PT862504E - Processo e dispositivo para o transporte de recipientes junto de um dispositivo para a inspeccao do fundo dos recipientes - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "PROCESSO E DISPOSITIVO PARA O TRANSPORTE DE RECIPIENTES JUNTO DE UM DISPOSITIVO PARA A INSPECÇÃO DO FUNDO DOS RECIPIENTES" A invenção refere-se a um processo e a um dispositivo para o transporte de recipientes junto de um dispositivo para a inspecção do fundo dos recipientes, por exemplo para detectar sujidades, defeitos de material e corpos estranhos. Os recipientes são levados, num primeiro transportador, para o dispositivo de inspecção e, num segundo transportador, são afastados do dispositivo de inspecção. Entre o primeiro e o segundo transportadores, existe um intervalo em cujo interior os recipientes são inspeccionados pelo dispositivo de inspecção e no interior do qual os recipientes não são suportados, pelo menos em toda a sua superfície de apoio. Os recipientes são guiados por dispositivos de guia laterais.

Os dispositivos de transporte deste tipo são utilizados em especial na inspecção de garrafas vazias (garrafas vazias de vidro ou de plástico) . 0 dispositivo de inspecção é então constituído por uma fonte luminosa, colocada na zona do referido intervalo, por baixo das garrafas vazias, e um dispositivo de detecção, por exemplo uma câmara de CCD, disposta por cima das garrafas vazias, que faz a inspecção através da abertura da garrafa, e através do fundo da garrafa vazia. A partir das patentes EP-A-0 124 164 e EP-B1-0 415 154, é conhecido o processo de reter as garrafas lateralmente entre correias que se deslocam conjuntamente, continuando o seu movimento deste modo através do intervalo. 1 r É também conhecido o processo de manter as garrafas vazias fixadas em rodas estreladas e conduzi-las deste modo através do dispositivo para inspecção do fundo.

Em ambos os casos, os recipientes, por exemplo garrafas vazias, são em primeiro lugar isolados, de modo que eles são transportados, com uma distância mútua média determinada, ou pelo menos sem exercerem pressão (pressão dinâmica), uns sobre os outros numa fileira no primeiro transportador. Esta separação para isolar os recipientes faz-se por meio de dispositivos especiais. Depois da inspecção, os recipientes continuam a ser transportados, sob uma certa pressão dinâmica, visto que as máquinas de enchimento usuais exigem que os recipientes sejam deslocados com essa pressão à entrada da máquina de enchimento. Quando do movimento sob pressão dinâmica, os recipientes continuam o movimento de avanço, desordenados, numa fita transportadora ou numa base inferior fixa, pela pressão dos recipientes anteriores. Neste caso encontra-se lateralmente, na fita transportadora ou na base inferior, um parapeito destinado a evitar a queda dos recipientes. A invenção tem por objectivo simplificar o transporte dos recipientes na zona dos dispositivos de inspecção, na qual os recipientes são deslocados através de um intervalo entre dois transportadores. A solução para este problema consiste num processo e num dispositivo do tipo indicado na introdução, mediante o transporte dos recipientes, sob pressão dinâmica ou, respectivamente, prevendo-se um dispositivo para a geração de uma pressão dinâmica, e formando os dispositivos laterais de guia, que se encontram dos dois lados do primeiro e do segundo transportadores e na zona do intervalo entre os transportadores, com uma estabilidade tal que os recipientes possam ser transportados sob pressão dinâmica. 2 r~ U, ^^

Devido ao facto de os recipientes serem transportados sob pressão dinâmica, eles apoiam-se mutuamente. A pressão mútua é suficiente para reter os recipientes no interior de um intervalo até 3 vezes o diâmetro dos recipientes, transpondo assim esse intervalo sem dispor de uma "base de apoio sólida". O atrito entre os recipientes que fazem pressão uns nos outros é portanto suficiente para impedir um deslizamento vertical dos recipientes uns em relação aos outros. No que respeita aos recipientes, pode tratar-se em especial de latas ou de garrafas de vidro ou de plástico. Os recipientes podem ter simetria de rotação ou ter secção transversal poligonal.

Podem ser necessárias medidas especiais relativamente ao arranque e ao fim do serviço, visto que no início do serviço não há qualquer pressão dinâmica e no fim do serviço já não é gerada qualquer pressão dinâmica pelos recipientes seguintes. Para isso há várias possibilidades.

Primeira: pode prever-se uma guia, com uma garganta estreita, na forma de parapeitos deslizantes, fixos, que se encaixa, no caso de garrafas com cápsula de.coroa, por baixo da glande da abertura, no caso de garrafas com tampa roscada, por baixo da cabeça roscada e, no caso de outros recipientes, em pontos configurados de maneira análoga, de modo que o recipiente, no início do serviço, seja transportado pelos recipientes anteriores através do intervalo entre os transportadores, sem que possa escorregar para baixo.

Segunda: pode colocar-se uma placa de vidro de protecção sobre a fonte de irradiação do dispositivo de inspecção colocada sob o intervalo, no início do serviço, temporariamente, podendo ser elevada até à altura do plano de transporte, de modo que. os recipientes possam deslizar, sem encontrar degraus do primeiro transportador para o segundo transportador. Ao atingir-se as condições de pressão dinâmica, e portanto a retenção automática dos recipientes 3 r sobre o intervalo, desce-se a placa de vidro de protecção, no interior do intervalo, de alguns milímetros, de modo que deixe de haver qualquer contacto directo dos recipientes com a placa de vidro de protecção, impedindo-se desse modo qualquer desgaste.

Tanto no caso do guiamento pelo gargalo, como no caso da placa de vidro de protecção, é importante que os mesmos sejam colocados de modo tal que, em serviço normal, isto é, quando os recipientes são transportados sob pressão dinâmica e se apoiam uns nos outros na zona da inspecção dos fundos e são suportados lateralmente pelos dispositivos de guia, não sejam carregados pelos recipientes. Portanto a guia dos gargalos é colocada um pouco mais profundamente que a posição na qual, em serviço normal, se encontram as glandes da abertura e as cabeças roscadas dos frascos com cápsula de coroa ou com tampa roscada. Portanto a guia dos gargalos encaixa-se, no serviço normal, apenas lateralmente nos gargalos das garrafas, mas não suporta o peso da garrafa. Só quando no início do serviço, no fim do serviço ou no caso de perturbações no serviço, as garrafas não estão sob pressão dinâmica e portanto as garrafas, durante a inspecção dos fundos, no intervalo entre os dois transportadores, não estão suportadas pelas garrafas vizinhas e as guias laterais.e por conseguinte descem, são apoiadas pela guia dos gargalos. Do mesmo modo, a placa de vidro de protecção está disposta um pouco abaixo do nível dos transportadores, de modo que as garrafas apenas quando falta a pressão dinâmica, entram em contacto com a placa de vidro de protecção e são suportadas pela mesma.

No que respeita ao dispositivo lateral de guia, na zona do intervalo, pode tratar-se de uma continuação dos parapeitos laterais, que são necessários para o transporte sob pressão dinâmica ao longo dos primeiro e segundo transportadores. Uma terceira possibilidade para a solução do 4

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problema que surge no início do serviço consiste em interromper, no interior do intervalo, um ou os dois parapeitos laterais e substituí-los por cilindros de espuma ou de borracha, com eixo de rotação vertical. Estes cilindros são colocados a uma certa distância dos parapeitos opostos, ou seja, dos cilindros opostos, menor que o diâmetro dos recipientes. Para que os recipientes possam ser abrangidos individualmente pelo dispositivo de inspecção, a largura do primeiro transportador, isto é a distância entre os parapeitos laterais do primeiro transportador, não deve ser superior a cerca de 1,2 vezes o diâmetro dos recipientes e, de preferência, deve ter apenas de alguns milímetros mais que o diâmetro dos recipientes. Os cilindros podem ser rotativos livremente, ou ser accionados. Os cilindros retêm os recipientes apenas no interior do intervalo entre os transportadores e apenas nessa zona os parapeitos laterais são substituídos pelos cilindros.

Uma quarta possibilidade consiste em gerar a necessária pressão dinâmica pelo transporte de dispositivos auxiliares especiais, no princípio do serviço. Estes dispositivos auxiliares podem ser constituídos por um ou vários corpos cilíndricos acoplados mecanicamente, que se colocam manualmente no primeiro transportador. Se o dispositivo auxiliar for constituído por um único corpo, e, sendo o corpo deformável, por exemplo feito de um material elástico, então o corpo tem normalmente um diâmetro ou uma dimensão da secção transversal maior que a distância entre os parapeitos laterais dos transportadores estando as suas paredes laterais que se encostam aos parapeitos sujeitas a pressão elástica. Devido ao atrito que se estabelece entre o corpo e os parapeitos, um tal dispositivo auxiliar opõe uma certa resistência à pressão exercida pelos recipientes anteriores, que simula a pressão dinâmica. No caso de três ou mais corpos, estes dispõem-se mecanicamente, através da força elástica, desfasados em forma triangular ou de zigue-zague, 5 f ^ cie modo que fazem pressão contra os parapeitos opostos do transportador, opondo desse modo uma resistência ao movimento dos recipientes. 0 dispositivo auxiliar pode também ser formado de modo tal que se gera uma força de travagem contra a rotação dos corpos. Os recipientes que se seguem imediatamente a um tal dispositivo auxiliar comportam-se então da mesma maneira que no transporte sob pressão dinâmica. Igualmente, no fim do serviço, pode colocar-se depois do último recipiente, um dispositivo auxiliar, na forma de um corpo com várias peças, no primeiro transportador, substituindo o corpo com várias peças, devido ao acoplamento dos seus elementos individuais, a condição de pressão dinâmica e podendo vencer o intervalo entre os transportadores, devido ao seu comprimento. O comprimento total do dispositivo auxiliar é então de preferência pelo menos duplo do comprimento do intervalo, de modo que o dispositivo auxiliar possa vencer sem dificuldades o referido intervalo. Estes dispositivos auxiliares podem mais tarde ser retirados da corrente de recipientes, de maneira automática, por um dispositivo de remoção. É igualmente possível posicioná-lo, por meio de um dispositivo automático de reposição, para a utilização seguinte, na entrada da instalação e depois introduzi-lo de novo. Há também a possibilidade de dividir a inspecção dos fundos em duas ou mais partes, de modo que nunca haja qualquer intervalo no trajecto de transporte que seja- maior que o diâmetro de um recipiente, ou garantindo sempre que o recipiente seja guiado de um dos lados sobre uma base de apoio sólida. 0 intervalo entre os dois transportadores pode, por exemplo, ser vencido por uma chapa que apresente aberturas desfasadas umas relativamente às outras. Pode primeiramente a metade da esquerda da chapa ser dotada de aberturas num comprimento correspondente ao diâmetro dos recipientes e depois a metade da direita, de modo que sejam inspeccionados primeiro o lado esquerdo do fundo do 6 jp U, K,—^ recipiente e depois o lado direito do fundo do recipiente. É igualmente possível prever, entre os dois transportadores, guias ou chapas, no plano do transportador, inclinadas ou dispostas transversalmente, sobre as quais os recipientes deslizam, enquanto são inspeccionados. O dispositivo detector utilizado para a inspecção pode então ser formado por várias câmaras para as várias zonas de inspecção ou por uma só câmara com divisores ópticos da imagem, que podem ser realizados por meio de espelhos. São também concebíveis combinações destas possibilidades, podendo utilizar-se, em especial, os dispositivos auxiliares indicados como quarta possibilidade, com um dos outros dispositivos, visto que estes dispositivos auxiliares são a única possibilidade de trabalhar sob a pressão dinâmica até ao fim do serviço. 0 processo e o dispositivo de acordo com a invenção são apropriados em especial para os inspectores de garrafas vazias de pequeno e médio rendimento, isto é, com um caudal até 36 000 garrafas/hora, sendo no entanto possíveis velocidades mais elevadas.

Descrevem-se a seguir exemplos de realização da invenção, com referência aos desenhos anexos, cujas figuras representam:

As fig. 1 e 2, numa vista de cima e numa vista de lado, uma instalação para a inspecção de garrafas vazias; A fig. 3, um dispositivo de transporte com uma placa de vidro de protecção, susceptível de ser elevada, na zona do intervalo entre os dois transportadores; 7 ρ· U, ^

As fig. 4 e 5, numa vista de cima e numa vista lateral, um dispositivo de transporte com cilindros de espuma ou de borracha, dispostos lateralmente na zona do intervalo,- A fig. 6, numa vista de cima, um dispositivo de transporte, no qual os recipientes, entre os transportadores, são suportados apenas numa parte da sua superfície de apoio; A fig. 7, um exemplo de realização análoga à da fig. 6, no qual os recipientes são apoiados na zona do intervalo, entre os transportadores, e com tiras dispostas inclinadas;

As fig. 8 e 9, dispositivos auxiliares para a geração de uma pressão dinâmica no início e no fim do serviço;

As fig. 10 a 14, exemplos de realização para a disposição dos transportadores; e A fig. 15, um corte feito pela linha 15-15 da fig. 2.

As fig. 1 e 2 representam uma instalação para a inspecção de garrafas vazias. As garrafas vazias (10) são levadas a um primeiro transportador (12), sujeitas a uma inspecção do fundo, : no interior de um intervalo (14), sendo depois transportadas para um segundo transportador (16) e junto a uma estação de inspecção (18) da parede lateral, levadas para uma instalação de remoção (20).

Os primeiro e segundo transportadores (12,16) podem ser fitas transportadoras usuais ou transportadores de cadeia. São transportadores de construção conhecida, não sendo portanto aqui descritos em pormenor. Os transportadores (12,16) podem também ser de construção diferente e os recipientes podem apoiar-se em almofadas de ar, em rolos, etc. No que respeita aos transportadores (12,16) pode também tratar-se de placas fixas, sobre as quais os recipientes 8

U deslizam por meio de um dispositivo que gera uma pressão dinâmica, por exemplo uma roda estrelada ou um transportador de cadeia. Os transportadores (12,16) definem um plano de transporte (22), no qual assentam as garrafas vazias (10) . Lateralmente, a uma pequena distância acima do plano de transporte (22) previram-se, dos dois lados, parapeitos (24), como dispositivos de guia para as garrafas vazias (10). Por meio dos parapeitos (24) são retidas as garrafas sujeitas a pressão dinâmica, nos primeiro e segundo transportadores (12,16). Os parapeitos (24) são portanto realizados com grande estabilidade. O parapeito (24) é prolongado a partir do primeiro transportador (12), através do intervalo (14) , para o segundo transportador (16).

Dentro do intervalo (14), as garrafas vazias (14) não são apoiadas por baixo. Retêm-se umas às outras, pela pressão exercida por umas sobre as outras e pelo atrito nos parapeitos (24) . A largura do primeiro e do segundo transportadores (12,16), isto é a distância entre os dois parapeitos (24), é apenas ligeiramente maior que o diâmetro das garrafas vazias (10). Deste modo pode vencer-se um intervalo (14) cujo comprimento é até 3 vezes o diâmetro das garrafas vazias (10) . Na extremidade do primeiro transportador (12), está um limpador do fundo (25), que limpa de baixo o fundo da garrafa vazia, por meio de um jacto de ar, de modo que são removidas do fundo gotas de água ou partículas aderentes ao fundo. 0 limpador (25) do fundo é um injector de ar, que sai a meio de uma cabeça em forma de cogumelo. As garrafas vazias são guiadas por réguas (27), sobre o limpador do fundo, de modo que as garrafas vazias (10) ainda não assentam no limpador (25) do fundo.. A fim de que as garrafas vazias, também no início e no fim do serviço, embora não se tenha criado qualquer pressão dinâmica e portanto ainda não seja gerada qualquer pressão dinâmica pelas garrafas anteriores, possam deslocar-se através do intervalo (14), previu-se na zona do intervalo (14) uma guia 9 (29) do gargalo (fig. 15) que se encaixa no gargalo das garrafas vazias imediatamente por baixo da glande da abertura ou da cabeça roscada, impedindo desse modo que as garrafas (10), ao faltar a pressão dinâmica, se afundem no interior do intervalo (14). A guia (29) dos gargalos está um pouco desviada para baixo, de modo que, no serviço normal, quando as garrafas vazias estiverem sob pressão dinâmica, haja uma distância insignificante entre a guia dos gargalos e a glande da abertura ou a cabeça roscada. A guia (2 9) do gargalo guia então, de facto, o gargalo da garrafa lateralmente, mas não suporta o peso da garrafa vazia, de modo que se reduz o mais possível o seu desgaste.

No interior do intervalo (14), por baixo do plano de transporte (22), há uma fonte luminosa (26), que ilumina por baixo, as garrafas vazias (10). Por cima das garrafas vazias (10) encontra-se um dispositivo detector, com uma câmara de CCD. Os dispositivos para a inspecção do fundo das garrafas vazias (10) são de construção usual, não se descrevendo portanto em pormenor.

Na forma de realização representada na fig. 3, a fonte luminosa (26) está coberta, no lado superior, por uma placa de vidro de protecção (28) e está apoiada de modo a poder deslocar-se em altura. Há desse modo a possibilidade de, no início do serviço, quando as garrafas vazias (10) não estão ainda sob pressão dinâmica, deslocar a fonte luminosa para cima, de modo que o intervalo (14) entre o primeiro e o segundo transportadores (12,16) seja vencido pela placa de vidro (28) de protecção da fonte luminosa (26) . Logo que se forme no interior da fiada de garrafas vazias (10) a pressão dinâmica, a fonte luminosa (26) pode deslocar-se para baixo, visto que as garrafas vazias (10) no interior do intervalo (14) já não necessitam de qualquer apoio. 10

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Uma outra possibilidade para ultrapassar as dificuldades c[ue aparecem no início do serviço consiste em substituir, na zona do intervalo (14), os parapeitos (24) por cilindros (30) de espuma ou de borracha, que são colocados ao lado do intervalo (14), com eixos de rotação verticais, de modo tal que se encostam lateralmente às garrafas vazias (10) (fig. 4 e 5). Impede-se desse modo um afundamento das garrafas vazias (10) no interior do intervalo (14), quando não houver qualquer pressão dinâmica. A distância entre os dois cilindros de espuma ou de borracha (30) é, para isso, menor que o diâmetro das garrafas vazias (10).

Uma possibilidade para ultrapassar as dificuldades no início do serviço consiste também, de acordo com a fig. 6, em prever no interior do intervalo placas de apoio (31), cuja largura é igual aproximadamente a metade da distância entre os parapeitos (24) (não representados na fig. 6) , de modo que existem duas zonas (32) desfasadas uma da outra, entre o primeiro e o segundo transportadores (12,16), não sendo as garrafas vazias (10) apoiadas nessas zonas (32) . A largura dessas zonas é igual aproximadamente a metade do diâmetro das garrafas vazias e o comprimento dessas zonas (32) é m pouco maior que o diâmetro das garrafas vazias. As duas zonas (32) estão desviadas uma da outra na direcção do transporte, de modo tal que não se sobrepõem. Consegue-se desse modo que as garrafas vazias (10) sejam guiadas lateralmente ainda nas placas de apoio (31).

De maneira análoga, de acordo com a fig. 7, pode colocar--se no interior do intervalo (14) guias (33), que se estendem inclinadas, no plano de transporte, sendo a distância das guias (33), na direcção do transporte, mais ou menos igual a metade do diâmetro das garrafas vazias (10) . As guias (33) podem também estender-se transversalmente em relação à direcção de transporte. A inspecção do fundo das garrafas vazias (10) faz-se no interior do espaço intermédio entre as 11 t f ι guias (33) . 0 dispositivo de detecção pode, para isso, ser constituído por várias câmaras para ou vários espaços intermédios. Pode também ser constituído por apenas uma única câmara com divisores ópticos da imagem apropriados, que podem ser realizados por meio de espelhos. Na fig. 7, por razões de maior clareza, também não se representaram os parapeitos (24) .

Igualmente, no fim do serviço surgem dificuldades devidas ao facto de as últimas garrafas vazias (10) não serem transportadas sob pressão dinâmica e também o seu impulso para o movimento não ser, em certas circunstâncias suficiente para que elas se desloquem através do intervalo (14) sem um accionamento. As dificuldades que surgem, quer no início do serviço, quer no fim do serviço, devido à falta da pressão dinâmica podem resolver-se se se acoplarem mecanicamente dois ou, melhor, três ou mais corpos cilíndricos (35), da maneira representada nas fig. 8 e 9, e se estes corpos acoplados (35) passarem antes das garrafas vazias no início do serviço e, no fim do serviço, depois da última garrafa vazia. De acordo com a fig. 8, três corpos (35) estão ligados entre si, articulados, numa constelação triangular, em que os dois corpos extremos (35) são aproximados um do outro por meio de uma mola. O diâmetro dos corpos (35) é mais ou menos igual ao das garrafas vazias (10) e, no caso da constelação triangular representada na fig. 8, os dois copos (35) extremos e o corpo (35) médio fazem pressão contra os parapeitos (24) e rolam sobre os mesmos.

Uma outra possibilidade consiste em ligar um maior número de corpos (3 5) em linha recta ou em zigue-zague, como se mostra na fig. 9. Para que os corpos (35) possam exercer nas garrafas vazias que vão à frente uma pressão suficiente, os corpos (35) têm convenientemente um peso maior que o das garrafas vazias (10) e/ou a sua superfície de apoio está 12

I dotada com um revestimento com maior coeficiente de atrito que o das superfícies de apoio das garrafas vazias (10).

Nos exemplos de realização atrás descritos, os primeiro e segundo transportadores (12,16) estavam dispostos numa linha recta, alinhados um com o outro. Os dois transportadores (12.16) podem, no entanto, estar dispostos formando entre si um ângulo recto, sendo nesse caso as garrafas vazias (10) conduzidas num trajecto em arco (36) (fig. 10) , do primeiro transportador (12) para o segundo transportador (16) e, nesse caso, no ângulo entre os dois transportadores (12,16), as garrafas são retidas, sem apoio inferior, apenas pelos parapeitos (24) e pela pressão que existe entre as garrafas vazias (10). De acordo com a fig. 11, os dois transportadores (12.16) podem também estar dispostos a uma certa distância, paralelamente, e deslocando-se em sentidos contrários ou, de acordo com a fig. 12, paralelos e desviados um do outro, resultando o intervalo (14) da distância entre os transportadores (12,16).

De acordo com a fig. 13, os dois transportadores (12,16) podem ser paralelos e deslocar-se em sentidos opostos, encontrando-se o intervalo (14), com a inspecção dos fundos que nelo se encontra, numa zona semi-circular, na qual as garrafas vazias (10) são transferidas da extremidade do primeiro transportador (12) para o segundo transportador (16) .

De acordo com a fig. 14, os primeiro e segundo transportadores (12,16) podem também ser formados por uma única fita transportadora, formando os dois parapeitos (22) uma sinuosidade, no interior da qual as garrafas vazias (10) são conduzidas um pouco sem apoio inferior, ao lado da fita transportadora, representando esse curto intervalo (14). 13

Relativamente à estação de inspecção na parede lateral (18) e à estação de saída (20) faz-se referência ao pedido de patente PCT depositado simultaneamente "Verfahren und Vorrichtung zum Drehen von rotationssymmetrischen Behâltern, wie Flaschen, wàhrend des Transports unter Staudruck" (sinal próprio 30 560/autorotação) e ao pedido de patente PCT, também depositado simultaneamente "Vorrichtung zum Ausleiten von einzeln oder mehreren rotationssymmetrischen Behâltern aus einem unter Staudruck gefôrdert Strom der rotationssymmetrischen Behãlter und Zylinder mit gesteuert ausfahrbarem Kolben (sinal próprio: 30 561/Lõffel).

Lisboa, 20 de Setembro de 2000

O AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Claims (12)

1. t

   REIVINDICAÇÕES 1. Processo para o transporte de recipientes (10), junto de ura dispositivo (26) para a inspecção do fundo dos recipientes (10), relativamente à existência de.sujidade, defeitos de material e corpos estranhos, no qual os recipientes (10) são transportados, por meio de um primeiro transportador (12), para o dispositivo de inspecção (26) e afastados do dispositivo de inspecção (26), por meio de um segundo transportador (16), havendo entre o primeiro e o segundo transportadores (12,16) um intervalo (14), em cujo interior os recipientes (10) não são, pelo menos em toda a sua superfície de apoio, apoiados e em cujo interior os fundos dos recipientes (10) são inspeccionados, e no qual os recipientes (10) são guiados, no primeiro transportador (12), no interior do intervalo (14) e no segundo transportador (16), por dispositivos de guia laterais (24,30), caracterizado por os recipientes (10) serem transportados, pelo menos no interior do intervalo (14), sujeitos a uma pressão dinâmica.
2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os recipientes (10), no interior do intervalo (14) , não estarem apoiados na sua superfície de apoio.
3. 3. Processo de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por, para o estabelecimento da pressão dinâmica, no início do serviço, e/ou para a eliminação da pressão dinâmica, no fim do serviço, serem atravessados 1 1'—'

   t vários corpos cilíndricos (35) mecanicamente acoplados uns aos outros.
4. 4. Dispositivo para a realização do processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3, com um primeiro transportador (12), para conduzir os recipientes (10) para o dispositivo de inspecção (26), com um segundo transportador (16) para levar os recipientes (10) do dispositivo de inspecção, havendo entre o primeiro e o segundo transportadores (12,16) um intervalo (14) em cujo interior os recipientes (10) não são apoiados, pelo menos em toda a sua superfície de apoio, e no qual o dispositivo de inspecção (26) inspecciona os fundos dos recipientes (10) no interior do intervalo (14), e com dispositivos de guia laterais (24,30), que se estendem dos dois lados do primeiro e do segundo transportadores (12,16) e do intervalo (14), caracterizado por se prever um dispositivo para gerar uma pressão dinâmica e por os dispositivos laterais de guia (24,30) serem feitos com uma estabilidade tal que os recipientes (10) podem ser transportados sob pressão dinâmica.
5. 5. Dispositivo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o recipiente (10) não ser apoiado na sua superfície de apoio no interior do intervalo (14).
6. 6. Dispositivo de acordo com as reivindicações 4 ou 5, caracterizado por os dispositivos laterais de guia serem parapeitos fixos (24).
7. 7. Dispositivo de acordo com qualquer das reivindicações 4 a 6, no qual, relativamente aos recipientes (10), se trata de garrafas com um engrossamento na extremidade do gargalo, caracterizado por uma guia fixa (29) para o gargalo, disposta mais ou menos por baixo do engrossamento das garrafas. 2

   L-Cj .—^
8. 8. Dispositivo de acordo com as reivindicações 4 a 6, caracterizado por, no interior do intervalo (14), estar colocada uma placa transparente (28) que pode ajustar-se em altura, sendo a placa transparente (28), no princípio e no fim do serviço susceptível de ser deslocada para cima à altura do plano de transporte (22) e baixada durante o transporte dos recipientes (10) sob pressão dinâmica.
9. 9. Dispositivo de acordo com as reivindicações 4 a 6, caracterizado por, no interior do intervalo (14) se dispor uma placa de vidro, disposta um pouco abaixo do nível dos primeiro e segundo transportadores (12,16).
10. 10. Dispositivo de acordo com as reivindicações 4 a 6, caracterizado por, no interior do intervalo (14), os dispositivos laterais de guia serem formados por cilindros elásticos (30), com eixo de rotação vertical, sendo a distância da superfície superior dos cilindros (3 0) um pouco menor que o diâmetro dos recipientes (10) e o comprimento da zona de contacto menor ou igual que o comprimento do intervalo (14).
11. 11. Dispositivo dè acordo com a reivindicação 4, caracterizado por, no interior do intervalo (14), se disporem placas de apoio (31), que apresentam aberturas (32) , que se estendem respectivamente de um e do outro lado até ao meio e têm, na direcção de transporte, um comprimento mais ou menos igual ao diâmetro dos recipientes (10).
12. 12. Dispositivo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por, no interior do intervalo (14), se disporem guias (33) inclinadas ou perpendiculares, para o apoio dos recipientes (10) , sendo a distância entre as 3 guias (33) mais ou menos iguais a metade do diâmetro dos recipientes (10). Lisboa, 20 de Setembro de 2000 0 AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

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