PT1532985T - Processo de produção de uma composição de libertação sustentada - Google Patents

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Hoshino Tetsuo
Yamamoto Kazumichi
Saito Kazuhiro
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Takeda Pharmaceuticals Co
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Description

DESCRIÇÃO
"PROCESSO DE PRODUÇÃO DE UMA COMPOSIÇÃO DE LIBERTAÇÃO SUSTENTADA"
Campo Técnico A presente invenção refere-se a um processo de produção de uma composição de libertação sustentada compreendendo uma substância fisiologicamente ativa e um polímero biodegradável.
Antecedentes da Técnica
Os documentos JP-A 57-118512, JP-A 57-150609 e JP-A 6-145046 divulgam um método de produção de uma microcápsula de libertação sustentada de uma emulsão de tipo A/O utilizando um polímero biodegradável.
Um polímero biodegradável de libertação sustentada é útil como, por exemplo, um material de base para uma microcápsula que encerra uma substância fisiologicamente ativa. Sabe-se que o poli(ácido láctico), um copolímero de ácido láctico e ácido glicólico é útil como um tal polímero biodegradável (e. g. , documento JP-A 11-269094). O documento JP-A 7-97334 divulga uma preparação de libertação sustentada compreendendo uma substância fisiologicamente ativa ou um seu sal e um polímero biodegradável que tem um carboxilo terminal, e um processo de produção da preparação de libertação sustentada.
Os documentos EP0586238 e US2002/0031545 divulgam um método de produção de microcápsulas de libertação sustentada com acetato de leuprorrelina. A fim de proporcionar uma emulsão de A/0, a leuprorrelina é dissolvida em água e a solução é adicionada a uma solução de poli(ácido láctico) em diclorometano. A fase interna pode conter ainda um agente de controlo de pH, tal como e. g. ácido acético.
Um objetivo da presente invenção é proporcionar um processo de produção de uma composição de libertação sustentada que permite a formação estável de uma emulsão de tipo A/0.
Divulgação da Invenção
Nestas circunstâncias, a presente requerente estudou intensivamente para desenvolver um processo de produção de uma composição de libertação sustentada de leuprorrelina e que permite a formação estável de uma emulsão de tipo A/0. Como consequência, determinou que uma emulsão de tipo A/0 pode ser estabilizada utilizando uma solução aquosa contendo uma quantidade em excesso de ácido acético relativamente à leuprorrelina. Com base nesta constatação, estudou adicionalmente e finalmente concluiu a presente invenção. A presente invenção é definida nas reivindicações apensas. A matéria-objeto que não é abrangida pelo âmbito das reivindicações não faz parte da presente invenção.
Ou seja, a presente invenção proporciona: (1) um método de produção de uma composição de libertação sustentada em microesferas ou em microcápsulas, o qual compreende misturar e emulsionar uma solução aquosa contendo leuprorrelina e ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,65 a 3 vezes aquela da referida leuprorrelina com uma solução de um polímero de ácido láctico-ácido glicólico em diclorometano, e, em seguida, secar a emulsão de tipo A/0 resultante; (2) o método de acordo com o (1) acima, em que a solução aquosa é obtida utilizando um sal de leuprorrelina com ácido acético; (3) o método de acordo com o (1) acima, em que a proporção da referida leuprorrelina na composição de libertação sustentada é de cerca de 0,001 a cerca de 50% em peso; (4) o método de acordo com o (1) acima, em que a proporção molar de ácido láctico para ácido glicólico no polímero de ácido láctico-ácido glicólico é 100:0 a 50:50; (5) o método de acordo com o (4) acima, em que a proporção molar de ácido láctico para ácido glicólico no polímero de ácido láctico-ácido glicólico é 100:0; (6) o método de acordo com o (1) acima em que o peso molecular médio ponderado do polímero de ácido láctico-ácido glicólico é 5000 a 50000; (7) o método de acordo com o (1) acima, em que o peso molecular médio ponderado do polímero de ácido láctico-ácido glicólico é 17000 a 30000; (8) o método de acordo com o (1) acima, em que o polímero de ácido láctico-ácido glicólico é um polímero de ácido láctico que tem um peso molecular médio ponderado de 15000 a 50 000 e o teor de um polímero que tem um peso molecular médio ponderado de 5000 ou menos no referido polímero de ácido láctico é de 5% em peso ou menos; (9) o método de acordo com o (1) acima, em que o polímero de ácido láctico-ácido glicólico é um polímero de ácido láctico que tem 20 a 1000 pmol de carboxilo terminal por unidade de massa (grama) do polímero; (10) o método de acordo com o (1) acima, em que o tamanho de partícula da emulsão de tipo A/O é 0,1 a 300 pm; (11) o método de acordo com o (1) acima, em que a secagem da emulsão de tipo A/O é uma secagem em fase aquosa; (12) o método de acordo com o (11) acima, em que uma solução aquosa de um agente de regulação da pressão osmótica selecionado de aminoácidos, glicerina, arabitol, xilitol, adonitol, manitol, sorbitol e dulcitol é utilizada como uma fase aquosa externa na secagem em fase aquosa; (13) o método de acordo com o (12) acima, em que o agente de regulação da pressão osmótica é manitol; e (14) uma utilização de uma solução aquosa contendo leuprorrelina e ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,65 a 3 vezes aquela da referida leuprorrelina com uma solução de um polímero de ácido láctico-ácido glicólico em diclorometano para produzir uma preparação de libertação sustentada em microesferas ou microcápsulas contendo a referida leuprorrelina.
Breve Descrição dos Desenhos A Fig. 1 é uma fotografia que mostra o aspeto das emulsões de tipo A/0 preparadas no Exemplo 2 Experimental. Os valores numéricos por baixo da fotografia representam as proporções molares de ácido acético para um fármaco. A Fig. 2 é um gráfico que mostra a relação entre o tempo de emulsif icação e a viscosidade de uma emulsão de tipo A/0 num caso em que o ácido acético foi utilizado numa quantidade molar de 1,5 ou mais vezes aquela do péptido A no Exemplo 6 Experimental.
Os casos onde as proporções molares de ácido acético para um fármaco são 1,4, 1,6, 1,8, 2,3 e 2,8 são mostradas a partir da esquerda. A substância fisiologicamente ativa a ser utilizada na presente invenção é a leuprorrelina A proporção de leuprorrelina na composição da presente invenção pode variar. Por exemplo, é de cerca de 0,001 a cerca de 50% em peso, de um modo preferido, cerca de 0,02 a cerca de 40% em peso, de um modo mais preferido, cerca de 0,1 a cerca de 30% em peso, de um modo ainda mais preferido , cerca de 0,1 a cerca de 24% em peso, de um modo muito preferido, cerca de 5 a cerca de 24% em peso, do peso total da composição. A leuprorrelina é um agonista da hormona de libertação da hormona luteinizante (LH-RH). É um péptido representado pela fórmula: 5-oxo-Pro-His-Trp-Ser-Tyr-DLeu-Leu-Arg-Pro-NH-C2H5. Na presente invenção, a substância fisiologicamente ativa é leuprorrelina ou um seu sal, em particular um seu acetato (i. e. acetato de leuprorrelina).
As abreviaturas utilizadas nesta descrição para os aminoácidos são de acordo com aquelas definidas pela Comissão de Nomenclatura Bioquímica da IUPAC-IUB ou definidas no European Journal of Biochemistry Vol. 138, pp. 9-37, 1984 ou de acordo com abreviaturas convencionais no campo. Embora os aminoácidos possam ter isómeros óticos, eles são representados na configuração L, salvo indicação em contrário.
Na presente invenção, a solução aquosa pode conter o ácido acético independentemente da leuprorrelina ou na forma de um sal com a leuprorrelina. Alternativamente, a solução aquosa pode conter um sal de leuprorrelina com o ácido acético e o ácido acético independente da leuprorrelina.
Como descrita acima, a leuprorrelina pode ser utilizada tal e qual ou como um seu sal farmacologicamente aceitável na presente invenção.
Um tal sal inclui sais com ácidos inorgânicos (também referidos como ácidos livres inorgânicos) (e. g., ácido carbónico, ácido bicarbónico, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, ácido nítrico, ácido bórico) e sais com ácidos orgânicos (também referidos como ácidos livres orgânicos) (e. g. , ácido succínico, ácido acético, ácido propiónico, ácido trifluoroacético) . Um tal sal é, de um modo preferido, acetato. Por exemplo, o acetato de leuprorrelina é preferido.
Um tal sal inclui também sais com bases inorgânicas (também referidos como bases livres inorgânicas) (e. g., metais alcalinos, tais como sódio e potássio; metais alcalinoterrosos, tais como cálcio e magnésio) e sais com bases orgânicas (também referidos como bases livres orgânicas) (e. g. , aminas orgânicas tal como trietilamina, aminoácidos básicos, tal como arginina). A leuprorrelina pode formar também um composto de complexo metálico (e. g., um complexo de cobre, um complexo de zinco). A leuprorrelina ou seus sais podem ser produzidos de acordo com métodos descritos na literatura ou publicações oficiais de patentes acima mencionadas, ou métodos semelhantes àqueles. A quantidade de ácido acético utilizado é de 1,65 mol para 3 mol por 1 mol de leuprorrelina.
Na presente invenção, a proporção (% em peso) de ácido acético na "solução aquosa" não está particularmente limitada desde que seja exercido um efeito da presente invenção e é de um modo preferido, cerca de 0,1 a cerca de 20% em peso, de um modo mais preferido, cerca de 1 a cerca de 15% em peso, de um modo ainda mais preferido, cerca de 3 a cerca de 10% em peso.
Como descrito acima, o ácido acético pode ser adicionado independentemente ou na forma de um sal com leuprorrelina à solução aquosa. Alternativamente, a adição do ácido acético independentemente e a adição de um sal de leuprorrelina com o ácido acético podem ser combinadas. O polímero biodegradável a ser utilizado na presente invenção é um polímero de ácido láctico-ácido glicólico. O tipo de polimerização dos monómeros pode ser qualquer um dos tipos aleatório, em bloco e em enxerto. Os centros oticamente ativos nas suas estruturas moleculares podem estar em qualquer uma das formas D, L e DL. Os polímeros de ácido láctico-ácido glicólico podem ser também referidos como poli(láctido-co-glicólido), poli(ácido láctico-co-ácido glicólico) ou copolímero de ácido láctico-ácido glicólico; referindo-se genericamente a um homopolímero de ácido láctico, um homopolímero de ácido glicólico, e um copolímero de ácido láctico-ácido glicólico, a menos que indicado especificamente; ou um homopolímero de ácido láctico é também referido como um polímero de ácido láctico, poli(ácido láctico) ou poliláctido, e um homopolímero de ácido glicólico é também referido como um polímero de ácido glicólico, poli(ácido glicólico) ou poliglicólido. Mais preferidos são os polímeros de ácido láctico-ácido glicólico que têm carboxilo terminal livre. 0 polímero pode estar na forma de um sal. Os exemplos de um tal sal incluem sais com bases inorgânicas (e. g., metais alcalinos, tais como sódio e potássio, metais alcalinoterrosos tais como cálcio e magnésio), sais com bases orgânicas (e. g. , aminas orgânicas, tal como trietilamina, aminoácidos básicos, tal como arginina) , sais com metais de transição (e. g. , zinco, ferro, cobre) e sais complexos. A proporção de composição (% molar) do polímero de ácido láctico-ácido glicólico situa-se, de um modo preferido, na gama de 100/0 a cerca de 40/60, de um modo mais preferido, na gama de 100/0 a cerca de 50/50. Quando a composição de libertação sustentada da presente invenção é uma microcápsula de libertação sustentada a longo prazo que liberta uma substância fisiologicamente ativa ao longo de 2 meses ou mais, é também de um modo preferido, utilizado um polímero de ácido láctico tendo uma proporção de composição de 100/0. A proporção de isómeros óticos [forma D/forma L (% mol/mol)] de ácido láctico, que é uma das unidades de repetição mínimas do "polímero de ácido láctico-ácido glicólico" situa-se, de um modo preferido, na gama de cerca de 75/25 a cerca de 25/75. Em particular, é geralmente utilizado um polímero de ácido láctico-ácido glicólico que tem uma proporção de forma D/forma L (% mol/mol) na gama de cerca de 60/40 a cerca de 30/70. O peso molecular médio ponderado do "polímero de ácido láctico-ácido glicólico" situa-se geralmente na gama de cerca de 3000 a cerca de 100000, de um modo preferido, na gama de cerca de 5000 a cerca de 50000, de um modo mais preferido, na gama de cerca de 8000 a cerca de 30000, de um modo ainda mais preferido, na gama de cerca de 17000 a cerca de 30000. O grau de dispersão (peso molecular médio ponderado/peso molecular médio numérico) situa-se geralmente na gama de cerca de 1,1 a cerca de 4,0, de um modo preferido, na gama de cerca de 1,2 a cerca de 3,5. Aqui, os pesos moleculares médios ponderais e graus de dispersão são medidos por cromatografia de permeação de gel (GPC). Especificamente, o peso molecular médio ponderado significa um peso molecular médio ponderado com base em poliestireno determinado por cromatografia de permeação de gel (GPC) utilizando poliestireno monodisperso como um padrão, e o teor de cada polímero é calculado utilizando o peso molecular médio ponderado assim obtido. As medições foram realizadas utilizando um equipamento de GPC de alto desempenho (HLC-8120 GPC, fabricado por Tosoh Corporation) (coluna: Super H4000 x 2 e Super H2000 (fabricadas por Tosho Corportaion); fase móvel: tetra-hidrofurano; caudal: 0,6 mL/min). A deteção é realizada por refratometria diferencial. A quantidade de carboxilo terminal livre contida no "polímero de ácido láctico-ácido glicólico" é, de um modo preferido, de cerca de 20 a cerca de 1000 pmol, de um modo mais preferido, de cerca de 40 a cerca de 300 pmol por unidade de massa (grama) do polímero.
Na presente invenção, a quantidade molar do carboxilo terminal livre do polímero é, de um modo preferido, de cerca de 0,1 a cerca de 5 vezes, de um modo mais preferido, de cerca de 0,2 a cerca de 4 vezes, de um modo ainda mais preferido, de cerca de 0,3 a cerca de 3,5 vezes aquela da leuprorrelina. A quantidade de carboxilo terminal livre descrita acima é determinada por um método de marcação (a seguir referida como "a quantidade de carboxilo como determinada por um método de marcação"). Especificamente, no caso de poli(ácido láctico), W mg de poli (ácido láctico) é dissolvido em 2 mL de uma mistura de ácido clorídrico 5 N/acetonitrilo (v/v=4/96), e são adicionados 2 mL de uma solução 0,01 M de cloridrato de o-nitrofenil-hidrazina (ONPH) (ácido clorídrico 5 N/acetonitrilo/etanol = 1,02/35/15) e 2 mL de uma solução 0,15 M de cloridrato de 1-etil-3-(3-dimetilaminopropil)- carbodiimida (piridina/etanol = 4v/96v) para fazê-los reagir a
40 °C durante 30 minutos. Depois de o solvente ser removido, o resíduo é lavado com água (x4) e, em seguida, dissolvido em 2 mL de acetonitrilo, e é adicionado 1 mL de uma solução etanólica a 0,5 mol/L de hidróxido de potássio para fazê-los reagir a 60 °C, durante 30 minutos. A mistura reacional é diluída com uma solução aquosa de hidróxido de sódio 1,5 N até Y mL. A absorvância A (/cm) a 544 nm é medida utilizando uma solução aquosa de hidróxido de sódio 1,5 N como um controlo. A quantidade de carboxilo livre (C mol/L) da mesma é determinada por titulação alcalina com uma solução aquosa de ácido DL-láctico como uma substância de referência. Quando a absorvância a 544 nm da hidrazida DL-láctica preparada pelo método de marcação com ONPH é definida como B (/cm), a quantidade molar de carboxilo terminal livre por unidade de massa (grama) do polímero pode ser calculada pela seguinte fórmula: [COOH] (mol/g) = (AYC)/ (WB) .
Embora "a quantidade de carboxilo" possa ser também determinada dissolvendo o polímero num solvente misto de tolueno-acetona-metanol e titulando a solução para um grupo carboxilo com uma solução alcoólica de hidróxido de potássio utilizando fenolftaleína como um indicador (a seguir, um valor determinado por este método será referido como "a quantidade de carboxilo como determinada por um método de titulação alcalina")/· aquela é, de um modo preferido, determinada pelo método de marcação descrito acima porque o ponto final da titulação pode ser impreciso como uma consequência da competição com a hidrólise da cadeia principal do poliéster durante a titulação no caso do método de titulação alcalina. 0 "polímero de ácido láctico-ácido glicólico" pode ser produzido, por exemplo, por policondensação por desidratação sem catalisador de ácido láctico e ácido glicólico (documento JP-A 61-28521) ou polimerização por abertura de anel de compostos de diésteres cíclicos, tais como láctido e glicólido pela utilização de um catalisador (Encyclopedic Handbook of Biomaterials and Bioengineering Part A: Materials, Volume 2, Marcel Dekker, Inc. (1995)) . Embora um polímero obtido pelo método de polimerização por abertura de anel conhecido descrito acima possa não ter carboxilo terminal livre, aquele pode ser modificado de forma a ter alguns grupos carboxilo por unidade de massa, por exemplo, através da reação de hidrólise descrita no documento EP-A-0839525 e, em seguida, o polímero resultante pode ser utilizado na presente invenção. 0 "polímero de ácido láctico-ácido glicólico tendo carboxilo terminal livre" descrito acima pode ser produzido por um método conhecido (e. g. , método de policondensação por desidratação sem catalisador; ver documento JP-A 61-28521) ou um método de acordo com o mesmo. 0 polímero utilizado na presente invenção é, de um modo preferido, um polímero de ácido láctico (a seguir, também referido como "o polímero de ácido láctico da presente invenção") e os seus exemplos incluem um homopolímero de ácido láctico e copolímeros de ácido láctico e ácido glicólico. No polímero de ácido láctico da presente invenção, o teor de um polímero tendo um peso molecular médio ponderado de 5000 ou menos é geralmente de cerca de 10% em peso ou menos, de um modo preferido cerca de 5% em peso ou menos, mas não está limitado a estes. O peso molecular médio ponderado do polímero de ácido láctico da presente invenção situa-se geralmente na gama de 15000 a 50000, de um modo preferido na gama de 15000 a 40000, de um modo mais preferido, na gama de 17000 a 30000.
Um polímero de ácido láctico de elevado peso molecular a ser utilizado como uma matéria-prima do polímero de ácido láctico da presente invenção pode estar comercialmente disponível ou ser preparado por um método de polimerização conhecido. O peso molecular médio ponderado do polímero de ácido láctico de elevado peso molecular situa-se geralmente na gama de 15000 a 500000, de um modo preferido na gama de 20000 a 100000. Um método de polimerização conhecido inclui a polimerização por condensação de ácido láctico em conjunto com, se for necessário, ácido glicólico; a polimerização por abertura de anel de láctido em conjunto com, se for necessário, glicólido utilizando um catalisador tal como ácido de Lewis (e. g., dietil-zinco, trietil-alumínio, octilato de estanho) ou sais de metais; a polimerização por abertura de anel descrita acima de láctido na presença de um derivado de ácido hidroxicarboxílico no qual o grupo carboxilo esteja protegido (e. g., documento WO 00/35990); a polimerização por abertura de anel de láctido utilizando um catalisador sob aquecimento (e. g., J. Med. Chem, 16, 897 (1973)); e copolimerização de láctido e glicólido. A polimerização é conseguida por polimerização a granel que compreende a fusão do láctido, submetendo-o em seguida a reação de polimerização ou polimerização em solução compreendendo a dissolução do láctido num solvente adequado e submetendo-o em seguida a reação de polimerização. Prefere-se que seja utilizado um polímero obtido por polimerização em solução como uma matéria-prima do polímero de ácido láctico da presente invenção do ponto de vista de produtividade industrial.
Os exemplos de um solvente a ser utilizado para dissolver o láctido na polimerização em solução incluem hidrocarbonetos aromáticos, tais como benzeno, tolueno e xileno, decalina e dimetilformamida. A hidrólise do polímero de ácido láctico de elevado peso molecular assim obtido é conseguida por um método de hidrólise conhecido per se. Por exemplo, o polímero de ácido láctico de elevado peso molecular pode ser dissolvido num solvente adequado e, em seguida, feito reagir na presença de água e, se for necessário, um ácido.
Os exemplos de um solvente a ser utilizado para dissolver o polímero de ácido láctico de elevado peso molecular incluem hidrocarbonetos halogenados, tais como clorofórmio e diclorometano; hidrocarbonetos aromáticos, tais como tolueno, o-xileno, m-xileno e p-xileno; éteres cíclicos, tais como tetra-hidrofurano; acetona; e N,N-dimetilformamida. Quando o polímero de ácido láctico de elevado peso molecular é produzido por polimerização utilizando um solvente que pode ser também utilizado para a hidrólise do polímero de ácido láctico de elevado peso molecular, a polimerização e hidrólise podem ser continuamente realizadas sem isolar o polímero de ácido láctico de elevado peso molecular após a polimerização. A quantidade utilizada de um solvente para dissolver o polímero de ácido láctico de elevado peso molecular é geralmente cerca de 0,1 a cerca de 100 vezes, de um modo preferido, cerca de 1 a cerca de 10 vezes o peso do polímero de ácido láctico de elevado peso molecular, o qual é o soluto. A quantidade de água a ser adicionada é geralmente cerca de 0,001 a cerca de 1 vez, de um modo preferido, cerca de 0,01 a cerca de 0,1 vezes o peso do polímero de ácido láctico de elevado peso molecular.
Os exemplos de um ácido a ser adicionado, se for necessário, incluem ácidos inorgânicos, tais como ácido clorídrico, ácido sulfúrico e ácido nítrico, e ácidos orgânicos tais como ácido láctico, ácido acético e ácido trifluoroacético. O ácido trifluoroacético é, de um modo preferido, utilizado. A quantidade de um ácido a ser adicionada é geralmente de cerca de 0 a cerca de 10 vezes, de um modo preferido, cerca de 0,1 a cerca de 1 vez o peso do polímero de ácido láctico de elevado peso molecular. A temperatura de hidrólise é geralmente de cerca de 0 a cerca de 150 °C, de um modo preferido, cerca de 20 a cerca de 80 °C. O tempo de hidrólise varia dependendo do peso molecular médio ponderado do polímero de ácido láctico de elevado peso molecular a ser utilizado e da temperatura de reação, mas é geralmente de cerca de 10 minutos a cerca de 100 horas, de um modo preferido, cerca de 1 a cerca de 20 horas. A conclusão da hidrólise é decidida com base no peso molecular médio ponderado de um produto de hidrólise.
Especificamente, amostras são recolhidas de modo apropriado durante a hidrólise e o peso molecular médio ponderado de um produto de hidrólise nas amostras é determinado por cromatografia de permeação de gel (GPC). Quando o peso molecular médio ponderado se situa na gama de cerca de 15000 a cerca de 50000, de um modo preferido, na gama de cerca de 15000 a cerca de 40000, de um modo mais preferido, na gama de cerca de 17000 a cerca de 30 00, pode-se terminar a hidrólise.
Depois de o polímero de ácido láctico de elevado peso molecular ser hidrolisado como descrito acima, é obtida uma solução contendo um produto de hidrólise. Para precipitação do polímero de ácido láctico visado a partir da solução, utiliza-se um método compreendendo pôr a solução que contém o produto de hidrólise em contacto com um solvente capaz de precipitar o polímero de ácido láctico visado contido na solução. 0 aspeto preferido de uma tal solução que contém o produto de hidrólise é, por exemplo, uma solução com cerca de 10 a cerca de 50% em peso de um polímero de ácido láctico que tem um peso molecular médio ponderado de 15000 a 50000, de um modo preferido, 15000 a 40000, de um modo mais preferido, 17000 a 30000 num solvente capaz de dissolver um polímero de ácido láctico de elevado peso molecular, tal como hidrocarboneto halogenado (e. g., clorofórmio, diclorometano), hidrocarboneto aromático (e. g. , tolueno, o-xileno, m-xileno, p-xileno), éter cíclico (e. g., tetra-hidrofurano), acetona ou N,N-dimetilformamida.
Os exemplos de um solvente utilizado para precipitar o polímero de ácido láctico visado contido na solução que contém o produto de hidrólise incluem álcoois, tais como metanol e etanol, éteres lineares tais como éter isopropílico, hidrocarbonetos alifáticos, tal como hexano, e água. A quantidade de um solvente a ser utilizado para precipitar o polímero de ácido láctico visado é geralmente de cerca de 0,1 a cerca de 100 vezes, de um modo preferido, cerca de 1 a cerca de 10 vezes o peso do solvente da solução contendo o produto de hidrólise.
Num exemplo preferido de uma combinação de tais solventes e das suas quantidades a serem utilizadas, o solvente de uma solução contendo o produto de hidrólise é diclorometano numa quantidade de cerca de 1 a cerca de 5 vezes o peso do soluto e o solvente para diminuir a solubilidade do soluto é éter isopropílico numa quantidade de cerca de 2 a cerca de 10 vezes o peso de diclorometano.
Quando um solvente capaz de precipitar o soluto de polímero de ácido láctico visado é posto em contacto com uma solução contendo o produto de hidrólise, a temperatura do solvente é geralmente de cerca de -20 a cerca de 60 °C, de um modo preferido, de cerca de 0 a cerca de 40 °C e a temperatura da solução contendo o produto de hidrólise é geralmente de cerca de 0 a cerca de 40 °C, de um modo preferido, de cerca de 10 a cerca de 30 °C. A colocação em contacto do solvente com uma solução que contém o produto de hidrólise é conseguida adicionando a solução contendo o produto de hidrólise ao solvente num passo, adicionando, gota a gota, a solução contendo o produto de hidrólise ao solvente, adicionando o solvente à solução contendo o produto de hidrólise num passo, adicionando, gota a gota, o solvente à solução contendo o produto de hidrólise. O polímero de ácido láctico da presente invenção assim obtido tem carboxilo terminal numa quantidade preferida para ser utilizado como uma material de base para preparações de libertação sustentada e, por conseguinte, é de um modo preferido, utilizado como uma material de base para preparações de libertação sustentada. A seguir será exemplificado um método de produção de uma composição de libertação sustentada (e. g., uma microcápsula) contendo leuprorrelina ou um seu sal e um polímero de ácido láctico ou um seu sal de acordo com a presente invenção.
No processo como descrito a seguir, os seguintes ingredientes (1) a (4) podem ser adicionados por um método conhecido per se, se for necessário: (1) Veiculo farmacológico: albumina, gelatina, ácido cítrico, ácido salicílico, etilenodiaminotetraacetato de sódio, dextrina, hidrogenossulfito de sódio, compostos de poliol, tais como polietilenoglicol, ágar, ácido algínico, poli (álcool vinílico), aminoácido básico; (2) regulador de pH para manter a estabilidade e solubilidade da leuprorrelina ou um seu sal: ácido carbónico, ácido acético, ácido oxálico, ácido cítrico, ácido fosfórico, ácido clorídrico, hidróxido de sódio, arginina, lisina, um seu sal; (3) Estabilizante para leuprorrelina ou o seu sal: albumina, gelatina, ácido cítrico, etilenodiaminotetraacetato de sódio, dextrina, hidrogenossulfito de sódio, compostos de poliol tal como polietilenoglicol; (4) Conservante: ésteres de para-hidroxibenzoato (e. g. , metilparabeno, propilparabeno) , álcool benzílico, clorobutanol, timerosal.
(I) Método A/O/A
Neste método, é em primeiro lugar, preparada uma solução do polímero em diclorometano. A concentração do polímero na solução varia dependendo do peso molecular do polímero. Por exemplo, a concentração do polímero é, geralmente, de cerca de 0,5 a cerca de 70% em peso, de um modo preferido, de cerca de 1 a cerca de 60% em peso, de um modo mais preferido, de cerca de 2 a cerca de 50% em peso. A seguir, como descrito acima, a leuprorrelina é dissolvida numa solução aquosa contendo ácido acético numa quantidade molar de 1,65 a 3 vezes aquela da leuprorrelina. A leuprorrelina pode ser também dissolvida na forma de um sal com ácido acético. O solvente da solução aquosa pode ser água ou uma mistura de água e álcool (e. g., metanol, etanol) A leuprorrelina ou um seu sal é adicionado de modo que a sua concentração na solução se situe geralmente na gama de cerca de 0,001 mg/mL a cerca de 10 g/mL, de um modo preferido, cerca de 0,1 mg/mL a cerca de 5 g/mL, de um modo mais preferido, cerca de 10 mg/mL a cerca de 3 g/mL.
Além disso, pode ser utilizado um solubilizante ou estabilizante bem conhecido. Para dissolver ou dispersar a leuprorrelina e os aditivos pode efetuar-se aquecimento, sacudidura, agitação na medida em que as suas atividades não sejam prejudicadas. A solução aquosa assim obtida é referida como a fase aquosa interna. A fase oleosa e a fase aquosa interna assim obtidas são emulsionadas por um método bem conhecido, tal como homogeneização ou aplicação de ultrassons para formar uma emulsão de tipo A/0. 0 polímero e a leuprorrelina são misturados de modo que a quantidade do carboxilo terminal (mol) por unidade de massa (grama) do polímero seja geralmente de cerca de 0,01 a cerca de 10 vezes, de um modo preferido, de cerca de 0,1 a cerca de 5 vezes a quantidade molar da leuprorrelina. O peso da fase oleosa a ser misturada é de cerca de 1 a cerca de 1000 vezes, de um modo preferido, de cerca de 2 a cerca de 100 vezes, de um modo mais preferido, cerca de 3 a cerca de 30 vezes, o peso da fase aquosa interna. A viscosidade da emulsão de tipo A/O assim obtida situa-se geralmente na gama de cerca de 10 a cerca de 10000 cp, de um modo preferido, na gama de cerca de 100 a cerca de 5000 cp, de um modo mais preferido, na gama de cerca de 200 a cerca de 3000 cp, de um modo ainda mais preferido, na gama de cerca de 300 a cerca de 2000 cp, a cerca de 12 a cerca de 25 °C.
Quando o método da presente invenção é utilizado na produção industrial, a viscosidade da emulsão de tipo A/O situa-se, de um modo preferido, na gama de cerca de 3000 cp ou menos, de um modo mais preferido, na gama de cerca de 2000 cp ou menos, de um modo ainda mais preferido, na gama de cerca de 300 a cerca de 2000 cp, a cerca de 12 a cerca de 25 °C. A seguir, a emulsão de tipo A/0 assim obtida é adicionada a uma fase aquosa para formar uma emulsão de tipo A (fase aquosa interna)/0 (fase oleosa)/A (fase aquosa externa). Depois disso, o solvente na fase oleosa é volatilizado ou difundido para a fase aquosa externa para preparar microcápsulas. Nesta altura, o peso da fase aquosa externa é geralmente de cerca de 1 a cerca de 10000 vezes, de um modo preferido, de cerca de 5 a cerca de 5000 vezes, de um modo mais preferido, de cerca de 10 a cerca de 2000 vezes, de um modo particularmente preferido, de cerca de 20 a cerca de 500 vezes, o peso da fase oleosa.
Pode ser adicionado um emulsionante na fase aquosa externa. O emulsionante pode ser geralmente qualquer emulsionante capaz de formar uma emulsão de tipo A/O/A estável. Os exemplos específicos de um tal emulsionante incluem tensioativos aniónicos (e. g. , oleato de sódio, estearato de sódio, laurilsulfato de sódio), tensioativos não iónicos [e. g., ésteres de polioxietileno sorbitano de ácidos gordos (e. g., Tween 80 e Tween 60 fabricado por Atlas powder), derivados de óleo de rícino de polioxietileno (e. g., HCO-60 e HCO-50 fabricado por Nikko Chemicals)], polivinilpirrolidona, poli (álcool vinílico), carboximetilcelulose, lecitina, gelatina, e ácido hialurónico. Estes emulsionantes podem ser utilizados isoladamente ou em combinação de dois ou mais dos mesmos. O emulsionante é adicionado de modo que a sua concentração na fase aquosa externa se situe, de um modo preferido, na gama de cerca de 0,01 a cerca de 10% em peso, de um modo mais preferido, na gama de cerca de 0,05 a cerca de 5% em peso.
Um agente de regulação da pressão osmótica pode ser adicionado à fase aquosa externa. Qualquer agente de regulação da pressão osmótica pode ser utilizado desde que possa produzir uma pressão osmótica numa solução aquosa.
Os exemplos de um tal agente de regulação da pressão osmótica incluem álcoois poli-hidricos, álcoois mono-hídricos, monossacáridos, dissacáridos, oligossacáridos, aminoácidos e seus derivados.
Os exemplos do álcool poli-hídrico incluem álcoois tri-hídricos tal como glicerina, álcoois penta-hídricos, tais como arabitol, xilitol e adonitol, e álcoois hexa-hídricos, tais como manitol, sorbitol e dulcitol. Entre estes, o álcool hexa-hídrico é preferido e o manitol é particularmente preferido.
Os exemplos de álcool mono-hídrico incluem metanol, etanol e álcool isopropílico. Entre estes, o etanol é preferido.
Os exemplos do monossacárido incluem pentoses, tais como arabinose, xilose, ribose e 2-desoxirribose, e hexoses, tais como glicose, frutose, galactose, manose, sorbose, ramnose e fucose. Entre estes, a hexose é preferida.
Os exemplos do oligossacárido incluem trissacáridos, tais como maltotriose e rafinose, e tetrassacáridos tal como estaquiose. Entre estes, o trissacárido é preferido.
Os exemplos do derivado de monossacárido, dissacárido ou oligossacárido incluem glicosamina, galactosamina, ácido glicurónico e ácido galacturónico.
Os aminoácidos podem ser qualquer L-aminoácido e os seus exemplos incluem glicina, leucina e arginina. Entre estes, a L-arginina é preferida.
Estes agentes de regulação da pressão osmótica podem ser utilizados isoladamente ou em combinação de dois ou mais dos mesmos. 0 agente de regulação da pressão osmótica é utilizado a uma concentração tal que a pressão osmótica da fase aquosa externa é de cerca de 1/50 a cerca de 5 vezes, de um modo preferido, cerca de 1/25 a cerca de 3 vezes, a de um soro fisiológico. Quando o manitol é utilizado como o agente de regulação da pressão osmótica, a sua concentração é de um modo preferido, de cerca de 0,5 a cerca de 1,5 %. O diclorometano é removido por um método conhecido per se ou um método de acordo com o mesmo. Os exemplos de um tal método incluem um método que compreende a evaporação de um solvente orgânico sob pressão atmosférica normal ou pressão gradualmente reduzida enquanto se agita com um agitador de pás, um agitador magnético e um método compreendendo a evaporação de um solvente orgânico sob um vácuo regulado com um evaporador rotativo.
As microcápsulas assim obtidas são recolhidas por centrifugação ou filtração, lavadas com água destilada várias vezes para remover a leuprorrelina, o emulsionante, o agente de regulação da pressão osmótica livres aderidos nas suas superfícies, dispersas novamente em água destilada e, em seguida, liofilizadas.
Pode ser adicionado um antifloculante para prevenir a floculação das partículas durante o processo de produção das microcápsulas. Os exemplos de um tal antifloculante incluem manitol, lactose, glicose, polissacárido hidrossolúvel, tal como amido (tal como amido de milho) , aminoácido, tal como glicina, e proteína, tais como fibrina e colagénio. Em particular, o manitol é preferido. A quantidade de antifloculante, tal como manitol a ser adicionada é geralmente de cerca de 0 a cerca de 24% em peso da quantidade de peso total das microcápsulas.
Após liof ilização, caso se pretenda, a água e o diclorometano podem ser removidos das microcápsulas aquecendo em condições tais que as microcápsulas não se fundam entre si. De um modo preferido, as microcápsulas são aquecidas próximo da temperatura de transição vítrea intermédia das microcápsulas, a qual é determinada com um calorímetro de varrimento diferencial a uma velocidade de aumento de temperatura de 10 °C a 20 °C por minuto, ou uma temperatura ligeiramente mais alta do que a temperatura de transição vítrea intermédia das microcápsulas. De um modo mais preferido, as microcápsulas são aquecidas próximo da sua temperatura de transição vítrea intermédia até cerca de uma temperatura 30 °C mais alta do que a temperatura de transição vítrea intermédia das microcápsulas. Em particular, as microcápsulas são, de um modo preferido, aquecidas próximo da sua temperatura de transição vítrea intermédia até cerca de uma temperatura 10 °C mais alta do que a temperatura de transição vítrea intermédia das microcápsulas, de um modo mais preferido próximo da sua temperatura de transição vítrea intermédia até uma temperatura cerca de 5 °C mais alta do que a temperatura de transição vítrea intermédia das microcápsulas. 0 tempo de aquecimento varia dependendo da quantidade das microcápsulas. Aquele é geralmente desde cerca de 12 horas a cerca de 168 horas, de um modo preferido, desde cerca de 24 horas a cerca de 120 horas, de um modo particularmente preferido, desde cerca de 48 horas a cerca de 96 horas depois de as microcápsulas atingirem a temperatura pretendida.
Um método de aquecimento das microcápsulas pode ser qualquer método capaz de aquecer uma população de microcápsulas de forma uniforme, e não está particularmente limitado.
Os exemplos do método de secagem por aquecimento incluem um método de secagem por aquecimento num banho de temperatura constante, um banho de leito fluidizado, um banho móvel ou uma estufa de secagem e um método de secagem por aquecimento com um micro-ondas. É preferido um método de secagem por aquecimento num banho de temperatura constante. (II) Método de separação de fases
Quando se produzem microcápsulas por este método, um agente de coacervação é adicionado lentamente à emulsão de tipo A/O contendo uma composição constituída por leuprorrelina e o polímero como descrito no método de secagem em fase aquosa do (I) acima sob agitação para precipitar microcápsulas, que são em seguida solidificadas. A quantidade de agente de coacervação a ser adicionada é de cerca de 0,01 a cerca de 1000 vezes, de um modo preferido, cerca de 0,05 a cerca de 500 vezes, de um modo particularmente preferido, cerca de 0,1 a cerca de 200 vezes o volume da fase oleosa. 0 agente de coacervação inclui compostos baseados em polímeros, baseados em óleo mineral ou baseados em óleo vegetal que são misciveis com um solvente orgânico e não dissolvem o polímero da presente invenção. Os exemplos específicos de um tal agente de coacervação incluem óleo de silicone, óleo de sésamo, óleo de soja, óleo de milho, óleo de semente de algodão, óleo de coco, óleo de linhaça, óleo mineral, n-hexano e n-heptano. Eles podem ser utilizados em combinação de dois ou mais dos mesmos.
As microcápsulas assim obtidas são recolhidas, lavadas repetidamente com heptano para remover o agente de coacervação diferente da composição constituída por leuprorrelina e o polímero e, em seguida, secas sob pressão reduzida. Alternativamente, as microcápsulas podem ser lavadas do mesmo modo que o descrito no método de secagem em fase aquosa do (I) acima, em seguida, liofilizadas e adicionalmente secas por aquecimento. (III) Método de secagem por pulverização
Quando se produzem microcápsulas por este método, a emulsão de tipo A/0 contendo uma composição constituída por leuprorrelina e o polímero como descrito no método de secagem em fase aquosa do (I) acima é pulverizada utilizando um bico para a câmara de secagem de um secador por pulverização e o diclorometano contido nas gotículas atomizadas são, em seguida, volatilizadas num intervalo de tempo extremamente curto para obter microcápsulas. Os exemplos de um tal bico incluem um bico de dois líquidos, um bico de pressão e um bico de disco rotativo. Depois disso, se for necessário, as microcápsulas podem ser lavadas do mesmo modo que o descrito no método de secagem em fase aquosa do (I) acima, em seguida, liofilizada e adicionalmente seca por aquecimento.
Na presente invenção a proporção de composição (proporção molar) do polímero de ácido láctico-ácido glicólico é, de um modo preferido, 100:0 a cerca de 50:50, de um modo mais preferido 100:0. O polímero biodegradável é de um modo preferido um polímero de ácido láctico tendo um peso molecular médio ponderado de 15000 a 50000, em que o teor de um polímero que tem um peso molecular médio ponderado de 5000 ou menos é de cerca de 5% em peso ou menos. A secagem da mistura da solução aquosa de leuprorrelina e ácido acético e da solução de polímero em diclorometano é de um modo preferido, realizada por um método de secagem em fase aquosa. Em particular, um agente de regulação da pressão osmótica é, de um modo preferido, adicionado a uma fase aquosa externa no método de secagem em fase aquosa. O agente de regulação da pressão osmótica é, de um modo preferido, manitol. A composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção pode ser administrada tal e qual, ou como uma matéria-prima pode ser formulada em várias formas de dosagem tal como uma injeção ou implante para administração no músculo, tecido subcutâneo, órgão; um agente transmucoso para administração na cavidade nasal, reto, útero; ou um agente oral (tal como uma cápsula (tal como uma cápsula dura e uma cápsula mole) , uma preparação sólida, tal como um granulado e um pó, e uma preparação líquida, tal como um xarope, uma emulsão e uma suspensão).
Por exemplo, a composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção pode ser misturada com um meio de dispersão, tal como um dispersante (e. g., um tensioativo, tal como Tween 80 ou HCO-60; polissacárido tal como ácido hialurónico sódico, carboximetilcelulose ou alginato de sódio), um conservante (e. g., metilparabeno, propilparabeno), e um agente isotónico (e. g., cloreto de sódio, manitol, sorbitol, glicose, prolina) para preparar uma suspensão aquosa, ou misturada com um meio de dispersão, tal como um óleo vegetal, tal como óleo de sésamo ou óleo de milho para preparar uma suspensão oleosa, para que possa ser preparada uma injeção de libertação sustentada prática. O diâmetro de partícula da composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção para utilização como uma injeção em suspensão deve situar-se numa gama tal que possua uma dispersibilidade satisfatória e uma capacidade satisfatória para passar através de uma agulha. Por exemplo, o diâmetro de partícula médio situa-se na gama de cerca de 0,1 a 300 pm, de um modo preferido, cerca de 0,5 a 150 pm, de um modo mais preferido cerca de 1 a 100 pm. A composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção pode ser formulada numa preparação estéril por qualquer método que inclui, mas não está limitado a, condições estéreis durante todos os passos de produção, esterilização com radiação gama e adição de um antissético.
Para a injeção de libertação sustentada descrita acima da composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção, pode adicionar-se um excipiente (e. g. , manitol, sorbitol, lactose, glicose) aos componentes da suspensão descrita acima e a suspensão resultante pode ser redispersa e, em seguida, seca por congelação ou seca por pulverização para se obter um sólido. No momento de administração, pode adicionar-se água destilada para preparação injetável ou qualquer meio de dispersão apropriado ao sólido para se obter uma injeção de libertação sustentada mais estável.
No caso em que é adicionado um excipiente, tal como manitol à injeção de libertação sustentada da composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção, o teor de excipiente é desde cerca de 0 a 50% em peso, de um modo preferido, desde cerca de 1 a 20% em peso da injeção total.
No caso em que a injeção de libertação sustentada da composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção é dispersa em água destilada para preparação injetável ou qualquer meio de dispersão apropriado no momento de administração, o teor da composição de libertação sustentada é desde cerca de 1 a 80% em peso, de um modo preferido, desde cerca de 10 a 60% em peso da quantidade total do meio de dispersão e da composição de libertação sustentada. A composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção pode ser formulada numa preparação oral de acordo com um método conhecido per se. Por exemplo, a composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção pode ser misturada com um excipiente (e. g., lactose, açúcar branco, amido), um desintegrante (e. g., amido, carbonato de cálcio), um aglutinante (e. g., amido, goma-arábica, carboximetilcelulose, polivinilpirrolidona, hidroxipropilcelulose) , um lubrificante (e. g., talco, estearato de magnésio, polietilenoglicol 6000), moldada por compressão e, em seguida, se for necessário, revestida por um método conhecido per se para mascarar o sabor ou para proporcionar propriedades entéricas ou de libertação sustentada para se obter uma preparação oral. Os exemplos de um tal agente de revestimento incluem hidroxipropilmetilcelulose, etilcelulose, hidroximetilcelulose, hidroxipropilcelulose, polioxietilenoglicol, Tween 80, Pluronic F68, acetato ftalato de celulose, ftalato de hidroxipropilmetilcelulose, acetato succinato de hidroximetilcelulose, Eudragit (fabricado por Rohm Company, Alemanha, copolimero de ácido metacrílico-ácido acrílico), e um pigmento, tal como dióxido de titânio ou colcotar. A composição de libertação sustentada produzida de acordo com o método da presente invenção pode ser formulada numa preparação nasal na forma de um sólido, semissólido ou líquido por um método conhecido per se. Por exemplo, a preparação nasal sólida pode ser uma composição em pó constituída pela composição de libertação sustentada por si só, ou uma composição em pó produzida misturando a composição de libertação sustentada com um excipiente (e. g., glicose, manitol, amido, celulose microcristalina), um espessante (e. g. , goma natural, um derivado de celulose, um polímero de ácido acrílico), seguido de pulverização. A preparação nasal líquida pode ser produzida como uma suspensão oleosa ou aquosa de um modo semelhante à injeção acima. A preparação semissólida é, de um modo preferido, produzida como um gel aquoso ou oleoso ou uma pomada. Estas preparações nasais podem conter um regulador de pH (e. g. , ácido carbónico, ácido fosfórico, ácido cítrico, ácido clorídrico, hidróxido de sódio), um antissético (e. g., ésteres de para-hidroxibenzoato, clorobutanol, cloreto de benzalcónio) . A composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção pode ser formulada num supositório na forma de um sólido ou semissólido oleoso ou aquoso ou um líquido de acordo com um método conhecido per se. Uma base oleosa utilizada para o supositório anterior pode ser qualquer base oleosa que não dissolva uma microcápsula. Os exemplos de uma tal base oleosa incluem glicéridos de ácidos gordos superiores [e. g. , manteiga de cacau, produtos da série Witepsol (Dynamite Nobel)], ácidos gordos médios [e. g., produtos da série Miglyol (Dynamite Nobel)] e óleo vegetal (e. g., óleo de sésamo, óleo de soja, óleo de semente de algodão) . Os exemplos de uma base aquosa incluem polietilenoglicol e propilenoglicol. Os exemplos de uma base de gel aquoso incluem gomas naturais, derivados de celulose, polímeros de vinilo e polímeros de ácido acrílico. A composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção é, de um modo preferido, utilizada como uma injeção. A composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção é menos tóxica e, desse modo, pode ser utilizada como um fármaco seguro para um mamífero (e. g. , ser humano, bovino, suíno, cão, gato, ratinho, rato, coelho). A dose da composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção varia dependendo do teor de leuprorrelina ou um seu sal como o fármaco principal, da forma de dosagem, da duração da libertação de leuprorrelina ou um seu sal, da doença visada, do animal visado, mas pode ser uma quantidade eficaz de leuprorrelina ou um seu sal. Por exemplo, quando a composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção é uma preparação de seis meses, uma dose de leuprorrelina ou um seu sal como o fármaco principal pode ser selecionada da gama de cerca de 0,01 mg a cerca de 10 mg/kg, de um modo mais preferido, cerca de 0,05 mg a cerca de 5 mg/kg de peso corporal para um adulto.
Uma dose da composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção pode ser, de um modo preferido, selecionada da gama de cerca de 0,05 mg a cerca de 50 mg/kg, de um modo mais preferido, desde cerca de 0,1 mg a cerca de 30 mg/kg de peso corporal para um adulto. A frequência de administração pode ser uma vez a cada várias semanas, uma vez por mês, uma vez a cada vários meses (e. g., três, quatro ou seis meses) e apropriadamente selecionada dependendo do teor de leuprorrelina ou um seu sal como o fármaco principal, da forma de dosagem, da duração da libertação de leuprorrelina ou um seu sal, da doença visada, do animal visado. A composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção pode ser utilizada como um agente para prevenir ou tratar uma doença hormonodependente, especialmente um cancro hormonodependente (e. g. , cancro da próstata, cancro do útero, cancro da mama, tumor da pituitária) ou doença hormonodependente sexual tal como hipertrofia prostática, endometriose, histeromioma, puberdade precoce, dismenorreia, amenorreia, sindrome pré-menstrual ou sindrome ovariana multilocular; um agente para contraceção (ou para prevenir ou tratar infertilidade, se for utilizado um efeito de restabelecimento após o intervalo de descanso do fármaco); ou um agente para prevenir ou tratar uma doença, tal como a doença de Alzheimer ou imunodeficiência. A composição de libertação sustentada produzida pela presente invenção pode ser também utilizada como um agente para prevenir ou tratar um tumor benigno ou maligno que é independente da hormona sexual mas sensível à LH-RH.
Tem-se considerado que é difícil administrar um agente de terapia hormonal incluindo acetato de leuprorrelina como um agente para prevenir a recorrência pós-operatória de cancro da mama a um doente pré-menopáusico porque algumas células de cancro da mama são sensíveis a hormonas e crescem na presença de estrogénio. No entanto, um agente que possua microcápsulas contendo leuprorrelina ou um seu sal (de um modo preferido, acetato de leuprorrelina), preparado de acordo com o método da invenção pode ser inesperadamente utilizado como um agente para prevenir ou suprimir a recorrência pós-operatória de cancro da mama pré-menopáusico.
Uma composição de libertação sustentada compreendendo o agente descrito acima contendo microcápsulas de libertação sustentada que contêm leuprorrelina ou um seu sal (de um modo preferido acetato de leuprorrelina)], produzida pelo método da invenção, pode ser facilmente administrada tal e qual na forma de uma injeção ou um implante (de um modo preferido, uma injeção) por via subcutânea, intramuscular ou intravascular (de um modo preferido, por via subcutânea) . Uma tal composição de libertação sustentada pode ser também formulada nas várias formas de dosagem descritas acima ou pode ser também utilizada como uma matéria-prima na produção de tais formas de dosagem.
Uma dose de leuprorrelina ou um seu sal (de um modo mais preferido, acetato de leuprorrelina) pode ser selecionada da gama de cerca de 0,01 mg a cerca de 100 mg/kg, de um modo preferido, cerca de 0,02 mg a cerca de 50 mg/kg, de um modo mais preferido, cerca de 0,05 mg a cerca de 20 mg/kg de peso corporal para um mamífero de sangue quente.
No caso em que a composição de libertação sustentada produzida pelo método da invenção é administrada na forma de uma injeção, podem ser geralmente administrados cerca de 0,01 a cerca de 50 mg, de um modo preferido, cerca de 0,1 a cerca de 20 mg, de um modo mais preferido, cerca de 0,1 a cerca de 15 mg por mês de leuprorrelina ou um seu sal (de um modo mais preferido, acetato de leuprorrelina) por via subcutânea ou intramuscular a um adulto (60 kg de peso corporal). O período de administração do agente contendo microcápsulas contendo leuprorrelina ou um seu sal (de um modo preferido, acetato de leuprorrelina), produzidas pelo método da invenção, não está particularmente limitado, mas é geralmente de cerca de 1 a 5 anos, de um modo preferido, cerca de 2 anos.
Para administração noutros animais, a dose descrita acima por 60 kg de peso corporal pode ser convertida numa dose de acordo com os seus pesos corporais.
No caso em que a preparação de libertação sustentada é uma microcápsula de libertação sustentada, a microcápsula de libertação sustentada é, de um modo preferido, uma microcápsula de libertação sustentada a longo prazo capaz de libertar a leuprorrelina ao longo de cerca de 2 meses ou mais. A preparação acima mencionada pode ser produzida misturando microesferas ou microcápsulas de leuprorrelina ou um seu sal (de um modo preferido, acetato de leuprorrelina), produzidas pelo método da invenção, com um veiculo fisiologicamente aceitável conhecido, um aromatizante, um excipiente, um veiculo, um conservante, um estabilizante, um aglutinante, numa forma de dosagem unitária requerida para a prática farmacêutica geralmente aceite.
Os aditivos que podem ser incorporados num comprimido, numa cápsula incluem um aglutinante, tal como gelatina, amido de milho, tragacanta ou goma-arábica, um excipiente, tal como celulose cristalina, um agente de entumescimento, tal como amido de milho, gelatina ou ácido alginico, um lubrificante, tal como estearato de magnésio, um edulcorante, tais como sacarose, lactose ou sacarina, e um aromatizante, tais como hortelã-pimenta, óleo de Akamono ou cereja. No caso em que a forma de dosagem unitária é uma cápsula, pode ser ainda incorporado um veiculo liquido, tal como óleo e gordura em conjunto com os ingredientes descritos acima. Uma composição assética para injeção pode ser formulada de acordo com a prática farmacêutica convencional, por exemplo, dissolvendo ou suspendendo um ingrediente ativo num veiculo, tal como água para injeção num óleo vegetal de ocorrência natural, tal como óleo de sésamo ou óleo de coco.
Um liquido aquoso para injeção inclui um soro fisiológico e uma solução isotónica contendo glicose ou outros agentes auxiliares (e. g., D-sorbitol, D-manitol, cloreto de sódio) e pode ser utilizado em combinação com um solubilizante adequado tais como álcool (e. g., etanol) , poliálcool (e. g., propilenoglicol, polietilenoglicol) , um tensioativo não iónico (e. g., polissorbato 80(TM), HCO-50). Um liquido oleoso para injeção inclui óleo de sésamo e óleo de soja e pode ser utilizado em combinação com um solubilizante tal como benzoato de benzilo ou álcool benzilico. A preparação descrita acima pode conter ainda um tampão (e. g., tampão de fosfato, tampão de acetato de sódio), um agente calmante (e. g., cloreto de benzalcónio, cloridrato de procaina), um estabilizante (e. g. , albumina de soro humano, polietilenoglicol), um conservante (e. g., álcool benzilico, fenol), um antioxidante. A injeção assim preparada é geralmente introduzida num recipiente vedado adequado tal como uma ampola ou frasco.
Exemplos A seguir, a presente invenção será descrita em mais pormenor com referência aos Exemplos.
Exemplo 1
Uma solução de um polímero de ácido DL-láctico (peso molecular médio ponderado: 21900) (206,6 g) em diclorometano (354,8 g) foi ajustada a cerca de 30 °C. A solução (381,5 g) foi misturada com uma solução aquosa de acetato de leuprorrelina (15,8 g) em ácido acético aquoso (preparado dissolvendo 0,6 g de ácido acético glacial em 31,75 g de água destilada) (16,6 g) que foi previamente aquecida a cerca de 55 °C. A mistura assim obtida foi emulsionada a 10000 rpm com um Minimixer (fabricado por Tokushu Kika Kogyo Co. , Ltd.) para se obter uma emulsão de tipo A/O. A seguir, a emulsão de tipo A/O foi arrefecida a cerca de 18 °C e, em seguida, vertida para uma solução aquosa (25 L) que continha 0,1% (p/p) de poli(álcool vinílico) (EG-40, fabricado por The Nippon Synthetic Chemical Industry Co., Ltd.) e 1% de manitol que foi previamente ajustado a cerca de 18 °C, que foi submetida a emulsificação secundária com HOMOMIC LINE FLOW (fabricado por Tokushu Kika Kogyo Co., Ltd.) para se obter uma emulsão de tipo A/O/A (velocidade de rotação da turbina; cerca de 7000 rpm, velocidade de rotação da bomba circulante; cerca de 2000 rpm) . A emulsão de tipo A/O/A foi seca em água durante cerca de 3 horas, peneirada através de um peneiro padrão com 75 pm de tamanho de poro e, em seguida, centrifugada (H-600S, fabricado por Kokusan Enshinki K.K.) (velocidade de rotação; cerca de 2000 rpm, caudal; cerca de 600 mL/min) para permitir que se depositassem continuamente microesferas, as quais foram recolhidas. As microesferas recolhidas foram novamente dispersas numa quantidade pequena de água destilada e, em seguida, peneiradas através de um peneiro padrão com 90 pm de tamanho de poro. À dispersão foi adicionado manitol (18,9 g) e a mistura foi seca por congelação com um secador por congelação (TRIOMASTER, fabricado por Kyowa Shinku K.K.) para se obter um pó (microesferas em pó) . 0 teor de acetato de leuprorrelina nas microesferas assim obtidas foi de 8,2% e o rendimento foi de cerca de 75%. A adição de ácido acético permite obter satisfatoriamente uma emulsão de tipo A/0 e a adição de manitol numa fase aquosa externa permite melhorar a dispersibilidade das microesferas obtidas.
Exemplo 1 Experimental
Uma solução de um polímero de ácido DL-láctico (peso molecular médio ponderado: 21900) (151,3 g) em diclorometano (259,9 g) foi ajustada a cerca de 30 °C. A solução (373,7 g) foi misturada com uma solução aquosa de acetato de leuprorrelina (15,5 g) em ácido acético aquoso (preparado dissolvendo 0,6 g de ácido acético glacial em 31,75 g de água destilada) (16,2 g) que foi previamente aquecido a cerca de 55 °C. A mistura assim obtida foi emulsionada a 10000 rpm com um Minimixer (fabricado por Tokushu Kika Kogyo Co. , Ltd.) para se obter uma emulsão de tipo A/O. Após 2, 5 e 8 minutos do começo da emulsificação, uma parte da emulsão de tipo A/O foi retirada e, em seguida, submetida a medição da viscosidade (com um viscosímetro de vibração). Os resultados são mostrados na Tabela 1.
[Tabela 1]
Como se observa na tabela 1, foi obtida uma emulsão de tipo A/0 estável. A emulsão de tipo A/0 tinha uma viscosidade ligeiramente alta após emulsificação durante 8 minutos. Embora a viscosidade da emulsão de tipo A/0 após emulsificação durante 5 minutos estivesse também aumentada, ela não estava a um nível que originasse um problema na produção.
Exemplo 1 Comparativo (referência)
Uma solução de um polímero de ácido DL-láctico (peso molecular médio ponderado: 21900) (151,1 g) em diclorometano (259,8 g) foi ajustada a cerca de 30 °C. A solução (374,6 g) foi misturada com uma solução aquosa de acetato de leuprorrelina (15,5 g) em água destilada (15,9 g) que foi previamente aquecida a cerca de 55 °C. A mistura assim obtida foi emulsionada a 10000 rpm com um Minimixer (fabricado por Tokushu Kika Kogyo Co. , Ltd.) para se obter uma emulsão de tipo A/0. Após 2 e 4 minutos do começo da emulsificação, uma parte da emulsão de tipo A/0 foi retirada e, em seguida, submetida a medição da viscosidade (com um viscosímetro de vibração). Os resultados são mostrados na Tabela 2.
[Tabela 2]
A viscosidade da emulsão de tipo A/0 aumentou após emulsificação durante 4 minutos. Em comparação com o Exemplo 1 Experimental no qual foi adicionado ácido acético, a viscosidade da emulsão de tipo A/0 foi aumentada de forma acentuada.
Exemplo 2 Experimental
Acetato de leuprorrelina (teor de fármaco: 97,4 %, teor de ácido acético: 6,0 %) (cada 0,2061 g) foi dissolvido em soluções aquosas de ácido acético com várias concentrações (cada 0,2116 g) e foi ali adicionada uma solução de um polímero de ácido DL-láctico (peso molecular médio ponderado: 21900) (1,82 g) em diclorometano (3,15 g). As misturas resultantes foram agitadas com um misturador de vórtice durante cerca de 30 segundos para se obter emulsões de tipo A/0. Os aspetos das emulsões de tipo A/0 assim obtidas foram comparados. Os resultados são mostrados na Fig. 1. Na emulsão de tipo A/0 preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,8 vezes a do fármaco pareceu que se formaram pequenas partículas de emulsão. Na emulsão de tipo A/0 preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,4 vezes a do fármaco, o fármaco foi gelatinizado. Na emulsão de tipo A/0 preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,6 vezes a do fármaco, o fármaco foi ligeiramente gelatinizado. Ao utilizar ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,8, 2,3 ou 2,8 vezes a do fármaco, foi obtida uma emulsão homogénea. A emulsão de tipo A/0 preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,8 vezes a do fármaco tinha uma cor azulada transparente. Por outro lado, a emulsão de tipo A/0 preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 2,3 vezes ou mais a do fármaco tinha uma cor de emulsão esbranquiçada. A emulsão de tipo A/0 preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,7 vezes a do fármaco tinha também uma cor azulada transparente. A partir destes resultados, verificou-se que as partículas de emulsão mais pequenas eram formadas na emulsão de tipo A/0 azulada transparente preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de 1,7 a 1,8 vezes a do fármaco.
Exemplo 3 Experimental
Acetato de leuprorrelina (teor de fármaco: 97,4%, teor de ácido acético: 6,0%) (cada 0,2 g) foi dissolvido em soluções aquosas de ácido acético com várias concentrações (cada 0,2116 g) e foi ali adicionada uma solução de um copolímero de ácido láctico-ácido glicólico (peso molecular médio ponderado: 10500) (1,82 g) em diclorometano (3,15 g) . As misturas resultantes foram agitadas com um misturador de vórtice durante cerca de 30 segundos para se obter emulsões de tipo A/0. Os aspetos das emulsões de tipo A/0 assim obtidas foram comparados. Como consequência, na emulsão de tipo A/0 preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,8 vezes a do fármaco pareceu que se formaram partículas de emulsão homogéneas. Nas emulsões de tipo A/0 preparadas utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,3 e 1,4 vezes a do fármaco, a fase oleosa e a fase aquosa interna estavam separadas.
Exemplo 4 Experimental
Acetato de leuprorrelina (teor de fármaco: 97,4%, teor de ácido acético: 6,0%) (cada 0,2 g) foi dissolvido em soluções aquosas de ácido acético tendo várias concentrações (cada 0,2116 g) e foi ali adicionada uma solução de um polímero de ácido DL-láctico (peso molecular médio ponderado: 14500) (1,82 g) em diclorometano (3,15 g). As misturas resultantes foram agitadas com um misturador de vórtice durante cerca de 30 segundos para se obter emulsões de tipo A/O. Os aspetos das emulsões de tipo A/O assim obtidas foram comparados. Como consequência, na emulsão de tipo A/O preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,8 vezes a do fármaco pareceu que se formaram partículas de emulsão homogéneas. Nas emulsões de tipo A/O preparadas utilizando ácido acético numa quantidade molar de cerca de 1,3 e 1,4 vezes a do fármaco, a fase oleosa e a fase aquosa interna estavam separadas.
Exemplo 5 Experimental
As microesferas (110 mg) obtidas no Exemplo 1 foram dispersas num meio de dispersão (0,3 mL) (preparado dissolvendo 0,15 mg de carboximetilcelulose, 0,3 mg de polissorbato 80 e 15 mg de manitol em água destilada) e, em seguida, administradas por via subcutânea nos dorsos de ratos SD machos com 7 semanas de idade utilizando agulhas de injeção 22G. Após tempos de administração predeterminados, os ratos foram sacrificados. As microesferas remanescentes no sitio de administração foram excisadas. 0 teor de Péptido A (acetato de leuprorrelina) nas microesferas foi quantificado e o valor quantitativo foi dividido pelo teor inicial para determinar a taxa remanescente. Os resultados são mostrados na Tabela 3.
[Tabela 3]
Como se observa na Tabela 3, as microesferas do Exemplo 1 produzidas formulando apenas Péptido A podiam conter a substância fisiologicamente ativa numa elevada taxa de retenção, e tinham excelente dispersibilidade. Além disso, as microesferas do Exemplo 1 suprimiram a libertação excessiva inicial da substância fisiologicamente ativa e libertaram a substância fisiologicamente ativa a uma taxa constante ao longo de um intervalo de tempo muito longo.
Exemplo Experimental 6
Um sal de ácido acético de Péptido A (acetato de leuprorrelina, 0,6 g) foi dissolvido numa solução aquosa de ácido acético a 2% em peso (0,65 g) (1,5 vezes ou mais a quantidade molar de Péptido A) . A esta solução foi adicionada uma solução de poli(ácido láctico) (peso molecular médio ponderado; 21000) (5,4 g) em diclorometano (9,45 g) . A mistura resultante foi ligeiramente dispersa agitando-a com a mão e, em seguida, emulsionada com Polytron (fabricado por Kinematica) durante um tempo predeterminado para se obter uma emulsão de tipo A/O. Várias emulsões foram preparadas do mesmo modo, exceto que o tempo de emulsificação foi mudado para várias vezes. As viscosidades das emulsões de A/O assim obtidas foram medidas. Os resultados são mostrados na Fig. 2.
Do mesmo modo que a descrita acima, o Péptido A (acetato de leuprorrelina, 0,6 g) foi dissolvido numa solução aquosa de ácido acético a 2% em peso (0, 635 g) (menos de 1,5 vezes a quantidade molar de Péptido A) . A esta solução, foi adicionada uma solução de poli(ácido láctico) (peso molecular médio ponderado; 21000) (5,4 g) em diclorometano (9,45 g) . A mistura resultante foi ligeiramente dispersa agitando-a com a mão e, em seguida, emulsionada com Polytron (fabricado por Kinematica) durante um tempo predeterminado para se obter uma emulsão de tipo A/O. A emulsão de tipo A/O preparada utilizando ácido acético
numa quantidade molar inferior a 1,5 vezes aquela do Péptido A tinha uma viscosidade aumentada quando o tempo de emulsificação era relativamente curto. Por outro lado, a emulsão de tipo A/O preparada utilizando ácido acético numa quantidade molar de 1,5 vezes ou mais aquela do Péptido A era estável e não tinha uma viscosidade aumentada mesmo que o tempo de emulsificação fosse curto como mostrado na Fig. 2, pelo que a emulsão de tipo A/0 podia ser preparada facilmente. A partir destes resultados experimentais, verificou-se que a utilização de ácido acético numa quantidade molar de 1,65 a 3 vezes aquela da leuprorrelina permitia obter uma emulsão de tipo A/0 estável e uma emulsão com um tamanho de partícula relativamente mais pequeno. Além disso, confirmou-se que podia ser utilizado um polímero de ácido láctico ou um polímero de ácido láctico-ácido glicólico como um polímero para a fase oleosa, que melhorava a produtividade dos produtos farmacêuticos finais.
Aplicabilidade Industrial
De acordo com o método de produção de uma composição de libertação sustentada da presente invenção, é possível formar uma emulsão de tipo A/0 de forma estável e suprimir a fuga de um fármaco durante a produção e, desse modo, aumentar a produtividade da composição de libertação sustentada. É também possível obter uma composição de libertação sustentada em que é incorporada uma grande quantidade de um fármaco e que é capaz de libertar o fármaco a uma taxa constante. Além disso, a composição de libertação sustentada obtida pelo método da presente invenção é útil como um produto farmacêutico porque tem um alto teor de um fármaco e uma propriedade de libertação de fármaco estável.
De acordo com o método da presente invenção, é possível estabilizar uma mistura de uma solução aquosa contendo leuprorrelina e uma solução de um polímero de ácido láctico-ácido glicólico e obter uma tal mistura com uma viscosidade de 3000 cp ou menos sob condições normais.
Lisboa, 11 de janeiro de 2017

Claims (14)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Método de produção de uma composição de libertação sustentada em microesferas ou em microcápsulas, que compreende misturar e emulsionar uma solução aquosa contendo leuprorrelina e ácido acético numa quantidade molar de 1,65 a 3 vezes aquela da referida leuprorrelina com uma solução de um polímero de ácido láctico-ácido glicólico em diclorometano e, em seguida, secar a emulsão de tipo A/0 resultante.
  2. 2. Método de acordo com a reivindicação 1, em que a solução aquosa é obtida utilizando um sal de leuprorrelina com ácido acético.
  3. 3. Método de acordo com a reivindicação 1, em que a proporção da referida leuprorrelina na composição de libertação sustentada é de 0,001 a 50% em peso.
  4. 4. Método de acordo com a reivindicação 1, em que a proporção molar de ácido láctico para ácido glicólico no polímero de ácido láctico-ácido glicólico é de 100:0 a 50:50.
  5. 5. Método de acordo com a reivindicação 4, em que a proporção molar de ácido láctico para ácido glicólico no polímero de ácido láctico-ácido glicólico é 100:0.
  6. 6. Método de acordo com a reivindicação 1, em que o peso molecular médio ponderado do polímero de ácido láctico-ácido glicólico é de 5000 a 50000.
  7. 7. Método de acordo com a reivindicação 1, em que o peso molecular médio ponderado do polímero de ácido láctico-ácido glicólico é de 17000 a 30000.
  8. 8. Método de acordo com a reivindicação 1, em que o polímero de ácido láctico-ácido glicólico é um polímero de ácido láctico tendo um peso molecular médio ponderado de 15000 a 50000 e o teor de um polímero tendo um peso molecular médio ponderado de 5000 ou menos no referido polímero de ácido láctico é de 5% em peso ou menos.
  9. 9. Método de acordo com a reivindicação 1, em que o polímero de ácido láctico-ácido glicólico é um polímero de ácido láctico tendo 20 a 1000 pmol de carboxilo terminal por unidade de massa (grama) do polímero.
  10. 10. Método de acordo com a reivindicação 1, em que o tamanho de partícula da emulsão de tipo A/O é 0,1 a 300 pm.
  11. 11. Método de acordo com a reivindicação 1, em que a secagem da emulsão de tipo A/O é uma secagem em fase aquosa.
  12. 12. Método de acordo com a reivindicação 11, em que uma solução aquosa de uma agente de regulação da pressão osmótica selecionado de aminoácidos, glicerina, arabitol, xilitol, adonitol, manitol, sorbitol e dulcitol é utilizado como uma fase aquosa externa na secagem em fase aquosa.
  13. 13. Método de acordo com a reivindicação 12, em que o agente de regulação da pressão osmótica é manitol.
  14. 14. Utilização de uma solução aquosa contendo leuprorrelina e ácido acético numa quantidade molar de 1,65 a 3 vezes aquela da referida leuprorrelina com uma solução de um polímero de ácido láctico-ácido glicólico em diclorometano para produzir uma preparação de libertação sustentada em microesferas ou microcápsulas que contém a referida leuprorrelina. Lisboa, 11 de janeiro de 2017
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