BRPI0416837B1 - composição amilácea filmógena - Google Patents

Abstract

"composição amilácea filmógena". a presente invenção tem por objeto uma composição amilácea filmógena para o revestimento com película de formas sólidas ou o preparo de películas, caracterizada pelo fato de apresentar um teor em amilose compreendido entre 25 e 45 %, de preferência compreendido entre 30 e 44 %, e ainda mais preferencialmente compreendido entre 35 e 40 %, essas percentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso seco de amido contido nessa composição, e de compreender pelo menos um amido estabilizado. a invenção visa, além disso, a um processo de revestimento com película de formas sólidas, caracterizado pelo fato de consistir na pulverização dessa composição filmógena sobre uma camada de núcleos em movimento. ela visa enfim à utilização dessa composição filmógena para a fabricação de películas, cápsulas, geléias.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "COMPOSIÇÃO AMILÁCEA FILMÓGENA". A invenção refere-se a uma composição filmógena à base de amido, assim como a um processo de revestimento com película de formas sólidas farmacêuticas, alimentares, agrícolas e de preparo de películas que utilizam essa composição.

Entende-se por formas sólidas no sentido da presente invenção qualquer apresentação de substâncias alimentícias, farmacêuticas, cosméticas, químicas ou agroquímicas, sob a forma, por exemplo, de comprimidos, cápsulas gelatinosas, cápsulas, péletes, microesferas, granulados, sementes, grãos, cristais ou pós, etc.

Os amidos nativos e modificados são tradicionalmente utilizados na indústria farmacêutica, notadamente como diluentes, agente desintegra-dor, ligante, para o preparo de comprimidos, o enchimento de cápsulas gelatinosas. Os amidos nativos raramente são utilizados para o revestimento com película, em virtude principalmente de seu caráter insolúvel na água fria, o que necessita obrigatoriamente de um pré-cozimento prévio do amido, a fim de solubilizá-lo. O revestimento com película de formas sólidas, em particular de comprimidos, é uma operação freqüente que visa obter uma proteção física e química do princípio ativo, O medicamento é assim protegido de seu meio ambiente (umidade, oxigênio, luz). O revestimento com película permite também ocultar o gosto, o odor ou a cor desse princípio ativo, e permite também modificar sua liberação no organismo, aumentando a resistência do comprimido aos sucos gástricos. O revestimento com película facilita a ingestão dos comprimidos, melhora sua aparência e sua integridade mecânica. A maior parte das formas sólidas pode ser revestida com películas: comprimidos, cápsulas gelatinosas, cápsulas, granulados. O revestimento com película consiste na aplicação de uma composição líquida filmógena, por exemplo, sobre comprimidos, essa composição tornando-se após secagem uma película protetora. O agente filmógeno ideal apresenta, de preferência, um peso molecular elevado, uma viscosida- de pequena e uma boa adesão ao suporte. Deve permitir a obtenção de uma película elástica coesiva, aderente à forma que toma. De preferência, é solúvel na água, a água sendo o solvente preferido em relação aos solventes orgânicos em razão de sua facilidade de utilização.

Existe no mercado um bom número de composições filmógenas à base de polímeros de celulose, de acrilato. Pode-se citar, em particular a hidroxipropil metilcelulose (HPMC) comumente utilizada para o revestimento de comprimidos com películas. Podem ser encontradas certas dificuldades, utilizando-se esse tipo de polímeros, tais como problemas de aderência aos suportes, de craqueamento ou fissura do revestimento ou fenômenos de enchimento das gravuras freqüentemente presentes sobre os comprimidos (Jogos, dosagens). Além disso, a HPMC apresenta um inconveniente de ter um gosto e/ou um odor desagradável. Os polímeros sintéticos são, além disso, comercializados a preços bastante elevados. O amido é há muito tempo utilizado como um agente filmógeno na indústria têxtil ou do papel. As principais fontes industriais de amido são, por ordem de importância decrescente, o milho, o trigo, a batata inglesa, a mandioca e a batata doce. Em função de sua origem, o amido apresenta variações de composição, em particular no que se refere às percentagens de amilose e de amilopectina. A amilopectina é a componente ramificada do amido no qual as unidades de α-D glicose são polimerizadas por ligações ocD(1-4) e são ligadas com ramificações em aD(1-6). A amilose é a componente linear do amido, que só contém praticamente ligações aD(1-4).

Certas variedades de amido, ditas "waxy", são constituídas essencialmente de amilopectina, Outras, ditas "ricas em amilose", são constituídas de mais de 50% e geralmente de 70 a 75% de amilose.

Os amidos ricos em amilose são conhecidos há muito tempo por suas propriedades filmógenas e pareceram sempre superiores aos outros amidos nessa aplicação. Eles apresentam, todavia, o inconveniente de necessitar de uma utilização à alta temperatura, isto é, a aproximadamente 80 °C para evitar que esses amidos retrogradem. Isto é particularmente incô- modo para o revestimento de formas sólidas, já que os equipamentos usuais de revestimento com película não são previstos para trabalhar a essas temperaturas. Além disso, é preciso controlar para que nenhum ponto do circuito fique frio, o que ocasionaria uma gelificação da composição nos circuitos.

Os amidos ricos em amilopectina não são utilizáveis em particular nos processos de revestimento com películas em turbina, considerando-se que se observa, quando de sua utilização, uma aglomeração dos centros a serem revestidos com película entre si. Esse defeito redibitório é muito difícil de corrigir, gera um revestimento final heterogêneo e incompleto, e impõe formulações complexas. Os amidos waxy são, além disso, muito viscosos em solução, o que explica provavelmente as dificuldades de utilização que geram um revestimento com película. A patente WO 02/00205 descreve a utilização de amido rico em amilose acetilado e pré-gelatinizado para o revestimento de comprimidos, a fabricação de cápsulas e de "caplets" (comprimidos revestidos de uma película espessa reunidos em uma cápsula gelatinosa). O amido compreende, além disso, 50% de amilose e é, de preferência, oriundo do milho. A patente EP 1.245.577, cuja requerente é titular, descreve um processo de preparo de amidos ricos em amilose pré-gelatinizados e suas aplicações em revestimento com película, cápsulas moles, cápsulas gelatinosas, películas refrescantes. A patente WO 02/092708 descreve um processo de preparo de uma composição filmógena, consistindo na extração em meio alcoólico da amilose de um amido, compreendendo mais de 50%. A composição filmógena compreende, portanto, amilose pura e pode compreender, além disso, um agente plastificante. A patente EP 945.487 descreve películas à base dos derivados de amido ou de amilose, fabricadas a partir de uma solução de éter hidroxi-propílico de amido, o teor em amilose da matéria bruta inicial sendo superior a 60%. Em particular, um amido de peso rígido, compreendendo aproximadamente 75% de amilose, é utilizado, A patente EP 1.024.795 descreve as misturas de amilose e de etilcelulose, a amilose sozinha não sendo estável e em relação à retomada com água.

Embora as propriedades filmógenas dos amidos ricos em amilose sejam interessantes, sua utilização permanece bastante constrangedora na prática em virtude de sua retrogradação rápida ao resfriamento. Isto pode ser evitado, efetuando-se uma pulverização a quente da solução filmógena, mas existe então risco de bujonamento dos bocais, devido à retrogradação do amido, durante a pulverização. As soluções de revestimento com película à base de polímeros sintéticos são atualmente preparadas e pulverizadas à temperatura ambiente. Seria, portanto, muito interessante e muito mais prático, na indústria, poder dispor de um amido filmógeno que possa ser utilizado a uma temperatura de trabalho a mais próxima possível da temperatura ambiente, permanecendo estável nessas condições. Procura-se também poder fabricar uma película ou um revestimento com película de forma sólida que seja impermeável à água, permitindo formular revestimentos de barreira à água ou com dissolução retardada. Da mesma forma, o formulador busca, para diminuir o tempo de revestimento de película, a matéria seca a mais eievada possível e uma viscosidade compatível com a pulverização por bocal, o que pode apresentar problema, quando se trabalha com amidos ricos em amilose, desenvolvendo uma forte viscosidade em solução. O ideal seria poder dispor de uma solução de revestimento de matéria seca superior a 20% e, de preferência, próxima de 30%, apresentando uma viscosidade inferior a 500 mPa.s à temperatura de trabalho. Isto permitiría se livrar de qualquer etapa de aquecimento e de manutenção das soluções a quente. Não existe portanto, no momento atual, solução satisfatória para realizar películas ou revestimentos com películas satisfatórios, a partir de amidos como único agente filmógeno, a fim de poder substituir os polímeros sintéticos bastante onerosos.

Procurando prevenir essa falta, a requerente realizou então numerosos trabalhos para substituir o total ou parte dos polímeros sintéticos por uma matéria amilácea que não apresenta os inconvenientes dos amidos pré-citados. E ela teve o mérito de descobrir que essa finalidade podia ser atingida desde que se utilizasse para preparar uma composição filmógena jm amido ou uma mistura de amidos, cujo teor em amilose fosse seleciona-to em uma faixa particular, compreendida entre 25 e 45%. A presente invenção tem, portanto, por objeto uma composição amilácea filmógena para o revestimento com película de formas sólidas ou o oreparo de películas de formas sólidas ou o preparo de películas, caracterizada pelo fato de apresentar um teor em amilose compreendido entre 25 e 45%, de preferência compreendido entre 30 e 44%, ainda mais preferencialmente compreendido entre 35 e 40%, e mais entre 35 e 38%, essas percentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso seco de amido contido nessa composição e que compreende pelo menos um amido estabilizado.

Para preparar essa composição filmógena podem ser utilizadas misturas de amidos de diversas origens, de maneira a regular o teor em ami-ose entre 25 e 45%. Podem-se misturar, por exemplo, amidos ricos em ami-opectina (ditos "waxy") com amidos ricos em amilose.

Pode-se, por outro lado, utilizar amidos que apresentam naturalmente um teor em amilose compreendido na faixa selecionada, de acordo com a invenção. Em particular, o amido proveniente de leguminosa pode ser conveniente. De acordo com a presente invenção, esse amido de legumino-ca apresenta um teor em amilose inferior a 45%, mais precisamente com-oreendido entre 25 e 45%, de preferência compreendido entre 30 e 44%, e ainda mais preferencialmente compreendido entre 35 e 40%. Por "leguminosa", no sentido da presente invenção, entende-se qualquer planta pertencente às famílias das cesalpináceas, mimosáceas ou papilonáceas e notada-mente qualquer planta pertencente à família das papilonáceas, como, por exemplo, a ervilha, o feijão, a fava, a faveira, a lentilha, a alfafa, o trevo ou o tremoço.

Essa definição inclui notadamente as plantas descritas em qualquer uma das tabelas contidas no artigo de R. HOOVER et al. intitulado "Composition, structure, functionality and Chemical modification oi legume straches: a review.

De preferência, a leguminosa é escolhida no grupo que compreende a ervilha, o feijão, a fava e a faveira.

Vantajosamente, trata-se de ervilha, o termo ervilha sendo no caso considerado em sua acepção a mais ampla e incluindo, em particular: - todas as variedades selvagens de "ervilha lisa" {"smooth pea"), e - todas as variedades mutantes de ervilha lisa e de ervilha enrugada ("wrínkled pea"} e isto qualquer que sejam as utilizações às quais se destinam essas variedades (alimentação humana, nutrição animal e/ou outras utilizações).

Essas variedades mutantes são notadamente aquelas denominadas "mutantes r", "mutantes rb", "mutantes rug3", "mutantes rug 4", "mutantes rug 5" e "mutantes Iam", tais como descritas no artigo de C-L HEY-DLEY et al. intitulado "Developing novel pea starches" Proceedings of the Symposium of the Industrial Biochemistry and Biotechnology Group of the Biochemical Society, 1996, pp. 77-87.

De acordo com uma outra variante vantajosa, a leguminosa é uma planta, por exemplo uma variedade de ervilha ou de faveira, dando grãos que contêm pelo menos 25%, de preferência pelo menos 40%, em peso de amido (sec/sec).

Por "amido de leguminosa", entende-se qualquer composição extraída, e isto de qualquer modo que seja, de uma leguminosa e notadamente de uma papilonácea, e cujo teor em amido é superior a 40%, de preferência superior a 50% e ainda mais preferencialmente superior a 75%, essas percentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso seco dessa composição, Vantajosamente, esse teor em amido é superior a 90% (sec/sec). Ele pode em particular ser superior a 95%, e inclusive superior a 98%.

Segundo uma outra variante, o teor em proteínas dessa composição é inferior a 25%, de preferência inferior a 10%, essas percentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso seco dessa composição. Esse teor pode notadamente ser inferior a 5%, e inclusive inferior a 1 %. O teor em amido da composição filmógena, de acordo com a invenção, está compreendido entre 10 e 90 % em peso, de preferência entre 10 e 50 %, e mais preferencialmente ainda entre 10 e 30 %. O amido contido nessa composição pode notadamente ter sofrido pelo menos um tratamento de modificação escolhido no grupo que compreende os tratamentos químicos, os tratamentos físicos e os tratamentos enzimáticos.

Os tratamentos químicos compreendem, em particular, todas as operações conhecidas de esterificação, de eterificação, de reticulação ou de hidrólise por vias ácida ou oxidante.

De acordo com uma variante preferida da invenção, os tratamentos químicos convenientes particularmente à obtenção de uma composição filmógena são os tratamentos ditos de estabilização que são a hidroxipropi-lação, a acetilação, esses tratamentos podendo eventualmente ser completados por fluidificação, por exemplo por tratamento ácido. Obtém-se nesse caso uma composição filmógena que apresenta propriedades inteiramente semelhantes ao polímero sintético de referência: a hidroxipropil metilcelulo-se. A composição, de acordo com a invenção, compreende, portanto, vantajosamente pelo menos um amido estabilizado, e de preferência um amido hidroxipropilado que apresenta um grau de substituição (DS) de 0,2 máximo. Entende-se por DS no sentido da presente invenção o número médio de grupamentos hidroxipropila para dez unidades de anidroglicose. Esse número médio é determinado pelos métodos analíticos usuais muito conhecidos do técnico.

Os tratamentos físicos compreendem, em particular, todas as operações conhecidas de pré-cozimento, de cozimento, de extrusão, de a-tomização ou de secagem, as operações de tratamento por microondas ou ultra-sons, de plastificação ou de granulação. A composição filmógena, de acordo com a invenção, pode, além disso, compreender um ou vários agentes filmógenos secundários, que po- dem ser escolhidos dentre os derivados celulósicos, tais como os alquil éteres ou alquil ésteres, como, por exemplo, metilcelulose, carboximetilcelulose (CMC), hidroxipropil celulose (HPC), hidroxipropil metilcelulose, acetoftalato de celulose, acetato de celulose ou etil celulose, ou ainda a polivinilpirrolido-na (PVP), o ftalato de polivinila, a dextrose, a zeína, o "pullulan", os polímeros acrílicos, os alginatos, os carragenatos, o polivinil álcool (PVA), a gelatina, as dextrinas e suas misturas. Esse agente filmógeno secundário tem um papel retorçador de cobertura, e permite evitar eventuais tissurações do revestimento criado e inclusive sua alteração, quando das manipulações posteriores.

Vantajosamente será utilizada uma hidroxipropil metilcelulose de baixa viscosidade (compreendida entre 3 e 15 centipoises à temperatura ambiente, em solução a 2% em peso na água), de acordo com uma variante preferida, será utilizada uma mistura de hidroxietil celulose, hidroxipropil metilcelulose e de amido, de acordo com a invenção, a relação ponderai entre a hidroxietil celulose e a hidroxipropil metilcelulose estando vantajosamente compreendida entre 1:4 e 1:1, de preferência entre 1:3 e 1:2. O agente filmógeno secundário estará presente na composição filmógena, de acordo com a invenção, com valores de 0 a 55% em peso sobre sec, de preferência de 3,5 a 50%, ainda mais preferencialmente de 5 a 20%. A composição filmógena, de acordo com a invenção, pode vantajosamente compreender um ou vários agentes plastificantes, hidrófilos ou hidrófobos. Esse agente piastificante pode ser escolhido no grupo constituído notadamente pelo glicerol, pelo sorbitol e pelos anidridos de sorbitol, o maltitol e os xaropes de maltitol, o polietileno glicol de peso molecular compreendido entre 400 e 10000 dáltons e o estearato de polietileno glicol, o propileno glicol, o trietilcitrato, o acetiltrietilcitrato, o tributilcitrato, o poli-ssorbato, os monoglicerídeos acetilados, os ésteres de ácido láctico, os ácidos graxos e seus sais ou derivados etoxilados como notadamente o ácido esteárico, os ftalatos, os sebacatos de etila ou de butila, o migliol, o glicerol triacetato, a parafina líquida, a lecitina, a cera de carnaúba, o óleo de rícino hidrogenado sozinho ou em mistura entre si. Um agente plastificante preferido é o ácido esteárico etoxilado ou a triacetina.

Teores em plastificantes compreendidos entre 2,5 e 30% são convenientes, as percentagens sendo expressas em relação em amido contido na composição filmógena. De acordo com uma variante preferida, a composição filmógena, de acordo com a invenção, compreende, entre 5 e 15% e ainda mais preferencialmente entre 7,5 e 10% de agentes plastificantes em peso seco em relação à composição filmógena. A composição filmógena pode também compreender qualquer aditivo apropriado comumente utilizado pelo técnico, tal como aromas, agentes edulcorantes, corantes ou pigmentos, opacificantes, tais como o talco, lubrificante, tais como o estearato de magnésio, os óleos minerais, a lecitina, a cera de carnaúba, agentes impermeabilizantes, tais como os ácidos graxos e seus derivados, os polímeros de silicone, agentes umedecedores, tais como tensoativos, surfactantes, tais como o polissorbato 80, agentes que melhoram a adesão da película, tais como a celulose microcristalina, os polióis, maltodextrinas, polidextrose ou o lactato, conservantes, tais como notada-mente o citrato de sódio, agentes antiagregante, como o polietileno glicol 3350, a lecitina, o ácido esteárico, o talco, a celulose microcristalina, solventes aquosos, tais como metanol, etanol, butanol, cloreto de metileno, aceto-na, assim como substâncias ativas, por exemplo farmacêuticas.

Os pigmentos de coloração capazes de serem utilizados podem ser escolhidos dentre os pigmentos utilizados até então na fabricação de produtos filmógenos destinados ao revestimento de formas sólidas farmacêuticas ou alimentares. Poder-se-á utilizar qualquer pigmento ou corante solúvel ou sob a forma de lacas, de qualidade alimentícia ou farmacêutica, e notadamente o dióxido de titânio, o taico, o carbonato de magnésio, os óxi-dos de ferro, a riboflavina. Os teores em corantes variam segundo o tipo de coloração buscado: para os revestimentos brancos, será preferível utilizar 20 a 50% em peso de dióxido de titânio; para os revestimentos coloridos, serão utilizados 0,1 a 40%, de preferência 15 a 25% em peso de corante.

Os agentes lubrificantes podem ser utilizados à razão de 0 a 10% em peso na composição filmógena. Os conservantes são geralmente utilizados à razão de 0 a 4% em peso. Os surfactantes são incorporados à razão de 0 a 15% em peso.

Ela pode compreender, além disso, a água e geralmente teores em água compreendidos entre 10 e 90% em peso. De preferência, essa composição compreende de 60 a 85% em peso de água, e ainda mais preferencialmente de 70 a 80% de água. A composição filmógena, de acordo com a invenção, pode também se apresentar sob a forma de pó pronto para uso. Ela pode consistir seja em uma mistura física de pós, ou sob a forma de granulados obtidos pelas técnicas conhecidas do técnico, tais como granulação por via úmida, em camada fluidificada, por atomizaçâo, por extrusão, esferonização, compactação, spray-cooling, etc.

Bons resultados foram obtidos com composições filmógenas, compreendendo em peso: -10 a 15% em peso de amido de ervilha estabilizada -1 a 2% em peso de plastifícante - eventualmente cerca de 5 a 7% de opacificante.

Resultados muito bons foram obtidos com composições filmógenas que compreendem: -10 a 15% em peso de amido de ervilha hidroxipropilado -1 a 2% de glicero! - 5 a 7% de talco - o complemento a 100% sendo a água e outros aditivos, tais como corantes e o aromas.

No caso em que a composição, de acordo com a invenção, se apresenta sob a forma de pó pronto para o uso, a composição pulverulenta compreende vantajosamente: - de 15 a 75%, de preferência de 25 a 50% em peso de amido de ervilha estabilizada, de preferência hidroxipropilado, e ainda mais preferencialmente hidroxipropilado e fluidificado; - de 1 a 20% e de preferência de 5 a 12% em peso de um agen- te filmógeno secundário; - de 5 a 15% em peso de um agente plastificante, - eventualmente 1 a 20% de um promotor de adesão como nota-damente a lactose ou a celulose microcristalina.

De acordo com uma variante preferida da presente invenção, o agente filmógeno secundário é um derivado celulósico e o plastificante é o polietileno glícol ou o estearato de polietileno glicol.

Outras composições adaptadas a diversas aplicações são descritas a título ilustrativo nos exemplos que se seguem. A composição filmógena, de acordo com a invenção, é utilizada vantajosamente para o revestimento com película de formas sólidas, tais como: comprimidos, cápsulas gelatinosas, cápsulas, péletes, grânulos, sementes, de formas sólidas alimentícias, tais como os biscoitos, os cereais para o desjejum, as cápsulas gelatinosas, para preparar cápsulas moles ou cápsulas duras, assim como para a fabricação de películas destinadas a quaisquer aplicações alimentares, farmacêuticas, agrícolas, industriais e outras. Ela pode também ser conveniente vantajosamente ao revestimento de vitaminas de princípios ativos notadamente sob a forma de pós ou de cristais. Ela pode exercer um papel de proteção do ativo face ao ambiente (umidade, oxidação), de ocultação do gosto em particular em presença de princípios ativos amargos ou que apresentam um gosto desagradável, e pode também retardar a liberação do ativo em particular em associação com o plastificante hidrófobo. No caso das sementes, a composição filmógena lhes confere um revestimento protetor face ao ambiente e em particular face aos ataques fúngicos ou bacterianos.

Ela convém particularmente para o preparo de películas que contêm princípios ativos ou películas aromáticas ainda denominadas folhas de aroma. Trata-se de folhas muito finas que, colocadas sobre a língua, se fundem instantaneamente, difundindo um aroma, por exemplo de menta. Ela pode ser conveniente também para aplicações farmacêuticas que não necessitam especificamente de uma fundição instantânea da película, como a liberação de ativos eventualmente retardada, por exemplo, ou a muco ade- são.

Assim, uma composição filmógena, de acordo com a invenção, que apresenta uma viscosidade inferior ou igual a 500 mPa.s a 25 °C de 10% de matéria seca permite responder ao problema técnico da estabilidade e processabilidade facilitada das composições amiláceas da técnica anterior.

As composições de amidos ricas em amilose ou ricas em amilo-pectina apresentam todas uma viscosidade tal em solução a 10% de matéria seca e 25% que é quase impossível utilizá-las nos equipamentos usuais de revestimento com película. É por isso que a presente invenção visa a uma composição amilácea filmógena apta ao revestimento com película de formas sólidas ou ao preparo de películas, caracterizada pelo fato de apresentar uma viscosidade inferior a 500 mPa.s a 25 °C e 10% de matéria seca. A viscosidade no sentido da presente invenção é uma viscosidade Brookfield determinada por meio, por exemplo, de um viscosímetro Brookfield RVF 100, utilizando o móvel do aparelho que dá uma leitura compreendida entre 20 e 80% da escala do mostrador do aparelho, a uma velocidade de rotação de 100 rpm.

De acordo com uma variante vantajosa, essa composição amilácea apresenta um teor em amilose compreendido entre 25 e 45%, de preferência entre 30 e 44%, ainda mais preferencialmente entre 35 e 40%, e mais ainda entre 35 e 38% em peso seco em relação ao peso seco de amido total. A presente invenção visa, além disso, um processo de revestimento com película de formas sólidas, caracterizado pelo fato de compreender a pulverização de uma composição filmógena, de acordo com a invenção, sobre uma camada de núcleos em movimento. A composição, de acordo com a invenção, permite com efeito de forma inteiramente vantajosa e nova, uma pulverização à temperatura ambiente, isto é, da ordem de 20 °C, o que não permitiam as composições da técnica anterior.

Ela se refere, por outro lado, a um processo de revestimento de formas sólidas, caracterizado pelo fato de compreender a imersão das formas sólidas em uma composição filmógena, de acordo com a invenção, para a realização de "caplets".

Para a realização do revestimento com película de formas sólidas, pode-se aplicar qualquer técnica conhecida do técnico, tal como camada fluidificada, atomização, pulverização, esferonização em turbina de dra-geificação. A título indicativo, pode-se proceder conforme a seguir: a composição filmógena é utilizada em uma matriz seca de 10 a 30%, de preferência de 15 a 20%. Ela é eventual e previamente pré-cozida a 90% e preaquecida à temperatura de pulverização desejada, geralmente da ordem de 50-55 °C. A camada de comprimidos é preaquecida a aproximadamente 55%, e a composição filmógena é pulverizada sobre essa camada de núcleos em movimento, mantendo-se uma temperatura da ordem de 55 °C.

Para a fabricação de "cap/ete", procede-se, por exemplo, à imersão dos comprimidos mecanicamente ou à mão e um banho contendo a composição filmógena, de acordo com a invenção.

Para a fabricação de cápsulas gelatinosas, pode-se utilizar um equipamento convencional que consiste em mergulhar dedos metálicos na composição filmógena mantida à temperatura constante. Para o preparo de cápsulas moles, pode-se aplicar as técnicas conhecidas de enformação sobre tambores, ou por extrusão.

Para a fabricação de películas e em particular de folhas de aromas, procede-se, por exemplo, por aferição de uma espessura estreita e constante da composição filmógena sobre uma superfície plana ou cilíndrica, seguida de uma secagem à temperatura ambiente ou a quente. A matéria seca da solução a revestir é escolhida em função do tempo de secagem que se deseja aplicar. A título indicativo, escolhe-se geralmente uma matéria seca compreendida entre 50 e 90%.

Foram obtidas películas de qualidade muito boa qualidade, compreendendo em peso: - 10 a 15% em peso de amido de ervilha hidroxipropilado pré-gelatinizado e/ou fluidificado; -1 a 3% de glicerol. A invenção será melhor compreendida com a leitura dos exem- pios que se seguem, que se querem unicamente ilustrativos e não limitati-vos.

Exemplo 1: revestimento com película de comprimidos.

Avaliam-se diferentes composições de revestimento com película com a seguinte composição: TABELA l Os diferentes tipos de amido testados: TABELA 2 Os comprimidos a serem revestidos com películas são comprimidos côncavos de 10 mm de diâmetro, 330 mg de média, de composição: 99% manitol PEARLITOL ® 200SD e 1% de estearato de magnésio.

Utiliza-se o seguinte material: tigela com dupla parede em inox, misturador com par IKA RW25W, homogeneizador ultra Turrax T25, bomba peristáltica, máquina para revestir tipo camada de ar fluidificado, Glatt WSG 3V. A solução de revestimento a 20% de matéria seca compreende 12,5% de amido, 1,25% de plastificante, 6,25% de.opacificante (talco e dióxido de titânio), 80% de água, e uma quantidade desprezível de corante. A fase líquida é misturada, o amido é acrescentado a essa mistura, em seguida aquecido a 90 °C. Acrescenta-se um talco e se mantém a solução sob agitação durante 30 minutos a 90 °C, depois ela é resfriada à temperatura de pulverização escolhida.

Para o revestimento dos comprimidos, preaquece-se a camada de comprimidos e o equipamento a 55 °C. A pulverização da solução filmó-gena é parada, quando 300 gramas tiverem sido efetivamente distribuídos. A anotação das fórmulas é feita por comparação entre as diferentes fórmulas testadas com +++ para os melhores desempenhos e 0 para os piores.

As viscosidades escolhidas são viscosidades Brookfield, determinadas para as soluções a 10% de matéria seca e a 25 °C, por meio, por exemplo, de um viscosímetro Brookfield RVF 100, utilizando-se o móvel do aparelho que dá uma leitura compreendida entre 20 e 80% da escala do mostrador do aparelho, a uma velocidade de rotação de 100 rpm. O amido waxy gerou colagem muito rapidamente e ao longo do revestimento, assim como a formação de aglomerados. O revestimento não pôde, portanto, ser feito corretamente, e é por isso que nenhuma caracterização da película e de seu aspecto foram feitas, A gelificação afastou da seleção as soluções à base de amidos ricos em amilose, A viscosidade muito elevada da solução à base de amido de mandioca hidroxipropilado a desviou também, pois ela não permite pulverizar de maneira correta. A solução à base de amido de ervilha hidroxipropilado não retro-age mesmo durante a temperatura ambiente, durante mais de 24 horas. O conjunto dos resultados é retomado na tabela abaixo: TABELA 3 Os amidos ou misturas de amidos que apresentam um teor em amilose compreendido entre 25 e 45% e pelo menos um amido estabilizado mostram uma nítida superioridade para uma utilização como agente filmóge-no, em relação aos amidos waxy ou aos amidos ricos em amilose (mais de 45%). O amido de ervilha hidroxipropilado com um grau de substituição no máximo de 0,2 eventualmente fluidificado dá os melhores resultados. Essa solução pôde se pulverizada a frio sobre os comprimidos, o que é particularmente vantajoso e dá um melhor aspecto dos comprimidos do que a quente.

Exemplo 2: preparo de películas Utiliza-se o seguinte material: recipiente de dupla parede em inox com circulação interna de óleo para o aquecimento, misturador com pá tipo IKA, RW25W, misturador sob vácuo GUEDU tipo 4,5 NO, aplicador de película automático.

As soluções filmógenas testadas têm a seguinte composição: Misturam-se na tigela inox a água, a glicerina, o corante e o sa-carinato de sódio, durante 5 minutos. O amido é em seguida acrescentado e dispersado durante 5 minutos. A mistura é aquecida a 70 °C e mantida a essa temperatura durante 10 minutos, depois derramada no GUEDU preaque-cido a 40 °C e desareada sob vácuo durante 5 minutos. Solubiliza-se em seguida o mentol no aroma e a lecitina de soja, para incorporá-la no GUE-DU, o todo é misturado sob vácuo durante 10 minutos. A composição obtida é aferida segundo uma espessura de 0,4 mm sobre uma placa de plexiglas por meio do aplicador automático de películas. A película obtida é secada à temperatura ambiente, depois recortada na dimensão desejada para formar folhas de aroma.

As folhas de aroma obtidas com essas duas fórmulas apresentam uma solidez e uma rigidez adaptada a seu acondicionamento e às manipulações. A dissolução na boca é rápida, e o impacto aromático elevado lhe confere uma função de frescor do hálito.

Com as composições da técnica anterior, tais como à base de amido de milho rico em amilose (70 %), nativos ou modificados, é possível obter folhas de aroma que apresentam uma textura próxima, mas as temperaturas de utilização elevadas indispensáveis para evitar a retrogradação do amido e para permitir a aferição da solução filmógena, cria uma evaporação importante do aroma: as folhas de aroma não apresentam mais impacto aromático e não têm mais a função "refrescante" buscada.

Com as composições da técnica anterior à base de amidos com teor elevado em amilopectina (amidos waxy, mais de 75 % de amílopectina, menos de 25 % de amilose), as películas não apresentam a coesão necessária: fissuram-se à secagem. Só as composições filmógenas que apresentam um teor em amilose compreendido entre 25 e 45 % permitem a obtenção de folhas de aroma que apresentam a textura e o impacto aromático desejados. EXEMPLO 3: revestimento com película de comprimidos vitaminados Diferentes composições, de acordo com a invenção, são fabricadas para o revestimento com película de comprimidos vitaminados, conforme a seguir: Composição 1 Amido de ervilha hidroxipropilado: 10,25 % Fluidificado Alginato 0,6 % Lecitina 0,38 % Triacetina 0,31 % PEG 8000 0,94 % Laca 1,87 % Dióxido de titânio 0,6 % Água 85% Composição 2 O amido de ervilha, de acordo com a invenção, é combinado com um derivado celulósico de maneira a melhorar a aderência da composição aos comprimidos.

Amido de ervilha hidroxipropilado: 5,15 % Fluidificado Hidroxipropil metilcelulose 5,15 % Alginato 0,6 % Lecitina 0,38 % Triacetina 0,31 % PEG 8000 0,94 % Laca 1,87 % Dióxido de titânio 0,6 % Água 85 % Composição 3 Amido de ervilha hidroxipropilado: 4,8 % Fluidificado Hidroxipropil metilcelulose: 5,25 % Hidroxietil celulose 1,5 % Dióxido de titânio 2,25 % Ácido esteárico etoxilado 1,2 % Dióxido de titânio 2,25 % Água 85 % Essas três composições são pulverizadas sobre comprimidos de vitamina C. Elas permitem obter uma película brilhante, de excelente adesão, e permitem revestir comprimidos gravados com ou não enchimento do logo.

REIVINDICAÇÕES

Claims (17)

1. Composição amilácea filmógena, para o revestimento com película de formas sólidas ou o preparo de películas, caracterizada pelo fato de apresentar um teor em amilose compreendido entre 25 e 45 %, de preferência compreendido entre 30 e 44 %, e ainda mais preferencial mente compreendido entre 35 e 40 %, essas percentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso seco de amido contido nessa composição, e pelo fato de compreender pelo menos um amido de leguminosa hidroxipropilado ou acetilado apresentando um teor de amilose inferior a 45%.

2. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que apresenta um teor de amilose entre 30 e 44%, essas porcentagens sendo expressas em peso seco em relação ao peso seco do amido contido na dita composição.

3. Composição, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de esse amido de leguminosa ser hidroxipropilado e fluidificado.

4. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de compreender, além disso, um plastificante.

5. Composição, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de esse plastificante ser escolhido no grupo constituído pelo sorbitol, pelo glicerol, pelo polietileno glicol, pelo trietilcitrato, pelo polissorbato, pela cera de Carnaúba, pelo óleo de rícino hidrogenado, sozinhos ou em mistura entre si.

6. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de compreender, além disso, um agente filmógeno secundário, escolhido no grupo constituído pelos derivados celulósicos, pelos alginatos, pelos carragenatos, pela polivinilpirrolidona, pelo ftalato de polivinila, pela dextrose, pela zeína, pelo "pullulan", pelos polímeros acrílicos, pelo polivinil álcool, pela gelatina, pelas dextrinas, e suas misturas.

7. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de compreender 10 a 15 % em peso de amido de ervilha estabilizado e 1 a 2 % em peso de plastificante.

8. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de ser pulverulenta e compreender: de 15 a 75% em peso de amido de ervilha estabilizada, de preferência hidroxipropilado, e ainda mais preferencial mente hidroxipropilado e fluidificado; - de 1 a 20% em peso de um agente filmógeno secundário.

9. Composição, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo fato de compreender, além disso, de 1 a 20 % de celulose microcristalina.

10. Composição, de acordo com uma ou outra das reivindicações 8 e 9, caracterizada pelo fato de compreender, além disso, de 5 a 15 % de plastificante em peso seco em relação a essa composição.

11. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 10, caracterizada pelo fato de o agente filmógeno secundário ser um derivado celulósico.

12. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pelo fato de apresentar uma viscosidade inferior a 500 mPa.s a 25Ό e 10 % de matéria seca.

13. Composição, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizada pelo fato de compreender pelo menos uma substância ativa farmacêutica.

14. Processo de revestimento com película de formas sólidas, caracterizado pelo fato de compreender a pulverização de uma composição filmógena, como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 13 sobre uma camada de núcleos em movimento.

15. Processo de revestimento de formas sólidas, caracterizado pelo fato de compreender a imersão das formas sólidas em uma composição filmógena, como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 13.

16. Processo de preparo de películas, caracterizado pelo fato de consistir na aferição de uma composição filmógena, como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 13, sobre uma superfície plana ou cilíndrica, seguida de uma secagem à temperatura ambiente ou a quente.

17. Utilização de uma composição filmógena, como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 13, para a fabricação de películas, cápsulas, cápsulas gelatinosas.