BRPI0410904B1

BRPI0410904B1 - Máquina-ferramenta

Info

Publication number: BRPI0410904B1
Application number: BRPI0410904-0A
Authority: BR
Inventors: Hans Ulrich Kurt; Rudolf Heid; Herbert Wirz
Priority date: 2003-06-04
Filing date: 2004-05-25
Publication date: 2014-02-11
Also published as: EP1484131A1; BRPI0410904A; US7721410B2; EP1651381B1; WO2004108349A3; US20060236515A1; ES2280025T3; DE502004002698D1; EP1651381A2; WO2004108349A2

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÁQUINA- FERRAMENTA". Área técnica. A presente invenção refere-se a uma máquina-ferramenta com uma torre de máquina que pode ser linearmente deslocada ao longo de uma via, com uma cabeça de ferramenta que é disposta na torre de máquina e possui uma ferramenta para o processamento de peças a serem trabalha- das, e com pelo menos dois dispositivos de fixação para pelo menos duas peças a serem trabalhadas. A presente invenção refere-se ainda a um mé- todo para o processamento de pelo menos duas peças a serem trabalhadas por uma máquina-ferramenta que pode ser deslocada ao longo de uma via reta.

Estado da arte.

Via de regra, uma máquina-ferramenta processa sucessivamente diversas peças a serem trabalhadas. Depois de todos os passos do proces- samento terem sido executado em uma primeira peça a ser trabalhada, a mesma é retirada de um dispositivo de fixação que fixa as peças a serem trabalhadas de tal modo que possam ser trabalhados pela máquina- ferramenta. A seguir, uma outra peça a ser trabalhada é colocada no dispo- sitivo de fixação para se dar início ao seu processamento. A troca de peças a serem trabalhadas causa um certo tempo de parada durante o qual a má- quina-ferramenta não pode executar nenhum processamento. Especialmen- te no caso de peças a serem trabalhadas compridos ou pesadas e de tipos de processamento que requerem uma fixação complicada, o tempo de para- da pode ser considerável e reduzir em muito a capacidade da máquina- ferramenta. A patente US 4 984 351 (Brother) mostra uma máquina- ferramenta que é linearmente deslocável ao longo de uma via reta com um fuso verticalmente móvel. Ao longo de um dos lados da via, pelo menos du- as bancadas estão dispostas lado a lado as quais são deslocáveis indepen- dentemente uma da outra em ângulo reto em relação à via. Nas bancadas, podem ser fixadas juntas uma peça a ser trabalhada grande ou individual- mente várias peças a serem trabalhadas pequenas. Quando forem trabalha- das peças a serem trabalhadas menores, as bancadas permitem o carrega- mento de uma bancada, enquanto uma peça a ser trabalhada está sendo trabalhada em uma outra mesa. Assim sendo, o tempo de parada pode ser reduzido.

Caso peças a serem trabalhadas volumosas, por exemplo, peças a serem trabalhadas compridas que precisam ser fixadas na sua maior ex- tensão paralelamente à via reta, precisem ser processadas, todas as banca- das são utilizadas para a fixação de uma peça a ser trabalhada desse tipo.

Nesse caso, durante a troca da peça a ser trabalhada, atual por uma outra, ocorrem os tempos de parada usuais. A patente DE 298 01 236 U (DS Technologie Werkseugmaschi- nen GmbH) descreve uma máquina-ferramenta para o processamento com levantamento de aparas de componentes grandes (especialmente compri- dos), por exemplo, componentes integrais de aviões de ligas de alumínio. A máquina compreende um suporte deslocável linearmente entre um leito de máquina e uma guia superior ao longo de uma via reta, onde é lateralmente disposta uma cabeça de processamento que pode ser movida ao longo de vários eixos. Ao longo da via, é disposta pelo menos uma bancada de fixa- ção dobrável. As peças a serem trabalhadas, para serem trabalhadas por meio da bancada de fixação, são colocadas em uma posição de processa- mento vertical a partir de uma posição de prontidão horizontal. Caso várias bancadas de fixação independentes uma da outra são previstas lado a lado, uma peça a ser trabalhada pode ser processada enquanto uma peça já aca- bada é trocada por uma outra peça a ser trabalhada na posição horizontal de troca de peças a serem trabalhadas. Desse modo podem ser evitados tem- pos mortos.

Quando for processada uma peça a ser trabalhada comprida, então todas as bancadas de fixação são ocupadas. Portanto, a troca de pe- ças a serem trabalhadas ocorre também nesse caso novamente de modo convencional enquanto a máquina-ferramenta fica parada. Uma diminuição dos tempos de parada e um aumento da capacidade de rendimento não são possíveis em caso de peças volumosas.

Apresentação da presente invenção. A tarefa da presente invenção é a criação de uma máquina- ferramenta da área técnica inicialmente mencionada com uma capacidade de rendimento maior. A solução da tarefa é definida com as características da reivindi- cação 1. De acordo com a presente invenção, um primeiro dispositivo de fixação é disposto em um primeiro lado da via reta, e um segundo dispositivo de fixação é disposto em um segundo lado da via reta que fica oposto ao primeiro lado. A cabeça da ferramenta pode ser posicionada de tal modo que pode processar seletivamente uma primeira peça das pelo menos duas pe- ças no primeiro dispositivo de fixação ou uma segunda das pelo menos duas peças no segundo dispositivo de fixação.

Em virtude da disposição de dois dispositivos de fixação nos dois lados da via reta e a respectiva possibilidade de posicionamento da cabeça da ferramenta é criada uma possibilidade de dispor duas peças a serem tra- balhadas compridas independentemente uma da outra em posições de pro- cessamento. Enquanto uma das peças a serem trabalhadas for processada em um lado da via, a peça a ser trabalhada no outro lado da via pode ser substituída ou ser re-posicionada para outros passos de processamento. Tão logo o processamento da primeira peça a ser trabalhada tenha sido e- xecutado, a cabeça da ferramenta pode ser re-posicionada, e o processa- mento da segunda peça a ser trabalhada pode começar imediatamente. O tempo de parada fica restringido a um reposicionamento da cabeça da fer- ramenta e é negligenciável se comparado com o tempo morto na troca de uma peça a ser trabalhada volumosa.

Com vantagem a torre da máquina é girável pelo menos 180°.

Assim sendo, uma cabeça da ferramenta disposta na torre da máquina altera sua posição e orientação de tal modo que a peça a ser trabalhada pode ser processada no respectivo outro lado. Ambas as peças a serem trabalhadas podem ser alcançadas do mesmo modo simetricamente pela mesma cabeça da ferramenta. Esta execução permite um processamento de uma peça a ser trabalhada oposta, independentemente da mobilidade da cabeça da fer- ramenta, e garante um bom apoio da cabeça da ferramenta. Isto é vantajoso especialmente quando a cabeça da ferramenta é guiada ao longo de uma parte essencial da torre da máquina, por exemplo, para que possa ser des- locada verticalmente. Caso, com vantagem, passos de processamento tais como, por exemplo, furar ou cortar, forem executados em direção do eixo da cabeça da ferramenta, a máquina-ferramenta também pode ser executada de tal modo que o processamento pode acontecer quando a torre da máqui- na assume uma posição intermediária entre 0o e 180° ou for girado por mais de 180°.

De outro modo, também é possível que uma parte superior da torre da máquina, onde é disposta e guiada a cabeça da ferramenta, seja giráve! 180° em torno de um eixo vertical.

Como alternativa, a cabeça da ferramenta pode ser girável por pelo menos 180° em torno de um eixo horizontal. Caso a cabeça da ferra- menta trabalhe ao longo de um eixo horizontal ou seja móvel simetricamente a um eixo horizontal, tal movimento de giro em torno de um eixo horizontal paralelamente à via reta possibilita do mesmo modo o processamento de peças a serem trabalhadas em ambos os lados da via reta. Uma vez que no reposicionamento da cabeça da ferramenta não será preciso girar toda a torre da máquina, a massa a ser movimentada é fortemente reduzida. Caso os passos de processamento tais como, por exemplo, furar ou cortar, sejam executados de preferência em direção do eixo da cabeça da ferramenta, a máquina-ferramenta também pode ser executada de tal modo que o proces- samento pode ocorrer quando a cabeça da ferramenta assume uma posição intermediária entre 0o e 180° ou é girado por mais de 180°.

Com vantagem a cabeça da ferramenta possui uma cinemática cartesiana, especialmente é disposta de tal modo na torre da máquina que pode ser girada em torno de três eixos de rotação dispostos verticalmente um sobre o outro. Tal cabeça da ferramenta oferece a maior flexibilidade possível pois pode assumir qualquer orientação em relação à peça a ser tra- balhada. A capacidade de posicionamento da cabeça da ferramenta é produ- to do deslocamento ao longo da via reta que define um eixo X e eventual- mente de um deslocamento vertical (direção Z) ao longo da torre da máquina e de um deslocamento horizontal transversalmente ao eixo X (direção Y) quando a cabeça da ferramenta estiver disposta em um braço que pode ser deslocado respectivamente.

Caso for preciso executar trabalhos mais leves, a torre da má- quina com vantagem é apoiada de modo isolado em uma guia que corres- ponde à via reta. Trabalhos mais leves são especialmente furar, remover, rebitar, aparafusar, temperar ou soldar onde o torque que ocorre em virtude da força entre a cabeça da ferramenta e a peça a ser trabalhada pode facil- mente ser transmitido pela torre da máquina para baixo para a guia. A guia é, por exemplo, um trilho sobre o qual a torre da máquina é apoiada de mo- do deslocável sobre rolos.

Para a execução de trabalhos mais pesados, a torre da máquina de preferência, é apoiada entre uma guia inferior que corresponde á via reta e uma contra-guia superior que vai paralelamente à guia inferior. Desse mo- do, os torques consideráveis que ocorrem, por exemplo, em trabalhos de fresar, rebarbar ou cortar, podem ser derivados através da torre da máquina para as duas guias. Uma guia em ambos os lados também pode ser de van- tagem para a execução de trabalhos mais leves, sendo que torre da máqui- na desse modo pode ser construída de modo mais delgado e, por conse- guinte, mais leve do que no caso de uma guia unilateral o que facilita o des- locamento da torre ao longo da via reta e a rotação da torre em torno do seu eixo vertical. Em virtude da dinâmica melhorada resultam demoras menores na rotação ou no deslocamento da torre da máquina.

Um método para o processamento de pelo menos duas peças a serem trabalhadas, especialmente com uma máquina-ferramenta do tipo acima descrito que pode ser deslocada ao longo de uma via reta, compreen- de os seguintes passos: a) Fixar a primeira de pelo menos duas peças a serem trabalha- das em um primeiro dispositivo de fixação em um primeiro lado da via reta; b) Posicionar uma cabeça da ferramenta da máquina-ferramenta de modo que a primeira peça a ser trabalhada possa ser processada; c) Processar a primeira peça a ser trabalhada; d) Ao mesmo tempo fixar uma segunda das pelo menos duas peças a serem trabalhadas em um segundo dispositivo de fixação em um segundo lado da via reta, que fica oposto ao primeiro lado; e) Depois de terminar o processamento da primeira peça a ser trabalhada, posicionar a cabeça da ferramenta de modo que a segunda peça a ser trabalhada possa ser processada; f) Processar a segunda peça a ser trabalhada.

Contanto que a retirada de uma peça a ser trabalhada já acaba- da e a fixação de uma nova peça a ser trabalhada não requerem mais tempo que todo o processamento de uma peça, o tempo de parada da máquina- ferramenta é reduzido ao passo que pode acontecer muito rapidamente. O reposicionamento acontece especialmente através da rotação da torre da máquina por 180° em torno do seu eixo vertical ou por um giro da cabeça da ferramenta por 180° em torno de um eixo horizontal.

Uma máquina-ferramenta do gênero acima descrito que possui uma torre da máquina que pode ser linearmente deslocada ao longo de uma primeira via reta, e uma cabeça da ferramenta que é disposta na torre da máquina e possui uma ferramenta para o processamento de peças a serem trabalhadas, e com um dispositivo de fixação para uma peça a ser trabalha- da lateralmente à primeira via reta, pode possuir meios para o deslocamento da torre da máquina para uma segunda via reta em um lado do dispositivo de fixação oposto à primeira via reta. A cabeça da ferramenta pode ser posi- cionada de tal modo que pode processar a peça a ser trabalhada em ambos os lados. Em virtude do fato de que com a mesma torre da máquina, com a mesma cabeça da ferramenta e com a mesma ferramenta a peça a ser tra- balhada pode ser processada em ambos os lados, não há necessidade de uma segunda torre da máquina no segundo lado da peça a ser trabalhada. A máquina-ferramenta correspondente, portanto, tem uma construção mais simples e é mais econômica. Uma máquina-ferramenta desse tipo é vantajo- sa especialmente para peças a serem trabalhadas compridas que não po- dem ser giradas de tal maneira em relação à torre da máquina que ambos os lados longitudinais da ferramenta possam ser alcançados.

Com vantagem a máquina-ferramenta possui um carro para o deslocamento da torre da máquina da primeira via reta para a segunda via reta. Tal carro alcança, por exemplo, a torre da máquina em uma das extre- midades da primeira via reta, a transporta transversalmente á direção da via, passando lateralmente pela peça a ser trabalhada, para a segunda via reta e a entrega para a segunda via reta. Isto faz com que primeiro a cabeça da ferramenta seja voltada para o lado afastado da peça a ser trabalhada. Gra- ças a uma torre da máquina girável por 180° ao redor de um eixo vertical ou graças a uma cabeça da ferramenta girável 180° em torno de um eixo hori- zontal, conforme indicado acima, será possível alinhar a cabeça da ferra- menta de modo simples de tal modo que o segundo lado da peça a ser tra- balhada possa ser processado. Em comparação com uma guia, por exem- plo, em forma de U, da torre da máquina em torno da peça a ser trabalhada, resulta uma economia de espaço considerável, especialmente no caso de peças a serem trabalhadas estreitas. A descrição detalhada a seguir e o conjunto das reivindicações indicam outras formas de execução e combinações de características vanta- josas da presente invenção.

Breve descrição dos desenhos.

Os desenhos utilizados para a ilustração do exemplo de execu- ção mostram: A figura 1 mostra em vista em perspectiva uma máquina- ferramenta de acordo com a presente invenção com uma torre da máquina girável.

As figuras 2A, 2B mostram ilustrações esquematizadas da má- quina-ferramenta com a torre da máquina girável e os dispositivos de fixa- ção.

As figuras 3A, 3B mostram ilustrações esquematizadas de uma outra máquina-ferramenta com uma ferramenta girável. A figura 4 mostra uma ilustração esquematizada de uma máqui- na-ferramenta de acordo com a presente invenção para o processamento bilateral de uma peça a ser trabalhada.

Partes idênticas levam referências idênticas nas figuras.

Caminhos para a execução da presente invenção. A figura 1 mostra uma máquina-ferramenta de acordo com a presente invenção. A máquina-ferramenta 1 compreende uma torre da má- quina 2 vertical com uma seção transversal essencialmente retangular que vai adelgaçando-se para cima, sendo que o lado traseiro 2.1 é diagonal na parte superior. No lado frontal 2.2 da torre da máquina 2 é disposto um carro de ferramenta 3 que em uma das suas extremidades porta uma ferramenta 4 com um cabeçote porta-brocas 5. A broca do cabeçote porta-brocas 5 é ori- entada verticalmente para baixo, podendo assim gerar furos verticais. O car- ro de ferramenta 3 é disposto de modo horizontalmente destacável ao tango de um eixo Y em uma placa de suporte 6 que por sua vez é apoiada de mo- do verticalmente destacável ao tango de um eixo Zi no lado frontal 2.2 da torre da máquina 2. Para tal, a placa de suporte 6 possui trilhos no seu lado traseiro que são guiados nas correspondentes ranhuras no lado frontal 2.2 da torre da máquina 2. A ferramenta 4, em relação ao carro de ferramenta 3, é vertical- mente destacável em trilhos 7 ao longo do eixo Z2. Em virtude disso, em ca- so de alterações de posição pequenas, evita-se um movimento de todo 0 carro de ferramenta 3 ao tango da torre da máquina. O cabeçote porta- brocas 5 possui também um elemento de aperto resiliente que também age verticalmente e aperta 0 cabeçote porta-brocas contra a peça a ser trabalha- da. A torre da máquina 2 está parada sobre uma placa de base 8 que também porta em uma caixa 9 uma unidade hidráulica e um aspirador a vácuo. A placa de base 8 por sua vez é firmemente unida a um disco girató- rio 10 que é disposto em um carro 11 de modo girável em torno de um eixo giratório vertical C. O carro 11 possui no lado externo no seu lado inferior elementos de guia 12 que cooperam com trilhos 13 no lado superior de uma guia de máquina 14. Isto permite um movimento do carro 11 e também de toda a máquina-ferramenta ao longo da via reta {eixo X) que é predetermi- nado pela guia de máquina 14. A guia de máquina 14 é formada por um per- fil oco, onde lateralmente é guiada uma cadeia energética 15 flexível em um canal 16 que se estende ao longo de todo o comprimento da guia de máqui- na 14. A cadeia energética 15 é conectada a uma conexão correspon- dente que é disposta no carro 11. No movimento ao longo da via reta, de- pendendo da direção, um segmento mais comprido ou mais curto da cadeia energética 15 é levantado do canal 16 ou devolvido ao canal 16. A cadeia energética 15 contém especialmente mangueiras hidráulicas, cabos de cor- rente elétrica e cabos de comando para o abastecimento e o controle do movimento da torre da máquina 2, do carro de ferramenta 3 e da ferramenta 4. A transmissão de energia vai do carro 11 para a torre da máquina 2 atra- vés de uma outra cadeia energética 17 que é ligada a mangueiras e cabos no interior da torre da máquina 2. A segunda cadeia energética 17 permite graças à sua flexibilidade o movimento giratório da torre da máquina 2 em torno do seu eixo giratório vertical C, pois a cadeia energética 17 pode girar junto e permite uma rotação de pelo menos 180°.

Uma outra cadeia energética 18 cria a ligação entre a torre da máquina 2 e a placa de suporte 6 do carro de ferramenta 3 e permite seu movimento vertical ao longo do eixo Uma outra cadeia energética 19 liga a placa de suporte 6 e o carro de ferramenta 3 e é flexível ao longo do eixo Y. Uma última cadeia energética 20 conecta o carro de ferramenta 3 com a ferramenta 4 de modo móvel ao longo do eixo Z2.

No carro 11 é disposto um acionamento 21 que possibilita 0 mo- vimento do carro 11 ao longo da guia de máquina 14, sendo que ele coope- ra, por exemplo, através de uma roda dentada com uma cremalheira na guia de máquina 14. O movimento giratório da torre da máquina 2 em torno do seu eixo vertical C é feito por meio de hidráulica. Os movimentos horizontais e verticais do carro de ferramenta 3 são controlados através de eixos NC.

Para a compensação das cargas um cilindro compressor 22 é disposto no lado externo da torre da máquina 2 que é ligado à placa de suporte 6 para 0 carro de ferramenta 3 através de uma biela 23. A ferramenta 4, em contra- partida, abrange para o cabeçote porta-brocas 5 um acionamento próprio com motor elétrico.

No lado inferior do carro de ferramenta 3 é disposto um dispositi- vo para a troca de ferramentas 24 que permite a troca automática do cabe- çote porta-brocas 5 por um cabeçote porta-brocas sobressalente disponível no dispositivo para a troca de ferramentas 24.

As figuras 2A e 2B são ilustrações esquematizadas da máquina- ferramenta e dos dispositivos de fixação vistos de cima. Os dispositivos de fixação 25,26 estendem em ambos os lados ao longo dos trilhos 13 (ou guia de máquina). Seu comprimento é um pouco menor do que o comprimento dos trilhos 13 e é selecionado de tal modo que a ferramenta 4 pode alcançar toda a área de cada vez um dos dispositivos de fixação 25,26. Na figura 2A, a torre da máquina 2 é girada de tal modo que uma ferramenta possa ser processada que estiver fixada no primeiro dispositivo de fixação 25. Para o processamento, a ferramenta pode ser levantada e abaixada por meio de levantamento do carro de ferramenta 3 com seu placa de suporte 6, a ferra- menta pode ser movida para perto da peça a ser trabalhada e afastando-se da peça a ser trabalhada ao longo do eixo Y por meio do deslocamento do carro de ferramenta 3 em relação à placa de suporte, e ser deslocado por meio do deslocamento de toda a máquina-ferramenta 1, ao longo de via reta sobre os trilhos 13, ao longo da peça a ser trabalhada (eixo X).

Para processar agora uma peça a ser trabalhada no segundo dispositivo de fixação 26, a torre da máquina 2 é girada 180° em torno do seu eixo giratório vertical C com a ajuda do disco giratório 10, de modo que assume a posição mostrada na figura 2B. Para tal a torre da máquina 2 é levantada hidraulicamente de uma parte inferior do disco giratório 10, girada 180° e novamente depositada. Coroas dentadas na parte inferior e superior do disco giratório 10 engrenam uma na outra e providenciam uma fixação e proteção contra giro confiável da torre da máquina 2 em relação ao seu eixo vertical.

Peças a serem trabalhadas em ambos os dispositivos de fixação 25, 26 podem ser processados do mesmo modo. Os dispositivos de fixação são absolutamente equivalentes. Como dispositivos de fixação 25,26 podem ser utilizados todos os dispositivos conhecidos que são apropriados para peças a serem trabalhadas compridas, por exemplo, bancadas de fixação estacionárias ou giráveis ou deslocáveis, suportes de paletas, mordentes etc.. Sua superfície de fixação pode estar disposta verticalmente ou horizon- talmente ou também diagonalmente. Em ambos os lados da via podem tam- bém ser previstos dispositivos de fixação diversos para receber diferentes peças a serem trabalhadas.

As figuras 3A, 3B mostram ilustrações esquematizadas de uma outra máquina-ferramenta com uma ferramenta girável. A máquina- ferramenta 101 compreende uma torre da máquina 102 disposta em uma placa de base 108. A placa de base 108 possui no seu lado inferior elemen- tos de guia 112 que cooperam com trilhos 113 dispostos no lado superior de uma guia de máquina 114 que define uma via reta. Assim sendo, a placa de base 108 da máquina-ferramenta 101 pode ser deslocada horizontalmente ao longo da via reta junto com a torre da máquina 102.

No lado frontal 102.2 da torre da máquina 102 estão dispostos dois trilhos 127 verticais nos quais uma placa de suporte 106 pode ser des- locada verticalmente ao longo do eixo Z\. Na placa de suporte 106 é monta- do de modo girável um disco rotativo 128 onde é disposto de modo linear- mente deslocável (eixo Y) um carro de ferramenta 103. O disco rotativo 128 pode ser girado, em relação à placa de suporte 106, em torno de um eixo giratório horizontal Di. Em uma extremidade do carro de ferramenta 103, uma ferramenta 104 é disposta de modo girável em torno de um eixo hori- zontal D2 de modo que a orientação do cabeçote porta-brocas 105 possa ser variada, por exemplo, para que se tornem possíveis furos com diversos ali- nhamentos. A ferramenta 104 também pode estar disposta no carro de fer- ramenta 103 através de uma articulação esférica de modo que a orientação do cabeçote porta-brocas 105 pode ser livremente escolhida dentro do meio espaço voltado para a peça a ser trabalhada.

Na figura 3A a ferramenta 104 está processando uma peça a ser trabalhada 129 que é fixada em um dispositivo de fixação 125. O dispositivo de fixação 125 possui uma placa de base 125.1 cuja superfície superior fica mais ou menos na altura da guia de máquina 114. Nela é disposto um supor- te vertical 125.3 em torno de um eixo giratório horizontal 125.2. Neste supor- te é armada verticalmente a peça a ser trabalhada 129 por meio de diversos elementos de fixação 125.4. O segundo dispositivo de fixação 126 é mostrado na figura 3A na sua posição aberta para baixo. Esta posição possibilita um carregar e des- carregar simples do dispositivo de fixação 126 com uma peça a ser traba- lhada 130 e é obtida abrindo-se para baixo o suporte 126.3 em torno do eixo giratório 126.2. Na posição horizontal, o suporte 126.3 é depositado em um suporte 126.5 para obter estabilidade. Os dispositivos de fixação 125, 126 basculáveis podem ser executados de tal modo que também podem ser fi- xados em uma posição inclinada entre a posição horizontal e vertical, de modo que as respectivas peças a serem trabalhadas possam ser processa- das melhor pela máquina-ferramenta 101. A figura 3B mostra o processamento da outra peça a ser traba- lhada 130. Para tal, o segundo dispositivo de fixação 126 é basculado para cima e o carro de ferramenta 103 é girado 180° em torno do eixo giratório Di por meio do disco rotativo 128. Devido à mobilidade da ferramenta 104 com o cabeçote porta-brocas 105 é possível processar do mesmo modo no se- gundo lado de trabalho a segunda peça a ser trabalhada 130, enquanto a primeira peça a ser trabalhada 129 é retirada do primeiro dispositivo de fixa- ção 125 e uma outra peça é fixada.

Também esta segunda máquina-ferramenta 101 com ferramenta girável pode ser combinada com um grande número de diversos dispositivos de fixação.

Com a ajuda das figuras 3A e 3B também é mostrado o método de acordo com a presente invenção. Para o processamento de peças a se- rem trabalhadas 129,130 com a máquina-ferramenta 101 de acordo com a presente invenção, primeiro a primeira peça a ser trabalhada 129 é fixada no primeiro dispositivo de fixação 125. Tão logo isto termine, a ferramenta 104 pode ser posicionada de tal modo que a primeira peça a ser trabalhada 129 possa ser processada. Durante seu processamento ocorre a fixação da se- gunda peça a ser trabalhada 130 no segundo dispositivo de fixação 126 no lado oposto da via reta. Uma vez a primeira peça a ser trabalhada 129 aca- bada, a ferramenta 104 junto com o carro de ferramenta 103 é girado 180° no disco rotativo 128. Isto coloca a ferramenta 104 em uma posição onde ela pode processar a segunda peça a ser trabalhada 130. A peça a ser traba- lhada 129 no primeiro dispositivo de fixação 125 pode ser substituída por uma outra peça a ser trabalhada. A figura 4 mostra uma ilustração esquematizada de uma máqui- na-ferramenta de acordo com a presente invenção para o processamento bilateral de uma peça a ser trabalhada. A torre da máquina 2 que é apoiada na placa de base 8 e que possui um carro de ferramenta 3 com uma ferra- menta 4 corresponde à torre da máquina acima mostrada, girável em torno do seu eixo vertical. A máquina-ferramenta é linearmente deslocável ao lon- go de uma primeira via reta em trilhos 13a ao longo da peça a ser trabalhada 25'. Em uma das extremidades da primeira via, a torre da máquina 2 junto com a placa de base 8 pode ser deslocada ainda mais em um carro 201.

Para tal o carro 201 possui trilhos 202 que, no que se refere à sua forma e disposição, correspondem aos trilhos 13a. Tão logo a torre da máquina 2 tenha sido deslocada no carro 201, o carro 201 pode ser deslocado em trilhos 203 transversalmente à pri- meira via 13a passando pela peça a ser trabalhada 25’ para uma das extre- midades de uma segunda via reta que é formada por trilhos 13b. A segunda via reta é paralela à primeira via reta, porém, encontra-se no lado oposto à peça a ser trabalhada. Depois de a torre da máquina 2 ter sido tomada pelos trilhos 13b da segunda via, o carro de ferramenta 3 com ferramenta 4 primei- ro aponta para a direção oposta da peça a ser trabalhada. Por meio de uma rotação de 180° da torre da máquina 2 ao redor do seu eixo vertical, a ferra- menta 4 é posicionada de tal modo que o segundo lado da ferramenta 25' possa ser processado.

No lugar de uma torre da máquina girável 180° em torno do seu eixo vertical, a máquina-ferramenta pode por sue vez - conforme mostrado acima - possuir uma ferramenta girável 180° em torno de um eixo horizontal.

Da figura 4 fica evidente que o dispositivo mostrado precisa de muito menos espaço do que uma guia em forma de U para a torre da máqui- na que vai ao redor da peça a ser trabalhada (estreita). Uma guia em forma de U exige um certo raio mínimo dos trilhos sobre os quais a torre da máqui- na é deslocada. Isto produz uma certa extensão mínima no prolongamento da peça a ser trabalhada que não é desejável, especialmente no caso de peças a serem trabalhadas que já são compridas. Guiar a torre da máquina ao longo de um trecho curvado também é mais dispendioso do ponto de vis- ta de construção, já que requer um apoio consideravelmente mais complica- do da torre da máquina nos trilhos. A ferramenta para o processamento das peças a serem traba- lhadas pode possuir diversos graus de liberdade. Notadamente, ela pode ser de tal modo apoiada na torre da máquina que é deslocável na direção X, Y e Z e girávei em três eixos rotativos verticais um em relação ao outro. Uma cabeça universal apoiada desse modo pode assumir todas as posições e orientações em uma certa área em relação à torre da máquina. A ferramenta pode ser uma ferramenta para remover, fresar, rebarbar, rebitar, aparafusar, temperar, solda fina ou solda, sendo que para cortar, temperar ou soldar também são possíveis, por exemplo, fontes de raio laser ou fontes de raios eletrônicos.

Caso a torre da máquina precise ser deslocável continuamente relativamente a um eixo vertical, no lugar de uma hidráulica também pode ser previsto, por exemplo, um eixo NC para girar a torre da máquina.

Para trabalhos pesados, onde uma grande força é transmitida entre a ferramenta e a peça a ser trabalhada, pode ser prevista uma segun- da guia paralela à primeira guia da máquina que é disposta acima da máqui- na. No caso de uma torre da máquina girável, a mesma também é apoiada de modo girável na guia superior. No caso de uma ferramenta girável, esta é deslocada para o movimento de giro ao longo da torre da máquina para uma área de altura, onde não ocorre nenhuma colisão nem coma guia inferior nem com a guia superior. A máquina-ferramenta pode estar disposta junto com os dois dispositivos de fixação ou com as duas guias de via em uma placa de fun- damento comum ou em uma armação comum, de modo que a estabilidade tanto da guia da máquina como também dos dispositivos de fixação é melho- rada ainda mais.

Resumindo cabe constatar que a presente invenção cria uma máquina-ferramenta e um método para processar pelo menos duas peças a serem trabalhadas com capacidade maior.

Claims

1. Máquina-ferramenta (1; 101) com uma torre da máquina (2; 102) que é linearmente deslocável ao longo de uma via reta (13; 113), com uma cabeça de ferramenta (4; 104) disposta na torre da máquina (2; 102) e que possui uma ferramenta (5; 105) para o processamento de peças a se- rem trabalhadas, e com pelo menos dois dispositivos de fixação (25,26; 125, 126) para pelo menos duas peças a serem trabalhadas, caracterizado pelo fato de que um primeiro dos dois dispositivos de fixação (25; 125) é disposto em um primeiro lado da via reta (13; 113), que um segundo dos dispositivos de fixação (26; 126) é disposto em um segundo lado da via reta (13; 113) que fica oposto ao primeiro lado, e que a cabeça da ferramenta (4; 104) po- de ser posicionada de tal modo que pode processar seletivamente uma pri- meira das pelo menos duas peças a serem trabalhadas no primeiro disposi- tivo de fixação (25; 125) ou uma segunda das pelo menos duas peças a se- rem trabalhadas no segundo dispositivo de fixação (26; 126).

2. Máquina-ferramenta de acordo com a reivindicação 1, caracte- rizada pelo fato de que a torre da máquina (2) é girável ao redor de um eixo vertical pelo menos 180°.

3. Máquina-ferramenta de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que uma cabeça de ferramenta (104) pode ser girada ao redor de um eixo horizontal pelo menos 180°.

4. Máquina-ferramenta de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que a cabeça da ferramenta (4; 104) possui uma cinemática cartesiana, que ela é disposta especialmente de modo girá- vei ao redor de três eixos de rotação dispostos verticalmente um sobre o outro.

5. Máquina-ferramenta de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que a torre da máquina (2; 102) é apoiada isoladamente em uma guia (14; 114) que corresponde à via reta.

6. Máquina-ferramenta de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que a torre da máquina fica apoiada entre uma guia inferior que corresponde à via reta, e uma guia oposta superior que vai paralelamente à guia inferior.

7. Método para o processamento de pelo menos duas peças a serem trabalhadas com uma máquina-ferramenta, especialmente de acordo com a reivindicação 1, que pode ser deslocada ao longo de uma via reta, caracterizado pelos seguintes passos: a) Fixar a primeira de pelo menos duas peças a serem trabalha- das em um primeiro dispositivo de fixação em um primeiro lado da via reta; b) Posicionar uma cabeça da ferramenta da máquina-ferramenta de modo que a primeira peça a ser trabalhada possa ser processada; c) Processar a primeira peça a ser trabalhada; d) Ao mesmo tempo fixar uma segunda das pelo menos duas peças a serem trabalhadas em um segundo dispositivo de fixação em um segundo iado da via reta, que fica oposto ao primeiro lado; e) Depois de terminar o processamento da primeira peça a ser trabalhada, posicionar a cabeça da ferramenta de modo que a segunda peça a ser trabalhada possa ser processada; f) Processar a segunda peça a ser trabalhada.

8. Método de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que para o posicionamento da cabeça da ferramenta, uma torre da máquina da máquina-ferramenta é girada 180° em torno de um eixo vertical.

9. Método de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que para o posicionamento da cabeça da ferramenta, a cabeça da ferramenta é girada 180° em torno de um eixo horizontal.

10. Máquina-ferramenta com uma torre da máquina que é line- armente deslocável ao longo de uma primeira via reta, com uma cabeça de ferramenta disposta na torre da máquina e que possui uma ferramenta para o processamento de peças a serem trabalhadas, e com um dispositivo de fixação para uma peça a ser trabalhada lateralmente à primeira via reta, ca- racterizado pelo fato de que a máquina-ferramenta possui elementos para o deslocamento da torre da máquina para uma segunda via reta em um lado oposto à primeira via reta do dispositivo de fixação, e que a cabeça da fer- ramenta pode ser posicionada de tal maneira que pode processar a peça a ser trabalhada em ambos os lados.

11. Máquina-ferramenta de acordo com a reivindicação 10, ca- racterizada por um carro para o deslocamento da torre da máquina da pri- meira via reta para a segunda via reta.