BRPI0809624A2 - Probióticos para redução do risco de obesidade - Google Patents

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BRPI0809624A2
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Seppo Salminen
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Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "PROBIÓTICOS PARA REDUÇÃO DO RISCO DE OBESIDADE".
Campo da Invenção
A presente invenção refere-se à administração pré e / ou pós5 nascimento a um bebê de bactérias probióticas capazes de promover uma microflora bifidogênica prematura do aparelho digestivo com a intenção de reduzir o risco da criança desenvolver obesidade posteriormente na vida. Antecedentes da Invenção
A prevalescência de obesidade e sobrepeso em adultos, crianças e adolescentes tem aumentado rapidamente durante os últimos 30 anos nos Estados Unidos e globalmente, e continua a aumentar. Sobrepeso e obesidade são classicamente definidos com base na porcentagem de gordura corporal ou, mais recentemente, o índice de massa corpórea ou IMC. O IMC é definido como a razão de peso em Kg dividida pela altura em metros quadrados. Como sobrepeso e obesidade tornam-se mais prevalentes em todos os grupos de idade, é inevitável que o número de mulheres que dão à Iuz que também estão obesas ou acima do peso aumente. É conhecido que mulheres acima do peso ou obesas que engravidam têm um risco maior de desenvolver diabetes gestacional. Hiperglicemia materna pode levar a bebês com tamanho de corpo e massa gorda aumentados, e tais bebês são eles mesmos propensos a desenvolver obesidade e diabetes posteriormente na infância ou na vida adulta. Além disso, pesquisa recente sugeriu que mulheres obesas que possuem tolerância normal à glicose dão a Iuz a bebês com uma massa gorda mais alta do que aqueles nascidos de mulheres que não são obesas.
Uma quantidade crescente de evidência científica sugere que bebês nascidos de mães acima do peso ou obesas têm um risco maior de se tornarem obesos ou com sobrepeso posteriormente na vida do que bebês nascidos de mães que não são obesas ou estão acima do peso. Esta pre30 disposição parece ser maior se ambos os pais são afetados. Sobrepeso ou obesidade de infância atualmente afeta 18 milhões de crianças menores do que cinco anos de idade em todo o mundo. Quase 30% das crianças e adoIescentes norte-americanos e entre 10 e 30% das crianças europeias estão acima do peso ou são obesas.
A obesidade é em geral vista como resultante de uma combinação de ingestão de energia excessiva com um estilo de vida sedentário. Es5 tes fatores são claramente importantes. Mais recentemente, foi sugerido que inflamação sistêmica de grau baixo e uma microbiota subótima do aparelho digestivo também podem estar implicados (Fantuzzi G. "Adipose tissue, adipokines, and inflammation" J Allergy Clin Immunol. 2005;l 15:911- 919,. Backhed F, Ding H, Wang T, et al. "The gut microbiota as an environmental fac10 tor that regulates fat storage" Proc Natl Acad Sci USA. 2004; 101 : 15718- 15723).
Meta-análises recentes concluíram que ter mamado no peito está associado com uma probabilidade reduzida de 13 - 22% de sobrepeso ou obesidade na infância e que a duração da amamentação no peito está inver15 samente associada com o risco de sobrepeso (Owen CG, Martin RM, Whincup PH, Smith GD, Cook DG. "Effect of infant feeding on the risk of obesity across the Iife course: a quantitative review of published evidence" Pediatrics. 2005;l 15: 1367-1377, Arenz S, Ruckerl R, Koletzko B, von Kries R. "Breast-feeding and childhood obesity: a systemic review" Int J obes Relat 20 Metab Disord. 2004;28: 1247-1256, Harder T, Bergmann R, Kallischnigg G, Plagemann A. "Duration of breastfeeding and risk of overweight: a metaanalysis" Am J Epidemiol. 2005; 162:397-403).
Há claramente uma necessidade de proporcionar métodos para lidar com o risco de sobrepeso e obesidade, particularmente durante a infância.
Sumário da Invenção
Mudança na microbiota intestinal particularmente durante o período maturacional crítico da infância precoce, já foi associada ao desenvolvimento de condições inflamatórias, tal como alergia. Uma possível relação 30 entre obesidade e asma também foi sugerida. Juntas, estas considerações levaram os presentes inventores a investigar a possibilidade de uma relação entre microbiota intestinal em bebês e o ganho de peso posterior naqueles bebês.
Durante um estudo de acompanhamento prospectivo sobre probióticos em doença alérgica (descrito em mais detalhes em Kalliomaki et al., "Probiotics in primary prevention of atopic disease: a randomised placebo5 controlled trial", Lancet 2001; 357: 1076 - 1079), os presentes inventores surpreendentemente verificaram que os índices de peso e massa corpóreos na idade de 4 anos de crianças que receberam probióticos são inferiores do que aqueles de crianças que receberam um placebo.
Por conseqüência, em um primeiro aspecto a presente invenção 10 proporciona o uso de bactérias probióticas capazes de promover o desenvolvimento de uma microbiota intestinal bifidogênica prematura na fabricação de um medicamento ou composição nutricional terapêutica para redução do risco de desenvolvimento de sobrepeso ou obesidade de um bebê posteriormente na vida.
A invenção estende-se a um método de redução do risco de um
bebê desenvolver obesidade posteriormente na vida, proporcionando a um bebê, em necessidade do mesmo, bactérias probióticas capazes de promover o desenvolvimento de uma microbiota intestinal bifidogênica prematura.
Sem desejar estarem vinculados à teoria, os inventores acreditam que diferenças, desvios e / ou aberrações na microbiota intestinal, particularmente com relação à proporção de Bifidobactérias que estão presentes, podem anteceder o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade. Especificamente, o estabelecimento de uma microbiota fortemente bifidogênica, prematura pode proporcionar proteção contra o desenvolvimento posterior de sobrepeso e obesidade. Deve ser notado que, no bebê que mamou no peito, Bifidobactérias formam a base da microbiota somando 60 - 90% das bactérias totais do aparelho digestivo do bebê. Mamar no peito também promove o desenvolvimento de barreiras intestinais que, juntas com domínio bifidobacteriano, levam à absorção aumentada e, portanto, utilização de nutrição ingerida.
A microbiota intestinal desempenha um importante papel na hidrólise de oligossacarídeos e polissacarídeos não-digeríveis em monossacarídeos absorvíveis e ativação de Iipase de lipoproteína através de ação direta no epitélio viloso. Ainda, foi recentemente demonstrado que o leite humano contém não apenas oligossacarídeos, mas também Bifidobactérias. Ao mesmo tempo, estudos genômicos mostraram convincentemente que Bifodi5 bactérias presentes no aparelho intestinal de bebês que mamaram no peito, tal como Bifidobacterium longum, são especialmente equipadas para utilizar oligossacarídeos do leite do peito como nutrientes. Bifidobacterium longum também é adaptada às condições no intestino grosso, onde ocorre a colheita de energia a partir de carboidratos lentamente absorvíveis.
Descrição Detalhada da Invenção
Neste relatório descritivo, os termos a seguir têm os seguintes significados:
"índice de massa corpórea" ou "IMC" significa a proporção de peso em Kg dividido pela altura em metros quadrados.
"Microbiota intestinal bifidogênica prematura" significa, para be
bês de até 12 meses de idade, uma microbiota intestinal que é dominada por Bifidobactérias, tal como Bifidobacterium breve, Bifidobaeterium infantis e Bifidobaeterium longum com a exclusão de populações apreciáveis de tais espécies, como Clostridia e Streptococci, e que é geralmente comparável àquela encontrada em bebês que mamaram no peito.
"Bebê" significa uma criança abaixo de 12 meses de idade.
"Sobrepeso" é definido para um adulto que tem um IMC entre 25
e 30.
"Obeso" é definido para um adulto que tem um IMC maior do
que 30.
"Probiótico(a)" significa preparações de célula microbiana ou componentes de células microbianas com um efeito benéfico sobre a saúde ou bem-estar do hospedeiro. (Salminen S, Ouwehand A. Benno Y. et al "Probiotics: how should they be defined" Trends Food Sei. Technol. 1999: 10 107-10).
Todas as referências a porcentagens são porcentagens por peso, a menos que de outra forma indicado. As bactérias probióticas capazes de promover o desenvolvimento de uma microbiota intestinal bifidogênica prematura são administradas ao bebê pelo menos durante os dois primeiros meses da vida do bebê. De preferência, elas são administradas à mulher grávida por pelo menos duas se5 manas antes do parto e após o parto no bebê recém-nascido por pelo menos dois meses. Após o parto, a administração pode ser ou através da amamentação materna ou diretamente ao bebê recém-nascido.
As bactérias probióticas podem ser quaisquer bactérias ácidas láticas ou Bifidobactérias com características probióticas estabelecidas que também são capazes de promover o desenvolvimento de uma microbiota intestinal bifidogênica prematura. Bactérias ácidas láticas probióticas adequadas incluem Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 obtenível, entre outros, a partir da Valio Ou Finland sob a marca LGG e Laetobacillus rhamnosus CGMCC 1,3724. Cepas de Bifidobactérias probióticas adequadas incluem Bifidobaeterium Iaetis CNCM 1-3446 vendida, entre outros, por Christian Hansen Company da Dinamarca, sob a marca Bb 12, Bifidobaeterium longum ATCC BAA-999 vendida por Morinaga Milk Industry Co. Ltd. do Japão, sob a marca BB536, a cepa de Bifidobaeterium breve vendida por Danisco sob a marca Bb-03, a cepa de Bifidobaeterium breve vendida por Morinaga sob a marca M- 16V e a cepa de Bifidobaeterium breve vendida por Institut Roseli (LaIIemand) sob a marca R0070. Uma mistura de bactérias ácidas láticas probióticas adequadas e Bifidobactérias pode ser usada.
Uma dose diária adequada da bactéria probiótica é de 10e5 a 10e11 unidades formadoras de colônia (cfu), mais preferivelmente de 10e7 a 10e10cfu.
As bactérias probióticas podem ser administradas tanto à mulher grávida antes do nascimento quanto à mãe após o nascimento como um suplemento na forma de comprimidos, cápsulas, pastilhas, goma de mascar ou um líquido, por exemplo. O suplemento pode ainda conter hidrocolóides 30 protetores (tais como gomas, proteínas, amidos modificados), aglutinantes, agentes formadores de película, agentes / materiais de encapsulamento, materiais da parede / casca, compostos de matriz, revestimentos, emulsificantes, agentes ativos em superfície, agentes solubilizantes (óleos, gorduras, ceras, lecitinas, etc.), adsorventes, veículos, enchimentos, cocompostos, agentes de dispersão, agentes de umidificação, auxiliares de processamento (solventes), agentes de fluxo, agentes mascaradores de sabor, fluidizantes, 5 agentes de peso, agentes gelificantes, agentes formadores de gel, antioxidantes e antimicrobianos. O suplemento também pode conter aditivos e adjuvantes farmacêuticos convencionais, excipientes e diluentes, incluindo, mas não limitados a, água, gelatina de qualquer origem, gomas vegetais, lignossulfonato, talco, açúcares, amido, goma arábica, óleos vegetais, polial10 quileno glicóis, agentes aromatizantes, conservantes, estabilizantes, agentes emulsificantes, tampões, lubrificantes, corantes, agentes de umidificação, enchimentos e similares. Em todos os casos, tais componentes adicionais serão selecionados com relação à sua adequabilidade para o fim pretendido.
De modo alternativo, as bactérias probióticas podem ser administradas a mulheres grávidas na forma de uma composição nutricional terapêutica, A composição pode ser uma fórmula nutricionalmente completa.
Uma fórmula nutricionalmente completa para administração a mulheres grávidas, de acordo com a invenção, pode compreender uma fonte de proteína. Qualquer proteína dietética adequada pode ser usada, por e20 xemplo, proteínas animais (tais como proteínas do leite, proteínas da carne e proteínas do ovo); proteínas vegetais (tal como proteína da soja, proteína do trigo, proteína do arroz e proteína da ervilha); misturas de aminoácidos livres; ou combinações dos mesmos. Proteínas do leite, tal como caseína e soro, e proteínas da soja são particularmente preferidas. A composição tam25 bém pode conter uma fonte de carboidratos e uma fonte de gordura.
Se a fórmula incluir uma fonte de gordura em adição ao DHA, a fonte de gordura preferivelmente proporciona 5% a 40% da energia da fórmula, por exemplo, 20% a 30% da energia. Um perfil de gordura adequado pode ser obtido usando uma combinação de óleo de canola, óleo de milho e óleo de girassol de ácido oléico superior.
Uma fonte de carboidrato pode ser adicionada à fórmula. Ela preferivelmente proporciona 40% a 80% da energia da fórmula. Qualquer carboidrato adequado pode ser usado, por exemplo, sacarose, lactose, glicose, frutose, sólidos de xarope de milho, maltodextrinas e misturas dos mesmos. Fibra dietética também pode ser adicionada, se desejado. A fibra dietética passa através do intestino delgado não-digerida por enzimas e fun5 ciona como um agente de volume natural e laxativo. A fibra dietética pode ser solúvel ou insolúvel e em geral uma combinação dos dois tipos é preferida. Fontes adequadas de fibra dietética incluem soja, ervilha, aveia, pectina, goma guar, goma arábica, fruto-oligossacarídeos, galacto-oligossacarídeos, sialil-lactose e oligossacarídeos derivados de leites animais. Uma combina10 ção preferida de fibra é uma mistura de inulina com fruto-oligossacarídeos de cadeia mais curta. De preferência, se a fibra está presente, o conteúdo de fibra é entre 2 e 40 g/l da fórmula conforme consumida, mais preferivelmente entre 4 e 10 g/l.
A fórmula também pode conter minerais e micronutrientes, tais 15 como elementos traço e vitaminas, de acordo com as recomendações do Órgãos Governamentais, tal como a USRDA. Por exemplo, a fórmula pode conter por dose diária um ou mais dos micronutrientes a seguir nas faixas dadas: 300 a 500 mg de cálcio, 50 a 100 mg de magnésio, 150 a 250 mg de fósforo, 5 a 20 mg de ferro, 1 a 7 mg de zinco, 0,1 a 0,3 mg de cobre, 5 a 20 200 pg de iodo, 5 a 10 pg de selênio, 1000 a 3000 pg de beta-caroteno, 10 a 80 mg de Vitamina C, 1 a 2 mg de Vitamina B1, 0,5 a 1,5 mg de Vitamina B6, 0,5 a 2 mg de Vitamina B2, 5 a 18 mg de niacina, 0,5 a 2,0 pg de Vitamina B12, 100 a 800 pg de ácido fólico, 30 a 70 pg de biotina, 1 a 5 pg de Vitamina D, 3 a 10 IU de Vitamina E.
Um ou mais emulsificantes de grau alimentar podem ser incorpo
rados à fórmula, se desejado; por exemplo, ésteres de ácido dicetil tartárico de mono e diglicerídeos, Iecitina e mono e diglicerídeos. Sais e estabilizantes similarmente adequados podem ser incluídos.
A fórmula é de preferência entericamente administrável; por exemplo, na forma de um pó para reconstituição com leite ou água.
As bactérias probióticas podem ser convenientemente administradas a bebês em uma fórmula infantil. Uma fórmula infantil para uso, de acordo com a presente invenção, pode conter uma fonte de proteína em uma quantidade de não mais do que 2,0 g/100 kcal, de preferência 1,8 a 2,0 g/100 kcal. Não se acredita que o tipo de proteína seja crítico para a presente invenção, desde que os requisitos mínimos para conteúdo de aminoácido 5 essencial sejam alcançados e crescimento satisfatório seja assegurado, embora seja preferido que mais do que 50% por peso da fonte de proteína seja soro. Desse modo, as fontes de proteína à base de soro, caseína e misturas dos mesmos podem ser usadas, assim como fontes de proteína à base de soja. No que diz respeito às proteínas do soro, a fonte de proteína pode ser 10 à base de soro ácido ou soro doce ou misturas dos mesmos, e pode incluir alfa-lactalbumina e beta-lactoglobulina em quaisquer proporções desejadas.
As proteínas podem estar intactas ou hidrolisadas ou uma mistura de proteínas intactas e hidrolisadas. Pode ser desejável fornecer proteínas parcialmente hidrolisadas (grau de hidrólise entre 2 e 20%), por exempio, para bebês que se acredita estarem em risco de desenvolver alergia a leite de vaca. Se proteínas hidrolisadas são requeridas, o processo de hidrólise pode ser realizado como desejado e conforme é conhecido na técnica. Por exemplo, um hidrolisato de proteína de soro pode ser preparado enzimaticamente hidrolisando a fração de soro em uma ou mais etapas. Se a fração de soro usada como o material de partida é substancialmente livre de Iactose, verifica-se que a proteína sofre muito menos bloqueio de Iisina durante o processo de hidrólise. Isto possibilita que a extensão do bloqueio de Iisina seja reduzida de cerca de 15% por peso do total de Iisina a menos do que cerca de 10% por peso de lisina; por exemplo, cerca de 7% por peso de Iisina, o que aumenta grandemente a qualidade nutricional da fonte de proteína.
A fórmula infantil pode conter uma fonte de carboidrato. Qualquer fonte de carboidrato convencionalmente encontrada em fórmulas infantis, tal como lactose, sacarose, maltodextrina, amida e misturas dos mes30 mos, pode ser usada, embora a fonte preferida de carboidrato seja lactose. De preferência, as fontes de carboidrato contribuem entre 35 e 65% da energia total da fórmula. A fórmula infantil pode conter uma fonte de lipídios. A fonte de lipídio pode ser qualquer lipídio ou gordura que seja adequado para uso em fórmulas infantis. Fontes de gordura preferidas incluem oleína de palma, óIeo de girassol oléico superior e óleo de cártamo oléico superior. Os ácidos 5 Iinoleico e α-linoleico de ácidos graxos essenciais também podem ser adicionados como pequenas quantidades de óleos contendo altas quantidades de ácido araquidônico e ácido docosahexaenóico pré-formados, tais como óleos de peixe e óleos microbianos. No total, o conteúdo de gordura é preferivelmente de modo a contribuir entre 30 a 55% da energia total da fórmula. 10 A fonte de gordura preferivelmente tem uma proporção de n-6 a n-3 ácidos graxos de cerca de 5:1 a cerca de 15:1, por exemplo, cerca de 8:1 a cerca de 10:1.
A fórmula infantil também pode conter todas as vitaminas e minerais entendidos como essenciais na dieta diária e em quantidades nutri15 cionalmente significantes. Requisitos mínimos foram estabelecidos para certas vitaminas e minerais. Exemplos de minerais, vitaminas e outros nutrientes opcionalmente presentes na fórmula infantil incluem vitamina A, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B12, vitamina E, vitamina K, vitamina C, vitamina D, ácido fólico, inositol, niacina, biotina, ácido pantotênico, coli20 na, cálcio, fósforo, iodo, ferro, magnésio, cobre, zinco, manganês, cloro, potássio, sódio, selênio, cromo, molibdênio, taurina e L-carnitina. Minerais são usualmente adicionados em forma de sal. A presença e quantidades de minerais específicos e outras vitaminas irão variar dependendo da população infantil destinada.
Se necessário, a fórmula infantil pode conter emulsificantes e
estabilizantes, tal como Iecitina de soja, ésteres de ácido cítrico de mono e diglicerídeos e similares.
A fórmula infantil pode opcionalmente conter outras substâncias que podem ter um efeito benéfico, tais como fibras, lactoferrina, nucleotídeos, nucleosídeos e similares.
Tanto a fórmula infantil quanto a fórmula nutricional descritas acima podem ser preparadas de qualquer maneira adequada. Por exemplo, elas podem ser preparadas através da combinação da proteína, da fonte de carboidrato e da fonte de gordura em proporções apropriadas. Se usados, os emulsificantes podem ser incluídos neste ponto. As vitaminas e minerais podem ser adicionados neste ponto, porém são usualmente adicionados poste5 riormente para evitar degradação térmica. Quaisquer vitaminas lipofílicas, emulsificantes e similares podem ser dissolvidos na fonte de gordura antes da combinação. Água, de preferência que tenha sido submetida à osmose reversa, pode então ser misturada para formar uma mistura líquida. A temperatura da água é convenientemente cerca de 50 0C a cerca de 80 0C para 10 auxiliar a dispersão dos ingredientes. Liquefadores comercialmente disponíveis podem ser usadas para formar a mistura líquida. A mistura líquida é então homogeneizada; por exemplo, em dois estágios.
A mistura líquida pode então ser termicamente tratada para reduzir cargas bacterianas, rapidamente aquecendo-se a mistura líquida a 15 uma temperatura na faixa de cerca de 80°C a cerca de 150°C por cerca de 5 segundos a cerca de 5 minutos, por exemplo. Isto pode ser realizado através de injeção de vapor, autoclave ou por trocador de calor; por exemplo, um trocador de calor tipo placa.
Então, a mistura líquida pode ser resfriada para cerca de 60 0C a 20 cerca de 85 °C; por exemplo, por resfriamento instantâneo. A mistura líquida pode então ser novamente homegeneizada; por exemplo, em dois estágios em cerca de 10 MPa a cerca de 30 MPa no primeiro estágio e cerca de 2 MPa a cerca de 10 MPa no segundo estágio. A mistura homogeneizada pode então ser adicionalmente resfriada para adicionar quaisquer componen25 tes sensíveis ao calor; tais como vitaminas e minerais. O pH e teor de sólidos da mistura homogeneizada são convenientemente ajustados neste ponto.
A mistura homogeneizada é transferida para um aparelho secador adequado, tal como um secador por pulverização ou secador por congelamento e convertida em pó. O pó pode ter um teor de umidade de menos do que cerca de 5% por peso.
As bactérias probióticas selecionadas podem ser cultivadas de acordo com qualquer método adequado e preparadas para adição à fórmula nutricional ou infantil por secagem por congelamento ou secagem por pulverização, por exemplo. De modo alternativo, as preparações bacterianas podem ser compradas de fornecedores especialistas, tal como Christian Han5 sen e Valio, já preparadas de uma forma adequada para adição a produtos alimentícios, tais como fórmulas nutricionais e infantis. As bactérias probióticas podem ser adicionadas à fórmula em uma quantidade entre 10e3 e 10e12 cfu/g de pó, mais preferivelmente entre 10e7 e 10e12 cfu/g de pó.
A invenção será agora adicionalmente ilustrada por referência aos exemplos a seguir:
Exemplo 1
Um exemplo da composição de uma fórmula infantil adequada a
ser usada na presente invenção é dado abaixo:
Nutriente Por 10O kcal Por litro Energia (kcal) 100 670 Proteína (g) 1,83 12,3 Gordura (g) 5,3 35,7 Ácido Iinoleico (g) 0,79 5,3 Ácido α-linoleico (mg) 101 675 Lactose (g) 11,2 74,7 Minerais (g) 0,37 2,5 Na (mg) 23 150 L (mg) 89 590 Cl (mg) 64 430 Ca (mg) 62 410 P (mg) 31 210 Mg (mg) 7 50 Mn (pg) 8 50 Se (pg) 2 13 Vitamina A (pg RE) 105 700 Nutriente Por 100 kcal Por litro Vitamina D (pg) 1,5 10 Vitamina E (mg TE) 0,8 5,4 Vitamina K1 (pg) 8 54 Vitamina C (mg) 10 67 Vitamina B1 (mg) 0,07 0,47 Vitamina B2 (mg) 0,15 1,0 Niacina (mg) 1 6,7 Vitamina B6 (mg) 0,075 0,50 Ácido fólico (pg) 9 60 Ácido pantotênico (mg) 0,45 3 Vitamina B12 (pg) 0,3 2 Biotina (pg) 2,2 15 Colina (mg) 10 67 Fe (mg) 1,2 8 I (M9) 15 100 Cu (mg) 0,06 0,4 Zn (mg) 0,75 5 L. rhamnosus ATCC 53103 2,107 cfu/g de pó, bactérias vivas Exemplo 2
Este exemplo compara o efeito de administrar Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 antes do nascimento a mulheres grávidas e após o nascimento aos bebês por 6 meses até peso e IMC das crianças na idade de 4 anos com as mesmas medidas para mães e bebês que receberam um placebo em um ensaio clínico randomizado, duplo-cego.
Famílias foram recrutadas em clínicas e pré-natal na cidade de Turku, Finlândia (população de 170.000) entre fevereiro de 1997 e janeiro de 1998. Todas as 159 mulheres foram randomizadas por meio de um computador para receberem cápsulas de placebo (celulose microcristalina) ou 10e10 unidades formadoras de colônia de Lactobacillus rhamnosus ATCC 5310 uma vez ao dia por 2 a 4 semanas antes do parto. Após o parto, as mães que amamentam têm a opção de consumir as cápsulas elas mesmas ou, de outro modo, os agentes foram misturados com água e administrados aos bebês por colher. Ambos estes modos de administração demonstraram 5 resultar em quantidades comparáveis de Lactobacillus rhamnosus nas fezes dos bebês (Majamaa e Isolauri, 1997). Cápsulas de placebo e contendo probióticos se parecem, têm cheiro e gosto idênticos. As cápsulas foram consumidas por 6 meses após o nascimento. Os códigos foram mantidos pelo fornecedor até que todos os dados fossem coletados e analisados. O estudo 10 foi aprovado pelo Commitees on Ethieal Praetive em Turku University Hospital e The Head Office of the City of Turku. Consentimento informado por escrito foi obtido dos pais das crianças.
Os indivíduos foram examinados no nascimento e nas idades de 3, 6, 12, 18, 24 meses e 4 anos com avaliação de peso e altura. O índice de 15 massa corpórea (IMC) aos 4 anos foi calculado usando os critérios da International Obesity Task Force com relação a sobrepeso e obesidade. Estes critérios identificam valores de IMC para cada idade associados com um IMC presumido de 25 ou 30, respectivamente, aos 18 anos para evitar subestimar o grau de adiposidade na infância. Medições de dobras cutâneas foram 20 tomadas nos bíceps, tríceps, regiões subescapular e suprailíaca e a circunferência da metade superior do braço foi medida.
Resultados
Os resultados estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Medições antropométricas em crianças de 4 anos que receberam probióticos ou placebo durante o período perinatal. Os dados estão apresentados como média (SD)1._
Probióticos Placebo Valor2 P Peso kg 17,6(1,7) 18,1 (2,9) 0,346 % por altura 0,0 (8,5) 3,4(10,8) 0,075 Altura cm 106,1 (3,5) 105,3 (5,1) 0,342 Probióticos Placebo Valor2 P pontuação SD 0,4 (0,6) 0,3 (1,1) 0,801 IMC 15,7(1,3) 16,2(1,6) 0,052 Gordura corporal, % 15,5(3,6) 15,8 (4,2) 0,679 Dobras da pele, mm Bíceps 5,4 (1,8) 5,5 (1,9) 0,582 Tríceps 9,2 (2,7) 9,5 (2,4) 0,623 Subescapular 5,8 (1,0) 6,2 (2,1) 0,219 Suprailíaca 4,1 (1,1) 4,4 (1,7) 0,312 Circunferências, cm Braço superior médio 17,6(1,5) 17,4(1,5) 0,633 Músculo do braço superi¬ 14,7(1,1) 14,5(1,2) 0,380 or médio 1N 42-53 em placebo e 35-51 em grupo de probióticos. 2Teste-t de amostras independentes.
Os indivíduos cujos dados estão apresentados na Tabela 1 foram divididos em dois grupos, aqueles que receberam a intervenção probió5 tica e aqueles que receberam um placebo. Pode ser visto a partir destes resultados que o IMC médio do grupo que recebeu a intervenção é inferior ao IMC médio do grupo de placebo. Em adição, outras medidas de gordura corporal, tais como medições das dobras de pele, foram consistentemente menores para o grupo da intervenção.
Entretanto, como pode ser visto a partir do relatório deste estudo
publicado em The Lancet, alguns indivíduos em ambos os grupos desenvolveram doenças atópicas. Como já é conhecido que o desenvolvimento de doença atópica pode estar associado com o crescimento conforme medido pela altura e ganho de peso geral (veja, por exemplo, Laitinen et al., "Evalua15 tion of diet and growth in children with and without atopic eczema: follow-up study from birth to 4 years", British Journal of Nutrition (2005), 94, 565 - 574), os dados foram reavaliados, desta vez incluindo apenas as medições de crianças saudáveis. Os resultados estão mostrados na Tabela 2.
Tabela 2. Medições antropométricas em crianças de 4 anos de idade que receberam probióticos ou placebo durante o período perinatal. Apenas crianças sem eczema atópico estão incluídas. Os dados estão apresentados como média (SD)1._
Probióticos Placebo Valor2 P Peso kg 17,8(1,9) 18,2 (3,6) 0,616 % por altura 1,6 (9,3) 4,4(12,7) 0,301 Altura cm 105,7(3,3) 104,7 (6,4) 0,464 pontuação SD 0,3 (0,8) 0,3 (1,3) 0,838 IMC 15,9(1,5) 16,4(1,9) 0,221 Gordura corporal, % 16,1 (3,0) 16,9 (4,6) 0,526 Dobras da pele, mm Bíceps 5,7 (2,1) 6,2 (2,4) 0,445 T ríceps 9,5 (2,8) 10,0 (2,7) 0,482 Subescapular 5,8 (1,0) 6,7 (2,6) 0,088 Suprailíaca 4,1 (1,0) 4,9 (2,1) 0,119 Circunferências, cm Braço superior médio 17,9(1,5) 17,6(1,9) 0,538 Músculo do braço supe¬ 15,0(1,1) 14,5(1,1) 0,236 rior médio 1N 21-28 em placebo e 23-36 em grupo de probióticos.
2Teste-t de amostras independentes.
A partir da Tabela 2, pode ser visto que também para crianças saudáveis tanto o IMC médio dos indivíduos que receberam a intervenção assim como outras medidas similares de gordura corporal, como as medições das dobras da pele, são consistentemente inferiores àquelas medições correspondentes para indivíduos que não receberam a intervenção.

Claims (11)

1. Uso de bactérias probióticas capazes de promover o desenvolvimento de uma microbiota intestinal bifidogênica prematura na fabricação de um medicamento ou composição terapêutica nutricional para reduzir o risco de desenvolvimento de sobrepeso ou obesidade em um bebê posteriormente na vida.
2. Uso, de acordo com a reivindicação 1, em que as bactérias probióticas são bactérias ácidas láticas.
3. Uso, de acordo com a reivindicação 2, em que as bactérias ácidas láticas são da cepa Lactobacillus rhamnosus ATCC 53103 ou Laetobacillus rhamnosus CGMCC 1.3724.
4. Uso, de acordo com a reivindicação 1, em que as bactérias probióticas são Bifidobactérias.
5. Uso, de acordo com a reivindicação 4, em que as Bifidobactérias são da cepa Bifidobacterlum Iaetis CNCM 1-3446, Bifidobaeterium Iongum ATCC BAA-999, Bifidobaeterium breve Bb-03, Bifidobaeterium breve M16V ou Bifidobaeterium breve R0070.
6. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o medicamento ou composição nutricional é administrada a uma mulher grávida por pelo menos duas semanas antes do parto e, após o parto, ao bebê por pelo menos 2 meses.
7. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o medicamento ou composição nutricional é administrada ao bebê por pelo menos 6 meses após o parto.
8. Uso, de acordo com a reivindicação 6 ou 7, em que as bactérias probióticas são administradas ao bebê através da amamentação materna.
9. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, em que a composição terapêutica nutricional é uma fórmula infantil.
10. Uso, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o medicamento compreende entre 10e5 e 10e10 cfu de bactérias probióticas por dose diária.
11. Uso, de acordo com qualquer reivindicação anterior, em que a composição terapêutica nutricional compreende entre 10e3 e 10e12 cfu/g de composição (peso seco).
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