PT1471028E - Dispositivo de abertura manual. - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO DE ABERTURA MANUAL" A invenção refere-se a um meio e método para evitar o acesso não autorizado de pessoal ao interior da caixa do elevador de um sistema de elevador. Em especial, a invenção proporciona uma fechadura especifica da porta de piso com um mecanismo de desengate auxiliar que só pode ser accionado durante condições de manutenção ou emergência a seguir referidas como condições anormais de funcionamento.

Em sistemas de elevadores modernos é prática comum proporcionar uma fechadura em cada porta de piso de um sistema de elevador. A fechadura tem dois mecanismos específicos que são empregues para abrir a porta de piso. 0 primeiro é o mecanismo de desengate principal que é accionado durante condições normais de funcionamento do elevador por um excêntrico retráctil montado quer na cabine do elevador quer na porta de piso. Por consequência, quando a cabine atinge o andar desejado, o mecanismo de desengate principal é accionado na porta de piso vizinha permitindo, por esse meio, a transferência de passageiros entre a cabine e o andar. Existem, naturalmente, ocasiões (por exemplo, durante as condições de manutenção ou emergência) em que é necessário que o pessoal autorizado tenha acesso directo à caixa do elevador a partir de um andar. Com este propósito, a fechadura contém, além disso, um mecanismo de desengate auxiliar. Geralmente, o mecanismo de desengate auxiliar é accionado manualmente por uma chave apropriada na posse do técnico de 1 serviço ou bombeiro (pessoal autorizado) e a porta de piso pode, então, ser aberta manualmente. Tornou-se evidente que esta precaução de segurança deixou de ser adequada para impedir que o pessoal não autorizado, tal como vândalos, abrisse a porta de piso e causasse danos ao equipamento do elevador, assim como arriscasse a sua própria segurança.

Para assegurar facilidade de utilização e aplicabilidade universal para todos os sistemas de elevadores dentro de uma região ou área particular, a chave para o mecanismo de desengate auxiliar tem, tipicamente, uma concepção simples. Por exemplo, na Europa, a norma relevante, EN 81-1:1998, especifica que a chave se pode encaixar num triângulo de desbloqueamento que é acessível a partir do piso. 0 triângulo de desbloqueamento tem a forma de um triângulo equilateral maciço com cantos arredondados. Uma pessoa que esteja determinada a entrar na caixa do elevador pode facilmente reproduzir uma chave que se pode encaixar no triângulo de desbloqueamento. Ocasionalmente, o triângulo de desbloqueamento pode ser coberto com uma tampa de enroscar ou uma tampa, no entanto, estas não são impedimentos efectivos e não evitam uma utilização incorrecta propositada.

Nos Estados Unidos da América é prática comum fornecer uma chave de abertura com um perfil semicircular que se encaixa num buraco de fechadura correspondente acessível a partir do piso. Em vez de rodar a chave, ela é movida para um lado e essa acção faz deslizar uma alavanca de abertura no sentido oposto para accionar o mecanismo de desengate auxiliar. Novamente esta disposição relativamente simples já não é eficiente para evitar a utilização incorrecta propositada. 2

Uma solução para o problema foi proposta no documento GB 1498039. Em vez da chave de activação, o mecanismo de desengate auxiliar do documento GB 1498039 é conectado electricamente a um interruptor accionável manualmente, cuja activação desengata a porta de piso. O interruptor pode ser alojado num compartimento fechado na cabine do elevador, no piso ou na sala de máquinas do sistema de elevador. O interruptor, sendo um componente dedicado ao sistema de elevador, deve estar sempre disponível no local e, portanto, existe sempre um risco inerente de vandalismo que leva a um acesso não autorizado à caixa do elevador. Além disso, a pressão contínua para reduzir a utilização de espaço na indústria conduziu ao projecto de sistemas modernos que não têm uma sala de máquinas, sendo a máquina montada, em vez disso, na caixa do elevador. Nestas instalações, o compartimento fechado deve ser montado, quer na cabine quer no piso, estando ambos geralmente acessíveis ao público, aumentando, por esse meio, o risco de vandalismo e de acesso não autorizado.

Se o mecanismo do documento GB 1498039 tem que satisfazer as normas, o compartimento contendo o interruptor de desengate deve poder ser aberto utilizando-se uma chave padrão. Neste caso, o mecanismo não é melhor em evitar o acesso não autorizado do que o mecanismo de desengate accionado pela chave existente; uma pessoa tem, simplesmente, a tarefa adicional de activar manualmente o interruptor para abrir as portas de piso.

No documento JP 08 059151 está descrita uma disposição semelhante em que um interruptor manual é proporcionado na cabine do elevador e outro interruptor manual é proporcionado na sala de 3 controlo. Apenas quando ambos os interruptores tiverem sido activados pode a porta de piso ser aberta. 0 documento JP 2000072361 mostra uma disposição por meio da qual um obturador bloqueia sempre o buraco da fechadura numa porta de piso, excepto quando a cabine está numa posição de atracamento directamente oposta à porta de piso. É evidente que se este sistema for utilizado, então nenhum acesso é possível à caixa do elevador para propósitos de manutenção.

Uma solução alternativa foi proposta no documento GB 1 511838. Nesta solução, a fechadura da porta de piso contém, pelo menos, uma obstrução permanente destinada a impedir a inserção de objectos, para além da chave apropriada através do buraco da fechadura e o accionamento do mecanismo de desengate auxiliar. Impede-se que todos os objectos, incluindo a chave, sejam inseridos ao longo de um caminho directo através do buraco da fechadura. Em vez disso, a chave é inserida ao longo de um caminho não directo para evitar uma saliência proporcionada no buraco da fechadura. Quando completamente inserida, uma abertura na chave pode acomodar a saliência e, portanto, a chave pode ser utilizada como alavanca para accionar o mecanismo de desengate auxiliar.

Novamente, a solução não evita que o vândalo tente aceder à caixa do elevador, um acto que, em si próprio, pode ser extremamente arriscado dado que uma chave falsificada pode ficar firmemente introduzida no buraco da fechadura evitando uma actuação subsequente por parte de pessoal autorizado, especialmente durante procedimentos de emergência. 4 0 principal objectivo da presente invenção consiste em ultrapassar os defeitos da técnica anterior proporcionando um meio e um método mais seguros para evitar o acesso não autorizado à caixa do elevador dentro dos sistemas de elevadores.

Este objectivo é conseguido pela invenção conforme definido nas reivindicações anexas.

Apenas a titulo de exemplo, serão descritas em detalhe formas de realizações preferidas da presente invenção com relação aos desenhos anexos, dos quais: A Fig. 1 é uma vista em planta de uma disposição convencional do piso do elevador compreendendo portas de piso equipadas com uma fechadura tendo um mecanismo de desengate principal e um auxiliar; A Fig. 2 é uma vista em perspectiva de um triângulo de desbloqueamento típico; A Fig. 3 é uma vista ampliada do buraco da fechadura que o triângulo de desbloqueamento da Fig. 2 atravesse para activar o mecanismo de desengate auxiliar quando é necessário acesso de emergência ou de manutenção; A Fig. 4 é uma vista em perspectiva da área circundante do buraco da fechadura, de acordo com uma primeira forma de realização da invenção, montada numa superfície lateral de um caixilho de porta de uma disposição do piso do ascensor; 5 A Fig. 5 é uma vista em perspectiva explodida que ilustra, especificamente, componentes da área circundante do buraco da fechadura da Fig. 4; A Fig. 6 é uma vista em corte parcial de uma caixa do elevador de um sistema de elevador incorporando a área circundante do buraco da fechadura das Figs. 4 e 5; A Fig. 7 é um esquema de um circuito de excitação para controlar o movimento do disco ferroso alojado na área circundante do buraco da fechadura das Figs 4 e 5; A Fig. 8 é uma vista em perspectiva de uma área circundante do buraco da fechadura, de acordo com uma segunda forma de realização da invenção; A Fig. 9 é um corte transversal da área circundante do buraco da fechadura da Fig. 8; A Fig. 10 corresponde a Fig. 8, mas ilustra a área circundante do buraco da fechadura em condições de funcionamento anormais em vez de condições normais de funcionamento; A Fig. 11 é um corte transversal da área circundante do buraco da fechadura da Fig. 10; A Fig. 12 é uma vista em perspectiva explodida que ilustra os componentes de uma área circundante do buraco da fechadura, de acordo com a terceira forma de realização da presente invenção; 6 A Fig. 13 é uma vista em planta da parte de trás de um caixilho de porta de um elevador incorporando uma porta corrediça de acordo com uma quarta forma de realização da presente invenção; A Fig. 14 é uma vista em perspectiva explodida que ilustra, especificamente, os componentes de uma montagem do buraco da fechadura, de acordo com uma quinta forma de realização da presente invenção; A Fig. 15 corresponde à Fig. 14 mas a partir do outro lado; e A Fig. 16 é um esquema do circuito alternativo de excitação, de acordo com uma sexta forma de realização da presente invenção. A Fig. 1 ilustra uma disposição 1 tipica do piso de um sistema de elevador dentro de um edifício. A disposição 1 compreende, geralmente, uma ou mais portas 2 de piso rodeadas por um caixilho 4 de porta que aloja uma estação 6 de controlo que regista os pedidos do utilizador. Durante condições normais de funcionamento, sempre que os utilizadores desejem movimentar-se nos andares, para cima ou para baixo, dentro do edifício primem uma tecla apropriada na estação 6 de controlo e uma cabine dentro de uma caixa do elevador do sistema responde a esta chamada. Quando a cabine está na vizinhança do piso, interliga-se com as portas 2 de piso para activar um mecanismo de desengate principal para desengatar e abrir as portas 2 de piso. 7

Conforme previamente mencionado, é necessário, ocasionalmente, que o pessoal autorizado tenha acesso à caixa do elevador (por exemplo, para efectuar o trabalho de manutenção de rotina). Com este propósito, pelo menos, uma das disposições 1 do andar do elevador é dotada com um mecanismo de desengate auxiliar para permitir que as portas 2 sejam desengatadas e abertas quando a cabine não está na vizinhança imediata do piso. Como melhor se mostra na Fig. 3, o mecanismo de desengate auxiliar contém uma peça 12 de abertura triangular, acessível através de um buraco 10 de fechadura no caixilho 4 de porta. Todo o pessoal autorizado tem na sua posse uma chave 8 de abertura, conforme se mostra na Fig 2. A chave 8 tem uma extremidade 9 com uma cavidade de perfil triangular correspondente à da peça 12 de abertura. Por consequência, para se aceder ao poço do elevador a chave 8 é inserida através do buraco 10 da fechadura de tal modo que a extremidade 9 perfilada rodeia e engata-se com segurança na peça 12 de abertura. A rotação simultânea da chave 8 e da peça 12 acciona o mecanismo de desengate auxiliar para abrir as portas 2 de piso.

Deve compreender-se que o buraco 10 da fechadura não necessita de ser proporcionado no caixilho 4 da porta, mas em qualquer outra superfície exposta da disposição 1 do piso do elevador. Em muitos casos, o buraco 10 da fechadura está situado numa porta 2 de piso.

As Figs 4 e 5 mostram uma área 14 circundante do buraco da fechadura embora a Fig. 4 mostre, especificamente, o buraco 10 de fechadura e a área 14 circundante colocados numa superfície lateral de um caixilho 4 de porta, é igualmente aceitável que a área 14 circundante seja 4 de porta, é igualmente aceitável que a área 14 circundante seja colocada na superfície visada para o piso do casquilho 4 de porta, de modo a envolver o buraco 10 de fechadura mostrado nas Figs. 1 e 3.

Conforme ilustrado na Fig. 5 a área 14 circundante contém um alojamento 16 essencialmente côncavo com um orifício 18 de passagem integrado. A área 14 circundante é montada no caixilho 4 da porta por parafusos (não mostrados) que se engatam nos orifícios 19 dos parafusos no alojamento 16. Quando montada, o orifício 18 de passagem da área 14 circundante fica alinhado, concentricamente, com o buraco 10 da fechadura e é definida uma cavidade C entre uma parede interna do alojamento 16 e o caixilho 4 da porta. A cavidade C acomoda dois electroímans 20 que estão fixos à parede interna do alojamento 16 em posições equidistantes opostas a partir do seu centro. Uma extremidade de base de um perno 22 em espiral é montada no centro da parede interna do alojamento 16. Este perno 22 é utilizado para suportar e guiar um disco 28 ferroso. Uma mola 24 de compressão que envolve o perno 22 impele o disco 28 para longe do alojamento 16 no sentido A em direcção a um parafuso 26 apertado a uma extremidade de topo do perno 22. É formado um orifício 30 de acesso no disco 28.

Durante as condições normais de funcionamento, os electroímans 20 não estão excitados e a mola 34 retém o disco 28 ferroso contra o parafuso 26 numa posição inicial mostrada na Fig. 5. Nesta posição, o orifício 30 de acesso do disco 28 não está alinhado com os orifícios 10 e 18 concêntricos no caixilho 4 e área 14 circundante, respectivamente. Por consequência, o disco 28 ferroso bloqueia o acesso à peça 12 de abertura.

Em condições anormais de funcionamento, os electroímans 20 são excitados para exercer uma força de atracção sobre o disco 28 ferroso no sentido B. Inicialmente, esta força magnética é maior 9 do que a força de impulsão contrária de mola 24 o que dá oriqem a um movimento do disco 28 ao longo do perno 22 em espiral no sentido B. Este movimento causa a rotação simultânea do disco 28 no sentido E dos ponteiros do relógio. 0 disco 28 atinge uma posição de repouso quando as forças opostas são igualadas. Nesta posição, conforme se mostra na Fig. 4, o orifício 30 de acesso no disco 28 está alinhado com o orifício 18 de passagem da área 14 circundante e o buraco 10 da fechadura no caixilho 4 da porta. Consequentemente, uma pessoa autorizada pode introduzir uma chave 8 de abertura através do orifício 18 de passagem ao orifício 30 de acesso e buraco 10 da fechadura para se engatar na peça 12 de abertura e desengatar as portas 2 de piso.

Quando o sistema de elevador volta às condições normais, os electroímans 30 são desactivados e a mola 24 de compressão força o disco 28 a mover num sentido A causando a rotação simultânea no sentido D contrário ao dos ponteiros do relógio e, assim, o disco 28 volta à sua posição inicial conforme se mostra na Fig. 5.

Para esta disposição trabalhar efectivamente, é essencial que as condições de funcionamento do elevador sejam continuamente monitorizadas. Um caminho eficiente para conseguir este objectivo consiste em utilizar equipamento de detecção, conforme se mostra na Fig. 6. No sistema elevador, uma cabine 34 é ligada e move-se de modo simultâneo em sentidos opostos, a um contrapeso 36 dentro de uma caixa do elevador 32.

Com o objectivo de se efectuar a manutenção ou o serviço de tarefas com segurança, é importante proporcionar espaços de segurança num poço e altura livre da caixa do elevador 32 para o interior dos quais se impede que a cabine 34 se desloque. No entanto, com o objectivo de reduzir o espaço ocupado pelos 10 sistemas de elevadores, é preferível que estes espaços de segurança tenham uma natureza temporária dado que só são estabelecidos quando necessário e posteriormente removidos quando o trabalho necessário tiver sido concluído. No presente sistema, o poço e os espaços de segurança da altura livres são estabelecidos utilizando pilares 38 e 40. Durante condições normais de funcionamento, os pilares 38 e 40 assentam horizontalmente no pavimento do poço.

Se um técnico for trabalhar no poço da caixa 32 do elevador, um pilar 38 da cabine é deslocado para a posição vertical rodando em torno do seu ponto de articulação, conforme se mostra na Fig. 6. A cabine 34 é, depois, impedida de entrar num espaço de segurança conforme definido pelo pavimento do poço e o topo do pilar 38 da cabine.

De um modo semelhante, se um técnico for trabalhar na altura livre da caixa 32 do elevador ou no topo da cabine 34, um pilar 40 do contrapeso é levado a adoptar a posição vertical rodando em torno do seu ponto de articulação, conforme se mostra na Fig. 6. Dado que o contrapeso 36 não pode entrar no espaço definido pelo pavimento do poço e o topo do pilar 40 do contrapeso, então, do mesmo modo, impede-se que a cabine 34 entre um espaço de segurança correspondente na altura livre da caixa 32 do elevador.

Os pilares 38 e 40 podem ser activados manualmente, por exemplo, por intermédio de uma configuração apropriada composta por um arame ou corda e roldana, a partir de uma sala das máquinas do sistema de elevador ou a partir de um painel de controlo proporcionado num caixilho 4 da porta de piso. Em alternativa, podem ser activados por actuadores eléctricos controlados por um interruptor na sala das máquinas ou no painel 11 de controlo. Numa forma de realização preferida, utilizam-se actuadores eléctricos que são activados por controlo remoto, a partir de um transmissor integrado no interior da chave 8 de abertura.

Conforme se mostra esquematicamente na Fig. 6, são proporcionados dois sensores 4 4 no pavimento do poço da caixa 32 do elevador para fornecer, respectivamente, sinais 48 e 50 indicativos da posição do pilar 38 da cabine e do pilar 40 do contrapeso, respectivamente. Quando, quer os pilares 38 e 40 estão na vertical, posição actuada, os sinais 48 e 50 dos pilares correspondentes são utilizados para fechar automaticamente um interruptor 45 correspondente no circuito 51 de excitação para os electroimans 20 na área 14 circundante do buraco da fechadura conforme se mostra na Fig. 7. Deste modo, a fonte 52 de energia produz uma corrente que passa através dos electroimans 20. O disco 28 ferroso é atraído para os electroimans 20 excitados e rodados no sentido E dos ponteiros do relógio permitindo que o técnico insira uma chave 8 de abertura através do buraco 10 da fechadura para accionar a peça 12 de abertura e desengatar as portas 2 de piso.

Compreender-se-á que qualquer cabine ou aparelho de bloqueio do movimento do contrapeso que é móvel de modo a entrar no interior de uma posição onde impede o movimento da cabine 34 para o interior de um espaço de trabalho temporário, pode ser substituído pelos pilares 38 e 40. Os exemplos contêm trincos ou ferrolhos que se estendem desde a cabine 34 para se encostarem a batentes em calhas guia apoiando a cabine ou nas paredes da caixa 32 do elevador, alavancas ou ferrolhos que se estendem a partir das calhas guia ou paredes da caixa 32 do elevador para se engatarem na cabine 34 ou no contrapeso 36, pára-choques 12 susceptíveis de articulação montados na caixa do elevador e meios para bloquear uma corda do regulador de velocidade numa ou mais posições predeterminadas.

No caso de um fogo ou outra emergência, um circuito 42 de emergência convencional associado com o sistema de elevador pode ser utilizado para fornecer um sinal 46 de emergência para fechar automaticamente um interruptor 45 associado no circuito 51 de excitação. 0 circuito 42 de emergência pode ser activado por sinais provenientes de detectores apropriados (detectores de fogo, detectores de tremores de terra, etc.) ou interruptores dentro do edifício ou, remotamente, por exemplo, a partir de um quartel de bombeiros. Numa forma de realização preferida, além dos meios de activação anteriores, o circuito 42 de emergência contém também um receptor que age em resposta a um transmissor incorporado no interior das chaves 8 de abertura entregues aos bombeiros.

As Figs. 8 a 11 mostram uma área 54 circundante do buraco da fechadura alternativa, de acordo com uma segunda forma de realização da invenção. Novamente, a área circundante compreende um alojamento 56 essencialmente côncavo com um orifício 58 de passagem integrado que, neste caso, é colocado no centro da área 54 circundante. Orifícios 19 de parafusos são proporcionados para montar a área 54 circundante ao caixilho 4 da porta. Quando montado, o orifício 58 de passagem fica alinhado concentricamente com o buraco 10 da fechadura e uma cavidade é definida entre uma parede interna do alojamento 56 e o caixilho 4 da porta. A cavidade acomoda um único electroíman 60 em forma de C que é fixado à parede interna do alojamento 16. Um perno 62 é proporcionado num lado oposto da cavidade na qual uma placa 64 ferrosa está montada de modo articulado. 13

Em contraste com a forma de realização anterior, durante condições de funcionamento normais, o electroíman 50 em forma de C é excitado e a placa 64 ferrosa é retida na posição mostrada na Fig. 9 onde tapa o orificio 58 de passagem da área 54 circundante. Por consequência, a peça 12 de abertura do mecanismo de desengate auxiliar não pode ser accionada.

Em condições anormais de funcionamento, o electroíman 50 em forma de C está desactivado e na ausência de força magnética a partir do electroíman 50, a placa 64 ferrosa roda em torno do perno 62 sob a força de gravidade para a posição mostrada na Fig. 11. Portanto, a chave 8 de abertura pode ser introduzida através do orifício 58 de passagem da área 54 circundante e do buraco 10 da fechadura do caixilho 4 da porta para accionar a peça 12 de abertura.

Obviamente, uma vez que o electroíman 50 é excitado durante condições normais e desactivado durante condições anormais de funcionamentos (ao contrário da disposição da primeira forma de realização) o circuito de excitação da Fig. 7 e os seus interruptores 45 terão, consequentemente que ser modificados. No entanto, isto não é uma tarefa especialmente complexa se forem empregues sinais digitais e circuitos de controlo.

Em ambas as formas de realizações descritas anteriormente, compreender-se-á que um pequeno motor eléctrico pode ser utilizado em vez dos electroímans 20 e 60. A Fig. 12 mostra os componentes de uma área 140 circundante do buraco da fechadura, de acordo com uma terceira forma de realização da invenção. De novo, a área 140 circundante inclui um alojamento 142 essencialmente côncavo com um orifício 144 de 14 passagem integrado que, quando montado, fica alinhado concentricamente com o buraco 10 da fechadura da disposição 1 do piso do elevador. A base de um perno 148 em espiral está montada numa parede interna do alojamento 142. O perno 148 é utilizado para suportar e guiar uma alavanca 156 ferrosa. Uma mola 150 de compressão e superfície 152 de apoio circundam o perno 148 e são utilizadas para impedir a alavanca 156 para longe do alojamento 142 no sentido O em direcção a um parafuso 158 apertado a uma extremidade de topo do perno 148. É proporcionado um rolamento 154 de esferas entre a superfície 152 de apoio e a alavanca 156 para permitir uma livre rotação relativa. Além disso, uma bobina 146 circunda a base do perno 148 em espiral. O alojamento 142 também acomoda um íman 146 permanente.

Em contraste com as formas de realizações anteriores, a alavanca 156 ferrosa é impelida para ficar estável em duas posições (bi-estável). Durante condições normais de funcionamento do elevador, a alavanca 156 é impelida pela mola 150 contra o parafuso 158 na posição mostrada na Fig. 12 para obstruir o orifício 144 de passagem.

Durante a manutenção ou condições de emergência, um circuito de excitação fornece um impulso de corrente à bobina 146 para atrair a alavanca 156 no sentido M. Esta força atractiva é maior do que a força de impulsão da mola 150, o que dá origem a um movimento e rotação da alavanca 156 nos sentidos M e N, respectivamente, ao longo do perno 148 em espiral. Quando a alavanca 156 está por cima do íman 145 permanente, o íman 145 permanente exerce uma força magnética suficiente sobre a alavanca 156 para vencer a impulsão da mola 150 e, assim, reter a alavanca 156 numa posição onde nunca mais bloqueia o orifício 144 de passagem. 15

No restabelecimento das condições de funcionamento normais, o circuito de excitação fornece um impulso de corrente invertida através da bobina 146 para mover a alavanca 156 nos sentidos 0 e P e a mola 150 impede, além disso, a alavanca 156 para a posição inicial onde bloqueia o orifício 144 de passagem.

Novamente, uma vez que a bobina 150 necessita de ser excitada em ambos os sentidos, nesta forma de realização, o circuito 51 de excitação de energia e os interruptores da Fig. 7 necessitariam de ser, consequentemente, modificados. A Fig. 13 mostra uma disposição 70 de porta corrediça, de acordo com uma quarta forma de realização da presente invenção. Ao contrário das formas de realizações anteriores, a disposição 70 está montada numa superfície posterior (em frente da caixa do elevador 32) do caixilho 4 da porta de um sistema de elevador. A disposição 70 inclui uma porta 72 corrediça que é suportada na superfície do caixilho 4 da porta por uma multiplicidade de fitas 74 de aço que são apertadas ao caixilho 4 por meios apropriados, tais como rebites 76. Uma extremidade distai da porta corrediça está dotada com uma cremalheira 78 que se engata numa roda 80 dentada accionada por um pequeno motor 82 eléctrico bi-direccional.

Durante condições normais de funcionamento, o motor 82 acciona a cremalheira 78 e a roda 80 dentada, assim como desliza a porta 72 corrediça para a esquerda, conforme se mostra no desenho, para uma posição onde oculta o buraco 10 da fechadura no caixilho 4 da porta. Quando são detectadas condições anormais, o motor 82 funciona no sentido oposto para deslizar a porta 72 corrediça para a direita e, desse modo, permitir que a chave 8 de abertura seja introduzida através do buraco 10 da fechadura para 16 accionar a peça 12 de abertura do mecanismo de desengate auxiliar.

Como com a forma de realização anterior, uma vez que o motor 80 é bi-direccional, o circuito 51 de excitação e os interruptores 45 da Fig. 7 necessitarão de ser, consequentemente, modificados.

Está previsto que a porta 72 corrediça possa ser impelida para uma das posições, quer por uma mola quer por nova disposição ao longo de um eixo vertical de modo a aproveitar a força da gravidade, de modo a que um motor unidireccional e o circuito de excitação simplificado possam ser utilizados para accionar a porta 72 corrediça para a outra posição.

Reconhecer-se-á que quando alinhados ao longo de um eixo vertical, podem utilizar-se um ou mais electroimans em vez do motor 82 para exercer forças e causar um movimento apropriado de uma porta 72 corrediça ferrosa. Além disso, a disposição 70 da porta corrediça pode ser montada numa superfície (frente ao andar) exterior do caixilho da porta com um placa de cobertura para proteger os componentes do vandalismo.

Uma forma óbvia para evitar o acesso não autorizado à caixa do elevador será excluir completamente o buraco 10 da fechadura do caixilho da porta 4. No entanto, até agora, foi inconcebível compreender uma disposição sem um buraco 10 da fechadura convencional acessível que satisfaça os regulamentos. Com este objectivo em mente, uma unidade 100 de buraco de fechadura, de acordo com uma quinta forma de realização da invenção foi desenvolvida conforme ilustrado na Figs. 14 e 15. Como com as formas de realizações descritas previamente, a unidade 100 de 17 buraco de fechadura pode ser aplicada a sistemas de elevadores existentes, mas, em contraste com formas de realizações anteriores, a unidade 100 bloqueia completamente o buraco 10 da fechadura no caixilho 4 da porta em todas as condições de funcionamento do elevador. A unidade 100 de buraco de fechadura inclui, um alojamento 102 côncavo rotativo, uma placa 106 de accionamento, uma bobina 114, uma placa 116 base e uma chave 124 deslizante ferrosa. A placa 106 de accionamento é montada de modo a rodar simultaneamente com o alojamento 102 côncavo por meio de pernos 104 e orifícios 108. A bobina 114 está acomodada dentro de um recesso 122 na placa 116 base. A chave 124 deslizante ferrosa é acomodada dentro de um orifício 118 de passagem na placa 116 base. A chave 124 deslizante tem uma extremidade com um perfil 128 triangular oco para se engatar continuamente numa peça 12 de abertura convencional e uma extremidade oposta com uma cabeça 126 octogonal e uma cavidade 129 para acomodar parcialmente uma mola 112 de compressão. A unidade 100 de buraco de fechadura é fixa a um caixilho 4 da porta convencional, de tal modo que o orifício 118 de passagem da placa 116 base coincida com o buraco 10 da fechadura no caixilho 4 da porta. A chave 124 deslizante ferrosa é impelida no sentido G pela mola 112 de compressão de tal modo que o seu perfil 128 de triângulo oco se engate continuamente na peça 12 de abertura triangular do mecanismo de desengate auxiliar. O alojamento 102 côncavo (e a placa 106 de accionamento) é livre de rodar em relação à placa 116 base sobre rolamentos 120. 18

Durante condições anormais de funcionamento, a bobina 114 é excitada (por exemplo, pelo circuito 51 de excitação da Fig. 7) e, por esse meio, faz com que a chave 124 deslizante vá contra a impulsão da mola 112 no sentido F para uma posição onde a sua cabeça 126 octogonal se engate num encaixe 110 octogonal correspondente na placa 106 de accionamento. Nesta posição, a chave 124 mantém-se encaixada na peça 12 de abertura. Deste modo, a rotação do alojamento 102 côncavo conduzirá à rotação simultânea da placa 106 de accionamento, a chave 124 deslizante e a peça 12 de abertura para desengatar a porta 2.

Depois das condições normais de funcionamento terem sido restabelecidas a bobina fica desactivada e a mola 112 força a chave 124 deslizante ao longo do sentido G desligando-a, desse modo, da placa 106 de accionamento.

Dado que os equipamentos e procedimentos para transmissão remota de sinais se têm tornado muito mais fiáveis e seguros ao longo dos últimos anos, prevê-se que a actuação remota do mecanismo de desengate auxiliar, em vez do desengate manual, se tornará mais frequente na indústria de elevadores. Claramente, a presente invenção pode ser empregue num sistema desses, tal como ilustrado na Fig. 16. O circuito 130 de excitação partilha muitos dos componentes do circuito 51 de excitação previamente descrito da Fig. 7, mas, em vez de permitir ou impedir selectivamente o accionamento manual do mecanismo de desengate auxiliar por meio da peça 12 de abertura, o circuito 130 incorpora um motor 132 que acciona o mecanismo de desengate auxiliar. Consequentemente, dado que um buraco da fechadura deixar de ser necessário, a estética da disposição do piso pode ser melhorada. 19

Como anteriormente, quando se quer efectuar um trabalho de manutenção ou durante uma emergência, (condições anormais de funcionamento do sistema elevador) um ou mais de entre o sinal 46 de emergência e os dois sinais 48 e 50 dos suportes, obriga(m) os interruptores 45 associados a fecharem no circuito 130. Isto, no entanto, não fecha o circuito 130. Com esse objectivo, o pessoal autorizado deve transmitir um sinal 136 de abertura a partir de uma unidade 134 de controlo remoto para um interruptor 138 receptor na vizinhança da disposição do piso. Só quando um ou mais dos sinais 48, 50 e 46 de funcionamento anormal e o sinal 136 de abertura são detectados é que o circuito 130 se excita para activar o motor 132 que, por sua vez, abre o mecanismo de desengate auxiliar permitindo a pessoal autorizado abrir as portas de desembarque e entrar na caixa do elevador.

Possivelmente pode utilizar-se um solenoide no lugar do motor 132 para abrir o mecanismo de desengate auxiliar. Além disso, para propósitos de manutenção, o sinal 136 de abertura transmitido pode, também, ser utilizado para activar os motores eléctricos para forçar os pilares 38 e 40 a assumir uma posição de bloqueio. Assim, um único sinal 136 estabelecerá os espaços de segurança e abrirá o mecanismo de desengate auxiliar. De modo semelhante, um bombeiro pode utilizar uma unidade 138 de controlo remoto que transmite, simultaneamente, o sinal 46 de emergência e o sinal 136 de abertura.

Lisboa, 17 de Abril de 2007 20

Claims (11)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Sistema de elevador compreendendo: uma cabine (34) de elevador móvel dentro de uma caixa de elevador (32) tendo uma multiplicidade de portas (2) de piso; pelo menos, um dispositivo (38, 40) de bloqueio móvel para uma posição de bloqueio para evitar o movimento da cabine (34) para o interior de um espaço de trabalho temporário dentro da caixa do elevador (32); um mecanismo de desenqate auxiliar montado, pelo menos, numa porta (2) de piso; e um circuito (51, 130) de excitação que impede o accionamento do mecanismo de desengate auxiliar durante condições normais de funcionamento, caracterizado por compreender, além disso, um sensor (44) que, ao detectar a presença do dispositivo (38, 40) de bloqueio na posição de bloqueio, fornece um sinal (48,50) de indicação de manutenção ao circuito (51, 130) de excitação que, por sua vez, permite o accionamento do mecanismo de desengate auxiliar.
2. 2. Sistema de elevador de acordo com a reivindicação 1 compreendendo, além disso: um circuito (42) de emergência que, ao detectar uma condição de emergência, fornece um sinal (46) de emergência ao circuito (51, 130) de excitação que, por 1 sua vez, permite o accionamento do mecanismo de desengate auxiliar.
3. 3. Sistema de elevador de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, compreendendo, além disso, um componente (28, 64, 72, 124, 156) móvel em resposta ao circuito (51) de excitação entre uma primeira posição que impede o accionamento do mecanismo de desengate auxiliar, durante condições normais de funcionamento, e uma segunda posição que permite o accionamento do mecanismo de desengate auxiliar.
4. 4. Sistema de elevador de acordo com a reivindicação 3, em que o componente (28, 64, 72, 156, 124) móvel ou: obstrui um buraco (10) da fechadura na primeira posição, e na segunda posição permite o acesso da chave (8) através do buraco (10) da fechadura para accionar uma peça (12) de abertura do mecanismo de desengate auxiliar; ou desliza entre a primeira posição, onde se engata na peça (12) de abertura do mecanismo de desengate auxiliar, e a segunda posição, onde se engata na peça (12) de abertura e é acoplada, além disso, a uma placa (106) de accionamento de tal modo que a rotação da placa (106) de rotação dê origem a uma rotação simultânea da peça (12) de abertura de modo a accionar o mecanismo de desengate auxiliar.
5. 5. Sistema de elevador de acordo com as reivindicações 3 ou 4, em que o circuito (51) de excitação compreende um dispositivo (20, 60, 82, 114, 146) eléctrico para actuar na componente (28, 64, 72, 124, 156) móvel. 2
6. 6. Sistema de elevador de acordo com a reivindicação 5, em que: o dispositivo (82, 146) eléctrico é bi-direccional para mover o componente (72, 156) móvel entre a primeira e segunda posições; ou o componente (28, 64, 124) móvel é impulsionado para uma das posições, e o dispositivo (20, 60, 114) eléctrico, quando excitado, age sobre o componente (28, 64, 124) móvel em oposição à impulsão para mover e reter o componente (28, 64, 124) móvel na outra posição.
7. 7. Sistema de elevador de acordo com a reivindicação 6, em que o componente (156) móvel é impelido e fica estável em ambas as posições, e o circuito (51) de excitação fornece um impulso de corrente ao dispositivo (146) eléctrico para mover o componente (156) móvel entre as posições bi-estáveis.
8. 8. Sistema de elevador de acordo com a reivindicação 6 ou 7, em que o componente (28, 64, 124, 156) é impulsionado por uma ou mais molas (24, 112) e/ou imans (145) permanentes e/ou sob a força (F) de gravidade.
9. 9. Sistema de elevador de acordo com a reivindicação 2, em que o circuito (130) de excitação inclui, além disso, um dispositivo (132) eléctrico e um interruptor (138) receptor que age em resposta a um sinal (136) de desbloqueio transmitido a partir de uma unidade (134) de controlo remoto, para que, quando o sinal (136) de desbloqueio for transmitido para o interruptor (138) receptor e o sinal de indicação de manutenção ou o sinal de emergência for fornecido ao circuito (130) de excitação, o circuito (130) de excitação acciona o dispositivo (132) eléctrico para 3 desbloquear automaticamente o mecanismo de desbloqueio auxiliar.
10. 10. Método para proporcionar acesso ao interior de uma caixa (32) do elevador de um sistema de elevador tendo uma cabine (34) móvel dentro da caixa (32) do elevador, tendo a caixa (32) do elevador uma multiplicidade de disposições (1) de andar, compreendendo as seguintes etapas: proporcionar um mecanismo de desbloqueio auxiliar em, pelo menos, uma das disposições (1) de piso; proporcionar, pelo menos, um dispositivo (38, 40) de bloqueio, móvel para uma posição de bloqueio para impedir o movimento da cabine (34)para o interior de um espaço de trabalho temporário dentro da caixa (32) do elevador; e impedir o accionamento do mecanismo de desbloqueio auxiliar durante condições de funcionamento normais, caracterizado por permitir o accionamento do mecanismo de desengate auxiliar quando o dispositivo (38, 40) de bloqueio estiver na posição de bloqueio.
11. 11. Método de acordo com a reivindicação 10, compreendendo ainda a etapa que permite o accionamento do mecanismo de desengate auxiliar após detecção de uma condição de emergência, e. s. fogo, ataque terrorista, inundação, tremor de terra ou ciclone. Lisboa, 17 de Abril de 2007 4