PT103576B - Aglomerados de microcápsulas de materiais de mudança de fase (pcm), processos para a sua obtenção e sua aplicação em materiais poliméricos fibrosos ou porosos - Google Patents

Aglomerados de microcápsulas de materiais de mudança de fase (pcm), processos para a sua obtenção e sua aplicação em materiais poliméricos fibrosos ou porosos Download PDF

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Sandra Maria Pinto Cerqueira Barros
Raquel Maria Magalhaes Vaz Vieira
Andre Filipe Da Silva Ribeiro
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    • D06M23/12Processes in which the treating agent is incorporated in microcapsules
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Abstract

A PRESENTE INVENÇÃO DIZ RESPEITO A AGLOMERADOS DE MICROCÁPSULAS OBTIDOS A PARTIR DE MICROCÁPSULAS DE MATERIAIS DE MUDANÇA DE FASE (PCM) E A SUA APLICAÇÃO EM MATERIAIS POLIMÉRICOS FIBROSOS OU POROSOS, EM PARTICULAR EM ARTIGOS COM CAPACIDADE DE REGULAÇÃO DE TEMPERATURA. AS MICROCÁPSULAS DE PCM ENCONTRAM-SE LIGADAS ENTRE SI POR INTERMÉDIO DE LIGAÇÕES QUÍMICAS FORMANDO AGLOMERADOS QUE, QUANDO APLICADOS AOS REFERIDOS MATERIAIS, SE LIGAM DIRECTAMENTE ÀS FIBRAS SEM NECESSIDADE DE ADIÇÃO DE UM LIGANTE. A APLICAÇÃO AOS MATERIAIS POLIMÉRICOS FIBROSOS OU POROSOS PODERÁ SER EFECTUADA ATRAVÉS DE FUSÃO DA PAREDE TERMOPLÁSTICA EXTERIOR (NO CASO DAS MICROCÁPSULAS ADESIVAS) OU POR REACÇÃO ENTRE AS MICROCÁPSULAS E OS GRUPOS FUNCIONAIS (NO CASO DE INSERÇÃO INDIVIDUAL OU DOS AGLOMERADOS). OS ARTIGOS QUE CONTÊM ESTES AGLOMERADOS POSSUEM MELHORES CAPACIDADES DE RESISTÊNCIA MECÂNICA E À LAVAGEM UMA VEZ QUE ESTA FORMA PERMITE A INCORPORAÇÃO DE UM NÚMERO ADEQUADO DE MICROCÁPSULAS QUE FORMAM UM CONJUNTO MAIOR DO QUE OS ESPAÇOS ENTRE AS FIBRAS OU POROS. POR OUTRO LADO, AS MICROCÁPSULAS LIGADAS A FIBRAS OU OUTROS MATERIAIS FICARÃO MAIS PROTEGIDAS POR CONSTITUÍREM CONJUNTOS COESOS QUE RESISTIRÃO MELHOR ÀS FORÇAS DE ATRITO.

Description

DESCRIÇÃO
AGLOMERADOS DE MICROCÁPSULAS DE MATERIAIS DE MUDANÇA DE
FASE (PCM), PROCESSOS PARA A SUA OBTENÇÃO E SUA APLICAÇÃO
EM MATERIAIS POLIMÉRICOS FIBROSOS OU POROSOS
CAMPO DA INVENÇÃO
A presente invenção refere-se a aglomerados de microcápsulas de materiais de mudança de fase, ligadas entre si por intermédio de ligações químicas, respectivos
processos de por fibras ou obtenção e materiais sua aplicação em artigos compostos poliméricos fibrosos ou porosos.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
A presente invenção diz respeito a aglomerados de
microcápsulas obtidos a partir de microcápsulas de
materiais de mudança de fase (PCM) e a sua aplicação em
materiais poliméricos fibrosos ou porosos, destinados nomeadamente a artigos têxteis, de calçado ou estofos, com capacidade de regulação de temperatura.
As microcápsulas de PCM encontram-se ligadas entre si por intermédio de ligações químicas formando aglomerados que, quando aplicados aos materiais poliméricos fibrosos ou porosos, prendem-se às fibras ou nos poros sem necessidade de adição de um ligante.
A fixação às fibras dá-se por reacção entre as microcápsulas e os grupos funcionais após a inserção individual das microcápsulas entre as fibras ou dentro dos poros de outros materiais, tais como couro ou filmes poliméricos.
Os artigos que contém estes aglomerados possuem melhores capacidades de resistência mecânica e à lavagem uma vez que esta forma permite a incorporação de um número adequado de microcápsulas que formam um conjunto maior do que os espaços entre as fibras ou poros.
ESTADO DA TÉCNICA
Os artigos de vestuário e calçado têm a função de proteger o corpo das temperaturas baixas exteriores. Estes artigos são por isso formados por materiais isolantes, tais como materiais compostos por fibras têxteis ou filmes de polímeros, normalmente porosos. Tanto num caso como noutro, através do exercício físico ou de um aquecimento do ambiente exterior, estes materiais aquecem demasiado o corpo tornando-se desconfortáveis. Pode, ao invés, também haver uma descida de temperatura rápida devido à transpiração do corpo ou de um arrefecimento acentuado exterior. Nestes casos é muito útil a utilização no material têxtil de produtos reguladores da temperatura designados por materiais de mudança de fase, PCM (phase change materiais). Como para artigos têxteis é importante a durabilidade ao atrito e à lavagem, há vários processos divulgados de aplicação de microcápsulas de PCM, para conferirem durabilidade, como por exemplo o processo de misturar microcápsulas de PCM com um ligante polimérico e fazer um revestimento (coating) sobre o material têxtil com este material. 0 artigo têxtil resultante deste processo encontra-se descrito no documento US5366801. Outra forma é a de impregnar o artigo têxtil, como por exemplo um não-tecido, com o ligante que contem os microcápsulas de PCM tal como referido no documento US5851338. Estes suportes são por sua vez incorporados nos artigos de vestuário ou calçado. Podem ser também incorporados em materiais compósitos, tais como os mencionados no documento
US6004662. As microcápsulas de PCM são feitas de polímeros tais como ureia-formaldeido e melamina-formaldeído.
Existem ainda processos de aplicação de microcápsulas de PCM auto adesivas por fusão da sua parede exterior com as fibras, ou da parede exterior da fibra com as microcápsulas. Mais recentemente foi submetido o pedido de patente n° PT103265 que divulga um processo de aplicação de microcápsulas reactivas ou de promoção da ligação com a fibra recorrendo a grupos reactivos de ligação. Os artigos assim compostos têm microcápsulas ligadas directamente à fibra sem necessidade de ligante polimérico e desta forma evitam os efeitos secundários do ligante, tais como a impermeabilização do material à respiração do corpo, o toque desagradável e a rigidez implementada ao material. No entanto, o número de microcápsulas nas fibras pode não ser suficiente.
Na presente invenção, sugerimos a ligação das microcápsulas também umas com as outras por reacção entre microcápsulas através de grupos bifuncionais, após serem inseridas individualmente nos materiais, e formarem revestimentos (coatings) bidimensionais em cima das fibras através de uma reacção em rede (reticulação) ou aglomerados tridimensionais. No caso dos aglomerados podem formar um conjunto de microcápsulas maior que os espaços entre as fibras ou, no caso de polímeros porosos, maior que a entrada dos poros e nestes casos serem de difícil remoção por atrito ou lavagem.
Assim, enquanto o documento PT103265 descreve um processo de ligação de microcápsulas de PCM às fibras, a presente invenção diz respeito à ligação das microcápsulas entre si que, por sua vez, no interior do material fibroso ou poroso, formam aglomerados que fiquem presos nesse material, conferindo também desta forma, às microcápsulas de PCM, uma resistência à lavagem muito superior.
Quando utilizado um produto de ligação entre as microcápsulas, há a vantagem de haver uma ligação não só entre as microcápsulas e as fibras guando se utilizam microcápsulas reactivas como descrito na patente ΡΊΊ03265, mas também entre as microcápsulas entre si, o que resulta numa maior resistência à lavagem pelo facto das microcápsulas formarem uma rede ou coating bidimensional em cima das fibras, com o consequente aumento de resistência das microcápsulas à pressão e a forças laterais de corte. Por outro lado pode haver também formação de aglomerados tridimensionais que ficam presos em poros ou entre fibras, em materiais poliméricos ou fibroso, respectivamente, para além da sua ligação ao material em si, o que também aumenta a sua resistência ao atrito e à lavagem.
Existem ainda processos de aplicação de microcápsulas de PCM auto-adesivas por fusão da sua parede exterior com as fibras, como mencionado no documento PT103265. Neste caso aplicam-se estas microcápsulas em excesso nos materiais de forma a rodearem as fibras, no caso de materiais têxteis, ou entrarem para os poros no caso de materiais poliméricos porosos, e aquece-se posteriormente a uma temperatura superior à da fusão da parede exterior da microcápsula, de forma a fundirem umas microcápsulas com as outras e desta forma formarem aglomerados em redor das fibras ou maiores que os poros dos materiais em que estão inseridas. Assim a sua resistência ao atrito e à lavagem também será superior.
Por sua vez, o documento WO0226911 divulga a formação de macrocápsulas, que difere da presente invenção não apenas no que diz respeito à dimensão das cápsulas mas ainda porque estas macrocápsulas são formadas por microcápsulas imersas num gel, como por exemplo um alginato, posteriormente reticulado com iões metálicos e não por reacção química entre elas. Além do mais este aglomerado de microcápsulas é formado antes de se aplicarem as microcápsulas aos materiais, não ficando por essa razão presos entre as fibras ou ao seu redor como o proposto pela presente invenção.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
Para se formarem os aglomerados de microcápsulas, objecto da presente invenção, estas devem ser constituídas por paredes de polímeros de ureia-formaldeído, com grupos terminais carboxilicos
COOH e amina NH2, ou derivados de ureia tais como DMHEU com grupos hidroxilo, ou de poliuretano com grupos funcionais de isocianato. Estes grupos, que são grupos terminais, que se encontram no fim das cadeias moleculares, reagirão com os grupos reactivos de produtos de ligação bifuncionais, ligando desta forma as microcápsulas umas às outras. As microcápsulas podem também ter uma segunda parede constituída por exemplo por ácido metacrílico ou ácido acrílico, tal como referido no pedido de patente PT103265, com grupos funcionais carboxilicos, COOH, e estes grupos reagirem com os grupos reactivos dos produtos de ligação tais como, grupos glicidilo éter, silano ou de cloro etilo, e heterocíclicos tais como diclorotriazina
A reacção de microcápsulas de PCM umas com as outras é possível através da reacção dos grupos funcionais presentes nas suas paredes, tais como os grupos referidos de ácido carboxílico, isocianato, amina, hidroxilo, com um produto multifuncional reactivo que reaja num extremo com uma microcápsula e no outro extremo com outra microcápsula. Desta forma, as microcápsulas de PCM formam aglomerados que depois de se encontrarem dentro da estrutura têxtil composta por fibras, seja fio, tecido, malha ou não-tecido, ficam presas entre as fibras, ou em redor das fibras, assegurando uma maior resistência à sua remoção por atrito ou por lavagem. No caso de haver reacção também com a fibra, no caso de fibras funcionais, tais como fibras celulósicas, proteicas, ou de poliamida, como reclamado no pedido de patente PT103265 a ligação de microcápsulas presentes nos aglomerados vai constituir uma âncora de estes aglomerados às fibras, tornando a sua remoção por atrito ou lavagem ainda mais difícil e aumentando desta forma a durabilidade do efeito térmico regulador. No caso de se pretender utilizar só a microcápsula com a parede de ureia-formaldeído, ureia-formaldeído-glioxal ou outros derivados de ureia-formaldeído, melamina-formaldeído, poliamida, a reacção dos grupos reactivos presentes nos grupos de ligação, entre microcápsulas tais como, os grupos glicidilo éter, silano ou de cloro etilo, heterociclos tais como diclorotriazina por exemplo, será feita através duma reacção com os grupos de amina ou carboxílicos da microcápsula que estão livres para reagir porque não reagiram com o formaldeído, no caso dos polímeros de formaldeído, ou hidroxilo no caso de DMHEU, e por isso ficaram livres. No caso da parede ser de poliuretano a reacção será com os grupos terminais de isocianato das cadeias macromoleculares. 0 caso de ser uma parede de um polímero de ácido acrílico ou metacrilico, será com os grupos carboxílicos.
poliuretano por outro lado é um material muito utilizado para filmes que se aplicam como revestimentos em materiais têxteis, ou mesmo como um filme só por si como em palmilhas para calçado. Na maioria dos artigos têxteis e de calçado os filmes de polímero, nomeadamente de poliuretano, são porosos. Uma forma de inserir microcápsulas de PCM que este tipo de material tal como as fibras tenha um efeito regulador de temperatura e garantir ao mesmo tempo a durabilidade é a de inserir as microcápsulas nos poros existentes no filme de poliuretano e depois promover a reacção entre as microcápsulas de PCM utilizando produtos de ligação, como atrás referido para se formarem conjuntos consistentes e resistentes à desintegração, maiores que o diâmetro da entrada dos poros e formando desta forma aglomerados muito resistentes à lavagem e ao atrito, por ficarem presos dentro dos poros.
Para este material com grupos terminais funcionais de isocianato, as microcápsulas poderão ainda reagir com estes grupos através de grupos de ligação reactivos, formando assim uma âncora para os aglomerados de que fazem parte e aumentando a imobilidade e a resistência destes aglomerados ao atrito e à lavagem.
Há ainda a possibilidade de catalizar a reacção tornando-a mais eficiente através da utilização de catalisadores tais como aminas terciárias, muito utilizados nas reacções dos grupos de isocianatos com o grupo hidroxilo dos polifenóis ou do grupo metilol como parte duma cadeia alifática, que poderão neste caso fazer parte do grupo de ligação. Um catalizador muito utilizado é o DABCO, Diaza-biciclo-2,2,2octano e derivados, já referido na presente invenção como catalisador para um tipo de reacção diferente entre as fibras e as microcápsulas e entre elas. Para outros polímeros porosos, tais como PVC e similares, aplica-se da mesma forma.
Há ainda outros materiais poliméricos naturais porosos, como as peles dos animais (couro) e a cortiça, onde se pode aplicar o mesmo princípio. Nas peles de animais há ainda a possibilidade dos aglomerados se ancorarem ao material através de ligações formadas entre grupos funcionais e o grupo de ligação multifuncional reactivo que faz a ponte com os aglomerados de microcápsulas. A âncora dos aglomerados ao material faz-se através duma reacção dom os grupos funcionais das peles, tais como os grupos amina, tiol (SH) ou carboxilicos.
processo de inserção das microcápsulas pode ser por impregnação do material, seja um tecido malha ou um filme de polímero tal como poliuretano, através da sua imersão numa emulsão de microcápsulas de PCM, e depois passar o material por rolos espremedores que vão remover excesso do líquido. Esta máquina pode ser a que se usa normalmente na indústria têxtil para acabamentos, designada por foulard. 0 material passa depois por uma estufa de secagem onde é promovida a reacção a quente durante a sua secagem. É um processo que no fingimento de corantes reactivos se designa por Pad-fix. A reacção é neste caso dependente do pH e da temperatura. Para grupos diferentes as condições são diferentes, nomeadamente no que respeita ao pH, variando o pH adequado desde neutro ou levemente ácido quando se usa o diglicidilo éter como produto de ligação entre as microcápsulas. Quanto à temperatura como normalmente o processo é em contínuo, a temperatura deve ser entre os 40 e os 150°C, conforme a velocidade de passagem do material pela estufa, normalmente conhecida nas empresas de acabamentos têxteis como râmola.
A reacção pode ser também feita a frio, deixando o material repousar por um período de tempo entre 8 a 24 horas. Este é um processo conhecido nos acabamentos têxteis por padbatch. 0 produto reactivo de ligação entre as microcápsulas pode ser aplicado em simultâneo com as microcápsulas, como parte da emulsão, ou em separado.
Outro processo de aplicação pode ser a pulverização da emulsão aquosa de microcápsulas no material e depois a sua secagem e fixação em estufa.
Outro processo muito usado para materiais têxteis, pode ser um processo denominado esgotamento, em que as microcápsulas são transferidas dum banho aquoso para o interior os materiais têxteis, nomeadamente fios, malhas ou tecidos, por um processo inicial de absorção e posteriormente de difusão, causado pelo movimento do material e do banho aquoso, e por aquecimento do banho durante um período de tempo e a um pH apropriado à reacção, normalmente alcalino, vão reagindo entre si e ficando presas no interior do material. As máquinas normalmente utilizadas para o fingimento e acabamento têxtil de malhas e tecidos designam-se por jet. 0 mesmo processo pode ser aplicado à peça já confeccionada em máquinas de tingir ou lavar em peça. Nestas máquinas o processo é mais eficiente por haver um maior movimento da peça e do banho, forçando as microcápsulas para o interior do material têxtil que compõe a peça confeccionada, seja uma camiseta, calças, blusas, meias ou outro tipo de peças.
Os phase change materiais, ou PCM, são materiais que mudam de fase de sólido para liquido e de líquido para sólido, com a característica de absorverem grandes quantidades de energia ao mudarem de sólido para líquido e libertarem grandes quantidades de energia ao mudarem de líquido para sólido. As suas caracteristicas de retenção de energia, servem também para auto-regulação da temperatura dentro de limites pré-definidos, como por exemplo para conferir conforto ao utilizador de vestuário e de calçado de Inverno. Normalmente a mudança de fase para estas aplicações varia entre os 16 aos 36°C, dependendo da aplicação pretendida. Se for para conferir conforto junto do corpo, será de 26-30°C impedindo durante a mudança de fase que a temperatura junto ao corpo ultrapasse este limite. Para outras aplicações, como a construção civil ou os automóveis, serão mais apropriados PCM de 16 a 22°C. Para situações onde o contacto do material com PCM não deve ser frio, como para aplicações para desportos de neve, a temperatura de mudança de fase deve ser entre 30 e 36°C ou para calçado ou vestuário de protecção, por as temperaturas serem sempre acima dos 29°C. Por outro lado o toque frio (cool) dos PCM de mudança de fase de 26-29°C será muito apreciado para vestuário de verão.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO:
1. Obtenção das microcápsulas
As microcápsulas de PCM são obtidas por polimerização inter-facial tal como descrito na literatura
2. Obtenção das paredes das microcápsulas
Ά parede da raicrocápsula depende dos monómeros utilizados na polimerização. No caso de paredes de melaminaformaldeido utiliza-se um pré-condensado previamente preparado a partir de uma reacção de condensação de uma molécula de melamina com três moléculas de formaldeído. Alguns dos grupos de amina não reagem com o formaldeído, permanecendo livres. Os grupos de metilol resultantes da reacção dos grupos amina com formaldeído reagirão entre si para formar a parede polimérica das microcápsulas. Destes grupos alguns permanecerão também sem reagir. No caso dos monómeros serem de ureia e formaldeído, resultará um polímero de ureia-formaldeído, com grupos terminais de amina. Se um dos monómeros for glioxal então o précondensado é DMHEU, e alguns dos grupos livres serão de hidroxilo.
Para obter microcápsulas com uma segunda parede de PMMA ou poliácido acrílico, pode-se fazer um coating das microcápsulas com o polímero através da utilização de solventes apropriados do polímero, seguida da evaporação do solvente, por exemplo em spray dryer com a consequente deposição do polímero em redor das microcápsulas, tal como descrito na literatura especializada.
3. Aplicação das misturas de microcápsulas aos materiais poliméricos fibrosos ou porosos
As microcápsulas são aplicadas numa emulsão, por impregnação ou por esgotamento, juntamente com o produto de fixação. Logo que as microcápsulas entram nos materiais, fibrosos ou porosos, criam-se as condições para ocorrer a reacção entre os grupos funcionais das microcápsulas e os produtos bifuncionais, tais como pH e temperatura.
EXEMPLO 1
2,5 kg de microcápsulas de PCM com uma parede de poli(ácido metacrilico) e 2,5 Kg de etileno glicol diglicidilo éter, foram aplicadas por esgotamento, numa máquina com agitação de banho e movimento do material, a uma amostra de 5 Kg malha jersey de poliamida, com uma razão de banho (1:10) e a uma temperatura de 95°C durante 30 minutos. A amostra foi então enxaguada e seca a 120°C.
Exemplo 2
2,5 Kg microcápsulas de PCM com uma parede de melaminaformaldeido e 2,5 Kg de 3-glycidoxypropyltrimethoxy silano, foram aplicadas por esgotamento, a pH 8, numa máquina com agitação de banho e movimento do material, a uma amostra de 5 Kg malha jersey de 100% algodão, com uma razão de banho (1:10) e a uma temperatura de 95°C durante 30 minutos. A amostra foi então enxaguada e seca a 120°C.
Exemplo 3
Um banho contendo 200 g/1 de microcápsulas de melaminaformaldeído e 100 g/1 de etileno glicol diglicidilo éter, a pH 11, foi aplicado a um tecido de poliéster/algodão num foulard de impregnação, com uma taxa de expressão de 100%, por intermédio de uma pressão de 1 bar nos rolos espremedores. De seguida o tecido passa por uma secadeiraramola a uma temperatura de 150°C. e a uma velocidade de 10 m/minuto.
Exemplo 4
Um banho contendo 200 g/1 de microcápsulas de melaminaformaldeído e 100 g/1 de etileno glicol diglicidilo éter, a pH 11, foi aplicado a um filme de poliuretano poroso, num foulard de impregnação, com uma taxa de expressão de 100%, por intermédio de uma pressão de 1 bar nos rolos espremedores. De seguida o tecido passa por uma secadeiraramola a uma temperatura de 150°C. e a uma velocidade de 10 m/minuto.
Exemplo 5
Um banho contendo 200 g/1 de microcápsulas com uma parede termoplástica de poli-metilmetacrilato foi aplicado a um filme de poliuretano poroso, num foulard de impregnação, com uma taxa de expressão de 100%, por intermédio de uma pressão de 1 bar nos rolos espremedores. De seguida o tecido passa por uma secadeira-ramola a uma temperatura de 150°C e a uma velocidade de 10 m/minuto.

Claims (20)

REIVINDICAÇÕES
1. Aglomerados de microcápsulas de materiais de mudança de fase (PCM), caracterizados por serem constituídos por microcápsulas de PCM que, após a aplicação aos materiais poliméricos fibrosos ou porosos, se ligam entre si através de ligações químicas covalentes no interior dos materiais fibrosos, ficando presos entre as fibras desses materiais, dentro dos poros de materiais porosos ou ainda em redor das fibras.
2. Aglomerados de microcápsulas de acordo com a reivindicação anterior, caracterizados por terem uma dimensão superior à da entrada dos poros das fibras dos materiais poliméricos fibrosos ou porosos onde se encontram confinados.
3. Aglomerados de microcápsulas de materiais de mudança de fase (PCM), de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizados por terem dimensões entre 1 e 10.000 microns.
4. Aglomerados de microcápsulas acordo com as reivindicações anteriores, caracterizados por as microcápsulas estarem compreendidas por uma parede de um polímero à base de ureia-formaldeído, ureia-formaldeído-glioxal, melaminaformaldeido, poliamida contendo grupos funcionais de amina (-NH2), hidroxilo (-0H), carboxilico (-COOH) respectivamente, que por intermédio de um grupo reactivo de ligação, estabelece a ponte entre microcápsulas, formando os aglomerados.
5. Aglomerados de microcápsulas de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizados por as microcápsulas estarem compreendidas ainda por uma segunda parede de um polímero à base de polivinilácidoacrílico ou poliácidometacrilico ou outro polímeros vinílicos contendo grupos funcionais carboxílicos (-COOH), ou copolímeros destes polímeros.
6. Aglomerados de microcápsulas de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizados por o material de regulação de temperatura de mudança de fase (PCM) dentro da microcápsula poder ser pelo menos um dos seguintes n-octacosano, n-heptacosano, n-hexacosano, npentacosano, n-tetracosano, n-tricosano, n-docosano, nheneicosano, n-eicosano, n-nonadecano, n-octadecano, nheptadecano, n-hexadecano, n-pentadecano, n-tetradecano e n-tridecano, n-dodecano.
7. Processo de obtenção dos aglomerados de microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, mencionados nas reivindicações anteriores, caracterizado por se utilizar como grupo que serve de ponte de ligação entre as microcápsulas, a epicloridrina ou derivados e, por o grupo glicidilo éter da epicloridrina reagir com os grupos livres de amina (-NH2) , carboxilico (-COOH) ou hidroxilo (“OH) da microcápsula, ficando livre o grupo (-C0-(CH2)nCl) para reagir com outra microcápsula.
8. Processo de obtenção dos aglomerados de microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com a reivindicações anterior, caracterizado por se utilizar, como grupo que serve de ponte de ligação entre as microcápsulas, um grupo multifuncional com dois ou mais grupos glicidilo éter e dos grupos amina (—NH2) , carboxílico (-COOH) ou hidroxilo (-0H) livres da microcápsula, reagirem com um grupo glicidilo éter ficando os outros grupo glicidilo éter livres para reagir com outras microcápsulas.
9. Processo de ootenção dos aglomerados de microcápsulas de
PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com a reivindicações 7 e 8, caracterizado por se utilizar, como grupo que serve de ponte de ligação entre as microcápsulas, um grupo multifuncional em que pelo menos um dos grupos reactivos é de silano (Si-(OCH3)3), reagindo por substituição do grupo (-OCH3) com um grupo nucleofílico (-NH2), (-0H) ou carboxílico (-COOH) da microcápsula.
10. Processo de obtenção dos aglomerados de microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com a reivindicações 7 a 9, caracterizado por se utilizar, como grupo que serve de ponte de ligação entre as microcápsulas, um grupo multifuncional em que pelo menos um dos dois grupos reactivos é de diclorotriazina, em que um dos átomos de cloro é substituído em reacção com os grupos amina (-NH2) ou hidroxilo (-OH) da microcápsula e outro átomo de cloro do mesmo ou do outro grupo de diclorotriazina é substituído pelos mesmos grupos presentes em idênticas microcápsulas.
11. Processo de obtenção dos aglomerados de microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com a reivindicações 7 a 10, caracterizado por se utilizar, como grupo que serve de ponte de ligação entre as microcápsulas, um grupo multifuncional em que pelo menos um dos grupos reactivos é de (-SO2-CH=CRH), podendo o R ser um hidrogénio ou um halogénio, com o objectivo de se ligar às microcápsulas.
12. Processo de obtenção dos aglomerados de microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com a reivindicações 7 a 11, caracterizado por se utilizar, como grupo que serve de ponte de ligação entre as microcápsulas um grupo multifuncional em que pelo menos um dos grupos reactivos é de (-CO-CH=CRH), podendo o R ser um hidrogénio ou um halogéneo, com o objectivo de se ligar às microcápsulas.
13. Processo de obtenção dos aglomerados de microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com a reivindicações 7 a 12, caracterizado por se utilizar, como grupo que serve de ponte de ligação entre as microcápsulas um grupo multifuncional em que pelo menos um dos grupos reactivos é o grupo hidroxilo presente nos polifenóis ou no grupo metilol (-CH20H), como parte duma cadeia alifática ou dum anel aromático.
14. Utilização das microcápsulas de PCM e respectivos processos de obtenção dos aglomerados de microcápsulas, mencionadas nas reivindicações anteriores, caracterizada por serem aplicados a fibras de materiais poliméricos fibrosos ou porosos para obtenção de artigos poliméricos melhorados, termo-reguladores e com capacidade de resistência mecânica à lavagem incrementada.
15. Utilização das microcápsulas de PCM e respectivos processos de obtenção dos aglomerados de microcápsulas, de acordo com a reivindicação anterior, caracterizada por os materiais poliméricos fibrosos ou porosos serem constituídos por fibras naturais ou sintéticas, na forma de fios, tecidos, malhas ou não-tecidos.
16. Utilização das microcápsulas de PCM e respectivos processos de obtenção dos aglomerados de microcápsulas, de acordo com as reivindicações 14 e 15, caracterizada por os materiais poliméricos porosos serem filmes de polímeros sintéticos, ou polímeros naturais tais como peles curtidas de animais, ou de vegetais, tal como a cortiça.
17. Utilização das microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com as reivindicações 14 a 16, caracterizada por as microcápsulas de PCM serem aplicadas por um processo por esgotamento, juntamente com o produto reactivo multifuncional, em que as microcápsulas e o produto de ligação são absorvidos pelas fibras por um processo de difusão, em que as microcápsulas e o produto de ligação são forçados para o interior dos materiais pela agitação do banho e do material, seguindo-se a formação de aglomerados por reacção química entre as microcápsulas.
18. Utilização das microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com as reivindicações 14 a 16, caracterizada por as microcápsulas de PCM serem aplicadas por um processo por impregnação, juntamente com o produto reactivo multifuncional, em que as microcápsulas e o produto de ligação são absorvidos pelas fibras em banho curto, passando o material de seguida por rolos espremedores seguido de um processo de reacção química entre as microcápsulas de PCM a frio ou a quente.
19. Utilização das microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com as reivindicações 14 a 16, caracterizada por as microcápsulas de PCM, juntamente com o produto reactivo multifuncional, são aplicados a um material fibroso por um processo de pulverização, seguido de um processo de reacção química a frio ou a quente, ficando os aglomerados de microcápsulas presas entre as fibras e em redor delas.
20. Utilização das microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com a reivindicação 18, caracterizada por as microcápsulas de PCM serem auto-adesivas e serem aplicadas por um processo por impregnação, seguido de um processo a quente, com a consequente fusão das paredes das microcápsulas e
formação de aglomerados, ficando os aglomerados de microcápsulas presas entre as fibras e em redor delas. 21. Utilização das microcápsulas de PCM em materiais poliméricos fibrosos ou porosos, de acordo com a reivindicação 19, caracterizada por as microcápsulas de
PCM serem auto-adesivas e serem aplicadas a um material fibroso por um processo de pulverização, seguido de um processo a quente, com a consequente fusão das paredes das microcápsulas e formação de aglomerados, ficando os aglomerados de microcápsulas presas entre as fibras e em redor delas.
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