BRPI0619565A2 - composições lipossÈmicas - Google Patents

composições lipossÈmicas Download PDF

Info

Publication number
BRPI0619565A2
BRPI0619565A2 BRPI0619565-2A BRPI0619565A BRPI0619565A2 BR PI0619565 A2 BRPI0619565 A2 BR PI0619565A2 BR PI0619565 A BRPI0619565 A BR PI0619565A BR PI0619565 A2 BRPI0619565 A2 BR PI0619565A2
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
composition
therapeutic agent
hydrophobic therapeutic
component
moles
Prior art date
Application number
BRPI0619565-2A
Other languages
English (en)
Inventor
Narendra Raghunathji Desai
Hemlata Rajendra Dalal
Richard William Saunders
Original Assignee
Wyeth Corp
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Wyeth Corp filed Critical Wyeth Corp
Publication of BRPI0619565A2 publication Critical patent/BRPI0619565A2/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K9/00Medicinal preparations characterised by special physical form
    • A61K9/10Dispersions; Emulsions
    • A61K9/127Liposomes
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K9/00Medicinal preparations characterised by special physical form
    • A61K9/0012Galenical forms characterised by the site of application
    • A61K9/0019Injectable compositions; Intramuscular, intravenous, arterial, subcutaneous administration; Compositions to be administered through the skin in an invasive manner
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K9/00Medicinal preparations characterised by special physical form
    • A61K9/10Dispersions; Emulsions
    • A61K9/127Liposomes
    • A61K9/1277Processes for preparing; Proliposomes
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K9/00Medicinal preparations characterised by special physical form
    • A61K9/14Particulate form, e.g. powders, Processes for size reducing of pure drugs or the resulting products, Pure drug nanoparticles
    • A61K9/19Particulate form, e.g. powders, Processes for size reducing of pure drugs or the resulting products, Pure drug nanoparticles lyophilised, i.e. freeze-dried, solutions or dispersions
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P31/00Antiinfectives, i.e. antibiotics, antiseptics, chemotherapeutics
    • A61P31/04Antibacterial agents
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P43/00Drugs for specific purposes, not provided for in groups A61P1/00-A61P41/00
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K47/00Medicinal preparations characterised by the non-active ingredients used, e.g. carriers or inert additives; Targeting or modifying agents chemically bound to the active ingredient
    • A61K47/06Organic compounds, e.g. natural or synthetic hydrocarbons, polyolefins, mineral oil, petrolatum or ozokerite
    • A61K47/26Carbohydrates, e.g. sugar alcohols, amino sugars, nucleic acids, mono-, di- or oligo-saccharides; Derivatives thereof, e.g. polysorbates, sorbitan fatty acid esters or glycyrrhizin

Abstract

COMPOSIçõES LIPOSSÈMICAS. Esta invenção refere-se de forma geral às composições farmacêuticas lipossómicas e aos métodos relacionados às mesmas.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "COMPOSIÇÕES LIPOSSÔMICAS".
Referência Cruzada a Pedidos Relacionados
Este pedido reivindica o benefício do Pedido Provisório dos Es- tados Unidos N°: 60/748,686, depositado em 8 de dezembro de 2005, que é aqui incorporado na sua totalidade como referência.
Campo Técnico
Esta invenção refere-se de forma geral às composições farma- cêuticas lipossômicas e aos métodos relacionados às mesmas.
Contexto
Em algumas situações, no tratamento farmacológico de seres humanos e animais, pode ser necessária a administração do fármaco por via intravenosa. A administração intravenosa se encontra entre os meios de administração de medicamentos mais rápidos e diretos. Contudo, podem ocorrer reações adversas no local da injeção intravenosa como resultado de (a) precipitação local do fármaco no sangue venoso causada por alterações termodinâmicas (por exemplo, tromboflebite local e flebite química); (b) liga- ção preferencial da fármaco com o tecido do local da injeção, causando um acúmulo local da fármaco relativamente alto, ou (c) lesão da veia pela agu- lha, o que pode levar ao extravasamento seguido pelo ataque do tecido ex- posto pelo fármaco.
Sumário
Esta invenção refere-se às composições farmacêuticas lipossô- micas em geral e às formulações aquosas das mesmas contendo um ou mais agentes terapêuticos hidrofóbicos (por exemplo, fármacos). Tais formu- lações podem ser utilizadas preferencialmente na obtenção da solubilização de um agente terapêutico hidrofóbico em um veículo aquoso sem co- solventes (por exemplo, um solvente orgânico) miscível com o agente tera- pêutico hidrofóbico antes ou depois (por exemplo antes e depois da injeção) da administração (por exemplo, intravenosa) a um sujeito (por exemplo, um sujeito precisando do mesmo).
Em um aspecto, esta invenção refere-se a uma composição li- possômica liofilizada, incluindo: (i) um agente terapêutico hidrofóbico; (ii) um primeiro componente; e (iii) um segundo componente; na qual, quando a composição é colocada em contato com água, o primeiro componente e o segundo componente interagem formando uma solução lipossômica subs- tancialmente homogênea do agente terapêutico hidrofóbico.
Em um outro aspecto, esta invenção refere-se a um processo para o preparo de uma composição lipossômica liofilizada, envolvendo: (i) a combinação de um agente terapêutico hidrofóbico, um primeiro componente e um segundo componente em um solvente orgânico para se obter uma pri- meira combinação; (ii) a combinação de uma primeira combinação com uma fase de água para se obter uma segunda combinação; (iii) a remoção do solvente orgânico da segunda combinação para se obter umuma terceira- combinação (por exemplo, a remoção parcial ou total do solvente orgânico, por exemplo, através de destilação; evaporação sob pressão reduzida [por exemplo, por aspirador de pressão ou baixo vácuo, por ex, de em torno de Imm Hg a em torno de SOmm Hg]; ou fiítração iangenciai); e (iv) a iiofiiização duma terceiracombinação, preparando, desta forma, uma composição lipos- sômica liofilizada. Nas diversas modalidades desta invenção, os métodos podem ser utilizados para a fabricação em larga escala de fármacos hidrofó- bicas (por exemplo, fármacos hidrofóbicas estéreis) e podem oferecer méto- dos relativamente simples para a fabricação de pequenas quantidades de produtos farmacêuticos lipossômicos estéreis.
Em um outro aspecto, esta invenção refere-se a um processo para o preparo de uma composição lipossômica liofilizada, envolvendo: (i) a combinação de um agente terapêutico hidrofóbico, um primeiro componente e um segundo componente em um solvente orgânico para se obter uma pri- meira combinação; (ii) a remoção do solvente orgânico da primeira combina- ção para se obter uma segunda combinação (por exemplo, a remoção parci- al ou total do solvente orgânico para se obter, por exemplo, um filme fino); (iii) a combinação da segunda combinação a uma fase aquosa para se obter umuma terceiracombinação; e (iv) a Iiofiiização duma terceiracombinação, preparando, desta forma, uma composição lipossômica liofilizada. Em um aspecto, esta invenção refere-se a uma formulação Ii- possômica substancialmente homogênea, incluindo: (i) um agente terapêuti- co hidrofóbico; (ii) um primeiro componente; (iii) um segundo componente; e (iv) água.
As modalidades desta invenção podem ter uma ou mais das ca- racterísticas a seguir.
O agente terapêutico hidrofóbico pode ter um valor IogP de em torno de 1,0 a em torno de 5,0 (por exemplo, de em torno de 2,0 a em torno de 5,0; de em torno de 3,0 a em torno de 5,0; de em torno de 4,0 a em torno de 5,0).
A composição pode ter de em torno de 20 por cento do seu peso a em torno de 40 por cento do seu peso do primeiro componente e do se- gundo componente.
A razão entre o percentual do peso do segundo componente pa- ra o do primeiro componente pode ser de em torno de 1 para em torno de 7 (por exemplo, de em torno de 1 para em torno de 5; de em torno de 2 para em torno 5; de em torno de 1 para em torno de 3; de em torno de 2 para em torno de 3). A razão entre o percentual do peso do segundo componente para o do primeiro componente pode ser de em torno de 2,2 para em torno de 2,7, A razão entre o percentual do peso do segundo componente para o do primeiro componente pode ser de em torno de 4 para em torno de 5 (por exemplo, de em torno de 4,2 para em torno de 4,8, por exemplo, de 4,5).
O número de moles do primeiro componente pode ser menor que o número do agente terapêutico hidrofóbico. Por exemplo, a (razão do primeiro componente): agente terapêutico hidrofóbico pode ser de (em torno de 0,10 a em torno de 0,95):1; por exemplo, (de em torno de 0,50 a em torno de 0,95):1; por exemplo, de em torno de (0,75):1.
O número de moles do primeiro componente pode girar em torno do mesmo número de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
O número de moles do primeiro componente pode ser de em torno de 1,5 a em torno de 6 vezes maior que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico. O número de moles do primeiro componente pode ser de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
O número de moles do primeiro componente pode ser menor que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico, e o número de moles do segundo componente pode ser de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
O número de moles do primeiro componente pode girar em torno do mesmo número de moles do agente terapêutico hidrofóbico, e o número de moles do segundo componente pode ser de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
O número de moles do primeiro componente pode ser de em torno de 1,5 a em torno de 6 vezes maior que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico, e o número de moles do segundo componente pode ser de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
Por exemplo, a razão molar agente terapêutico hidrofóbi- co:primeiro componente:segundo componente pode ser de em torno de:
<table>table see original document page 5</column></row><table>
A razão percentual do peso do primeiro e do segundo compo- nentes para o agente terapêutico hidrofóbico pode ser de em torno de 2 para em torno de 50 (por exemplo, de em torno de 10 para em torno de 50).
A razão percentual do peso dos primeiro e segundo componen- tes para o agente terapêutico hidrofóbico pode ser de em torno de 15 para em torno de 25.
Cada um dos componentes, os primeiro e segundo podem ser independentemente uma Iecitina natural ou um fosfolipídeo (como, por e- xemplo, derivados do ovo, soja, ou fosfolipídeos vegetais ou fosfolipídeos sinté- ticos). O primeiro componente pode ser o fosfatidilglicerol e o segundo componente pode ser a fosfatidilcolina (como, por exemplo, derivados de ovo, soja, ou fosfolipídeos vegetais ou fosfolipídeos sintéticos). Por exemplo, o primeiro componente pode ser fosfotidilglicerol de ovo e o segundo çom- ponente pode ser fosfotidilcolina de soja.
A composição pode incluir em torno de 0,05 por cento do seu peso a em torno de 10 por cento do seu peso em agente terapêutico hidro- fóbico.
A composição pode também incluir um crioprotetor (por exem- pio, um açúcar como, por exemplo, a lactose).
A composição pode ainda incluir um antioxidante. Em certas modalidades, a composição pode incluir dois antioxidantes (por exemplo, o BHT e o palmitato de ascorbila). Em certas modalidades, a composição pode contar com mais de dois antioxidantes.
A composição pode ainda incluir um crioprotetor, um primeiro antioxidante e um segundo antioxidadnie.
O crioprotetor pode ser uma lactose, o primeiro antioxidante po- de ser o BHT e o segundo antioxidante pode ser o palmitato de ascorbila.
O agente terapêutico hidrofóbico pode ter um índice de solubili- dade em água de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 5 miligra- mas/mL (por exemplo, de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 2 miligramas/mL).
O agente terapêutico hidrofóbico pode ter um peso molecular de em torno de 100 Dáltons a em torno de 1,000 Dáltons.
O agente terapêutico hidrofóbico pode não ter grupos ionizáveis.
O agente terapêutico hidrofóbico pode ainda incluir um grupo ácido com um pKa de em torno de 2 a em torno de 11.
O agente terapêutico hidrofóbico pode ainda incluir um grupo básico, no qual o pKa do ácido conjugado do grupo básico pode ser de em torno de 3 a em torno de 12.
O agente terapêutico hidrofóbico pode ainda incluir um ou mais grupos ácidos com pKa's de em torno de 2 a em torno de 11, e um ou mais grupos básicos, onde o pKa dos ácidos conjugados a eles é de em torno de 3 a em torno de 12, Por exemplo, o agente terapêutico hídrofóbico pode ser um composto anfótero.
O agente terapêutico hidrofóbico pode ser um sólido cristalino.
O agente terapêutico hidrofóbico pode ser um líquido hidrofóbico (por exemplo, um óleo).
O agente terapêutico hidrofóbico pode ainda incluir dois anéis, onde cada anel pode ser de forma independente um anel aromático ou um anel heteroaromático.
O agente terapêutico hidrofóbico pode ainda incluir um sistema anelar condensado bicíclico, tricíclico ou policíclico (por exemplo, de nature- za sintética ou natural).
O agente terapêutico hidrofóbico pode ser um antibiótico fúngico não solúvel em água ou um complexo macrocíclico de origem naturam, sin- tética ou semi-sintética.
O solvente orgânico pode ser um etanol.
A fase aquosã pode ainda incluir um crioprotetor (por exemplo, a lactose). A primeira combinação pode ainda incluir um antioxidante.
A segunda combinação pode ser uma solução lipossômica.
O processo pode ainda incluir a etapa de redução da distribuição granulométrica média dos lipossomas. Por exemplo, o processo pode ainda incluir a etapa de redução da distribuição granulométrica média dos (por e- xemplo, grãos não refinados) lipossomas para uma distribuição granulomé- trica final de em torno de 5,000 nm a em torno de 20 nm, por exemplo, de em torno de 5,000 nm a em torno de 50 (ou seja, a distribuição granulométri- ca dos lipossomas depois da realização desta etapa de redução é, por e- xemplo, de em torno de 5,000 nm a em torno de 20 nm). Por exemplo, o processo pode ainda incluir a etapa de redução da distribuição granulométri- ca dos lipossomas para em torno de 200 nanômetros (nm) ou menos (por exemplo, para no máximo em torno de 200 nm, menos que 200 nm). Por exemplo, o processo pode ainda incluir a etapa de redução da distribuição granulométrica dos lipossomas para em torno de 200 nm a em torno de 20 nm, por exemplo, de em torno de 200 nm a em torno de 50 nm (ou seja, a distribuição granulométrica dos Iipossomas após a realização desta etapa de redução granulométrica é, por exemplo, de em torno de 200 nm a em torno de 20 nm).
A etapa (iii) pode incluir a realização de filtração tangencial a filtração tangencial. O solvente orgânico pode ser um etanol.
A formulação pode incluir pelo menos em torno de 80 por cento do seu peso/volume em água. A formulação pode ainda incluir um crioprote- tor, um primeiro antioxidante, e um segundo antioxidante.
A formulação pode incluir de em torno de 2 mg/mL a em torno de 10 mg/mL (por exemplo, de em torno de 2 mg/mL a em torno de 8 mg/mL, por exemplo, em torno de 2 mg/mL) do agente terapêutico hidrofóbico.
A formulação pode ser uma formulação intravenosa ou uma for- mulação parenteral para administração um humanoos ou animais.
A formulação pode ser preparada através da reação das compo- sições iipossômicas iiofiiizaaas aqui descritas com água.
Os Iipossomas can have an average distribuição granulométrica of at most em torno de 5,000 nm.
Os Iipossomas podem apresentar uma distribuição granulométri- ca média de em torno de 20 nm a em torno de 300 nm, por exemplo, de em torno de 50 nm a em torno de 300 (por exemplo, em torno de 200 nm).
A formulação pode ser capaz de ser diluída indefinidamente em água sem a precipitação do agente terapêutico hidrofóbico.
A formulação pode ser de rápida atuação. Em algumas modali- dades, a formulação (Iipossoma) pode liberar rapidamente o agente terapêu- tico hidrofóbico na corrente sangüínea para se associar, por exemplo, aos glóbulos vermelhos (GV), às Iipoproteínas, HSA ou aos GB no sangue em administração in vivo. Acredita-se que isto reduza a probabilidade do agente terapêutico hidrofóbico se acumular em tecidos não desejados, tal como o do fígado, onde os Iipossomas convencionais tendem a se concentrar. Ao mesmo tempo que não se deseja ficar preso à teoria, acredita-se que a natu- reza "de rápida atuação" dos Iipossomas das composições Iipossômicas e das formulações aqui descritas pode se dar em função da maneira pela qual o agente terapêutico hidrofóbico se associa à dupla camada lipídica dos Ii- possomas.
Conforme aqui utilizado, o termo "agente terapêutico hidrofóbico" refere-se a um grupo bioativo parcamente solúvel, pouco solúvel, muito pou- co solúvel, praticamente insolúvel ou insolúvel e água, que, quando adminis- trado a um sujeito (por exemplo, um ser humano ou um animal) em uma quantidade de em torno de 0,01 mg/Kg a em torno de 1000 mg/Kg, (por e- xemplo, de em torno de 0,01 mg/Kg a em torno de 500 mg/kg, de em torno de 0,1 mg/Kg a ém torno de 250 mg/Kg, de em torno de 1 mg/Kg a em torno de 100 mg/Kg, de em torno de 1 mg/Kg a em torno de 10 mg/kg) confere um efeito farmacológico, biológico ou terapêutico (por exemplo, tratando, contro- lando, aliviando, prevenindo, retardando o início ou reduzindo o risco do de- senvolvimento de uma ou mais doenças, diesordens ou condições ou sinto- mas das mesmas) no sujeito tratado. O efeito terapêutico pode ser objetivo (ou seja, mensurável por testes ou marcadores) ou subjetivo (ou seja, o su- jeito dá indicação de ou sente um efeito) e pode ser local ou sistêmico.
Conforme aqui utilizados, os termos "escassamente solúvel, pouco solúvel, muito pouco solúvel e praticamente insolúvel ou insolúvel" correspondem em significado aos termos gerais da Farmacopéia dos Esta- dos Unidos (USP) para a expressão aproximada da solubilidade (veja, por exemplo, DeLuca e Boilan em Pharmaceutical Dosage Forros: Parenteral Medications, vol. 1, Avis, K.E., Lachman1 L. e Lieberman, H.A., eds; Mareei
<table>table see original document page 9</column></row><table>
Por exemplo, um agente terapêutico hidrofóbico escassamente solúvel é aquele no qual se precisa de em torno de 30 a em torno de 100 partes de água para se dissolver em torno de 1 parte do agente terapêutico hidrofóbico. De forma similar, um agente terapêutico hidrofóbico pouco solú- vel é aquele no qual se precisa de em torno de 100 a em torno de 1,000 par- tes de água para se dissolver em torno de 1 parte do agente terapêutico hi- drofóbico; um agente terapêutico hidrofóbico muito pouco solúvel é aquele no qual se precisa de em torno de 1,000 a em torno de 10,000 partes de á- gua para se dissolver em torno de 1 parte do agente terapêutico hidrofóbico; e um agente terapêutico hidrofóbico praticamente insolúvel ou insolúvel é aquele no qual se precisa de mais que em torno de 10,000 partes de água para se dissolver em torno de 1 parte do agente terapêutico hidrofóbico.
O termo "grupo bioativo" refere-se, por exemplo, às fármacos já aprovadas pelas agências reguladoras (por exemplo, a Food e Drug Admi- nistração e o Departamento de Agricultura nos Estados Unidos (EUA), e seus equivalentes em outros países), aos fármacos em análise pelas agên- cias reguladoras (por exemplo, um fármaco candidata de fase 0, 1,2, ou 3, por exemplo, uma fármaco sendo submetida a experimentos clínicos), ou a compostos identificados com base em resultados encontrados através de métodos convencionais de exame ou através de ensaios in vivo ou in vitro realizados por entidades de pesquisa públicas ou privadas. O termo "agente terapêutico hidrofóbico" exclui, por exemplo, os fotossensibilizantes de porfi- rina descritos nas Patentes U.S. 6,074,666; 6,890,555 e 7,135,193B2 (por exemplo, os derivados da benzoporfirina [BPD], por exemplo, o monoácido de benzoporfirina [BPDMA]).
Conforme aqui utilizado, o termo "lipossoma" refere-se a uma membrada bicamada lipídica completamente fechada encerrando um volume aquoso, formado espontaneamente na adição de uma solução aquosa a um filme fosfolípide seco (obtida, por exemplo, através de evaporação rotatória conforme aqui descrito) ou a uma solução fosfolipídeo (obtida, por exemplo, através de filtração tangencial conforme aqui descrito). Os Iipossomas inclu- em vesículas unilamelares com uma única membrana bicamada, assim co- mo vesículas multilamelares com membranas bicamadas separadas umas das outras por uma camada de água. A bicamada
A bicamada inclui duas camadas lipídicas com uma região "tra- seira" hidrofóbica e uma região "dianteira" hidrofílica. Uma vez que não se deseja ficar preso à teoria, a estrutura da membrana bicamada é tal que as "traseiras" hidrofóbicas (não polar) das camadas se orientam em direção ao centro da bicamada enquanto as "dianteiras" hidrofílicas se orientam em di- reção à fase aquosa.
Conforme aqui utilizado, o termo "solução lipossômica" refere-se de forma generalizada às dispersões de um agente terapêutico hidrofóbico encapsulado em Iipossomas de qualquer distribuição granulométrica média em solventes aquosos ou aquosos/orgânicos.
Conforme aqui utilizado, Os termos "solução lipossômica subs- tancialmente homogênea do agente terapêutico hidrofóbico" ou "formulação lipossômica substancialmente homogênea do agente terapêutico hidrofóbi- co" refere-sem às dispersões homogêneas e aquosas do agente terapêutico hidrofóbico encapsulado em lipossomas, nas quais os Iipossomas apresen- tam uma distribuição granulométrica média de em torno de 20 nm a em tomo de 5,000 nm (por exemplo, de em torno de 50 nm a em torno de 5,000 nm, por exemplo, de no máximo em torno de 200 nm, menos que em torno de 200 nm). A distribuição granulométrica media das soluções lipossômicas aqui descritas podem ser determinadas por métodos convencionais na arte (por exemplo, por espalhamento de luz como, por exemplo, espalbamento dinâmico da luz por laser utilizando, por exemplo, sistemas de mensuração de partículas submicrônicas tais como aqueles disponibilizados pela Nicomp ou Malvern).
Conforme aqui utilizado, o termo "sujeito" refere-se aos organis- mos, incluindo camundongos, ratos, vacas, ovelhas, porcos, coelhos, ca- bras, e cavalos, macacos, cachorros, gatos, e preferencialmente seres hu- manos.
Os detalhes de uma ou mais modalidades da invenção são es- pecificados nas descrições abaixo. Outras características e vantagens da invenção estarão nas descrições e nas reivindicações.
Descrição Detalhada
Em algumas modalidades, a composição lipossômica liofilizada pode incluir um ou mais agentes terapêuticos hidrofóbicos, um primeiro componente, um segundo componente, um crioprotetor, um primeiro antioxi- dante, e um segundo antioxidante.
Agentes Terapêuticos Hidrofóbicos
Os agentes terapêuticos hidrofóbicos preferenciais podem pos- suir um ou mais dos seguintes atributos químicos, estereoquímicos, estrutu- rais e físicos.
(1) O agente terapêutico hidrofóbico pode ter valores de coeficien- te de partição octanol/água (log P) de em torno de 1,0 a em torno de 5,0 (por exemplo, 1,0; 1,1; 1,2; 1,3; 1,4; 1,5; 1,6; 1,7; 1,8; 1,9; 2,0; 2,1; 2,2; 2,3; 2,4; 2,5; 2,6; 2,7; 2,8; 2,9; 3,0; 3,1; 3,2; 3,3; 3,4; 3,5; 3,6; 3,7; 3,8; 3,9; 4,0; 4,1; 4,2; 4,3; 4,4; 4,5; 4,6; 4,7; 4,8; 4,9; 5,0).
Para facilitar a exposição, fica subentendido que sempre que citada qualquer faixa de valores (por exemplo, Iog P de em torno de 1,0 a 5,0) ou subfaixas de uma faixa específica de valores (por exemplo, Iog P de em torno de 1,0 a i ,5), esta inciuem expressamente cada um dos valores dos valores individuais contidos na faixa de valores citada, incluindo os limi- tes superiores e inferiores da faixa de valores citada.
Em certas modalidades da presente invenção, o agente terapêu- tico hidrofóbico pode ter um Iog P de em torno de 1,0 a em torno de 5,0 (por exemplo, de em torno de .1,0 a em torno de 4,5; de em torno de 1,0 a em torno de 4,0; de em torno de 1,0 a em torno de 3,5; de em torno de 1,0 a em torno de 3,0, de em torno de 1,0 a em tomo de 2,5; de em torno de 1,0 a em torno de 2,0; de em torno de 1,0 a em torno de 1,5).
Em certas modalidades da presente invenção, o agente terapêu- tico hidrofóbico pode ter um Iog P de em torno de 2,0 a em torno de 5,0 (por exemplo, de em torno de 2,0 a em torno de 4,5; de em torno de 2,0 a em torno de 4,0; de em torno de 2,0 a em torno de 3,5; de em torno de 2,0 a em torno de, 3,0; de em torno de 2,0 a em torno de 2,5).
Em certas modalidades da presente invenção, o agente terapêu- tico hidrofóbico pode ter um Iog P de em torno de 2,5 a em torno de 5,0 (por exemplo, de em torno de 2,5 a em torno de 4,5; de em torno de 2,5 a em torno de 4,0; de em torno de 2,5 a em torno de 3,5; de em torno de 2,5 a em torno de 3,0).
Em certas modalidades da presente invenção, o agente terapêu- tico hidrofóbico pode ter um Iog P de em torno de 3,0 a em torno de 5,0 (por exemplo, de em torno de 3,0 a em torno de 4,5; de em torno de 3,0 a em torno de 4,0; de em torno de 3,0 a em torno de 3,5).
Em certas modalidades da presente invenção, o agente terapêu- tico hidrofóbico pode ter um Iog P de em torno de 3,5 a em torno de 5,0 (por exemplo, de em torno de 3,5 a em torno de 4,5; de em torno de 3,5 a em torno de 4,0).
Em certas modalidades da presente invenção, o agente terapêu- tico hidrofóbico pode ter um Iog P de em torno de 4,0 a em torno de 5,0 (por exemplo, de em torno de 4,0 a em torno de 4,5).
Em certas modalidades da presente invenção, o agente terapêu- tico hidrofóbico pode ter um Iog P de em torno de 4,5 a em torno de 5,0,
(2) O agente terapêutico hidrofóbico pode ter índices de solubili- dade em água de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 5 miligra- mas/mL (por exemplo, de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 4 miligramas/mL, de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 3 miligra- mas/mL, de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 2 miligramas/mL, de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 1 milligram/mL, de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 0,5 miligrama/mL, de em torno de 5 na- nogramas/mL a em torno de 0,25 miligrama/mL, de em torno de 5 nanogra- mas/mL a em torno de 0,1 miligrama/mL). Em certas modalidades da pre- sente invenção, o agente terapêutico hidrofóbico pode ter índices de solubili- dade em água de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 2 miligra- mas/mL.
(3) O agente terapêutico hidrofóbico pode ter pesos moleculares de em torno de 100 Dáltons (D) a em torno de 2000 D (por exemplo, de em torno de 100 D a em torno de 1500 D, de em torno de 100 D a em torno de 1000 D, de em torno de 200 D a em torno de 800 D).
(4) O agente terapêutico hidrofóbico pode incluir grupos ácidos (ou seja, um grupo contendo um ou mais prótons dissociáveis), nos quais o pKa (em relação à água) dos prótons dissociáveis é de em torno de 2 a em torno de 11 (por exemplo, de em torno de 2 a em torno de 10, de em torno de 2 a em torno de 7, de em torno de 4 a em torno de 11, de em torno de 4 a em torno de 10, de em torno de 4 a em torno de 7) unidades pKa.
(5) O agente terapêutico hidrofóbico pode incluir grupos básicos, nos quais o pKa (em relação à água) dos ácidos conjugados dos grupos bá- sicos é de em torno de 1,5 a em torno de 12 (por exemplo, de em torno de 3 a em torno de 12, de em torno de 5 a em torno de 12).
(6) O agente terapêutico hidrofóbico pode incluir grupos ácidos, nos quais o pKa (em relação à água) de todos os prótons dissociáveis é maior que em torno de 11 e/ou grupos básicos, nos quais o pKa (em relação à água) dos ácidos conjugados dos grupos básicos é menor que em torno de 1,5.
(7) O agente terapêutico hidrofóbico pode incluir qualquer combi- nação ou número de grupos delineados nos itens (4), (5), e (6). Por exem- plo, o agente terapêutico hidrofóbico pode incluir um ou mais grupos ácidos conforme aqui descritos e um ou mais grupos básicos conforme aqui descri- tos. Em algumas modalidades, o agente terapêutico hidrofóbico pode ser um composto anfótero ou íon dipolar (uma molécula neutra com porções de car- gas opostas, por exemplo, uma porção gerada na reação [troca de prótons] entre um grupo ácido [por exemplo, -000H, -P(0)(OH)2, ou -S03H], um gru- po básico [por exemplo, NH2, aminas secundárias ou terciárias] ambas pre- sentes na mesma molécula), e grupos anfóteros (por exemplo, aminoácidos, peptídeos e proteínas).
(8) O agente terapêutico hidrofóbico pode incluir apenas um ou mais grupos como os delineados no item (4).
(9) O agente terapêutico hidrofóbico pode incluir um ou mais cen- tros assimétricos, podendo, portanto, estar simultaneamente presente em uma ou mais formas isoméricas do agente terapêutico hidrofóbico nas com- posições e formulações aqui descritas. Assim sendo, as composições e for- mulações aqui descritas podem incluir misturas racêmicas e racematos, e- nantiômeros isolados, diastereoisômeros individuais e misturas diastereoi- soméricas de um agente terapêutico hidrofóbico. Similarmente, o agente te- rapêutico hidrofóbico: pode também conter ligações (por exemplo, ligações carbono-carbono, ligações carbono-nitrogênio tais como as ligações de ami- das) nas quais a rotação das ligações seja restrita com relação àquela liga- ção em particular, como, por exemplo, quando a restrição resulta da presen- ça de um anel ou de uma ligação dupla. Desta toma, as composições e for- mulações aqui descritas podem incluir isômeros cis/trans e isômeros E/Z e/ou misturas de isômeros rotacionais do agente terapêutico hidrofóbico. As composições e formulações aqui descritas podem ainda incluir misturas tau- toméricas do agente terapêutico hidrofóbico.
(10) A forma física do agente terapêutico hidrofóbico pode ser selecionada conforme desejada (por exemplo, baseado em considerações da estabilidade ou para facilitar o isolamento e a manipulação). Por exemplo, o agente terapêutico hidrofóbico pode ser um sólido cristalino, um polimorfo, um sóiido amorfo, ou um líquido hidrofóbico (por exemplo, um óleo).
(11) O agente terapêutico hidrofóbico pode incluir um ou mais grupos conhecidos por conferir hidrofobicidade aos compostos químicos (por exemplo, C1-20 [por exemplo, C5-18 alquila, C 2-20 [por exemplo, C 5-18] alquenila, ou C2-C20 [por exemplo, C5-18 alquinila em cadeias ramificadas- ou não; ou C3-C20 em anéis carbocíclicos saturados ou parcialmente satu- rados; ou anéis aromáticos ou heteroaromáticos contendo de 5-18 átomos). Em certas modalidades da presente invenção, o agente terapêutico hidrofó- bico pode incluir dois anéis, que, independente um do outro, podem ser a- néis aromáticos ou anéis heteroaromáticos. Os dois anéis podem ser conju- gados entre si através de uma única ligação ou formando parte de sistemas anelares policíclicos, tricíclicos ou bicíclicos condensados (por exemplo, de origem naturam ou sintética).
Os agentes terapêuticos hidrofóbicos podem incluir, porém não se limitam a, os inibidores de quinase da família Src, os moduladores das junções comunicantes dos cardiomiócitos, os antiinflamatórios (por exemplo, esteróides e não-esteróides); os antibacterianos; os antiprotozoários; os anti- fúngicos; os vasodilatadores coronarianos; os bloqueadores dos canais de cálcio; os broncodilatadores; os inibidores enzimáticos tais como os inibido- res da colagenase, os inibidores da protease, os inibidores da elastase, os inibidores da lipoxigenase, e os inibidores da enzima de conversão da angio- tensina; outros antihipertensivos; os antagonistas dos leucotrienos; os antiul- cerativos tais como os antagonistas de H2; os hormônios esteróides; os anti- virais e/ou imunomoduladores; os anestésicos locais; os cardiotônicos; os antitussivos; os anti-histamínicos; os narcóticos analgésicos; os hormônios peptídicos; os hormônios sexuais; os produtos cardioativos tais como os a - triopeptídeos; os produtos proteínaceos; os antinauseantes; os anticonvulsi- vos; os imunossupressores; os psicotrópicos; os sedativos; os anticoagulan- tes; os analgésicos; os agentes contra enzaqueca; agentes antiarrítmicos; anti-heméticos; agentes contra o câncer; os agentes neurológicos tais como os fármacos ansiolíticos; hemostáticos; os agentes contra a obesidade; os agentes antimicrobianos; os moduladores das vias serotonérgicas; os agen- tes das vias de nucleotídeos cíclicos; os muduladores catecolaminérgicos; os antagonistas da recepção de endotelina; as moléculas doadoras de óxido nítrico; os antagonistas dos receptores ATI!; os inibidores da adesão plaque- tária; os inibidores da agregação plaquetária; os moduladores das vias coa- gulatórias; os inibidores das vias da ciclooxigenase; os inibidores das vias da lipoxigenase; os antagonistas das selectinas E e P; os inibidores das intera- ções da VCAM-1 e ICAM-1; as prostaglandinas e os análogos da mesma; preventores da ativação macrofágica; os inibidores da reductase HMG-CoA; agentes que afetam uma série de fatores de crescimento (incluindo os agen- tes das vias FGF1 os antagonistas dos receptores PDGF, os agentes da via IGF, os agentes da via TGF-O1 os agentes da via EGF, os agentes da via TNF-a, os moduladores da via tromboxano A2 [TXA2], e os inibidores protéi- cos da tirosina quinase); os inibidores da via MMP; os inibidores da motilida- de celular; os agentes antiinflamatórios; os agentes antineoplási- cos/antiproliferativos; inibidores da via de deposição/organização matricial; os facilitadores da endotelialização; os moduladores da reologia sangüínea; assim como as integrinas, as quimiocinas, as citocinas e os fatores de cres- cimento.
Os agentes terapêuticos preferenciais incluem, por exemplo, an- tibióticos fúngicos não solúveis em águas e complexos macrocíclicos natu- rais, sintéticos, ou semi-sintéticos derivados de fontes vegetais, marinhas ou animais (por exemplo, paclitaxel, docetaxel, rapamicina). Os agentes tera- pêuticos preferenciais podem ainda incluir aqueles obtidos de fontes terres- tres, tais como lamas, terras, solos (por exemplo, das camadas superficiais da terra; minas; leitos secos de lagoas, lagos e rios).
Os Agentes terapêuticos hidrofóbicos também incluem agentes terapêuticos genéticos e proteínas, como as ribozimas, os polinucleotídeos anti-sentido e os polinucleotídeos codificadores de um produto específico (incluindo os ácidos nucléicos recombinantes) tal como o DNA, cDNA, ou RNA genômico. O polinucleotídeo pode ser oferecido isoladamente ou em conexão com sistemas vetores que aumentem a captação e a expressão dos polinucleotídeos. Estes podem incluir agentes de compactação do DNA, vetores não infecciosos e veiores vitais tais como vírus e partículas similares aos vírus (ou seja, partículas sintéticas fabricadas para atuar como vírus). O vetor pode ainda possuir seqüências direcionadas a peptídeos específicos, ácidos nucléicos anti-sentido, e DNA's quiméricos que incluem seqüências genéticas codificadores de proteías carreadoras tais como as seqüências de translocação da membrana ("MTS") e o vírus do herpes único-1 ("VP22").
Em geral, composições lipossômicas Iiofilizadas podem incluir de em torno de 0,05 por cento do seu peso a em torno de 10 por cento do seu peso (relativo ao peso total da composição) em agente terapêutico hidrofóbi- co (por exemplo, de em torno de 0,500 por cento do seu peso a em torno de 2,500 por cento do seu peso; de em torno de 1,000 por cento do seu peso a em torno de 2,000 por cento do seu peso).
Componentes
Os primeiro e segundo componentes são grupos que interagem para formar a bicamada do Iipossoma quando as composições lipossômicas Iiofilizadas entram em contato com a água.
Em geral, um alto coeficiente de energia reticular cristalizante pode levar a um ponto de fusão elevado e a um índice de solubilidade em água reduzido. O coeficiente de energia reticular cristalizante pode ser au- mentado, por exemplo, pelas interações de sobreposição-π por exemplo, pela sobreposição de anéis aromáticos). Acredita-se que esta sobreposição intermolecular surja da assimetria na polaridade de diferentes regiões das moléculas que se complementam, contribuindo para a insolubilidade em á- gua de alguns agentes terapêuticos hidrofóbicos (ATH) com múltiplos siste- mas π. Sem querer se ater à teoria, acredita-se que caso se possa reduzir estas interações eletrônicas π-π através da inserção de moléculas com gru- pos dianteiros aniônicos e traseiras hidrofóbicas, poderia-se, então, reduzir sua contribuição para a energia reticular, assim se aumentando a solubilida- de em água do ΑΤΗ. Acredita-se ainda que a interação (por exemplo, com- plexação) de um agente terapêutico hidrofóbico (por exemplo/um agente terapêutico hidrofóbico com múltiplos sistemas-π ou qualquer agente tera- pêutico hidrofóbico com um alto coeficiente de energia reticular cristalizante) com um ou mais fosfolípides hidrofóbicos com pontos de fusão baixos (por exemplo, aqueles com cadeias de ácidos graxos de tamanho intermediário e/ou cadeias de ácidos graxos contendo uma ou mais insaturações) e/ou com polímeros de carga aniônica ou potencial para doação eletrônica pode, por exemplo, reduzir «o ponto de fusão do agente hidroterapêutico neste complexo. Quando, por exemplo, os complexos de agente terapêutico hidro- fóbico:lipídio são expostos à água, podem ser formadas estruturas organiza- das como Iipossomas ou micelas em função do balanceamento das intera- ções hidrofóbicas e eletrostáticas. Como resultado, podem-se obter índices de solubilidade aquosa operacionais.
Desta forma, em algumas modalidades, o primeiro e o segundo componentes podem incluir de forma independente uma ou mais cadeias de ácidos graxos de comprimento intermediário e/ou um ou mais graus de insa- turação. Não se desejando ficar preso à teoria, acredita-se que os ácidos graxos possuindo uma ou ambas estas propriedades podem ter reduzidos pontos de fusão, podendo a sua presença nos componentes das composi- ções e formulações lipossômicas aqui descritas aumentar o grau de incorpo- ração de materiais lipofílicos ou hidrofóbicos na bicamada. A presença de tais cadeias de ácidos graxos nos componentes pode também aumentar a fluidez da bicamada dos lipossomas resultantes e permitir a penetração de proteínas sangüíneas nos lipossomas resultantes. Em algumas modalida- des, o primeiro e segundo componentes podem incluir de forma independen- te a presença de uma carga líquida no componente, (e, portanto, no lipos- soma resultante). Esta característica estrutural pode oferecer estabilidade ao lipossoma através de repulsão eletrostática, a qual, por sua vez, pode redu- zir a probabilidade de agregação ou formação de lipossomas com múltiplas camadas, proporcionando desta forma lipossomas com maior granulometria. Por exemplo, os fosfolipídeos aniônicos podem prevenir a agregação dos lipossomas através de repulsão eletrostática, oferecendo maior estabilidade para armazenamento. Contudo, na administração intravenosa, lipídios aniô- nicos podem ser atraídos pelos componentes do sangue. Isto, por sua vez, pode levar ao rompimento do Iipossoma e a liberação do agente terapêutico hidrofóbico em urn compartimento sangüíneo. Uma vez que os compartimen- tos sangüíneos e similares não são reconhecidos pelo sistema retículo endo- telial (SER), podendo se evitar o SER. Acredita-se que os lipossomas for- mados in vivo, as composições e formulações lipossômicas de rápida atua- ção aqui descritas podem beneficiar (por exemplo, aumentar) o grau e a taxa de transferência do agente terapêutico hidrofóbico para os glóbulos verme- lhos (GV)1 as lipoproteínas, HSA ou GB no sangue em relação ao grau e a taxa de transferência do agente terapêutico hidrofóbico para o SER.
Em algumas modalidades, os primeiro e segundo componentes podem incluir de forma independente uma cadeia de ácidos graxos de tama- nho intermediário, uma cadeia de ácidos graxos com um ou mais graus de insaturação e uma carga líquida.
Em algumas modalidades, a presença do primeiro e do segundo componentes pode resultar em formulações lipossômicas que podem se comportar de maneira similar a um DMSO ou solução cossolvente do agente terapêutico hidrofóbico.
Componentes como os primeiro e segundo componentes podem incluir, sem limitação, Iecitinas naturais ou fosfolipídeos (por exemplo, fosfo- lípides derivados de qualquer planta, animal, ou fonte bacteriana, por exem- plo, derivados de ovos ou soja e chamados fosfatídeos de ovo ou soja, por exemplo, Iecitina de ovo, etanolamina de fosfatidila, glicerol de fosfatidila de ovo, fosfatil-colina de ovo, fosfatil-colinas de soja, ácido fosfatídico, monoga- lactosil-diglicerídeo vegetal [hidrogenado] ou digalactosil-diglicerídeo vegetal [hidrogenado]); ou Iecitinas sintéticas (por exemplo, dihexanoil-L-.alfa.- lecitina, dioetanoil-L.alfa.-lecitina, didecanoil-L-.alfa.-lecitina, didodecanoil-L- .alfa.-lecitina, ditetradecanoil-L-.alfa.-lecitina, dihexadecanoil-L-.alfa.-lecitina, dioctadecanoil-L.alfa.-lecitina, dioleoil-L-.alfa.-lecitina, dilinoleoil-L-.alfa.- lecitina, .alfa.-palmito, .beta.-oleoil-L-.alfa.-lecitina, L-.alfa.-glicerofosforil- colina). Outros fosfolípides adequados incluem a dimiristoil fosfatidilcolina (DMPC), a fosfatidilcolina(PC), a dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC), ou a dis- tearoilfosfatidil colina (DSPC); o dimiristoilfosfatidilglicerol (DMPG), a fosfati- dil etanolamina, a fosfatidilserina e o fosfatidilinositol.
Primeiros e segundos componentes exemplares incluem a Dimi- ristoil fosfatidil Colina (DMPC), a qual se trata de uma cadeia saturada de 14 carbonos; grupo dianteiro anfótero; Fosfatidil Colina de OVO (EPC, EggPC), a qual se trata de uma mistura de ácidos graxos; cadeias com de 16 a 18 carbonos com grupos dianteiros anfóteros, em torno de 42% saturadas e em torno de 57% insaturadas; Fosfatidil Colina de soja(SPC), a qual se trata de uma mistura de ácidos graxos; cadeias com de 16-18 carbonos com grupos dianteiros anfóteros, em torno de 17% saturadas e em torno de 81% insatu- radas; ou Fosfatidil Glicerol de Ovo (EPG1EggPG), o qual inclui essencial- mente a mesma mistura que a EPC, which includes essentially the same mixture as EPC, mas com uma carga líquida negativa no grupo dianteiro.
Em certas modalidades da presente invenção, cada um dos pri- meiros componentes e dos segundos componentes podem ser de forma in- dependente um fosfolipídeo ou uma Iecitina natural. Por exemplo, o primeiro componente pode ser o Fosfatidil Glicerol de ovo, e o segundo componente pode ser a Fosfatidil colina de soja. Como um outro exemplo, o primeiro componente pode ser o fosfatidil Glicerol e o segundo componente pode ser a DMPC.
Em outras modalidades, um ou ambos o primeiro componente e o segundo componente podem ser uma cadeia sintética de ácidos graxos com lipídeos outros que não fosfolípides. Por exemplo, cadeias sintéticas de ácidos graxos com um íon quaternário de amônio na porção catiônica e um grupo sulfato na porção aniônica.
Em geral, as composições lipossômicas Iiofilizadas podem incluir de em torno de 10 por cento do seu peso a em torno de 90 por cento do seu peso (em relação ao peso total da composição) em primeiro componente e em segundo componente (por exemplo, de em torno de 10 por cento do seu peso a em torno de 50 por cento do seu peso, de em torno de 20 por cento do seu peso a em torno de 40 por cento do seu peso).
Em algumas modalidades, a razão percentual entre o peso do segundo componente e o peso do primeiro componente pode ser de em tor- no de 1 a em torno de 7 (por exemplo, de em torno de 1 a em torno de 5, de em torno de 2 a em torno de 5, de ern torno de 1 a ern tomo de 3, de em tor- no de 2 a em torno de 3, de em torno de 4 a em torno de 5). A razão percen- tual entre o peso do segundo componente e o peso do primeiro componente pode ser de em torno de 2,2 a em torno de 2,7, A razão percentual entre o peso do segundo componente e o peso do primeiro componente pode ser de em torno de 4,2 a em torno de 4,8 (por exemplo, 4,5).
Em algumas modalidades, o número de moles do primeiro com- ponente pode ser menor que o número de moles do agente terapêutico hi- drofóbico. Por exemplo, a (razão do primeiro componente): agente terapêuti- co hidrofóbico pode ser (de em torno de 0,10 a em torno de 0,95):1; por e- xemplo, (de em torno de 0,50 a em torno de 0,95): 1; por exemplo, em torno de (0,75):1,
Em algumas modalidades, o número de moles do primeiro com- ponente pode girar em torno do mesmo número de moles do agente tera- pêutico hidrofóbico.
Em algumas modalidades, o número de moles do primeiro com- ponente pode ser de em torno de 1,5 a em torno de 6 vezes maior (por e- xemplo, de em torno de 2 a em torno de 5 vezes maior, de em torno de 3 a em torno de 4 vezes maior) que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
Em algumas modalidades, o número de moles do segundo com- ponente pode ser de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior (por e- xemplo, de em torno de 2 a em torno de 12 vezes maior, de em torno de 2 a em torno de 4 vezes maior, de em torno de 4 a em torno de 6 vezes maior, de em torno de 6 a em torno de 12 vezes maior, por exemplo, em torno de 3 vezes maior, em torno de 5 vezes maior, por exemplo, em torno de 7 vezes maior, por exemplo, em torno de 11 vezes maior) que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
Em algumas modalidades, o número de moles do primeiro com- ponente pode ser menor que o número de moles do agente terapêutico hi- drofóbico (por exemplo, a (razão do primeiro componente): agente terapêuti- co hidrofóbico pode ser (de em torno de 0,10 a em torno de 0,95):1; por e- xempio, (de ern torno de 0,50 a ern torno de 0,95):1; por exemplo, em torno de (0,75):1), e o número de moles do segundo componente pode ser de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior (por exemplo, de em torno de 2 a em torno de 12 vezes maior, de em torno de 2 a em torno de 4 vezes maior, de em torno de 4 a em torno de 6 vezes maior, de em torno de 6 a em torno de 12 vezes maior, por exemplo, em torno de 3 vezes maior, em torno de 5 vezes maior, por exemplo, em torno de 7 vezes maior, por exemplo, em tor- no de 11 vezes maior) que o número de moles do agente terapêutico hidro- fóbico. Por exemplo, o número de moles do primeiro componente pode ser menor que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico (por exem- plo, a [razão do primeiro componente): agente terapêutico hidrofóbico pode ser (de em torno de 0,50 a em torno de 0,95): 1, por exemplo, em torno de (0,75):1), e o número de moles do segundo componente pode ser de em torno de 2 a em torno de 4 vezes maior (por exemplo, em torno de 3 vezes maior).
Em algumas modalidades, o número de moles do primeiro com- ponente pode girar em torno do mesmo número de moles do agente tera- pêutico hidrofóbico, e o número de moles do segundo componente pode ser de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior (por exemplo, de em torno de 2 a em torno de 12 vezes maior, de em torno de 2 a em torno de 4 vezes maior, de em torno de 4 a em torno de 6 vezes maior, de em torno de 6 a em torno de 12 vezes maior, por exemplo, em torno de 3 vezes maior, em torno de 5 vezes maior, por exemplo, em torno de 7 vezes maior, por exemplo, em torno de 11 vezes maior) que o número de moles do agente terapêutico hi- drofóbico. Por exemplo, o número de moles do primeiro componente pode girar em torno do mesmo número de moles do agente terapêutico hidrofóbi- co, e o número de moles do segundo componente pode ser de em torno de 4 a em torno de 6 vezes maior (por exemplo, em torno de 5 vezes maior).
Em algumas modalidades, o número de moles do primeiro com- ponente pode ser de em torno de 1,5 a em torno de 6 vezes maior (por e- xemplo, de em torno de 2 a em torno de 5 vezes maior, de em torno de 3 a em torno de 4 vezes maior) que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico, e o número de moles do segundo componente pode ser de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior (por exemplo, de em torno de 2 a em torno de 12 vezes maior, de em torno de 2 a em torno de 4 vezes maior, de em torno de 4 a em torno de 6 vezes maior, de em torno de 6 a em torno de 12 vezes„maior, por exemplo, em torno de 3 vezes maior, em tomo de 5 vezes maior, por exemplo, em torno de 7 vezes maior, por exemplo, em tor- no de 11 vezes maior) que o número de moles do agente terapêutico hidro- fóbico. Por exemplo, o número de moles do primeiro componente pode ser de em torno de 2 a em torno de 5 vezes maior (por exemplo, em torno de 3 ou em torno de 4 vezes maior) que o número de moles do agente terapêuti- co hidrofóbico, e o número de moles do segundo componente pode ser de em torno de 6 a em torno de 12 vezes maior (por exemplo, em torno de 7 ou em torno de 11 vezes maior).
Em algumas modalidades, a razão molar entre o agente terapêu- tico hidrofóbico:primeiro componente:segundo componente pode ser:
<table>table see original document page 23</column></row><table> <table>table see original document page 24</column></row><table>
Em algumas modalidades, a razão entre o peso percentual do primeiro componente e do segundo componente para o agente terapêutico hidrofóbico pode ser de em torno de 2 a em torno de 50 (por exemplo, de em torno de 10 a em torno de 50, de em torno de 15 a em torno de 25).
Crioprotetores
Os crioprotetores oferecem proteção contra o congelamento das formulações aquosas (por exemplo, durante o armazenamento). Crioproteto- res adequados incluem glicina, Glicerol ; açúcares (por exemplo, monossa- carídeos, dissacarídeos, ou polissacarídeos, por exemplo, glicose, frutose, latose, trealose, maltose, maltotriose, palatinose, Iactulose ou sucrose); ou álcoois polihidroxilados (por exemplo, manitol, sorbitol). Em geral, as compo- sições lipossômicas Iiofilizadas podem incluir de em torno de 50 porcento do seu peso a em torno de 75 por cento do seu peso (em relação ao peso total aa composição) de um crioprotetor. Em algumas modalidades, a razão do peso percentual do crioprotetor para o do primeiro componente e para o do segundo componente pode ser de em torno de 1,5 a em torno de 5 (por e- xemplo, de em torno de 2 a em torno de. 3).
Em algumas modalidades, o crioprotetor é um monossacarídeo, - dissacarídeo ou polissacarídeo (por exemplo, glicose, frutose, Iactose ou trealose). Em certas modalidades da presente invenção, a presença de um monossacarídeo, dissacarídeo ou polissacarídeo nas formulações lipossô- micas pode gerar Iipossomas com uma distribuição granulométrica relativa- mente pequena e restrita (por exemplo, de em torno de 130 nm a menos que em torno de 200 nm), nas quais o agente terapêutico hidrofóbicoe pode ser encapsulado de forma estável no Iipossoma de forma relativamente eficiente (por exemplo, com uma eficiência de encapsulamento maior que ou igual a em torno de 80 por cento, por exemplo, maior que ou igual a em torno de 90 por cento, por exemplo, maior que ou igual a em torno de 95 por cento).
Em geral, a eficiência de encapsulamento pode ser estimada da seguinte maneira: (1) uma solução lipossômica é preparada, por exemplo, utilizando os métodos aqui descritos, contendo uma quantidade conhecida de um agente terapêutico hidrofóbico; (2) a concentração do agente terapêu- tico hidrofóbico na solução lipossômica é medida; (3) a solução lipossômica resultante é filtrada através de um filtro de 0,22μ, depois do que os Iiposso- mas de uma distribuição nanométrica aproximada são retidos na solução lipossômica filtrada; (4) a concentração do agente terapêutico hidrofóbico na solução lipossômica filtrada é medida; e (5) a eficiência de encapsulamento é determinada através da divisão da concentração do agente terapêutico hidrofóbico obtida na etapa (4) pela concentração do agente terapêutico hi- drofóbico obtida na etapa (2).
Antioxidantes, Ingredientes Adicionais, e Composições Iiofilizadas Exempla- res
Em algumas modalidades, o primeiro antioxidante e o segundo antioxidante podem ser, de forma independente entre si, hidroxitolueno buti- lado (BHT), hidroxianisol butilado (BHA), α-tocoferol ou acil-ésteres dos mesmos, vitamina E peguilada (por exemplo, TPGS), ou palmitato de ascor- bila. Em modalidades preferidas, o antioxidante é um antioxidante hidrofóbi- co (por exemplo, BHT, BHA, α-tocopherol, ou palmitato de ascorbila). Em outras modalidades, as composições lipossômicas Iiofilizadas podem incluir mais de dois antioxidantes (3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, ou 10 antioxidantes).
Em algumas modalidades, as composições lipossômicas Iiofili- zadas podem ainda incluir um ou mais surfactantes (por exemplo, vitaminas E peguiladas (PEG) com cadeias de vários comprimentos, tiloxopol e deriva- dos peguilados (PEG) do mesmo, ou monossacarídeos com cadeias alifáti- cas com de 5-15 carbonos).
Exemplares de composições lipossômicas Iiofilizadas incluem aqueles delineados na Tabela 1,
Tabela 1
<table>table see original document page 25</column></row><table> <table>table see original document page 26</column></row><table>
Soluções Lipossômicas Substancialmente Homogêneas
Em algumas modalidades, soluções lipossômicas substancial- mente homogêneas ou formulações lipossômicas substancialmente homo- gêneas podem incluir um ou mais agentes terapêuticos hidrofóbicos, um primeiro componente, um segundo componente, um crioprotetor, um primei- ro antioxidante, um segundo antioxidante, e água. Em particular, alguns a - gentes terapêuticos hidrofóbicos, primeiro componentes, segundos compo- nentes, crioprotetores, primeiros antioxidantes, e segundos antioxidantes podem ser selecionados conforme descrito em outro lugar.
Em algumas modalidades, as formulações lipossômicas subs- tancialmente homogêneas podem incluir pelo menos em torno de 70 por cento do peso/volume de Água (por exemplo, pelo menos em torno de 75 por cento do peso/volume, pelo menos em torno de 80 por cento do pe- so/volume, pelo menos em torno de 85 por cento do peso/volume, pelo me- nos em torno de 90 por cento do peso/volume, pelo menos em torno de 95 por cento do peso/volume).
Em geral, a concentração dos agentes terapêuticos hidrofóbicos nas formulações lipossômicas substancialmente homogêneas pode depen- der, por exemplo, da natureza do agente terapêutico hidrofóbico. Em algu- mas modalidades, as formulações podem incluir de em torno de 0,050 por cento do peso/volume (p/v) a em torno de 0,500 % por cento do peso/volume (p/v) do agente terapêutico hidrofóbico, desta forma oferecendo uma solução lipossômica contendo de em torno de 0,5 mg/ml a em torno de 10,0 mg/ml (por exemplo, de em torno de 0,5 mg/ml a em torno de 8,0 mg/ml, por exem- plo, 2 mg/ml) do agente terapêutico hidrofóbico.
Em todas as modalidades, as formulações podem ser duluídas indefinidamente em água sem que ocorra a precipitação do agente terapêu- tico hidrofóbico.
Em geral, soluções lipossômicas contendo lipossomas de distri- buição granuiométrica média nanométrica formam soluções translúcidas "claras como água" (por exemplo, soluções lipossômicas substancialmente homogêneas ou formulações lipossômicas substancialmente homogêneas). A precipitação do agente terapêutico hidrofóbico pode, portanto, ser monito- rada através de técnicas qualitativas, por exemplo, o monitoramento visual de uma solução lipossômica agitada para a formação de, por exemplo, uma dispersão nebulosa ou leitosa. A precipitação do agente terapêutico hidrofó- bico pode ainda ser monitorada através da utilização de técnicas quantitati- vas (também em conjunto com técnicas qualitativas) aqui descritas. For e- xemplo, uma alteração substancial da concentração de uma solução lipos- sômica filtrada e não filtrada pode indicar a precipitação do agente terapêuti- co hidrofóbico.
Exemplares de formulações incluem aqueles delineados na Ta- bela 2.
Tabela 2
<table>table see original document page 27</column></row><table>
Em algumas modalidades, alguns ou todos os primeiros compo- nentes, segundos componentes, crioprotetores, primeiros antioxidantes, e segundos antioxidantes assim como outros aditivos presentes na composi- ção lipossômica liofilizada, as soluções lipossômicas substancialmente ho- mogêneas ou as formulações lipossômicas substancialmente homogêneas podem ainda ser selecionadas a partir daquelas descritas nas Patentes U.S. 4.816.247 e Patente U.S. 6.890.555, e U.S. Patent 7.135.193B2 todas as quais são aqui incorporadas como referência.
Em todas as modalidades, os Iipossomas possuem uma distribu- ição granulométrica média de menos que em torno de 5.000 nm, de forma a reduzir a probabilidade de obstrução dos capilares pulmonares. Em geral, os Iipossomas possuem uma distribuição granulométrica média de em torno de 30 nm a em torno de 500 nm (por exemplo, de em torno de 50 nm a em tor- no de 300 nm, por exemplo, em torno de 200 nm, em torno de 30 nm a no máximo em torno de 200 nm, menos que em torno de 200 nm).
Em geral, as formulações lipossômicas convencionais são prefe- rencialmente absorvidas pelos órgãos do sistema retículo endotelial (SER) como o fígado e o baço. Em algumas instâncias, apenas de 10 a 20% da fármaco está disponível na circulação sistêmica. Caso a distribuição granu- lométrica aumente, como conseqüência do envelhecimento das formulações convencionais, a probabilidade de captação pelo SER é ainda mais aumentada.
Quando ocorre a captação dos Iipossomas pelo SER, uma por- ção substancial do agente terapêutico hidrofóbico encapsulado não é dispo- nibilizada para o tecido alvo uma vez que está situado no SER. Em modali- dades, as novas formulações lipossômicas podem ser de rápida atuação na qual a combinação agente terapêutico hidrofóbico-lipossoma é estável in vitro, mas quando administrada in vivo, o agente terapêutico hidrofóbico é rapidamente liberado na corrente sangüínea onde se associa às lipoproteí- nas séricas, aos glóbulos vermelhos, à albumina sérica humana. Em algu- mas modalidades, as formulações lipossômicas (Iipossomas) podem ser de rápida atuação, rapidamente liberando o agente terapêutico hidrofóbico na corrente sangüínea para se associar, por exemplo, aos glóbulos vermelhos (GV), às lipoproteínas, HSA ou GB no sangue na administração in vivo. Não se desejando ficar preso à teoria, acredita-se que a rápida liberação pode evitar que o agente terapêutico hidrofóbico se acumule em tecidos indeseja- dos como o fígado, baço, ou medula óssea onde os Iipossomas tendem a se concentrar. A natureza de "rápida atuação" dos Iipossomas preferidos pode também ser associada à maneira pela qual o agente terapêutico hidrofóbico interage com a bicamada Iipfdica dos Iipossomas formados nas formulações aqui descritas.
As composições e formulações aqui descritas podem incluir os agentes terapêuticos hidrofóbicos propriamente ditos, assim como sais e pró-fármacos dos mesmos, quando aplicável. Em um composto aqui descri- to, um sal pode, por exemplo, ser formado entre um ânion e um substituinte de carga positiva (por exemplo, amina). Ânions adequados incluem cloreto, brometo, iodeto, sulfato, nitrato, fosfato, citrato, metanossulfonato, trifluoroa- cetato, e acetato. Da mesma forma, em um composto aqui descrito, um sal pode também ser formado entre um cátion e um substituinte de carga nega- tiva (por exemplo, carboxilato). Cátions adequados incluem íon de sódio, íon de potássio, íon de magnésio, íon de cálcio, e um cátion de amônio tal como o íon de tetrametilamônio. São exemplares de pró-fármacos os ésteres e outros derivados farmaceuticamente aceitáveis que, na administração a um sujeito, são capazes de oferecer compostos ativos.
Sais farmaceuticamente aceitáveis incluem aqueles derivados de ácidos e bases orgânicos e inorgânicos farmaceuticamente aceitáveis. Exemplos de sais ácidos adequados incluem acetato, adipato, alginato, as- partato, benzoato, benzenossulfonato, bissulfato, butirato, citrato, canforato, camforsulfonato, digluconato, dodecilsulfato, etanossulfonato, formiato, fu- marato, glucoheptanoato, glicolato, hemisulfato, heptanoato, hexanoato, clo- ridrato, bromidrato, iodidrato, 2-hidroxiatanossulfonato, lactato, maleato, ma- lonato, matanossulfonato, 2-nafalenossulfonato, nicotinato, nitrato, palmoato, pectinato, persulfato, 3-fenilpropionato, fosfato, picrato, pivalato, propionato, salicilato, succinato, sulfato, tartarato, tiocianato, tosilato e undecanoato. Ou- tros ácidos, tais como os oxálicos, mesmo que não farmaceuticamente acei- táveis por si próprios, podem ser empregados na preparação de sais úteis na condição de compostos intermediários na obtenção dos compostos da presente invenção e seus sais de adição ácidos farmaceuticamente aceitá- veis. Os sais derivados de bases apropriadas incluem os de metais alcalinos (por exemplo, sódio), os de metais alcalinos-terrosos (por exemplo, magné- sio), amônio e N-(alquil)4 + sais. Esta invenção também visa a quaterniza- ção de quaisquer grupos básicos contendo nitrogênio nos compostos aqui revelados. Produtos dispersíveis ou solúveis em água ou óleo também po- dem ser obtidos por tal quaternização. As formas salinas dos compostos de qualquer fórmula aqui revelada podem ser sais aminoácidos de grupos car- boxila (por exemplo, sais de L-arginina, -lisina, - histidina).
Em algumas modalidades, as composições lipossômicas Iiofili- zadas podem ser preparadas através de processos que incluem:
(i) a combinação de um agente terapêutico hidrofóbico, um pri- meiro componente, e um segundo componente em um solvente orgânico para formar uma primeira combinação;
(ii) a combinação da primeira combinação com uma fase aquosa para formar uma segunda combinação (por exemplo, uma solução lipossômica);
(iii) a remoção do solvente orgânico da segunda combinação para formar uma terceira combinação; e
(iv) a liofilização (por exemplo, secagem a frio) da terceira com- binação.
Os solventes orgânicos preferidos incluem aqueles que podem ser removidos com relativa facilidade e praticidade através de evaporação sob pressão reduzida (por exemplo, por aspirados de pressão ou baixo vá- cuo, por exemplo, de em torno de 1 mm Hg a em torno de 50 mmHg). Sol- ventes orgânicos exemplares incluem, por exemplo, álcoois C 1-6 de cadeia ramificada ou não (por exemplo, etanol ou isopropanol ou f-butanol); halo alcanos C 1-6 de cadeia ramificada ou não (por exemplo, alcanos clorados, por exemplo, clorofórmio ou cloreto de metileno); alquil-ésteres C 1-6 de ca- deia ramificada ou não (por exemplo, etil-acetato).
Em algumas modalidades, a primeira combinação pode incluir um ou mais antioxidantes (por exemplo, dois antioxidantes).
Em algumas modalidades, a fase aquosa pode incluir um crio- protetor (por exemplo, lactose).
Em algumas modalidades, a segunda combinação pode ser uma solução lipossômica, e o processo pode ainda incluir uma etapa de redução da distribuição granulométrica dos Iipossomas (por exemplo, a redução da distribuição granulométrica média dos Iipossomas de em torno de 50 nm pa- ra em torno de 300 nm, por exemplo, [para no máximo em torno de 200 nm, menos que 200 nm] para formar, por exemplo, uma "solução lipossômica substancialmente homogênea do agente terapêutico hidrofóbico" ou uma "formulação lipossômica substancialmente homogênea do agente terapêuti- co hidrofóbico").
Em algumas modalidades, a etapa (iii) pode incluir a remoção de parte ou substancialmente todo o solvente orgânico, por exemplo, por desti- lação; evaporação sob pressão reduzida (por exemplo, por aspirador de pressão ou baixo vácuo, por exemplo, de em torno de 1 mmHg a em torno de 50 mmHg); ou filtração tangencial.
Em certas modalidades, a etapa (iii) pode inciuir a realização da filtração tangencial (FT). Em modalidades preferidas, o solvente orgânico é preferencialmente um solvente orgânico miscível em água (por exemplo, etanol, iso-propanol, n-propanol, propileno-glicóis, polietileno-glicóis). Tipi- camente, o solvente orgânico pode ser removido após em torno de 5 a 10 (por exemplo, 5-6) passagens da membrana do filtro pela solução lipossômi- ca.
O uso da FT nos processos aqui descritos pode apresentar uma ou mais das seguintes vantagens. Por exemplo, geralmente a FT é escalo- nável e flexível com relação ao solvente orgânico a ser removido. Tipicamen- te, a FT pode ser utilizada essencialmente para remover qualquer solvente orgânico miscível em água de baixo peso molecular da solução lipossômica com um volume total de em torno de 100 mL a em torno de 10.000 litros (L) (por exemplo, de em torno de 100mL a em torno de 1.000 mL (por exemplo, 1-3, 30-50 litros). Em acréscimo, o processo de FT por si só não envolve uma etapa de ecaporação do solvente. Desta forma, o uso da FT pode po- tencialmente reduzir os custos operacionais associados a condução dos processos aqui descritos (por exemplo, a filtração tangencial pode, mas não precisa ser conduzida em estruturas onerosas e especialmente desenhadas [por exemplo, estruturas à prova de explosão], tipicamente necessárias [e em certas ocasiões requeridas] para a acomodação de equipamentos de remoção de solventes como sistemas a vácuo, torres de condensamento e mantas de aquecimento). Como um outro exemplo, o uso da filtração tan- gencial permite que os processos aqui descritos sejam conduzidos essenci- almente de uma única vez, desta forma permitindo a minimização da proba- bilidade de perdas de volume das soluções lipossômicas em estágios inter- mediários dos processos.
Em algumas modalidades, o processo pode ainda incluir a etapa de filtração asséptica.
Em algumas modalidades, o processo pode oferecer Iipossomas de distribuição granulométrica suficientemente baixa e restrita (por exemplo, menos que em torno de 200 nanômetros [nm]) de forma que as formulações lipossômicas podem ser fabricadas sem filtração para se separar partículas maiores ou utilizar outros métodos mecânicos para a obtenção distribuições granulométricas restritas.
Em outras modalidades, as composições lipossômicas Iiofiliza- das podem ser preparadas através de processos que incluem:
(i) a combinação de um agente terapêutico hidrofóbico, um pri- meiro componente, e um segundo componente em um solvente orgânico para formar uma primeira combinação;
(ii) a remoção do solvente orgânico da primeira combinação para formar uma segunda combinação (por exemplo, removendo parte ou todo o solvente orgânico para formar, por exemplo, filmes finos);
(iii) a combinação da segunda combinação com uma fase aquo- sa para formar uma terceira combinação; e
(iv) a liofilização da terceira combinação, desta forma preparan- do a composição lipossômica liofilizada.
Em geral, as composições Iiofilizadas podem ser armazenadas a temperaturas de em torno de 2°C a em torno de 37°C (por exemplo, em tor- no de 2°C a em torno de 8°C) por em torno de 2 anos ou mais. A composi- ção Iiofilizada pode também ser armazenada a temperaturas mais baixas, por exemplo, de em torno de -20°C a -70°C.
Em acréscimo, os processos aqui descritos podem ser utilizados para preparar emulsões, vesículas, ou organizações de alto peso molecular que agrupam um ou mais agentes terapêuticos hidrofóbicos.
Em geral, formulações ou soluções lipossômicas aquosas subs- tancialmente homogêneas podem ser preparadas pela reconstituição com- posições lipossômicas Iiofilizadas aqui descritas com um veículo aquoso. As composições reconstituídas podem ser diluídas indefinidamente em água, sendo física e quimicamente estáveis em temperatura ambiente por períodos de aproximadamente uma semana.
As formulações lipossômicas aquosas são tipicamente adminis- tradas de forma parenteral. A injeção pode ser intravenosa, subcutânea, in- tramuscular, intratecal, ou mesmo intraperitonial. As formulações lipossômi- cas podem ser aplicadas via transdérrnica, sublingual, ora!, ocular, vaginal θ colônica. Em certas modalidades, as formulações lipossômicas aquosas po- dem ser administradas com aerosol via intranasal, intrabronquialmente, in- traalveolarmente, ou intrapulmonarmente. A composição pode ser embalada em frascos para reconstituição com água esterilizada antes da injeção, po- dendo também conter pequenas quantidades de substâncias auxiliares não- tóxicas tal como agentes de tamponamento do pH, preservantes, agentes quelantes, antioxidantes, agentes de ajuste da pressão osmótica e similares.
As doses podem variar de em torno de 0,01 mg/Kg a em torno de 1000 mg/Kg, (por exemplo, de em torno de 0,01 mg/kg a em torno de 100 mg/kg, de em torno de 0,01 mg/kg a em torno de 10 mg/Kg, de em torno de 0,05 mg/kg a em torno de 10 mg/Kg, de em torno de 0,1 mg/kg a em torno de 10 mg/kg) de a cada 0,5 horas até a cada 120 horas, ou de acordo com as necessidades de cada fármaco em especial. A interrelação das doses para animais e seres humanos (baseada nos miligramas por metro quadrado de superfície corporal) é descrita por Freireich et al., Carecer Chemother. Rep. 50, 219 (1966). A área de superfície corporal pode ser determinada de forma aproximada pela altura e o peso do paciente. Veja, por exemplo, as "Tabelas Científicas", Geigy Pharmaceuticals, Ardsley, New York, 537 (1970). Os métodos aqui contemplam a administração de uma quantidade eficaz do agente terapêutico hidrofóbico para se obter o efeito desejado ou declarado. Tipicamente, as formulações aqui descritas serão administradas de 1 a 6 vezes ao dia ou, de forma alternativa, na condição de infusão contí- nua. Em certas modalidades, as formulações lipossômicas aquosas podem ser administradas na forma de bolo (por exemplo, administrado ao longo do curso de em torno de 1 minuto) ou na forma de um bolo lento (por exemplo, administrado ao longo do curso de em torno de 15 minutos a em torno de 20 minutos). Tal forma de administração pode ser utilizada como terapia crônica ou aguda.
Doses mais altas ou mais baixas que aquelas citadas acima po- dem ser requeridas. As doses e os regimes específicos para o tratamento de cada paciente dependerão de uma série de fatores, incluindo a atividade do composto especificamente empregado, a idade, a massa corporal, o estado geral de saúde, o sexo do paciente, a dieta, o tempo de administração, a taxa de excreção, a combinação de outras fármacos, a severidade e o curso da doença, a condição ou os sintomas, a disposição do paciente para a do- ença, a condição ou os sintomas e o julgamento do profissional responsá- velpelo tratamento.
Com a melhora da condição de um paciente, pode-se adminis- trar doses de manutenção das formulações aqui descritas, caso necessário. Subseqüentemente, a dosagem, a frequencia da administração ou ambas podem ser reduzidas em função dos sintomas a níveis onde a melhora pode ser retida após o alívio dos sintomas a um nível desejado. Os pacientes po- dem, contudo, requererem tratamento intermitente em longo prazo caso o- corram sintomas da doença.
As composições e formulações desta invenção podem conter qualquer veículo, diluente ou adjuvante farmaceuticamente aceitáveis não- tóxicos (por exemplo, as composições e formulações podem ser preparadas, armazenadas ou administradas na forma de uma composição farmacêutica). Em alguns casos, o pH da formulação pode ser ajustado com ácidos, bases, ou tampões farmaceuticamente aceitáveis a fim de aumentar a estabilidade do composto formulado ou da sua forma de administração.
Em algumas modalidades, as formulações aqui descritas podem ser coadministradas com um ou mais outros agentes terapêuticos. Em certas modalidades, os agentes adicionais podem ser administrados separadamen- te dos compostos desta invenção, como partes de um regime com múltiplas doses (por exemplo, de forma seqüencial, por exemplo, em escalas sobre- postas com a administração das formulações aqui descritas). Alternativa- mente, estes agentes podem ser partes de uma forma em dose única, mistu- rados aos agentes terapêuticos hidrofóbicos em uma única composição. A- inda em uma outra modalidade, esses agentes podem ser oferecidos em doses separadas que sejam administradas em aproximadamente o mesmo tempo que são administradas as formulações aqui descritas (por exemplo, simultaneamente à administração das formulações aqui descritas).
A invenção será descrita de forma ulterior nos exemplos a se- guir. Deve-se entender que estes exemplos servem a propósitos meramente ilustrativos, não devendo ser interpretados de nenhuma maneira como limi- tadores desta invenção.
Exemplos
Agentes terapêuticos hidrofóbicos Candidatos
Composto 1: (5-fluoro-2-metil-N-[4-(SH-pirrolo[2,1-c][1,4] ben- zodiazepin-10(11H)-carbonil)-3-clorofenil]benzamida; Fórmula Molecular - C27H21C1FN302; Peso Molecular 473,9; ponto de fusão - 180°C - 184°C.
O composto 1 é um antagonista não peptídeo da recepção de vasopressina, sendo insolúvel em soluções aquosas de pH fisiológico na faixa de 1,2 a 7,5. Ele possui sulubilidade limitada em solventes parcialmen- te aquosos a base de solventes lipofílicos e hidrofílicos farmaceuticamente aceitáveis. As solubilidades do Composto 1 a 25°C em vários sistemas far- macêuticos são oferecidas na Tabela 1. Tabela 3. Solubilidade do Composto 1 em Solventes Farmacêuticos a 25°C
<table>table see original document page 36</column></row><table>
+BQL = Abaixo do Limite de Quantificação: Limite de Quantificação = (1 ng/ml)
** Triglicerídeos com cadeias de tamanho intermediário (C5-C8) com diferentes misturas de cadeias de tamanho intermediário
*** Giicerídeos poliglicolizados saturados C8-C10 **** Glicerídeos poliglicolizados saturados obtidos a partir de óleos vegetais hidro- genados, consistindo de glicerídeos e ésteres de polietileno glicóis.
A Tabela 3 mostra que as solubilidades (mg/ml) do Composto 1 no PEG 400, no PEG 300, no Benzil Álcool, no Benzil Benzoato1 na Triaceti- na e no Etanol são respectivamente 26,3; 14,86; 21,03; 3,41; 2,70 e 1,89, ao passo que uma combinação 50:50 de PEG 300 e Etanol reduziu a solubili- dade para 8,7 mg/ml. A adição de água para obter uma composição de PEG 300/Etanol/Água (40:30:30) reduz a solubilidade para 0,28 mg/ml.
Em combinações adicionais como sistemas cossolventes, de PEG 400 ou 300, Benzil Álcool, Etanol e baixas quantidade de sais bilia- res(por exemplo, Colato de Sódio Deoxitauro), o Composto 1 se precipitou com a adição de água a nível de 30% na mistura orgânica aquosa final. Composto 2: ácido but-2-inóico[4-(3-bromo-fenilamina)-quinazolina-6-il]- amida mesilato; Fórmula: CI 8H13BrN40.CH403S
Exemplo 1
Procedimento geral de Filtracão Tanqencial para preparo de Composições lipossômicas liofilizadas.
Procedimento Geral: O agente terapêutico hidrofóbico, os fosfo- lípides, e os antioxidantes são dissolvidos em álcool desidratado para formar um complexo agente terapêutico hidrofóbico-fosfolípide. Quando a solução alcoólica é diluída por uma solução aquosa de lactose, é formada uma solu- ção lipossômica com álcool. O álcool é removido através de repetidas ope- rações de filtragem molecular com o equipamento de filtração tangencial (FT). A solução lipossômica aquosa resultante é passada através de um homogeneizador de alta pressão para se reduzir a distribuição granulométri- ca à faixa submicrônica e é filtrada de forma asséptica através de um filtro de 0,22 pm e envazada em frascos. O conteúdo dos frascos é Iiofilizado pa- ra estabilidade química.
Os lotes graduados usando o método de FT foram fabricados a uma escala de 50 litros do volume da solução lipossômica antes da Iiofiliza- ção. São fornecidos dados representativos para a formulação lipossômica Iiofilizada do Composto 1 cuja razão molar da composição de fárma- co:EggPG:DMPC é de 1:4: 11. Composições e formulações com composi- ções de razões molares diversas destas aqui descritas podem ser fabricadas pelo processo de FT.
Resumo do Processo de Filtração Tangencial para Composto 1 Lipossômico Liofilizado (15 mg/frasco) (Exemplo Representativo)
1. Preparar Solução Alcoólica, 4 mg/ml Composto 1 ê fosfolípides.
2. Adicionar lentamente água para injeção (API) a 1) em um vo- lume de 3 vezes a Solução Alcoólica de 1) e misturar para se obter a Solu- ção Lipossômica Alcoólica-Aquosa 1,0 mg/ml do Composto 1.
3. Realizar a Filtração Tangencial (FT) na Solução Lipossômica Alcoólica-Aquosa de 2) com pelo menos 6-8 trocas com API (usando teste intraprocesso para álcool) para se obter Solução lipossômica Aquosa 1,0 mg/ml do Composto 1.
4. Concentrar a Solução lipossômica Aquosa de 3) através de FT até 45% do volume inicial para se obter Solução lipossômica Aquosa 2,2 mg/ml do Composto 1.
5. Adicionar Iactose sólida e API à Solução lipossômica Aquosa 2,2 mg/ml do Composto 1 de 4), ajustar a potência para 1,8 mg/ml de Composto 1 e realizar a homogeneização em alta pressão para se obter a Solução lipossômica Aquosa com Iactose 1,8 mg/ml do Composto 1.
6. Filtrar a Solução lipossômica Aquosa com Lactose 1,8 mg/ml do Composto 1 de 5) através de filtros 0,45 μ e 0,22 μ para se obter a Solu- ção Lipossômica com Lactose Filtrada 1,8 mg/ml do Composto 1.
7. Realizar a determinação da potência intra-processo da HPLC Solução Lipossômica com Lactose Filtrada 1,8 mg/ml do Composto 1 de 6) e ajustar a potência para 1,58 mg/ml do Composto 1 através da adição de 25% de Solução de Lactose e API. Refiltrar através de 0,22 μ para dentro de uma área estéril para se obter Solução Lipossômica com Lactose Estéril, 1,58 mg/ml do Composto 1.
8. Envazar a Solução lipossômica com Lactose Estéril 1,58 mg/ml do Composto 1 de 7) em 10,5 ml/frasco. Liofilizar para se obter fras- cos de Composto 1 Lipossômico Liofilizado.
A tabela 4 mostra o Lote Piloto para a Solução lipossômica do Composto 1 (Resultados da operação de FT) (Eficiência da Remoção do Etanol como uma função das passagens pela FT)
Tabela 4
<table>table see original document page 39</column></row><table>
+ Amostras de permeate são coletadas ao fim da saída de 12-13 litros de permeato.
Resumo dos Parâmetros de Processo dos Frascos de Composto 1 Lipos- sômico Liofilizado pelo método de FT
• Volume Inicial da Solução Lipossômica Alcoólica-HaO = 16.000 ml
• Volume Final do Concentrato de Solução Lipossômica com = 8.600 ml Álcool Reduzido
• Volume Final Ajustado (depois da adição de Iactose sólida =10.000 ml +API)
• Tempo Total para a operação de FT 3 horas
• Aparência
- Solução Lipossômica Alcoólica-H20 Inicial = Ieitosa
- Solução lipossômica Final (FT + Concentração + Lactose + = clara trans- <table>table see original document page 40</column></row><table> <table>table see original document page 41</column></row><table>
• Potência do Composto 1 por frasco = 15,91 mg/frasco
• N° total de fracos produzidos = 950
Composições representativas preparadas pela FT: As Tabelas 5 e 6 mostram composições lipossômicas Iiofilizadas representativas contendo o Composto 1 e o Composto 2, respectivamente, que foram preparadas pelo método da FT.
Tabela 5
<table>table see original document page 41</column></row><table> <table>table see original document page 42</column></row><table>
Tabela 6
<table>table see original document page 42</column></row><table>
"Composição da solução lipossômica na reconstituição pela adição de água
Exemplo 2
Procedimento Geral para o Preparo de Formulações lipossômicas (Tecnolo- gia do Filme Fino com Evaporador Rotativo).
A formulação IV se apresenta na forma de frasco contendo pó lipossômico Iiofilizado estéril equicalente a 20 mg do Composto 1 por fras- co. Baseando-se na insolubilidade em água e outras propriedades físico- químicas do Composto 1, foi selecionada uma formulação lipossômica para a administração IV da fármaco. Através da adição de 10 mL de Água para Injeção, é obtida uma solução lipossômica similar à aquosa (com Iipossomas de granulometria média em torno de 200 nm) contendo 2 mg/ml do compos- to 1. A composição do Prototipo A (1:3:7 razão molar) e do Prototipo B (1:4:11 razão molar) são oferecidas na Tabela 7. Elas foram fabricadas com o método do Filme Fini com Evaporador rotativo conforme descrito abaixo.
Os dados a respeito da estabilidade de um lote representativo são ofereci- dos na Tabela 8. Também são oferecidos os parâmetros de reconstituciona- bilidade para a distribuição granulométrica dos lipossomas.
Composição lipossômica Iiofilizada do Agente terapêutico hidrofóbico Repre- sentativa (Procedimento de Filme Fino com Evaporador rotativo):
Tabela 7
<table>table see original document page 43</column></row><table>
"Composição da solução lipossômica na reconstituição pela adi- ção de água
Fabricação dos Lipossomas (Tecnologia de Filme Fino com E- vaporador rotativo): Etapas Representativas:
1. Dissolução: Agente terapêutico hidrofóbico (ATH) - Fosfolípi- des em Solvente orgânico (Controles do Processo: ~ níveis reduzidos de 02 Dissolvido; ~ Temperatura e taxa de mistura ; ~ Exposição ao Solvente).
2. Remoção do Solvente e Deposição do Complexo ATH-Lipidio como Filme Fino (Controles do Processo: ~ Taxa de Evaporação; ~ Estabe- lecimento dos Níveis de Solvente Residual; ~ Espessura e Porosidade do Filme).
3. Hidratação Controlada e Formação de Lipossomas Brutos (Controles do Processo: ~ Taxa de umidificação do Filme; ~ Temperatura de Hidratação do Solvente; ~ Mistura).
4. Redução Granulométrica (Controles do Processo: ~ Pressão da Câmara; ~ Temperatura de Entrada, Interna e de Saída; ~ Número de Passagens).
5. Prefiltração. (Filtro Bruto) e Remoção da Fármaco Não- Dispersa (Controles do Processo: ~ Pressão da Filtração; ~ Taxa e Tempe- ratura).
6. Filtração Asséptica (Controles do Processo: ~ Teste de Filtra- biiiaade; ~ Taxa e Pressão da Fiitração; ~ Análise de Potência).
7. Preenchimento dos Frascos (Controles do Processo: ~ Homo- geneidade e Temperatura da Solução; ~ Controle do Peso).
8. Liofilização (Controles do Processo: Padronização das Etapas de Secagem Primária, Secundária e Terciária; ~ Análise de Umidade).
9. Testes Físicos e Químicos de Liberação (Controles do Pro- cesso: ~ Testes Monográficos; ~ Reprodutibilidade Granulométrica). Dados Formais de Estabilidade para o Composto 1 para lnjeção# (15 mg/frasco) Fórmula Liofilizada (Razão molar 1:4: 11):
Tabela 8
<table>table see original document page 44</column></row><table> <table>table see original document page 45</column></row><table>
#Razão molar + Fármaco:EPG:DMPC 1:4:11,
• Os dados de estabilidade lipossômica são do lote onde:
O Filme foi armazenado a 2-8°C por 1M
Lote Iiofilizado armazenado a temperatura ambiente, e colocado em estabili- dade formal após 1 M
Desta forma a idade de fato da amostra é o ponto formal de ar- mazenamento mais dois meses
Reconstituição da Solução Lipossômica e Parâmetros Granulo- métricos:
O bolo lipossômico Iiofilizado é reconstituído a uma solução clara e translúcida em 30 segundos da adição de API e mistura. Caso haja espu- ma, a solução é deixada em repouso por 10 minutos. O pH da solução ficou entre 6,0 e 6,2. A distribuição granulométrica foi mensurada por um Nicomp Submicron Particle Size Analyzer usando o método de espalhamento dinâ- mico de luz. O lote representativo da Nicomp indicou para a formulação uma distribuição granulométrica monomodal dos Iipossomas refinados.
A análise mostrou:
Diâmetro Médio: 39 nm
Desvio Padrão: 19 nm
Coeficiente de Variação: 0,499
Valor Qui Quadrado: 23
Resultados Cumulativos:
75% das Partículas < 46 nm
99% das Partículas < 105 nm Exemplo 4
Estudos para Definição da Composição Molar das Misturas Fosfolipídeos
Os experimentos iniciais indicaram que a combinação do EPG (fosfolípide aniônico) e do DMP (fosfolípide anfótero de cadeia saturada se- mi-sintético) ofereceram meios de solubilização do Composto 1. Outros ex- perimentos foram conduzidos a fim de definir uma razão molar ótima de Fármaco: EPG:DMPC que confira fabricabilidade e estabilidade física, quí- mica e da carga do fármaco aceitáveis. Exemplos de outras combinações de fosfolipídeos aniônicos e fosfolipídeos anfóteros para o encapsulamento de Iipossomas fabicáveis estáveis de 1,5 a 2,0 mg/ml são oferecidos na Tabela 9.
Tabela 9. Razões Lipídicas para Formulações Lipossômicas Liofilizadas do Composto 1* (Solução lipossômica do Composto 1 Reconstituída a de 1,5 a 2,0 mg/ml)
<table>table see original document page 46</column></row><table> DPPC = Dipalmitoil Fosfatidil Colina
* Adicionalmente, eles contêm Iactose ou outros dissacarídeos na condição de crioprotetores e BHT1 palmitato de ascorbila ou outros compostos na condição de antioxidantes.
Exemplo 5
Evidências Biológicas para o Desenho de Evitação do Sistema ReticuIoEn- dotelial (SER) dos Lipossomas
Quando se administra Iipossomos carreadores de fármacos con- vencionais por via IV, em geral, em torno de 80-90 % da fármaco é absorvi- 10 da pelos órgãos reticuloendoteliais (por exemplo, fígado, baço, medula ós- sea e etc.), deixando quantidades muito pequenas da fármaco disponíveis na circulação sistêmica. Isto pode ir de encontro aos propósitos da terapaia, caso o seu alvo seja outro que nçao o SER.
Para o desenho lipossômico do Composto. 1 foram seleciona- dos tipos moleculares fosfolipídeos e composições tais a fim de garantir a estabilidade dos iipossomas in vitro e em armazenamento e a liberação da fármaco a um ou mais componentes do sangue que se tornam o reservatório da fármaco na circulação, como resultado, a forma da dosagem se comporta como uma simples solução, oferecendo a amior parte da dose à circulação sistêmica ao invés dos órgãos do SER.
Estudo Comparativo da Eficácia da Forma de Dosagem (Teste do Volume de Urina)
Um dos indicadores mensuráveis da eficácia farmacológica do Composto 1 é o aumento da excreção de urina. Este teste da eficácia do Composto 1 em diferentes formulações foi extensivamente utilizado para realização de testes em ratos.
O estudo comparativo páreo a páreo de duas formulações lipos- sômicas (Tabela 10) a razões de 1:5: e 1:3:7 de Composto 1:EPG: DMPC com formulações cossolventes foi conduzido em ratos usando a solução DMSO :PEG 200 (50:50) do Composto 1 como controle. A nova formulação lipossômica ofereceu de 70 a 90% da excreção de urina e valores RSD mais apertados se comparada a DMSO: 200 controle. A formulação de controle contendo DMSO geralmente não é aceitável como produto intravenoso. A formulação cossolvente foi uma mistura de propileno glicol, PEG 400, Etanol, Benzil Álcool e antioxidantes e ofereceu apenas 50% do valor de excreção urinária de controle.
Tabela 10. Eficácia Farmacológica das Formulações Lipossômicas do Com- posto 1 (Pelo Ensaio de Excreção de Urina em Ratos)
<table>table see original document page 48</column></row><table>
* Resultou em Hernatúria (Sangue na Urina), ao passo Cjue as formulações lipossômicas foram livres de hernatúria
+ Composição cossolvente p/v % (Fármaco 1%:PEG 400 34%:Etanol 7,9%: Benzil Álcool 2,0%:Propileno Glicol 55%:BHT 0,001%)
# Razão molar conforme mostrada (Composto 1: EPG: DMPC)
Estudo Farmacocinético Comparando a Forma de Dosagem Lipossô- mica e a Cossolvente:
Os resultados resumidos do estudo farmacocinético comparando o cossolvente do Composto 1 e a formulação lipossômica 1:3:7 são ofereci- dos na Tabela 11. Estes dados demonstram que os Iipossomas se compor- tam mais como solução liberando o ATH na circulação sistêmica.
O estudo comparativo da Amplitude da Dose Intravenosa ocor- reu em doses ascendentes (3 dias/dose) em cachorros machos. Cada for- mulação foi dosada em dois cachorros por três dias em cada nível de dosa- gem (0,5; 2,5; e 5,0 mg/kg/dia), tendo sido retiradas amostras sangüíneas nos dias 3, 6 e 9 para a análise do Composto 1.
(1) Os parâmetros farmacocinéticos do Composto 1 em ambas as formulações aumentam conforme são aumentadas as doses; podendo ser levemente maior que a dose proporcional.
(2) Os valores de c.máx em doses de 0,5 e 2,5 mg/kg não pare- cem ser diferentes entre as duas formulções. A 5,0 mg/kg/dia, os valores de C.máx da formulação lipossômica parecem ser mais altos que aqueles da formulação cossolvente. O fator provável pode ser que em doses mais altas a fármaco se precipite do cossolvente e, desta forma, não fique disponível.
(3) Os valores médios de AUC 0-24 no grupo do cossolvente são de alguma forma mais altos que aqueles no grupo dos lipossomas, porém o pequeno tamanho amostrai proíbe uma avaliação definitiva.
O teste preliminar dos efeitos farmacológicos através da excre- ção de urina em ratos e os estudos farmacocinéticos em cachorros indicam que diferentemente dos lipossomas convencionais, as novas formulações lipossômicas do Composto 1 aqui descritas atuam mais como uma solução do fármaco em solventes orgânicos e provavelmente liberam o fármaco hi- drofóbico, antes dele atingir o fígado, a um ou mais compariimentos do san- gue, que, por sua vez, se tornam veículo do fármaco na circulação sistêmica não identificáveis pelo sistema retículo endotelial. Tabela 11
<table>table see original document page 50</column></row><table> <table>table see original document page 51</column></row><table>

Claims (56)

1. Composição lipossômica Iiofilizada contendo (i) um agente terapêutico hidrofóbico; (ii) um primeiro componente; e (iii) um segundo componente; na qual, quando a composição é colocada em contato com água, o primeiro componente e o segundo componente interagem para formar uma solução lipossômica substancialmente homogênea do agente terapêutico hidrofóbico.
2. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual a com- posição contém de em torno de 20 por cento do seu peso a em torno de 40 por cento do seu peso do primeiro componente e do segundo componente.
3. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual a razão entre o peso percentual do segundo componente para o primeiro componen- te é de em torno de 1 a em torno de 7,
4. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual o nú- mero de moles do primeiro componente gira em torno da mesma quantidade de moles do agente terapêutico hidrofóbico, e o número de moles do segun- do componente é de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior que o nú- mero de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
5. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual o nú- mero de moles do primeiro componente é de em torno de 1,5 a em torno de 6 vezes maior que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico, e o número de moles do segundo componente é de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
6. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual a razão entre o peso percentual do primeiro componente e do segundo componente para o do agente terapêutico hidrofóbico é de em torno de 10 a em torno de 50.
7. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual o pri- meiro componente e o segundo componente são Iecitinas ou fosfolípides naturais de forma independente um do outro.
8. Composição de acordo com a reivindicação 7, na qual o pri- meiro componente é Fosfatidil Glicerol de ovo e o segundo componente é Fosfatidil colina de soja.
9. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual a com- posição contém de em torno de 0,05 por cento do seu peso a em torno de 10 por cento do seu peso do agente terapêutico hidrofóbico.
10. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual a composição também contém um crioprotetor.
11. Composição de acordo com a reivindicação 10, na qual o crioprotetor é um açúcar.
12. Composição de acordo com a reivindicação 11, na qual o crioprotetor é lactose.
13. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual a composição também contém um antioxidante.
14. Composição de acordo com a reivindicação 13, na qual a composição contém dois antioxidantes.
15. Composição de acordo com a reivindicação 14, na quai os dois antioxidantes são BHT e palmitato de ascorbila.
16. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual a composição também contém um crioprotetor, um primeiro antioxidante, e um segundo antioxidante.
17. Composição de acordo com a reivindicação 16, na qual a compostsicao contem: <table>table see original document page 53</column></row><table>
18. Composição de acordo com a reivindicação 16, na qual o crioprotetor é lactose, o primeiro antioxidante é BHT, e o segundo antioxi- dante é palmitato de ascorbila.
19. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual o a - gente terapêutico hidrofóbico possui solubilidade em água de em torno de 5 nanogramas/mL a em torno de 5 miligramas/mL.
20. Composição de acordo com a reivindicação 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico possui um Peso Molecular de em torno de 100 Dáltons a em torno de 1.000 Dáltons.
21. Composição de acordo com a reivindicação 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico não apresenta grupos ionizáveis.
22. Composição de acordo com a reivindicação 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico também contém um grupo ácido com pKa de em torno de 2 a em torno de 11.
23. Composição de acordo com a reivindicação 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico também contém um grupo básico, no qual o pKa do ácido conjugado do grupo básico é de em torno de 3 a em torno de 12.
24. Composição de acordo com a reivindicação 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico é anfótero.
25. Composição de acordo com a reivindicação 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico é um sólido cristalino.
26. Composição de acordo com a reivindicação 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico também contém dois anéis, onde cada anel é, de forma independente, um anel aromático ou um anel heteroaromático.
27. Composição de acordo com a reivindicação 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico também contém um sistema anelar bicíclico, tricíclico ou policíclico condensado.
28. Composição de acordo com a reivindicação 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico é um antibiótico fúngico insolúvel em água ou um macróciclo complexo de origem natural, sintética ou semi-sintética.
29. Composição de acordo com a reivindicação 1 ou 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico possui um valor Iog P de em torno de 1,0 a em torno de 5,0,
30. Composição de acordo com a reivindicação 1 ou 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico possui um valor Iog P de em torno de 2,0 a em torno de 5,0,
31. Composição de acordo com a reivindicação 1 ou 19, na qual o agente terapêutico hidrofóbico possui um valor Iog P de em torno de 3,0 a em torno de 5,0,
32. Composição de acordo com a reivindicação 1 ou 19, na qual the, agente terapêutico hidrofóbico possui um valor Iog P de em torno de 4,0 a em torno de 5,0,
33. Processo para o preparode uma composição como definida na reivindicação 1; o processo envolvendo: (i) a combinação de um agente terapêutico hidrofóbico, um pri- meiro componente, e um segundo componente em um solvente orgânico para formar uma primeira combinação; (ii) a combinação da primeira combinação com uma fase aquosa para formar uma segunda combinação; (iii) a remoção do solvente orgânico da segunda combinação para formar uma terceira combinação; e (iv) a liofilização da terceira combinação, desta forma preparan- do a composição como definida na reivindicação 1.
34. Processo de acordo com a reivindicação 33, no qual-o sol- vente orgânico é etanol.
35. Processo de acordo com a reivindicação 33, no qual a fase aquosa também contém um crioprotetor.
36. Processo de acordo com a reivindicação 35, no qual o crio- protetor é lactose.
37. Processo de acordo com a reivindicação 33, no qual a pri- meira combinação também contém um antioxidante.
38. Processo de acordo com a reivindicação 33, no qual a se- gunda combinação é uma solução lipossômica.
39. Processo de acordo com a reivindicação 38, no qual o pro- cesso também contém a etapa de redução da distribuição granulométrica dos Jipossomas.
40. Processo de acordo com a reivindicação 38, no qual o pro- cesso também contém a etapa de redução da distribuição granulométrica dos lipossomas até uma distribuição granulométrica final de em torno de 5.000 nm a em torno de 20 nm.
41. Processo de acordo com a reivindicação 38, no qual o pro- cesso também contém a etapa de redução da distribuição granulométrica dos Iipossomas até em torno de 200 nm.
42. Processo de acordo com a reivindicação 33, no qual a etapa (iii) envolve a realização de filtração tangencial.
43. Processo de acordo com a reivindicação 42, no qual o sol- vente orgânico é etanol.
44. Formulação lipossômica substancialmente homogênea contendo: (i) um agente terapêutico hidrofóbico; (ii) um primeiro componente; (iii) um segundo componente; e (iv) água.
45. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual a formulação contém pelo menos em torno de 80 por cento do peso/volume de Água.
46. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual a formulação também contém um crioprotetor, um primeiro antioxidante, e um segundo antioxidante.
47. Formulação de acordo com a reivindicação 46, na qual a <table>table see original document page 56</column></row><table>
48. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual a formulação contém em torno de 2 mg/mL do agente terapêutico hidrofóbico.
49. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual a formulação é uma formulação para a administração intravenosa em seres humanos ou animais.
50. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual a formulação é preparada através do contato da composição lipossômica Iiofi- Iizada da reivindicação 1 com água.
51. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual os Iipossomas possuem uma distribuição granulométrica média de no máximo em torno de 5.000 nm.
52. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual os Iipossomas possuem uma distribuição granulométrica média de em torno de -50 nm a em torno de 200 nm,
53. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual os Iipossomas possuem uma distribuição granulomeírica media de em torno de -200 nm.
54. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual a formulação pode ser duluida indefinidamente em água sem a precipitação do agente terapêutico hidrofóbico.
55. Formulação de acordo com a reivindicação 44, na qual a formulação libera rapidamente o agente terapêutico hidrofóbico na corrente sangüínea para se associar aos glóbulos vermelhos (GV), às lipoproteínas, HSA ou GBs no sangue na administração in vivo.
56. Composição de acordo com a reivindicação 1, na qual o nú- mero de moles do primeiro componente é inferior ao número de moles do agente terapêutico hidrofóbico, e o número de moles do segundo componen- te é de em torno de 2 a em torno de 15 vezes maior que o número de moles do agente terapêutico hidrofóbico.
BRPI0619565-2A 2005-12-08 2006-12-08 composições lipossÈmicas BRPI0619565A2 (pt)

Applications Claiming Priority (3)

Application Number Priority Date Filing Date Title
US74868605P 2005-12-08 2005-12-08
US60/748,686 2005-12-08
PCT/US2006/047101 WO2007067784A2 (en) 2005-12-08 2006-12-08 Liposomal compositions

Publications (1)

Publication Number Publication Date
BRPI0619565A2 true BRPI0619565A2 (pt) 2011-10-04

Family

ID=38109971

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BRPI0619565-2A BRPI0619565A2 (pt) 2005-12-08 2006-12-08 composições lipossÈmicas

Country Status (8)

Country Link
US (1) US20070178147A1 (pt)
EP (1) EP2007355A2 (pt)
JP (1) JP2009519250A (pt)
CN (1) CN101325947A (pt)
AU (1) AU2006321796A1 (pt)
BR (1) BRPI0619565A2 (pt)
CA (1) CA2631243A1 (pt)
WO (1) WO2007067784A2 (pt)

Families Citing this family (10)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US20070224637A1 (en) * 2006-03-24 2007-09-27 Mcauliffe Joseph C Oxidative protection of lipid layer biosensors
EP2146692A1 (en) * 2007-03-19 2010-01-27 Fresenius Kabi Oncology Limited Proliposomal and liposomal compositions
CA2734284C (en) * 2008-11-20 2014-01-21 Techno Guard Co., Ltd. Pyrazolone derivative formulations
FR2958851B1 (fr) * 2010-04-16 2012-06-29 Xeda International Nouvelles formulations d'ingredient(s) actif(s) d'origine vegetale ou leurs analogues synthetiques ou d'extrait(s) d'origine vegetale les contenant, et de lecithine
FR2979239A1 (fr) * 2011-08-25 2013-03-01 Trophos Liposome comprenant au moins un derive de cholesterol
WO2015166986A1 (ja) 2014-04-30 2015-11-05 富士フイルム株式会社 リポソーム組成物及びその製造方法
CN111632030B (zh) 2015-11-02 2023-01-17 富士胶片株式会社 包含吉西他滨或其盐的脂质体组合物的制造方法
BR112020026629A2 (pt) * 2018-06-27 2021-03-23 Breath Therapeutics Gmbh Composições farmacêuticas na forma liofilizada
US11857680B2 (en) * 2018-11-26 2024-01-02 Shilpa Medicare Limited Composition of docetaxel liposomal injection with high drug loading
EA202092892A1 (ru) 2018-12-04 2021-05-27 Брес Терапьютикс Гмбх Ингаляционные композиции, содержащие макроциклические иммуносупрессанты

Family Cites Families (8)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
NZ223660A (en) * 1987-03-05 1990-11-27 Liposome Co Inc Low toxicity drug-lipid complexes; methods of making them; and method of determining their toxicity
US5178875A (en) * 1991-01-14 1993-01-12 The Board Of Regents, The University Of Texas System Liposomal-polyene preliposomal powder and method for its preparation
US4950432A (en) * 1987-10-16 1990-08-21 Board Of Regents, The University Of Texas System Polyene microlide pre-liposomal powders
CA2087902C (en) * 1992-02-05 2006-10-17 Narendra Raghunathji Desai Liposome compositions of porphyrin photosensitizers
PT707472E (pt) * 1993-07-08 2001-07-31 Liposome Co Inc Processo para controlar a dimensao de lipossomas
IL115099A (en) * 1994-10-14 1999-04-11 Upjohn Co Lyophilizate of phospholipid complex of water insoluble camptothecins
IT1271031B (it) * 1994-10-21 1997-05-26 Poli Ind Chimica Spa Composizioni farmaceutiche miorilassanti
JP2002513396A (ja) * 1997-02-05 2002-05-08 フアルマシア・アンド・アツプジヨン・カンパニー 高度に不溶性な白金錯体の脂質複合体及びリポソーム

Also Published As

Publication number Publication date
US20070178147A1 (en) 2007-08-02
WO2007067784A2 (en) 2007-06-14
EP2007355A2 (en) 2008-12-31
WO2007067784A3 (en) 2007-08-16
AU2006321796A1 (en) 2007-06-14
CA2631243A1 (en) 2007-06-14
JP2009519250A (ja) 2009-05-14
CN101325947A (zh) 2008-12-17

Similar Documents

Publication Publication Date Title
BRPI0619565A2 (pt) composições lipossÈmicas
JP2958774B2 (ja) アンホテリシンbリポソームの改良調整法
AU593014B2 (en) Emulsion compositions for administration of sparingly water soluble ionizable hydrophobic drugs
Jadhav et al. Novel vesicular system: an overview
JP2006513984A (ja) 医薬的に活性な、脂質をベースにしたsn38製剤
TW201124425A (en) Parenteral formulations of gemcitabine derivatives
JP2011529042A (ja) 安定した注射可能な水中油型ドセタキセルナノエマルション
Date et al. Microemulsions: applications in transdermal and dermal delivery
MX2013002005A (es) Dispositivo de fosfolipidos.
US9872834B2 (en) Nanocarrier therapy for treating invasive tumors
CN107427482A (zh) 凝血酸的多囊脂质体制剂
CN102805730A (zh) 神经酰胺脂质体及其制备方法和用途
KR20150034517A (ko) 소수성 활성 성분 및 폴리펩티드의 복합체를 포함하는 리포좀, 및 그의 용도
JPS63246320A (ja) 非水溶性の有効成分のためのリン脂質輪送ビヒクル
CN104688721A (zh) 一种含紫杉醇脂质体的抗类风湿性关节炎药物凝胶剂及其制备方法
JPH03176425A (ja) 脂肪乳剤
JP2018527289A (ja) リン脂質でコーティングされた治療薬ナノ粒子および関連する方法
US20040228911A1 (en) Vinorelbine compositions and methods of use
KR20190084284A (ko) 상부요로상피암종의 치료 방법
US20040175417A1 (en) Amphotericin B liposome preparation
WO2017097197A1 (zh) 美西替康的药物组合物
US20200129434A1 (en) Liposome compositions and uses thereof
WO2013097266A1 (zh) 一种包裹ly294002的药物制剂
BR112020026629A2 (pt) Composições farmacêuticas na forma liofilizada
PL197939B1 (pl) Liposomowy preparat zawierający przeciwnowotworową substancję aktywną, sposób jego wytwarzania i zawierająca go kompozycja farmaceutyczna

Legal Events

Date Code Title Description
B11A Dismissal acc. art.33 of ipl - examination not requested within 36 months of filing
B11Y Definitive dismissal - extension of time limit for request of examination expired [chapter 11.1.1 patent gazette]