PT869731E

PT869731E - Maquina de cafe

Info

Publication number: PT869731E
Application number: PT96942230T
Authority: PT
Inventors: Francesco Illy; Matthias Hell
Original assignee: Frencesco Illy; Creaholic Sa
Priority date: 1995-12-28
Filing date: 1996-12-23
Publication date: 2000-09-29
Also published as: CA2240822A1; KR100427886B1; CA2240822C; WO1997024052A1; DE59604705D1; EP0869731B1; HK1018389A1; IL125040A0; JP2000515031A; AU713251B2; NZ324255A; EP0869731A1; NO983026L; RU2185769C2; KR19990076746A; CN1135095C; CN1209041A; IL125040A; US5992298A; ES2147657T3

Description

7’

DESCRIÇÃO «MÁQUINA DE CAFÉ" A presente invenção refere-se a uma máquina de café de acordo com o conceito genérico da primeira reivindicação.

As máquinas de café comportam um reservatório de água, um sistema de aquecimento da água, uma câmara de infusão, na qual se encontra o café, e meios para bombar a água do reservatório de água para a câmara de infusão. As máquinas de café tradicionais distinguem-se umas das outras conforme o tipo de café que se pretende obter com a respectiva máquina de café. Assim, nas máquinas de café expresso aquece-se a água que será bombada sob pressão elevada (cerca de 10 bar) para a câmara de infusão. Para este efeito o café é finamente moído. Nas máquinas de café tipo Moca a água é levada através de um tubo elevador, sob a forma de vapor, ao contacto com o café finamente moído que se encontra na câmara de infusão. Também nas máquinas de café com filtro a água é conduzida sob a forma de vapor através de um tubo elevador. Volta no entanto a condensar e entra em contacto com o café finamente moído, novamente sob a forma de líquido quente, para seguidamente atravessar lentamente o filtro à pressão atmosférica. O sistema de aquecimento das máquinas de café tradicionais é normalmente constituído por um bloco maciço de aquecimento eléctrico. Este bloco de aquecimento eléctrico é um reservatório de água com uma grande capacidade térmica, pelo que tem uma elevada inércia calorífica. Isto constitui por um lado uma vantagem, porque a sua temperatura só baixa pouco quando passa um determinado volume de água através do mesmo e lhe retira uma determinada energia calorífica. Por outro lado a elevada capacidade térmica constitui um inconveniente, uma vez que se torna necessário adu- 1 zir muita energia calorífica ao bloco de aquecimento eléctrico para elevar a sua temperatura até ao valor pretendido. Após a sua ligação a máquina de café tradicional necessita de um tempo de aquecimento da ordem dos minutos antes de estar em condições de preparar o primeiro café. Este tempo de aquecimento representa para o utilizador uma perda de tempo incómoda.

Para deixar de ser necessário aquecer de novo o bloco de aquecimento eléctrico antes de uma nova preparação de café, este é alimentado com energia de aquecimento enquanto a máquina de café estiver ligada. A máquina de café necessita portanto no estado em que se encontra pronta para ser utilizada ("modo de stand-by") de um afluxo permanente de energia que é dissipada para o meio ambiente sem qualquer utilidade. Se a máquina de café esteve desligada durante um certo tempo, torna-se necessário, mesmo para preparar um só café, aquecer todo o bloco maciço de aquecimento eléctrico, só se utilizando uma pequena parte da energia consumida para a preparação efectiva do café. Resumindo pode afirmar-se que as máquinas de café tradicionais utilizam de uma forma pouco económica o tempo de que o utilizador dispõe e a energia eléctrica.

Na patente US-A-1,631,753 propõe-se um esquentador eléctrico de água para uma máquina de café, que tem a vantagem de ser rápido. Este esquentador de água compreende três tubos de cobre enrolados em forma de espiral e dispostos coaxialmente uns dentro dos outros, sendo sucessivamente percorridos pela água a aquecer. Em torno do tubo central encontra-se enrolada uma resistência de aquecimento eléctrico. Entre os tubos e as resistências de aquecimento encontra-se um isolamento à base de fita de amianto. Esta disposição especial faz com que a água no tubo central seja aquecida directamente pela resistência de aquecimento e a água no tubo exterior e no tubo interior aquecida directamente pela radiação térmica. A água deste modo aquecida é então levada à câmara de infusão que contém o café. É certo que este esquentador de 2

água é mais rápido, do que um bloco de aquecimento eléctrico. Com os seus grossos tubos de cobre e os isolamentos de amianto continua no entanto a ter uma grande inércia térmica. Demora um tempo bastante longo até os tubos de cobre estarem aquecidos pelo calor que atravessa o isolamento de amianto e a energia calorífica chegar por fim ao contacto com a água.

Na patente US-A-5,262,621 o problema dos tempos de aquecimento longos é solucionado por meio de um aquecimento indutivo e de um sistema electrónico de monitorização e de controlo. 0 apa-relho esquentador de água descrito naquela patente utiliza um tubo metálico que é envolvido por uma bobina electromagnética. Quando a água corre através do tubo metálico aplica-se uma tensão alternada à bobina, sendo o tubo metálico aquecido por indução electromagnética e o caudal de água aquecido por condutibilidade térmica. A frequência da tensão alternada é ajustada pelo sistema de monitorização e de controlo em função da temperatura de saída da água pretendida. A invenção tem o objectivo de revelar mais outro tipo de máquina de café, que em primeiro lugar não necessita de tempo de aquecimento prévio e em segundo lugar não consome energia no estado em que está pronta para ser utilizada.

Este objectivo atinge-se pela adopção da máquina de café de acordo com a invenção, tal como se encontra definida nas reivindicações. A ideia fundamental da máquina de café de acordo com a invenção baseia-se na utilização de um aquecimento de reacção rápida e no propósito de retirar o mínimo possível de energia térmica à água quente no seu trajecto até chegar ao contacto com o café. A tabela 1 mostra uma comparação entre os sistemas de aquecimento de uma máquina de café de acordo com a invenção e o de uma máquina de café tradicional. 3

Tabela 1

Caracteristicas do aquecimento Máquina de café de acordo com a invenção Máquina de café tradicional Capacidade térmica pequena grande Reacção rápida lenta Variação de temperatura durante a preparação do café grande pequena

Pretende-se que a máquina de café de acordo com a invenção seja polivalente, isto é, que permita preparar diversos tipos de café. Isto significa por suá vez que as partes utilizadas ao longo do trajecto da água tenham de ser dimensionadas, no que se refere à sua resistência mecânica, para a "pior das hipóteses", isto é, para a alta pressão no caso da preparação de café expresso. As partes utilizadas devem portanto ser optimizadas no que se refere às suas propriedades mecânicas e térmicas, para o que em parte será necessário tomar em consideração critérios antagónicos, que terão de ser harmonizados para obter uma solução de compromisso .

As vantagens da máquina de café de acordo com a invenção obtêm-se, entre outras, pela combinação das caracteristicas a seguir indicadas. Utiliza-se um esquentador de água com uma pequena capacidade térmica, em vez de um bloco de aquecimento eléctrico maciço. Para obter uma determinada temperatura de saida da água utiliza-se um circuito de controlo. Os materiais e a configuração das partes não aquecidas ao longo do trajecto da água são escolhidos de tal maneira que resistem à sobrepressão da água e simultaneamente retiram a essa água o mínimo possível de energia calorífica. Torna-se necessário que estas partes não aquecidas tenham nomeadamente capacidades térmicas reduzidas e coeficientes de transmissão térmica baixos em relação à água, mas simultaneamente uma resistência mecânica suficientemente elevada.

A máquina de café de acordo com a invenção é de seguida descrita mais em pormenor mediante as figuras. Estas mostram:

Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. 1 um corte esquemático de toda a máquina de café, 2 um esquentador de água, aberto camada por camada para uma representação mais clara, numa vista em perspectiva, 3 o esquentador de água e a bomba com o respectivo sistema de controlo, 4 a câmara de infusão e o seu mecanismo de fecho, num corte transversal, 5 um aspecto exterior da máquina de café e 6 e 7 secções transversais da grelha de suporte, com duas chávenas de tamanho diferente. A fig. 1 mostra num corte transversal uma vista geral esquemática de uma forma de realização preferencial da máquina de café de acordo com a invenção. Um reservatório de água 1 encontra-se assente numa "cabeça" 2 da máquina de café, de modo a ser bem visível. Este reservatório pode ser feito de um material transparente, com a vantagem de o utilizador poder observar a qualquer altura o nível de água e estar em condições de voltar a encher o reservatório atempadamente. 0 reservatório de água 1 pode ser retirado pelo utilizador, pelo que o mesmo é lavável. 0 reservatório está provido de uma tampa 3 que pode assentar sem fixação, ser enroscada por meio de uma rosca ou ser fixada por meio de uma dobradiça.

Através de um tubo flexível ou de um tubo rígido 4 a água sai do reservatório de armazenagem 1 e entra na bomba 5, que se encontra por exemplo alojada num "pescoço" 6 da máquina de café. A água é bombada pela bomba 5 no sentido de um esquentador 8, atravessando-o, passando por um tubo flexível ou por um tubo rígido 7. No esquentador 8 a água é aquecida a uma temperatura superior a 90 °C ou vaporizada. O esquentador de água 8 é por exemplo um tubo de várias camadas com um aquecimento eléctrico. Os 5 <s kr> «^7 pormenores relativos à bomba 5 e ao esquentador de água 8 encon-tram-se descritos mais adiante em pormenor e em conjugação com as fig. 2 e 3.

Um tubo de ligação 9, que será por exemplo de aço inoxidável, liga o esquentador de água 8 a uma câmara de infusão 10. É difícil evitar que a água arrefeça alguns graus centígrados no interior do tubo de ligação 9. Na câmara de infusão 10 encontra-se o café 10', através do qual passa à pressão a água quente ou o vapor. A câmara de infusão 10 é essencialmente constituída por uma parte inferior 11 da câmara de infusão e uma tampa 12 dessa mesma câmara. A parte inferior da câmara de infusão 11 encontra-se colocada num suporte 13 ligado a um punho 14. O suporte 13 é introduzido pelo utilizador na máquina de café e fixado em relação à dita máquina por um mecanismo de fecho 15. A actuação do mecanismo de fecho faz simultaneamente com que a câmara de infusão 10 seja também fechada. Os pormenores da câmara de infusão 10 e do mecanismo de fecho 15 encontram-se descritos mais adiante em pormenor em conjugação com a fig. 4. O café quente já pronto sai da câmara de infusão 10 através de uma bica 16 para dentro de uma chávena 17. Para esse efeito a chávena 17 encontra-se assente numa grelha de suporte 18 que se encontra inserida numa caixa 19', que por sua vez assenta numa base 19. A base 19 pode por exemplo receber um lastro de zinco fundido ou uma peça de chumbo 20, para melhorar a estabilidade da máquina de café. O bucim de entrada 21 de um cabo 22 destinado a alimentar a máquina de café com tensão de rede encontra-se de preferência situado na base 19.

Na tabela 2 resume-se o trajecto da água que de forma explícita é representado sob a forma de uma sequência de quatro troços que se distinguem uns das outros pela sua temperatura e pela sua pressão. Os valores numéricos indicados são valores 6

aproximados para o exemplo da preparação de um café expresso. Estes valores podem ser diferentes para outros tipos de café. A fig. 2 mostra a estrutura interna de um esquentador de água 8 do tipo de preferência utilizado na máquina de café. de acordo com a invenção. Em comparação com um bloco de aquecimento eléctrico maciço do tipo tradicional um esquentador de água 8 do tipo em questão tem a vantagem de conseguir realizar rapidamente as variações de temperatura pretendidas. Por esse motivo não se torna necessário um preaquecimento do esquentador e este também não consome energia no estado em que está pronto para ser utilizado. De acordo com uma forma de realização preferencial da invenção o esquentador 8 é constituído por um tubo interior 23 através do qual corre a água, tubo esse que é feito por exemplo de alumínio, de aço inoxidável ou de uma matéria sintética resistente a alta temperatura. 0 tubo interior 23 é envolvido por pelo menos uma camada isoladora interior 24 a 26, feita de um material electricamente isolante e resistente à temperatura, por exemplo uma matéria sintética resistente a alta temperatura. Em torno das camadas isolantes interiores 24 a 26 encontra-se enrolado um fio de aquecimento 27 feito a partir de uma liga metálica de elevada resistência óhmica, por exemplo uma liga de NiCr. A envolver o fio de aquecimento 27 prevê-se pelo menos uma camada isolante exterior 28 a 30, que por exemplo será novamente feita de uma matéria sintética resistente a alta temperatura.

Tabela 2

Secção Temperatura Pressão Do reservatório de água 1 até à entrada da bomba 5 baixa (20 °C) baixa (1 bar) Da saída da bomba 5 até à entrada do esquentador 8 baixa (20 °C) alta (10 bar) Da saída do esquentador 8 até à entrada da câmara de infusão 10 alta (> 90 °C) alta (10 bar) Da saída da câmara de infusão 10 até à chávena 17 alta (> 90 °C) baixa (1 bar) 7

jEV 0 esquentador de água 8 é o componente fundamental do sistema de aquecimento da máquina de café de acordo com a invenção. 0 sistema de aquecimento encontra-se representado no seu todo na fig. 3. Da estrutura interna do esquentador de água 8 encontra-se desenhado na fig. 3 unicamente o fio de aquecimento 27. 0 esquentador de água 8 tem de preferência a configuração de uma mola helicoidal e está provido de um apoio flutuante. À entrada do esquentador de água 8 encontra-se situada a bomba 5 com o tubo 7, enquanto que à saída daquele esquentador está previsto o tubo de ligação 9. A bomba 5 tem de preferência uma suspensão oscilante ou então tem um apoio flutuante e vibra durante o seu funcionamento, por exemplo à maneira de uma bomba de diafragma. As vibrações são transmitidas ao esquentador de água 8. As acelerações deste modo impostas ao esquentador de água 8 impedem ou reduzem a formação de depósitos de calcário no tubo 23 do esquentador de água ou então fazem com que o calcário tenha a tendência para se soltar das paredes interiores daquele tubo. 0 esquentador de água está equipado de um circuito de controlo, que tem a função de assegurar que a cada preparação de café a água saia do esquentador à temperatura pretendida. Para este efeito encontra-se ligado junto à saída do esquentador de água 8 um sensor de temperatura 31 para medição da temperatura T da água. 0 valor da temperatura T é de preferência a variável controlada para a regulação da potência PP da bomba 5 e deste modo do débito de água F. De acordo com uma outra variante da invenção a temperatura T será a variável controlada para a regulação da potência de aquecimento PH do fio de aquecimento 27. De acordo com uma terceira variante da invenção controlam-se simultaneamente tanto a potência da bomba PP como também a potência de aquecimento PH. Para o controlo utiliza-se de preferência um microprocessador 32, que sempre que possível será montado na vizinhança da bomba 5. Em vez do microprocessador 32 pode também utilizar-se para o controlo um circuito electrónico mais simples. 8 <ν 0 sensor de temperatura 31 e o microprocessador 32 servem além disso para avisar o utilizador da existência de depósitos calcários no esquentador de água 8. 0 facto é que um eventual depósito calcário na parede interior do tubo do esquentador de água tem um efeito isolante, prolongando o tempo t necessário para, a uma determinada potência de aquecimento PH, aquecer uma certa quantidade de água. Por esse motivo é possível concluir a partir da potência de aquecimento PH, da potência da bomba PP e do tempo de aquecimento t que existem depósitos de calcário no interior do tubo de aquecimento. A cada preparação de um café o microprocessador controla se a acumulação de calcário no tubo excedeu um determinado valor critico. Sendo esse o caso, o utilizador é avisado por um sinal acústico e/ou óptico. Tendo recebido um aviso deste género, o utilizador pode tomar as medidas apropriadas para descalcificar a máquina. A temperatura da água que actua sobre o café tem uma influência muito sensível sobre o sabor do café. Apesar da poupança de tempo e de energia obtida com a invenção, torna-se necessário assegurar que a qualidade do café se mantenha permanentemente a um nívél elevado, não podendo depender da circunstância de as partes não aquecidas 9 a 12 situadas ao longo do trajecto da água, entre o esquentador 8 e o café 10', estarem frias ou já aquecidas devido a uma preparação anterior. Entre o esquentador de água 8 e o café 10' só se deve portanto retirar à água quente o mínimo possível de energia calorífica. Para este efeito torna-se necessário satisfazer dois requisitos. Em primeiro lugar é necessário que as partes não aquecidas 9 a 12 existentes ao longo do trajecto da água tenham capacidades caloríficas pequenas, isto é, apresentem capacidades caloríficas específicas reduzidas e massas também reduzidas. Em segundo lugar as partes não aquecidas 9 a 12 devem apresentar coeficientes de transmissão térmica reduzidos em relação à água, isto é, coeficientes de transmissão térmica reduzidos e/ou condutibilidades térmicas também reduzidas. Simultaneamente é no entanto necessário que as partes não aquecidas 9 a 12 resis- 9

A tam à sobrepressão da água aquecida, que é de cerca de 10 bar, sendo este o caso quando se confecciona um café expresso. Torna-se portanto necessário optimizar os materiais e a configuração destas partes 9 a 12 em relação a critérios térmicos e mecânicos que em parte são antagónicos. A forma de realização que serve de exemplo constitui uma boa solução para o problema de optimização apontado. O tubo de ligação 9 é curto e apresenta uma boa resistência mecânica. A parte inferior 11 e a tampa 12 da câmara de infusão 10 são feitas de um material termicamente isolante, por exemplo um material cerâmico de elevada porosidade, tal como a cerâmica oca ou a porcelana oca ou uma matéria sintética termicamente isolante. A massa destes componentes será mantida tão pequena quanto possível.

Mediante a fig. 4 irá discutir-se o mecanismo de fecho 15 da câmara de infusão 10 e a câmara de infusão propriamente dita. Nas máquinas de café tradicionais o suporte da câmara de infusão é fixado à máquina de café e simultaneamente fechado por meio de um fecho de baioneta. Em contrapartida na máquina de café de acordo com a invenção a câmara de infusão 10 encontra-se montada num suporte 13 que é segurado pelo utilizador através do punho 14, utilizando uma das suas mãos, e inserido na máquina de café à maneira de uma gaveta. 0 suporte 13 pode por exemplo ser feito de matéria sintética. Com a outra mão o utilizador actua o mecanismo de fecho através de uma alavanca 33 disposta na parte exterior do corpo da máquina de café e que se encontra visível na fig. 5. O movimento giratório da alavanca 33 é transmitido a um excêntrico 34 que desloca a tampa 12 da câmara de infusão para o lado de baixo, fechando a dita câmara de infusão 10. Movendo a alavanca 33 no sentido contrário, a tampa 12 da câmara de infusão é levantada, ao que a dita câmara de infusão 10 se abre. Pode então pu-xar-se para fora o suporte 13 e proceder-se à substituição do café 10'. 10 ir\ 0 movimento da alavanca 33 ou da tampa 12 da câmara de infusão comanda além disso a saída da água. Só quando a tampa 12 da câmara de infusão se encontrar na sua posição inferior, na qual a dita câmara de infusão 10 se encontra fechada, é que a água quente flui para a câmara e a partir daí para a chávena de café 17. Se ao contrário a tampa 12 da câmara de infusão se encontra na posição de cima, na qual a dita câmara de infusão 10 está aberta, a água quente ou alternativamente o vapor sai da máquina de café através do tubo de vapor 35. A água quente que sai do tubo de vapor 35 pode por exemplo ser utilizada para a preparação de chá e o vapor por exemplo para aquecer leite. A comutação de um dos trajectos para o outro efectua-se à entrada do tubo de ligação 9. 0 tubo de ligação 9 encontra-se no interior de um corpo de tubo 36 e está vedado em relação a este último por meio de dois anéis de vedação 37, 38, movendo-se em conjunto com a. tampa 12 da câmara de infusão. Na sua posição de cima o anel de vedação superior 37 encontra-se acima da entrada de água 39, impedindo a entrada da água quente ou de vapor para dentro do tubo de ligação 9. A água quente ou o vapor fluem então para a entrada 40 do tubo de vapor 35. Na sua posição inferior o anel de vedação superior 37 encontra-se abaixo da entrada de água 39. A água quente flui então para a entrada 41 do tubo de ligação 9.

Para a escolha do tipo de café pretendido a máquina de café de acordo com a invenção está provida de um comutador de tipos de café 42. Este comutador pode por exemplo ter as posições "café expresso", "café Moca", "café filtro" ou "café creme" ou ainda outras posições. Através do comutador de tipos de café 42 selec-cionam-se diferentes programas do microprocessador 32, que ajustam a temperatura T da água pretendida para cada caso e a potência correcta PP da bomba. 11

Para os diferentes tipos de café prevêem-se diferentes partes inferiores 11 de câmara de infusão, que podem ser introduzidas no suporte 13 à maneira de módulos. A parte inferior 11 de câmara de infusão para café expresso ou para café tipo Moca é uma placa perfurada â maneira de um crivo, feita de material termica-mente isolante. Para confeccionar café filtro torna-se necessário que a parte 11 da câmara de infusão possa receber um filtro e esteja provida^de uma bica apropriada. Enche-se a câmara de infusão com o café 10' na sua forma prevista para cada caso: a granel ou em embalagens apropriadas, que poderão por exemplo ser saquetas.

Para além do suporte 13, da alavanca 33 e do comutador de tipos de café 42 a máquina de café de acordo com a invenção só comporta mais um elemento de comando: um interruptor geral 43. Este tem três posições, que podem por exemplo ser designadas por "vapor", "desligado" ou "café". O interruptor geral integra duas funções. Em primeiro lugar o interruptor serve para ligar ou desligar toda a máquina de café. Na posição "desligado" a máquina de café está completamente desligada e não consome energia, contra-riamente ao que acontece com máquinas de café tradicionais quando estas se encontram no estado em que estão prontas para ser utilizadas. O utilizador escolhe a quantidade de café a fornecer comutando o interruptor da posição de "desligado" para a de "café", o que faz correr café, e seguidamente de "café" para "desligado", o que faz parar o fluxo de café. O mesmo se aplica à saída de vapor. Em segundo lugar o interruptor geral é um controlador de temperatura para o fluido que sai do tubo de vapor 35. Quando a alavanca 33 se encontra na sua posição superior, sai vapor do tubo de vapor 35 quando o interruptor geral estiver na posição "vapor" e água quente quando aquele interruptor geral estiver na posição "café". Quando o interruptor geral estiver na posição "vapor", a entrada de água é além disso mecanicamente bloqueada quando a alavanca 33 se encontrar na sua posição inferior. A tabela 3 faz um apanhado do efeito de todas as posições possíveis da alavanca e do interruptor geral. A máquina de café de acordo 12

com a invenção pode alternativamente ser também equipada de um dispositivo para o controlo automático da quantidade de café. A grelha de suporte 18, sobre a qual se colocam as chávenas de café 17, está concebida de tal maneira que pode ser virada ao contrário dentro da caixa 19' . Podem deste modo obter-se dois afastamentos diferentes entre a bica 16 e a grelha de suporte 18, o que permite colocar por debaixo da máquina de café chávenas de café 17, 17' com alturas totalmente diferentes. 0 facto é que o afastamento entre a bica 18 e a chávena de café não pode ser demasiado grande, caso contrário não se forma espuma sobre o café. A fig. 6 mostra uma pequena chávena de café 17 assente na grelha de suporte 18 numa posição mais elevada. A fig. 7 mostra uma chávena de café grande 17' assente na grelha de suporte 18 numa posição mais baixa.

Tabela 3

Posição da alavanca Posição do interruptor geral "em cima" "em baixo" "Vapor" saída de vapor pelo tubo de vapor 35 nenhum efeito "Desligado" nenhum efeito nenhum efeito "Café" saída de água pelo tubo de vapor 35 saída de café pela bica 16

Em resumo a máquina de café de acordo com a invenção é constituída no essencial por um reservatório de água 1, uma bomba 5, um esquentador 8 para aquecer a água e uma câmara de infusão 10, na qual se coloca o café 10'. O esquentador de água 8 tem uma capacidade térmica reduzida. A máquina de café de acordo com a invenção está equipada de pelo menos um sensor de temperatura 3 localizado à saída do esquentador de água 8 ou entre o esquentador de água e a câmara de infusão 10, além de estar equipada de 13 um circuito de controlo, cuja variável controlada é a temperatura da água T à saída do esquentador. As partes não aquecidas 9 a 12 ao longo do trajecto da água, entre o esquentador 8 e o café 10, encontram-se optimizadas de tal maneira, no que se refere às suas propriedades mecânicas e térmicas, que apresentam uma resistência suficientemente elevada às sobrepressões criadas no sistema, apresentando capacidades térmicas reduzidas e coeficientes de transmissão térmica reduzidos em relação à água.

Lisboa, 14 de Junho de 2000

14

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Máquina de café com um reservatório de água (1), uma bomba (5) e uma câmara de infusão (10) que serve para colocar o café (10'), caracterizada por comportar um esquentador (8) para o aquecimento da água, que abarca um tubo interior (23) percorrido pela água, pelo menos uma camada de isolamento interior (24 a 26) que envolve o tubo interior (23) e um fio de aquecimento (27), que será em número de pelo menos um, que será enrolado em torno da camada isoladora interior (24 a 26) de modo a que a capacidade calorífica do esquentador se mantenha reduzida, por esta estar equipada de pelo menos um sensor de temperatura (31) localizado à saída do esquentador de água (8) ou entre o esquentador (8) e a câmara de infusão (10) e de um circuito de controlo cuja variável controlada é a temperatura da água (T) à saída do esquentador de água (8) e por as partes não aquecidas (9 a 12) situadas ao longo do trajecto da água compreendido entre o esquentador (8) e o café (10') apresentarem uma resistência mecânica suficientemente elevada à pressão de 10 bar criada no sistema e por essas partes serem constituídas por um material cerâmico de elevada porosidade, por uma matéria sintética ou por aço inoxidável, de modo a apresentarem capacidades caloríficas reduzidas, bem como coeficientes de transmissão térmica reduzidos em relação à água.
2. Máquina de café de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto -de uma ou várias partes não aquecidas (9 a 12) ao longo do trajecto da água serem constituídas por material termicamente isolante.
3. Máquina de café de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 2, caracterizada por o esquentador de água (8) apresentar 1

pelo menos uma camada isoladora exterior (28 a 30) que envolve o fio de aquecimento.
4. Máquina de café de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizada por o tubo interior (23) do esquentador de água (8) ser feito de alumínio, de aço inoxidável ou de matéria sintética resistente a alta temperatura, por as camadas isoladoras (24 a 26, 28 a 30) serem feitas de uma matéria sintética resistente a alta temperatura e o fio de aquecimento (27) ser constituído por uma liga metálica de elevada resistência óhmica.
5. Máquina de café de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizada por o esquentador de água (8) ter um apoio flutuante para evitar depósitos de calcário no interior do tubo do mesmo, por a bomba (5) ter uma suspensão móvel ou flutuante e vibrar em serviço e por o esquentador de água e a bomba estarem ligados um ao outro de tal maneira que o esquentador de água é posto a vibrar pela bomba.
6. Máquina de café de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizada por a mesma conter um microprocessador (32) para a monitorização e o controlo da potência (PP) da bomba (5), da potência de aquecimento (PH) do esquentador de água (8) e do tempo de aquecimento (t).
7. Máquina de café de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por o microprocessador (32) calcular a cada preparação de um cáfé, com base na potência (PP) da bomba (5) , na potência de aquecimento (PH) do esquentador de água (8) e no tempo de aquecimento (t), uma imagem equivalente do grau de calcificação do tubo interior (23) do esquentador de água (8) e desencadear um sinal de aviso acústico e/ou óptico, caso a calcificação tiver ultrapassado um determinado valor crítico. 2
8. Máquina de café de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7, caracterizada por a câmara de infusão (10) ser no essencial constituída por uma parte inferior (11) de câmara de infusão e por uma tampa (12) de câmara de infusão.
9. Máquina de café de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por o utilizador, para poder preparar diferentes tipos de café, introduzir num suporte (13) diferentes partes inferiores (11) de câmara de infusão à maneira de módulos, suportes esses que por sua vez podem ser inseridos na máquina de café.
10. Máquina de café de acordo com as reivindicações 8 ou 9, caracterizada por a mesma apresentar, para servir de fecho (15) da câmara de infusão, uma alavanca (33) accionada pelo utilizador, um excêntrico (34) ligado à alavanca e uma tampa (12) da câmara de infusão, que pode ser deslocada para cima e para baixo por acção do excêntrico, tampa por meio da qual a câmara de infusão (10) pode ser fechada quando a sua parte de baixo (11) estiver inserida na máquina de café.
11. Máquina de café de acordo com a reivindicação 10, caracterizada por a alavanca (33) comandar simultaneamente a saída de água, pelo facto de com a câmara de infusão (10) aberta se conduzir vapor ou água quente a um tubo de vapor (35) e com a câmara de infusão fechada se conduzir água quente até junto do café (10' ) .
12. Máquina de café de acordo com a reivindicação 11, caracteri zada por a selecção de uma das duas vias se efectuar à entrada do tubo de ligação que se encontra alojado num corpo de tubo (36) e é vedado em relação a este corpo por dois anéis de vedação (37, 38), e por o mesmo poder ser movido em con junto com a tampa (12) da câmara de infusão de tal maneira que, estando a câmara de infusão (10) aberta, o anel de vedação superior (37) se encontra acima da entrada de água (39), 3

impedindo a entrada de água quente ou de vapor no tubo de ligação (9), o que faz com que a água quente ou o vapor possam fluir para a entrada (40) do tubo de vapor (35), e por, com a câmara de infusão fechada, o anel de vedação superior se encontrar abaixo da entrada de água, pelo que a água quente pode fluir para a entrada (41) do tubo de ligação.
13. Máquina de café de acordo com as reivindicações 11 ou 12, ca-racterizada por a mesma comportar um interruptor geral (43), que por um lado é um interruptor que permite ligar ou desligar a máquina de café e por outro lado é um controlador da temperatura do fluido que sai pelo tubo de vapor (35).
14. Máquina de café de acordo com a reivindicação 13, caracteri-zada por o interruptor geral (43) comportar três posições, que podem por exemplo ser designadas por "vapor", "desligado" e "café", de modo que na posição "desligado" a máquina de café está desligada, sendo a saída de café através de uma bica (16) ou a saída de água quente através do tubo de vapor (35) activada pela comutação da posição de "desligado" para a posição de "café" e de novo desactivada pela comutação da posição "café" para a posição "desligado", e sendo a saída de vapor através do tubo de vapor activada pela comutação da posição "desligado" para a posição "vapor" e de novo desactivada pela comutação da posição "vapor" para a posição "desligado".
15. Máquina de café de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 14, caracterizada por o reservatório de água (1) se encontrar disposto no topo da máquina de café de maneira bem visível, ser feito de um material transparente, poder ser desmontado pelo utilizador e estar provido de uma tampa (3). 4
16. Máquina de café de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 15, caracterizada por a mesma comportar uma base (19) provida de um peso destinado a melhorar a sua estabilidade.
17. Máquina de café de acordo com a reivindicação 16, caracterizada por a mesma apresentar abaixo da bica (16) uma grelha de suporte (18) encastrada na base (19), grelha essa na qual se podem assentar as chávenas (17, 17') e por essa grelha de suporte estar concebida de tal maneira que pode ser virada ao contrário para obter dois afastamentos distintos um do outro entre a bica e a grelha de suporte.

Lisboa, 14 de Junho de 2000 JO acíeVíte oficial DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 5