PT1422992E - Dispositivo de corte rotativo. - Google Patents

Description

ΕΡ 1 422 992 /PT DESCRIÇÃO "Dispositivo de corte rotativo" O presente invento refere-se a um dispositivo de corte rotativo. 0 dispositivo em questão pode ser para utilização hortícola ou agrícola ou pode em alternativa ser utilizado na preparação de comida.

Durante o prosseguimento, a EPO identifica-se como a patente US 4320617 (Fedeli) mais pertinente da arte anterior, a qual diz respeito a um cortador de relva do tipo rotativo com provisão para recolha de relva. As lâminas rectangulares alongadas suportam membros projectados os quais servem para expelir relva cortada para um tubo de descarga em virtude de um "efeito de lançamento". A patente anterior GB 2266648B do inventor revela uma ferramenta para utilização no jardim, ou na oficina, a qual utiliza um cortador rotativo justaposto (e em algumas concretizações integralmente formado) com um rotor helicoidal. Durante a operação da principal concretização descrita, o material cortado é recolhido em virtude do rotor e também impelido por meio disso, parcialmente, pela operação do rotor como um parafuso de arquimedes e parcialmente pelo escoamento de ar produzido pelo rotor, ao longo de um trajecto que é geralmente axial, com respeito ao eixo de rotação do rotor e cortador, para um receptáculo de recolha. A combinação cortador/rotor proposta na patente anterior tem provado ser altamente eficaz. A construção do dispositivo tem no entanto sido desenvolvida com dois objectivos particulares: i) chegar a um dispositivo o qual pode ser formado como uma unidade bem equilibrada e compacta; e ii) evitar custos de fabrico indevidos.

De facto, no desenvolvimento do dispositivo foi alcançado um novo princípio de operação o qual é considerado por ter um âmbito alargado de potenciais aplicações. De acordo com o presente invento existe um dispositivo de corte 2

ΕΡ 1 422 992 /PT rotativo que compreende um corpo, um rotor alojado no corpo adjacente a uma abertura no mesmo, estando o rotor apoiado sobre o corpo para rotação à volta de um eixo, e um accionamento motorizado montado no corpo para accionar rotativamente o rotor, em que o rotor possui pelo menos uma pá que possui um bordo de ataque o qual se prolonga radialmente em relação ao eixo e que serve como cortador, estando exposto ao exterior do corpo em virtude da abertura acima mencionada de maneira a entrar em contacto com o material a ser cortado, sendo o dispositivo caracterizado por a pá proporcionar uma superfície de recolha que está virada para o interior do corpo e seguindo o cortador conforme o rotor roda, estando a superfície de recolha inclinada, ao longo do sentido circunferencial, em relação ao seu plano de rotação de modo a impelir o material cortado para o interior do corpo, e por o rotor estar rodeado por uma parede adjacente substancialmente anular do corpo, tendo a parede uma abertura que vai dar a um canal de recolha substancialmente tangencial formado pelo corpo, de modo que o material cortado passe sobre a superfície de recolha e seja, desse modo, recolhido para uma região definida entre o corpo e o rotor, e seja então expelido de modo centrífugo pela acção do rotor por meio do que o material cortado é impelido para o canal de recolha. 0 trajecto definido pelo corpo não precisa de estar precisamente tangente ao cortador rotativo e ao rotor. O ponto essencial é que deve ser adequado para receber material atirado de modo centrífugo para fora do rotor. A este respeito o presente invento difere das concretizações descritas na GB 2266648, em que a acção do parafuso de arquimedes do impulsor conduz o material de desperdício ao longo de um trajecto axial.

Verificou-se que o presente invento torna possível uma unidade muito compacta e atractiva. 0 rotor do presente invento pode também ser concebido para fabrico económico. A superfície de recolha transporta o material cortado ao longo da direcção axial, para o interior do corpo, antes de ser tangencialmente expelido por acção centrífuga. A superfície de recolha pode mesmo ser formada como uma hélice. 3

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Preferencialmente, a superfície de recolha é seguida por uma superfície de palheta erecta por meio da qual o material cortado é expelido de modo centrífugo. 0 dispositivo de corte é mais preferencialmente um dispositivo para horticultura ou agricultura. Alternativamente, no entanto, o dispositivo pode ser utilizado na preparação de alimentos - permitindo o rápido corte e recolha de alimentos. 0 accionamento motorizado pode ser um motor de combustão interna ou um motor hidráulico, embora um motor eléctrico seja especialmente preferido.

Irão agora ser descritas concretizações específicas do presente invento, apenas por meio de exemplo, com referência aos desenhos anexos nos quais: a Fig. 1 é de alguma forma uma secção vertical estilizada e simplificada de um aparador de jardim que concretiza o presente invento; a Fig. 2 é uma ilustração em perspectiva de um aparador essencialmente idêntico que concretiza o presente invento, sendo omitidos uma metade do invólucro e também um receptáculo de recolha de desperdício para expor partes do mecanismo do aparador; a Fig. 3 é uma ilustração em perspectiva idêntica à Fig. 2 mas omite uma outra parte do invólucro de forma a expor um rotor do aparador e outros componentes; a Fig. 4 é uma ilustração em perspectiva de um primeiro rotor para utilização no aparador, visto de cima e de um lado; a Fig. 5 é uma ilustração em perspectiva do mesmo rotor visto mais obliquamente; a Fig. 6 é uma ilustração de um transportador com rodas com o aparador montado no mesmo para utilizar no aparar dos rebordos de um relvado; a Fig. 7 é uma ilustração de uma disposição na qual o aparador está montado sobre uma pega alongada; a Fig. 8 é uma secção vertical através de um mini-aparador construído de acordo com o presente invento; 4

ΕΡ 1 422 992 /PT a Fig. 9 é uma vista em plano, em corte parcial, do mini-aparador; a Fig. 10 ilustra o mini-aparador em utilização; as Figs. 11, 12 e 13 ilustram uma maior e mais robusta concretização do presente invento em utilização; a Fig. 14 é uma ilustração em perspectiva de uma outra disposição de rotor e cortador para utilizar em concretizações do presente invento; a Fig. 15 é uma ilustração em perspectiva, parcialmente cortada, de ainda outro rotor para utilizar numa concretização do presente invento e de uma cobertura associada; a Fig. 16 é uma secção vertical através da montagem mostrada na Fig. 15; a Fig. 17 é uma ilustração simplificada de um mecanismo de travagem utilizado em certas concretizações do presente invento; a Fig. 18 é uma ilustração de uma concretização do presente invento em utilização; a Fig. 19 é uma ilustração aumentada de partes seleccionadas da concretização vista na Fig. 18; e a Fig. 20 é uma ilustração de um cortador de relva que concretiza o presente invento.

Na construção do aparador 2 ilustrado nas Figs. 1 a 5 é feita uma vasta utilização de plásticos moldados por injecção. Outras concretizações podem no entanto ser construídas utilizando outros materiais, por exemplo, folhas de metal prensado ou alumínio fundido em molde.

O aparador pode ser visto nas Figs. 2 e 3 como tendo um corpo 4 formado a partir de vários componentes plásticos. Uma porção de pega 6 e uma porção de braço 8 do corpo são ambas definidas por um invólucro 10 o qual está verticalmente dividido em duas metades, unidas entre si durante a montagem na presente concretização por parafusos (não mostrados, embora os furos de parafusos 12 possam ser vistos). Na sua extremidade afastada da porção de pega 6, a porção de braço 8 está unida a uma cobertura 14 geralmente anular, formada como uma moldagem de plástico separada. A cobertura 14 é afunilada para o exterior de cima para baixo e possui um lábio revirado para cima 16 que contribui em rigidez para este componente. A 5

ΕΡ 1 422 992 /PT cobertura também possui uma abertura 18, através da qual o material cortado é impelido em utilização, como será explicado abaixo.

Está contida na cobertura um rotor 20 que será descrito em maior detalhe brevemente. O rotor 20 está montado num veio 22 (como mostra a Fig. 1) o qual está apoiado num rolamento superior 24 montado pela cobertura e também num rolamento inferior 26 montado por uma placa recortada 28. A placa 28 está ela própria montada através da boca mais baixa 19, aberta de outro modo, da cobertura 14 e na presente concretização está recortada para proporcionar uma banda perimetral circular 30 ligada por raios radiais servindo como lâminas estáticas 32 (ver Fig. 3 em particular) a uma porção de cubo central que recebe o rolamento inferior 26.

Acima do rotor 20 uma polia de rotor 34 está fixa sobre o veio. Uma correia de accionamento dentada 36 acopla a polia de rotor a uma polia de motor 38 montada no veio de accionamento de um motor eléctrico 40 montado na porção de pega 6 do invólucro 10. A polia de rotor 34 é de diâmetro superior à polia de motor 38 de maneira que o rotor 20 é accionado para rodar mais lentamente do que o motor 40. A utilização de uma correia de accionamento 36, prolongando-se através da porção de braço 8, permite uma construção particularmente bem equilibrada e atractiva. Em utilização, o peso do aparador é suportado maioritariamente por meio de uma pega principal 42, vista na Fig. 1, mas omitida das Figs. 2 e 3, projectando-se para cima e para a frente a partir da porção de pega 6. Os componentes pesados -motor eléctrico 40 e o rotor 20 e as suas partes associadas -estão de cada lado da pega e portanto equilibram-se uma à outra. Isto é, ao separar estas partes utilizando a correia de accionamento, o centro de gravidade do aparador é posicionado na ou perto da pega principal 42.

Voltando agora às Figs. 4 e 5, a forma preferida do rotor pode ser vista por compreender duas pás 50, 52, formando cada uma 180° de uma hélice de baixo passo. Assim, ao longo do sentido circunferencial, as pás estão ambas inclinadas em relação ao plano de rotação. O bordo de ataque 6

ΕΡ 1 422 992 /PT mais baixo de cada pá é formado como um cortador que se prolonga radialmente. Mais especificamente, na concretização ilustrada, cada um destes bordos 54, 56 está afiado para formar uma lâmina que se prolonga radialmente. Embora o rotor seja formado de plástico, verifica-se que pode ser formado no mesmo um bordo suficientemente durável. Construções alternativas podem utilizar uma lâmina de metal fixa ao rotor, ou em concretizações mais robustas possivelmente um rotor de aço prensado com um bordo de cortador afiado. De facto, a concretização mais preferida compreende um rotor formado principalmente de plástico moldado mas tendo bordos de ataque 54, 56 de metal afiado. Estes bordos de metal são incorporados no rotor durante o processo de moldagem.

As superfícies mais superiores 58, 60 das pás 50, 52 estão aqui referidas como "superfícies de recolha" porque as mesmas servem para recolher material cortado pelas lâminas 54, 56. Estas superfícies são, como pode ser visto, contínuas com a porção do rotor que forma as lâminas 54, 56. À medida que o rotor roda, as superfícies de recolha 58, 60 seguem as lâminas de maneira que o material cortado passe sobre estas superfícies e seja assim recolhido. A seguir às superfícies de recolha 58, 60, e de novo formadas como partes integrais do rotor 20, encontram-se as palhetas erectas 62, 64. Quando as palhetas atingem o material cortado estas fazem com que o mesmo se mova de modo rotativo junto com o rotor e o material é consequentemente também impelido radialmente para fora pela força centrífuga. O efeito é idêntico ao de uma funda. Quando o material atinge a abertura 18 na cobertura o mesmo é consequentemente impelido ao longo de um trajecto geralmente radial através da abertura 18, ao longo de uma conduta curta 66 e então para um receptáculo 68 para recolha de desperdício (mostrado na Fig. 1).

Deve ser notado que o bordo de ataque de uma pá sobrepõe o bordo de fuga da outra. Isto ajuda a prevenir o espalhar do material. Assim, a lâmina 56 está à frente da palheta 64, no sentido circunferencial do percurso, e da mesma forma a lâmina 54 precede a palheta 62 à medida que o rotor roda. A forma do rotor também o equipa para funcionar como um impulsor, arrastando ar para o interior do corpo e em 7

ΕΡ 1 422 992 /PT particular para o interior do receptáculo de recolha 68. Este movimento de ar ajuda na recolha de material cortado. 0 receptáculo 68 de recolha de desperdício está na presente concretização provido de uma moldagem de plástico montada no lado inferior do invólucro 10. É removível para esvaziamento. As Figs. 2 e 3, das quais o receptáculo em si próprio está omitido, mostram um trinco de gatilho 69 por meio do qual o receptáculo 68 é normalmente retido e por meio do qual o utilizador o pode libertar. A acção de corte das lâminas 54, 56 é, até certo ponto, ajudada pelas lâminas estáticas 32 da placa recortada 28, o que tende a manter material tal como relva e os gravetos de cerca viva no seu lugar conforme as lâminas passam para produzir o corte. No entanto, verificou-se ser desnecessário para as lâminas 54, 56 e para as lâminas estáticas 32 entrarem em contacto, e ao separar as lâminas 54, 56 para cima das lâminas estáticas, é reduzido o ruído sem afectar o desempenho do aparador. As lâminas estáticas 28 não necessitam de ser afiadas de maneira a efectuarem a sua função.

Podem ser utilizadas várias concepções das lâminas 54, 56. Podem, por exemplo, ser curvas, como observado ao longo do eixo de rotação, na forma de uma foice. De notar que embora as lâminas tenham sido referidas como prolongando-se radialmente, como devem, isto não implica que as mesmas tenham que ser na realidade paralelas à direcção radial.

As lâminas estáticas podem tomar qualquer de uma variedade de formas. As mesmas podem por exemplo formar uma grelha. A forma precisa de raio vista na Fig. 3 é no entanto considerada vantajosa ao proporcionar um corte aparado. O aparador ilustrado nas Figs. 1 a 5 pode ser suportado com as duas mãos para aparamento de cercas vivas, relva alta, etc. Uma mão segura a porção de pega 6 mais de trás para guiar o dispositivo enquanto que a outra mão segura a pega principal 42 para suportar o seu peso. A segurança é com certeza um importante aspecto da concepção. De forma a impedir que o utilizador insira inadvertidamente qualquer das 8 ΕΡ 1 422 992 /PT mãos nas lâminas rotativas, a presente concretização está adaptada para fazer parar as lâminas no caso de o utilizador largar qualquer das pegas 6, 42. Um primeiro interruptor está formado dentro da porção de pega 6 e controlado por uma almofada alongada 80 que se projecta para a frente a partir da porção de pega 6 (ver Fig. 1). Um segundo interruptor é controlado por uma almofada 82 que está disposta para ser agarrada juntamente com a pega principal 42. A cablagem dos dois interruptores para o motor 40 é tal que só quando for aplicada pressão a ambas as almofadas 80, 82 é que o motor é activado. Preferencialmente, ambos os interruptores estão normalmente em "desligado", sendo comutados para "ligado" apenas por pressão aplicada às suas respectivas almofadas, e encontram-se em série um com o outro. O efeito é que para activar o dispositivo o utilizador deve colocar uma mão na porção de pega 6 (e pressionar a sua almofada 80) e a outra mão na pega principal 42 (e pressionar a sua almofada 42) . Desta forma nenhuma mão pode ir ao encontro das lâminas rotativas. A inércia tende a fazer com que o rotor 20 continue a rodar após ser desligada a corrente ao motor. Para ultrapassar esta tendência o aparador incorpora um mecanismo de travagem o qual é libertado apenas quando o motor é ligado. Para salvaguarda da clarificação em termos de representação, o mecanismo de travagem é omitido das Figs. 1 a 5 mas é ilustrado separadamente na Fig. 17. O mesmo compreende uma montagem de calço de travão 84 dentro da polia de rotor 34, sendo o próprio calço de travão 85 um membro parcialmente circular que suporta um revestimento de travão exterior 86 e estando montado de modo articulado em 87. Uma mola 88 impele o calço de travão 85 a entrar em contacto com a superfície interna da polia 34, para aplicar o travão e parando a polia e consequentemente também o rotor 20. O travão é libertado por meio de um solenoide 90 que actua no calço através de uma linha flexível 89 formada na concretização ilustrada de nylon. A tensão na linha, produzida pelo solenoide em resposta à passagem de corrente eléctrica pelo mesmo, afasta o calço de travão da superfície da polia. 9

ΕΡ 1 422 992 /PT Ο solenoide é energizado apenas quando a corrente do motor está ligada e, por conseguinte, pára a polia 34 quando a corrente ao motor cessa, quer seja porque um dos interruptores é desligado quer seja devido a uma falha eléctrica.

Numa alternativa de construção mais económica (não ilustrada) o solenoide é dispensado e a acção de soltar um ou outro interruptor (ou ambos) causa a libertação do travão, por exemplo, por meio da linha 89 que se dirige a uma das almofadas de interruptor 80, 82. O aparador (ou mais preferencialmente uma versão mais compacta deste, a ser descrita abaixo com referência às Figs. 8 a 10) pode ser utilizado para aparar o rebordo de um relvado e, para este propósito, está montado num transportador com rodas tal como ilustrado na Fig. 6, em que o próprio transportador 100 é visto com uma roda 101 (pode ser utilizado em vez disso um patim) acoplada através de um elemento vertical 102 e um braço espaçador 104 a uma pega alongada 106. O próprio aparador é indicado por 108, estando montado sobre o transportador 100 com o eixo de rotação do rotor geralmente na horizontal. Por conseguinte, as lâminas do aparador (elas próprias não visíveis nestes desenhos) estão voltadas para o rebordo 110 do relvado de maneira a aparar o rebordo do relvado. A roda suporta e guia o aparador à medida que este se move ao longo do rebordo do relvado.

Nesta configuração, não é utilizado o receptáculo de recolha de desperdício 68. Em vez disso, a saída da conduta 66 do aparador é conduzida através de um tubo flexível 112 para um receptáculo de desperdício separado, tal como um saco. O receptáculo em separado, ele próprio não ilustrado, não necessita de ser transportado com o aparador e por isso pode ter um volume maior do que o receptáculo de recolha de desperdício 68. O receptáculo pode por exemplo ser um saco colocado no chão e ligado ao aparador através de um tubo flexível.

Verifica-se que o escoamento de ar devido à acção impulsora do rotor 20, a juntar ao efeito de funda do rotor, serve para impelir o material de desperdício ao longo do tubo 10

ΕΡ 1 422 992 /PT 112. Ο escoamento de ar também ajuda no enchimento do saco de recolha e assim prepara-o para receber o material. Um tubo colapsável, por exemplo de plástico fino, pode ser utilizado pois também ele é enchido em utilização pela acção impulsora do rotor.

Uma outra configuração na qual o aparador, ou uma versão mais pequena e mais leve do mesmo, pode ser utilizado está ilustrada na Fig. 7. O aparador é aqui rotulado por 200 e está acoplado, e inclinado, a uma pega alongada 202 que suporta um saco de desperdício 204 ao qual é alimentada a saida do aparador. Aqui o utilizador, segurando a pega 202, suporta o peso do aparador e movimenta-o sobre o chão a aparar, por exemplo, relva comprida.

Uma outra concretização do invento está ilustrada nas Figs. 8, 9 e 10.

Esta versão é um mini-aparador 300 a ser seguro numa mão, preferencialmente por meio de uma cinta 302 tal como o torna claro a Fig. 10. O mini-aparador compreende um invólucro 304 dentro do qual está montado um motor eléctrico 306 cujo fornecimento de energia vem através de um cabo de fornecimento 308. Enquanto que o mini-aparador pode ser alimentado pela rede geral de electricidade, a presente concretização é alimentada a partir de um conjunto de baterias separado 310 transportadas no cinto do utilizador (ver Fig. 10) e ligadas ao aparador através do cabo 308. O conjunto de baterias também suporta um interruptor que corta a energia ao mini-aparador se for libertado. Portanto o utilizador deve, como na Fig. 10, manter uma mão sobre o interruptor da bateria enquanto que a outra mão opera um interruptor adicional 311 no invólucro do mini-aparador. Isto é uma caracteristica de segurança, ajudando a assegurar que o utilizador não consiga magoar uma mão ao chegá-la ao cortador do mini-aparador enquanto estiver a funcionar. O motor eléctrico 306 suporta uma polia de motor 312 que acciona uma polia de rotor 314 através de uma correia dentada 316 e como dantes a polia de motor é a mais pequena das duas 11

ΕΡ 1 422 992 /PT polias, proporcionando assim uma redução de velocidade no accionamento do rotor. Rolamentos superior e inferior 318, 320 apoiam um veio 322 suportando quer a polia de rotor 314 quer o rotor 324. Nesta concretização, o rotor tem uma hélice de três voltas de duplo arranque formada por um par de pás helicoidais 326, 328 que terminam nas suas extremidades inferiores em lâminas que se prolonqam radialmente, uma das quais é vista em 330. É mostrada uma placa recortada por 332, estando disposta na boca mais baixa, aberta de outro modo, do invólucro 304. Tal como anteriormente, a placa recortada serve como lâmina fixa, melhorando a acção de corte.

Um trajecto de transporte do material cortado para fora do interior do invólucro 304 é proporcionado através de uma abertura 334 que conduz através de uma conduta curta 336 a um saco de desperdício 338. Na concretização ilustrada o saco de desperdício está pendurado por baixo do braço do utilizador mas pode por exemplo ser transportado à maneira de uma mochila, caso em que o tubo iria conduzir-se da conduta 336 até ao saco de desperdício. O mini-aparador está bem adaptado para trabalho leve ou de precisão, tal como o aparar de sebes ou mesmo topiaria.

Uma maior e mais potente concretização do presente invento está ilustrada em utilização nas Figs. 11, 12 e 13. Esta versão é um aparador montado num veículo para utilização, por exemplo, em quintas ou em parques para tais tarefas tais como cortar arbustos, fileiras de sebes e até mesmo árvores jovens. O aparador em si é visto em 400 e embora os seus componentes internos não estejam ilustrados os mesmos compreendem de novo um rotor (formado nesta concretização de metal) provido de lâminas de corte e adaptado para expelir desperdício de modo centrífugo, o qual passa ao longo de uma conduta flexível 402 para um reboque 404 na presente configuração. O accionamento para o rotor pode nesta concretização ser proporcionado por um motor hidráulico accionado a partir do sistema hidráulico de um tractor 408.

Um braço móvel hidraulicamente 406 suporta o aparador e permite preferencialmente que o ângulo do mesmo seja 12

ΕΡ 1 422 992 /PT hidraulicamente alterado. O braço está montado sobre o reboque 404, puxado por exemplo pelo tractor 408 para mover o aparador ao longo da fileira de sebes 410. O braço pode alternativamente ser disposto na plataforma hidráulica do tractor.

Uma versão grande e potente deste tipo de concretização pode ser utilizada no abate e processamento de árvores, como as Figs. 12 e 13 o tornam claro. O aparador 400 é primeiro utilizado para remover ramos 420 (Fig. 12) e é depois avançado pelo tronco 422 abaixo para reduzir o mesmo em pequenos toros que são, tal como antes, expelidos de modo centrífugo para uma conduta 402, formada neste desenho como um tubo robusto.

Esta concretização possui uma disposição de rotor e cortador, ilustrada na Fig. 14, que não utiliza uma lâmina como tal para cortar material. Em vez disso, as pás de rotor helicoidal de duplo arranque 502, 504 suportam ambas uma respectiva roda dentada exterior 506. Uma serra de corrente 508 é conduzida à volta de ambas as rodas dentadas e é accionada por uma roda dentada central de accionamento 510. A disposição proporciona desta maneira uma serra de corrente rotativa para servir como cortador e é desta maneia capaz de uma acção de corte rápido e potente. Tal como anteriormente, o rotor serve para recolher material cortado e para impelir de modo centrífugo o mesmo para um receptáculo de desperdício (não mostrado).

Esta disposição de rotor e cortador pode alternativamente ser utilizada na redução de lenha caída a lascas de madeira, sendo um tronco alimentado para cima dos cortadores (tipicamente pelo seu próprio peso, estando o rotor/cortador montado com os cortadores mais acima e descendo o tronco para os mesmos à medida que o mesmo é convertido em lascas) e sendo as lascas impelidas pelo rotor para um receptáculo de recolha.

Está ainda ilustrada uma outra construção do rotor nas Figs. 15 e 16. Aqui, o rotor 600 possui de novo uma hélice de duplo arranque 602 que termina num par de lâminas de corte 604. Também se vê na Fig. 15 uma lâmina fixa 606 que se 13

ΕΡ 1 422 992 /PT prolonga radialmente formada por uma placa recortada 608. Tal como nas concretizações anteriores o rotor está rodeado por uma cobertura, etiquetada por 610 nestes desenhos, a partir da qual um canal de recolha ou conduta 612 se prolonga para ligação a um receptáculo de desperdício.

Nesta concretização, no entanto, o rotor helicoidal está rodeado numa região inferior por uma saia helicoidal 614. Consequentemente, o rotor actua na forma de um verdadeiro parafuso de arquimedes, sendo o material cortado impelido desta maneira para cima à medida que as voltas inferiores do hélice se movem ao passar no material. Só quando o material está acima da saia 64 é que o material é projectado para fora do rotor para o canal 612.

As Figs. 18 e 19 ilustram uma disposição de recolha de desperdício alternativa para utilizar com o aparador 2 ilustrado nas Figs. 1 a 5. Nas Figs. 18 e 19 o receptáculo 68 foi removido e substituído por um saco 700 formado nesta concretização como um saco impermeável em polietileno alimentado através de uma mangueira estendida 72 de paredes finas e flexível, onde a boca está presa à conduta 66 por um anel de tensão 704, formado nesta concretização por borracha. O desperdício passa através da mangueira 702 para o saco 700, o qual proporciona um volume maior para recepção de desperdício do que o receptáculo 68. O saco 700 e a mangueira 702 são cheios com ar proveniente da conduta 66, ajudando a manter a mangueira 702 de paredes finas livre para passagem de material. No entanto, não existe uma passagem de ar na

mangueira e no saco, visto ambos serem impermeáveis. A alimentação de material de desperdício é conseguida aqui devido ao efeito de "funda" do rotor e pela gravidade. A Fig. 20 ilustra outra concretização do presente invento na forma de um cortador de relva. Um chassis 800 com rodas suporta um par de cabeças de corte 802, 804 dispostas lado a lado (isto é, separadas lateralmente) e cada uma utilizando um rotor do tipo geral visto nas Figs. 1 a 5 para cortar relva e expeli-la ao longo das condutas respectivas 806, 808 que alimentam uma conduta comum 810, ela própria conduzindo a um saco de recolha 812. Os rotores (escondidos da vista no desenho pelas suas coberturas respectivas 814, 14 ΕΡ 1 422 992 /PT 816) partilham um accionamento motorizado 818 que pode ser um motor eléctrico ou um motor de combustão interna.

Lisboa,

Claims (21)

1. ΕΡ 1 422 992 /PT 1/4 REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo de corte rotativo que compreende um corpo (4), um rotor (20, 324) alojado no corpo (4) adjacente a uma abertura (19) no mesmo, estando o rotor apoiado sobre o corpo para rotação em torno de um eixo, e um accionamento motorizado (34, 36, 38, 40, 306, 312, 314, 316) montado no corpo para accionar de modo rotativo o rotor, em que o rotor tem pelo menos uma pá (50, 52, 326, 328, 502, 504) que possui um bordo de ataque (54, 56, 330, 508) que se prolonga radialmente em relação ao eixo e serve como cortador, estando exposto ao exterior do corpo em virtude da abertura acima mencionada de modo que possa ser contactado com material a ser cortado, sendo o dispositivo caracterizado por a pá proporcionar uma superfície de recolha (58, 60) que está virada para o interior do corpo e que segue o cortador à medida que o rotor roda, estando a superfície de recolha (58, 60) inclinada, ao longo do sentido circunferencial, em relação ao seu plano de rotação de modo a impelir o material cortado para o corpo (4), e por o rotor estar rodeado por uma parede (14) substancialmente anular adjacente do corpo, tendo a parede uma abertura (18, 334) que conduz a um canal de recolha substancialmente tangencial (66, 336, 612) formado pelo corpo, tal que o material cortado passe sobre a superfície de recolha e seja desse modo recolhido para uma região definida entre o corpo e o rotor, e seja então expelido de modo centrífugo pela acção do rotor, pelo que o material cortado é impelido para o canal de recolha.
2. 2. Dispositivo tal como reivindicado na reivindicação 1, em que a superfície de recolha (58, 60) é seguida, à medida que o rotor roda, por uma superfície de palheta erecta (67, 69) formada pelo rotor por meio da qual o material cortado é expelido de modo centrífugo.
3. 3. Dispositivo tal como reivindicado na reivindicação 1 ou reivindicação 2, em que a superfície de recolha (58, 60) é substancialmente helicoidal.
4. 4. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer das reivindicações 1 a 3, em que o rotor (20, 324) compreende pelo menos duas pás (50, 52, 326, 328, 502, 504), tendo cada ΕΡ 1 422 992 /PT 2/4 uma um bordo de ataque (54, 56, 330, 508) servindo como um cortador, e uma superfície de recolha (58, 60).
5. 5. Dispositivo tal como reivindicado na reivindicação 4, em que o bordo de ataque (54, 56, 330, 508) de cada pá (50, 52, 326, 328, 502, 504) precede o bordo de fuga de outra, à medida que o rotor (20, 324) roda.
6. 6. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, em que o rotor (20, 324) tem uma forma para funcionar como um impulsor, impelindo ar para dentro do corpo (4).
7. 7. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, em que o accionamento motorizado é um motor eléctrico (40, 306) acoplado ao rotor (20, 324) por um accionamento por correia (34, 36, 38, 306, 314, 316) e alojado no corpo (4).
8. 8. Dispositivo tal como reivindicado na reivindicação 7, que tem uma pega de transporte (42) formada por ou acoplada ao corpo numa região entre o rotor e o motor.
9. 9. Dispositivo tal como reivindicado na reivindicação 8 para utilização com duas mãos, tendo uma segunda pega (6) formada por ou acoplada a uma região de extremidade do corpo afastada do rotor (20).
10. 10. Dispositivo tal como reivindicado na reivindicação 9, em que a dita região de extremidade do corpo aloja o motor (40) .
11. 11. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, em que o rotor (20, 324) e o cortador (54, 56, 330) compreendem uma moldagem de plástico unitária.
12. 12. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, em que pelo menos uma lâmina fixa é proporcionada adjacente ao plano de rotação do cortador. ΕΡ 1 422 992 /PT 3/4
13. 13. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer das reivindicações 1 a 9, adaptado para ser transportado e utilizado com uma mão.
14. 14. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, o qual está liqado electricamente a um conjunto de baterias (310) separado para accionar o accionamento motorizado, o qual é formado como um motor eléctrico, suportando o conjunto de baterias um interruptor que pára o dispositivo se for libertado.
15. 15. Dispositivo tal como reivindicado na reivindicação 14, em que o conjunto de baterias está acoplado a um arnês por meio do qual o conjunto de baterias (310) pode ser utilizado sobre o corpo do utilizador.
16. 16. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente montado sobre um meio de transporte com rodas (100, 800) com uma peqa erecta.
17. 17. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, em que é proporcionada uma saia (614) a qual rodeia pelo menos uma porção inferior do rotor e roda com o mesmo.
18. 18. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, que compreende um par de interruptores (80, 82) montados em localizações separadas de modo que ao utilizador seja requerida a utilização de ambas as mãos para activar os respectivos interruptores de maneira a activar o accionamento motorizado, o qual é desactivado após a libertação de qualquer dos interruptores.
19. 19. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, que compreende um travão de rotor (84, 88, 89, 90) o qual é automaticamente aplicado quando da desactivação do accionamento motorizado.
20. 20. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, o qual é um dispositivo para horticultura ou agricultura. EP 1 422 992 /PT 4/4
21. 21. Dispositivo tal como reivindicado em qualquer reivindicação precedente, no qual a parede (14) substancialmente anular do direcção da abertura. corpo é afunilada para fora na Lisboa,