BR112019004801B1

BR112019004801B1 - Rebobinadeira para a produção de bobinas de papel

Info

Publication number: BR112019004801B1
Application number: BR112019004801-4A
Authority: BR
Inventors: Fabio Perini; Giovacchino Giurlani; Francesco PELAIA
Original assignee: Futura S.P.A
Priority date: 2016-11-21
Filing date: 2017-10-30
Publication date: 2022-12-06
Also published as: EP3541733A1; ES2821881T3; JP2019535614A; CN110114291B; JP6952774B2; WO2018092167A1; BR112019004801A2; IT201600117182A1; CN110114291A; US20190337748A1; RU2737318C1; RS60904B1; EP3541733B1; US11091340B2

Abstract

Rebobinadeira para a produção de bobinas de papel, compreendendo meios (R1, R2, R3, RC), adaptados para guiar e transversalmente pré-cortar uma trama de material celulósico (2) ao longo de um predeterminado percurso, meios (R4, R5, R6) adaptados para enrolar uma predeterminada quantidade da trama de material celulósico (2) sobre um núcleo (1) numa estação de enrolamento (W), e um mecanismo de enfiamento para enroscar a trama (2) ao longo do referido percurso, em que o mecanismo de enfiamento compreende uma unidade arrastamento (101) provida de meios de arrastamento (102, 103) adaptada para engatar a trama (2) de arrastá-la ao longo do referido percurso com uma predeterminada direção de alimentação (F2) e, pelo menos, um elemento de arrastamento (100) adaptado para engatar uma respectiva aba (2L) da trama (2) numa etapa de arrastamento que antecede a produção das bobinas, e a referida unidade de arrastamento (101) está localizada à jusante da referida estação de enrolamento (W) relativamente à referida direção de alimentação (F2) da trama de material celulósico (2) sendo provida com meios de liberação (104) adaptados para liberar a referida aba (2L) da trama (2) do elemento de arrastamento, os meios de arrastamento (104) sendo dispostos à jusante do arrastamento (102, 103), de modo a interceptar a aba (2L) da trama (2) e desengajá-la do (...).

Description

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

[0001] A presente invenção está relacionada a uma rebobinadeira para a produção de toras de papel.

[0002] Sabe-se que a produção de bobinas de papel, a partir das quais são obtidos, por exemplo, rolos de papel higiênico, ou rolos de papel de cozinha, implica na alimentação de uma trama de material celulósico, que consiste em uma ou mais camadas sobrepostas, ao longo de um percurso predeterminado, onde diversas operações são realizadas antes de produzir as bobinas, incluindo incisão transversal na trama de modo a formar linhas de pré-corte que dividem a trama em folhas destacáveis separáveis. A formação das bobinas envolve o uso de material cartonado, comumente conhecidos como “núcleos” em cuja superfície é distribuída uma quantidade pré-determinada de cola para permitir a colagem da banda de papel sobre os núcleos introduzidos na máquina de formação de rolos que é usualmente denominada “rebobinadeira”. A cola é distribuída sobre os núcleos quando eles passam ao longo de um percurso correspondente compreendendo uma extremidade usualmente chamada “berço”, devido à sua conformação côncava. A formação das bobinas também implica no uso de rolos de enrolamento colocados em correspondência com o berço, que determinam a rotação de cada núcleo em torno de seu eixo longitudinal induzindo assim o enrolamento da trama sobre o mesmo núcleo. Um dos referidos rolos fica posicionado mais baixo que o berço enquanto que os demais rolos se posicionam acima do berço.

[0003] O processo termina quando uma predeterminada quantidade de folhas é enrolada em torno do núcleo e uma porção da última folha é colada à folha subjacente do mesmo rolo (assim chamado de operação de “fechamento de aba”). Ao atingir o número predeterminado de folhas enroladas em torno do núcleo, a última folha da bobina quase completa é separada da primeira folha da bobina seguinte, por exemplo, por meio de um jato de ar comprimido dirigido para uma correspondente linha de pré-corte. Neste ponto, a bobina é descarregada da rebobinadeira.

[0004] A patente europeia EP1700805 divulga uma rebobinadeira que opera de acordo com o esquema de operação divulgado acima. A patente norte-americana US2013/068874 também divulga uma rebobinadeira para a produção de bobinas de papel.

[0005] Numa fase preliminar do processo, a trama de material celulósico, alimentada por carretéis colocados em respectivos desenroladores, é realizada no modo substancialmente manual até a estação da rebobinadeira que aloja rolos de enrolamento. Na prática, um operador engata uma aba da trama de material celulósico a uma correia de arrastamento que segue um percurso provido num lado do percurso que será seguido pela trama durante a produção das bobinas.

[0006] Em seguida, o operador, mediante operar o sistema em modo escalonado, pelo lado interno da rebobinadeira, garante que a folha de papel passa entre o rolo de guia, o rolo de pré-corte e os rolos de enrolamento da rebobinadeira. Uma vez que esta etapa tenha sido completada, o operador corta a aba da trama fixada à correia de arrastamento com uma faca e remove o excesso de papel deixando a trama num estado não- tensionado. Neste ponto, o operador deixa a rebobinadeira e inicia a produção das bobinas no modo automático.

[0007] No entanto, pelo menos a primeira bobina deve ser descartada porque a rebobinadeira é iniciada com a trama de material celulósico em estado não-tensionado. Além disso, o processo descrito acima é inerentemente arriscado, porque o acesso do operador no interior da rebobinadeira envolve a desativação de vários sistemas de prevenção de acidentes. Além disso, há o fato de que os operadores envolvidos neste processo devem ser adequadamente treinados por períodos relativamente longos de tempo.

[0008] O principal objetivo da presente invenção é o de eliminar, ou pelo menos reduzir, as desvantagens acima mencionadas.

[0009] Este resultado foi alcançado, em conformidade com o presente invento mediante fornecer uma rebobinadeira possuindo as características indicadas na reivindicação 1. Outras características da presente invenção são o objeto das reivindicações dependentes.

[00010] Graças à presente invenção, é possível diminuir os riscos associados com o enfiamento da trama de material celulósico, em benefício da segurança dos operadores. Além disso, é possível reduzir as aparas quando a rebobinadeira é iniciada. Também é possível automatizar quase toda a operação enrolamento que, portanto, não tem necessariamente de ser confiada a profissionais altamente qualificados e treinados. Outras vantagens derivam da simplicidade construtiva e funcional relativa do mecanismo de enfiamento que é fornecida por uma rebobinadeira de acordo com a presente invenção, o que também permite a redução do tempo de enfiamento e do fato de que as rebobinadeiras existentes podem ser modificadas com relativa simplicidade para torná-las em conformidade com a invenção uma vez que a maioria dos ciclos de formação de bobinas não se alteram em comparação com os procedimentos padrões.

[00011] Estas e outras vantagens e características da presente invenção serão mais e melhor compreendidas graças à descrição que se segue e dos desenhos anexos, fornecidos a título de exemplo, mas que não devem ser considerados num sentido limitativo, nos quais: A Figura 1 mostra esquematicamente os grupos funcionais básicos de uma rebobinadeira (RW) de acordo com a presente invenção, alguns dos quais não são mostrados nos outros desenhos por questões de simplificação; As Figuras 2 a 6 representam uma sequência de fases operativas implementadas pelo equipamento da Figura 1, alguns detalhes do equipamento sendo omitidos para melhor ilustrar outros; As Figuras 7 a 10 representam, esquematicamente, alguns componentes do mecanismo de enfiamento em diferentes fases do processo de enfiamento; A Figura 11 é um detalhe ampliado da Figura 1; A Figura 12 é uma vista esquemática plana do detalhe da Figura 11, com algumas partes removidas para melhor realçar outras; As Figuras 13 a 19 são vistas semelhantes às das Figuras 1 a 6, mas que mostram uma diferente configuração de uma rebobinadeira de acordo com a presente invenção; As Figuras 20 a 23 são vistas semelhantes às das Figuras 7 a 10, mas elas mostram uma diferente configuração do mecanismo de enfiamento em diferentes fases do processo de enfiamento.

[00012] Reduzido à sua estrutura essencial e com referência aos desenhos anexos, uma rebobinadeira (RW) de acordo com a presente invenção é do tipo que compreende: uma estação de alimentação de núcleos (F) para alimentar os núcleos (1) que chegam proveniente de um acumulador (S), em que um alimentador rotativo (não mostrado nos desenhos) é disposto para engatar um núcleo (1) de cada vez e introduzi-lo em um guia, onde um dispositivo de colagem (GD) está disposto e atuante conforme descrito mais adiante; meios para alimentar e pré-cortar transversalmente uma trama de material celulósico (2) formada por uma ou mais camadas sobrepostas de papel, com um conjunto de rolos de guia (R1, R2, R3) e rolos de pré-corte (RC) dispostos ao longo de uma predeterminada alimentação de trama (2) e percurso de pré- corte; meios para envolvimento, ou enrolamento da trama e papel (2) num núcleo (1) em uma estação de enrolamento (W) com um primeiro rolo de enrolamento (R4) situado a jusante da referida guia e rolos de pré-corte (R1, R2, R3, RC), e dois rolos adicionais de enrolamento (R5, R6) dispostos a jusante do primeiro rolo de enrolamento (R4) relativamente à direção seguida pelos núcleos (1) e a trama de material celulósico: o segundo e o terceiro rolo de enrolamento (R5, R6) sendo dispostos à jusante de uma guia curva (3) que, em cooperação com o primeiro rolo de enrolamento (R4), delimita um canal em forma de berço (CH) a jusante do dispositivo de colagem (GD), o referido canal sendo sequencialmente atravessado pelos núcleos (1) sobre os quais o dispositivo de colagem (GD) distribui uma quantidade pré-determinada de cola.

[00013] O primeiro rolo de enrolamento (R4) também tem a função de guiar a trama de material celulósico (2) proveniente da guia e rolos de pré-corte posicionados a montante.

[00014] O segundo rolo (R5) fica abaixo é inferior ao terceiro rolo (R6) da estação de enrolamento (W).

[00015] O terceiro rolo de enrolamento (R6) está montado na extremidade de um braço (B6), conectado a um respectivo atuador permitindo que ele se aproxime e, respectivamente, se afaste do respectivo canal relativamente ao diâmetro instantâneo da bobina que está a ser formada.

[00016] Na referida estação de enrolamento (W) existe uma calha (SW), na qual as bobinas terminadas, uma vez liberadas pelo rolo (R6), podem rolar.

[00017] O sistema formado pelos rolos de enrolamento (R4, R5, R6), os respectivos atuadores e as unidades de controle relacionadas são conhecidos.

[00018] Também são conhecidas a forma de remover uma bobina acabada (RO) da estação de enrolamento (W) e de como iniciar a formação na mesma estação (W).

[00019] O canal (CH) delimita a última parte do percurso seguido pela trama de material celulósico (2) e os núcleos (1) antes de entrar na estação de enrolamento (W).

[00020] Em cada núcleo (1) é aplicada uma quantidade predeterminada de cola que permite que a trama (2) aderir aos mesmos núcleos (1), de acordo com um processo já conhecido, enquanto os núcleos (1) avançam ao longo de uma predeterminada direção de avanço (A), definida pela guia servida pelo alimentador de núcleos, de modo a alcançar a estação de enrolamento (W) onde as bobinas são formadas. Por exemplo, a referida guia é formada por um conjunto motorizado de correias (5) que se aciona por polias (50) cujo eixo é horizontal e ortogonal relativamente à referida direção de avanço (A), e um correspondente conjunto de chapas sobrepostas fixas (4) que possuem um prevalente desenvolvimento longitudinal (comprimento maior que a espessura e altura). As correias motorizadas (5) engajam os núcleos (1) que chegam provenientes da estação de alimentação (F), obrigando-os a rodar e avançar para a montante do canal (CH).

[00021] O dispositivo de colagem (GD) compreende dois conjuntos de distribuidores (6) colocados um atrás do outro entre as placas (4). Os distribuidores (6) distribuem a cola, a partir de cima, sobre os núcleos (1) ao longo do percurso imposto pela referida guia (4, 5). Portanto, em cada um dos núcleos (1) que passa através da guia (4, 5), é aplicada uma dada quantidade de cola em dois pontos separados, que servem para a colagem da última folha de uma bobina formada na estação de enrolamento (W) com a folha subjacente da mesma bobina e respectivamente para a aderência da primeira folha de uma nova bobina a um correspondente núcleo (1). Tal processo de aplicação de cola aos núcleos (1) é em si mesmo conhecido.

[00022] Além disso, a rebobinadeira é provida com um mecanismo de enfiamento para enroscar a trama de material celulósico (2) num estágio preliminar do processo de produção das bobinas de papel.

[00023] De acordo com o presente invento, o referido mecanismo de enfiamento compreende uma correia de arrastamento (100) disposta ao longo de um predeterminado percurso em um lado da rebobinadeira (RW), ou seja, sobre um lado direito ou esquerdo do conjunto formado pela referida guia, rolos de pré- corte e enrolamento de modo a não interferir com este último. Este percurso é um trajeto em anel fechado que passa através de uma estação de alimentação de trama de material celulósico disposta a montante da rebobinadeira (RW) e uma unidade de arrastamento (101), disposta a jusante da estação de enrolamento (W). A unidade de arrastamento (101) compreende dois rolos de prensagem que trabalham em contra-rotação (102, 103) com eixos paralelos e sobrepostos providos a jusante da estação de enrolamento (W). Uma lâmina (104) está disposta e age em um lado a jusante dos rolos de prensagem (102, 103) para corte da aba (2L) da trama (2) engajada à correia de arrastamento (100) durante o estágio preliminar do processo de produção das bobinas de papel.

[00024] Tal como adicionalmente descrito abaixo, o mecanismo de enfiamento é configurado para obter uma tensão da rama e papel após o corte da aba (2L) por meio da lâmina (104).

[00025] De acordo com o exemplo mostrado nos desenhos que acompanham, os rolos de prensagem (102, 103) da unidade de enfiamento (101) são dispostos com seus respectivos eixos longitudinais paralelos aos eixos da guia, rolos de pré-corte e enrolamento; isto é, são orientados transversalmente à trama de material celulósico (2).

[00026] O rolo superior de prensagem (102) é um rolo de livre rotação, enquanto que o rolo inferior de prensagem (103) é motorizado. Além disso, o rolo superior de prensagem (102) está montado num suporte (105) que permite ajustar a pressão exercida pelo rolo superior de prensagem sobre o rolo inferior de prensagem (103) por meio de uma alavanca (106) controlado por um parafuso de controle (107) que atua sobre a mesma alavanca (106) que serve como um elemento de conectante entre o parafuso de regulagem e o suporte do rolo superior de prensagem. O parafuso de regulagem (107) pode ser acionado eletricamente por meio de um respectivo atuador (108). O rolo inferior de prensagem (103) é fixado a uma parte fixa (FR) da rebobinadeira (RW) em cada uma das suas extremidades por meio de um flange de ligação (109) em que uma respectiva extremidade do rolo (103) é inserida com a interposição de um mancal (110). Na sua extremidade (extremidade direita no exemplo mostrado na Fig. 12), o rolo inferior (103) tem um sulco no qual a correia de arrastamento (100) é guiada. O referido sulco é definido por uma polia (111) montada na referida extremidade do rolo (103) através de um correspondente mancal (112). A lâmina (104) é preferentemente uma lâmina fixa montada em um braço (113) que é também fixado à estrutura fixa (FR) da rebobinadeira (RW).

[00027] O braço (113) e a lâmina (104) estão posicionados a jusante da polia (112) relativamente à direção seguida pela aba (2L) engajada à correia de arrastamento (100). Além disso, a lâmina (104) está posicionada a uma predeterminada distância (D) relativamente à estrutura fixa (FR) maior que a distância (d) do sulco da polia (112) a partir da mesma estrutura (FR). Em outras palavras, a lâmina (104) fica mais distante da estrutura (FR) que o sulco da polia (12) onde a correia de arrastamento (100) é guiada.

[00028] Portanto, quando a aba (2L) presa à correia de arrastamento (100) passa através da unidade de arrastamento (101), uma vez que a correia (100) fica na lateral da lâmina (104) (à direita da lâmina 104 no exemplo) a última atua sobre a trama (2) pelo corte da aba (2L) tal que a trama (2) é liberada da correia de arrastamento e a produção das bobinas pode ser iniciada como ainda descrito adiante. As etapas agora descritas são b mostradas nas Figuras 7-10. Em particular, a Fig. 7 mostra a aba (2L) da trama (2) ainda presa à correia de arrastamento (100). Na Figura 8 a aba (2L) não fica visível uma vez que esta é uma vista em perspectiva. A Fig. 9 e a Fig. 10 mostram a aba (2L) presa à correia (100) e cortada pela lâmina (104). Na Figura 10, a trama (2) está liberada da correia (100). Nas Figuras 7 a 10, a seta “F2” indica a direção a partir da qual a trama (2) vem.

[00029] Em seguida, a unidade de arrastamento (101) está configurada para operar tanto o enfiamento da correia (2) e o corte da aba (2L) da última presa à correia (100).

[00030] Na Figura 2, a trama (2) não é mostrada, porque ela ainda não foi conduzida até a rebobinadeira (RW). No entanto, a correia de arrastamento (100) está representada, cuja parte dianteira (parte que se movimenta no sentido da unidade 101) segue um percurso paralelo àquele que será subsequentemente seguido pela trama (2) como mencionado acima. Uma vez que na Figura 2 a rebobinadeira (RW) está representada em vista lateral, os referidos percursos aparentam serem coincidentes; mas na realidade, eles não são exatamente coincidentes. A parte de retorno do amortecedor de fio (100), isto é, a parte da correia de arrastamento que se movimenta no sentido dos desenroladores dispostos na estação de alimentação da trama (FW), é desenvolvida ao longo de um percurso diferente do percurso seguido pela referida parte dianteira.

[00031] Na Figura 1, o percurso da trama (2) e o percurso da parte dianteira da correia (100) se representam por linhas tracejadas, enquanto que a parte de retorno da correia (100) é representada por uma linha contínua. A seta “100” indica o movimento da parte de retorno da correia (100).

[00032] Na Figura 2 as setas “100A” e “100R” respectivamente, mostram o movimento da parte dianteira e o movimento da parte de retorno da correia de arrastamento (100).

[00033] Começando a partir da condição mostrada na Fig. 2, o operador, após ter enganchado a aba (2L) à correia (100) a montante da rebobinadeira (RW), inicia a etapa de enfiamento: enquanto a máquina (RW) e os rolos de pré-corte (RC) são ativados, a correia (100) arrasta a trama (2) ao longo do trajeto pré-determinado através os rolos (R1, R2, R3, RC, R4, R5, R6) até os rolos de prensagem (102, 103); no final desta fase, a trama (2) fica na configuração mostrada na Fig. 3 e passa sobre outro rolo (RT) que está equipado com uma célula de carga, cuja função é descrita a seguir, em posicionamento intermediário entre a estação de enrolamento (W) e a unidade de arrastamento (101).

[00034] Em particular, é de notar que a trama (2) é passante através dos rolos (102, 103), tal que a aba (2L) é cortada pela lâmina (104), como discutido acima. Portanto, a trama (2) é liberada da correia de arrastamento (100). Os rolos (102, 103) continuam a arrastar a trama (2) até que a célula de carga dos rolos (RT) detecte um predeterminado valor indicativo de um correto tensionamento da trama (Figura 4). Neste ponto, um núcleo (1) é introduzido na guia (4, 5). Quando o núcleo (1) chega à estação de enrolamento (W), é comandado o rasgamento da aba (2) ao longo de uma sua linha de pré-corte situada a jusante da estação de enrolamento (W), onde a produção das primeiras bobinas inicia (Figura 5).

[00035] Na prática, o enfiamento assim operado é um estágio inicial na produção das bobinas.

[00036] Por exemplo, o referido rasgamento da trama (2) é obtido mediante o fornecimento de um jato de ar comprimido para a selecionada linha de pré-corte, como descrito no pedido de patente norte-americano US9079738. Todavia, entende-se que o corte da trama (2) na linha de pré-corte pode ser obtido por qualquer outra forma adequada. Na Fig.5, a cauda da trama (2) a jusante da estação (W) está indicada pela referência “2T”. Os rolos (102, 103) continuam a rodar até que a cauda (2T) da fita (2) se libere da rebobinadeira (RW). O excesso de papel (2E), ou seja, a parte da trama de papel (2) que foi separada daquela que enrola nos núcleos para produzir as bobinas, acumula-se para da rebobinadeira e é levado pelo operador (Fig.6).

[00037] Nas Figuras 3 a 6, a trama (2) é representada por uma linha mais grossa do que as outras linhas de modo a melhor realçar. Como se mostra na Figura 11, à jusante de cada um dos rolos de pressão (102, 103) da unidade (101) está posicionada uma correspondente lâmina (114, 115) que impede que a trama (2) seja reenrolada sobre os mesmos rolos. Por exemplo, a correia de arrastamento (100) é do tipo descrito na patente europeia EP2909120B1.

[00038] A tensão da trama de material celulósico pode também ser controlada por meio de uma embreagem de limitação de torque no rolo motorizado (103) da unidade de acionamento.

[00039] A partir da descrição anterior é evidente que os riscos do enfiamento da trama de papel é reduzido de modo a beneficiar a segurança dos operadores; ou seja, que é possível reduzir as perdas quando a rebobinadeira é iniciada, uma vez que a primeira bobina já se produz com o papel apropriadamente tensionado; que a operação pode ser facilmente automatizada e, portanto, ela não tem de ser necessariamente confiada a pessoal altamente qualificado e treinado; que o mecanismo de enfiamento provido com uma rebobinadeira de acordo com o presente invento é estruturalmente e funcionalmente simples e também permite reduzir o tempo necessário para executar o enfiamento; e que os enroladores existentes podem ser modificados com relativa simplicidade para torná-los em conformidade com o invento, na medida em que muito do ciclo de produção das bobinas não é alterado em comparação com os procedimentos convencionais.

[00040] No exemplo mostrado nas Figuras 1 a 6, a correia de arrastamento (100) tem uma parte (100X) situada à jusante do rolo (R6), isto é, para a direita do rolo (R6) nos desenhos. No exemplo mostrado nas Figuras 13 a 19, a referida parte (100X) da correia de arrastamento (100) está a montante do rolo (R6), isto é,à esquerda do rolo (R6) nos desenhos. Na configuração das Figuras 13 a 19, o rolo (R6), que é um rolo motorizado, pode ser utilizado para auxiliar a ação da correia (100). De fato, durante a etapa de enfiamento (etapa em que o rolo R6 não é usado para a produção de bobinas) o rolo (R6) pode ser girado numa direção que ajuda o enfiamento da trama de material celulósico (2) : com referência aos desenhos, o rolo (R6) pode ser rodado no sentido horário e, quando o enfiamento da trama de material celulósico é completada, isto é, quando começa a produção das bobinas, o rolo (R6) pode ser rodado para a esquerda (isto é, na direção que produz o enrolamento da trama de material celulósico 2 sobre os núcleos 1). Pela adoção dessa configuração para a correia (100), o arrastamento (101) pode ser disposto a uma altura mais baixa do que no caso exemplificado nas Figuras 1 a 6.

[00041] De acordo com o exemplo mostrado nas Figuras 20 a 23, duas correias de arrastamento (100) são fornecidas que se movimentam em dois percursos paralelos ao longo dos dois lados da rebobinadeira. O uso de duas correias de arrastamento pode permitir que duas abas (2L) da trama de material celulósico (2) engajem o mecanismo de enfiamento; ou seja, para enganchar uma aba (2L) a uma correia (100) e outra aba (2L) a uma outra correia (100). Neste caso, como mostrado nas Figuras 20 a 23, duas lâminas (104); isto é, uma lâmina (104) para cada lado do rolo (103), é provida. Cada uma das duas lâminas (104) neste exemplo corta a correspondente aba (2L) da trama de material celulósico (2).

[00042] Mais em geral, uma rebobinadeira para a produção de rolos de papel de acordo com a presente invenção compreende: meios (R1, R2, R3, RC) adaptados para guiar e pré- cortar transversalmente de uma trama de material celulósico (2) ao longo de um percurso predeterminado, meios (R4, R5, R6) adaptados para enrolar uma quantidade predeterminada da trama de material celulósico (2) sobre um núcleo (1) numa estação de enrolamento (W), e um mecanismo de enfiamento para enroscar a trama (2) ao longo do referido percurso, em que o mecanismo de enfiamento compreende uma unidade de arrastamento (101) provida de meios de arrastamento (102, 103) adaptada para engajar a trama (2) para arrastá-la ao longo do referido percurso com uma predeterminada direção de alimentação (F2) e, pelo menos, um elemento de arrastamento (100) adaptado para engajar uma respectiva aba (2L) da trama (2) numa etapa de arrastamento que antecede a produção das bobinas, e a referida unidade de arrastamento (101) está localizada à jusante da referida estação de enrolamento (W) relativamente à referida direção de alimentação (F2) da trama de material celulósico (2) sendo provida com meios de liberação (104) adaptados para liberar a referida aba (2L) da trama (2) do elemento de arrastamento, os meios e liberação (104) sendo dispostos a jusante do arrastamento (102, 103) de modo a interceptar a aba (2L) da trama (2) e desengajá-la do arrastamento (100) enquanto a trama (2) é alimentada ao longo da referida direção (F2) pelos meios de arrastamento (102, 103).

[00043] De acordo com os exemplos descritos acima, o elemento de arrastamento é um elemento flexível de arrastamento. Em particular, o elemento de arrastamento pode ser uma correia de arrastamento do tipo indicado anteriormente.

[00044] Além disso, de acordo com os exemplos descritos anteriormente, o pelo menos um elemento de arrastamento (100) é colocado lateralmente em relação aos meios de arrastamento (102, 103).

[00045] De acordo com os exemplos descritos acima, os meios de liberação para liberar a trama de material celulósico (2) dos meios de arrastamento compreendem uma ou mais lâminas (104).

[00046] De acordo com os exemplos descritos acima, os meios de arrastamento são constituídos por rolos (102, 103) que formam uma zona de compressão atravessada pela trama (2) na etapa de enfiamento. A pressão na zona de compressão é ajustável. Um dos rolos (102, 103) pode ser revestido com um material elástico, tal como borracha, limitando sua capacidade de tração relativamente à zona de compressão.

[00047] De acordo com os exemplos descritos acima, o tensionamento da trama de material celulósico pode ser controlado por meios eletrônicos ou mecânicos de controle.

[00048] A etapa de tensionamento da trama de material celulósico também pode ser iniciada de acordo com a detecção feita por meio de, por exemplo, meios óticos compreendendo fotocélulas (116a, 116b), adequadamente providas nas proximidades da unidade de arrastamento (101), que detectam a passagem completa da trama (2) através da mesma unidade (101).

[00049] Com referência ao exemplo mostrado esquematicamente nas Figuras 7 e 9, em que as células fotoelétricas (116a, 116B) estão localizadas acima da unidade de arrastamento, quando a trama (2) se encontra na posição da Figura 7 apenas uma fotocélula (116b) lê a sua presença, enquanto que, quando a trama (2) está na posição da figura 9, as duas células fotoelétricas (116a, 116B) detectam a presença da trama (2).

[00050] Esta última condição corresponde ao trânsito de ambas as bordas laterais da trama (2) através da unidade de arrastamento e então uma unidade programável de controle (não visível nos desenhos) que recebe e processa os sinais dos meios óticos (116a, 116b), ativa a referida etapa de tensionamento.

[00051] Na prática, os detalhes de execução podem, no entanto, variar de forma equivalente para os elementos individuais descritos e ilustrados, sem se afastarem do escopo e da idéia de solução adotada e, portanto, permanecerem inseridos no escopo da proteção conferida por essa patente.

Claims

1. REBOBINADEIRA PARA A PRODUÇÃO DE BOBINAS DE PAPEL, compreendendo meios (R1, R2, R3, RC), adaptados para guiar e transversalmente pré-cortar uma trama de material celulósico (2) ao longo de um predeterminado percurso, meios (R4, R5, R6) adaptados para enrolar uma predeterminada quantidade da trama de material celulósico (2) sobre um núcleo (1) numa estação de enrolamento (W), e um mecanismo de enfiamento para enroscar a trama (2) ao longo do referido percurso, caracterizada por o mecanismo de enfiamento compreender uma unidade arrastamento (101) provida de meios de arrastamento (102, 103) adaptada para engatar a trama (2) de arrastá-la ao longo do referido percurso com uma predeterminada direção de alimentação (F2) e, pelo menos um elemento de arrastamento (100) adaptado para engatar uma respectiva aba (2L) da trama (2) numa etapa de arrastamento que antecede a produção das bobinas, e a referida unidade de arrastamento (101) está localizada à jusante da referida estação de enrolamento (W) relativamente à referida direção de alimentação (F2) da trama de material celulósico (2) sendo provida com meios de liberação (104) adaptados para liberar a referida aba (2L) da trama (2) do elemento de arrastamento, os meios de arrastamento (104) sendo dispostos à jusante do arrastamento (102, 103), de modo a interceptar a aba (2L) da trama (2) e desengajá-la do arrastamento (100), enquanto a trama (2) é alimentada ao longo da referida direção (F2) pelos meios de arrastamento (102, 103).

2. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o pelo menos um elemento de arrastamento (100) ser um elemento flexível.

3. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o pelo menos um elemento de arrastamento (100) ser uma correia de arrastamento.

4. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o referido pelo menos um elemento de arrastamento (100) ser disposto lateralmente em relação aos meios de arrastamento (102, 103).

5. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os meios de liberação para a liberação da bobina de papel (2) dos meios de arrastamento compreender uma ou mais lâminas (104).

6. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por os referidos meios de arrastamento serem constituídos por rolos (102,103) que formam uma zona de compressão atravessada pela trama (2) na etapa de enfiamento.

7. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por a pressão na zona de compressão ser regulável.

8. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ela compreender meios adaptados para controlar a tensão da trama (2) subsequente à referida etapa de arrastamento.

9. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por os meios de controle da tensão da trama (2) serem meios de controle eletrônicos.

10. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por os meios de controle da tensão da trama (2) serem meios de controle mecânicos.

11. Rebobinadeira, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a unidade de arrastamento compreender meios (116a, 116b) adaptados para detectar a presença de ambas as bordas laterais da trama (2).