BRPI0315513B1 - Pharmaceutical composition preparation, and use of crystalline in a vehicle with prolonged release - Google Patents

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BRPI0315513B1
BRPI0315513B1 BRPI0315513-7A BRPI0315513A BRPI0315513B1 BR PI0315513 B1 BRPI0315513 B1 BR PI0315513B1 BR PI0315513 A BRPI0315513 A BR PI0315513A BR PI0315513 B1 BRPI0315513 B1 BR PI0315513B1
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Schmid Peter
Boettner Alexander
Schmidt Carsten
Allan Mark
Barbot Carole
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Intervet International B.V.
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Abstract

"composição farmacêutica injetável, processo para preparação de composição farmacêutica, e, uso de cefquinoma em um veículo com liberação prolongada". composições farmacêuticas de cefquinoma em um veículo com liberação prolongada, que compreende um óleo e diestearato de alumínio, proporcionam uma duração prolongada da concentração efetiva de cefquinoma no sangue-plasma, após a injeção em animais.

Description

“COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA INJETÁVEL, PROCESSO PARA PREPARAÇÃO DE COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA, E, USO DE CEFQUINOMA EM UM VEÍCULO COM LIBERAÇÃO PROLONGADA” A presente invenção diz respeito a uma composição farmacêutica injetável compreendendo cefquinoma em um veículo com liberação prolongada, processo para preparação da dita composição e seu uso no tratamento de doenças infecciosas em animais.
Na tecnologia precedente muitos conceitos diferentes de composições farmacêuticas com liberação prolongada em humanos e animais têm sido descritos, por exemplo, o uso formas ou complexos de ingredientes ativos pouco solúveis em água, uso de formulações de liposomas, microesferas e lipoesferas, formulações de polímeros, formulações à base de óleos, formulações em gel, etc. Algumas delas têm sido propostas para uso com compostos antibióticos. A Patente US 4.029.782 divulga uma suspensão aquosa de cefazolina em um veículo com liberação prolongada composto de água, lecitina, um tensoativo farmaceuticamente aceitável e um modificador de viscosidade. A cefazolina é uma cefalosporina de primeira geração que é ativa em cocos gram positivos, incluindo stafilicocos spp. e streptococos spp., mas possui uma atividade somente moderada contra um número limitado de bacilos gram negativos, incluindo E. coli, Klebsiella pnaumoniae (Jones RN et al, J. Antibiot 30,576-582,1977). O pedido de patente internacional WO 00/61149 divulga uma composição antibacteriana de atuação prolongada que compreende ácido 7β-[2-(2-aminotiazol-4-il)-(Z)-2-hidroximinoacetamido]-3-[(5-metil-l,3,4-tiadiazol-2-il)tiometil]3-cefem-4-carboxílico ou um sal farmaceuticamente aceitável do mesmo, um agente gelificante (por exemplo, diestearato de alumínio) e um veículo (por exemplo, óleo mineral, óleo vegetal) que proporciona uma liberação prolongada caso seja administrada juntamente com uma lecitina ou fosfolipídio. 0 pedido de patente UK 2.232.082 divulga um sistema para liberação prolongada que é baseado em óleo (Miglyol® 840) / agente espessante (estearato de alumínio) em uma composição juntamente com monodicaprilato para promover uma liberação rápida inicial de amoxicilina. O WO 94/21267 proporciona uma preparação de tilosina para liberação prolongada em óleo Neobee / alumínio triestearato. O pedido de patente Europeu EP 872.232 descreve um sistema de liberação prolongada para tilosina compreendendo estearato de alumínio, um tampão e um agente emulsificante. A EP 356.325 divulga um sistema para liberação prolongada para antibióticos de tetraciclina que compreende um glicérido (Miglyol®) juntamente com um polímero de celulose. O pedido de patente Francês FR 2.685.203 divulga um sistema de liberação prolongada para amoxicilina em uma composição de excipientes baseada em Miglyol® / celulose.
No entanto, as composições injetáveis para liberação prolongada descritas, que são baseadas em óleo e um agente espessante, não têm sido aplicadas para cefquinoma, uma cefalosporina moderna de terceira ou quarta geração com um amplo espectro contra importantes patogênicos. A administração de antibióticos a animais, em especial a animais de abate, tais como gado bovino e porcos, é uma função de trabalho muito intensivo que causa tensão e perda de peso nos animais. Por outro lado, uma administração freqüente de um composto antibacteriano altamente ativo como uma moderna cefalosporina a animais domésticos de companhia, tais como, por exemplo, cachorros e gatos, requer ffeqüentes visitas ao veterinário, o que se toma inconveniente para o dono e estressante para o animal de companhia.
Uma composição farmacêutica injetável vantajosa para uma cefalosporina para aplicação veterinária seria uma que permite uma única injeção para proporcionar níveis eficazes de concentração do composto ativo no plasma sanguíneo dos animais tratados ao longo de um período prolongado, sendo de preferência acima de um período de 32 horas. Além da duração da liberação para tais composições com liberação prolongada, os pontos específicos técnicos da formulação farmacêutica, por exemplo, facilidade de aplicação (colocação na seringa e re-suspensão), efeitos colaterais (tolerância local) e resíduos no corpo do animal (em especial em animais de abate) são pontos específicos importantes.
Embora as composições injetáveis para liberação prolongada de produtos farmacêuticos estejam já descritas na tecnologia precedente, uma composição para liberação prolongada para uma cefquinoma ainda não foi associada na prática para o mercado veterinário.
Deverá ser portanto desejável haver disponível uma formulação injetável tecnicamente factível e com um nível aceitável de efeitos colaterais e resíduos, que permita a liberação de uma quantidade efetiva de um antibiótico cefquinoma ao longo de um período de tempo prolongado.
Uma suspensão injetável de cefquinoma se acha disponível no mercado veterinário (vendida sob a marca registrada Cobactan® pela Intervet International b.v., Boxmeer, Holanda) contendo 25 mg/ml de sulfato de cefquinoma. Uma injeção intramuscular ou subcutânea deste produto em uma dosagem de 1 mg/kg de peso do corpo de sulfato de cefquinoma resulta em uma concentração eficaz no plasma ao longo de um período de 8-12 horas. Um tratamento com injeções diárias durante 3-5 dias consecutivos é portanto recomendado.
Deverá ser portanto desejável haver disponível uma formulação injetável tecnicamente factível e com um nível aceitável de efeitos colaterais e resíduos que permita a liberação de uma quantidade efetiva de cefquinoma ao longo de um período de tempo prolongado. Isto deverá permitir o uso deste moderno composto em condições nas quais a administração repetida de um composto não é desejável.
Diversas tentativas foram levadas a efeito pelos inventores para desenvolver essa composição injetável com liberação prolongada desse composto moderno de cefalosporina, e que foram baseadas nas informações disponíveis da tecnologia precedente, embora nenhuma dessas formulações propostas era capaz de preencher as necessidades para uma composição para liberação prolongada apropriada conforme acima descrita.
Essas tentativas incluem o uso de uma formulação baseada em cefquinoma com: 1) excipientes oleosos somente (etil oleato: exemplos 6, 7, 8, 9 / Miglyol®: exemplo 9) 2) agentes espessantes (sozinhos ou em combinação com óleo) outros que não diestearato de alumínio de acordo com a corrente invenção - excipientes baseados em celulose (exemplos 5,6 e 8), - excipientes baseados amido glicolato de sódio (exemplo 8), 3) microencapsulamento / microesferas (exemplo 7) 4) sistema de suprimento SABER® (exemplo 10).
Detalhes dos resultados obtidos com as diferentes formulações estão resumidos nas Figuras 4 a 12. A duração do nível eficaz no plasma para a maioria das formulações não apresentou um perfil apropriado de liberação prolongada. No caso de uma formulação baseada em celulose do exemplo 6 e da formulação de microesferas no exemplo 7, os pontos específicos tecnológicos da formulação não eram apropriados para um produto farmacêutico. Em ambos os casos a capacidade de re-suspensão da formulação era impossível. Uma das formulações SABER® no exemplo 10 proporcionou um perfil de liberação prolongada da cefquinoma. A razão para não considerar adiante essa formulação foi o fato de que os resíduos do veículo eram ainda detectáveis no corpo do animal durante investigações 6 meses após a administração. Isto não é aceitável para uma formulação farmacêutica, em especial se essa formulação é para ser usada em animais produtores de carne (animais para abate).
Assim sendo, existe a necessidade para uma composição farmacêutica injetável com liberação prolongada para cefquinoma que venha a superar uma ou mais das limitações da tecnologia precedente. Essa composição deverá proporcionar uma formulação para liberação prolongada de cefquinoma e possuir características técnicas aceitáveis que permitam o uso de antibióticos cefquinoma em condições nas quais a aplicação repetida do composto não seria desejável. A presente invenção proporciona uma composição injetável para cefquinoma com essas propriedades vantajosas. A presente invenção proporciona uma composição farmacêutica injetável compreendendo cefquinoma e um veículo com liberação prolongada, sendo caracterizada pelo fato de que o veículo com liberação prolongada compreende a mistura de um óleo e diestearato de alumínio.
Um veículo com liberação prolongada é uma composição que libera a cefquinoma em uma forma que resulta em um efeito prolongado, sendo em particular uma duração prolongada da concentração efetiva no plasma sanguíneo da cefquinoma, se comparado com o óleo farmaceuticamente aceitável sozinho. A composição de acordo com a invenção compreende um diestearato de alumínio como agente espessante ou, de modo alternativo, misturas do diestearato de alumínio com outros agentes espessantes de conhecimento desta tecnologia, para uso farmacêutico parenteral.
Um estearato de alumínio é um composto de alumínio com uma mistura de ácidos orgânicos sólidos obtidos de gorduras e que consiste principalmente de proporções variáveis de estearato de alumínio e palmitato de alumínio. Tipicamente, o estearato de alumínio compreende ácidos orgânicos sólidos obtidos de gorduras com ácidos graxos de C14 a C26. O monoestearato de alumínio (USP - NF19) é um composto de alumínio com uma mistura de ácidos orgânicos sólidos obtidos de gorduras e que consiste principalmente de proporções variáveis de monoestearato de alumínio e monopalmitato de alumínio. Ele contém o equivalente de não menos de 14,5 por cento e não mais de 16,5 % de AI2O3 (equivalente a um conteúdo de alumínio de 7,7 % a 8,7 % em peso) calculado em base seca. O tipo de estearato de alumínio a ser usado na presente invenção e daqui por diante referido como diestearato de alumínio, compreende 0 equivalente de menos de 7,5 % em peso de alumínio, calculado em base seca. O conteúdo de alumínio foi medido por Espectroscopia de Absorção Atômica (AAS). O diestearato de alumínio preferido é aquele que compreende 0 equivalente de 3,0 a 7,0 % em peso de alumínio, ainda mais preferido com um conteúdo de 4,0 a 6,0 % e preferido em especial com 4,5 a 5,0 % em peso (medido por AAS).
Especialmente útil é 0 composto descrito em CAS 97404-28-9, tal como, por exemplo, “Estearato de alumínio M 132 H6”, da Stockbridge Ltd.
Um agente espessante em uma formulação farmacêutica injetável é em geral útil para proporcionar boas propriedades de suspensão e aumentar a viscosidade da composição sem afetar de forma negativa as características de uso em seringa.
Por característica de uso em seringa deve ser entendido que a suspensão pode ser retirada facilmente da ampola / frasco para dentro da seringa com uma agulha calibre 16 a 18 e em seguida injetada dessa seringa através da agulha calibre 16 a 18 de forma intramuscular (im) ou subcutânea (sc).
Em uma forma de realização preferida, e proporcionada a composição de acordo com a invenção, caracterizada pelo fato de que compreende diestearato de alumínio em uma quantidade de 1,0 a 4,0 % em peso, sendo preferido de 2,5 a 3,5 % em peso, e o mais preferido de 3,0 % em peso.
Por “em peso” neste pedido de patente deve ser entendido um percentual em peso da composição total. O veículo com liberação prolongada compreende também um óleo farmaceuticamente aceitável. Os óleos que podem ser usados em composições farmacêuticas são em geral óleos naturais, por exemplo, vegetais, semi-sintéticos ou sintéticos de mono-, di- ou triglicerídeos. Os óleos vegetais são, por exemplo, óleo de gergelim, óleo de oliva, óleo de semente de algodão, óleo de rícino, óleo de amendoim, óleo de coco.
Em uma forma de realização preferida, a composição farmacêutica de acordo com a invenção é caracterizada pelo fato de que o óleo é um triglicerídeo de cadeia média de baixa viscosidade ou uma mistura de triglicerídeos de cadeia média.
Os triglicerídeos de cadeia média (MCT) possuem cadeias de ácidos graxos com 6-12 átomos de carbono e para os graus refinados medicinais os óleos de MCT cada cadeia possui 8-10 átomos de carbono. O óleo MCT poderá compreender tanto triglicerídeos de ácidos graxos C8-C10, como propilenoglicol diésteres desses ácidos graxos, ou uma mistura de ambos, triglicerídeos e propilenoglicol diésteres. De preferência esses ácidos graxos C8-C10 são totalmente saturados, tais como os ácidos n-caprílico e n-cáprico. Estes são, de modo conveniente, preparados pelo ffacionamento comercial de óleos vegetais de ocorrência natural (por exemplo, óleo de coco) para produzir principalmente ácidos graxos C8-C10 seguido da esterificação desses ácidos com um álcool selecionado. O óleo vegetal fracionado possuindo a composição desejada é disponível comercialmente. Os exemplos específicos desses oleos são Miglyol® 812 na forma de triglicerídeos cáprico/caprílico e Miglyol® 840 na forma de propilenoglicol dicaprilato/caprato.
Os equivalentes a estes óleos são, por exemplo: Aldo® MCT KFG, Aldo® TC, Calgene CC-33, Calgene CC-33-F, Calgene CC-33-L, Calgene CC-33-S, Captex® 300, Captex® 355, Crodamol GTCC, Estasan GT 8-40 3578, Estasan GT 8-60 3575, Estasan GT 8-60 3580, Estasan GT 8-56 3577, Estasan GT 8-65 3581, Estasan GT 8-70 3579, Labrafac® LIPO, Labrafac® lipófilo WL 1349, Lexol® GT-855, Lexol® GT-865, Miglyol® 810, Miglyol® 812, Myritol® 312, Myritol® 318, Neobee® 1053, Neobee® M-5, Neobee® O, Pelemol® CCT, Standamul® 318, Standamul® 7105 e Calgene CC-22, Calgene CC-22-S, Captex® 200, Lexol® PG-865, Miglyol® 840, Myritol® PC, Neobee® 1054, Neobee® M-20, Pelemol® PDD e Standamul® 302. O mais preferido é o Miglyol® 812.
As cefalosporinas são antibióticos semi-sintéticos derivados da cefalosporina C, um antibiótico natural produzido do fungo Cephalosporium acremonium. As cefalosporinas pertencem à classe dos antibióticos de β-lactama e são classificadas como produtos de primeira (por exemplo, cefalotina, cefaloridina, cefazolina), segunda (por exemplo, cefamandol, cefuroxima, cefoxitina), terceira (por exemplo, cefotaxima, ceftriaxona, cefoperazona) ou quarta geração (por exemplo, cefepima, cefpiroma, cefquinoma), de acordo com a ordem da sua introdução e da posição e tipo da cadeia lateral que tenha sido incorporada na molécula básica. No presente as cefalosporinas são usadas amplamente para o tratamento de infecções. A cefotaxima foi a primeira representante da moderna terceira ou quarta gerações de cefalosporinas aminotiazolil semi-sintéticas, seguida por uma série de cefalosporinas polares. Desses compostos a cefpiroma foi selecionada para desenvolvimento na medicina humana. A cefquinoma é outra representante deste grupo. O termo “cefalosporinas” quando aqui utilizado inclui os sais e ésteres farmaceuticamente aceitáveis das mesmas. A cefquinoma (Nome Não-proprietário da INN-Intemational) é a primeira cefalosporina da quarta geração desenvolvida para uso em medicina veterinária. Ela é uma cefalosporina aminotiazolil semi-sintética que se assemelha à cefotaxima, mas com um grupo piridinio bicíclico na posição C-3 (Isert et al., Seibert et al., “29th Interscience Conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy”, Houston, Texas, 1989).
As cefalosporinas de quarta geração possuem propriedades quimioterapêuticas favoráveis, i.e., amplo espectro de atividade contra uma ampla faixa de organismos gram positivos e gram negativos que são importantes na medicina humana e veterinária, bem como baixas razões de efeitos adversos (Limbert et al., “Antimicrob Agents Chemotherap” 35, 14-19, 1991, Caprille et al., “J. Vet. Pharmacol. Ther.”, JJ_, 1-32, 1988). A cefquinoma é descrita como sendo estável contra cromosômica e plasmídica codificadas lactamases. A cefquinoma tem sido achada como sendo especialmente útil no tratamento de infecções respiratórias em animais de abate (por exemplo, bovinos e porcos (em particular a infecção por Mannheimia haemolytica em bovinos)) quando administrada por injeção. A MIC90 para 0 Mannheimia haemolytica, 0 qual é conhecido como sendo um dos mais comuns patogênicos nas infecções do trato respiratório em bovinos é, por exemplo, 0,25 pg/mL. O nível mínimo de concentração no plasma de um antibiótico é 0 nível que é considerado eficaz no controle de um patogênico e que é determinado pela MIC90 (Concentração Inibitória Mínima). O termo “cefquinoma” quando aqui utilizado inclui os sais e os ésteres farmaceuticamente aceitáveis da mesma.
Diversos sais cristalinos de cefalosporina têm sido propostos para o tratamento de infecções bacterianas, por exemplo, diidroclóreto de cefquinoma ou sulfato de cefquinoma, ou sais de adição cristalinos de cefalosporina com solubilidade particularmente baixa, por exemplo, cefquinoma-6 hidroxinaftoato (cefquinoma-naftoato) e 2,4 dihidroxibenzoato de cefquinoma (hidroxibenzoato de cefquinoma). De um modo geral todos os sais de cefalosporina farmaceuticamente aceitáveis podem ser incorporados na composição farmacêutica corrente. Bons resultados foram obtidos com sulfato de cefquinoma.
Assim sendo, em uma forma de realização preferida da corrente invenção, é proporcionada uma composição farmacêutica caracterizada pelo fato de que a cefquinoma é sulfato de cefquinoma.
Uma típica composição farmacêutica de acordo com a invenção compreende de 2,0 a 20,0 % em peso de cefquinoma. De preferência, a composição farmacêutica compreende de 5,0 a 15,0 %, e do modo mais preferido de 7,5 a 10,0 % em peso, de cefquinoma. O tamanho de partícula do ingrediente ativo na suspensão pode influenciar as características de re-suspensão e de uso em seringas, i.e., ela deverá ser pequena o suficiente para evitar uma compactação ou aglutinamento e facilitar uma re-suspensão. A cefquinoma utilizada na composição de acordo com a corrente invenção pode ser usada em uma forma micronizada ou não-micronizada. Uma redução desejada do tamanho de partícula da cefalosporina pode ser obtida em geral pela micronização em um moinho de jato de ar, ou pela moagem do composto ou ainda pela moagem a úmido da suspensão. A composição farmacêutica de acordo com a corrente invenção poderá compreender ainda excipientes farmacêuticos adicionais de conhecimento nesta tecnologia. Esses excipientes farmacêuticos estão descritos em, por exemplo, “Gennaro, Remington: The Science and Practice of Pharmacy” (20. Edição, 2000), incorporado aqui como referência.
Os exemplos desses excipientes farmacêuticos são materiais para veículo, tais como amido, derivados de amido, ceras, óleos naturais e endurecidos; líquidos tais como glicerina ou polióis; óleos vegetais; polímeros ou copolímeros tais como copolímeros de ácido glicólico e ácido lático; tensoativos; estabilizantes; emulsificantes, agentes dispersantes; diluentes, agentes espessantes; agentes conservantes; agentes para tamponamento; sais e anti-oxidantes. A composição farmacêutica contemplada aqui pode, caso assim desejado, incluir mais de um ingrediente farmacologicamente ativo. A corrente invenção proporciona também um processo para a preparação de uma composição farmacêutica de acordo com a invenção, o qual compreende as etapas de misturar o óleo e o diestearato de alumínio para criar um veículo com liberação prolongada e colocar em suspensão a cefquinoma no veículo com liberação prolongada.
De modo mais específico, a corrente invenção proporciona um processo de acordo com a invenção caracterizado pelo fato de que o diestearato de alumínio é adicionado ao óleo sob uma suave agitação e com aquecimento, para formar o veículo com liberação prolongada, sendo a mistura deixada resfriar antes da adição da cefquinoma.
De modo ainda mais específico, é proporcionado um processo para a preparação da composição farmacêutica para liberação prolongada que compreende as etapas de preparar o veículo com liberação prolongada pela mistura e homogeneização do diestearato de alumínio com o óleo e aplicação de suficiente calor para permitir uma adequada dissolução, permitindo que a mistura se resfiie e colocando em suspensão a cefquinoma no veículo para liberação controlada o qual é submetido a uma mistura com alto arrasto para depositar o diestearato de alumínio.
Uma descrição mais detalhada do processo de fabricação se acha proporcionada no exemplo 1.
Uma composição mais específica de acoroo com a presente invenção contém tipicamente de 7,5 a 10,0 % de sulfato de cefquinoma, 2,5 a 3,5 % de diestearato de alumínio e a diferença para 100 % de Miglyol® grau 812.
Uma composição ainda mais específica de acordo com a presente invenção contém tipicamente 7,5 % de sulfato de cefquinoma, 3,0 % de diestearato de alumínio e a diferença para 100 % de Miglyol® grau 812.
Além disso, a.presente invenção proporciona o uso da cefquinoma em um veículo com liberação prolongada que compreende a mistura de um óleo e diestearato de alumínio para a fabricação de um medicamento para tratamento de doenças infecciosas em animais. A composição de acordo com a invenção pode ser aplicada a um animal em geral por todas as formas de aplicação conhecidas nesta tecnologia. De modo geral, a administração ao animal é feita oral ou parenteralmente. Embora a composição farmacêutica de acordo com a corrente invenção seja administrada de preferência por via parenteral, por exemplo, por injeção intramuscular ou subcutânea, o tratamento por vias alternativas é também possível.
De um modo geral, a composição de acordo com a corrente invenção pode ser administrada a todas as espécies de animais que necessitam de tratamento ou prevenção de infecções bacterianas tais como porcos, bovinos, cavalos, cabras, carneiros, gatos, cachorros, aves e peixes.
As doenças específicas podem ser infecções bacterianas do trato respiratório, trato uro-genital, do tecido mole e infecções da pele, bem como mastite ou metrite. A quantidade em particular da formulação para liberação prolongada requerida para um tratamento particular poderá variar, dependendo da espécie, da idade e do peso do animal hospedeiro que está sendo tratado, da doença em particular a ser evitada, ou tratada, bem como do agente antimicrobiano específico selecionado para o tratamento, da rota e da freqüência da administração.
Por exemplo, a dosagem de sulfato de cefquinoma para tratamento de cavalos, carneiros, cabras, aves e peixes se acha entre 5 e 10 mg/kg de peso do corpo. Para bovinos uma dosagem de 5 mg/kg de peso do corpo é a recomendada, e para a aplicação em porcos, cachorros e gatos a dosagem é de 10 mg/kg de peso do corpo.
Exemplos Exemplo 1: Prenaracão de uma composição a 7.5 % de sulfato de cefquinoma (100 kg) 9,4 kg sulfato de cefquinoma (contendo 79,8 % de cefquinoma) 3,0 kg diestearato de alumínio M 123 H6 até 1001 Miglyol® 812. 1. Aquecer o Miglyol® 812 até 130° C. 2. Dispersar o estearato de alumínio no Miglyol® 812 em condições de agitação contínua e manter a mesma até que o diestearato de alumínio esteja completamente dissolvido. 3. Deixar a mistura resfriar para 60° C sob homogeneização. 4. Adicionar a sulfato de cefquinoma sob homogeneização. 5. Deixar a mistura resfriar para 25° C sob homogeneização.
As composições farmacêuticas proporcionadas por esta invenção foram avaliadas em diversos testes projetados para mostrar a utilidade e a eficácia.
As experiências farmacocinéticas in vivo a seguir em bovinos, porcos e cachorros mostram o perfil de liberação prolongada das formulações testadas nas espécies visadas.
Exemplo 2 Um desses testes consistiu do tratamento de bovinos (pc de 270-350 kg) com sulfato de cefquinoma em uma formulação para liberação prolongada, contendo quantidades variáveis de sulfato de cefquinoma, após a aplicação sc de 5 mg/kg de pc. A formulação para liberação prolongada testada continha a) 7,5 % (p/v) de sulfato de cefquinoma, 3 % de diestearato de alumínio e a diferença para 100 de Miglyol® 812, b) 10 % (p/v) de sulfato de cefquinoma, 3 % de diestearato de alumínio e a diferença para 100 de Miglyol® 812, c e d) 15 % (p/v) de sulfato de cefquinoma, 3 % de diestearato de alumínio e a diferença para 100 de Miglyol® 812. As formulações foram administradas em uma única dose subcutânea no pescoço. Amostras de sangue foram coletadas por uma venipunctura jugular em tempos de 0,1,2,4, 6, 8, 10, 12, 24, 28, 30, 32, 48, 52, 56 e 72 horas após a administração da droga.
As concentrações de cefquinoma em cada amostra de plasma foram determinadas por uma técnica microbiológica (bioteste para quantificar cefquinoma em fluidos biológicos) com Streptococcus (Str.) pyogenes A 77 como organismo de teste. A suspensão de Str. Pyogenes A 77 e eritrócitos de carneiro foram adicionados a agar Mueller-Hinton e após mistura deixados resinar para formar uma camada de cerca de 2 mm de espessura. Alíquotas de amostras padrão (amostras com concentrações pretendendo englobar a faixa de concentrações esperadas nas amostras de plasma da experiência) e amostras experimentais foram pipetadas para poços com agar de 13 mm de diâmetro. O tempo de pré-difusão foi de uma hora antes da incubação a 35° C durante 18 horas. As áreas de crescimento bacteriano apresentaram hemólise, e os diâmetros das zonas sem hemólise foram tomados como a medida da quantidade presente de antibiótico. A concentração mais baixa das amostras padrão nas quais uma zona de inibição era detectável, foi tomada como limite para quantificação. O limite para quantificação (LOQ) deste teste é de 10 ng/mL de plasma. Este método foi usado em todas as experiências a seguir para determinação da cefquinoma. A Figura 1 mostra as concentrações de cefquinoma em plasma bovino (pg/mL) após uma única administração sc da composição de sulfato de cefquinoma em concentrações de 7,5 %, 10 % e 15 %. Os resultados obtidos mostram que concentrações no plasma acima de MIC 90 podem ser mantidas ao longo de um período de mais de 32 horas e portanto um perfil apropriado de liberação prolongada foi obtido. Não houve problemas tecnológicos (utilização de seringas, possibilidade de re-suspensão, resíduos no animal) detectáveis.
Exemplo 3 O perfil farmacocinético da formulação de sulfato de cefquinoma com liberação prolongada de acordo com a invenção em cachorros (10-20 kg de pc) após aplicação sc de 5 mg/kg de pc e 10 mg/kg de pc foi avaliado neste estudo. A formulação para liberação prolongada testada continha 7,5 % (p/v) de sulfato de cefquinoma, 3 % de diestearato de alumínio e a diferença para 100 de Miglyol® 812. A formulação foi administrada em uma única dose subcutânea no pescoço. Amostras de sangue foram coletadas por venipunctura jugular em tempos de 0,0,5,1,2,3,4,6, 8, 10, 24, 26, 28, 30, 32, 48, 56 e 72 horas após a administração da droga. A concentração de cefquinoma na amostra de plasma foi determinada por bioteste. A Figura 2 mostra as concentrações de cefquinoma no plasma (animais individuais em pg/ml) após uma única administração sc das formulações, em cachorros. Os resultados obtidos mostram que, em cachorros, as concentrações efetivas no plasma podem ser mantidas ao longo de um período de mais de 32 horas e, assim sendo, um perfil de liberação prolongada apropriado foi obtido.
Exemplo 4 O perfil farmacocinético da formulação de sulfato de cefquinoma com liberação prolongada, de acordo com a invenção, em porcos (30-50 kg de pc), após aplicação sc de 10 mg/kg de pc, foi avaliada neste estudo. A formulação para liberação prolongada testada continha 7,5 % (p/v) de sulfato de cefquinoma, 3 % de diestearato de alumínio e a diferença para 100 de Miglyol® 812. A formulação foi administrada em uma única dose, de forma subcutânea, no pescoço. Amostras de sangue foram coletadas através de venipunctura jugular em tempos de 0, 0,5, 1, 2, 3, 4, 6, 8,10, 24, 26, 28, 30, 32, 48, 56 e 72 horas, após a administração da droga. A concentração de cefquinoma na amostra de plasma foi determinada por bioteste. A Figura 3 mostra as concentrações de cefquinoma (animais individuais em pg/ml) após uma única administração sc da formulação, em porcos. Os resultados obtidos mostram que, em porcos, efetivas concentrações no plasma podem ser mantidas ao longo de um período de mais de 24 horas e, assim sendo, um perfil de liberação prolongada apropriado foi obtido.
Exemnlo 5 Os perfis farmacocinéticos de duas diferentes formulações de sulfato de cefquinoma, com excipientes para liberação lenta baseados em celulose, foram comparados neste estudo, cada formulação em três diferentes dosagens (1, 3 e 5 mg/kg de peso do corpo) em um grupo de 3 bovinos por dose (peso do corpo de 200-400 kg).
Formulações testadas: Lote No. 96906/ 96907 sulfato de cefquinoma, span, etil celulose, hidroxipropilmetil celulose (HPMC) 1 (96906) e 2 (96907), Miglyol® 812.
As formulações foram administradas em uma única dose subcutânea (sc) no pescoço. Cada animal recebeu cada uma das preparações uma vez e com um período de remoção de 7 dias entre as administrações (projeto cruzado).
Amostras de sangue foram coletadas por venipunctura jugular em tempos de 0,1,2,4,6,8,24, 32,48,56 e 72 horas após a administração da droga.
As Figuras 4 e 5 mostram as concentrações de cefquinoma no plasma bovino (animais individuais) após administração sc do Lote No. 96906 e do Lote No. 96907. Os resultados obtidos mostram que as duas formulações testadas não podem manter níveis terapêuticos no sangue por mais de 24 horas e, assim sendo, não proporcionam um perfil farmacocinético de liberação prolongada in vivo apropriado.
Em uma experiência adicional uma preparação farmacêutica em mais excipientes para liberação lenta, diferentes, de celulose, como descrito na FR 2685203, foi avaliada, e os resultados obtidos mostram que as formulações testadas não podem manter níveis terapêuticos no sangue por mais de 24 horas.
Exemplo 6 O perfil farmacocinético de cinco diferentes formulações de sulfato de cefquinoma foi avaliado neste estudo por meio de uma comparação paralela com sulfato de cefquinoma em uma suspensão oleosa de etil oleato. Cada formulação foi administrada em uma dose de 5 mg/kg de pc em um grupo de 3 animais por grupo (pc de 150 - 210 kg). Os Lotes 970802,970804 e 97903 continham sulfato de cefquinoma e excipientes à base de celulose. O Lote 970803 continha cefquinoma nafitoato e excipientes à base de celulose. O Lote 970805 continha sulfato de cefquinoma e excipientes à base de monoestearato de alumínio (AMS). As formulações foram administradas em uma dose única subcutânea (sc) no pescoço. Amostras de sangue foram coletadas por venipunctura jugular em tempos de 0, 0,5,1, 2, 3, 4, 6, 8, 10, 24,32,48, 56 e 72 horas após a administração da droga. As concentrações de cefquinoma em cada amostra de plasma foram determinadas por bioteste. A Figura 6 mostra as concentrações de cefquinoma no plasma bovino (valores médios em pg/mL) após administração sc das formulações a uma razão de dosagem de 5 mg/kg de pc. Os resultados obtidos mostram que as formulações testadas 970803,970903,970804 e 970805 não podem manter níveis terapêuticos no sangue por mais de 32 horas. A formulação 970802 (à base de celulose) proporcionou um perfil de liberação prolongada apropriado, mas devido a problemas tecnológicos (a re-suspensão foi impossível), um desenvolvimento industrial não foi levado em consideração.
Exemplo 7 O perfil farmacocinético de uma formulação de cefquinoma com liberação prolongada em bovinos (peso do corpo 145 - 400 kg) após um microencapsulamento do ingrediente ativo (em microesferas) em uma matriz de gordura vegetal parcialmente hidrogenada, em uma dosagem de 5 mg/kg de pc, foi avaliado neste estudo por meio de uma comparação paralela com uma preparação de referência. As formulações com liberação prolongada testadas continham: a-d) Sulfato de cefquinoma em suspensão em etil oleato (preparação de referência), e) Microesferas de sulfato de cefquinoma em suspensão em uma solução aquosa como veículo.
As formulações foram administradas em uma dose única subcutânea (sc) no pescoço. Cada animal recebeu cada uma das preparações uma vez, com um período de recuperação de 7 dias entre as administrações.
Amostras de sangue foram coletadas por venipunctura jugular em tempos de 0, 0,5, 1, 1,5, 2, 3, 4, 6, 8, 24, 32, 48, 56 e 72 horas após a administração da droga. As concentrações de cefquinoma em cada amostra de plasma foram determinadas por bioteste. A Figura 7 mostra as concentrações de cefquinoma no plasma bovino (valores médios em mg/L) após administração sc das formulações. A formulação em microesferas (No. e) proporciona um perfil de liberação prolongada do ingrediente ativo. As microesferas na forma usada foram entretanto muito pouco passíveis de re-suspensão e uma sedimentação ocorreu muito cedo, e mesmo na seringa. Assim sendo, o desenvolvimento de uma aplicação industrial deste tipo de formulação não teve prosseguimento.
Exemplo 8 O perfil farmacocinético de diferentes formulações de cefquinoma com liberação prolongada, a uma dosagem de 5 mg/kg de pc, foi avaliado neste estudo por uma comparação paralela com a preparação de referência em bovinos (pc de 200 - 440 kg). A formulação testada continha: 0) Cobactan 2,5 % - Sulfato de cefquinoma em suspensão em etil oleato (preparação de referência) a) Z2/78 Sulfato de cefquinoma (237,1 mg) em suspensão em etil oleato + hidroximetil celulose (50 mg) b) Z2/79 Sulfato de cefquinoma (237,1 mg) em suspensão em etil oleato + amido glicolato de sódio (300 mg) c) Z2/80 Cefquinoma naftoato (271,2 mg) em suspensão em etil oleato + hidroximetil celulose de alta viscosidade (50 mg) d) Z2/81 Cefquinoma naftoato (271,2 mg) em suspensão em etil oleato + amido glicolato de sódio (300 mg) As formulações foram administradas em uma única dose subcutânea (sc) no pescoço. Cada animal recebeu as preparações uma vez com um período de remoção de 7 dias entre as administrações. Amostras de sangue foram coletadas por venipunctura jugular em tempos de 0,0,5,1,1,5, 2, 4, 6, 8, 24, 32, 48, 56, 72 e 80 horas após a administração da droga. A concentração de cefquinoma em cada amostra de plasma foi determinada por bioteste. A Figura 8 mostra as concentrações de cefquinoma em plasma bovino (valores médios em pg/mL) após administração sc das formulações. Os resultados obtidos mostram que as formulações testadas não podem manter níveis terapêuticos no sangue por mais de 24 horas.
Exemplo 9 O perfil farmacocinético de uma formulação de sulfato de cefquinoma, em uma dosagem de 5 mg/kg de pc, foi avaliada neste estudo por uma comparação em paralelo com uma suspensão oleosa de cefquinoma em etil oleato, em um grupo de 3 bovinos (pc de 340 - 380 kg). A formulação testada continha sulfato de cefquinoma -p hidroxibenzoato e Miglyol® 812.
As formulações foram administradas em uma única dose intramuscular (im) no M. triceps brachii.
Amostras de sangue foram coletadas por venipunctura jugular em tempos de 0,0,5,1,2,4, 6,8,10,12,24,26,28, 30,32,48,56 e 72 horas após a administração da droga. A concentração de cefquinoma nas amostras de plasma foi determinada por bioteste. A Figura 9 mostra as concentrações de cefquinoma no plasma bovino (animais individuais em pg/mL) após uma única administração im da formulação. Os resultados obtidos mostram que a formulação com liberação prolongada testada manteve níveis terapêuticos no sangue por somente 12 horas.
Exemplo 10 O perfil farmacocinético de formulações de cefquinoma com liberação prolongada que usam diversos sistemas de Suprimento com óleo SABER®, em bovinos (peso do corpo 230 - 345 kg) e porcos (41 a 55 kg) em uma dosagem de 3 mg ou 5 mg/kg de pc, im e sc, a bovinos, e im de 6 e 10 mg/kg de pc, im em porcos, foi avaliada. O sistema de Suprimento SABER usa um composto base de alta viscosidade (sacarose acetato isobutirato, SAIB) para proporcionar a liberação controlada. Pela adição de uma pequena quantidade de solvente (Etanol (EtOH), Etil lactato (EtLac)), o componente com alta viscosidade, SAIB, se converte a um líquido facilmente injetável. Uma vez dentro do corpo, o solvente se dissipa e um implante biodegradável e semi-sólido é formado. As formulações com liberação prolongada testadas são o Lote 96557, Lote 96558 e Lote 96559.
As formulações foram administradas em uma única dose subcutânea (sc) no pescoço, ou intramuscular (im) no M. triceps brachii. Cada animal recebeu cada uma das preparações uma vez e com um período de remoção de 7 dias entre as administrações.
Amostras de sangue foram coletadas por venipunctura jugular (bovinos) e por punctura da Vena cava anterior (porcos) em tempos de 0,1,4, 6, 8,24,32,48,56 e 72 horas após a administração da droga. A concentração de cefquinoma em cada amostra de plasma foi determinada por bioteste. Na validação do método um limite de quantificação (LOQ) de 0,04 μg de cefquinoma / mL de plasma foi estabelecido. A Figura 10 mostra as concentrações de cefquinoma no plasma bovino (pg/mL) após administração im das formulações em bovinos. A Figura 11 mostra as concentrações de cefquinoma no plasma bovino (pg/mL) após administração sc das formulações em bovinos. A Figura 12 mostra as concentrações de cefquinoma no plasma de porcos (pg/mL) após administração im das formulações em porcos.
As formulações a e b proporcionaram perfis farmacocinéticos de liberação prolongada em um nível baixo após administração sc e im a bovinos e administração im a porcos, mas um desenvolvimento industrial não foi considerado por causa dos resíduos do veículo no corpo do animal no local da injeção, que eram ainda detectáveis 6 meses após a administração. A formulação c não resultou em perfis prolongados de liberação com atividade > 32 horas, em todas as aplicações em porcos e bovinos.
REIVINDICAÇÕES

Claims (10)

1. Composição farmacêutica injetável compreendendo cefquinoma e um veículo com liberação prolongada, caracterizada pelo fato de que o veículo com liberação prolongada compreende a mistura de um óleo e diestearato de alumínio.
2. Composição de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende o diestearato de alumínio em uma quantidade de 1,0 a 4,0% em peso.
3. Composição de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que compreende o diestearato de alumínio em uma quantidade de 2,5 a 3,5% em peso.
4. Composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que o óleo é um triglicerídeo de cadeia média ou uma mistura de triglicerídeos de cadeia média.
5. Composição de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que o óleo é Miglyol®, de preferência Miglyol® grau 812.
6. Composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que compreende de 2,0 a 20,0% em peso de cefquinoma.
7. Composição de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de que compreende de 7,5 a 10,0 % em peso de cefquinoma.
8. Composição de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo fato de que a cefquinoma é sulfato de cefquinoma.
9. Processo para preparação de uma composição farmacêutica conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de compreender as etapas de misturar o óleo e o diestearato de alumínio para criar o veículo com liberação prolongada e colocar em suspensão a cefalosporina no veículo com liberação prolongada.
10. Uso de cefquinoma em um veículo com liberação prolongada compreendendo a mistura de um óleo e diestearato de alumínio, caracterizado pelo fato de ser para fabricação de um medicamento para tratamento ou prevenção de doenças infecciosas em animais.
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