PT789793E

PT789793E - Processo de producao de tecidos nao urdidos

Info

Publication number: PT789793E
Application number: PT95938899T
Authority: PT
Inventors: Donald Carroll Roe; Paul Dennis Trokhan
Original assignee: Procter & Gamble
Priority date: 1994-11-02
Filing date: 1995-10-26
Publication date: 2000-09-29
Also published as: DK0789793T3; CA2203795C; ATE191020T1; ES2143663T3; US5895623A; EP0789793A2; DE69515896D1; DE69515896T2; GR3032830T3; AU4011195A; CA2203795A1; KR100256479B1; MX9703158A; JP2000516304A; WO1996014457A3; WO1996014457A2; AU706485B2; EP0789793B1

Description

DESCRIÇÃO

PROCESSO DE PRODUÇÃO DE TECIDOS NÃO URDIDOS ANTECEDENTES DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a processos para produzir tecidos não urdidos, geralmente, e mais especificamente a processos aperfeiçoados para a produção tecidos com aberturas que têm uma configuração com motivos por meio de um processo de hidroentrelaçamento. São conhecidos na técnica diversos processos para produzir tecidos com aberturas. De acordo com alguns processos empregam-se correntes de ar ou líquido para depositar fibras num tecido que circunda protuberâncias sólidas que são usadas para criar aberturas em tecidos fibrosos. Kalwaites, Patente US n°. 2.862.251 refere-se a processos de hidrentrelaçamento para a produção de produtos não urdidos em que a aplicação de forças fluidas confere uma nova disposição a uma camada de material fibroso, tal como um tecido de fibras numa estrutura de tecido foraminosa unitária não urdida que compreende partes fibrosas adensadas interligadas e espaçadas do material inicial, e aberturas dispostas numa configuração pré-determinada que estão separadas pelas partes adensadas interligadas. Especialmente, é posicionada uma camada de material fibroso tal como rayon ou fibras de algodão entre um meio rígido que define as aberturas espaçadas dispostas numa configuração, tal como uma placa com aberturas e um meio flexível esforçado que define orifícios mais pequenos do que as aberturas, tal como uma tela fina urdida. De acordo com uma forma de realização, a incidência do fluido projectado das correntes de fluido através da placa com aberturas sobre a camada fibrosa desloca as fibras lateralmente afastando-as das aberturas para formar um tecido não urdido com aberturas, aberturas essas que correspondem às da placa com aberturas.

Griswold, Patente US n°. 3.025.585 descreve processos de hidroentrelaçamento em que é colocada uma camada de fibras dispostas irregularmente nas extremidades livres de um grupo de projecções afuniladas dispostas numa configuração pré-determinada num elemento de suporte permeável em que as fibras interligadas acumulam espaços entre si. São depois direccionadas correntes de água contra a camada e as fibras são deflectidas para produzir um tecido não urdido que tem aberturas que correspondem a projecções cónicas. De acordo com algumas formas de realização desta invenção, as projecções l cónicas são fixas a uma tela permeável. De acordo com outras formas de realização, um crivo único de rede metálica forma projecções cónicas à medida que passa por cima e por baixo de sucessivos crivos transversais. São muito usadas variantes destas formas de realização que utilizam redes metálicas em processos de hidroentrelaçamento para empregar em materiais não urdidos.

Evans, Patente n°. 3.485.706 descreve um tecido não urdido que tem uma configuração de aberturas produzidas por um processo de hidroentrelaçamento em que as fibras são depositadas num elemento com aberturas que formam motivos tal como uma rede metálica fina ou uma placa com aberturas e em que são aplicadas correntes de líquido a alta pressão sobre a camada fibrosa para entrelaçar as fibras numa configuração determinada pelo elemento de suporte. A Patente descreve ainda a utilização de elementos com motivos que têm aberturas com localização, dimensão e/ou formas aleatórias para a produção de tecidos não urdidos que não têm motivos regulares. Estes elementos com motivos são preparados por meio da união de grãos de areia com diferentes tamanhos e formas por forma a deixar aberturas entre os grãos. A Patente descreve ainda o tratamento de uma tela com resina para proporcionar linhas dispostas em relevo, cavidades cheias ou parcialmente cheias que podem não se repetir por uma distância considerável ou ser completamente aleatórias.

Descrições de outros tipos de processos de hidroentrelaçamento incluem os de Gilmore et al., Publicação do pedido de Patente n°. 418.493 que se refere a um tecido não urdido que é produzido por meio da orientação de correntes de jacto de água sobre um tecido de fibras utilizando um tambor com aberturas como elemento de perfuração. O tambor pode ser um cilindro com um diâmetro determinado e um comprimento com um motivo de projecções que se repetem e uma pluralidade de aberturas para drenagem. As projecções são configuradas de tal forma que possam ser formadas no tecido de fibras com elevada eficácia e que o tecido não urdido possa ser facilmente removido.

Philips et al., Patente US n°. 5.204.158 descreve um tecido não urdido com uma motivos irregulares. De acordo com o processo de produção do tecido, o tecido fibroso é deslocado para fora do registo que tem o elemento de formação entre impactos de fluido por jactos de hidroentrelaçamento. A Patente US-A-4 379 descreve um processo de entrelaçamento para produzir um tecido não urdido que tem uma aparência de tecido felpudo canelado. É utilizada uma correia de formação especial que é constituída por uma 2 urdidura de poliéster e filamentos de trama tecidos numa configuração de tecedura específica.

Apesar da variedade de processos de hidroentrelaçamento conhecidos na técnica, os processos são tipicamente limitados de uma forma ou de outra, tal como pelo custo, união deficiente, falta de clareza nas aberturas e semelhantes. Processos de produção de tecidos de fibra hidroentrelaçados que envolvem rolos de metálicos com projecções como substratos de incidência são limitados pelo facto das projecções terem que ser cónicas, limitando, desta forma, as combinações de tamanho/espaçamento possíveis. Além disso, certos desenhos mais complexos em materiais não urdidos com aberturas podem tornar-se impraticáveis dadas as capacidades actuais de maquinação. Os processos de hidroentrelaçamento que empregam redes metálicas convencionais estão limitados tanto pelos motivos como pela topologia dos filamentos urdidos. Visto que as "uniões" salientes em redes urdidas não são bem definidas, a definição das aberturas resultantes é similar e acrescidamente degradada. Além disso, a utilidade dos filamentos convencionais e das redes tipo filamento está limitada relativamente aos motivos que podem ser produzidos. Especialmente, quando se utilizam redes de filamentos urdidos, o tamanho das aberturas e a área total aberta das aberturas são variáveis dependentes. Tal acontece porque os filamentos ou os crivos mais espessos originam não só um maior tamanho das aberturas mas também uma maior distância entre aberturas individuais e uma redução na rede na área das aberturas no tecido não urdido resultante.

Em conformidade, persiste um desejo na técnica de processos eficazes para produzir materiais não urdidos com aberturas caracterizados por maior flexibilidade nas aberturas com motivos, incluindo uma maior área e dimensão das aberturas. Tecidos com aberturas caracterizados pela combinação de aberturas grandes com intervalos próximos seriam úteis como camadas superiores em artigos absorventes para proporcionar a rápida transferência de substâncias tal como peristaltismo acelerado. A fuga causada por peristaltismo acelerado em fraldas para bebés representa um problema específico na técnica das fraldas para bebés. O problema é particularmente significativo em tamanhos menores. Em conformidade, existe a necessidade na técnica de processos aperfeiçoados de produção de tecidos perfurados por meio de processos de hidroentrelaçamento.

De interesse para a presente invenção são as descrições de Johnson et al., Patente US n°. 4.514.345, Smurkoski et al., Patente US n°. 5.098.522 e Trokhan Patentes US n°s. 4.528.239 e 5.245.025 que descrevem processos para fabricar elementos foraminosos 3 cujos orifícios formam um efeito pré-seleccionado. A Patente Johnson descreve geralmente a utilização de um elemento foraminoso, tal como um crivo e utilizar resinas fotossensíveis para colocar em torno de e numa armação polimérica sólida que delineia o efeito pré-seleccionado de orifícios grandes. Especificamente, o processo compreende proporcionar três materiais sólidos, geralmente planares, geralmente contínuos; um elemento foraminoso, tal como uma tela metálica; uma película de suporte, tal como uma folha termoplástica; e uma matriz munida com regiões opacas e transparentes, regiões essas que definem o efeito definido e desejado dos orifícios grandes. Um quarto material consiste numa resina fotossensível líquida que é curada sob a influência da luz de um comprimento de onda de activação particular para formar um sólido polimérico relativamente insolúvel, relativamente durável. Uma camada da resina fotossensível líquida é aplicada ao elemento foraminoso, a matriz é justaposta numa relação de contacto com a superfície da resina fotossensível líquida e a resina é exposta à luz de um comprimento de onda de activação através da matriz. A cura, como evidenciado pela solidificação da resina, é induzida nas regiões da camada que estão expostas à luz de activação. A seguir à exposição à luz, a película de suporte e a matriz são separadas do compósito que compreende o elemento foraminoso e a resina. Por fim, a resina fotossensível não curada ainda líquida é removida do compósito por meio de lavagem, deixando para trás o elemento foraminoso desejado cujos orifícios grandes definem o motivo pré-seleccionado desejado. A Patente descreve que o elemento foraminoso produzido pelo processo da invenção pode ser utilizado no fabrico de uma folha de papel contínua aperfeiçoada, utilizando uma máquina de fabrico de papel Fourdrinier de forma que as fibras de fabrico de papel na folha de papel embriónica sejam desviadas para os orifícios grandes do elemento foraminoso e a folha de papel resultante é uma folha contínua caracterizada por uma pluralidade de protuberâncias. De interesse é a descrição na Fig. 4 da Patente Johnson de um efeito "foraminoso" negativo definido por formas descontínuas de resina curada.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a processos aperfeiçoados de produção de tecidos não urdidos com aberturas utilizando um processo de hidroentrelaçamento por meio do qual são aplicadas fibras a um elemento foraminoso que tem uma configuração com motivos e são aplicadas correntes de jacto para hidroentrelaçar as fibras e formar um tecido hidroentrelaçado. Especificamente, o processo compreende os passos de (a) formar um elemento foraminoso que compreende orifícios grandes e orifícios pequenos em que os 4 orifícios pequenos definem uma configuração com motivos sobreposta aos orifícios pequenos. O elemento foraminoso é formado por meio da aplicação de uma resina fotossensível sobre um elemento foraminoso que compreende orifícios pequenos, pela cura da resina fotossensível por fotoactivação numa configuração seleccionada de forma que a resina curada forma partes sólidas salientes nos referidos orifícios definindo os orifícios grandes e pela remoção de toda a resina fotossensível não curada do elemento fotossensível. O processo compreende ainda os passos de (b) proporcionar uma camada de fibras no elemento foraminoso; e (c) aplicar correntes de fluido de hidroentrelaçamento à camada de fibras de forma que as fibras sejam hidroentrelaçadas aleatoriamente em regiões interligadas por fibras que se prolongam entre regiões entrelaçadas adjacentes numa configuração determinada pela configuração dos orifícios grandes do elemento foraminoso para formar um tecido com aberturas.

De acordo com processos preferidos da invenção, o tecido com aberturas é produzido a partir de fibras de poliéster. Estas fibras têm, de preferência, um comprimento de corte entre 12,7 mm e 25,4 mm e são aplicadas a um peso básico entre 18 e 120 gramas por metro quadrado (15 a 100 gramas por polegada quadrada). A utilização de um elemento foraminoso que tem orifícios grandes numa configuração com motivos produzida por meio da cura de uma resina fotopolimerizada proporciona a vantagens da selecção de uma vasta variedade de motivos das aberturas uma com configuração personalizada e da utilização de elementos foraminosos que têm arestas bem definidas que definem os orifícios grandes. A capacidade para definir as arestas dos orifícios grandes com maior precisão permite a produção de aberturas que têm resoluções muito exactas. A capacidade para personalizar a configuração das aberturas dos motivos evita as limitações das redes urdidas em que o tamanho das aberturas e a área total das aberturas dependiam de variáveis. A utilização de elementos foraminosos produzidos pela cura de resinas fotossensíveis em configurações seleccionadas permite a formação de tecidos com aberturas que têm quaisquer combinações de tamanhos de aberturas, formas e motivos limitados apenas às exigências funcionais dos produtos nos quais os tecidos perfurados são utilizados. A capacidade para proporcionar tecidos perfurados com aberturas maiores e com intervalos mais próximos daqueles que poderiam ser produzidos por meio de processos de hidroentrelaçamento utilizando redes urdidas tem especial importância na produção de artigos absorventes, tal como fraldas e outros produtos sanitários quando existe o desejo de proporcionar uma camada superior de um artigo 5 absorvente que permite a rápida transferência de fluidos para camadas absorventes inseridas no artigo.

Diversos aspectos e vantagens da invenção tornar-se-ão evidentes para os peritos ao considerar a descrição detalhada que se segue que descreve formas de realização presentemente preferidas desta.

BREVE DESCRICÃO DOS DESENHOS A Fig. 1 representa um elemento foraminoso usado de acordo com os processos da invenção; a Fig. 2 é um esquema simplificado que representa uma máquina para produzir os tecidos com aberturas da invenção; e a Fig. 3 é fotomacrografia de um tecido com aberturas da invenção.

DESCRICÃO DETALHADA DA INVENÇÃO A presente invenção proporciona processos aperfeiçoados de formação de tecidos não urdidos com aberturas por meio da utilização de um elemento foraminoso num processo de hidroentrelaçamento. Os processos da invenção requerem a utilização de um elemento foraminoso que compreende orifícios grandes e pequenos em que os orifícios grandes definem uma configuração com motivos sobreposta aos orifícios pequenos. Como aqui utilizada a expressão "orifícios grandes" refere-se a aberturas no elemento foraminoso que, por causa do seu tamanho, forma e distribuição, forma a configuração pré-seleccionada que é conferida ao elemento foraminoso. Os orifícios grandes são proporcionados no elemento foraminoso através da manipulação da resina fotossensível como se descreve na presente descrição. É no interior dos orifícios do elemento foraminoso que as fibras que formam o tecido não urdido são consolidadas pelo processo de hidroentrelaçamento. Se o elemento foraminoso desta invenção fosse uma tela stencil, os orifícios grandes definiriam o desenho ou motivo da tela usada para a impressão. "Orifícios pequenos" é a expressão usada na presente descrição para descrever as aberturas presentes no elemento foraminoso em torno das quais o elemento foraminoso é colocado. Embora os orifícios pequenos estejam geralmente presentes em determinados motivos em particular, não são os seus motivos que são referidos como configuração com 6 motivos" na descrição do elemento foraminoso em cima: A "configuração com motivos" refere os motivos dos orifícios grandes. Tipicamente, um orifício pequeno é apenas uma fracção do tamanho de um orifício grande. O desenho definido pelos orifícios pequenos corresponde, como o negativo das fotografias, às aberturas do tecido não urdido a ser formado no elemento foraminoso de acordo com os processos da invenção. Especialmente, as área abertas dos orifícios grandes são as áreas nas quais as fibras são consolidadas e entrelaçadas no decurso do processo de hidroentrelaçamento. As projecções sólidas que definem os orifícios grandes correspondem, portanto, às aberturas dos tecidos não urdidos. A invenção contempla o facto de as projecções sólidas que compreendem o fotopolímero poderem ser contínuas ou descontínuas contendo o tecido não urdido os efeitos resultantes nos motivos das aberturas. O elemento foraminoso é formado por meio da aplicação de uma resina fotossensível sobre um elemento foraminoso que compreende orifícios pequenos, tal como uma tela formada por metal fino ou filamentos poliméricos. A resina fotossensível é depois curada pela fotoactivação num padrão seleccionado para produzir os orifícios grandes desejados. Especificamente, é proporcionada uma matriz fotográfica que compreende áreas transparentes que correspondem às áreas do elemento foraminoso onde a resina vai ser curada e áreas opacas que correspondem aos orifícios grandes. Johnson et al., Patente US n°. 4.514.345 descreve processos adequados para a preparação dos elementos foraminosos da presente invenção que envolvem uma resina fotossensível para colocar em torno de e numa armação polimérica sólida que delineia o efeito pré-seleccionado dos orifícios grandes. Especificamente, esta Patente indica um processo de preparação de um elemento foraminoso que compreende os passos de: (a) aplicação de uma película de suporte na superfície de trabalho de um equipamento de formação; (b) justapor um elemento foraminoso na película de suporte de forma que a película de suporte seja interposta entre o elemento foraminoso e o equipamento de formação; (c) aplicar uma camada de resina fotossensível líquida nas superfícies do elemento foraminoso; (d) controlar a espessura da camada para um valor pré-seleccionado; (e) justapor numa relação de contacto com a camada de resina fotossensível uma matriz que compreende regiões transparentes e opacas em que as regiões opacas definem uma configuração com motivos; (f) expor através da matriz a resina fotossensível líquida à luz com um comprimento de onda de activação induzindo, desta forma, a cura da resina fotossensível nas regiões que estão em registo com as regiões transparentes da matriz; e (g) remover toda a resina fotossensível não curada do elemento foraminoso. 7 O elemento foraminoso é o material em torno do qual o elemento foraminoso é colocado. Elementos foraminosos adequados incluem redes que têm tamanhos de malha de 6 a 75 filamentos por centímetro no sentido da máquina (SM) ou no sentido transversal ao da máquina (TM) e feitas de metal ou filamentos poliméricos, sendo preferidos os filamentos de poliéster. Redes com uma tecedura quadrada são adequadas tal como as redes com outras teceduras mais complexas. Concepções com uma ou várias camadas são adequadas. São preferidos filamentos com secções transversais redondas ou ovais. Para além das redes, os elementos foraminosos podem ter tecidos urdidos ou não urdidos, tela termoplástica e semelhante.

Resinas fotossensíveis adequadas podem ser rapidamente seleccionadas a partir das diversas comercializadas no mercado. Resinas preferidas são polímeros que curam ou que formam ligações cruzadas sob a influência de radiação, tal como a luz ultra-violeta (UV). Resinas fotossensíveis líquidas particularmente preferidas incluem as descritas na Patente US n°. 4.514.345 incluindo as da série de resinas Merigraph™ comercializadas por Hercules Incorporated, Wilminfton, Delaware.

Na preparação de elementos foraminosos para utilizar na presente invenção, a resina fotossensível é aplicada no elemento foraminoso a uma espessura seleccionada para produzir projecções com uma altura desejada no elemento foraminoso. A altura das projecções ("sobrecarga") que define os orifícios grandes depende da espessura do tecido com aberturas a ser produzido, o tipo de fibras usado na sua preparação e outros factores que seriam evidentes para os peritos na técnica do hidroentrelaçamento, variando as alturas geralmente de cerca de 0,1 mm a cerca de 3 mm e variando a espessura preferida de cerca de 0,5 mm a cerca de 2,5 mm sendo as espessuras de cerca de 1,0 a 2,0 mm preferidas. Entre as considerações que determinam a altura das projecções encontra-se a preocupação de que se as projecções forem excessivamente altas o tecido pode rasgar-se ao ser removido da rede. A espessura da resina fotossensível aplicada ao elemento foraminoso pode ser controlada por meios convencionais, tal como a utilização de rolos de laminagem, lâminas raspadoras e semelhantes.

Matrizes úteis na prática da presente invenção podem ser de qualquer material adequado munido com regiões opacas e transparentes de forma sombrear certas áreas da resina fotossensível e expor outras à radiação de activação. Matrizes preferidas são produzidas de materiais de películas flexíveis, tal como poliéster, polietileno ou películas celulósicas 8 sendo as películas de poliéster com fotogravuras particularmente preferidas. As regiões opacas podem ser aplicadas à matriz por meios como o processo Ozalid, impressão a tela fotográfica, de fotogravura, flexográfica ou rotativa como são conhecidos na técnica. A resina fotossensível líquida é exposta à luz de activação através da matriz induzindo desta forma a cura da resina no registo com as regiões transparentes da matriz. Pode utilizar-se qualquer fonte adequada de radiação como é bem conhecido na técnica para curar a resina fotossensível. A intensidade e a duração da exposição à radiação inserem-se também no conhecimento comum na técnica. A cura da resina é evidenciada pela solidificação da resina nas áreas expostas. Depois de terminada esta cura, a resina não curada é retirada do elemento foraminoso por processos de lavagem. De acordo com um processo, é efectuado no exterior um passo de pré-cura em que 50 a 75% do polímero é reagido, seguindo-se a remoção da matriz e da barreira. A seguir, a resina líquida é submetida a vácuo e é efectuado um passo de lavagem para remover o remanescente de resina líquida. Finalmente, é efectuado um passo de pós-cura para completar a polimerização da resina solidificada inicial. A configuração com motivos definida pelos orifícios grandes no elemento foraminoso corresponde às áreas que contêm fibras no tecido não urdido e é determinada pela configuração das áreas opacas na matriz. Contrariamente, as aberturas do tecido não urdido correspondem às áreas salientes da resina curada no elemento foraminoso. Devido à elevada flexibilidade dos processo de fotocura utilizados pela invenção, podem criar-se aberturas com virtualmente qualquer tamanho, altura, alinhamento e motivos de acordo com as utilizações finais destes tecidos. Podem criar-se áreas salientes que têm diferentes alturas e/ou inclinações laterais e a porosidade do elemento foraminoso subjacente pode variar. Por exemplo, quando um material não urdido se destina a ser utilizado como uma camada superior num produto absorvente sanitário, tal como uma fralda, o tecido com aberturas pode ser munido com aberturas maiores e em maior número em alguns locais e menos e menores em outros de acordo com as exigências em particular do produto. Por exemplo, existe a necessidade de aberturas maiores e em maior número em camadas superiores para recém-nascidos para absorver mais rapidamente o peristaltismo acelerado. As exigências de diferentes produtos ou mesmo de várias partes de um mesmo produto podem, portanto, ser abarcadas pelo processo da presente invenção. Contudo, não devem ser criadas aberturas que reduzam a integridade estrutural do tecido não urdido. 9 O elemento foraminoso produzido de acordo com os processos descritos em cima pode depois ser utilizado na produção de tecidos com aberturas por meio de um processo de hidroentrelaçamento que compreende os passos de proporcionar uma camada de fibras no elemento foraminoso e aplicar correntes de jactos a uma camada de fibras, de forma que as fibras sejam aleatoriamente entrelaçadas em regiões interligadas por fibras que se prolongam entre regiões entrelaçadas adjacentes numa configuração determinada pela configuração dos orifícios grandes do elemento foraminoso para formar um tecido com aberturas.

Na aplicação prática dos processos da invenção, é formada uma camada de fibras como um manto não urdido ou outra camada inicial fibrosa no elemento foraminoso e que é submetido a um processo de hidroentrelaçamento, tal como é bem conhecido na técnica. A camada inicial pode consistir em qualquer lençol, esteira ou manto de fibras soltas, dispostas numa relação aleatória entre si ou em qualquer grau de alinhamento, tal como pode ser produzido por cardagem e semelhante. As fibras podem ser qualquer material natural, celulósico e/ou totalmente sintético. A camada inicial pode ser feita utilizando qualquer técnica desejada, tal como cardagem dispersão aleatória, aplicação de ar ou pasta e semelhante. Pode ser constituída por misturas de fibras de diferentes tipos e/ou tamanhos. Além disso, a camada inicial pode ser um conjunto de fibras soltas, tal como por exemplo tecidos cardados com sobreposição transversal.

Para inter entrelaçar as fibras, as correntes de fluido que incidem na camada fibrosa podem ser formadas a alta pressão e apresentar um elevado fluxo de energia. A configuração dos jactos de hidroentrelaçamento e a selecção dos parâmetros de funcionamento e as condições da sua utilização inserem-se também nos conhecimentos comuns dos peritos.

Durante o funcionamento do processo, água ou outro líquido ou fluido adequado é forçado, sob alta pressão, a passar através dos orifícios de pequeno diâmetro de forma a surgir continua ou intermitentemente sob a forma de comentes de fluxo de elevada energia precisas, essencialmente colunares. O tecido ou outra camada fibrosa é colocado no elemento foraminoso e o conjunto é deslocado, com o lado da camada para cima, para o curso das correntes de fluxo de elevada energia. O tecido ou as correntes, ou ambos, são deslocados para atravessar o tecido. As correntes de fluxo de elevada energia incidem nas fibras individuais e causam o seu afastamento físico das projecções que definem os 10 orifícios grandes e a deslocação para as depressões que correspondem aos orifícios grandes no elemento foraminoso. À medida que a incidência prossegue, as fibras do tecido são simultaneamente realinhadas e bloqueadas no seu lugar numa configuração que corresponde à configuração dos orifícios grandes. A estrutura resultante compreende fibras dispostas numa configuração geométrica ordenada de feixes de intersecção bloqueados em conjunto nas suas intersecções apenas por interacção das fibras.

Os tecidos com aberturas da presente invenção podem ser secos enquanto se encontram ainda nos elementos foraminosos mas são, de preferência, secos após a sua remoção. Os tecidos com aberturas podem ser submetidos a secagem, impressão, tratamento térmico, ou a outros tipos de processamento convencional de tecidos incluindo o tratamento com resinas, aglutinantes, gomas, acabamentos e semelhantes, revestidos na superfície e/ou prensados, estampados em relevo ou laminados com outros materiais. A invenção será melhor apreciada considerando os exemplos de formas de realização específicas desta apresentados na presente descrição. Estes exemplos são ilustrativos da invenção mas não devem ser considerados limitativos desta. O exemplo 1 descreve um elemento foraminoso de formação de acordo com a invenção. O exemplo 2 descreve a utilização do elemento foraminoso produzido pelo processo do exemplo 1 para produzir um tecido com aberturas de acordo com a invenção. EXEMPLO 1

De acordo com este exemplo, é produzido um elemento foraminoso que compreende orifícios grandes e orifícios pequenos em que os orifícios grandes são produzidos de acordo com os processos de Johnson et al., Patente US n°. 4.514.345, Smurkoski et al., Patente US n°. 5.098,522 e Trokhan Patente US n°s. 4.528.239. Especificamente, é aplicada uma resina fotossensível ao elemento foraminoso (10) da Fig. 1 que compreende uma matriz urdida de filamentos (12) que define os orifícios pequenos e foi coberto com uma matriz fotográfica que tem partes transparentes que definem projecções em forma de diamante com vértice redondo. A radiação de activação é transmitida através da matriz para curar a resina fotossensível no elemento foraminoso (1) de forma que a resina curada forma partes salientes (14) nos referidos orifícios pequenos que definem os orifícios grandes. A resina fotossensível não curada é depois retirada do elemento foraminoso (10) para produzir um elemento foraminoso (8) que compreende orifícios 11 grandes definidos pelas partes elevadas (14) e pelos orifícios pequenos em que os orifícios grandes definem uma configuração com motivos sobreposta aos orifícios pequenos. EXEMPLO 2

Neste exemplo, é usado um elemento foraminoso (8) que compreende orifícios grandes e orifícios pequenos que é produzido de acordo com o processo de exemplo 1 para produzir um tecido perfurado. O elemento foraminoso (8) é formado num elemento foraminoso que é uma matriz urdida (10) que compreende 2 filamentos por mm (50 filamentos por polegada) no sentido da máquina e 2 filamentos por mm (50 filamentos por polegada) no sentido transversal ao da máquina, urdido numa configuração de tecedura quadrada. Os filamentos (12) em cada sentido têm 0,15 mm (0,006 polegadas) de diâmetro e são feitos de poliéster. A espessura do elemento foraminoso (10) é de 0,3 mm (cerca de 0,012 polegadas). Os orifícios são criados pelo posicionamento intermitente das protuberâncias dos fotopolímeros salientes (14) no elemento foraminoso (10). As partes elevadas (14) têm a forma de diamantes com vértice redondo ocorrendo a uma frequência de 0,06 partes salientes descontínuas por milímetro quadrado (32 por polegada quadrada). As partes salientes (14) ocorrem num passo do sentido da máquina de cerca de 5,6 mm (cerca de 0,22 polegadas) e num passo do sentido transversal ao da máquina de 3 mm (cerca de 0,12 polegadas). Cada protuberância (14) prolonga-se 0,6 mm (0,025 polegadas) a partir da superfície do lado do tecido do elemento foraminoso (10). Cada parte saliente (14) tem uma dimensão de 4,4 mm (cerca de 0,175 polegadas) no sentido da máquina e de 3,1 mm (cerca de 0,1214 polegadas) no sentido transversal ao da máquina. O raio de curvatura em cada vértice da protuberância é de 0,6 mm (cerca de 0,025 polegadas). As partes salientes cobrem cerca de 30% da área total do elemento foraminoso (8).

De acordo com o processo representado na Fig. 2, é aplicado um tecido fibroso não unido (20) a uma correia de formação (22) e suportado por ela que compreende um elemento foraminoso (8) produzido de acordo com o processo do exemplo 1. O tecido fibroso é geralmente composto por fibras de poliéster descontínuas caracterizado pelos seguintes parâmetros: denier de 1,0 a 3,0 dpf, de preferência 2,0 dpf; comprimento de corte de 12,7 mm a 25,2 mm (0,5 a 0,10 polegadas), de preferência 19 mm (cerca de 0,75 polegadas); peso básico 18 a 120 gr/m2 (15 gramas por jarda quadrada a 100 gramas por jarda 12 quadrada), de preferência 60 gr/m2 (50 gramas por jarda quadrada). A correia de formação (22) é suportada e accionada por rolos (23) e (24). É fornecida água a alta pressão ao processo a partir de uma conduta de tubos (26) que é alimentada a partir de bombas e de um reservatório (não mostrado). A água é orientada para várias condutas reguladas por válvulas (27a-27d), e controladores da pressão (28a-28d). A água é seguidamente fornecida a uma série de colectores (29a-29d), contendo cada um deles uma fileira de jactos de pressão. Tendo em conta o esquema de controlo apresentado, cada colector pode manter a sua própria pressão de acordo com as características desejadas do tecido acabado.

Cada colector tem uma caixa de vácuo auxiliar (30a-30d) situada por baixo do colector e que se encontra próximo da correia. Cada uma destas caixas de vácuo tem uma abertura chanfrada posicionada de encontro à parte inferior da correia de formação através da qual o ar é conduzido pelas bombas e condutas para secar o tecido fibroso. Cada conduta de água, controlador das válvulas, colector e caixa de vácuo constitui uma zona de formação. As condições típicas do processo para a formação de zonas variam de 6900 a 11700 kPa (100 a 3,000 psi), de preferência 6900 kPa (cerca de 1000 psi) para a pressão da água e 127 a 760 mm (5 a 30 polegadas) de água, de preferência 510 mm (cerca de 20 polegadas) de água para o nível de vácuo. À medida que a água passa através do tecido fibroso e da correia de formação para a caixas de vácuo, as fibras são empurradas e afastadas das protuberâncias (uniões sólidas) para as áreas abertas da correia de formação formando, desta forma, aberturas ou áreas abertas no tecido fibroso. Esta acção destina-se a entrelaçar as fibras conferindo um grau de integridade estrutural ao tecido. O tecido resultante é essencialmente uma imagem de espelho ou invertida da correia de formação. O tecido pode depois ser usado como uma camada superior no fabrico de artigos absorventes tal como fraldas, pensos higiénicos e semelhantes. A Fig. 3 é uma fotomacrografia de um tecido com aberturas, produzido de acordo com a invenção, em que as fibras que formam o tecido e as aberturas definidas por essas fibras são claramente visíveis. As marcas de escala em baixo na fotografia são em incrementos de 0,5 mm.

Espera-se que ocorram aos peritos diversas modificações e variações na aplicação prática da invenção ao considerar a descrição anterior das formas de realização preferidas desta. Por exemplo, como processo alternativo ao descrito no exemplo 2, a 13 secção de formação pode ser consolidada numa configuração circular em que a correia de formação é essencialmente uma rede cilíndrica. Os colectores de alta pressão estão posicionados numa disposição radial em torno da rede rotativa que aloja uma câmara de vácuo. Neste esquema do processo, múltiplas das fases do processo são comuns para a obtenção de uma configuração particular do tecido. Consequentemente, as únicas limitações que devem colocadas no âmbito da presente invenção são as que surgem nas reivindicações em anexo.

Lisboa, 11JUN. 7000

Por THE PROCTER & GAMBLE COMPANY

Agente Oficia! da Propriedade industrial Arco da Conceição, 3,1?- 1100 LISBOA 14

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Processo de formação de um tecido com aberturas que compreende os passos de: (a) formar um elemento foraminoso (8) que compreende orifícios grandes e orifícios pequenos, em que os orifícios grandes definem uma configuração com motivos sobreposta aos referidos orifícios pequenos por meio da aplicação de uma resina fotossensível sobre um elemento foraminoso que compreende orifícios pequenos, curando a referida resina fotossensível por meio de fotoactivação numa configuração seleccionada de forma que a referida resina curada forma partes salientes (14) nos referidos orifícios pequenos definindo os referidos orifícios grandes, e removendo a totalidade da resina fotossensível não curada do referido elemento foraminoso (8) caracterizado por o referido processo compreender ainda os passos de: (b) proporciona uma camada de fibras (20) no referido elemento foraminoso (8) e (c) aplicar correntes de fluido de hidroentrelaçamento à referida camada de fibras (20) de forma que as fibras sejam entrelaçadas aleatoriamente em regiões interligadas por fibras que se prolongam entre regiões entrelaçadas adjacentes numa configuração determinada pela configuração dos orifícios grandes do elemento foraminoso para formar um tecido com aberturas.
2. Processo da revindicação 1 caracterizado por o referido tecido com aberturas compreender motivos irregulares.
3. Processo da reivindicação 1 caracterizado por as partes salientes (14) variarem em altura de cerca de 1,0 mm a cerca de 2,0 mm.
4. Processo da reivindicação 1 caracterizado por as referidas fibras terem um comprimento de corte entre 12,7 mm e 25,4 mm (0,5 a 1 polegada).
5. Processo da reivindicação 1 caracterizado por as referidas fibras serem aplicadas com um peso básico entre 18 e 120 gramas por metro quadrado (15 a 100 gramas por jarda quadrada). 1 Lisboa, 12 JUN. W Por THE PROCTER & GAMBLE COMPANY

Agente Oficial da Propriedade Industria! Arco da Conceição, 3,1S- 1100 LISBOA 2 RESUMO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE TECIDOS NÃO URDIDOS É proporcionado um processo de formar tecidos com aberturas que compreende os passos de a) formar um elemento foraminoso que compreende orifícios grandes e orifícios pequenos em que os orifícios grandes definem uma configuração com motivos sobreposta aos orifícios pequenos por meio da aplicação e cura de uma resina fotossensível sobre a um elemento foraminoso que compreende orifícios pequenos para formar partes salientes nos orifícios pequenos que definem os orifícios grandes; b) proporcionar uma camada no referido elemento foraminoso e c) aplicar correntes de fluido à referida camada de fibras de forma que as fibras sejam hidroentrelaçadas aleatoriamente em regiões interligadas por fibras que se prolongam entre regiões entrelaçadas adjacentes numa configuração determinada pelo desenho dos orifícios grandes do elemento foraminoso para formar um tecido com aberturas.