Vantajosamente, a lignina usada com os propósitos da presente invenção tem uma concentração de grupos fenólicos maior que 2,5 mmol por grama de lignina, e mais preferivelmente maior que 3 mmol por grama de lignina.
[0033] Preferivelmente, a lignina usada com os propósitos da presente invenção tem uma concentração de grupos fenólicos menor que 6 mmol por grama de lignina, e mais preferivelmente menor que 5 mmol por grama de lignina.
[0034] Vantajosamente, a lignina usada com os propósitos da presente invenção tem um peso molecular numérico médio (Mn) igual ou maior que 1.000 g/mol, mais preferivelmente igual ou maior que 2.000 g/mol, e ainda mais preferivelmente igual ou maior que 3.000 g/mol.
[0035] Preferivelmente, a lignina usada com os propósitos da presente invenção tem um peso molecular numérico médio (Mn) igual ou menor que 10.000 g/mol, mais preferivelmente igual ou menor que 8.000 g/mol, e ainda mais preferivelmente igual ou menor que 5.000 g/mol.
[0036] A lignina usada com os propósitos da presente invenção pode ser uma lignina comercialmente disponível, por exemplo, lignina Soda Grass (Protobind® 1000 comercializada por Green Value SA, Suíça), lignina Kraft de conífera (Oxifenol® comercializada por i-Green srl, Itália), e lignina Hardwood Kraft.
[0037] Vantajosamente, a predispersão de borracha natural e lignina compreende uma quantidade de lignina de maneira tal a suprir, na composição elastomérica reticulável na qual sua predispersão é usada, uma concentração de lignina variando de 5 a 20 phr, e mais preferivelmente variando de 6 a 15 phr.
[0038] De acordo com uma modalidade preferida, a dita composição elastomérica compreende pelo menos 10 phr, preferivelmente pelo menos 30 phr, e mais preferivelmente pelo menos 40 phr, da dita predispersão de borracha natural e lignina obtida por coprecipitação a partir de látex.
[0039] Além disso, um terceiro aspecto da presente invenção se refere a um processo para fabricar uma composição elastomérica reticulável compreendendo: • alimentar pelo menos um aparelho de mistura com pelo menos os seguintes componentes de uma composição elastomérica reticulável: pelo menos um polímero elastomérico diênico, pelo menos uma predispersão de borracha natural e lignina obtida como descrito anteriormente, pelo menos uma carga de reforço, e pelo menos um agente de vulcanização, • misturar e dispersar os ditos componentes de maneira a obter a dita composição elastomérica reticulável, e • descarregar a dita composição elastomérica reticulável do dito aparelho de mistura.
[0040] Preferivelmente, a composição elastomérica reticulável usada com os propósitos da presente invenção compreende a predispersão de borracha natural e lignina obtida por coprecipitação a partir de látex, e pelo menos um polímero diênico elastomérico.
[0041] De acordo com uma modalidade preferida, o polímero diênico elastomérico que pode ser usado na presente invenção pode ser selecionado daqueles comumente usados em materiais elastoméricos que são reticuláveis com enxofre, que são particularmente adequados para fabricar pneus, isto é, de polímeros ou copolímeros elastoméricos com uma cadeia não saturada tendo uma temperatura de transição vítrea (Tg) geralmente abaixo de 20°C, preferivelmente na faixa de 0°C a -110°C. Esses polímeros ou copolímeros podem ser de origem natural ou podem ser obtidos por polimerização em solução, polimerização em emulsão ou polimerização de em fase gasosa de uma ou mais diolefinas conjugadas, opcionalmente misturadas com pelo menos um comonômero selecionado de arenos de monovinila e/ou comonômeros polares.
[0042] As diolefinas conjugadas geralmente contêm de 4 a 12, preferivelmente de 4 a 8 átomos de carbono e podem ser selecionadas, por exemplo, do grupo compreendendo: 1,3-butadieno, isopreno, 2,3-dimetil-1,3- butadieno, 1,3-pentadieno, 1,3-hexadieno, 3-butil-1,3-octadieno, 2-fenil-1,3- butadieno ou misturas dos mesmos. 1,3-Butadieno e isopreno são particularmente preferidos.
[0043] Arenos de monovinila que podem opcionalmente ser usados como comonômeros geralmente contêm de 8 a 20, preferivelmente de 8 a 12 átomos de carbono e podem ser selecionados, por exemplo, de: estrireno; 1- vinilnaftaleno; 2-vinilnaftaleno; várias alquila, cicloalquila, arila, alcarila ou aralquila derivadas de estireno, por exemplo, α-metilestireno, 3-metilestireno, 4-propilestireno, 4-ciclo-hexilestireno, 4-dodecilestireno, 2-etil-4- benzilestireno, 4-p-tolilestireno, 4-(4-fenilbutil)estireno, ou misturas dos mesmos. Estireno é particularmente preferido.
[0044] Comonômeros polares que podem opcionalmente ser usados podem ser selecionados, por exemplo, de: vinilpiridina, vinilquinolina, ésteres de ácido acrílico e ácido alquilacrílico, nitrilas, ou misturas dos mesmos, por exemplo, acrilato de metila, acrilato de etila, metacrilato de metila, metacrilato de etila, acrilonitrila ou misturas dos mesmos.
[0045] Preferivelmente, o polímero diênico elastomérico que pode ser usado na presente invenção pode ser selecionado, por exemplo, de: cis-1,4- poli-isopreno (borracha natural ou sintética, preferivelmente natural), 3,4- poli-isopreno, polibutadieno (em particular polibutadieno copolímeros com um alto teor de 1,4-cis), copolímeros isopreno/isobuteno, opcionalmente halogenado; copolímeros de 1,3-butadieno/acrilonitrila, copolímeros de estrireno/1,3-butadieno, copolímeros de estrireno/isopreno/1,3-butadieno, copolímeros de estrireno/1,3-butadieno/acrilonitrila, ou misturas dos mesmos.
[0046] A composição elastomérica supramencionada pode opcionalmente compreender pelo menos um polímero elastomérico de uma ou mais mono-olefinas com um comonômero olefínico ou derivados do mesmo. As mono-olefinas podem ser selecionadas de: etileno e α-olefinas geralmente contendo de 3 a 12 átomos de carbono, por exemplo, propileno, 1-buteno, 1- penteno, 1-hexeno, 1-octeno ou misturas dos mesmos. Os seguintes são preferidos: copolímeros entre etileno e uma α-olefina, opcionalmente com um dieno; homopolímeros de isobuteno ou copolímeros do mesmo com pequenas quantidades de um dieno, que são opcionalmente pelo menos parcialmente halogenados. O dieno opcionalmente presente geralmente contém de 4 a 20 átomos de carbono e é preferivelmente selecionado de: 1,3-butadieno, isopreno, 1,4-hexadieno, 1,4-ciclo-hexadieno, 5-etilideno-2-norborneno, 5- metileno-2-norborneno, vinilnorborneno ou misturas dos mesmos. Entre esses, os seguintes são particularmente preferidos: copolímeros de etileno/propileno (EPR) ou copolímeros de etileno/propileno/dieno (EPDM); poli-isobuteno; borrachas de butila; borrachas de halobutila, em particular borrachas de clorobutila ou bromobutila; ou misturas dos mesmos.
[0047] É também possível usar um polímero diênico elastomérico ou um polímero elastomérico funcionalizado por reação com agentes finalizadores ou agentes de acoplamento adequados. Em particular, os polímeros diênicos elastoméricos obtidos por polimerização aniônica na presença de um iniciador organometálico (em particular um iniciador de organolítio) podem ser funcionalizados reagindo os grupos organometálicos residuais derivados do iniciador com agentes finalizadores ou agentes de acoplamento adequados, por exemplo, iminas, carbodi-imidas, haletos de alquiltina, benzofenonas substituídas, alcoxissilanos ou ariloxissilanos.
[0048] De acordo com uma modalidade preferida, a dita composição elastomérica compreende adicionalmente uma carga de reforço de negro-de- fumo.
[0049] De acordo com uma modalidade preferida, a carga de reforço de negro-de-fumo que pode ser usada na presente invenção pode ser selecionada daquelas tendo uma área superficial de não menos que 20 m2/g (determinado pela STSA - área superficial de espessura estatística de acordo com ISO 18852:2005).
[0050] De acordo com uma modalidade preferida, a carga de reforço de negro-de-fumo está presente na composição elastomérica em uma quantidade maior que cerca de 15 phr, preferivelmente maior que cerca de 20 phr. Preferivelmente, a carga de reforço de negro-de-fumo está presente na composição elastomérica em uma quantidade menor que cerca de 60 phr, preferivelmente menor que cerca de 50 phr.
[0051] Pelo menos uma carga de reforço adicional pode vantajosamente ser adicionada à composição elastomérica dada anteriormente, em uma quantidade geralmente variando de 1 phr a 70 phr, preferivelmente de cerca de 10 phr a cerca de 60 phr. A carga de reforço pode ser selecionada daquelas comumente usada para produtos reticulados, em particular para pneus, por exemplo, sílica, alumina, aluminossilicatos, carbonato de cálcio, caulim ou misturas dos mesmos.
[0052] A sílica que pode ser usada na presente invenção pode geralmente ser uma sílica pirogênica, ou preferivelmente uma sílica precipitada, com uma área superficial BET (medida de acordo com padrão ISO 5794/1) variando de cerca de 50 m2/g a cerca de 500 m2/g, preferivelmente variando de cerca de 70 m2/g a cerca de 200 m2/g.
[0053] Vantajosamente, a dita composição elastomérica reticulável compreende um agente de vulcanização.
[0054] A composição elastomérica reticulável pode ser vulcanizada por técnicas conhecidas, em particular com sistemas de vulcanização a base de enxofre comumente usados para polímeros diênicos elastoméricos. Com esse propósito, após uma ou mais etapas de processamento termomecânico, um agente de vulcanização a base de enxofre é incorporado nos materiais, junto com aceleradores de vulcanização. Na etapa de tratamento final, a temperatura é geralmente mantida abaixo de 120°C e preferivelmente abaixo de 100°C, a fim de evitar qualquer fenômeno indesejável de pré-reticulação.
[0055] Preferivelmente, o dito agente de vulcanização compreende sistemas de vulcanização a base de enxofre compreendendo enxofre ou moléculas contendo enxofre (doadores de enxofre) junto com aceleradores e/ou ativadores de vulcanização conhecidos na técnica anterior.
[0056] Os ativadores que são particularmente efetivos são compostos de zinco e em particular ZnO, ZnCO3, sais de zinco de ácidos graxos saturados ou insaturados contendo de 8 a 18 átomos de carbono, por exemplo, estearato de zinco, que são preferivelmente formados in situ na composição elastomérica a partir de ZnO e ácido graxo, ou misturas dos mesmos.
[0057] Os aceleradores que são comumente usados podem ser selecionados de; ditiocarbamatos, guanidina, tioureia, tiazóis, sulfenamidas, tiuranos, aminas, xantatos ou misturas dos mesmos.
[0058] De acordo com uma modalidade preferida, a dita composição elastomérica reticulável compreende uma quantidade de agente de vulcanização igual ou maior que cerca de 1 phr, preferivelmente igual ou maior que cerca de 2 phr.
[0059] Preferivelmente, a quantidade de agente de vulcanização é igual ou menor que cerca de 7,5 phr, preferivelmente igual ou menor que cerca de 7.
[0060] Vantajosamente, a quantidade de enxofre é variando de cerca de 2 phr a cerca de 6,5 phr.
[0061] De acordo com uma modalidade preferida, a dita composição elastomérica compreende um agente de acoplamento de silano capaz de interagir com a sílica opcionalmente presente como carga de reforço e/ou os silicatos e ligá-lo ao polímero diênico elastomérico durante vulcanização.
[0062] De acordo com uma modalidade preferida, o agente de acoplamento de silano que pode ser usado na presente invenção pode ser selecionado daquele tendo pelo menos um grupo silano hidrolisável, que pode ser identificado, por exemplo, pela seguinte fórmula geral (II):
Figure img0001
onde os grupos R, que podem ser idênticos ou diferentes, são selecionados de; grupos alquila, alcóxi ou arilóxi, ou de átomos de halogênio, desde que pelo menos um dos grupos R seja um grupo alcóxi ou arilóxi; n é um número inteiro entre 1 e 6 inclusive; X é um grupo selecionado de; nitroso, mercapto, amino, epóxido, vinila, imida, cloro, -(S)mCnH2n-Si-(R)3 ou -S-COR, onde m e n são números inteiros entre 1 e 6 inclusive e os grupos R são definidos como anteriormente.
[0063] Entre os agentes de acoplamento de silano, aqueles particularmente preferidos são tetrassulfeto de bis(3-trietoxissililpropila) e dissulfeto de bis(3- trietoxissililpropila). Os ditos agentes de acoplamento podem ser usados como eles são ou como uma mistura adequada com uma carga inerte (por exemplo, negro-de-fumo) a fim de facilitar sua incorporação na composição elastomérica.
[0064] De acordo com uma modalidade preferida, o dito agente de acoplamento de silano está presente na composição elastomérica em uma quantidade variando de 0,01 phr a cerca de 10 phr, preferivelmente de cerca de 0,5 phr a cerca de 5 phr.
[0065] A dita composição elastomérica pode compreender outros aditivos comumente usados, selecionados com base na aplicação específica para a qual a composição é destinada. Por exemplo, os seguintes podem ser adicionados aos ditos materiais: antioxidantes, agentes antienvelhecimento, plastificantes, adesivos, agentes antiozônio, resinas de modificação, ou misturas dos mesmos.
[0066] Em particular, com o propósito de melhorar a processabilidade, um plastificante pode ser adicionado à dita composição elastomérica, geralmente selecionada de óleos minerais, óleos vegetais, óleos sintéticos ou misturas dos mesmos, por exemplo, óleo aromático, óleo naftênico, ftalatos, óleo de soja ou misturas dos mesmos. A quantidade de plastificante é geralmente variando de 0 phr a cerca de 70 phr, preferivelmente de cerca de 5 phr a cerca de 30 phr.
[0067] A composição elastomérica pode ser preparada misturando os componentes poliméricos com a carga de reforço e com os outros aditivos opcionalmente presentes por técnicas que são conhecidas neste campo. Mistura pode ser realizada, por exemplo, usando um misturador aberto do tipo “moinho aberto” ou um misturador interno do tipo com rotores tangenciais (Banbury®) ou com rotores engrenados (Intermix™), ou em misturadores contínuos do tipo Ko-Kneader™ ou do tipo parafuso duplo ou multiparafusos. DESENHOS
[0068] A descrição será apresentada a seguir, se referindo aos desenhos anexos supridos puramente como um guia e, portanto, não limitantes, em que: - Fig. 1 ilustra, em meia seção transversal, um pneu para rodas de veículo a motor de acordo com uma primeira modalidade da presente invenção, e - Fig. 2 ilustra, em seção meio transversal, um pneu para rodas de veículo a motor de acordo com uma segunda modalidade da presente invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0069] Nas Figs. 1 e 2, “a” indica uma direção axial e “r” indica uma direção radial. Para simplicidade,
[0070] Figs. 1 e 2 mostram apenas uma porção do pneu, a porção remanescente que não é mostrada sendo idêntica e arranjada simetricamente com respeito à direção radial “r”.
[0071] Com referência à Fig. 1, o pneu 100 para rodas de veículo a motor compreende pelo menos uma estrutura de carcaça, compreendendo pelo menos uma camada da carcaça 101 tendo respectivamente bordas terminais opostas engatadas nas respectivas estruturas de ancoragem anulares 102, chamados arames do talão, opcionalmente associados com uma carga do talão 104. A região do pneu compreendendo o arame do talão 102 e a carga 104 forma uma estrutura de reforço anular 103, o assim chamado talão, destinado a ancorar o pneu em um aro de montagem correspondente (não mostrado).
[0072] A estrutura de reforço anular 103, e em particular a carga do talão 104, são vantajosamente feitas da composição elastomérica compreendendo a predispersão de borracha natural e lignina descrita anteriormente, em virtude de esses elementos serem particularmente sujeitos a tensões mecânicas em condições de uso durante rolamento do pneu, já que eles estão diretamente em contato com o aro da roda, e é necessário limitar os fenômenos de envelhecimento que levam a endurecimento da composição elastomérica.
[0073] A estrutura de carcaça é normalmente do tipo radial, isto é, os elementos de reforço de pelo menos uma camada da carcaça 101 são localizados nos planos compreendendo o eixo geométrico de rotação do pneu e são substancialmente perpendiculares ao plano equatorial do pneu. Os ditos elementos de reforço no geral consistem de cordões têxteis, por exemplo, seda artificial, náilon, poliéster (por exemplo, poli(naftalato de etileno) (PEN)). Cada estrutura de reforço anular é associada com a estrutura de carcaça por uma redobra das bordas laterais opostas de pelo menos uma camada da carcaça 101 em torno da estrutura de ancoragem anular 102 a fim de formar as assim chamadas redobras de carcaça 101a como ilustrado na Fig. 1.
[0074] Em uma modalidade, o acoplamento entre a estrutura de carcaça e a estrutura de reforço anular pode ser fornecido por uma segunda camada da carcaça (não mostrada na Fig. 1) aplicada em uma posição axialmente externa com respeito à primeira camada da carcaça.
[0075] Uma tira antiabrasiva 105 é arranjada em uma posição externa de cada estrutura de reforço anular 103. Preferivelmente, cada tira antiabrasiva 105 é arranjada pelo menos em uma posição axialmente externa com respeito à estrutura de reforço anular 103 que se estende pelo menos entre o costado 108 e a porção radialmente abaixo da estrutura de reforço anular 103.
[0076] Preferivelmente, a tira antiabrasiva 105 é arranjada de maneira a envolver a estrutura de reforço anular 103 ao longo das regiões axialmente internas e externas e regiões radialmente abaixo da estrutura de reforço anular 103 de maneira a ficar disposta entre estas e o aro da roda quando o pneu 100 é montado no aro.
[0077] Associada com a estrutura de carcaça, existe uma estrutura de correia 106 compreendendo uma ou mais camadas de correia 106a, 106b arranjadas em superposição radial uma em relação à outra e em relação à camada da carcaça, tendo cordões de reforço, tipicamente metálicos. Esses cordões de reforço podem ter uma orientação cruzada em relação a uma direção circunferencial de desenvolvimento do pneu 100. Direção “circunferencial” significa uma direção no geral orientada na direção de rotação do pneu.
[0078] Em uma posição radialmente mais externa com respeito às camadas de correia 106a, 106b, pelo menos uma camada de reforço zero grau 106c pode ser aplicada, comumente conhecida como “correia 0°”, que geralmente incorpora uma pluralidade de cordões de reforço, tipicamente cordões têxteis, orientada em uma direção substancialmente circunferencial, assim formando um ângulo de poucos graus (por exemplo, um ângulo entre cerca de 0° e 6°) em relação a o plano equatorial do pneu, e revestida com um material elastomérico.
[0079] Os elementos da estrutura de correia são vantajosamente fabricados da composição elastomérica compreendendo a predispersão de borracha natural e lignina descrita anteriormente.
[0080] Uma banda de rodagem 109 fabricada de um composto elastomérico é aplicada em uma posição radialmente externa com respeito à estrutura de correia 106.
[0081] Além do mais, respectivos costados 108 fabricados de um composto elastomérico produzidos de acordo com a presente invenção são aplicados em uma posição axialmente externa nas superfícies laterais da estrutura de carcaça, cada qual se estendendo de uma das bordas laterais da banda de rodagem 109 até nivelar com a respectiva estrutura de reforço anular 103.
[0082] Em uma posição radialmente externa, a banda de rodagem 109 tem uma superfície de rolamento 109a destinada a ficar em contato com o solo. Ranhuras circunferenciais, que são conectadas por recessos transversais (não mostrados na Fig. 1) para definir uma pluralidade de blocos de vários formatos e dimensões distribuídos sobre a superfície de rolamento 109a, são geralmente fornecidas nesta superfície 109a, que é mostrada lisa na Fig. 1 para simplicidade.
[0083] Uma subcamada 111 é arranjada entre a estrutura de correia 106 e a banda de rodagem 109.
[0084] Uma tira consistindo de material elastomérico 110, comumente conhecida como um “minicostado”, pode opcionalmente estar presente na região de conexão entre os costados 108 e a banda de rodagem 109, este minicostado geralmente sendo obtido por coextrusão com a banda de rodagem 109 e dando uma melhoria da interação mecânica entre a banda de rodagem 109 e os costados 108. Preferivelmente, a porção da extremidade do costado 108 diretamente cobre a borda lateral da banda de rodagem 109.
[0085] A banda de rodagem, e/ou a subcamada, e/ou o minicostado e/ou o costado podem vantajosamente ser fabricados a partir da composição elastomérica compreendendo a predispersão de borracha natural e lignina descrita anteriormente, em virtude de menor histerese significar menor dissipação de energia na forma de calor durante a operação e, consequentemente, menor consumo de combustível e, além disso, em virtude de maior energia na ruptura conferir maior resistência ao rasgamento e, consequentemente, maior resistência e durabilidade da superfície do costado e da banda de rodagem, que são particularmente expostos a tensões mecânicas agressivas durante uso (devido, por exemplo, a aspereza da superfície da estrada, colisão em meios-fios durante manobra para estacionar, e assim por diante).
[0086] No caso de pneus sem câmara, uma camada de borracha 112, geralmente conhecida como um “revestimento interno”, que fornece a impermeabilidade necessária ao ar para inflar o pneu, pode também ser fornecido em uma posição radialmente interna com respeito à camada da carcaça 101.
[0087] Pneus autossustentáveis (100), ilustrados na Fig. 2, incluem uma estrutura de suporte que é capaz de suportar a carga do veículo quando existe perda de pressão considerável ou total. Em particular, um inserto do costado (113), fabricado de acordo com a presente invenção, pode ser associado com cada costado. Em cada lado do pneu autossustentável (100), o inserto do costado (113) se estende radialmente entre a estrutura de talão relevante (103) e a borda lateral correspondente da banda de rodagem (109). Cada inserto do costado (113) pode ser fabricado de uma ou mais porções e é arranjado em uma posição axialmente interna ou externa com respeito à lona de carcaça. Por exemplo, como mostrado na Fig. 2, o inserto do costado (113) é arranjado entre a lona de carcaça (101) e o revestimento interno (112).
[0088] Como uma alternativa, no caso quando existe mais que uma lona de carcaça, um inserto do costado (113) pode ser arranjado entre duas das ditas lonas de carcaça (não mostradas na Fig. 2).
[0089] Como uma alternativa, um inserto do costado (113) pode ser arranjado entre a lona de carcaça e o costado (não mostrado na Fig. 2).
[0090] O inserto do costado é vantajosamente fabricado da composição elastomérica compreendendo a predispersão de borracha natural e lignina descrita anteriormente, em virtude de, nas condições de trabalho com o pneu esvaziado, ele pode ter boa resistência a propagação de rasgamento (obtenível quando existem maiores propriedades de ruptura, e especialmente alongamento na ruptura), e dissipação de calor reduzida (obtenível quando existe menor histerese).
[0091] De acordo com uma modalidade que não é mostrada, o pneu pode ser um pneu para rodas para veículos pesados, tais como vagonetes, ônibus, caminhões, furgões e, em geral, para veículos nos quais o pneu é submetido a uma carga alta.
[0092] Fabricação dos pneus 100 como descrito anteriormente pode ser realizada montando os respectivos produtos semiacabados em um tambor de construção (não mostrado), por meio de pelo menos um dispositivo de montagem.
[0093] Pelo menos uma parte dos componentes destinada a formar a estrutura de carcaça do pneu pode ser construída e/ou montada no tambor de construção. Mais particularmente, o tambor de construção é destinado a receber primeiramente o revestimento interno opcional, em seguida, a estrutura de carcaça e a tira antiabrasiva. Em seguida, dispositivos que não são mostrados engatam coaxialmente em torno de cada qual das bordas terminais, uma das estruturas de ancoragem anulares, posicionam uma luva externa compreendendo a estrutura de correia e a banda de rodagem em uma posição coaxialmente centralizada em torno da luva da carcaça cilíndrica e formam a luva da carcaça em uma configuração toroidal esticando a estrutura de carcaça radialmente, a fim de garantir que ela seja aplicada contra uma superfície radialmente interna da luva externa.
[0094] Após a construção do pneu bruto, um tratamento de moldagem e vulcanização é realizado a fim de prover estabilização estrutural do pneu reticulando o composto elastomérico, bem como imprimir um padrão de banda de rodagem desejado na banda de rodagem e opcionalmente imprimir símbolos gráficos distintivos nos costados.
[0095] A presente invenção será ilustrada adicionalmente a seguir com inúmeros exemplos de preparação, que são supridos puramente como um guia e sem nenhuma limitação desta invenção.
EXEMPLO 1 Caracterização das ligninas usadas nos exemplos
[0096] Cinco diferentes ligninas (Soda Grass, Kraft de conífera, Hardwood Kraft, Casca de trigo e Casca de arroz) foram testadas para realizar a presente invenção.
[0097] Lignina Soda Grass é uma lignina extraída de plantas anuais, por exemplo, resíduo agrícola, por um processo que usa hidróxido de sódio. A lignina usada é comercializada por Green Value e é designada Protobind 1000®.
[0098] Lignina Kraft de conífera é uma lignina obtida como um subproduto do processo Kraft usado para produzir celulose começando de plantas coníferas; em particular, uma lignina designada Oxifenol® comercializada por i-Green srl foi usada.
[0099] Lignina Hardwood Krafté também produzida pelo processo Kraft mas usando material lignocelulósico obtido de plantas de folhas largas.
[00100] Lignina Casca de trigoé obtida pela purificação de um subproduto do processo para produzir bioetanol começando das plantas anuais do tipo Arundo donax ou palha de trigo, como descrito na patente WO 2011/007369 com o nome de Chemtex.
[00101] Entretanto, lignina Casca de arroz foi extraída no laboratório de cascas de arroz, um subproduto da indústria alimentícia e agrícola.
[00102] Tabela 1 a seguir sumariza as principais características da lignina usada. TABELA 1
Figure img0002
[00103] Os pesos moleculares foram caracterizados por GPC (cromatografia de permeação em gel). As ligninas foram funcionalizadas quimicamente (acetilação) para torná-las solúveis no solvente usado no instrumento (THF), então as várias frações foram separadas por uma coluna com porosidade variável, e o peso molecular das várias frações foi quantificado comparando com um padrão de peso molecular conhecido. O parâmetro mais usado para descrever a distribuição dos pesos moleculares de um polímero é o peso molecular numérico médio Mn, que é a média dos pesos moleculares das cadeias de polímero calculada como a seguir:
Figure img0003
onde Mi representa o peso molecular e Ni o número de cadeias.
[00104] Os grupos funcionais foram caracterizados por NMR31P. As várias hidroxilas da lignina são funcionalizadas por reação com TMDP (2- cloro-4,4,5,5-tetrametil-1,3,2-dioxafosfolano) e quantificadas por análise NMR.
EXEMPLO 2 Preparação da predispersão de borracha natural contendo lignina
[00105] Várias predispersões de borracha natural foram preparadas contendo 15 phr de vários tipos de lignina (Soda Grass, Kraft de conífera, Kraft de folhosa, Casca de trigo e Casca de arroz) e diferentes quantidades (7, 15 e 45 phr) de lignina Kraft de conífera.
[00106] O procedimento compreende uma primeira etapa de dissolução da lignina à temperatura ambiente em solução alcalina, seguida pela etapa de adição de solução de lignina assim obtida ao látex de borracha natural, e finalmente a etapa de coagulação adicionando ácidos orgânicos ou inorgânicos.
[00107] Dissolução da lignina foi realizada com uma solução 0,1M de hidróxido de sódio (NaOH), em uma quantidade de cerca de 10 mL por grama de lignina. A dissolução foi realizada à temperatura ambiente (cerca de 20°C), adicionando a lignina na solução alcalina, com agitação. Quando toda a lignina foi adicionada, a mistura foi agitada até a lignina ser completamente dissolvida.
[00108] O látex de borracha natural foi preparado separadamente. O látex usado, de procedência tailandesa, consistiu de um látex concentrado por centrifugação a 60% de resíduo de borracha sólida e estabilizado com amônia, produzido e comercializado pela companhia Von Bundit Co., Ltd.
[00109] O látex foi agitado à temperatura ambiente por diversos minutos em um vaso adequado, e então, ainda com agitação, a solução de lignina previamente obtida foi vertida lentamente.
[00110] A mistura assim obtida foi agitada vigorosamente à temperatura ambiente por um período de tempo variando de 1 a 2 horas.
[00111] No final deste período, a etapa de coagulação foi iniciada acidificando a solução adicionando uma solução 10% de sulfúrico ácido (H2SO4). Acidificação causa coprecipitação da borracha natural e lignina, deixando um sobrenadante relativamente claro e transparente.
[00112] O precipitado de borracha natural e lignina foi filtrado e lavado para remover os sais residuais e o excesso de ácido, então reduzida a uma película fina, cerca de 1 cm de espessura. A película foi então seca por exposição ao ar à temperatura ambiente longe da luz por 24 horas, e então seca no forno a 35°C sob vácuo por 12 horas.
[00113] Seguindo o procedimento descrito anteriormente, as predispersões foram preparadas com as quantidades de borracha natural e as quantidades e tipos de lignina mostradas na Tabela 2 a seguir. TABELA 2
Figure img0004
EXEMPLO 3 Preparação dos compostos usando as predispersões de borracha natural contendo lignina preparada no exemplo 2
[00114] As predispersões descritas anteriormente foram usadas, as pastas brutas, para preparar os compostos na Tabela 3, que também descrevem um composto de referência (R) compreendendo apenas borracha natural, e um composto comparativo (C) com borracha natural pura adicionada, após coagulação do látex, com 15 phr de lignina Kraft de conífera diretamente, ambos na etapa de mistura.
[00115] Os compostos foram preparados em um misturador interno Brabender com uma capacidade cúbica de 50 cm3 e um fator de enchimento de 0,9. A câmara e os rotores do misturador foram ajustados a uma temperatura inicial de 60°C, e a velocidade rotacional dos rotores foi ajustada a 70 rpm.
[00116] No minuto zero (0'), carregamento da predispersão apropriada ou borracha natural, dependendo do composto, começou. No caso de composto (C), no terceiro minuto (3') a lignina foi adicionada à forma de pó. No quarto minuto (4'), os agentes de vulcanização foram adicionados, consistindo de enxofre solúvel, ácido esteárico, óxido de zinco e CBS (N- ciclo-hexil-2-benzotiazol sulfenamida), de acordo com as formulações dadas na Tabela 3 a seguir. No oitavo minuto (8') o composto foi descarregado e deixado resfriar. TABELA 3
Figure img0005
[00117] Medições por MDR (Moving Die Rheometer) foram realizadas nos compostos brutos para verificar sua cinética de reticulação. Análise de reometria de MDR foi realizada usando um reômetro Monsanto MDR. O teste foi realizado a 170°C por 20 minutos com uma frequência de oscilação de 1,66 Hz (100 oscilações por minuto) e uma amplitude de oscilação de ± 0,5°. Os valores de torque mínimo (ML) e torque máximo (MH) foram medidos. Os resultados obtidos são dados na Tabela 4.
[00118] Os compostos brutos foram então vulcanizados a 151°C por 30 minutos e então corpos de prova Dumbbell foram puncionados.
[00119] As propriedades mecânicas estáticas de acordo com padrão UNI 6065:2001 foram medidas em diferentes alongamentos (10%, 50%, 100% e 300%) nos corpos de prova Dumbbell supramencionados. Os resultados obtidos são dados na Tabela 4. TABELA 4
Figure img0006
[00120] Pode-se ver pelos resultados dos testes de tração apresentados na Tabela 4 que os melhores resultados foram obtidos com predispersões 3, 4 e 5 compreendendo respectivamente 15 phr de lignina Kraft de folhosa, Soda Grass e Kraft de conífera, e que bons resultados são também obtidos com predispersão 6 compreendendo 7 phr de lignina Kraft de conífera. Essas ligninas dotam os compostos com excelentes propriedades de ruptura e resiliência e reforço superiores.
[00121] As melhores propriedades são obtidas com lignina Kraft de conífera, contida nos compostos 5 e 6. Lignina Kraft de folhosa, contida no composto 3, deu a ele características similar mas ligeiramente mais fracas, enquanto Soda Grass, contida no composto 4, manteve um bom resultado em alongamento, mas deu a ele uma menor carga de ruptura.
[00122] Ao contrário, observou-se pelos resultados dos testes de tração nas predispersões 1 e 2, compreendendo 15 phr de lignina Casca de arroz e casca de trigo respectivamente, que tais ligninas tiveram um efeito adverso nas propriedades de ruptura do composto.
[00123] Comparando os resultados para composto 5, compreendendo a predispersão com lignina Kraft de conífera coprecipitada, com os resultados para o composto comparativo C, compreendendo uma quantidade igual de lignina Kraft de conífera que não foi coprecipitada, mas adicionada à borracha coagulada na etapa de mistura, observou-se que o método de coprecipitação deu compostos com propriedades definitivamente superiores.
[00124] Comparando os resultados para compostos 5, 6 e 7, compreendendo as predispersões com quantidades variáveis de lignina Kraft de conífera, observou-se que aumentando o carregamento de 7 a 15 phr existe uma melhoria das cargas nas várias deformações e uma diminuição de pouca significância no alongamento na ruptura. Se, entretanto, o carregamento for excessivamente aumentado, a 45 phr, deterioração das propriedades mecânicas é observada em vez disso, que pode ser ligada a vulcanização não ideal, evidenciado pelos baixos valores de torque (MH) obtidos durante a etapa de vulcanização.
EXEMPLO 4 Preparação de um composto para um inserto de pneu do costado usando uma predispersão de borracha natural contendo lignina Kraft de conífera
[00125] Uma predispersão de borracha natural contendo 15 phr de lignina Kraft de conífera preparada como predispersão 5 no exemplo 2 foi usada para preparar compostos 1 e 2 na Tabela 5.
[00126] O composto de referência R compreendeu apenas borracha natural coagulada de látex, 17 phr de negro-de-fumo e um sistema antioxidante completo compreendendo 1 phr de TMQ e 1,5 phr de 6PPD.
[00127] O composto comparativo C compreendeu apenas borracha natural, 11 phr de negro-de-fumo (6 phr menos que referência R) e um sistema antioxidante completo compreendendo 1 phr de TMQ e 1,5 phr de 6PPD.
[00128] O composto usado com os propósitos da invenção 1 compreendeu 60 phr de borracha natural, 46 phr de predispersão 5 (40 phr de borracha natural e 6 phr de lignina Kraft de conífera), 11 phr de negro-de- fumo (6 phr menos que referência R), e um sistema antioxidante completo compreendendo 1 phr de TMQ e 1,5 phr de 6PPD.
[00129] O composto usado com os propósitos da invenção 2 compreendeu 60 phr de borracha natural, 46 phr de predispersão 5 (40 phr de borracha natural e 6 phr de lignina Kraft de conífera), 11 phr de negro-de- fumo (6 phr menos que referência R), e um sistema antioxidante compreendendo apenas 0,5 phr de TMQ e 0,5 phr de 6PPD.
[00130] A composição completa dos quatro compostos está apresentada na Tabela 5 a seguir.
[00131] Os quatro compostos ilustrados na Tabela 5 foram preparados como a seguir (as quantidades dos vários componentes são dadas em phr), operando em um misturador Banbury de 1,6 litro.
[00132] Todos os componentes da primeira fase foram misturados no misturador Banbury. Tão logo que a temperatura atingiu 140°±5°C, a composição elastomérica foi descarregada. Após ela ter sido deixada descansar por um dia, o composto foi colocado novamente no Banbury, adicionando os componentes da segunda fase, e descarregando quando a temperatura atingiu 120°±5°C. Finalmente, os ingredientes da terceira fase foram adicionados, descarregando a uma temperatura não acima de 120°C. TABELA 5
Figure img0007
Figure img0008
BR é uma borracha de polibutadieno SKD com catalisador neodímio tendo mais que 97% de cis butadieno TESPT(50%) é um tetrassulfeto de silano do tipo Si69 suportado de negro-de-fumo SiO2 é sílica Zeosil 1115 MP precipitada com área superficial de 101 m2/g da Solvay NR é borracha natural coagulada de látex concentrado a 60% de borracha sólida PREDISPERSÃO 5 é a predispersão de borracha natural coprecipitada com 15 phr de lignina Kraft de conífera como descrito no exemplo 2 CERA BIMODAL é a cera antiozonante N550 é negro-de-fumo (Cabot Corporation) OCTOATO DE ZINCO é um agente de vulcanização ÓXIDO DE ZINCO 80 é uma dispersão de borracha natural com 80% de óxido de zinco TMQ é o antioxidante 2,2,4-trimetil-1,2-di-idroquinolina (Nord Chemie) 6PPD é o antioxidante de amina aromática N-(1,3-dimetilbutil)-N'-fenil-p-fenilenodiamina (Lanxess Deutschland GmbH, Alemanha) TiBTD é o acelerante dissulfeto de tetraisobutiltiuram TBBS 80% é uma dispersão de N-terc-butil-2-benzotiazol sulfenamida (Vulkacit® NZ/EGC, Lanxess Deutschland GmbH, Alemanha) RHENOCURE IS90G é enxofre insolúvel (Lanxess Deutschland GmbH, Alemanha)
[00133] Medições reométricas foram realizadas nos compostos brutos a 170°C por 10 minutos com o instrumento RPA 2000 da ALPHA TECHNOLOGIES (Rubber Processing Analyzer). Os resultados obtidos são dados na Tabela 6.
[00134] Os compostos brutos foram então vulcanizados a 170°C por 10 min, então corpos de prova Dumbbell foram puncionados de acordo com UNI 6065:2001.
[00135] As propriedades mecânicas estáticas foram medidas em diferentes alongamentos (10%, 50% e 100%), como descrito pelo exemplo 3, nas amostras dos compostos imediatamente após reticulação a 170°C por 10 minutos, e após o envelhecimento térmico a 70°C por 7 dias (168 horas) em um forno a ar. Os resultados obtidos são dados na Tabela 6.
[00136] As propriedades mecânicas dinâmicas E' e Tan delta foram medidas usando uma máquina de teste dinâmico Instron modelo 1341 em condições de compressão por tensão de acordo com os métodos seguintes. Um corpo de prova de material reticulado (170°C por 10 minutos) tendo um formato cilíndrico (comprimento = 25 mm; diâmetro = 14 mm), pré-carregado em compressão em uma deformação longitudinal de 25% em relação ao comprimento inicial e manteve na temperatura ajustada (23°C ou 70°C) por todo o teste foi submetido a uma tensão sinusoidal dinâmica tendo uma amplitude de ± 3,5% com respeito ao comprimento sob pré-carga, com uma frequência de 100Hz. As propriedades mecânicas dinâmicas são expressas em termos de valores de módulo elástico dinâmico (E') e Tan delta (fator de perda). O valor Tan delta foi calculado como a razão do módulo dinâmico viscoso (E”) para o módulo dinâmico elástico (E'). Os resultados obtidos são dados na Tabela 6. TABELA 6
Figure img0009
[00137] Os resultados obtidos nos testes estáticos na Tabela 6 demonstraram que compostos 1 e 2, preparados usando a predispersão de lignina onde parte do preto é substituída com quantidades iguais de lignina, deram valores de alongamento e especialmente cargas a ruptura maiores que a referência R, preditivo de resistência ao rasgamento melhorada.
[00138] Ao mesmo tempo, os resultados obtidos nos testes de envelhecimento na Tabela 6 demonstraram que a presença de lignina, introduzida por meio da predispersão, torna possível garantir um bom nível de resistência a envelhecimento oxidante térmico, evidência de variação similar ou menor das propriedades mecânicas estáticas após o envelhecimento.
[00139] Além disso, os compostos 1 e 2 mostram valores dos módulos estáticos substancialmente em linha com a referência, e propriedades dinâmicas ainda melhores que a referência. Em particular, os compostos 1 e 2 mostram histerese quente inferior, que indica uma vida do pneu maior rodando vazio (roda vazio) com o pneu esvaziado, permitindo processamento mais frio do material do inserto do costado.
EXEMPLO 5 Preparação de um composto do costado de pneu usando uma predispersão de borracha natural contendo lignina Kraft de conífera
[00140] O procedimento no exemplo 4 foi repetido com um segundo composto com a referência R', um segundo composto comparativo C', e um composto 3 preparados usando a predispersão de lignina e compreendendo um sistema antioxidante compreendendo apenas 0,5 phr de 6PPD e livre de TMQ.
[00141] A composição completa dos três compostos é descrita na Tabela 7 a seguir.
[00142] Os três compostos ilustrados na Tabela 7 foram preparados como a seguir (as quantidades dos vários componentes são dadas em phr), funcionando em um misturador Banbury de 1,6 litro.
[00143] Todos os componentes da primeira fase foram misturados no misturador Banbury. Tão logo que a temperatura atingiu 140°±5°C, a composição elastomérica foi descarregada. Após ela ter sido deixada descansar para um dia, o composto foi colocado de volta no Banbury, adicionando os componentes da segunda fase, e descarregando quando a temperatura atingiu 120°±5°C. Finalmente, os ingredientes da terceira fase foram adicionados, descarregando a uma temperatura não acima de 120°C. TABELA 7
Figure img0010
[00144] Os compostos brutos foram submetidos a medições reométricas MDR (Moving Die Rheometer) usando um instrumento Monsanto a 170°C por 20 minutos como descrito no exemplo 3. A viscosidade Mooney ML (1+4) a 100°C foi medida de acordo com padrão ISO 289-1:2005. Os resultados obtidos são dados na Tabela 8.
[00145] Os compostos brutos foram então vulcanizados a 170°C por 10 min, e então corpos de prova de anel de acordo com UNI 6065:2001 foram puncionados.
[00146] As propriedades mecânicas estáticas foram medidas em diferentes alongamentos (50% e 100%) como descrito pelo exemplo 3. Os resultados obtidos são dados na Tabela 8.
[00147] As propriedades mecânicas dinâmicas E' e Tan delta foram medidas usando uma máquina de teste dinâmico Instron modelo 1341 em condições de compressão-tração como descrito no exemplo 4. Os resultados obtidos são dados na Tabela 8.
[00148] A rigidez em graus IRHD (a 23°C) foi medida de acordo com padrão ISO 48:2007, nas amostras dos compostos imediatamente após a reticulação a 170°C por 10 minutos, e após térmico de envelhecimento no forno a ar a 70°C por 168 e 336 horas. Os resultados obtidos são dados na Tabela 8. TABELA 8
Figure img0011
[00149] Os resultados obtidos nos testes estáticos na Tabela 8 demonstraram que o composto 3, preparado usando a predispersão de lignina onde parte do preto é substituída com quantidades iguais de lignina, dá valores de alongamento e especialmente cargas a ruptura maiores que a referência R', preditivo de resistência ao rasgamento melhorada.
[00150] Ao mesmo tempo, os resultados obtidos nos testes de envelhecimento na Tabela 8 demonstraram que a presença de lignina, introduzida por meio da predispersão de acordo com a invenção torna possível garantir um bom nível de resistência a envelhecimento oxidante térmico, com evidência de menor variação de rigidez após o envelhecimento, ainda com quantidades bastante reduzidas de antioxidantes (TMQ e 6PPD).

Claims (18)

1. Pneu (100) para rodas de veículo compreendendo pelo menos um elemento estrutural compreendendo um material elastomérico reticulado obtido reticulando uma composição elastomérica reticulável compreendendo uma predispersão de borracha natural e lignina obtida por coprecipitação a partir de látex, caracterizadopelo fato de que a dita lignina tem uma concentração de grupos fenólicos maior que 2 mmols por grama de lignina, e em que a dita predispersão compreende uma quantidade da dita lignina de maneira tal a prover, na dita composição elastomérica reticulável, uma concentração de lignina igual ou menor que 25 phr.
2. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que a dita predispersão compreende uma quantidade da dita lignina de maneira tal a prover, na dita composição elastomérica reticulável, uma concentração de lignina igual ou maior que 2,5 phr.
3. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizadopelo fato de que o dito pneu compreende pelo menos uma estrutura de carcaça (101), e uma banda de rodagem (109) aplicada em posição radialmente externa com respeito à dita estrutura de carcaça (101).
4. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que o dito elemento estrutural é selecionado do grupo consistindo de insertos do costado (113), estruturas de correia (106), costado (108), banda de rodagem (109), estruturas de talão (103), e camada de material elastomérico em posição radialmente interna com respeito à dita banda de rodagem (109).
5. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que a dita lignina tem uma concentração de grupos fenólicos maior que 2,5 mmols por grama de lignina.
6. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que a dita lignina tem uma concentração de grupos fenólicos menor que 6 mmols por grama de lignina.
7. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que a dita lignina tem um peso molecular numérico médio (Mn) igual ou maior que 1.000 g/mol.
8. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que a dita lignina tem um peso molecular numérico médio (Mn) igual ou menor que 10.000 g/mol.
9. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que a dita composição elastomérica compreende pelo menos 10 phr da dita predispersão de borracha natural e lignina obtida por coprecipitação a partir de látex.
10. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que a dita predispersão de borracha natural e lignina compreende uma quantidade da dita lignina de maneira tal a prover na dita composição elastomérica reticulável uma concentração de lignina variando de 5 a 20 phr.
11. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que a dita predispersão de borracha natural e lignina é obtida com um processo compreendendo: (a) adicionar a dita lignina a um látex de borracha natural, (b) causar a coprecipitação (coagulação) da predispersão de borracha natural e lignina da mistura resultante da etapa (a), e (c) separar a predispersão de borracha natural e lignina obtida na etapa (b) de um resíduo de sobrenadante.
12. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 11, caracterizadopelo fato de que a dita lignina, antes da adição ao látex de borracha natural, é solubilizada em uma solução alcalina.
13. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 11, caracterizadopelo fato de que o dito látex de borracha natural tem um resíduo sólido variando de 20% a 70% em peso, com respeito ao peso total de látex.
14. Pneu (100) para rodas de veículo de acordo com a reivindicação 11, caracterizadopelo fato de que a dita lignina é adicionada em uma quantidade de maneira tal a prover na dita composição elastomérica reticulável uma concentração de lignina variando de 2,5 a 25 phr.
15. Processo para preparar uma predispersão de borracha natural e lignina, caracterizadopelo fato de que o dito processo compreende: (a) adicionar a dita lignina a um látex de borracha natural, (b) causar coprecipitação (coagulação) da predispersão de borracha natural e lignina da mistura resultante da etapa (a), e (c) separar a predispersão de borracha natural e lignina obtida na etapa (b) de um sobrenadante residual.
16. Processo de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que a dita lignina, antes da adição ao látex de borracha natural, é solubilizada em uma solução alcalina.
17. Processo de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de que a dita coprecipitação (coagulação) ocorre por adição de uma solução ácida.
18. Processo para fabricar uma composição elastomérica reticulável, caracterizadopelo fato de que compreende: • alimentar pelo menos um aparelho de mistura com pelo menos os seguintes componentes de uma composição elastomérica reticulável: pelo menos um polímero elastomérico diênico, pelo menos uma predispersão de borracha natural e lignina obtida como definido em qualquer uma das reivindicações 15 a 17, pelo menos uma carga de reforço, e pelo menos um agente de vulcanização, • misturar e dispersar os ditos componentes de maneira a obter a dita composição elastomérica reticulável, e • descarregar a dita composição elastomérica reticulável do dito aparelho de mistura.
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