BR0214521B1 - Microesferas contendo derivados de pleuromutilina estabilizados, seu uso e péletes de ração animal - Google Patents

Microesferas contendo derivados de pleuromutilina estabilizados, seu uso e péletes de ração animal Download PDF

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BR0214521B1
BR0214521B1 BRPI0214521-9B1A BR0214521A BR0214521B1 BR 0214521 B1 BR0214521 B1 BR 0214521B1 BR 0214521 A BR0214521 A BR 0214521A BR 0214521 B1 BR0214521 B1 BR 0214521B1
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Ferenc Jozsef Rakoczi
Brigitte Monika Cron-Eckhardt
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Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MICROES- FERAS CONTENDO DERIVADOS DE PLEUROMUTILINA ESTABILIZA- DOS, SEU USO E PÉLETES DE RAÇÃO ANIMAL". A presente invenção refere-se à provisão de péletes para ali- mentação de animais, compreendendo, como antibiótico, um derivado de pleuromutilina em forma estabilizada. A invenção refere-se também à prepa- ração de derivados de pleuromutilina estabilizados, à preparação dos referi- dos péletes para alimentação de animais e a seu uso em um método de con- trole de doenças infecciosas em animais.
Neste contexto, entende-se como derivados de pleuromutilina compostos que contêm , como característica, o fragmento macrocíclico de fórmula I abaixo em que Ri é etila ou vinila, existe uma dupla ligação ou ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra e Rb são, cada um independentemente do outro, hidrogênio ou halogênio, e T é um radical orgânico de cadeia curta ou longa, que preferivelmente é como definido abaixo.
Em algumas publicações, os termos pleuromutilinas, valnemuli- nas, tiamulinas e mutilinas são usados como sinônimos. O termo pleuromuti- linas será consistentemente usado aqui.
Pleuromutilinas estão entre os antibióticos mais modernos e mais eficazes atualmente disponíveis para a medicina veterinária. Seus re- presentantes mais conhecidos incluem Tiamutin® (substância ativa : tiamuli- na), que é descrita abaixo, e o mais recente Econor® (substância ativa : val- nemulina). Ambas as substâncias podem ser usadas com muito sucesso contra uma faixa inteira de doenças infecciosas bacterianas dos órgãos res- piratórios e do trato digestivo em animais e apresentam sua ação total mes- mo naqueles casos problemáticos nos quais antibióticos convencionais po- dem, no máximo ser usados somente na forma de coquetéis de várias subs- tâncias ativas em alta dose, por causa da resistência que está ocorrendo agora. O espectro de atividade das pleuromutilinas inclui, por exemplo, patógenos como Streptococcus aronson, Staphylococcus aureus, Myco- plasma arthritidis, Mycoplasrna bovigenitalium, Mycoplasma bovimastitidis, Mycoplasma bovirhinis, Mycoplasma sp., Mycoplasma canis, Mycoplasma felis, Mycoplasma fermentans, Mycoplasma gallinarum, Mycoplasma galli- septicum, A. granularum, Mycoplasma hominis, Mycoplasma hyorhinis, Acti- nobacillus laidlawii, Mycoplasma meleagrídis, Mycoplasma neurolyticum, Mycoplasma pneumonia e Mycoplasma hyopneumoniae.
Além disso, WO 98/01127 descreve, para valnemulina, atividade marcante contra um complexo de doença que pode ocorrer sempre que animais são mantidos, por exemplo, para fins de transporte, em um espaço muito confinado (densidade de criação aumentada), e, em resultado disso, são submetidos a um alto grau de tensão. Os patógenos mais comuns que desempenham um papel decisivo nesse caso são Mycoplasma hyopneumo- niae, Serpulina (antes Treponema) hyodysenteriae, Serpulina pilosicoli, Lawsonia intracellularis, Mycoplasma gallisepticum, Pasteurella multocida, Actinobacillus (Haemophilus) pleuropneumoniae e Haemophilus parasuis, com doenças do trato respiratório e outras infecções ocorrendo freqüente- mente lado a lado e resultando em um quadro clínico complexo. Todos os animais de rebanho, como por exemplo, gado, cavalos, ovelhas e porcos, mas também aves domésticas, são afetados.
Na atual criação em grande escala de animais, por exemplo por- cos, gado, cavalos, ovelhas e aves domésticas, não é possível, no caso das doenças de animais mencionadas, dispensar a administração de antibióti- cos, porque, caso contrário, as doenças se espalharão rapidamente através do rebanho inteiro de animais e, a não ser que tratadas, resultarão em per- das insustentáveis. Há, assim, uma grande demanda de antibióticos eficazes por meio dos quais é possível controlar as doenças infecciosas em animais antes que grande parte da criação seja afetada.
Embora, como antibióticos, pleuromutilinas atendam a todas as expectativas em termos de eficácia, elas possuem em comum uma desvan- tagem que não pode ser subestimada, a saber, sua relativa instabilidade em formas de administração que, em virtude da facilidade de manuseio, são de particular importância em medicina veterinária. Como discutido em WO 01/41758, pleuromutilinas, especialmente na forma de base livre, não são especialmente estáveis, o que obviamente resultou em seu uso como sais de adição de ácido, preferivelmente cloridratos, usualmente na forma de so- luções de injeção. Os sais de adição de ácido possuem uma estabilidade em estoque em temperatura ambiente de até 5 anos. Administração oral no caso de animais tem sido, até agora, uma exceção. E só pode ser utilizada em uma extensão limitada, mesmo na forma de um aditivo alimentar.
Enquanto no caso de seres humanos, antibióticos podem ser administrados em uma variedade muito grande de formas de administração, como comprimidos, comprimidos revestidos com açúcar, emulsões, soluções de injeção e similares, porque é possível confiar na disciplina do paciente humano e em seu desejo de se recuperar, no caso de animais rapidamente confronta-se com consideráveis problemas práticos.
Em animais deve haver uma preparação natural para se tomar uma preparação medicinal oralmente. Naturalmente, é possível tratar um único animal ou um pequeno número de animais forçadamente e administrar um antibiótico de tal forma que o animal tenha que engoli-lo ou que este lhe seja injetado. Tais métodos forçados não são, entretanto, aceitáveis para grandes rebanhos de animais porque são muito trabalhosos, exigem que o veterinário esteja presente em cada caso individual e, finalmente, resultam em altos custos que não podem ser repassados ao consumidor de carne ou laticínios por causa da situação competitiva que existe. Em criação de ani- mais em grande escala, portanto, buscam-se formas simples e confiáveis de administração, que o encarregado dos animais possa tanto quanto possível pôr em prática independentemente ou mesmo totalmente automaticamente e que mantenha os custos dentro de limites aceitáveis.
Um método que trata desses fatores é a administração de doses precisas de antibióticos incorporados em ração seca de animais, isto é, nos assim chamados péletes de ração.
Hoje em dia, animais domésticos e animais de produção, como, por exemplo, porcos, mas também gado, ovelhas e aves domésticas são freqüentemente mantidos em estábulos com os sistemas de alimentação mais modernos, totalmente automatizados. Em tais casos, a ração é propor- cionada com totamente automaticamente de acordo com a idade e peso do animal, transportada a cada animal e colocada em seus cochos de alimenta- ção em tempos precisamente determinados do dia e em montantes diários precisamente determinados. Os referidos péletes de ração são freqüente- mente utilizados nesses sistemas totalmente automáticos. Os péletes são uma ração seca concentrada baseada em vegetais ou animais, compactada, altamente comprimida, que pode ser enriquecida com aditivos como proteí- nas, vitaminas e minerais. Tais péletes de ração são simplesmente grânulos redondos ou alongados, sintéticos, dispejáveis, esferas ou, dependendo do método de produção, peças conformadas no formato de bastão de tamanho uniforme apropriado para a raça e tamanho dos animais e na faixa de pou- cos milímetros para as aves domésticas a cerca de um centímetro para por- cos adultos e gado, Plantas de ração comercial produzem péletes de ração moendo o material de partida orgânico, misturando os componentes na composição desejada e finalmente comprimindo-os em péletes; os péletes são empacotados em sacas e entregues ao encarregado dos animais que os alimenta no sistema de distribuição. Uma vantagem significativa de tais pé- letes é sua facilidade de manuseio, em resultado de sua uniformidade, des- pejabilidade e estabilidade em estocagem. Eles podem prontamente ser au- tomaticamente retirados dos recipientes, medidos em porções, transportados via transportadores de correia ou tubos e fornecidos a cada animal em uma porção de montante precisamente correto. Além disso, péletes ocupam muito menos espaço que alimento fresco e, acima de tudo, são consumidos pelos animas com boa vontade e sem quaisquer problemas. É, portanto, vantajoso, adicionar a esses péletes, não só proteí- nas e outros nutrientes como vitaminas e minerais, mas também, onde re- querido, antibióticos. Isto já está sendo feito na prática mas, no caso da classe pleuromutilina de ingredientes ativos em discussão aqui, enfrentam- se as dificuldades particulares, que são específicas dessa classe de subs- tância e que serão explicadas com maiores detalhes abaixo.
Foi verificado que pleuromutilinas são um pouco instáveis, acima de tudo quando em contato com material de ração, especialmente fibras ve- getais e animais, durante a preparação de péletes de ração, resultando em perdas consideráveis já no processo de preparação. Na preparação de pé- letes de ração, o material de partida orgânico seco de origem animal ou ve- getal é moído, intimamente misturado com os aditivos, vitaminas, elementos traço, antibióticos - neste caso o derivado de pleuromutilina - etc., isto é, substancialmente homogeneizado, e então, umedecido com cerca de 5 a 10% em peso de água ou vapor e comprimido em péletes a temperaturas elevadas de cerca de 60 a 80°C, preferivelmente de 65 a 75°C, em pressões de cerca de 1 a 100 kbar, usualmente de 25 a 100 kbar. Temperaturas mais altas permanentes, por exemplo 100°C, tendem a ser desvantajosas e redu- zem dramaticamente a viscosidade dos péletes. Picos locais de temperatura de período curto dentro da prensa, denominados "flashes", de até 200°C , por outro lado, não constituem um problema. O tempo de residência da massa na prensa é de cerca de 5 a 180 segundos, preferivelmente de 10 a 90 segundos, e depende, entre outras coisas, do tamanho dos péletes.
Embora, pleuromutilinas em forma pura suportem tais tempera- turas em si muito bem e possam ser estocadas em temperatura ambiente por mesmo alguns meses sem qualquer perda mensurável de ingrediente ativo, elas se decompõem com relativa rapidez sob pressão e em contato íntimo com fibras vegetais ou animais em produtos alimentícios e sob as temperaturas elevadas prevalentes. Parece que o contato com fibras na rea- lidade catalisa o processo de decomposição. Mesmo quando a fase de pres- são elevada e temperatura elevada é mantida tão curta quanto tecnicamente possível e os péletes acabados são imediatamente resfriados à temperatura ambiente diretamente após o processo de compressão, um quarto a um ter- ço do ingrediente ativo se perde. Embora os produtos de compressão não tenham efeitos prejudiciais nos animais tratados, a perda inevitável de ingre- diente ativo resulta inevitavelmente em um aumento considerável no custo do produto final.
Foi, além disso, também verificado, que a pleuromutilina ainda intacta nos péletes é muito menos estável em estocagem do que, por exem- plo, o ingrediente ativo puro. Mesmo em temperatura ambiente, a degrada- ção do ingrediente ativo continua nos péletes acabados. Após três meses, o teor de ingrediente ativo já caiu para menos que 60%. Essa relativa instabili- dade também significou que, até agora , a administração de uma dose exata de ingrediente ativo na forma de péletes de ração somente podería ser reali- zada por um período de cerca de 4 a 6 semanas após os péletes terem sido preparados. Assim, até agora, os encarregados dos animais foram obrigados a usar somente péletes relativamente recém-preparados; não puderam ar- mazenar estoques razoáveis de péletes de longa duração e tiveram que emitir ordens de compra para as fábricas de ração a cada 4 a 6 semanas para serem supridos com ração fresca tendo um teor de antibiótico garanti- do. Embora isto seja tecnicamente factível, isto envolve um alto grau de pla- nejamento logístico e resultou em repetidas vezes as fábricas de ração te- rem que atender a pequenos pedidos que não necessariamente se ajusta- ram à sua programação de produção, resultando em tempos de espera in- convenientes e, especialmente em aumento adicional de custo dos péletes.
Pelas razões mencionadas, portanto, muito esforço foi direcio- nado para a estabilização das pleuromutilinas de modo que elas suportas- sem as temperaturas e pressões elevadas durante a preparação dos péle- tes, sem perda de substância ativa e, também quando na forma de péletes acabados, tivessem estabilidade em estocagem prolongada adequada para fins práticos.
Tentativas sem sucesso incluem, por exemplo, (1) redução da área superficial do ingrediente ativo por meio da compressão em grânulos, tendo sido tentada uma grande variedade de tamanhos de grânulos; (2) ve- dação dos referidos grânulos com ingrediente ativo em uma grande varieda- de de camadas protetoras, por exemplo, gelatina ou vários açúcares e re- vestimentos; 3) encerramento dos ingredientes ativos no interior de materiais porosos como, por exemplo, vários amidos, celuloses, ácidos silícicos ou zeólitos, com ou sem camadas protetoras adicionais; e (4) modificação quí- mica da estrutura macrocíclica básica do ingrediente ativo. Embora em uns poucos casos modificação química tenha resultado em estabilidade melho- rada do composto em si, ela simultaneamente resultou em perda de ativida- de.
No entanto, nenhuma destas tentativas resultou em uma perda apreciavelmente menor do ingrediente ativo na compressão em péletes de ração ou em uma estabilidade em estocagem com melhora mensurável. No entanto, agora foi obtido sucesso, surpreendentemente, em prover o usuário com um processo mais fácil de administração dos péletes de ração em uma forma que não apresenta mais as desvantagens para o ingrediente ativo. É agora possível estabilizar a pleuromutilina de forma que ela não só suporta a preparação do pélete sem dano, mas também sobrevive por um período de estocagem suficientemente longo.
Embora a presente invenção seja ilustrada abaixo, com referên- cia ao exemplo específico de valnemulina, esta é demonstravelmente igual- mente aplicável a T\amut\n®/tiamulina e outros derivados de pleuromutilina, tendo a estrutura macrocíclica básica de fórmula I mostrada no início.
No contexto da presente invenção é dada preferência a pleuro- mutilinas de fórmula I abaixo em que Ri é etila ou vinila; (A) existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra e Rb são H, e T é um dos seguintes grupos a a i: a) -CH2-OH; b) c) -(CH2-X)m-(CH2)n-N(R2)(R3) em que X é -O-, -S-, -NH- ou ; m é 0 ou 1; n é um número inteiro de 2 a 5; R2 e R3 são cada um independentemente do outro Ci.6alquila ou, junto com o átomo de nitrogênio ao qual eles estão ligados, formam um heterociclo de 5 ou 6 membros contendo como porção hetero -S-, -O- ou -N(R4)-em que R4 é C1-6 alquila ou Ci.6hidroxialquila, e Y e Z são, cada um independentemente do outro -O- ou -S-; d) -CH2-S-(CH2)i<-N(R5)(R6) em que k é um número inteiro de 2 a 5; e R5 e R6 são cada um independentemente do outro C1-6 alquila; e) -CH2-S-C(CH3)2-CH2-NH-C(0)R7 em que R7 é C-|.6 alquila substituída por NH2 ou é um heterociclo de 5 membros, saturado, contendo um ou dois heteroátomos, selecionado de -S- e -NH-; f) -CH2-S-C(CH2)i-R8 em que I é 0 ou 1 e Re é o grupo em que K é H, Ci-6alquilsulfonila, -NH2, -CHO, -N(R9)(Rio), - S-(CH2)q-N(R9)(R10) ou -C(G)-NHRn, G sendo oxigênio ou enxofre, R9 e R-io sendo, cada um independentemente do outro H, Ci-6alquila, C1-6 alquil- sul- fonila; hidroxialquila, C1-6 diidroxialquila ou Ci^alcanoíla não-substituída ou substituída com C-|.6 alquilsulfonila; ou R9 e R10 , junto com o átomo de nitrogênio ao qual eles estão ligados, formam piperazinila não-substituída ou substituída, em que o segundo átomo de nitrogênio é substituído por um substituinte do grupo Ci-6alquila, C1-6 hidroxialquila e Ci_6 diidroxialquila; Rn sendo C1-6 alquila ou C-|.6alquilcarbonila; Q é H, -NH2, -CF3, C1-6 alquila, piri- dila ou -N(R9)(R10), R9 e R10 sendo como definido acima; g) -CH3, -CH2CI, -CH2Br,-CH2SCN, -CH2-NH2, CH2-N3, -CO-OH, -CH2-OCOCH3 ou h) N(Ri5)(Ri6) em que R15 e R16 são iguais ou diferentes e são selecionados do grupo que consiste em H, um radical hidrocarboneto C1-6 saturado ou insaturado, de cadeia reta ou ramificada, não-substituído ou substituído, um radical C3.8 cicloalquila saturado ou insaturado, não- substituído ou substituído, um heterociclo não-substituído ou substituído; e um radical arila não-substituído ou substituído, ou R15 e R16 , junto com o átomo de nitrogênio ao qual eles estão ligados, formam um anel de 3 a 8 membros que não contém um heteroátomo adicional ou que contém um he- teroátomo adicional da série -N-, -O- e -S-; ou R15 é um dos grupos mencio- nados e R16 é -S02Ri7> -C(0)Ri8, -0-R19 ou N(Rig)(R2o); R17 sendo selecio- nado do grupo que consiste em um radical hidrocarboneto C1-6 saturado ou insaturado, de cadeia reta ou ramificada, não-substituído ou substituído, um radical C3.8 cicloalquila saturado ou insaturado, não-substituído ou substituí- do, um heterociclo não-substituído ou substituído, um radical arila não- substituído ou substituído, um radical C1.6 alquilamino não-substituído ou substituído e um radical arilamino não-substituído ou substituído; Ris sendo selecionado do grupo que consiste em H um radical hidrocarboneto Ci.6 sa- turado ou insaturado, de cadeia reta ou ramificada, não-substituído ou subs- tituído, um radical C3.8 cicloalquila saturado ou insaturado, não-substituído ou substituído, um heterociclo não-substituído ou substituído e um radical arila não-substituído ou substituído; R19 e R2o sendo iguais ou diferentes e sendo selecionados do grupo que consiste em um radical hidrocarboneto Ci. 6 saturado ou insaturado, de cadeia reta ou ramificada, não-substituído ou substituído, um radical C3-8 cicloalquila saturado ou insaturado, não- substituído ou substituído, um heterociclo não-substituído ou substituído e um radical arila não-substituído ou substituído, ou, junto com o átomo de nitrogênio ao qual eles estão ligados, formando um grupo cíclico de 3 a 8 membros que pode opcionalmente conter um heteroátomo adicional selecio- nado do grupo que consiste em -N-, -O- e -S-; (B) existe uma dupla ligação entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra e Rb são H, e T é 0 seguinte grupo i: i) -CH2-CO-Ri2; em que Ri2 é um heterociclo de 5 ou 6 mem- bros, contendo nitrogênio, não-substituído ou substituído, um radical arila ou o grupo -CH2-R13, R13 é halogênio ou -SR14 e R14 é amino-C-i-ealquila não- substituído ou substituído, heterociclo de 5 ou 6 membros , contendo nitro- gênio, não-substituído ou substituído ou um radical arila não-substituído ou substituído; substituintes para 0 referido heterociclo ou radical arila sendo de um a três radicais selecionados do grupo que consiste em OH, CN, NO2, N3, C1-6 alquila, C-i-6 alcóxi, C1-6 alcóxiCi-6 alquila, di-N-Ci-6 alquilamino, C1-6 aci- lamino, C1-6 acilcarbonilamino, C-ι-β acilóxi, C1-6 carbamoíla, mono- e di-N- C1-6 alquilcarbamoíla, C-i-6 aciloxicarbonila, C1-6 alquilsulfonila, C1-6 alquilsul- finila e benzila; (C) existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra é H, OH ou F, e Rb é H; ou Ra é H, e Rb é F; e T é o seguinte grupo k: k) -CH2-CO-R12, em que R12 é como definido para o grupo i; incluindo os sais de adição de ácido fisiologicamente toleráveis e sais de amônio quaternário dos mesmos.
Os compostos livres de fórmula I podem ser convertidos em seus sais de adição de ácido, e vice versa, por métodos conhecidos. Dos sais de adição de ácido a maior preferência é dada ao sal de HCI. Os sais de amônio quaternário podem ser preparados da mesma forma por métodos conhecidos em si. A não ser que definido de outra forma, as definições de substi- tuintes são baseadas no que geralmente é entendido por um químico médio.
No contexto da fórmula I acima, alquila em si ou como parte de um substi- tuinte é, dependendo do número de átomos de carbono, metila, etila, n- propila, isopropila, n-butila, s-butila, t-butila, isobutila, etc. "Halogênio" é flúor, cloro, bromo, ou iodo; preferivelmente flúor, cloro ou bromo e especialmente cloro.
Os anéis heterocíclicos de 5 ou 6 membros saturados ou insatu- rados preferidos incluem aqueles que contêm um ou mais heteroátomos, heteroátomos adequados sendo, especialmente, enxofre e nitrogênio. Um subgrupo especialmente preferido de tais heterociclos contém 1, 2 ou 3 áto- mos de nitrogênio e nenhum outro heterocomponente. Desses é dada espe- ciai ênfase àqueles anéis heterocíclicos insaturados de 5 ou 6 membros que contêm um único átomo de nitrogênio como o heterocomponente, por exem- plo, piridina, pirrol e 5,6-diidro-3H-pirrol. Anéis heterocíclicos de 5 ou 6 membros insaturados adequados contendo dois átomos de nitrogênio são, por exemplo, imidazol, piridazina e pirimidina. Tais anéis podem também ter um ou mais anéis fenílicos fundidos. Exemplos típicos são benzimidazol, quinolina, isoquinolina e ftalazina. Anéis heterocíclicos de 5 ou 6 membros contendo três átomos de nitrogênio são, por exemplo, 1,2,4-triazóis. Outro grupo de heterociclos preferidos contém um átomo de nitrogênio e um átomo de enxofre. Esses incluem, por exemplo, os vários tiazóis, 4,5-diidrotiazol e benzotiazol. Um exemplo típico de um heterociclo contendo dois átomos de nitrogênio e um átomo de enxofre é 1,3,4-tiadiazol. Arila ou um radical arila é, especialmente, fenila ou naftila, que, a não ser que especificamente defi- nido, pode ser não-substituído ou pode conter até quatro substituintes iguais ou diferentes selecionados do grupo que consiste em OH, nitro, amino ciano, halogênio, C-i-e alquila, C-i-6 alcóxi, C-i-6 alcóxiC-i-6 alquila, halo- C-i-6 alquila, mono-N-Ci-6 alquilamino, di-N-C-i-6 alquilamino, C1-6 acilóxi, C1-6 acilamino, Ci_6 acilcarbonilamino, C1-6 carbamoíla, mono- e di-N-C-i-6 alquilcarbamoíla, C-i-6 aciloxicarbonila, Ci.6 alquilsulfonila, C-i-6 alquilsulfinila e benzila. A não ser que especificamente definido, substituintes adequados são os mesmos que os dos anéis heterocíclicos, os heterociclos da mesma forma sendo substituídos uma ou mais vezes por radicais iguais ou diferentes. Heteroci- clos aos quais é dada ênfase especial são : 3-piridila, 4-piridila, pirimidin-2- ila, 1,3,4-tiazol-2-ila, benzotiazol-2-ila, 2H-1,2,4-triazol-3-ila, azabicicloeptila, azabiciclooctila e piperidila. A presente invenção refere-se especialmente a compostos de fórmula I em que Ri é vinila, há uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são hidrogênio ou halogênio, preferivelmente hi- drogênio, e T é como definido para a fórmula I; incluindo os sais de adição de ácido fisiologicamente toleráveis e sais de amônio quaternário dos mes- mos. É dada especial preferência a derivados de pleuromutilina de fórmula I em que Ri é vinila; há uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são H, e T é -CH2-S-(CH2)k-N(R5)(R6) em que k é um número inteiro de 2 a 5; e R5 e R6 são cada um independentemente do outro C-i-6 alquila; incluindo os sais de adição de ácido fisiologicamente tole- ráveis e sais de amônio quaternário dos mesmos. Nesse grupo, preferência muito especial é dada a derivado de pleuromutilina em que T é -CH2-S- (CH2)2-N(C2H5)(C2H5). É dada preferência também a derivados de pleuromutilina de fórmula I em que R1 é vinila; há uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são hidrogênio, e T é -CH2-S-C(CH3)2-CH2-NH- C(0)-R7 em que R7 é C1-6 alquila substituída por NH2 ou um heterociclo de cinco membros saturado contendo um ou dois heteroátomos selecionados de -S-, e -NH-; incluindo os sais de adição de ácido fisiologicamente tolerá- veis e sais quaternários de amônio dos mesmos. Nesse grupo, é dada prefe- rência aos derivados de pleuromutilina de fórmula I em que T é -CH2-S- C(CH3)2-CH2-NH-C(0)-R7 em que R7é C-|.6 alquila substituída por NH2 e es- pecialmente o derivado de pleuromutilina em que T é CH2-S-C(CH3)2-CH2- NH-C(0)-CH(NH2)-CH(CH3)2.
No contexto da presente invenção é dada preferência muito es- pecial aos compostos tiamulina e valnemulina, especialmente, valnemulina, em virtude de sua atividade de espectro largo. Como já mencionado, ambas as substâncias são comercialmente disponíveis. A estrutura química dessas duas substâncias preferidas é a seguinte : Compostos de fórmula I são descritos em detalhe na literatura, por exemplo, nas referências dadas abaixo : O composto de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo a foi isolado por Kavanagh et al. e descrito em Proc. Natl. Acad. Soc. 37, 570-574 (1951). Esse composto é o representante básico da classe de substâncias discutidas aqui, a saber pleuromutilina. Em US-4 247 542, é indicado que foi descoberto mais tarde que a estrutura de pleuromutilina era caracterizada pelo fato de Y na fórmula I acima ser -CH2-OH. A mesma patente U.S. também descreve um com- posto de fórmula I em que Ri é, por sua vez, vinila, há uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são H, e T é -CH2-p,D- xilopiranosila. O composto de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo b é descrito na US - 4 129 721.
Compostos de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo c são descritos em US- 4 148 890.
Compostos de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo d são descritos em US- 3 919 290, incluindo a substância já mencionada especificamente várias vezes, tiamulina, que é disponível como o nome comercial Tiamutin®.
Compostos de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo e são descritos em EP- 0 153 277, incluindo valnemulina, que já foi mencionada várias vezes e que é tam- bém conhecida do WO 98/01127.
Compostos de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo f são descritos em US- 4 428 953.
Compostos de fórmula I em que Ri e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo g são descritos em US- 3 979 423.
Compostos de fórmula I em que R-ι e A são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo h são descritos em WO 97/25309.
Compostos de fórmula I em que Ri e B são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo i são descritos em WO 01/14310.
Compostos de fórmula I em que Ri e C são como definido para a fórmula I e T é como definido para o grupo k são descritos em WO 01/14310.
Será entendido que os exemplos individuais especificamente mencionados nessas referências são incluídos nas modalidades preferidas da presente invenção. A literatura descreve uma série de testes envolvendo a adição de medicamentos, incluindo tiamulina, à ração animal, mas esses testes são incapazes de resolver o problema técnico da presente invenção. Algumas dessas referências serão discutidas de maneira resumida abaixo. EP 0 165 577 refere-se à provisão de um aditivo de produto ali- mentício compreendendo bacitracina-zinco que, após mistura com ração ou quando peletizado tem estabilidade melhorada e torna possível a estocagem prolongada. A estabilidade melhorada é conseguida provendo-se o aditivo alimentício compreendendo bacitracina-zinco com um revestimento poliméri- co, com polímeros como polissacarídeos, poliacrilatos, gorduras, compostos similares a gordura ou ceras sendo usados como revestimento.
A Publicação da Derwent XP002197610 [JP 03101619 A SDS BIOTECH CORP.] de 26.04.1991, refere-se a um medicamento veterinário não-amargo em forma de grânulo consistindo em um material veículo de zeólito e tiamulina. A Publicação da Derwent XP002198060 [JP 63 033330 A Nl- PPON KAYAKU KK] de 13.02.1988 refere-se a uma forma de administração oral antibacteriana de, entre outros, tiamulina com base em poliacrilato de sódio, resultando em absorção melhorada do ingrediente ativo. A forma de administração consiste em um pó, que pode também ser comprimido em grânulos ou comprimidos e misturado com ração animal. EP-0 707 798 descreve um método de preparar rações que compreendem substâncias farmacologicamente ativas. O método é especi- almente caracterizado pelo fato que as substâncias farmacologicamente ati- vas são aplicadas individualmente ou em misturas em uma preparação galê- nica adequado em forma de gel, na forma de um gel pulverizável a um pro- duto alimentício preparado fisicamente. O Pedido de Patente européia EP 0 658 313 descreve grânulos consistindo em um núcleo e de um revestimento. O núcleo consiste em ma- terial orgânico, especialmente vegetal, ou material inorgânico e tem um diâ- metro de 100 a 800 μ. O revestimento consiste em polímeros solúveis em água compreendendo o ingrediente ativo, polímeros esses que se dissolvem em meio aquoso e, especialmente no suco gástrico. O ingrediente ativo é incorporado nesse revestimento ou adere ao mesmo. Durante a produção, o núcleo é preparado em primeiro lugar. A superfície do núcleo é tratada com ácido e, é então pulverizada com uma solução aquosa do ingrediente ativo. O objetivo é preparar grânulos finos que possam ser misturados com a ração animal sem qualquer dificuldade. Em contraste com a presente invenção, os grânulos descritos nessa referência não resultam em qualquer estabilização significativa do ingrediente ativo e não são, portanto, adequados para a pro- visão de péletes de ração animal contendo um derivado de pleuromutilina. O ingrediente ativo é, também, em contraste com a presente invenção, liberado no estômago.
Foi agora verificado, surpreendentemente, que o derivado de pleuromutilina pode ser confinado em microesférulas por métodos conheci- dos em si; essas microesférulas podem ser introduzidas na ração animal seca, e comprimidas em péletes de ração em elevada pressão e elevada temperatura e, subseqüentemente, secas, sem a até agora inevitável perda de substância ativa. Esta recém-obtida estabilidade da substância ativa nos péletes resulta, além disso, em estabilidade de estocagem extremamente alta para a ração acabada. Em temperatura ambiente tais péletes de ração podem agora ser estocados estavelmente por muitos meses, isto é, o teor de ingrediente ativo permanece virtualmente constante. A substância ativa confinada nas microesférulas não só resulta na referida melhoria inesperada mas também, bastante independentemente tem a vantagem adicional de que, em contraste com a substância ativa pura, as microesférulas não são sujeitas à formação de poeira, não formam gru- mos, são extremamente despejáveis e protegem a substância ativa de in- fluências indesejadas do exterior. Por exemplo, inalação não-intencional ou contato com a pele e os olhos, são, em resultado disso, evitados durante o manuseio. Tendo sido confinadas nas microesférulas, a substância ativa, que não é em qualquer caso aprovada para uso em seres humanos, pode ser manuseada simples e seguramente sem que tenham que ser tomadas quaisquer medidas protetoras especiais. Pelo fato das microesférulas não apresentarem virtualmente nenhuma adesão às superfícies do equipamento e não formarem grumos ou crostas nem grudarem de qualquer outra manei- ra, o aparelho usado, por exemplo, nos moinhos de ração podem ser limpos com pouca dificuldade técnica; simples remoção por vácuo é, freqüente- mente bem-suficiente. O uso dessas microesférulas, além disso, resulta em uma van- tagem adicional no uso. Quando antibióticos são administrados oralmente, uma perda de apetite que aumenta no curso da terapia é observada em pa- cientes humanos sensíveis. Dependendo da gravidade do caso, o médico mudará para outra forma de administração, por exemplo, para injeção ou supositórios, para não passar pelo estômago. Em animais o mesmo efeito é observado em casos individuais. A perda de apetite é refletida na recusa a comer um montante suficiente de ração. Além disso, a ração é menos bem metabolizada e o aumento de peso desejado não se verifica. Pelo fato des- ses animais comerem menos ração, a terapia oral fica também prejudicada.
Mudança para supositórios não é uma opção no caso de animais e injeções possuem as desvantagens já descritas, cuja eliminação é um objetivo da presente invenção. Quando as microesférulas de acordo com a invenção são usadas oralmente, a referida supersensibilidade com recusa associada da ração não é observada, o que presume-se estar relacionado ao fato que a matriz das microesférulas é resistente a ácido.
Estudos de biodisponibilidade indicam que as microesférulas passam através do estômago em um estado intacto e liberam o ingrediente ativo somente no meio alcalino do intestino. Quando testes de alimentação comparativos são realizados em leitões usando a) péletes de ração que in- cluem cloridrato de valnemulina livre ou ECONOR® comercialmente dispo- nível e b) péletes de ração preparados de acordo com o Exemplo 2 que compreende cloridrato de valnemulina confinado em microesférulas, sendo retiradas amostras sangüíneas dos animais em teste de hora em hora, e medida a concentração de valnemulina presente no plasma sangüíneo, é verificado que no caso a) a concentração de ingrediente ativo cresce rapi- damente antes de alcançar seu máximo valor após 2-3 horas. Após 8-10 horas a curva cai novamente e se aproxima de zero. No caso b), com as mi- croesférulas, o aumento na concentração de ingrediente ativo começa após uma espera de 1 - 2 horas, alcança seu valor máximo após 3-4 horas e, após 10-12 horas cai em direção a zero. Conseqüentemente, embora no caso b) haja um ligeiro atraso no estabelecimento de níveis eficazes no san- gue, isto não tem um efeito adverso na terapia. Este novo método torna dis- ponível uma forma de administração que é branda para o estômago e que torna a terapia oral ainda mais eficiente. Se desejado, por meio de aditivos como, por exemplo, bicarbonato de sódio, as microesférulas de acordo com a invenção podem ser feitas para dissolver e liberar o ingrediente ativo, tão logo estejam no meio ácido do estômago. Em muitos casos, no entanto, isso não é desejado.
No contexto da presente invenção, microesférulas (ou "microes- feras") são entendidas como partículas de matriz polimérica em sua maioria esféricas, de tamanho microscópico, tendo um tamanho médio de cerca de 1 pm a cerca de 5000 μητι, usualmente de 50 μιτι a 3000 μιτι. O derivado de pleuromutilina é confinado na mesma. Elas são, assim, esferas extrema- mente pequenas compreendendo uma matriz polimérica compacta na qual o ingrediente ativo , em forma sólida ou líquida, é altamente disperso, não me- ramente revestido. Este podería ser descrito como um caso especial de en- capsulação. O método usado na presente invenção para preparação das mi- croesférulas é conhecido em si, da mesma forma que os materiais usados para encapsulação e os derivados de pleuromutilina empregados. No en- tanto, as microesférulas preparadas pela primeira vez dessa maneira e os péletes de ração contendo essas microesférulas, assim como seu uso oral no combate de doenças infecciosas em animais são novos.
As microesférulas podem ser preparadas analogamente aos métodos descritos nas referências mencionadas abaixo : Shigeru Goto et al, Journal of Microencapsulation, 1986, Vol. 3, N° 4, 293 - 305;
Shigeru Goto et al, Journal of Microencapsulation, 1986, Vol. 3, N° 4, 305 - 316 ou US-3 714 065 (corresponde a DE-2 105 039). O foco principal da presente invenção é menor nos aspectos da preparação de microesférulas ou no uso oral de pleuromutilinas do que na provisão de novos péletes de ração que são compostos de derivados de pleuromutilina estabilizados na forma de microesférulas e que, em resultado disso, não sofrem nenhuma perda significativa de ingrediente ativo tanto du- rante a preparação como durante a estocagem. A invenção consiste em im- plementar a estabilização da substância ativa nos péletes de ração. Esta invenção pretende auxiliar o técnico na solução de problemas técnicos e provê-lo com meios pelos quais ele possa estocar péletes de ração contendo pleuromutilinas por períodos relativamente longos de tempo e administrá-los a animais domésticos e animais de produção sem um grande investimento em termos de pessoal, tempo e logística. Na análise final, não só isso eco- nomiza tempo e dinheiro, mas também aumenta bastante significativamente a segurança e confiabilidade no uso prático.
As microesférulas são vantajosamente preparadas em um sis- tema de duas fases consistindo em uma primeira fase orgânica ou orgânica- aquosa, e uma segunda fase oleosa. A fase orgânica ou orgânica-aquosa consiste em uma solução ou dispersão dos componentes poliméricos ade- quados para a formação de microesférulas, solvente e do derivado de pleu- romutilina a ser envelopado. A fase oleosa é uma dispersão de mono-, di- ou triestearato de alumínio, estearato de sódio, estearato de cálcio ou estearato de magnésio em um óleo adequado, mais vantajosa mente em parafina líqui- da ou óleo de silicone. Outros emulsificantes ou dispersantes, por exemplo não-iônicos, como monooleato de sorbitano (Span-80®) podem, no entanto, também ser usados. O volume da fase oleosa excede vantajosamente em várias vezes o volume da fase orgânica. As duas fases são intimamente misturadas com agitação vigorosa ou são homogeneizadas sob alta pressão ou com o auxílio de um misturador estático. Partículas poliméricas microsco- picamente pequenas são formadas no processo. As microesférulas compre- endem o ingrediente ativo em forma altamente dispersa e não são solúveis na mistura de reação de modo que elas podem ser separadas por decanta- ção ou filtração, lavadas e secas. A agitação das duas fases é também importante para a forma- ção das microesférulas. Em geral é usado um aparelho de mistura tendo um agitador em forma de hélice em velocidades de rotação de pelo menos 100 rpm a cerca de 1500 rpm, assegurando intermistura vigorosa das duas fases e rápida formação de microesférulas. Um misturador estático pode, natural- mente, também ser usado.
Em detalhe, a preparação de microesférulas é realizada nas se- guintes etapas: (a) preparação de uma solução de um polímero adequado para a formação da matriz para as microesférulas, polímero esse que é selecio- nado do grupo que consiste em goma-laca e em um polímero baseado em celulose, ácido acrílico ou ácido metacrílico, anidrido maléico, polivinilpirroli- dona ou álcool polivinílico, dissolvendo-se a goma-laca ou o polímero em um solvente orgânico tendo baixa afinidade por óleo parafínico ou óleo de silico- ne e uma constante dielétrica de cerca de 10 a cerca de 40, onde apropriado com a adição de água; (b) introdução do derivado de pleuromutilina nessa solução de goma-laca ou de polímero, com agitação, de modo que seja formada uma primeira fase orgânica não miscível com óleo parafínico ou óleo de silicone. (c) introdução dessa primeira fase, com agitação vigorosa, por exemplo usando um misturador estático ou um homogeneizador de alta pressão na segunda fase oleosa consistindo em óleo parafínico ou óleo de silicone, e agitação continuada da mistura resultante até que sejam forma- das as microesférulas contendo o derivado de pleuromutilina por evaporação ou remoção do solvente; (d) isolamento e, onde apropriado, lavagem e secagem das mi- croesférulas.
Goma-laca é suficientemente conhecida na indústria farmacêuti- ca, para a preparação de revestimentos de comprimidos revestidos com açúcar com gosto neutro.
Materiais de partida adequados para polímeros baseados em celulose são, por exemplo, acetato ftalato de celulose ou acetato N,N-di-n- butilidroxipropil éter de celulose.
Materiais de partida que podem ser usados para polímeros ba- seados em ácido acrílico ou ácido metacrílico são, por exemplo, copolímero metacrilato/ácido metacrílico, copolímero 2-metil-5-vinil- piridina/metacrilato/ácido metacrílico, copolímero metacrilato de metila/ácido metacrílico, copolímero metacrilato de metila/anidrido maléico.
Materiais de partida adequados para polímeros baseados em anidrido maléico são, por exemplo, copolímero vinil metil éter/anidrido maléi- co ou copolímero estireno/anidrido maléico. No contexto da presente inven- ção, é dada preferência especial a polímeros baseados em ácido acrílico ou ácido metacrílico como invólucro para as microesférulas. Com maior vanta- gem são usados produtos comercialmente disponíveis para sua preparação.
Tais produtos são produtos de polimerização de ácido acrílico e de ésteres de ácido acrílico tendo baixo teor de grupos de amônio quaternário. Produtos comerciais como Eudragit® E , L ou S de Rohm, Darmstadt, Alemanha são muito adequados. Eudragit® E é um polímero catiônico de metacrilato de de dimetilaminoetila de um éster de ácido metacrílico neutro. Eudragit® L e S são copolímeros aniônicos de ácido metacrílico e de éster metílico de ácido metacrílico.
Materiais de partida adequados para polímeros baseados em polivinilpirrolidona são, por exemplo, polivinilpirrolidona.
Materiais de partida adequados para polímeros baseados em álcool polivinílico são, por exemplo, o próprio álcool polivinílico. A fase oleosa é usada em montantes relativamente grandes de modo que a razão em volume da fase orgânica para a fase oleosa fica na faixa de 1 : 20 a 5 :10.
Normalmente, o procedimento é realizado em temperatura am- biente ou em temperatura ligeiramente elevada, isto é, em uma faixa de temperatura de cerca de 20 a 45°C. Temperatura ambiente é, no entanto, totalmente suficiente.
Solventes orgânicos adequados para a primeira fase orgânica são, por exemplo, solventes que se misturam com a fase oleosa tão pouco quanto possível e que são prontamente voláteis. Aqueles que possuem uma constante dielétrica de 10 a 40 são muito adequados. Alguns destes sol- ventes são mostrados na seguinte Tabela como exemplo.
Os solventes puros ou misturas de tais solvente podem ser usa- dos, por exemplo uma mistura acetona-etanol (1 : 1). Resultados muito bons são obtidos por adição de um pequeno montante de água, quer dizer cerca de 1 a 5 partes de água em volume a de 10 a 50 partes de solvente orgânico em volume. É dada preferência a misturas água-cetona (cerca de 30 :1).
Foi provado ser vantajoso adicionar à segunda fase oleosa, an- tes que ela seja usada, mono-, di- ou, preferivelmente, triestearato, estearato de sódio, estearato de cálcio, estearato de magnésio ou outro, por exemplo emulsificante ou dispersante não-iônico, como monooleato de sorbitano (Span-80®), com agitação vigorosa de modo que seja formada uma disper- são homogênea. Tal adição promove especialmente formação rápida de mi- croesférulas de um tamanho muito uniforme. Em resultado disso, as micro- esférulas que estão sendo formadas são impedidas de coalescer umas com as outras durante a preparação. Quando a primeira fase compreendendo o polímero e o derivado de pleuromutilina consiste em uma mistura acetona- água e as duas fases são combinadas com agitação a 800 a 1000 rpm, en- tão microesférulas tendo tamanho uniforme de 50 a 1000 μιτι são obtidas. A pleuromutilina e estearato são vantajosamente usados em uma razão em peso de 0,5 : 1 a 10 :1, preferivelmente cerca de 1 : 1.
As microesférulas podem ser lavadas, por exemplo com dietil éter, petróleo leve ou n-hexano, metilciclopentano ou, preferivelmente, ciclo- exano. O solvente é mais gentilmente removido em temperatura ambiente em vácuo. É evidente que o solvente é removido de modo que o teor de re- síduos seja tão baixo quanto possível.
As microesférulas obtidas pelo método acima possuem um in- vólucro polimérico relativamente duro. Para obtenção de maior ductilidade, cerca de 3 a 10% de um plastificante em peso, com base no polímero , pode ser adicionado à fase orgânica. Plastificantes adequados são triacetina; mo- noglicerídeos acetilados; glicerol; polietileno glicol, por exemplo, PEG-400 ou PEG 600; ftalatos, como ftalato de dietila ou ftalato de dibutila; citratos, como citrato de trietila, citrato de acetil trietila, citrato de tributila, ou citrato de acetil tributila; e óleos vegetais , como óleo de rícino, óleo de semente de colza, ou óleo de girassol. Uma adição de cerca de 4 a 10% de citrato de trietila é possível. Em geral, no entanto, a adição de plastificantes não é necessaria- mente desejável porque foi verificado que quanto maior a proporção de plas- tificante menor a estabilidade em estocagem dos péletes de ração acaba- dos. A adição de plastificantes, portanto, tende a agir contra a desejada me- lhoria em estabilidade, o que não significa que não seja possível adicionar plastificante, especialmente em quantidades relativamente pequenas. Plasti- ficantes abaixam a temperatura de transição vítrea. O ingrediente ativo, na experiência, não é mais protegido durante a preparação de péletes de ração, quando a temperatura de transição vítrea é menor do que cerca de 100 - 150°C. Péletes de ração são usualmente produzidos por moinhos de ração. Cereal moído é, geralmente, usado como base. A essa base são adi- cionados outros constituintes como óleo e proteínas vegetais e animais. To- dos os constituintes são intimamente misturados em um aparelho de moa- gem ou mistura, pulverizados com água ou tratados com vapor e, em tempe- ratura elevada, extrusados, isto é, comprimidos, através de um bocal redon- do com um diâmetro de cerca de 2 a 15 mm. Durante esse processo de prensagem, o material umedecido é compactado e sai do bocal na forma de uma barra relativamente dura, que é cortada em pedaços de comprimento desejado, por exemplo, de cerca de 5 a 25 mm de comprimento usando um aparelho de corte, na saída do bocal. Os péletes resultante, que ainda estão mornos, secam ao ar à medida que são transportados para fora, ou passa- dos através de uma câmara de aquecimento, por meio de um transportador de correia, e secos a cerca de 80 a 120°C. Os péletes acabados são em forma de bastão ou cilíndricos, possuem uma superfície relativamente lisa e são prontamente despejáveis sem formação de grumos ou poeira. Geral- mente possuem uma densidade de cerca de 1,2 g/cm3.
Em geral, o procedimento para preparação de péletes de ração estabilizados de acordo com a invenção é exatamente igual à preparação de péletes de ração normais sem adição de medicamento. No entanto, antes do processo de prensagem, as microesférulas e os constituintes de ração moí- dos e homogeneizados são intimamente misturados, umedecidos com cerca de 5 a 10% em peso de água ou vapor e comprimidos em péletes de ração em temperaturas elevadas de cerca de 60 a 80°C, preferivelmente de 65 a 75°C. Boa homogeneização é obtida mais vantajosamente quando as mi- croesférulas são primeiro intimamente misturadas com uma porção relativa- mente pequena do resto dos componentes da ração, sendo obtida como re- sultado uma pré-mistura tendo uma proporção relativamente alta de micro- esférulas. Uma porção dessa pré-mistura é, então, misturada com mais ma- terial de ração para formar uma outra mistura parcial adicional e essa mistu- ra parcial é, em uma etapa final, diluída à concentração final, com material de ração adicional. Essa diluição resulta em uma distribuição especialmente uniforme do ingrediente ativo encapsulado nos péletes.
Os péletes são deixados esfriar à temperatura ambiente e são empacotados em sacos de papel ou outros recipientes adequados para es- tocagem ou para transporte para o consumidor final. Não são necessárias medidas de precaução especiais porque os péletes são extremamente está- veis em estocagem e compreendem o ingrediente ativo em uma espuma revestida que protege o ingrediente ativo das influências ambientais. Ne- nhum ingrediente ativo sai destes péletes de ração estocáveis.
Medição do montante de ingrediente ativo antes e após com- pressão em péletes mostra, surpreendentemente, que a peletização usando microesférulas não resulta em qualquer perda mensurável de ingrediente ativo.
Exemplos de implementação Exemplo 1: Preparação de microesférulas de HCI de valnemulina confinada em resina metacrílica Composição Peso HCI de Valnemulina (substância ativa) 12,5 g Excipientes Eudragit® L 100 37,5 g Monoestearato de alumínio 11,25 g Água 9,4 g Acetona 303,1 ml Parafina líquida leve 1250 ml Peso total 1351,94 g Eudragit® é um produto comercial de Rohm. Consistindo em copolímero com os componentes butil éster de ácido metacrílico, metacrilato de (2-dimetilaminoetila) e metacrilato de metila.
Etapa 1: O Eudragit® é disperso em 100 ml de acetona em tem- peratura ambiente em um béquer de vidro com agitação (800 rpm/ 5 minu- tos/ agitador magnético). A agitação da dispersão é continuada nas mesmas condições e água é adicionada. Após10 minutos, o polímero se dissolveu completamente. A substância ativa, no caso valnemulina, é adicionada em porções com agitação. Após mais 10 minutos é obtida uma solução clara.
Etapa 2: Em um reator de 2 litros provido com um agitador de hélice de 3 lâminas, monoestearato de alumínio é disperso em parafina lí- quida leve em temperatura ambiente. Após 10 minutos a dispersão fica ho- mogênea.
Etapa 3: A solução obtida na etapa 1 é adicionada à dispersão obtida de acordo com a etapa 2 em temperatura ambiente, com agitação continuada (1000 rpm). É formada uma emulsão que é adicionalmente agi- tada a 800 rpm durante 24 horas em temperatura ambiente. (Alternativa- mente, a emulsão pode também ser aquecida a 40°C ao longo de 1 hora sob pressão (200 mbar) e mantida na pressão e temperatura por mais 2 horas.).
Em ambos os casos são formadas microesférulas, isto é, microcápsulas consistindo em resina metacrílica nas quais a substância ativa está confina- da.
Etapa 4: Após desligamento do agitador as microesférulas vão para o fundo do reator e o sobrenadante formado por parafina e monoestea- rato de alumínio é decantado tão completamente quanto possível. As micro- esférulas são lavadas várias vezes com cicloexano (três vezes/funil de Bu- chner/filtro de tecido) e o excesso de cicloexano é removido em vácuo.
Exemplo 2 : Preparação de ração em péletes para criação de porcos: (ração para leitões) 80 g da substância ativa (valnemulina) são adicionados a 3920 g de ração convencional seca para leitões moída e homogeneizada com o uso de um misturador espiral. Desta maneira 4000 g de pré-mistura são obtidos e adicionados a mais 36 kg de ração convencional seca para leitões moída e homogeneizada em um misturador espiral de 100 litros e novamente mistu- rados intimamente. Os 40 kg resultantes são então novamente misturados com mais 360 kg da mesma ração, transferidos a uma extrusora e compri- midos em péletes de ração em forma de barras finas de cerca de 10 mm de comprimento e 6 mm de largura a 68-72°C e em pressão de 10-100 kbar. É usado vapor (2 bar, 136°C) durante o processo de compressão. O tempo de permanência na porção aquecida da extrusora é ajustado em cerca de 75 segundos. Os péletes acabados são colocados em sacos de 25 kg cada.
Exemplo 3: Teste de estabilidade de misturas de rações contendo o ingredi- ente ativo, ingrediente ativo revestido comercialmente disponível ou ingredi- ente ativo embutido em microesférulas.
De acordo com o exemplo de preparação 2, são preparados três tipos de ração em péletes para leitões usando montantes idênticos de ingre- diente ativo, com diferentes tipos de pré-tratamento. Péletes de tipo A con- tém o produto disponível comercial mente Econor® 50% (ingrediente ativo valnemulina) em que o ingrediente ativo é revestido com hidroxipropilme- tilcelulose (HPMC). Péletes de tipo B contém o ingrediente ativo puro valne- mulina em forma de cloridrato e péletes do tipo C contém as microesférulas preparadas de acordo com o Exemplo de preparação 1 contendo cloridrato de valnemulina embutido.
Para medida da estabilidade os três tipos de péletes são prepa- rados de acordo com Exemplo de preparação 2 e as primeiras amostras de 50 g cada são tiradas imediatamente após a preparação. São tiradas 9 amostras do tipo A, 9 amostras do tipo B e para o tipo C são preparadas 3 bateladas de ração em péletes diferindo uma da outra ligeiramente pela composição do material de alimentação. São tiradas 9 amostras de cada batelada. Todas as amostras são imediatamente testadas e o teor de valne- mulina intacta em cada amostra é determinado analiticamente. O restante da ração em péletes é dividido em duas porções que são transferidas para duas câmaras de clima para estudos de longa duração. A câmara (I) tem tempe- ratura de25°C e umidade relativa de 60%, simulando estocagem normal em temperatura ambiente. Câmara (II) tem temperatura elevada de 40°C e umi- dade relativa elevada de 75%, simulando período de estocagem aumentado.
Em intervalos de um mês, 3 amostras de 50 g cada são tiradas de cada câmara e de cada tipo e batelada dos péletes de ração e o teor de valnemulina intacta em cada amostra é determinado.
Os valores médios e o desvio padrão associado estão listados nas Tabelas 1 e 2 abaixo para as diferentes condições de clima.
Tabela 1: 25°C/Umidade relativa 60% Dados em [% valnemulina/(desv\o padrão)] Tabela 2: 40°C/Umidade relativa 75% Dados em [% valnemulinal(desv\o padrão)] As tabelas mostram claramente que a valnemulina presente nos péletes de ração dos tipos A, B e C apresenta estabilidade variável. A val- nemulina pura (Tipo B) é obviamente a de mais rápida degradação e já apresenta perda de cerca de 21% durante a peletização. Após dois meses em temperatura ambiente normal o teor de valnemulina no tipo B cai a me- nos de 50% e , no caso de temperatura elevada cai mesmo a menos de 20%. No caso de valnemulina revestida com HPMC no tipo A a degradação de valnemulina é na verdade menor, mas ainda considerável. A perda de ingrediente ativo de cerca de 1% durante a peletização pode ser desprezada mas após 2 meses a estocagem a 25 ° C resulta em perda significativa de cerca de 30% e a 40°C, até mesmo de cerca de 76%. Em contraste, ração em péletes do tipo C em que o ingrediente ativo está embutido em microes- férulas apresenta perda de ingrediente ativo significativamente menor. Após 2 meses a 25°C a perda é de apenas cerca de 1 %, e em temperatura eleva- da de 40°C de apenas 11%. Mesmo após 6 meses, cerca de 80% do ingre- diente ativo está ainda presente no caso de tipo C, ao passo que nos outros dois casos o teor de ingrediente ativo cai abaixo de 10%. A significativa estabilização do ingrediente ativo de péletes de ração não poderia ter sido prevista, especialmente porque a incorporação em microesférulas no caso de rações não-comprimidas não resulta em qual- quer estabilização. Em rações não-comprimidas, valnemulina não-protegida e em microesférulas comportam-se de maneira idêntica com as mesmas perdas.
Nota: Na data deste pedido, este teste não foi ainda completado e outros dados serão obtidos nos próximos meses.

Claims (12)

1. Microesferas caracterizadas pelo fato de conterem um deriva- do de pleuromutilina estabilizado que apresenta a fórmula (I), (D na qual Ri é etila ou vinila, existe uma dupla ligação ou ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra e Rb são, cada um independentemente do outro, hidrogênio ou halogênio, e T é um radical orgânico de cadeia curta ou longa; sendo que o composto de fórmula (I) está confinado em microes- férulas, que são partículas de matriz polimérica esférica tendo um tamanho médio de cerca de 1 pm a cerca de 5000 pm, na qual o derivado de pleuro- mutilina na forma sólida ou líquida, está altamente disperso.
2. Microesferas contendo um derivado de pleuromutilina estabili- zado de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que, na fórmula (I) Ri é etila ou vinila; (A) se existir uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2 e Ra e Rb forem H, então T é um dos seguintes grupos a a i: a) -CH2-OH; b) c) -(CH2-X)m-(CH2)n-N(R2)(R3) em que X é -O-, -S-, -NH- ou ; m é 0 ou 1; n é um número inteiro de 2 a 5; R2 e R3 são cada um independentemente do outro Ci-ealquila ou, junto com o átomo de nitrogênio ao qual eles estão ligados, formam um heterociclo de 5 ou 6 membros contendo como porção hetero -S-, -O- ou -N(R4)-em que R4 é C1-6 alquila ou Ci_6hidroxialquila, e Y e Z são, cada um independentemente do outro -O- ou -S-; d) -CH2-S-(CH2)k-N(R5)(R6) em que k é um número inteiro de 2 a 5; e R5 e Re são cada um independentemente do outro C·^ alquila; e) -CH2-S-C(CH3)2-CH2-NH-C(0)R7 em que R7 é C1-6 alquila substituída por NH2 ou é um heterociclo de 5 membros, saturado, contendo um ou dois heteroátomos, selecionado de -S- e -NH-; fl -CH2-S-C(CH2)i-R8 em que I é 0 ou 1 e R8 é o grupo em que K é H Ci-ealquilsulfonila, NH2, -CHO, N(R9)(R10), -S- (CH2)q-N(R9)(Rio) ou -C(G)-NHRn, G sendo oxigênio ou enxofre, R9 e R10 sendo, cada um independentemente do outro H, Ci^alquila, C1-6 alquil- sul- fonila; hidroxialquila, Ci.6 diidroxialquila ou Ci^alcanoíla não-substituída ou substituída com C1-6 alquilsulfonila; ou R9 e R10, junto com o átomo de nitrogênio ao qual eles estão ligados, formam piperazinila não-substituída ou substituída, em que o segundo átomo de nitrogênio é substituído por um substituinte do grupo Ci^alquila, Ci_6 hidroxialquila e C1-6 diidroxialquila; Rn sendo alquila ou C1-6 alquilcarbonila; Q é H, -NH2, -CF3, C1-6 alquila, piri- dila ou -N(R9)(Rio), R9 e R10 sendo como definido acima; g) -CH3, -CH2CI, -CH2Br,-CH2SCN, -CH2-NH2, CH2-N3, -CO-OH, -CH2-OCOCH3 ou h) N(Ri5)(Ri6) em que R15 e Ri6 são iguais ou diferentes e são selecionados do grupo que consiste em H, um radical hidrocarboneto C1-6 saturado ou insaturado, de cadeia reta ou ramificada, não-substituído ou substituído, um radical C3.s cicloalquila saturado ou insaturado, não- substituído ou substituído, um heterociclo não-substituído ou substituído; e um radical arila não-substituído ou substituído, ou R15 e R16 , junto com 0 átomo de nitrogênio ao qual eles estão ligados, formam um anel de 3 a 8 membros que não contém um heteroátomo adicional ou que contém um he- teroátomo adicional da série -N-, -O- e -S-; ou R15 é um dos grupos mencio- nados e R16 é -SO2R17, -C(0)Ri8, -O-R19 ou N(Ri9)(R2o); R17 sendo selecio- nado do grupo que consiste em um radical hidrocarboneto Ci-6 saturado ou insaturado, de cadeia reta ou ramificada, não-substituído ou substituído, um radical C3.8 cicloalquila saturado ou insaturado, não-substituído ou substituí- do, um heterociclo não-substituído ou substituído, um radical arila não- substituído ou substituído, um radical Ci_6 alquilamino não-substituído ou substituído e um radical arilamino não-substituído ou substituído; Ri8 sendo selecionado do grupo que consiste em H, um radical hidrocarboneto C1-6 sa- turado ou insaturado, de cadeia reta ou ramificada, não-substituído ou subs- tituído, um radical C3-8 cicloalquila saturado ou insaturado, não-substituído ou substituído, um heterociclo não-substituído ou substituído e um radical arila não-substituído ou substituído; R19 e R20 sendo iguais ou diferentes e sendo selecionados do grupo que consiste em um radical hidrocarboneto Ci- 6 saturado ou insaturado, de cadeia reta ou ramificada, não-substituído ou substituído, um radical C3.s cicloalquila saturado ou insaturado, não- substituído ou substituído, um heterociclo não-substituído ou substituído e um radical arila não-substituído ou substituído, ou, junto com o átomo de nitrogênio ao qual eles estão ligados, formando um grupo cíclico de 3 a 8 membros que pode opcionalmente conter um heteroátomo adicional selecio- nado do grupo que consiste em -N-, -O- e -S-; i) -CH2-CO-R12; em que R12 é um heterociclo de 5 ou 6 mem- bros, contendo nitrogênio, não-substituído ou substituído, um radical arila substituído ou não-substituído ou o grupo -CH2-R13, R13 é halogênio ou - SR14, e R14 é amino-Ci.6alquila não-substituído ou substituído, heterociclo de 5 ou 6 membros , contendo nitrogênio, não-substituído ou substituído ou um radical arila não-substituído ou substituído; substituintes para o referido hete- rociclo ou radical arila sendo de um a três radicais selecionados do grupo que consiste em OH, CN, N02, N3, C1-6 alquila, Ci-6 alcóxi, C1-6 alcóxiCi-6 alquila, di-N-Ci-6 alquilamino, Ci_6 acilamino, C1-6 acilcarbonilamino, C1.6 aci- lóxi, C1-6 carbamoíla, mono- e di-N-Ci^ alquilcarbamoíla, Ci_6 aciloxicarboni- la, C1-6 alquilsulfonila, Cue alquilsulfinila e benzila; (B) se existir uma dupla ligação entre os átomos de carbono 1 e 2 e Ra e Rb forem H, então T é o seguinte grupo i: (C) existe uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra é H, OH ou F, e Rb é H; ou Ra é H, e Rb é F; então T é o seguinte grupo k: k) -CH2-CO-R12, em que R12 é como definido para o grupo i; incluindo os sais de adição de ácido fisiologicamente toleráveis e sais de amônio quaternário dos mesmos.
3. Microesferas contendo um derivado de pleuromutilina estabili- zado de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que R1 é vinila, há uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são hidrogênio ou halogênio, preferivelmente hidrogênio, e T é como defini- do para a fórmula (I); incluindo sais de adição de ácido fisiologicamente tole- ráveis e sais de amônio quaternário dos mesmos.
4. Microesferas contendo um derivado de pleuromutilina estabili- zado de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que R1 é vinila; há uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são H, e T é -CH2-S-(CH2)k-N(R5)(R6) em que k é um número inteiro de 2 a 5; e R5 e R6 são cada um independentemente do outro C1-6 alquila; incluindo sais de adição de ácido fisiologicamente toleráveis e sais de amônio quater- nário dos mesmos.
5. Microesferas contendo um derivado de pleuromutilina estabili- zado de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que T é - CH2-S-(CH2)2-N(C2H5)(C2H5).
6. Microesferas contendo um derivado de pleuromutilina estabili- zado de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que R1 é vinila; há uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra e Rb são H, e T é -CH2-S-C(CH3)2-CH2-NH-C(0)-R7 em que Rzé Ci^ alquila subs- tituída por -NH2 ou um heterociclo de cinco membros saturado contendo um ou dois heteroátomos selecionados de -S-, e -NH-; incluindo os sais de adi- ção de ácido fisiologicamente toleráveis e sais de amônio quaternário dos mesmos.
7. Microesferas contendo um derivado de pleuromutilina estabili- zado de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que Ri é vinila; há uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, Ra e Rb são H e T é -CH2-S-C(CH3)2-CH2-NH-C(0)-R7 em que R/é C1-6 alquila subs- tituída por NH2; incluindo os sais de adição de ácido fisiologicamente tolerá- veis e sais de amônio quaternário dos mesmos
8. Microesferas contendo um derivado de pleuromutilina estabili- zado de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que Ri é vinila; há uma ligação simples entre os átomos de carbono 1 e 2, e Ra e Rb são hidrogênio e T é CH2-S-C(CH3)2-CH2-NH-C(0)-CH(NH2)-CH(CH3)2; in- cluindo os sais de adição de ácido fisiologicamente toleráveis e sais de a- mônio quaternário dos mesmos.
9. Microesferas contendo um derivado de pleuromutilina estabili- zado de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que as microesférulas consistem em um polímero adequado para formação de microesférulas o qual é selecionado no grupo que consta de goma-laca e um polímero baseado em celulose, ácido acrílico ou metacrílico, anidrido maléico, polivinilpirrolidona ou álcool polivinílico.
10. Péletes de ração animal, caracterizado pelo fato de que compreende, além de ração seca moída baseada em vegetais ou animais, com ou sem aditivos como proteínas, vitaminas e minerais, um montante eficaz de derivado de pleuromutilina estabilizado como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 9.
11. Péletes de ração animal de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de ser para uso no tratamento de doenças infeccio- sas em animais domésticos e de criação.
12. Uso de microesferas contendo um derivado de pleuromutilina estabilizado como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 9, carac- terizado pelo fato de ser na preparação de péletes de ração animal para o tratamento de doenças infecciosas em animais domésticos e de criação.
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