PT862367E - Novas composicoes herbicidas que contem 4-benzoilisoxazois e aclonifen - Google Patents

Description

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Descrição “Novas composições herbicidas que contêm 4-benzoilisoxazois e aclonifen” A presente invenção diz respeito a um novo método para controlar ervas daninhas e às composições utilizadas nesse método. O aclonifen (2-cloro-6-nitro-3-fenoxianilina) é um herbicida conhecido (veja--se por exemplo a patente de invenção norte-americana N° 4 394 159) usado em pré--emergência para controlar gramíneas e ervas daninhas de folha larga em um determinado número de culturas, incluindo o milho.

Os 4-benzoilisoxazóis herbicidas encontram-se descritos na literatura, veja-se por exemplo as publicações das patentes de invenção europeias Nos 0418175, 0487357, 0527036 e 0560482. Em particular, o composto 5-ciclopropil-4-(2--metilsulfonil-4-trifluorometil-benzoil)-isoxazol foi descrito como tendo bom controlo em pré-emergência de gramíneas e ervas daninha de folha larga no milho (Vrabel et al., Proc. N. Cent. Weed Sei. Soc., 1994, 49).

Como resultado de investigação e de experimentação descobriu-se agora que o uso de determinados derivados do 4-benxoilisoxazol em associação com o aclonifen adiciona as suas capacidades de controlar um largo espectro de ervas daninhas de folha larga, gramíneas e ciperáceas.

Além disso, descobriu-se que a actividade herbicida combinada de combinações de derivados do 4-benxoilisoxazol com aclonifen contra determinadas espécies é maior do que o esperado, isto é a actividade herbicida das combinações de derivados do 4-benxoilisoxazol com aclonifen apresentaram um grau inesperado de sinergismo, tal como definido quer por P.M.L. Tammes, Netherlands Journal of Plant Pathology, 70 (1964), pp 73-80, num artigo intitulado “Isoboles, a graphic 7ii representation of synergism in pesticides”, ou por Limpei, L.E., P.H. Schuldt and D. Lamont, 1962, 1. Proc. NEWCC 16, 48-53, utilizando a fórmula: E = X+Y-X,Y 100 (também conhecida como fórmula de Colby) em que: E = a inibição percentual esperada de crescimento por uma mistura de dois herbicidas A e B para doses definidas. X = a inibição percentual de crescimento pelo herbicida A para uma dose definida. Y = a inibição percentual de crescimento pelo herbicida B para uma dose definida.

Quando a percentagem de inibição observada pela mistura é superior ao valor de E esperado utilizando a fórmula anterior a combinação é sinergística. O efeito sinergístico notável proporciona fiabilidade melhorada de controlo de um número de espécies de ervas daninhas e permite a redução da quantidade de ingredientes activos utilizada. É desejável um nível elevado de controlo dessas ervas daninhas para prevenir: 1) perda de rendimento, através da competição e/ou dificuldades com a colheita, 2) contaminação da cultura que conduz a dificuldades de armazenagem e de limpeza, e 3) retomo inaceitável de sementes de ervas daninhas para o solo. A presente invenção proporciona, por consequência, um método para o 3

controlo de ervas daninhas num local que compreende a aplicação ao local de: (a) um 4-benxoilisoxazol de fórmula geral (I):

na qual o símbolo R representa um átomo de hidrogénio ou um grupo de fórmula geral -C02R3; o símbolo Rl representa um grupo ciclopropilo; o símbolo R2 é escolhido de entre um átomo de halogéneo, um grupo de fórmula geral -S(0)pMe e um grupo alquilo Ci_6 ou halogenoalquilo (por exemplo trifluorometilo); o símbolo n representa o número dois ou três; o símbolo p representa o número zero, um ou dois; e o símbolo R3 representa um grupo alquilo Ci^; e (b) 2-cloro-6-nitro-3-fenoxianilina, que é o aclonifen.

Para esta finalidade, utilizam-se normalmente o herbicida de 4-benxoilisoxazol e o aclonifen sob a forma de composições herbicidas (isto é em associação com diluentes ou veículos compatíveis e/ou agentes tensioactivos apropriados para utilização em composições herbicidas), por exemplo conforme se descreve no seguimento.

Na fórmula geral (I) anterior, preferem-se os compostos em que o símbolo n representa o número três e os grupos de fórmula geral (R2)„ ocupam as posições 2, 3 7k e 4 do anel benzoilo; ou em que o símbolo n representa o número dois e os grupos de fórmula geral (R2)„ ocupam as posições 2 e 4 do anel benzoilo.

Na fórmula geral (I) anterior, de preferência um dos grupos representados pelo símbolo R2 é o grupo de fórmula geral -S(0)pMe. O símbolo R representa de preferência um átomo de hidrogénio ou um grupo metoxicarbonilo ou etoxicarbonilo (especialmente um átomo hidrogénio). Preferem--se também os compostos de fórmula geral (I) na qual o grupo de fórmula geral (R2)n é um grupo de fórmula 2-S02Me-4-CF3. O 4-benxoilisoxazol de fórmula geral (I) de particular interesse em combinação com o aclonifen é o 5-ciclopropil-4-(2-metilsulfonil-4-trifluorometil)--benzoilisoxazol, referido no seguimento como o composto A.

As quantidades do herbicida de 4-benxoilisoxazol e de aclonifen aplicadas variam consoante a natureza das ervas daninhas, as composições utilizadas, o tempo de aplicação, as condições climáticas e edáficas e (quando utilizados para controlar o crescimento de ervas daninhas em áreas de crescimento de culturas) a natureza das culturas. Quando aplicados a uma área de desenvolvimento de culturas, a taxa de aplicação deve ser suficiente para controlar o crescimento das ervas daninhas sem provocar danos permanentes substanciais à cultura. De uma maneira geral, tomando esses factores em linha de conta, as taxas de aplicação compreendidas entre 1 g e 500 g do 4-benxoilisoxazol e entre 30 g e 2500 g de aclonifen por hectare proporcionam bons resultados, mais preferivelmente compreendidas entre 10 g e 200 g do 4-benxoilisoxazol e entre 500 g e 2500 g de aclonifen por hectare. Porém, deve entender-se que se podem utilizar taxas de aplicação maiores ou menores, dependendo do problema particular de controlo de ervas daninhas encontrado. 7&

Pode utilizar-se o herbicida de 4-benxoilisoxazol e o aclonifen em combinação para controlar selectivamente o crescimento de ervas daninhas, por exemplo para controlar o crescimento das espécies mencionadas mais adiante, em aplicação de pré-emergência de uma maneira direccional ou não direccional, por exemplo mediante pulverização direccional ou não direccional, a um local de infestação por ervas daninhas que é uma área usada, ou a ser usada, para o crescimento de culturas, por exemplo trigo, cevada, aveia, centeio, milho e arroz, soja, feijão do campo e feijão anão, ervilhas, alfafa, algodão, amendoins, linho, cebolas, cenouras, sementes de óleo de soja, girassol, cana de açúcar, batatas e pastos permanentes ou semeados antes ou após a semeadura da cultura ou antes ou após a emergência da cultura.

Pela expressão “aplicação de pré-emergência” (pre-em) pretende-se significar a aplicação ao solo no qual as sementes ou as plantas de ervas daninhas se encontram presentes antes da emergência das ervas daninhas acima da superfície do solo. Pela expressão “aplicação de pós-emergência” (post-em) pretende-se significar a aplicação às partes aéreas ou expostas das ervas daninhas que emergiram acima da superfície do solo. Pela expressão “aplicação de pós-emergência precoce” (post precoce) pretende-se significar a aplicação às partes aéreas ou expostas das ervas daninhas que emergiram acima da superfície do solo e que se encontram entre o estádio cotiledonar e o estádio de segunda ou terceira folhas (ou estádio de terceiro e quarto verticilos) de crescimento.

Para o controlo selectivo das ervas daninhas num local de infestação por ervas daninhas que é uma área usada, ou a ser usada, para o crescimento de várias culturas sob várias condições, são particularmente apropriadas as seguintes taxas de aplicação do 4-benxoilisoxazol e do aclonifen (referidos no quadro a seguir como “Isox e Aclo” respectivamente) por hectare:

Taxa de Dose de ingrediente (em g/ha)

Preferida Mais Preferida Especialmente preferida Cultura Aplicação Isox Aclo Isox Aclo Isox Aclo Milho Pré-em 30-150 500-1000 30-100 500-1000 35-75 ca 500 Cereal de Inverno Past precoce ou post-cm 25-200 500-1000 100-150 500-1500 100-150 500-1000 Cereal de Primavera Pré-em post precoce ou post-em 10-100 500-1000 50-50 500-1500 ca 20 500-1500 Batata Pré-em 10-100 1500-2500 20-50 1500-2500 ca 20 1500-2000 Cana de açúcar Pré-em 35-200 500-1000 75-150 500-1500 ca 75 ca 500 Post precoce 35-150 500-1000 50-100 500-1000 ca 75 ca 500 Post-em 35-150 500-1000 50-100 500-1000 ca 75 ca 500

Devido às propriedades de selectividade da combinação, prefere-se utilizar o herbicida de 4-benxoilisoxazol e aclonifen para o controlo de ervas daninhas em batatas, milho ou cana de açúcar, mais preferivelmente em pré-emergência.

Podem também utilizar-se as misturas de acordo com a presente invenção para controlar o crescimento de ervas daninhas em locais que não constituem áreas de crescimento de culturas mas em que o controlo de ervas daninhas é, apesar de tudo, desejável. Exemplos de tais áreas de crescimento de não culturas incluem aeroportos, áreas industriais, caminhos de ferro, bermas de estradas, margens de rios, irrigação e outras linhas de água, terras cobertas de vegetação rasteira e terra alqueivada ou não cultivada, em particular onde se deseja controlar o crescimento de ervas daninhas de modo a reduzir os riscos de incêndio. Quando utilizados para tais finalidades em que é frequentemente desejado um efeito herbicida total, aplicam-se normalmente os compostos activos em taxas de dosagem superiores às utilizadas nas áreas de crescimento de culturas conforme descrito anteriormente. A dosagem 7íi exacta dependerá da natureza da vegetação tratada e do efeito pretendido. De uma maneira geral, utilizam-se taxas de dosagem compreendidas entre 150 g e 500 g por hectare do herbicida de 4-benxoilisoxazol e compreendidas entre 1500 e 2500 g por hectare de aclonifen. A utilização da mistura para controlar ervas daninhas em áreas a ser usadas para o crescimento de determinadas culturas (por exemplo batatas), para as taxas de dosagem descritas anteriormente para o uso de áreas que se destinam a não cultivar culturas constitui também uma característica da presente invenção.

Os exemplos seguintes não limitativos ilustram a invenção.

Exemplo AI

Conduziram-se as experiências seguintes em pré-emergência das espécies de ervas daninhas e de culturas num centro de investigação no campo em França no mês de Maio (tipo de solo: argila sedimentar fma com 33% de areia, 42% de sedimentos e 22% de argila e um pH igual a 7,6). Dissolveu-se o Composto A (formulado sob a forma de um pó molhável) e o aclonifen (formulado sob a forma de um concentrado em suspensão) em água e pulverizaram-se quer isoladamente ou em mistura para várias taxas de dosagem para um volume de pulverização de 400 1/ha em lotes de campo com 26,5 metros quadrados que tinham sido previamente semeados um dia antes com as diversas sementes de plantas. Realizaram-se três repetições e avaliou-se a percentagem de fitotoxicidade 39 dias após o tratamento (26 dias para espécies de cultura) expressas como percentagem dos danos em comparação com um controlo não tratado. Nos quadros que se seguem os números entre parêntesis representam o valor esperado de acordo com a fórmula de Colby.

RESULTADOS 8

Quadro AI Panicum milliaceum

Aclonifen

Composto A

Dose (g/ha) 0 500 1000 0 - - 7,5 50 32,5 67,5 85,0(37,6) 100 87,0 84,0 97,0(88,4) 150 99,0 90,0 100(99,1)

Quadro A2 Setaria viridis

Aclonifen

Composto A

Dose (g/ha) 0 500 1000 0 - - 10,0 50 57,5 85,0 89,5(61,8) 100 87,0 90,0 95,0(84,3) 150 97,0 97,5 100(97,3)

Quadro A3 Milho (Zea Mays: variedade: SABRINA)

Aclonifen

Composto A

Dose (g/ha) 0 500 1000 0 - - 0 50 0 0 0 100 0 0 0 150 0 1 0

Exemplo A2 (Experiência em estufa)

Semearam-se sementes das diversas espécies de ervas daninhas de folha larga e de gramíneas em solo de greda argilosa não esterilizado em vasos para plantas de plástico com 7 cm por 7 cm. Regaram-se os vasos e deixaram-se escorrer. Pulverizou-se então a superfície do solo com gamas de concentrações de quer o herbicida individual ou misturas dos dois herbicidas em diversas proporções, dissolvidos em uma solução a 50:50 em volume de acetona e água, utilizando um pulverizador de trilhos ajustado para fornecer o equivalente a 290 1/ha. Utilizaram-se todos os herbicidas como materiais técnicos não formulados. 7ϋ

Colocaram-se então os vasos tratados aleatoriamente em blocos repetidos por tratamento para cada espécie de planta. Deixaram-se os vasos, numa estufa, em repouso por baixo de uma manta capilar de humidade, sob a acção da luz e com rega por cima duas vezes ao dia. Duas semanas após o tratamento avaliou-se a percentagem de redução do crescimento da planta, em comparação com um controlo não tratado.

Calculou-se a percentagem média de redução do crescimento da planta para cada tratamento. Representou-se graficamente a resposta dose/média em concentração logarítmica/papel gráfico de probabilidade, e ajustaram-se linhas a olho. Para as misturas herbicidas traçou-se uma linha de dose/resposta para o primeiro herbicida para cada taxa de dosagem do segundo herbicida e traçou-se uma linha de dose/resposta para o segundo herbicida para cada taxa de dosagem do primeiro herbicida.

Leram-se as doses que representam uma redução de 90% do crescimento da planta (DE 90) a partir dessas linhas e representaram-se graficamente em gráficos cujos eixos eram taxas de dosagem dos dois herbicidas. A linha que une esses pontos é uma Isóbola, isto é uma linha que une pontos (misturas) de actividade igual, conforme descrito por P.M.L. Tammes, Neth. J. Plant Path. (1964) : 70-80. Traçou-se igualmente uma linha que une os valores das DE90 dos componentes individuais quando aplicados isoladamente. Esta linha representa a isóbola teórica se o efeito dos dois componentes for aditivo, isto é, não existe qualquer interacção entre os mesmos. A isóbolas que caiem abaixo dessa linha indicam sinergia entre os componentes cujas linhas se encontram acima da mesma o que é indicativo de antagonismo. 10 754

Nos quadros que se seguem “dose” representa a taxa de dosagem em gramas por hectare do ingrediente activo utilizado; e os números para o controlo das ervas daninhas representam as percentagens de redução do crescimento quando comparadas com os controlos não tratados. RESULTADOS:

Quadro B1

Tratamento de pré-emergência de Digitaria sanguinalis com diversas misturas de composto A e Aclonifen.

Aclonifen

Composto A

Dose g/ha 0 31.25 62.5 125 250 500 1000 2000 0 - 12.5 7.5 21.25 90 92.5 99.5 99.5 1 0 20 17.5 61 75 98.75 98.25 99.5 2 7.5 22.5 41.25 50 81 98.5 99.5 99.75 4 23.75 38.75 51,66 58.75 97.25 99.75 99.5 98.5 8 25 35 61.25 85 98.75 99.75 99.75 100 16 80 87,5 83.5 92,5 92,5 99.75 99.75 100 32 77.25 94.75 76 97.25 97.25 99.75 99.5 100 64 79,25 82 97,25 98.5 99,5 99.75 99.75 99.75 128 94.75 99.5 99,75 99,75 99,5 99.5 99,25 100 256 100 99.25 73.5 99.75 99.75 99,75 99.75 100

Quadro B2

Tratamento de pré-emergência de Setaria faberi com diversas misturas de composto A e Aclonifen.

Aclonifen

Composto A

Dose g/ha 0 31.25 62.5 125 250 500 1000 2000 0 - 12.5 23.75 43.33 71.25 87.25 94.75 96.25 1 2,5 18.75 17.5 38.75 72.5 88.75 96 97.25 2 30 12.5 17.5 43.75 52.5 77.5 96 100 4 11.25 15 30 52,5 58.75 88.75 96.25 93.75 8 0 26.25 23.75 35 83.75 96.25 96 97.5 16 47.5 40 23.75 47.5 82.5 95 98.75 99.75 32 21.25 51.25 43.75 62.5 86.25 96 98.75 98.5 64 65 86.25 47.5 93.75 78.75 98.5 97 98.25 128 73.5 91.25 71.25 84.5 82.5 97 97.25 99.25 256 97 93.5 87.25 87 96.75 99.25 99.75 99 11

Quadro B3

Tratamento de pré-emergência de Setaria viridis com diversas misturas de composto A e Aclonifen.

Aclonifen

Composto A

Dose g/ha 0 31.25 62.5 125 250 500 1000 2000 0 - 12.5 5 31.25 57.5 82.5 85 100 1 23,75 12,5 5 25 92,5 97.5 99,75 97.5 2 36.67 32.5 0 32.5 71.25 86.25 99.75 100 4 43.75 20 13,75 48.75 71.25 91.25 98.75 99,5 8 10 17,5 35 50 65 77.5 93.75 99.75 16 72.5 45 61.25 61.25 92.5 96.25 97.5 100 32 88.75 82.5 63.75 75 86.67 93,75 99.5 97.5 64 75 81 77.5 98.75 99.5 96.25 96 99.75 128 87.5 74,5 97.25 93.75 99,75 98.75 100 99.75 256 95 97.5 99.5 98.75 100 99.75 100 100

Descrição resumida dos desenhos A figura I é uma representação gráfica de DE90 calculada a partir dos valores observados (-·-) e uma representação gráfica correspondente de valores aditivos esperados para as misturas de composto A com aclorifen contra a espécie de erva daninha Digitaria sanguinalis. A figura II é uma representação gráfica de DE90 calculada a partir dos valores observados (-·-) e uma representação gráfica correspondente de valores aditivos esperados para as misturas de composto A com aclorifen contra a espécie de erva daninha Setaria faberi. A figura III é uma representação gráfica de DE90 calculada a partir dos valores observados (-·-) e uma representação gráfica correspondente de valores aditivos esperados para as misturas de composto A com aclonifen contra a espécie de erva daninha Setaria viridis.

As isóbolas produzidas a partir dos resultados dos Quadros Bl, B2 e B3 12 Λ 7íS> representados nas Fig. I a III a seguir, eram claramente curvas de tipo III (Tammes, op. cit., pag. 75, Fig. 2), características de sinergismo.

Exemplo A3

Realizaram-se os ensaios seguintes em pré-emergência das espécies de ervas daninhas numa quinta experimental em Essex, Reino Unido num solo tipo de marga sedimentar arenosa. Dissolveu-se o Composto A (formulado como um grânulo dispersável molhável a 75%) e o aclonifen (formulado como um concentrado em suspensão) em água e ou se pulverizaram isoladamente ou numa mistura em tanque para diversas taxas de dosagem em lotes com 10 metros quadrados de dimensão nos quais se semearam 2 dias antes as diversas sementes de plantas. Realizaram-se três repetições. Avaliaram-se os resultados 53 dias após o tratamento por comparação visual da percentagem de fitotoxicidade em comparação com uma testemunha não tratada.

RESULTADOS

Quadro C1

Galium apanne

Composto A

Aclonifen Dose (g/ha) 0 2100 0 - 43 10 0 97(43) 20 0 90(43) 30 0 77(43) QUA. C2 13

Quadro C2

Solanum nigrum

Composto A

Aclonifen Dose (g/ha) 0 2100 0 - 7 10 38 65(42) 20 95 97(95) 30 100 100(100)

Quadro C3

Polygonum convolvulus

Composto A

Aclonifen Dose (g/ha) 0 2100 0 - 52 10 17 97(60) 20 43 98(73) 30 25 75(64)

Exemplo A4

Conduziram-se as experiências seguintes em pré-emergência da cultura, batatas (Solanum tuberatum) em centros de investigação em França, em Espanha e no Reino Unido em solo argiloso arenoso durante a estação normal do crescimento das batatas. Dissolveu-se o Composto A (formulado sob a forma de um pó molhável) e o aclonifen (formulado como um concentrado de suspensão) em água e pulverizaram-se quer isoladamente ou em misturas em tanque para diversas taxas de dosagem e para um volume de pulverização de 300 - 400 1/ha em lotes de 15 metros quadrados que tinham sido semeados 2 dias antes com batatas. Realizaram-se três repetições e avaliou-se a percentagem de fitotoxicidade e a eficácia 55, 56 ou 64 dias após o tratamento (em França, em Espanha e no Reino Unido, respectivamente) em comparação com um controlo não tratado.

Resultados 14

Quadro Dl

Ingrediente Activo Quantidade (g/ha) Percentagem de fítotoxicidade França Espanha Reino Unido Cpd A 27 0 0 0 Cpd A 40 0 0 0 Cdp A 53 0 0 0 Aclonifen 2100 0 0 0 Aclonifen 4200 0 0 0 Cdp A + Aclonifen 27+2100 0 0 0 Cdp A + Aclonifen 30+4200 0 0 0 Cdp A + Aclonifen 53+2100 0 0 0 Cdp A + Aclonifen 80+4200 0 0 0

Exemplo A5

Conduziu-se o seguinte ensaio numa quinta experimental brasileira (teor do solo: argila 29%, sedimentos 9,6%; areia 61%) utilizando os mesmos materiais e o processo que se descreveu no Exemplo A4 anterior, com a excepção de neste caso se aplicarem os herbicidas em post-emergência precoce das plantas. Os estádios de desenvolvimento das plantas quando se aplicaram os herbicidas eram os seguintes: Pamcum maximum (l-3cm), Brachiaria plantaginea (0,5-1 cm) e cana de açúcar (5--10 cm). A cana de açúcar utilizada era um rebento de cana e avaliou-se a percentagem de fítotoxicidade nos dias 14 e 56 após o tratamento (DAT). Os resultados foram os seguintes (de salientar que no Quadro nos números entre parêntesis representam a percentagem de fítotoxicidade esperada para a espécie de erva daninha de acordo com a fórmula de Colby). A experiência incluiu igualmente uma mistura padrão utilizada para o controlo de ervas daninhas encontradas em cana de açúcar (hexazinona+diuron).

Resultados

Quadro EI

Ingrediente Activo DOSE (g de ia/ha) Cana de açúcar (14DAT) Panicum maximum (14DAT) Panicum maximum (14DAT) Brachiaria plantaginea (14DAT) Brachiaria plantaginea (56DAT) CdpA 52 7 27 23 20 15 Cdp A 75 12 60 47 50 28 Aclonifen 1000 7 20 10 22 10 Aclonifen 15000 7 33 12 33 12 Cpd A + Aclonifen 52+1000 14 93(42) 92(31) 92(38) 92(23) Cpd A + Aclonifen 52+1500 14 95(51) 93(32) 93(46) 93(25) Cpd A + Aclonifen 75+1000 14 95(68) 93(52) 93(61) 93(35) Hexazinona + Diuron 330+1170 8 85 53 93 92

De acordo com uma outra característica da presente invenção, proporciona-se composições herbicidas que compreendem: (a) um derivado de 4-benzoilisoxazol de fórmula geral I conforme definida anteriormente; e (b) aclonifen; em associação com, e de preferência homogeneamente dispersos em, um ou mais diluentes ou veículos compatíveis aceitáveis sob o ponto de vista herbicida e/ou agentes tensioactivos (isto é diluentes ou veículos ou agentes tensioactivos do tipo geralmente aceitável na especialidade como sendo apropriados para utilização em composições herbicidas e os quais são compatíveis com o aclonifen e com os derivados de 4-benzoilisoxazol). A expressão “disperso homogeneamente” é utilizada para incluir composições nas quais se encontram dissolvidos o aclonifen e os derivados de 4-benzoilisoxazol nos outros componentes. Utiliza-se a expressão “composição herbicida” num sentido lato para incluir não só composições que se encontram prontas para utilização como herbicidas mas também concentrados que têm de ser diluídos antes da utilização. 16

As composições compreendem, de preferência, (a) um derivado de 4--benzoilisoxazol e (b) aclonifen em proporções compreendidas entre 1:2500 e 16,7:1, de preferência entre 1:250 e 1:2,5 p/p de (a):(b).

De preferência, as composições contêm entre 0,05 e 90% em peso de aclonifen e derivado(s) de 4-benzoilisoxazol.

As composições herbicidas podem conter tanto um diluente ou veículo como um agente tensioactivo (por exemplo molhante, dispersante ou emulsionante). Os agentes tensioactivos que podem encontrar-se presentes nas composições herbicidas de acordo com a presente invenção podem ser dos tipos iónico ou não iónico, por exemplo sulforicinoleatos, produtos à base de condensados de óxido de etileno com nonil- ou octil-fenóis, ou ésteres de ácido carboxílico de anidrosorbitois que foram tomados solúveis por eterificação dos grupos hidroxi livres mediante condensação com óxido de etileno, sais de metais alcalinos e sais de metais alcalino-terrosos ou ésteres de ácido sulfurico e de ácidos sulfónicos tais como sulfo-succinatos de dinonil- e dioctil-sódio e sais de metais alcalinos e sais de metais alcalmo-terrosos de derivados do ácido sulfónico de peso molecular elevado tais como lignosulfonatos de sódio e de cálcio. Exemplos de diluentes ou veículos sólidos apropriados são o silicato de alumínio, o talco, a magnésia calcinada, a terra de diatomáceas, o fostato tricálcico, a cortiça em pó, o negro de fumo absorvente e as argilas tais como caulino e a bentonite. Preparam-se de preferência as composições sólidas (as quais podem tomar a forma de pulvilhos, grânulos ou pôs molháveis) mediante moagem do aclonifen e do derivado de 4-benzoilisoxazol com diluentes sólidos ou mediante impregnação dos diluentes ou veículos sólidos com soluções de aclonifen e derivado 4-benzoilisoxazol no seio de solventes voláteis, evaporação dos 17 7% solventes e, se necessário, moagem dos produtos de modo a obter-se pós. Pode preparar-se as formulações granulares mediante absorção do aclonifen e do derivado de 4-benzoilisoxazol (dissolvido em solventes voláteis) sobre os diluentes ou veículos sólidos em forma granular e evaporação dos solventes, ou mediante granulação das composições sob a forma de pó obtidas conforme descrito anteriormente. As composições herbicidas sólidas, particularmente os pós molháveis, podem conter agentes molhantes ou dispersantes (por exemplo dos tipos descritos anteriormente), que podem igualmente, quando sólidos, servir como diluentes ou veículos.

As composições líquidas de acordo com a presente invenção podem tomar a forma de soluções, suspensões e emulsões aquosas-orgânicas que podem incorporar um agente tensioactivo. Diluentes líquidos apropriados para incorporação nas composições líquidas incluem, água, acetofenona, ciclo-hexanona, isoforona, tolueno, xileno e óleo mineral, animal e vegetal (e misturas desses diluentes). Os agentes tensioactivos, os quais podem encontrar-se presentes nas composições líquidas, podem ser iónicos ou não iónicos (por exemplo dos tipos descritos anteriormente) e podem, quando líquidos, servir também como diluentes ou veículos.

Podem diluir-se os pós molháveis e as composições líquidas sob a forma de concentrados com água ou com outros diluentes apropriados, por exemplo óleos minerais ou vegetais, particularmente no caso de concentrados líquidos nos quais o diluente ou o veículo é um óleo, para se obter composições prontas para utilização. Quando desejado, podem utilizar-se as composições líquidas de aclonifen e do derivado de 4-benzoilisoxazol sob a forma de concentrados auto-emulsionáveis que 18 7kf contêm as substâncias activas dissolvidas nos agentes emulsionáveis compatíveis com as substâncias activas, produzindo a simples adição de água a tais concentrados composições prontas para utilização.

Podem utilizar-se os concentrados líquidos nos quais o diluente ou o veículo é um óleo sem diluição ulterior utilizando a técnica de pulverização electrostática.

As composições herbicidas de acordo com a presente invenção podem também conter, se assim se desejar adjuvantes convencionais tais como adesivos, colóides protectores, espessantes, agentes de penetração, estabilizantes, agentes sequestrantes, agentes anti-entorroamento, agentes corantes e inibidores da corrosão. Esses adjuvantes podem servir igualmente como veículos ou diluentes.

As composições herbicidas preferidas de acordo com a presente invenção encontram-se sob a forma de concentrados de suspensão aquosa; pós molháveis; concentrados líquidos solúveis em água; concentrados líquidos de suspensão emulsionável, grânulos ou concentrados emulsionáveis.

Além disso, as composições podem ser proporcionadas sob a forma de um gel. Este é particularmente útil quando a composição se destina a ser embalada num saco solúvel em água, por exemplo conforme descrita nas publicações das patentes de invenção europeias N°s 0577702 e 0608340, e nas patentes de invenção norte--americanas N°s 5 222 595; 5 224 601; 5 351 831; e 5 323 906.

Podem utilizar-se os processos descritos nas publicações das patentes de invenção europeias Nos 0 418 175, 0 487 357, 0 527 036 e 0 560 482 para preparar os compostos de fórmula geral (I).

As composições herbicidas de acordo com a presente invenção podem compreender igualmente o aclonifen e o derivado de 4-benzoilisoxazol em 19 7kζ associação com, e de preferência disperso homogeneamente em, um ou mais outros compostos activos sob o ponto de vista pesticida e, se assim se desejar, um ou mais diluentes ou veículos compatíveis aceitáveis sob o ponto de vista pesticida, agentes tensioactivos ou adjuvantes convencionais conforme descrito anteriormente. Compostos associados preferidos pela combinação de acordo com a presente invenção incluem diflufenican, bromoxinilo, atrazina e isoproturon.

Podem, eventualmente, utilizar-se compostos activos sob o ponto de vista pesticida e outros materiais activos sob o ponto de vista biológico que podem ser incluídos em, ou utilizados em associação com, as composições herbicidas de acordo com a presente invenção, por exemplo os citados anteriormente, e que são ácidos, sob a forma de derivados convencionais, por exemplo sais de metais alcalinos e de amina e ésteres.

Os exemplos seguintes não limitativos ilustram as composições de acordo com a invenção. Na descrição que se segue aparecem as seguintes marcas registadas: - Moret, Soprophor, Antimousse, Rhodopol, Proxel.

Exemplo B1

Preparou-se um concentrado de suspensão que contém os ingredientes seguintes:

Composto A: 78 g Aclonifen 510 g Propileno-glicol 50 g Moret D423 50 g Soprophor PB60 20 g Antimousse 432 5g Ácido cítrico 1,5 g Rhodopot 23 2g Proxel GXL 1 g Água 462,5 g

Podem preparar-se concentrados de suspensão semelhantes mediante substituição do isoxazol (Composto A) por outros isoxazóis de fórmula geral (I). 20

De acordo com uma outra característica da presente invenção, proporciona-se um produto que compreende: (a) um derivado e 4-benzoilisoxazol de fórmula geral I anterior; e (b) aclonifen; sob a forma de uma preparação combinada para uso simultâneo, separado ou sequencial, por exemplo, no controlo do crescimento de ervas daninhas num local de cultura.

Lisboa, 7 de Agosto de 2001 í

O Agpnte Oficial da Propriedade industrial

JOSÉ DE SAMPAIO A.O.P.I. Rua do Salitre, 195, r/c-Drt. 1269-063 LISBOA

Claims (12)

1

Reivindicações 1. Método para o controlo de ervas daninhas num local, que compreende a aplicação ao local de uma quantidade eficaz sob o ponto de vista herbicida de: (a) um 4-benzoilisoxazol de fórmula geral (I):

na qual o símbolo R representa um átomo de hidrogénio ou um grupo de fórmula geral -C02R3; o símbolo R1 representa um grupo ciclopropilo; o símbolo R2 é escolhido de entre um átomo de halogéneo, um grupo de fórmula geral -S(0)pMe e um grupo alquilo ou halogenoalquilo (por exemplo trifluorometilo); o símbolo n representa o número dois ou três; o símbolo p representa o número zero, um ou dois; e o símbolo R3 representa um grupo alquilo Ci_*; e (b) 2-cloro-6-nitro-3-fenoxianilina, que é o aclonifen.

2. Método de acordo com a reivindicação 1 em que um dos grupos representados pelo símbolo R2 é um grupo de fórmula geral -S(0)pMe, na qual o símbolo p tem os significados definidos antes na reivindicação 1.

3. Método de acordo com a reivindicação 1 ou 2 em que o símbolo R representa um átomo de hidrogénio ou um grupo metoxicarbonilo ou etoxicarbonilo. /¾

4. Método de acordo com a reivindicação 1, 2 ou 3 em que o grupo de fórmula geral (R2)„ é o grupo de fórmula 2-S02Me-4-CF3.

5. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores em que o 4-benzoilisoxazol de fórmula geral (I) é o 5-ciclopropil-4-(2-metilsulfonil-4--trifluorometil)-benzoilisoxazol.

6. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto de utilizar entre 1 g e 500 g por hectare do 4--benzoilisoxazol e entre 30 g e 2 500 g de aclonifen por hectare.

7. Método de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, em que o local é uma área usada, ou a ser usada, para o crescimento de uma cultura.

8. Método de acordo com a reivindicação 7 em que a cultura é escolhida de entre milho, cana de açúcar e batatas.

9. Composição herbicida que compreende: (a) um derivado de 4-benzoilisoxazol de fórmula geral (I) tal como definida em uma qualquer das reivindicações 1 a 5; e (b) 2-cloro-6-nitro-3-fenoxianilina, a qual é o aclonifen; em associação com um ou mais diluentes ou veículos ou um agentes tensioactivo compatíveis aceitáveis sob o ponto de vista herbicida.

10. Composição de acordo com a reivindicação 9 em que a razão em peso de (a). (b) se encontra compreendida entre 1.2500 e 16,7:1.

11. Composição de acordo com a reivindicação 9 em que a razão em peso de (a): (b) se encontra compreendida entre 1:250 e 1:2,5.

12. Produto que compreende: (a) um derivado de 4-benzoilisoxazol de fórmula geral (I) tal como 3 definido na reivindicação 1, 2 ou 3; e (b) 2-cIoro-6-nitro-3-fenoxianilina, a qual é o aclonifen; sob a forma de uma preparação combinada para utilização simultânea, separada ou sequencial no controlo do crescimento de ervas daninhas num local. Lisboa, 7 de Agosto de 2001

A.O.P.l. Rua do Salitre, 195, r/c-Drt. 1269-063 LISBOA