PT903984E - Sapato com ventilacao forcada - Google Patents

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Description

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Descrição “Sapato com ventilação forçada'’ A presente invenção refere-se a um sapato com ventilação forçada e, em particular, a um sapato deste tipo, no qual se proporcionam meios aperfeiçoados para controlar o fluxo do ar no interior do próprio sapato, na zona de interface entre a parte interior do sapato e a câmara de ar para recolher e bombear o ar contaminado.
No decurso dos últimos anos, surgiu um grande interesse por um novo tipo de sapato, que foi introduzido no mercado, ou seja o denominado sapato ventilado, no qual a ventilação do pé já não é assegurada apenas pela respirabilidade intrínseca do material que forma a sola ou as gáspeas, ou a ventilação geral do sapato obtida por meio de furos de ventilação dispostos de maneira variada, sendo pelo contrário proporcionada por um verdadeiro sistema de bombagem que, explorando por via de diferentes técnicas o trabalho de compressão realizado pelo pé durante o movimento de andar, transfere o ar contaminado do interior para o exterior do sapato, reintroduzindo ar fresco, através da boca ou de outras aberturas do próprio sapato. O novo tipo de sapato foi inicialmente introduzido em primeiro lugar em ligação com sapatos usados em actividades desportivas. Estes sapatos são, de facto, muitas vezes feitos de materiais pouco permeáveis, levantando por isso problemas consideráveis de respirabil idade, que se tomam piores pelo aumento do suor no pé. durante a actividade desportiva. No sistema de ventilação usado por estes sapatos desportivos, formam-se câmaras compressiveis, na espessura da sola, no tacão ou na zona da sola do sapato, actuando as referidas câmaras como um pulmão para aspirar e expelir o ar contaminado a partir do interior do sapato, explorando-se a energia
mecânica do pé durante o movimento de marcha. De facto o pulmão é alternadamente comprimido e liberto durante a pressão respectiva e os movimentos de subida do sapato para^de o solo. resultando dai a aspiração de ar do interior do sapato e a sua emissão para o exterior através de canais ou furos especiais formados no sapato.
Apresentam-se sistemas de ventilação forçada deste tipo, por exemplo, nas patentes US-A-4 860 463, GB-A-2 247 391, US-A-4 438 573 e US-A-4 654 982. Estes sistemas de ventilação forçada prevêem também a utilização de válvulas unidireccionais, inseridas nos canais ou furos atrás referidos, de modo que permitem apenas um sentido do escoamento do ar e. em particular, do interior para o exterior do sapato. A presença do pulmão compressível tem também o efeito de amortecimento dos impactos a que o propno sapato fica sujeito durante a actividade desportiva, ao mesmo tempo que garantem o conforto máximo do pé. A mesma Requerente já propôs a aplicação de um sistema de ventilação para calçado, também para sapatos clássicos de sola rígida, para o uso diário, no qual a introdução de elementos compressíveis para a formação do pulmão não é desejável. O efeito de amortecimento que inevitavelmente o pulmão tem, não é de modo nenhum desejado pelos utilizadores deste tipo de sapatos, visto que ele proporciona um movimento de andar com uma acção excessivamente “saltitante’', que não e apropriada para o trabalho formal ou para situações da vida social. O modelo de utilidade italiano N° 222 150 apresenta precisamente um sistema inovador para a ventilação de sapatos, no qual na parte dianteira do sapato, mais precisamente entre a sola exterior e a sola interior, se formou uma câmara espaçosa, para recolher o ar contaminado, a qual comunica com o interior do sapato 3 por meio de uma pluralidade de furos, sendo a referida câmara formada por elementos rígidos e, pelo menos parcialmente, flexíveis. Uma câmara de ar formada desta maneira proporciona um suporte rígido e estável para o pé, o qual é completamente semelhante ao dos sapatos tradicionais e, ao mesmo tempo, é susceptível de variar o seu volume próprio durante a parte final do passo e a flexão acentuada consequente da parte dianteira do sapato, obtendo-se o efeito de bombagem desejada, sem a inserção de elementos compressíveis na estrutura da sola.
Para obter o rendimento máximo da bombagem e evitar também um refluxo parcial do ar. da câmara de recolha para o interior do sapato, quando o pé faz pressão na câmara, além da presença da válvula de respiração, que impede o retomo do ar exterior ou, em qualquer caso. a inversão do sentido do fluxo de ar no interior do sapato, o modelo de utilizado atrás referido também apresenta a utilização de uma sola interior perfurada, que permite o arejamento apenas no sentido de cima para baixo.
As solas interiores deste tipo até agora conhecidas podem dividir-se em duas categorias, mas qualquer delas tem inconvenientes. Uma primeira categoria compreende solas interiores (ou solas que assentam na sola interior) providas de um grande número de furos de pequeno diâmetro, com uma configuração tal que facilita o fluxo do ar no sentido de passagem de cima para baixo, e tal que pode facilmente ser fechado pelo pé - devido também a uma disposição apropriada dos mesmos -- durante a pressão do pé na sola. Esta categoria de solas interiores tem uma boa eficácia em termos de uniformidade de operação, mas não tem um elevado nivel de rendimento, por causa das pequenas dimensões necessárias dos furos e do facto de. em qualquer caso. uma porção do ar que é recolhido no interior da câmara de ar formada na sola exterior ser forçada para dentro do sapato durante a pressão do pé na própria câmara. Uma segunda categoria compreende, por outro lado, solas interiores com um pequeno número de furos, muitas vezes apenas um, sendo cada um deles provido de uma válvula de retenção apropriada. Estas solas interiores têm o inconveniente de um custo de fabrico mais elevado e, além disso, um baixo nível de eficiência, visto que o ar é aspirado em pontos localizados, não se criando uma ventilação homogénea em toda a sola do pé. O objecto do presente modelo é precisamente o de proporcionar um sapato com ventilação forçada, do tipo atrás descrito (ver por exemplo GB-A-2 247 391, em que se baseia o preâmbulo da reivindicação 1), no qual o fluxo de ar que entra na câmara de recolha, ou pulmão, é perfeitamente controlado em toda a extensão da própria câmara, impedindo qualquer retomo indesejável de ar contaminado, proveniente da câmara de recolha, para o interior do sapato durante a acção de pressão do pé.
Portanto, a presente invenção visa proporcionar um novo sapato com ventilação forçada, capaz de assegurar, de uma maneira eficiente, a passagem de uma grande quantidade de ar exclusivamente no sentido desejado, de modo a explorar completamente a energia de bombagem que resulta do movimento do andar e produzir um bom efeito de ventilação, mesmo que haja uma activ idade motriz limitada, como frequentemente sucede com a utilização dos sapatos da cidade.
Os objectivos atrás descritos são atingidos, de acordo com a presente invenção, por um sapato com ventilação forçada, do tipo que compreende uma câmara de ar, formada entre uma sola central ou entressola, provida de uma 5 pluralidade de furos de passagem, e a sola exterior, e meios de suporte elásticos dispostos no interior da referida câmara de ar, de modo a formar a mesma com um volume desejado variável e uma macieza pré-seleccionada, estando a referida câmara de ar ligada com o ambiente, através de meios capazes de evitar qualquer refluxo de ar ambiente, do exterior para o interior da referida câmara de ar, e meios para a oclusão dos referidos furos, apropriados para fechar individualmente os próprios furos, durante a pressão do pé na sola central ou entressola.
Numa primeira forma de realização destinada a ser usada com uma estrutura convencional da sola interior, os furos de passagem que podem ser tapados são formados numa sola central almofada alojada numa cavidade especial da sola exterior. A estrutura formada pelo conjunto constituído pela sola exterior e a sola central está associada com o conjunto constituído pela sola superior e a correspondente sola interior, por meio de sistemas convencionais, que associam a ligação ou a costura. A sola interior convencional é perfurada de maneira apropriada, na zona da sola centra] amortecedora, de modo a permitir a passagem do ar contaminado, do interior do sapato para a câmara de ar. A invenção encara também uma segunda forma de realização particularmente inovadora, na qual é a própria sola interior que está provida da furos de passagem susceptiveis de oclusão. Neste caso, a sola interior é feita de um material plástico e forma também o bordo lateral da sola, de modo a assegurar a centragem correcta e directa dos furos de passagem com os meios de oclusão, e um acabamento estético óptimo.
Outras caracteristicas e vantagens da presença invenção surgirão, no entanto, mais claramente a partir da descrição de pormenor que se segue de uma forma de 6 realização preferida da mesma, feita com referência aos desenhos anexos, cujas figuras representam: A fíg. 1. uma vista em planta da parte dianteira de uma sola exterior, de acordo com uma primeira forma de realização do sapato com ventilação forçada de acordo com a presente invenção; A fig. 2, uma vista em planta de uma sola central amortecedora, a inserir na sola exterior de acordo com a fíg. 1; A fíg. 3, uma vista em corte transversal da unidade montada constituída pela sola exterior e a sola central das fíg. 1 e 2, sendo o corte feito pela linha (III-II1) das referidas figuras; A fíg. 4, uma vista em planta da sola exterior de uma segunda forma de realização do sapato com ventilação forçada de acordo com a presente invenção; A fíg. 5, uma vista em planta de uma sola interior, para combinar com a sola exterior de acordo com a fíg. 4; A fíg. 6, uma vista em corte, com as peças separadas, da unidade constituída pela sola exterior e a sola interior ilustradas nas fíg. 4 e 5, na posição de montagem, sendo o corte feito pelas linhas (Vl-VI) das referidas figuras; e A fíg. 7, uma vista de lado da sola exterior e da sola interior ilustradas nas fíg. 4 e 5, na posição de montadas.
Como pode ver-se claramente a partir do exame geral dos desenhos, o sapato com ventilação forçada de acordo com a presente invenção compreende uma combinação de elementos para a formação da sola exterior e, se for caso disso, da sola interior do sapato, configurada por forma a adaptar-se. de modo a proporcionar uma série de aberturas, que podem estar alternadamente abertas ou fechadas em 7 função de o pé estar ou não a fazer pressão na sola interior, durante o movimento de marcha.
Mais particularmente, este resultado é obtido construindo a sola central amortecedora da primeira forma de realização, ou a sola interior da segunda forma de realização, com uma série de furos distribuídos uniformemente na mesma, e construindo a sola exterior subjacente com uma pluralidade de relevos com uma disposição que se casa com a dos referidos furos e dimensionados para neles se introduzirem, fechando-se quando a sola central amortecedora ou a sola interior são deformadas pelo peso do utilizador ou pela flexão do sapato durante o movimento de marcha. Entre a sola exterior e a sola central, ou entre a sola exterior e a sola interior, proporcionou-se também uma pluralidade de suportes elásticos, que podem ser formados mdiferentemente na sola exterior ou na sola central ou na sola interior e que permitem obter uma câmara de ar com um volume variável e mantida entre os referidos elementos. A compressibilidade dos referidos suportes elásticos é pré--seleccionada, de acordo com o tipo de sapato; assim, para sapatos de desporto, utilizar-se-ão suportes macios, que sejam apropriados para se deformarem elasticamente já durante a parte inicial do passo e portanto proporcionando um efeito de absorção dos choques no pé contra impactos a que fica exposto durante a actividade desportiva; por outro lado, nos sapatos de passeio serão usados suportes elásticos mais rígidos, de modo que não se verifique deformação da sola central ou da sola interior durante a acção inicial de pressão do pé, mas sim apenas durante a parte terminal do passo, devido à flexão acentuada do sapato.
Na primeira forma de realização representada nas fig. 1, 2 e 3, a sola interior está indicada pela referência (S) e a sola central pela referência (R). Acima da sola 8 exterior (S), projectam-se relevos cilíndricos (1), enquanto que a sola central (R) tem uma pluralidade de furos (2) adaptados, construídos de modo que, quando a sola central (R) for montada na sola exterior (S) (fig. 3), os furos (2) se sobreponham exactamente aos relevos (1). As dimensões dos relevos (1) e dos furos (2) são calculadas de modo que o diâmetro da base dos relevos (1) seja maior que o diâmetro dos furos (2), actuando portanto esta base como meio de suporte e de oclusão dos próprios furos, quando a sola central for deformada para baixo, por causa da carga aplicada pelo pé, ou da flexão acentuada do sapato, e de modo que a altura da base dos relevos (1) seja menor que a altura da câmara de ar (C) (distância entre as paredes interiores da sola exterior (S) e a sola central (R)) de modo a permitir um escoamento correcto do ar através dos furos (2), quando a sola central amortecedora (R) não está deformada.
No topo dos relevos (1) proporciona-se, de preferência, uma pequena protuberância cilindro-cónica (la), com uma ponta arredondada, com um diâmetro máximo ligeiramente menor que o diâmetro dos furos (2) e uma altura aproximadamente igual à espessura da sola central (R), de modo que, durante a acção de pressão do pé, esta protuberância (la) “ocupa” gradualmente o espaço vazio dos furos (2), provocando a centragem perfeita dos furos (2) nos relevos (1) durante quaisquer condições de marcha e também proporcionando um suporte continuo do pé. A altura total dos relevos (1), neste caso é, de preferência, aproximadamente igual à altura da câmara de ar (C). A sola central (R) e a sola exterior (S) têm evidentemente de ser ligadas uma à outra nos seus limites, de modo a criar uma boa vedação ao ar, mesmo na ausência de um vedante que, por vezes, pode não ser desejável. Na forma de realização 9 9
representada nos desenhos, este resultado é obtido formando-se a sola central com um bordo periférico inclinado (4) e a sola exterior com um bordo a ele adaptado, com uma inclinação semelhante, como é claramente visível na fig. 3. Este tipo de união entre a sola central (R) e a sola exterior (S) é “per se” apropriado para proporcionar uma vedação satisfatória ao ar, durante a compressão da câmara (C) pelo pé, mas é evidente que a vedação pode ainda ser melhorada com a utilização de agentes vedantes ou de ligação, dispostos ao longo do bordo (4).
Na segunda forma de realização representada nas fíg. 4, 5, 6 e 7, a sola exterior está indicada pela letra (S), enquanto a sola interior está indicada pela letra (P). Com esta forma de realização diferente, é possível obter uma estrutura simples e compacta do sapato - do tipo em que a gáspea é fixada à sola interior através de uma costura exterior - que, além de obter o resultado principal de ventilação forçada óptima, permite também obter vantagens adicionais numerosas.
Como pode ver-se claramente no corte transversal representado nas fig. 6 e 7, a sola interior (P) (fíg. 5), moldada com um material plástico apropriado, tem uma estrutura um tanto complexa, que compreende, em particular: uma superfície superior plana (5), configurada com a forma da sola do sapato; uma ranhura periférica (6), no fundo qual se formam furos de passagem verticais (7) para a costura da gáspea (não representada), na sola interior (P); um rebordo periférico (8), que forma o bordo exterior da sola do sapato, um assento (9) para alojar a sola exterior (S), estendendo-se o referido assento ao longo de toda a periferia inferior da sola interior (P); uma peça inseria de material plástico rígido (12), na zona traseira; além disso, evidentemente, furos de passagem (2) formados na superfície (5) e suportes elásticos (3) salientes para baixo a partir da mesma. A disposição e a 10 10
função dos furos (2) e dos suportes elásticos (3) são exactamente as mesmas que as dos elementos correspondentes já descritos em relação à primeira forma de realização da presente invenção, não sendo portanto mais descritas aqui. A sola exterior (S) (fig. 4) é também moldada de um material plástico apropriado e tem um bordo periférico (10) elevado, que se ajusta ao referido assento (9) da sola interior (P), onde é fixado com um agente de ligação apropriado. A sola exterior (S) compreende atrás uma porção mais larga, que forma o tacão (11) do sapato. Em alternativa, a estrutura do tacão (11) pode ser associada com a sola interior (P). Quando o bordo (10) da sola exterior (S) for fixado no assento (9) respectivo da sola interior (P), a superfície exterior da sola exterior (S) fica perfeitamente alinhada com a superfície inferior do bordo exterior periférico (8) da sola interior (P), formando assim um sapato que é extremamente robusto e isento de linhas de união inestéticas, entre a sola interior e a sola exterior, como é claramente visível na vista de lado da fíg. 7. A superfície interior da sola exterior (S) tem também, projectando-se para cima a partir da mesma, relevos cilíndricos (1) com uma protuberância central cilíndnco-cónica, com uma ponta arredondada, inteiramente semelhante às já ilustradas, em ligação com a primeira forma de realização da presente invenção, e portanto destinada a cooperar com os liiros (2) da sola interior (P). Como consequência do ajuste exacto entre a sola exterior (S) e a sola interior (P), que resulta da união mútua do bordo (10) e do assento (9), pode obter-se uma aplicação extremamente precisa entre cada furo (2) e o relevo (1) respectivo. assegurando assim uma eficácia excelente do sapato com ventilação forçada de acordo com a presente invenção.
Devido à estrutura particular das solas interior/exterior atrás descritas, é possível obter outros resultados importantes, além de assegurar uma ventilação forçada altamente eficiente do sapato, tal como, em particular, a da obtenção de um sapato que é particularmente forte e seco. De facto, deve notar-se sobretudo que a gáspea é cosida directamente na sola interior (P) e esta última é a única parte da sola exterior que, durante a marcha, pode interferir com quaisquer obstáculos, visto que o bordo exterior (8) envolve completamente a sola exterior (S). Qualquer pancada do sapato (isto é, do bordo (8) da sola interior (P)) contra um obstáculo e a tensão consequente transmitida à parte superior do pé são portanto directamente transmitidas à costura entre a gáspea e a sola interior (que é muito forte) e não à junta das solas interior e exterior. E possível evitar completamente qualquer separação acidental da junta entre a sola interior e a sola exterior, o que por vezes ocorre em sapatos com uma sola interior convencional colada à sola exterior, depois de um certo tempo de uso. em particular em condições de humedecimento frequente do sapato. Pela mesma razão, designadamente devido ao facto de estar completamente assente no interior da sola interior (P), a sola exterior (S) não fica sujeita a qualquer esforço de tracção, além do atrito normal devido ao movimento de marcha e, por conseguinte, ajunta unida entre a sola exterior (S) e a sola interior (P) nunca é demasiadamente esforçada.
Como a costura da gáspea à sola interior (P) é feita na zona da ranhura (6), a gáspea é dobrada e forçada a entrar nessa ranhura, em cujo interior se aloja inteiramente, e fixada de maneira apertada de modo a tomar bastante difícil que passe água do exterior para o interior do sapato, nesta zona da união que - em especial para este tipo de sapatos com costura exterior da gáspea - é frequentemente uma zona critica deste ponto de vista.
Finalmente, há duas outras características particulares do sapato de acordo com a presente invenção que vale a pena realçar. A primeira, já implícita na descrição anterior dos processos para união mútua da sola exterior (S) e da sola interior (P), é que a sola exterior (S) veda completamente os furos (7), a partir de baixo, protegendo a costura tanto da infiltração de água como do desgaste - duas condições que ocorrem nos sapatos convencionais que têm a gáspea cosida na sola exterior. A segunda característica é que o bordo interior (6i) da ranhura (6) está sempre mais alto que o bordo exterior (6e) da referida ranhura, como pode ver-se claramente nas fíg. 6 e 7, de modo que qualquer humidade que em qualquer caso possa penetrar no interior da ranhura (6) não pode em nenhum caso entrar no interior do sapato. E portanto evidente que o sapato de acordo com a segunda forma de realização da presente, além da vantagem de ser perfeitamente ventilado, tem a vantagem de ser robusto e particularmente seco, mesmo em condições ambientais de uso com grande humidade.
Nas duas formas de realização atrás ilustradas, os suportes elásticos entre a sola exterior (S) e a sola central (R) ou a sola interior (P) são formados como uma peça com a sola central (R) e a sola interior (P); em alternativa, poderiam ser associados com a sola exterior (S) ou fazer parte de um elemento intermédio separado. Os suportes elásticos (3) estão dispostos, a intervalos, entre os furos (2) de modo a proporcionar um suporte contínuo e suave para o pé, apesar da presença dos relevos (1) que se projectam a partir da superfície superior da sola exterior (S) e de modo a formar ao mesmo tempo uma câmara de ar (C) entre a sola central (R) ou a sola interior (P) e a sola exterior (S), com o volume desejado. Os suportes elásticos (3) podem ter a forma de hemisférios ocos. representados nos desenhos; no entanto podem outras formas ser igualmente fimcionais, de acordo com o tipo de sapato. Se, por exemplo, se desejar proporcionar suportes (3) com um grau de compressibilidade maior, podem modifícar-se os hemisférios, formando nos mesmos uma ou mais ranhuras anulares, que facilitam a sua compressão. Por outro lado, os referidos hemisférios podem ser dotados com nervuras de reforço, se se desejar aumentar a sua rigidez. Se, em vez disso, se desejar proporcionar suportes elásticos com uma capacidade de flexão particular - de modo a aumentar a detbrmabilidade da sola central (R) ou a sola interior (T) durante a parte final do passo, quando o sapato está muito ílectido - eles podem vantajosamente ter a forma de barras rectangulares ou cilíndricas, de preferência inclinadas, projectando-se a partir da superfície da sola central ou da sola interior, no caso de as barras serem inclinadas -uma condição que favorece a flexão - será vantajoso que se disponham em fiadas paralelas, com inclinações opostas, de modo a impedir que a sola central (R) ou a sola interior (P) sofram deslocamentos durante a flexão das barras. O grau e a orientação da inclinação das referidas barras, bem como o nível de compressibilidade do material que forma os suportes elásticos (3), podem ser previamente escolhidos de acordo com a acção de mola que o sapato deve proporcionar. O objectivo do sapato com ventilação forçada de acordo com a presente invenção é, como já foi afirmado, proporcionar, antes de mais nada. uma câmara de recolha (C) do ar contaminado, que se forma no interior do sapato e. em segundo lugar, proporcionar um pulmão para expelir o ar para fora do sapato propriamente dito, utilizando um qualquer dos sistemas conhecidos na técnica para esse fim e que 14 se discutiu na parte introdutória da presente memória descritiva. Esse objectivo é atingido da maneira que se explica a seguir:
Durante a pressão do pé na sola interior, que se verifica naturalmente ao mesmo tempo que o sapato faz pressão no solo, a sola central (R) ou a sola interior (P) sofre uma deformação inicial durante a qual a sola central ou a própria sola interior ou, mais precisamente, o bordo dos furos (2), entra em contacto com a superfície superior da base dos relevos (1), ao longo de uma tira anular que tem uma altura igual a metade da diferença entre o diâmetro da base dos relevos (1) e o dos furos (2). Forma-se assim uma câmara perfeitamente vedada, para recolha do ar contaminado (C), sendo portanto apropriada para funcionar como um pulmão para compressão no sentido da saida exterior ligada à referida câmara - de preferência provida, de uma maneira conhecida em si, de uma válvula de retenção - quando a pressão do pé na sola central (R) ou na sola interior (P) aumenta ainda mais, durante a pane final do passo e/ou quando o volume da câmara (C) for ainda mais reduzido, devido à acção de flexão acentuada que é imprimida à pane dianteira do sapato.
No fim do passo, ponanto, a câmara (C) tem um volume que é um pouco menor que o na sua posição de repouso, tendo descanegado exteriormente uma parte do ar contaminado nela contido. Logo que o pé é levantado do solo, a sola central (R) ou a sola interior (P) regressam, devido à elasticidade do material de que são feitas, à posição de repouso, libertando os furos (2) dos relevos (1). Portanto, a câmara (C) retoma o volume original, criando intemamente um certo vácuo, donde resulta que é aspirada imediatamente uma quantidade adicional de ar contaminado, do interior do sapato, através dos furos (2) que acabaram de se abrir de novo. 15 15
Durante a repetição deste ciclo há, portanto, um deslocamento contínuo de ar do interior do sapato, através da sola central (R) ou da sola interior (P), para o exterior do sapato propriamente dito (através de qualquer sistema conhecido de condutas com válvulas unidireccionais, conhecidos em si e portanto não ilustrados), sem qualquer “refluxo” de ar da câmara (C) para o interior do sapato, refluxo que se verifica sempre, pelo contrário - em maior ou menor extensão - nos sapatos ventilados do tipo conhecido. O objectivo da invenção, a saber o de proporcionar um sapato com ventilação forçada no qual o fluxo se verifica efectivamente apenas num sentido, é portanto completamente atingido.
Na descrição anterior e nos desenhos fez-se exclusivamente referência a um sistema de ventilação forçada proporcionado na parte dianteira do sapato. E completamente evidente que pode proporcionar-se um tal sistema, como o ilustrado, em qualquer zona do sapato onde se verifica uma pressão alternada do pé - e portanto também, por exemplo, na zona do tacão - por uma adaptação apropriada da forma e funcionamento do sistema para a descarga de ar contaminado recolhido no interior da câmara (C) e bombeado da mesma para o exterior. Porém, a disposição na parte dianteira do sapato é preferida porque nesta zona se verificam variações muito mais amplas do volume da câmara (C), em cada passo, por razões já examinadas anteriormente. É igualmente evidente que a invenção não pode ser entendida como estando limitada à forma e à disposição particulares como são proporcionados os relevos (1), os furos (2) e os suportes elásticos (3). sendo possível a sua variação, em grande extensão, relativamente ao representado nos desenhos, como além disso já foi afirmado anteriormente, sem que desse modo nos afastemos do escopo da invenção, 16 como é definido nas reivindicações anexas. A titulo de exemplo, os relevos de oclusão (1), em vez de serem formados com a sola exterior podem ser formados directamente com a sola central (R) ou a sola interior (P); nesse caso seriam de preferência feitos do mesmo material elástico que forma a sola central (R) ou a sola interior (P) e teriam a forma de simples cilindros, com furos axiais com uma altura tal que fiquem separados da sola central (S), durante as condições de repouso, a uma distância suficiente para garantir um bom escoamento do ar através dos furos (2).
Lisboa, 24 de Outubro de 2000

Claims (20)

  1. Reivindicações 1. Sapato com ventilação forçada, do tipo que compreende uma câmara de ar (C), formada entre uma sola central ou sola interior (R, P), provida de uma pluralidade de furos de passagem (2) e a sola exterior (S), e dispositivos de suporte elásticos (3) dispostos no interior da referida câmara de ar (C), de modo que se forme a mesma com um volume variável desejado e uma macieza pré-seleccionada, estando a referida câmara de ar (C) ligada com o ambiente através de meios apropriados para impedir qualquer refluxo de ar ambiente do exterior para o interior da referida câmara de ar (C), caracterizado por compreender além disso meios (1, la) para a oclusão dos referidos furos (2), apropriados para fechar individual mente os próprios furos (2), durante a pressão do pé na sola central ou na sola interior (R, P).
  2. 2. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 1, no qual a referida sola central (R) tem a forma de uma almofada de material plástico elástico, com compressibilidade controlada e está alojada numa cavidade correspondente da sola exterior (S).
  3. 3. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 1, no qual a referida sola interior (P) é feita de material plástico elástico, com compressibilidade controlada, e compreende uma superfície superior (5) com a forma da sola do pé, uma ranhura periférica superior (6), que tem furos de passagem (7), formados no seu fundo, para coser a gáspea, um bordo periférico (8), que constitui o bordo exterior da sola do sapato, e um assento periférico inferior (9). para alojar a sola exterior (S).
  4. 4. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 3, no qual os referidos furos de passagem (7) para coser a gáspea se abrem por baixo, na zona do referido assento periférico (9), para alojar a sola exterior (S).
  5. 5. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 3. no qual pelo menos uma parte da referida sola exterior (S), na posição de montada, é completamente colocada no interior do referido assento (9) da sola interior (P) de alojamento periférico.
  6. 6. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 3, no qual o bordo interior (6i) da referida ranhura periférica superior (6) e mais alto que o bordo exterior (6e) da mesma.
  7. 7. Sapato com ventilação forçada de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, no qual os meios de suporte elásticos (3) são formados como uma só peça com a sola central (R) ou com a sola interior (P).
  8. 8. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 7, no qual os referidos meios de suporte elásticos (3) têm a forma de hemisférios ocos, que se projectam a partir da superfície do fundo da referida sola central ou da sola interior (R, P).
  9. 9. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 8, no qual os referidos hemisférios têm uma ou mais ranhuras anulares.
  10. 10. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 7, no qual os referidos dispositivos de suporte elásticos (3) têm a forma de barras rectangulares ou cilíndricas, se necessário inclinadas, que se projectam a partir da superfície do fundo da referida sola central ou da sola interior (R, P).
  11. 11. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 10, no qual as referidas barras inclinadas se dispõem em fiadas alternadas com inclinações opostas.
  12. 12. Sapato com ventilação forçada de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6. no qual os referidos meios de oclusão consistem numa pluralidade de relevos (1) que se projectam a partir da superfície superior da sola exterior (S) oposta e que se adaptam aos furos (2) da sola central ou da sola interior (R, P).
  13. 13. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 12, no qual os referidos relevos consistem em cilindros (1) com um diâmetro maior que o diâmetro dos referidos furos (2).
  14. 14. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 13, no qual os referidos cilindros terminam, no topo. numa protuberância (la) cilindro--cónica com uma ponta arredondada, com um diâmetro máximo ligeiramente menor que o diâmetro dos referidos furos (2) e uma altura aproximadamente igual à espessura das referidas sola central ou sola interior (R, P).
  15. 15. Sapato com ventilação forçada de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, no qual os referidos meios de oclusão consistem numa pluralidade de relevos compressíveis com furos axiais, que se projectam da superfície inferior da sola central ou da sola interior (R, P), em correspondência com os seus furos (2).
  16. 16. Sapato com ventilação forçada de acordo com as reivindicações 12, 13 ou 15, no qual a altura dos referidos relevos (1) é menor que a altura da referida câmara de ar (C).
  17. 17. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 14, no qual a altura dos referidos cilindros (1), que incluem a referida protuberância 4 (la), é aproximadamente igual à altura da referida câmara de ar (C).
  18. 18. Sapato com ventilação forçada de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, no qual os meios de vedação do ar são proporcionados ao longo do bordo de união da sola exterior (S) à sola central ou à sola interior (R, P).
  19. 19. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 18. no qual os referidos meios de vedação do ar consistem numa junta inclinada, que se adapta aos bordos entre a sola exterior (S) e a sola central (R).
  20. 20. Sapato com ventilação forçada de acordo com a reivindicação 18, no qual os referidos meios de vedação do ar consistem numa junta entre a sola exterior (S) e a sola central ou a sola interior (R, P) fixadas por meio de um agente de vedação ou de ligação. Lisboa, 24 de Outubro de 2000
    Resumo "Sapato com ventilação forçada·"' O sapato com ventilação forçada compreende uma sola intermédia ou sola interior provida de uma pluralidade de furos de passagem, meios de suporte elásticos, dispostos entre a sola exterior e a sola intermédia ou sola interior, próprios para formar uma câmara de ar entre os referidos elementos, e meios para a oclusão dos referidos furos, apropriados para fechar individualmente os próprios furos durante a pressão do pé na sola interior. De preferência, os meios de oclusão consistem numa pluralidade de relevos que se projectam da superfície superior da sola exterior e se adaptam aos referidos furos. Fiaura 3 fí
    Lisboa, 24 de Outubro de 2000
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