PT1473002E

PT1473002E - Acoplamento de ostomia

Info

Publication number: PT1473002E
Application number: PT04076728T
Authority: PT
Inventors: Richard Derek Kilgour
Original assignee: Squibb & Sons Inc
Priority date: 1992-05-12
Filing date: 1993-05-10
Publication date: 2008-06-20
Also published as: DE69328427T2; JPH08501028A; DK1473002T3; AU4078293A; ES2147755T3; CA2135604C; ES2230798T3; WO1993023229A1; FI945307A; EP1473002B1; DE69328427D1; EP1223022A1; ATE191878T1; FI945307A0; NZ299115A; JP2003276056A; ATE282516T1; EP1473002A1; NZ252226A; DK1223022T3

Description

DESCRIÇÃO

Acoplamento de ostomia

Campo técnico

Este invento refere-se a um elemento de acoplamento plástico, compreendendo uma formação em rebaixo. Técnica antecedente A moldação de formações em rebaixo, por exemplo uma flange interna em torno de uma tampa circular ou elemento de fecho semelhante, ou em torno de um elemento de acoplamento em anel, apresenta dificuldades bem conhecidas para a moldação por injecção. A flange pode ser moldada com a utilização de um macho num recesso adequado, mas a dimensão radial de uma tal flange, isto é, a quantidade de rebaixo, tem de ser relativamente limitada, devido à necessidade de retirar o macho. Além disso, as técnicas convencionais exigem que o rebaixo tenha uma superfície chanfrada ou em declive que possa produzir uma acção de disposição das carnes para alongar a moldação, para que a flange passe a projecção do macho que a formou.

Na moldação de elementos de fecho e elementos de acoplamento em material plástico, esta necessidade de ter uma superfície chanfrada ou em declive pode tornar o elemento de fecho ou elemento de acoplamento menos seguro e menos positivo, quando se exige, por exemplo, que o elemento de fecho ou elemento de acoplamento sejam um encaixe com pressão sobre uma 1 tampa na superfície externa de um recipiente ou elemento de acoplamento correspondente.

Foi proposto produzir formações em rebaixo do tipo descrito através de moldação por injecção, usando um macho de retracção, mas, nesses casos, o macho deixa a chamada "marca testemunha" no artigo moldado, que é a impressão da linha entre as partes móveis do macho de retracção. No caso de um elemento de fecho ou elemento de acoplamento, esta linha pode aparecer na parede interna, por cima do rebaixo, e pode limitar seriamente a eficácia da vedação feita pelo elemento de fecho ou elemento de acoplamento. 0 invento pretende rebaixos mais profundos que, além disso, não precisem de ter declive, e evitem a formação de marcas testemunha.' Um objectivo adicional do invento consiste em produzir um novo elemento de fecho e um novo elemento de acoplamento tendo uma rebaixo mais profundo e um fecho e / ou acção de vedação mais seguros. A Patente US 4929245 descreve um conjunto de ligação para uma aplicação de dreno, uma porção ligando ao corpo do paciente e a outra porção ao saco de recolha. As duas porções encaixam em conjunto, e os elementos resilientes de encaixe com pressão criam uma relação inicialmente selada. Um anel rotativo de travamento pode ser rodado para travar os elementos de encaixe com pressão e travar as- duas porções em conjunto.

Ura arranjo semelhante está revelado na Patente EP-A-0295772.

Revelação do invento

De acordo com um aspecto, o invento reivindicado na Patente EP-B-0641227, da qual deriva o presente requerimento, 2 proporciona um processo para moldar por injecção uma formação em rebaixo num corpo circular, em que a dita formação é moldada numa série de secções arqueadas, alternando com espaços, e em que o macho que produz a formação compreende um elemento interno de macho e um elemento externo de macho, e o macho é retirado rodando relativamente, em primeiro lugar, o dito corpo e o dito elemento exterior de macho, de modo que o corpo é expandido radialmente, e então ejectar o corpo para fora do macho. O invento da Patente EP-B-0641277 proporciona, assim, um processo para formação de artigos plásticos moldados, e, em particular, um elemento de fecho ou um elemento de acoplamento, compreendendo uma formação em rebaixo num corpo circular, compreendendo a dita formação uma série de secções arqueadas alternando com espaços, tendo cada uma das secções arqueadas uma superfície em rebaixo prolongando-se radialmente que subtende um ângulo com o eixo do corpo suficiente, no caso de um elemento de fecho ou elemento de acoplamento, para dar um grau de segurança desejado ao artigo.

Alguns elementos de fecho e elementos de acoplamento de acordo com o invento EP-B-0641277 são artigos novos e estão incluídos, assim, nesse invento. 0 presente invento proporciona um elemento de acoplamento destinado a ser usado num 'dispositivo de ostomia, de incontinência ou de cuidados de feridas, compreendendo o elemento um corpo anular em forma de canal, tendo uma parede contínua na periferia com uma formação em rebaixo, caracterizado por a dita formação em rebaixo estar posicionada de modo a estender-se radialmente para fora e a cooperar com um elemento de nervura dirigido radialmente para dentro num elemento de acoplamento correspondente. 3 A formação em rebaixo é descontínua numa direcção periférica, mas a sua extensão radial pode ser maior do que a atingível por meio de técnicas de moldação convencionais, e a sua superfície estendendo-se radialmente pode fazer um ângulo mais aberto com o eixo do corpo. A segurança de uma tal formação, como meio de engate, pode ser muito superior à dos elementos de fecho e elementos de acoplamento conhecidos anteriormente.

As secções arqueadas da formação em rebaixo podem ter um comprimento igual ou diferente, dependendo da aplicação. Normalmente, terão um comprimento igual.

De preferência, as secções arqueadas ocupam tanto da periferia quanto possível, embora, por motivos práticos, e de modo a facilitar a remoção do corpo do macho, a relação entre o comprimento circunferencial dos espaços e o comprimento circunferencial das secções arqueadas é, de preferência, pelo menos 1:3.

Os próprios espaços podem ter comprimento igual ou desigual, dependendo da aplicação. A extensão radial da formação em rebaixo irá depender da aplicação, e, até um determinado ponto, da espessura da parede do corpo e do tipo de material plástico utilizado. No entanto, pode ser obtida uma extensão radial superior a 0.0125 cm, e até cerca de 0.051 cm, ou mesmo mais, usando o processo do invento em circunstâncias adequadas. A extensão radial da formação em rebaixo e a espessura e material do corpo têm de ser de modo a permitir a rotação relativa do macho e do corpo. Esta rotação relativa obriga o corpo a expandir radialmente, à medida que as secções arqueadas avançam para o macho. Para facilitar esta rotação relativa, as secções arqueadas respectívas e os espaços intervenientes são 4 unidos, de preferência, por superfícies de extremidade das secções arqueadas, que não são dirigidas radialmente, mas que fazem um ângulo agudo com uma tangente ao corpo circular. De preferência, o ângulo é inferior a 60°, sendo o mais preferível inferior a 45°. 0 corpo pode ser rodado, se desejado, em relação ao macho, no entanto, normalmente, o corpo será mantido parado e o macho roda o suficiente para obrigar as secções arqueadas a avançarem para fora das depressões nas quais foram formados. 0 corpo pode então ser facilmente ejectado do macho por meio de quaisquer meios convenientes.

No elemento de acoplamento do invento, cada uma das secções arqueadas tem, de preferência, uma superfície em rebaixo prolongando-se radialmente, que subtende um ângulo com o eixo do corpo suficiente para proporcionar o grau de segurança desejado. Este ângulo será, normalmente, de pelo menos 70°, de preferência 80°, e, mais preferencialmente, 90°. Nalgumas circunstâncias, o ângulo pode mesmo exceder os 90°, e estender-se para 95° ou mais, proporcionando um declive oposto ao que é necessário usando técnicas de moldação convencionais.

Com a utilização de um ângulo de inclinação aberto verifica-se que, em muitas aplicações, quando o elemento de acoplamento é aplicado sobre uma tampa cooperante num elemento de acoplamento correspondente, pode ser ouvido um clique, que garante ao utilizador que o el.emento de fecho ou elemento de acoplamento está seguro. Verificou-se também que, quanto maior for o ângulo de inclinação, maior a segurança de correspondência com uma tampa ou flange externas num elemento de acoplamento correspondente, particularmente quando essa tampa ou flange tem uma superfície que se prolonga radialmente, que também subtende um ângulo aberto com o eixo do corpo. 5

Tampas e flanges externas com um ângulo de 90° são obtidas imedíatamente por moldação por injecção, e, assim, o invento proporciona, pela primeira vez, a oportunidade de se obter um elemento de acoplamento no qual a formação em rebaixo no elemento de acoplamento e a tampa no componente ao qual corresponde subtender um ângulo recto com o eixo do conjunto de acoplamento sem a presença de uma marca testemunha numa parede interna por cima da formação em rebaixo.

Os acoplamentos de ostomia são usados para ligar um saco, para receber material descarregado, a uma almofada adesiva de grau médico que está ligada à superfície da pele periestomal do utilizador. Têm sido feitos esforços, ao longo dos anos, para conceber um acoplamento de ostomia que permaneça ligado quando está acoplado, mas que possa ser separado sem causar dor à zona periestomal que está, é claro, muito sensível nos dias e semanas imediatamente a seguir à intervenção cirúrgica.

Uma concepção com sucesso do acoplamento de ostomia está descrita e reivindicada na British Patent n° 1571657. Isto inclui um elemento de acoplamento com uma secção em forma de canal que coopera cora um segundo elemento de acoplamento suportando uma estria em forma de laço fechado que é concebida para interagir com o canal do primeiro elemento de acoplamento, de modo a obter-se um encaixe com pressão entre os dois elementos de acoplamento. 0 elemento com secção em forma de canal está ligado, de preferência, ao saco, mas pode estar ligado, em vez disso, à almofada adesiva de grau médico. 0 segundo elemento está ligado, de preferência, à almofada, mas pode estar ligado ao saco.

Verificou-se que se obtêm melhores resultados, em termos da segurança de ligação dos dois elementos de acoplamento, se 6 forem incluídas algumas novas características, ostensivamente menores mas de facto importantes, no dispositivo de acoplamento descrito acima. Tais características incluem a existência de uma formação em rebaixo compreendendo uma série de secções arqueadas alternando com espaços, de acordo com o invento, tal como descrito previamente.

De acordo com um aspecto ainda adicional do invento na Patente EP-B-0641277, é proporcionado um elemento de acoplamento do tipo anel de um acoplamento de ostomia tendo uma secção em forma de canal, definido por paredes radialmente, interiores e exteriores e uma base, sendo o elemento caracterizado por (i) a base do elemento ter aí uma pluralidade de depressões adjacentes à parede interior, estando as depressões espaçadas em torno do canal, e (ii) a parede radialmente exterior ter uma pluralidade de porções de topo do tipo prateleira projectando-se para dentro, também espaçadas em torno do canal e prolongando-se, parcialmente, através do canal que faz parte da parede exterior mais afastada da base do canal.

Com este arranjo, a segurança da ligação das duas partes de acoplamento é realçada pela sobreposição das porções de topo e do outro elemento de acoplamento; isto é, a sobreposição das porções de topo tende a evitar que o segundo elemento de acoplamento (por exemplo, o lado do saco) se desloque para fora do canal, na direcção axial do acoplamento. De igual modo, como será entendido pelo que foi referido acima, o fabrico do elemento de acoplamento do lado do saco, usando técnicas de moldaçâo por injecção fica facilitado. Deverá entender-se que o presente invento proporciona a possibilidade de paredes laterais mais flexíveis para o elemento de acoplamento, permitindo que seja aplicada uma força de aplicação mais baixa, 7 proporcionando um elevado grau de segurança com a utilização de uma formação em rebaixo com um ângulo aberto relativamente ao eixo do elemento de acoplamento de ostomia. O invento pode ser aplicado a uma vasta gama de materiais plásticos, incluindo, por exemplo, polímeros de olefinas e copolimeros, tais como polietileno, polipropileno, e copolimeros de etileno, tais como os copolimeros de acetato de etileno vinil.

Breve descrição dos desenhos

Para que o invento possa ser claramente entendido, serão agora descritas representações exemplificativas com referência aos desenhos acompanhantes, que, embora ilustrem os princípios do presente invento, não ilustram, explicitamente, os princípios o invento reivindicado. Nos desenhos: A figura 1 é uma vista parcial em corte da concepção de uma tampa convencional em rebaixo; A figura 2 ilustra, de forma semelhante, uma possível concepção nova de um elemento de fecho usando o processo do invento reivindicado na Patente EP-B-0641277 e descrito adicionalmente abaixo;

As figuras 3a, 4a e 5a são vistas em corte de três fases no processo de moldação de acordo com o invento reivindicado na Patente EP-B-0641277 e descrito adicionalmente abaixo, ao longo das linhas A-A nas figuras 3b, 4b e 5b, respectivamente; A figura 3c é uma vista alargada da área delimitada da figura 3A; A figura 6 é uma planta de um exemplo de um elemento de acoplamento de ostomia de acordo com o mesmo princípio do invento;

S A figura 7 é um corte transversal num plano radial na linha II-II da figura 6; A figura 8 é uma planta, numa escala maior quando comparada com a figura 6, de parte do elemento ilustrado na figura 6; A figura 9 é um corte transversal semelhante à figura 7, mas ao longo da linha III-III da figura 6; A figura 10 é uma vista em corte transversal, sendo o corte num plano radial contendo o eixo central longitudinal do acoplamento, e mostrando um elemento de acoplamento de ostomia que é correspondente ao elemento ilustrado na figura 6; e A figura 11 é uma vista de detalhe de parte do elemento ilustrado na figura 6, ilustrando uma forma alternativa para a porção em rebaixo.

Descrição detalhada dos desenhos A figura 1 ilustra um rebordo 11 de um elemento de uma tampa circular 10, em corte, com uma flange 12, voltada para dentro, no rebordo 11. A flange 12 projecta-se numa distância pl, e a sua superfície de topo tem um declive para baixo fazendo um ângulo α. A tampa corresponde a uma flange num corpo cilíndrico 16. A flange 15 projecta-se em ângulos rectos com o eixo do corpo 16.

Na moldação por injecção do corpo 16, o fabrico da flange 15 não oferece problemas, porque as partes exteriores do molde podem separar-se e afastar-se para libertar o artigo moldado. Isto não é possível com o macho interno exigido para produzir a flange 12 no elemento de tampa 10. Nesse caso, o macho tem de ser retirado com força, e o rebordo 11 e flange 12 têm de alongar-se para o permitir. Assim, a distância pl é 9 restringida, e o ângulo oí é uma necessidade, para que ocorra uma acção de disposição das cames entre o macho e o artigo moldado, para alongar o artigo. É evidente que a tampa 10 não está particularmente fixa no corpo 16, uma vez que um simples puxão separará as duas. A figura 2 é uma vista semelhante de uma tampa moldada que pode ser produzida pelo processo de acordo com o invento. A distância p2 pode ser maior, e a. pode ter 0o, ou mesmo um número negativo. Com uma tal tampa, o engate das duas partes é muito mais fixo, uma vez que as superfícies correspondentes 17, 18 das flanges 12 e 15 não permitirão que se separem facilmente. A técnica de moldação está ilustrada nas figuras 3, 4 e 5, que ilustram três fases na libertação da parte moldada, neste caso um elemento de anel em rebaixo 20. São necessárias quatro partes moldadas: um elemento de cavidade 21, um elemento extractor 22, um elemento interior de macho 23 e um elemento exterior de macho 24. Este último é o que inclui a forma alterada de molde que define a nova flange em rebaixo. A figura 3A ilustra a fase quando a injecção do material de moldação terminou e o artigo está pronto para ejecçâo. A forma do elemento exterior do macho 24 é vista claramente nas figuras 3b e 3c. O entalhe 25 que forma a flange em rebaixo 26 é descontínua circunferencialmente. Assim, a flange 26 é também descontínua, mas a sua superfície 17 não forma um declive. As extremidades 27 das secções arqueadas 28 e dos espaços intervenientes 29 da flange 20 são, no entanto, não radiais mas chanfradas, tal corno está definido pelas secções respectívas do entalhe 25. As secções 28 e os espaços 29 têm comprimento igual. 10

De modo a retirar o elemento de anel moldado 20, o elemento de cavidade 21 é retirado em primeiro lugar {figura 4a). Então, o elemento exterior de macho 24 roda (figura 4b) ao longo de Φ de uma secção arqueada 28. As extremidades chanfradas 27 ressaltam para fora contra as extremidades do entalhe 25, e as secções da flanges 28 avançam para fora do entalhe (figura 4b) . O anel 20 é então alongado para fora (figura 4a).

Nesta posição, os elementos interior e exterior do macho 23 e 24 podem ser retirados para baixo, ou o elemento extractor 22 pode deslocar-se para cima, para libertar a moldação (figura 5a), cuja figura ilustra, também, o anel 20 voltado para a sua posição direita. O colar resultante pode ter um grau superior de segurança quando encaixado num elemento correspondente, e não tem marcas testemunha na parede interna do vedante 30.

Verificou-se que, devido à maior segurança obtida usando flanges em rebaixo tendo uma maior dimensão radial e ângulo de inclinação mais aberto em relação ao eixo do elemento de fecho, a tampa, colar ou outro elemento de fecho podem ser feitos num material mais macio ou mais fino tornando mais fácil encaixar com pressão o elemento de fecho num elemento correspondente, tal como um anel com bordo ou cilindro para formar um conjunto de fecho. Não obstante uma maior facilidade de montagem, mantém-se um elevado grau de segurança.

Com referencia agora às figuras 6 - 11, estas revelam a aplicação do invento a um acoplamento de ostomia. Será normalmente o caso do elemento de acoplamento ilustrado na figura 6 ser o elemento de lado do saco, e o ilustrado na figura 10 ser o elemento do lado do corpo, mas estes elementos podem ser invertidos, isto é, o elemento das figuras pode ser o 11 lado do corpo e o elemento da figura 10 o do lado do saco, sem se afastar do invento.

Elementos de acoplamento de engate reciproco mútuo, concebidos de acordo com os princípios ilustrados nas figuras 6 - 11, podem também ser usados como elementos de acoplamento em dispositivos de incontinência e em aplicações de tratamento de feridas. Como será entendido pelos que têm experiência na técnica da ostomia, uma almofada relativamente fina de material adesivo de grau médico está normalmente ligada numa das suas superfícies, à superfície 163 ilustrada na figura 10. Uma tal almofada pode ter aí um orifício estornai, ou pode estar previsto que a sua porção central possa ser empurrada ou destacada, de modo que o resíduo que é descarregado do corpo do portador possa passar para um saco de ostomia ou um dispositivo de incontinência que esteja ligado pelo elemento de acoplamento 110 do lado do saco ao elemento de acoplamento 160 do lado do corpo. Os materiais adequados para uma tal almofada adesiva incluem, por exemplo, os descritos por Chen na Patente US 3, 339,546; por Chen et al na Patente US n° 4,192,785; por Pawalchak et al na Patente US n° 4,393,080; e por Doyle et al na Patente US n° 4,551,490. Um material- particularmente adequado é o vendido com o nome comercial registado STOMOADHESIVE pela Bristol-Mayers Squibb de Ickenham, Middlesex, Inglaterra.

Com referência, em primeiro lugar, às figuras 6-9, nelas está ilustrado um exemplo de um elemento de acoplamento do lado de saco, de acordo com o mesmo princípio do invento. Compreende um elemento 110 com secção em forma de canal com forma circular, visto na figura 6. 0 elemento fêmea de acoplamento de ostomia pode ser feito em material plástico, tal como EVA. O EVA Grade UL 00209 é um material comercializado pela Esso, que 12 é adequado. O elemento macho pode ser feito em polietileno de baixa densidade. 0 elemento 110, tal como está ilustrado na figura 6, tem patilhas 110A, 110B e 110C. As patilhas 110A e 110B são proporcionadas para facilitar a ligação de um cinto, e a patilha 110C é proporcionada para garantir um ponto por onde agarrar, através do qual o utilizador pode separar os dois elementos de acoplamento, afastando-os por "descasque". O elemento de acoplamento 110 tem uma parede radialmente exterior 112 e uma parede radialmente interior 114. A parede 114 envolve um orifício estornai 118 no centro do acoplamento. 0 elemento anular ou geralmente em forma de anel 110 tem uma base 116 que une as paredes radialmente exterior e interior 112, 114, tendo esta base uma superfície 116A à qual pode ser ligada, por exemplo, por meio de cola, soldadura a quente, soldadura de plástico por RF, ou outro processo adequado, um saco de ostomia proporcionado com um furo adequado numa das suas paredes, para servir como entrada para descargas do utilizador. Este furo de entrada está alinhado com o orifício estornai 118, como é habitual em sacos de ostomia. A base 116 tem uma superfície 116B na base do canal e, para esta base, existe uma pluralidade de recessos 120. Estes recessos 120, na sua forma actualmente preferida, são relativamente rasos, lisos no fundo, e estão afastados perifericamente por igual em torno do elemento de acoplamento. Como pode ser melhor visto na figura 8, os recessos 120 têm uma forma que é aproximadamente rectangular. Os recessos, no entanto, poderiam ter uma forma diferente, de acordo com a concepção do equipamento de moldação, se desejado. Numa representação preferida, existem 24 destes recessos, espaçados ao longo do anel em centros com 15°. A profundidade de cada um destes recessos é de aproximadamente 0.254 13 milímetros. A restante superfície 116B na base do canal é substancialmente lisa.

Os recessos servem para receber um ou mais elementos de macho, por exemplo elemento interior do macho 23 nas figuras 3A - 5A, e servem, na extracção do corpo anular do molde, para evitar a rotação do dito corpo relativamente ao dito elemento do macho. A parede radialmente exterior 112 está proporcionada com uma pluralidade de porções tipo telhado 130 que se projectam radialmente para dentro (também aqui referidas como secções arqueadas), cujos lados inferiores 132 (isto é, superfícies de topo tal, como vistas na figura 7, que são lados inferiores das porções 130 quando o elemento de acoplamento fêmea é assente de uma forma lisa numa superfície horizontal) são substancialmente planos e prolongam-se substancialmente num plano paralelo aos planos das superfícies respectivas 116A e 116B. A porção 130 prolonga-se para dentro a uma distância tal que cobre entre cerca de 10 a cerca de 20%, e de preferência cerca de 15%, da largura do canal, como será referido posteriormente. Em termos de moldação, as porções 13D definem formações em rebaixo. As porções tipo telhado 130 podem ter superfícies radialmente interiores definidas pelas curvas contínuas respectivas 134, que se estendem da extremidade 112B d parede 112 numa curva suave para se fundirem com a superfície 132. Num sentido periférico, com pode ser visto nas figuras 6 e 8, as curvas 134 curvam suavemente para se fundirem com a superfície radialmente interior 112A da parede 112. Esta estrutura está proporcionada de modo que as porções 130 sejam forçadas para fora por rotação do macho, tal como descrito acima, permitindo que o elemento de acoplamento seja retirado rapidamente do molde. 14 A parede radialmente interior 114 é, tal como pode ser visto na figura 7, de altura maior do que a parede 112, e o seu canto radialmente exterior é curvo, como pode ser visto em 136. Em combinação, as superfícies 134 e 136 contribuem para a facilidade com a qual um elemento de acoplamento correspondente, tal como pode ser visto na figura 10, pode ser pressionado para a sua condição de engate recíproco relativamente ao elemento de acoplamento 110.

As porções de telhado respectivas 130 estão igualmente espaçadas em torno da periferia interior da parede 112, e estão localizadas, de preferência em centros de 45°. Podem ser usados, no entanto, outros espaçamentos. A extensão num sentido periférico de cada porção de telhado 130 é tal que subtends no eixo de revolução do elemento de acoplamento, isto é, no centro no caso de um elemento de acoplamento de ostomia geometricamente circular, um ângulo entre 15 e 25°, de preferência entre cerca de 18 e 22°. O número, posicionamento, e extensão angular das porções de telhado 130 podem variar. De preferência, existem 6, 8, 10 ou 12 porções de telhado, e as porções de telhado estão afastadas, de preferência, num ângulo igual no sentido periférico em torno do elemento de acoplamento. As porções de telhado 130 podem prolongar-se para dentro da parede 112 até metade da largura do canal, embora se estendam, preferencialmente, até cerca de um décimo a um quinto, mais preferencialmente um sétimo a um quinto, sendo o raais preferível um sexto, da largura do canal medida numa direcção radial. Verifícou-se que esta dimensão preferida de extensão para dentro, em conjunto com o posicionamento, número e arranjo das porções de telhado, proporciona um acoplamento de ostomia tendo uma sobreposição suficiente do elemento de acoplamento cooperante, pelo que a segurança de ligação dos 15 dois elementos de acoplamento contra um puxão directo é realçada, mas a facilidade de separação dos dois elementos de acoplamento pelo processo de descasque referido acima é tal que a separação se pode fazer facilmente pela maioria dos utilizadores de acoplamento de ostomia, excepto, possivelmente, os que são muito velhos ou doentes. A figura 10 ilustra, em corte transversal parcial, um elemento de acoplamento de ostomia 160, que é também do tipo anel ou de forma anular, e destinado a encaixar reciprocamente com o elemento 110. Na representação preferida do presente invento, o elemento 160 seria o elemento de acoplamento do lado do corpo. Compreende uma flange substancialmente lisa 162 prolongando-se radialmente, e um elemento de estria 165 prolongando-se perifericamente e formado por engate reciproco mútuo com o elemento de acoplamento 110. A flange 162 tem uma superfície 163 à qual está fixa, de qualquer forma adequada, uma almofada (não ilustrada) de material adesivo de grau médico.

Tal como é habitual nos acoplamentos de ostomia, podem prever-se, na superfície livre da almofada adesivo de grau médico, marcações destinadas a facilitar ao utilizador o corte de uma porção central da almofada, em alinhamento com o orifício estornai 164. 0 elemento de estria 165 tem um rebordo radialmente exterior 167 e uma banda vedante 168 flexível, que se pode dobrar, radialmente interior. 0 objectivo desta banda 168 consiste em garantir uma boa vedação entre dois elementos de acoplamento, quando estão engatados de uma forma recíproca. O rebordo 167 tem uma superfície com forma 166, localizada substancialmente a 45° com o plano da flange 162. É claro que podem ser utilizados outros valores angulares, mas é preferível cerca de 45°. Quando as duas partes de acoplamento são ligadas 16 em conjunto, os rebordos das porções de telhado 130 engatam a superfície 166 em locais espaçados perifericamente. A banda vedante 168 é deflectida ligeiramente radialmente para fora e suporta, de uma forma resiliente, a superfície 114A da parede 114, proporcionando assim uma boa vedação e absorvendo quaisquer variações de tolerância que possam ter surgido no fabrico.

Na descrição acima foi feita referencia à superfície 132 da porção de telhado 130 que está localizada num plano substancialmente paralelo aos planos das superfícies 116A e 116B. Não é essencial, para o presente invento, que a superfície 132 deva ser plana, nem que deve estar exactamente paralela às superfícies planas 116A e 116B. Uma configuração, tal como está ilustrada na figura 11, pode ser usada em alternativa, com bons resultados.

Os que têm experiência na técnica de desenhar acoplamentos de ostomia perceberão que podem ser feitas algumas alterações e modificações aos arranjos descritos acima. Por exemplo, no presente invento (não ilustrado explicitamente), a formação em rebaixo está posicionada de modo a estender-se radialmente para fora, em vez de para dentro, e o elemento cooperante (também não ilustrado) tem então um elemento de estria dirigido radialmente para dentro para cooperar com ela.

Lisboa, 9 de Junho de 2008 17

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Elemento de acoplamento (110) destinado a ser usado num dispositivo de ostomia, de incontinência ou de cuidados de feridas, compreendendo o elemento um corpo anular (112, 116, 114) em forma de canal, tendo uma parede (112) contínua na periferia com uma formação em rebaixo (103), caracterizado por a dita formação em rebaixo estar posicionada de modo a estender-se radialmente para fora e a cooperar com um elemento de nervura dirigido radialmente para dentro num elemento de acoplamento correspondente (160).
2. Elemento de acoplamento de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a dita formação compreender uma série de secções (130) arqueadas em rebaixo, alternando com espaços.
3. Elemento de acoplamento de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o elemento de acoplamento correspondente (160) ser um elemento de acoplamento de encaixe com pressão.
4. Dispositivo de acoplamento (110, 160) destinado a ser usado num dispositivo de ostomia, de incontinência ou de cuidados de ferida, compreendendo o dispositivo de acoplamento (110, 160) intermutáveis, caracterizado por um primeiro elemento de acoplamento (110) compreender um elemento de acoplamento de acordo com a reivindicação 1 e um elemento de acoplamento de engate com pressão correspondente compreender uma banda vedante (168), flexível, elástica e apta para se dobrar em arco, disposta para cooperar com uma parede (114) do corpo anular em forma de canal para evitar a fuga de evacuações corporais.
5. Dispositivo de acoplamento compreendendo um elemento de acoplamento de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a dita formação em rebaixo compreender uma série de secções 1 (130) em forma de arco em rebaixo, alternando com espaços, uma pluralidade de secções em forma de arco em rebaixo tendo cada uma uma superfície (132) prolongando-se radialmente que subtende um ângulo em relação ao eixo do corpo suficiente para proporcionar um grau exigido de segurança ao elemento· de acoplamento no que diz respeito à sua fixação num elemento de acoplamento (160) correspondente de encaixe com pressão.
6. Elemento de acoplamento de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o primeiro elemento de acoplamento (110) ser o elementos do lado do saco, e o elemento de acoplamento correspondente (160), compreendendo a banda vedante (168), ser o elemento de lado do corpo.
7. Dispositivo de acoplamento de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por o elemento de acoplamento correspondente (160) compreender uma flange (162) prolongando-se radialmente e um elemento de nervura prolongando-se perifericamente (165), formado para engate recíproco mútuo com o primeiro elemento de acoplamento.
8. Dispositivo de acoplamento de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o elemento de nervura ter um rebordo (167) radialmente interno e uma banda vedante (168) radialmente externa, flexível, apta a dobrar-se em arco. Lisboa, 9 de Junho de 2008 2