PT778903E - Metodo e aparelho para fazer artigos texteis com pelos e os produtos deles derivados - Google Patents
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Description
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DESCRIÇÃO "MÉTODO E APARELHO PARA FAZER ARTIGOS TÊXTEIS COM PÊLOS E OS PRODUTOS DELES DERIVADOS" O presente invento diz respeito a artigos têxteis de pêlos alongados que são utilizados para cobrir o chão e as paredes quando alinhados com outros artigos têxteis de pêlos alongados e fixados a um substrato de suporte a fim de constituir uma estrutura com superfície de pêlos, e ao método para fazer um artigo têxtil de pêlos alongados e um sistema com mandril utilizado no processo para fazer o artigo. O invento constitui um melhoramento em relação ao invento da US-A-5 472 762 que mostra uma melhoria em relação aos artigos com pêlos alongados existentes e aos métodos para os fazer.
Convencionalmente, os artigos com pêlos alongados têm sido feitos para serem utilizados como os fios do tipo dos cordões de veludo, como pêlo para calafetar ou para fazerem parte de um tapete com fiadas com as dimensões x-y com cordões de suporte e com fio de pêlos que emergem do processo como um tapete acabado. Os fios do tipo de cordão de veludo não se adaptam por si só para se juntarem na estrutura de um tapete excepto com um processo de tecelagem dispendioso e consumidor de tempo. Os artigos para calafetar não proporcionam feixes individuais de fios grossos ao longo de um cordão e não estão concebidos para serem feitos num processo que utilize um fonte de fio contínuo, e não são concebidos com cordões estreitos para serem compactados uns ao lado dos outros formando um conjunto. O processo para tapetes com fiadas de dimensões x-y é -2- um processo complexo onde é difícil controlar a tensão no processo e a qualidade da ligação dos artigos de pêlo individuais, e não produzem artigos com pêlo que possam ser utilizados num tapete a fim de produzir tufos de elevada densidade/polegada quadrada. A largura do cordão e o passo dos fios no cordão são grandes quando comparados com o diâmetro utilizado no feixe de fios. O processo também não se adapta por si só para produzir um artigo intermédio de pêlos aprumados que possa ser embalado e vendido como material para fornecer os fabricantes de tapetes. Os artigos de pêlo feitos pelo processo das fiadas x-y normalmente utilizam um adesivo para fixar o fio ao cordão de suporte e o artigo de pêlo a um suporte o qual adiciona à estrutura um outro componente de polímero e é desordenado e difícil de processar, e apresenta problemas quando os materiais de base do artigo são para ser reciclados após a sua utilização. A US-A-5 472 762 correspondente à WO-A9419521 que constitui a técnica anterior no sentido do Artigo 54 (3) da EPC, mostra um artigo de pêlo alongado de baixo custo que compreende feixes de fios dispostos com uma elevada densidade ao longo de um cordão alongado. Podendo o produto ser feito por meio de um método simples e pouco dispendioso em que um fio se enrola num mandril que guia o cordão e em que é utilizado um dispositivo de ligação accionado por ultra sons para compactar continuamente e ligar o fio ao cordão. Este produto compreende um artigo de pêlo cortado ou um artigo de pêlo com laçadas que tem uma fiada única de laçadas associadas a cada cordão. O produto do artigo de pêlos alongados pode ser embalado separadamente para ser utilizado posteriormente ou ser utilizado directamente como material de alimentação para ser combinado com uma substrato de suporte para fazer uma estrutura com superfície de pêlos. (A palavra “fiada” é utilizada com um sentido geral tal como se sugere na página 26 linha 24 e seguintes). O invento tal como se reivindica procura resolver o problema de -3- proporcionar um processo e um produto para fazer um produto de pêlo com laçada alongado com elevada densidade, e especialmente um que tenha mais do que uma fiada de laçadas associadas a cada cordão. Ele também procura proporcionar um processo para fazer um pêlo com laçada que possa variar facilmente para alterar a altura das laçadas, e procura proporcionar um processo de produção para fazer pêlo com laçada e produzir especialmente um produto de pêlos com laçada. O artigo de pêlo deste invento compreende uma multiplicidade de fios que compreendem filamentos fixados a um cordão de suporte em que cada fio está sob a forma de um par de laçadas ligadas ao cordão, com cada um dos pares de cada lado do cordão. Noutro modelo de realização, as laçadas num dos lados do cordão têm um comprimento diferente das laçadas do outro lado do cordão. Ainda num outro modelo de realização, o artigo com pêlo com laçada é feito com fios retorcidos que se dobram em conjunto depois de fazer as laçadas a fim de fazer um par de laçadas dobradas de cada lado do cordão. Num outro modelo de realização, alguns dos pares de laçadas são cortadas pelo que alguns dos fios do cordão de tufos compreende um par de laçadas uma de cada lado do cordão e alguns dos fios compreendem tufos de pêlos cortados. Ainda num outro modelo de realização, o fio compreende uma multiplicidade de fios com pelo menos um fio diferente dos outros a fim de obter um aspecto visual especial, tal como quando diferentes cordões coloridos são utilizados e um baixo nível de torcimento ocorre ao fazer o produto de modo a que cores diferentes desaparecem e voltam a aparecer nos pares de laçadas. O invento aplica-se também às estruturas com superfície de pêlos semelhantes às estruturas com superfície de pêlos da US-A-5 472 762 excepto aos artigos com os pêlos fixados a um substrato de suporte para um tapete com pêlos que são os novos artigos com pêlos de laçada deste invento. -4- 0 invento é também um método para fazer um artigo de pêlos com laçada, que compreende um cordão de suporte para contacto com uma multiplicidade de fios que compreendem filamentos, em que cada fio compreende um par de laçadas ficando uma de cada lado do cordão; dobrando-se os fios por cima do cordão; e ligando os filamentos de cada fio onde eles contactam o cordão de modo a constituir no fio uma zona densa que tem os filamentos ligados entre si e ao cordão.
Num modelo de realização preferencial, o método compreende a alimentação contínua de um comprimento de fio que compreende filamentos sob tensão a uma guia excêntrica, rodando a guia de modo a enrolar o fio em tomo de uma forquilha a fim de constituir as laçadas do fio, tendo a forquilha uma multiplicidade de dentes que têm uma extremidade livre de suporte, posicionando os dentes da forquilha nos lados de um mandril que tem uma estria alongada entre os dentes da forquilha, alimentando um transportador do cordão para as laçadas ao longo do mandril e guiando o transportador do cordão ao longo da estria entre as laçadas e o mandril estacionário; sendo opcionalmente o referido cordão transportador o cordão de suporte quando o cordão de suporte é colocado entre as laçadas e o mandril estacionário; transportando as laçadas por baixo dos meios de ligação alinhados com a estria e o cordão de suporte e impulsionando o transportador do cordão ao longo da estria do mandril estacionário; dobrando as laçadas por cima da estria; ligando os filamentos do fio uns aos outros e ao cordão de suporte enquanto se dobra por cima da estria a fim de constituir o artigo de pêlo com laçada; fazendo avançar as laçadas ligadas na extremidade livre dos dentes da forquilha; e fazendo avançar o artigo com pêlo para fora do mandril.
Descrição Resumida dos Desenhos A Figura 1 é uma vista esquemática do processo para fazer um -5-
artigo de pêlo alongado;
As Figuras 2A, 2B e 2C são perspectivas e vistas diferentes do artigo de pêlo alongado com os fios de pêlo cortados;
As Figuras 3A e 3B são vistas de topo de um modelo de realização alternativo para o artigo de pêlo das Figuras 2B e 2C respectivamente; A Figura 4 é um esquema em que se mostra um método para fazer um tapete a partir do artigo de pêlo alongado sendo o pêlo cortado ou com laçada; A Figura 5 é uma vista esquemática em planta do artigo de pêlo alongado com pêlo com laçada; A Figura 6 é uma vista em perspectiva do artigo de pêlo alongado com pêlo com laçada da Figura 5; A Figura 7 é uma vista esquemática de um processo para fazer o artigo de pêlo com laçada da Figura 6; A Figura 8 é uma vista de topo de um modelo de realização alternativo do artigo de pêlo com laçada da Figura 6; e A Figura 9 é uma vista em perspectiva de um outro modelo de realização do artigo de pêlo alongado com laçada.
Descrição Pormenorizada dos Modelos de Realização Representados O processo e o produto feito na US-A-5 472 762 são semelhantes em muitos aspectos ao presente invento especialmente na forma de utilizar um fio -6- como invólucro, um mandril actuando com um dispositivo de ligação ultrasónico; um transportador do cordão e um cordão de suporte; e em pormenores da ligação entre o fio e o cordão de suporte. A forma de apanhar um cordão de tufos e de o fixar ao material de suporte é feito da mesma forma com os cordões de tufos da US-A-5 472 762 ou com os cordões de tufos de pêlos com laçada melhorados neste invento. Uma vez que muitos conceitos e linguagens para descrever este invento são compartilhados com a US-A-5 472 762, é necessário rever as Figuras 1-3 e a Figura 7 que descrevem os cordões dos tufos e o tapete da US-A-5 472 762.
Fazendo referência à Figura 1, no processo é fornecido um fio 20 a partir de uma fonte em 22 através de um tensor 24. O fio pode ser tipicamente um fio de filamentos múltiplos, franzido, engrossado, dobrado-torcido que foi aquecido a fim de manter o dobrado-torcido. O fio é um polímero termoplástico, tal como o nylon, polipropileno, etc. O fio pode ter um ou vários comprimentos dobrados-torcidos; mostram-se dois comprimentos. O fio 20 passa através de uma conduta oca 26 de guia que roda em tomo do seu eixo. A conduta é dobrada para guiar o fio para a posição referida por 28 radialmente desviada em relação ao eixo de rotação. Um mandril 30 é suportado e mantido estacionário no centro de rotação por meio do suporte fixo 29 e aceita o fio que é enrolado em tomo do mandril à medida que é alimentado por meio da conduta na posição referenciada por 28. Um ligeiro torcimento pode ser transmitido ao fio à medida que ele passa através da conduta rotativa de modo a que se forem utilizados dois cordões a partir da fonte do fio, os cordões podem ter um passo curto ao torcerem-se um em tomo do outro à medida que saem da conduta 28.
Um cordão de suporte 32 é fornecido para dentro do mandril na posição referida por 34 e através da abertura 36 do mandril. O cordão sai da abertura em 38 onde é guiado para o exterior do mandril ao longo da estria 40. O -7- mandril pode ter duas, três, quatro ou mais dessas estrias onde o fio que envolve o mandril se dobra fazendo um ângulo que está entre 0 e 180 graus, preferencialmente com menos do que 90 graus. Pode ser utilizado um mandril em forma de estrela com meios para guiar o fio entre os cumes a fim de proporcionar mais do que quatro estrias com o fio a dobrar a menos do que 90 graus em tomo de cada estria. O fio 20 é enrolado por cima do cordão 32 o qual é puxado ao longo do mandril pelo enrolador 41. São utilizados fios ou cordões transportadores adicionais, tais como os que são referenciados por 134 e 136 os quais são impulsionados por meio da roldana 135 accionada pelo motor, a fim de transportar o fio ao longo das outras estrias do mandril. E importante para controlar o movimento uniforme do fio que se proporcionem tais meios de transporte para o fio ao longo de cada estria do mandril. O fio é enrolado sob determinada tensão de modo a submeter-se ao mandril e ajusta-se com atrito ao cordão e aos transportadores para o transporte antes e depois da ligação. O ajuste com atrito que se faz entre o cordão e o fio não é necessário depois da ligação entre eles. O fio enrolado e o cordão deslocam-se em conjunto ao longo do mandril e por baixo do dispositivo de ligação ultrasónica 42 onde é fornecida energia suficiente ao fio para o compactar, os filamentos juntam-se entre si, e o fio liga-se ao cordão de suporte. Quando o fio se liga enquanto é dobrado em tomo do mandril, permanece dobrado com o ângulo do mandril quando o fio é retirado. A dobragem é especialmente visível nos filamentos do feixe adjacentes à ligação os quais foram pressionados directamente contra o mandril. A estria 40 do mandril actua como uma superfície de batente para o dispositivo ultrasónico. O fio enrolado, agora ligado ao cordão, continua ao longo do mandril até ao dispositivo de corte 44 (no entremeio das estrias 142 e 150 do mandril e inserido numa ranhura 47 do cortante) o qual corta o fio a fim de definir feixes individuais os quais têm extremidades que ficam opostas fixadas ao cordão o qual fica no meio das extremidades. O feixe cortado é fixado a um lado do cordão num local da sua periferia e as extremidades são dobradas com ângulos agudos sobre a base -8- 73 de modo a definir duas pernas ou tufos. Os ângulos agudos são medidos em relação a um plano de referência 71 tangente ao cordão no local onde os feixes são fixados. Os fios cortados desenrolam-se em relação ao mandril entre as estrias 142 e 150 e permitem o acesso ao mandril e ao suporte do mandril 29 e para a alimentação do cordão em 34 tal conforme já se referiu. O artigo base de pêlos alongados ou cordão de tufos 45 da Figura 1 está agora completo e pode agora ser enrolado num tambor, metido num contentor ou fornecido directamente a um outro dispositivo de outro equipamento de processamento.
As Figuras 2A, 2B e 2C mostram diferentes vistas de um artigo de pêlos alongados típico (cordões de tufos 45) do invento. A Figura 2A mostra uma multiplicidade de feixes de fios 46, 48, 50, etc. dobrados em forma de “U” e fixados a um cordão de suporte 32 que fica no interior do “U”. O feixe é dobrado a fim de definir um par de pernas aprumadas ou tufos 52 e 54 para o feixe 46, sendo os tufos fixados na sua base 73 ao cordão 32. As extremidades cortadas 56 e 58 dos tufos 52 e 54 caem respectivamente num plano comum com as extremidades dos outros tufos, no entanto as extremidades podem cair em diferentes planos para obter diferentes efeitos especiais. A Figura 2B mostra numa vista de topo parcial ampliada os cordões de tufos da Figura 2A e a Figura 2C mostra os tufos da Figura 2B dobrados para baixo a fim de se estudar melhor a região das ligações; ambas as Figuras mostram pormenores da ligação do feixe 46 ao cordão 32. O feixe tem, ao longo do seu comprimento, uma zona compactada de filamentos múltiplos 60 que têm uma zona densa 62 com filamentos ligados entre si, e nas zonas laterais opostas 64 e 66 com filamentos à superfície, tal como em 68, dispostos com os ângulos agudos 70a e 70b em relação ao plano de referência 71 na base dos tufos. As partes laterais opostas 64 e 66 ficam próximo de, e de cada lado da zona densa. A zona densa tem uma largura 72 que se aproxima da largura 74 do cordão 32; a zona -9-
densa liga-se à zona da superfície 76 na superfície periférica do cordão 32. A largura do cordão é a distância ao longo do cordão perpendicular ao comprimento do cordão e paralela ao plano de referência 71.
Mostra-se o cordão na sua posição preferencial que é do lado de dentro da forma em “U”, mas o cordão e o feixe podem também estar fixados ao cordão do lado exterior da forma em “U”, tal como se mostra nas Figuras 3A e 3B. As características da zona ligada permanecem as mesmas tal como se descreveu fazendo referência às Figuras 2B e 2C. A fim de produzir o artigo com pêlos alongados das Figuras 3A e 3B, os cordões 32, 134 e 136 serão cordões transportadores, que não se ligam aos fios, os quais serão feitos de um material que tem um ponto de fusão mais elevado do que o dos fios (por exemplo, fibra de aramida de Kevlar® da Du Pont utilizada com um fio tal como o nylon) e o fio 20 será enrolado à volta dos transportadores e do mandril 30. Um cordão de suporte 32a será alimentado por cima do fio no dispositivo de ligação 42 onde é ligado ao fio. O dispositivo de ligação terá na superfície uma ranhura pouco profunda, alinhada com a estria 40, a fim de guiar o cordão durante a operação de ligação. A zona ligada do feixe tem uma característica estrutural que é importante para a função do artigo de pêlos alongados quando uma multiplicidade deles se juntam numa estrutura de suporte a fim de constituir uma estrutura com uma superfície de pêlos, ou tapete. Quando se aplica uma força a um tufo (perna) do artigo de pêlos do invento, o tufo quebra-se no bordo da ligação ao cordão antes do cordão de tufos ser puxado no sentido contrário ao substrato de suporte, i.e., o feixe é frágil em cada extremidade junto da zona densa 62. Isto é desejável para que não ocorram maiores danos à estrutura com superfície de pêlos se um único tufo for puxado durante a sua utilização, como por exemplo por meio de um aspirador de limpeza, um animal de estimação que - 10- esteja dentro de casa, um brinquedo de uma criança ou algo semelhante. A perda de um único tufo não se nota no tapete, mas se se puxar para fora uma parte do cordão de tufos quebrando a fixação ao suporte notar-se-ia muito e deveria ser oportunamente reparada a fim de evitar estragos adicionais. Esta característica dos cordões de tufos do invento é conseguida por meio da ligação apropriada do feixe de fios 46 ao cordão 32 numa zona densa 62 da região compactada 60 do feixe. Quando feito de forma apropriada, os filamentos nos bordos na zona larga 72 da zona densa tomam-se mais finos na zona frangível do feixe na base do tufo, tal como em 98 e 100, de modo a que resistência da parte frangível é mais fraca do que a resistência do feixe antes da ligação. É também desejável ter um único tufo puxado para fora do cordão do que ter o feixe separado do cordão e retirando deste modo dois tufos. Quando um único tufo numa máquina convencional de fazer tufos para tapetes de pêlos cortados é puxado, são retirados dois tufos. Isto pode ser evitado num tapete feito de cordões de tufos fazendo a parte frangível menos resistente do que a resistência da ligação entre o feixe e o cordão. Isto é, a tensão de cedência do feixe é menor do que a resistência ao corte ou de desprendimento da ligação entre o feixe e o cordão. Quando uma perna, ou tufo do feixe é puxado acabará por ceder partindo na zona frágil mais fina na base do tufo. Se a ligação for demasiado fraca, puxando para fora um único tufo poder-se-á quebrar a ligação entre o feixe 46 e o cordão 32 e o feixe 46 na sua totalidade incluindo ambos os tufos ou pernas 52 e 54 sairão do cordão. Isto notar-se-á mais na estrutura com superfície de pêlos do que a perda de um único tufo. Se as ligações forem muito fortes e o feixe não tiver a parte frangível, ao se puxar um tufo permite-se que o feixe de fios que se enrolou ao cordão actue como uma unidade que pode possivelmente puxar o cordão de tufos afastando-o do suporte do tapete. A ligação por ultrasons pode ser controlada, por exemplo, fazendo variar a energia ultrasónica aplicada ao dispositivo de ligação, a pressão ente o - 11 - dispositivo de ligação e o fio, e o tempo em que um feixe de fios é pressionado pelo dispositivo de ligação ultrasónica. Outras variáveis, tais como um dispositivo de ligação em forma de ponta, a frequência ultrasónica, e a associação de energia ultrasónica a agentes de ligação (acabamento) aplicados aos filamentos do fio, também podem ser controlados. O processo de ligação para um dado fio pode variar a fim de produzir uniões com diferentes densidades que têm diferentes espessuras a fim de se atingir a fragilidade desejada. A densidade da região densa da ligação pode aproximar a densidade do polímero do fio à medida que os filamentos são fortemente pressionados em conjunto e aquecidos pela acção do dispositivo de ligação ultrasónica. Foi observado que em alguns casos o equilíbrio apropriado (entre o resistência da parte frágil e a resistência da ligação do feixe ao cordão) ocorre quando há alguns “detritos” evidentes nos bordos da zona densa do feixe do lado em que ele contacta com o dispositivo de ligação ultrasónica. Por exemplo, a 2750 dtex (2500 denier) um cordão torcido com duas dobras que tenha uma resistência frangível menor do que a resistência à ligação quando ligada com um dispositivo de accionamento ultrasónico com a frequência de 40 kHz e 0,025-0,05 mm/amplitude (1-2 mil/amplitude) para cerca de 1,0 segundos com uma força de cerca de 22,6 N (5 libras) entre o dispositivo de ligação e o fio. Um accionamento ultrasónico que funciona bem nesta aplicação é o modelo 40A351 da Dukane Corp. alimentado por uma energia apropriada de 350 watts a 40 kHz, ligada a um transdutor 41C28 da Dukane Corp. Pode também ser utilizado um intensificador da Dukane.
Podem ser utilizados outros elementos de ligação que não seja a ligação ultrasónica na zona compactada do feixe a fim de ligar os filamentos uns aos outros e ao cordão. Tais meios podem ser a ligação com solventes ou a ligação térmica com, por exemplo, uma barra aquecida, ou alguma combinação de uma ligação de um solvente, condutora e ultrasónica. - 12-
Um modelo de realização para fazer cordões de tufos de pêlos com laçadas mostra-se esquematicamente na Figura 5 onde o fio 20 do pêlo faz laçada e se coloca por cima do cordão 32. As laçadas serão dobradas com um certo ângulo por cima do cordão, e as laçadas e o fio passarão por baixo de um dispositivo de ligação ultrasónica que fará a ligação do fio dobrado ao cordão onde as laçadas se cruzam com o cordão. Isto produzirá uma estrutura com cordões de tufos de pêlos com laçada da Figura 6 estando as laçadas desse tufo aprumados de ambos os lados do cordão, tal como os feixes em forma de “U” que formam um par de laçadas 300 e 302, dos lados direito e esquerdo do cordão 32, respectivamente. O fio que está na base da forma em “U”, as laçadas aprumadas e os tufos terão as mesmas características que as estruturas de cordões de tufos de pêlos cortados acima descritas, tal como a zona compactada dos filamentos múltiplos que têm uma zona densa com os filamentos ligados entre si, e as partes laterais opostas com os filamentos da superfície dispostas com ângulos agudos em relação ao plano de referência, na base dos tufos. Nos cordões de tufos de pêlos cortados, o feixe era definido pelo comprimento do fio em forma de U entre as extremidades cortadas de dois tufos ligados. No caso de pêlos com laçada em que não há extremidades cortadas, o feixe é definido como o comprimento do fio em forma de U que compreende duas laçadas formadas sequencialmente que têm o cordão de suporte fixado no meio das laçadas. Por exemplo, duas laçadas sequenciais formam-se à medida que o fio se enrola com uma volta em tomo de um dispositivo de formação da laçada tal como a forquilha acima descrita. O fio utilizado para o pêlo para fazer o artigo de pêlos com laçada da Figura 6 pode ser um fio de armela ou um fio dobrado ou um fio torcido ou um fio entrelaçado ou um fio de filamento torcido contínuo. Se for utilizado um fio torcido ele é torcido com várias voltas por polegada, o fio nas duas pernas de uma só laçada pode ser dobrado em conjunto reduzindo a energia de torcimento do fio. Tal estrutura de “laçada dobrada" será parecida com a Figura 8 onde os -13-
tufos 326 e 328 aparecerão como tufos de pêlos cortados, mas com pequenas laçadas, tais como a 330, no topo do tufo em vez de uma extremidade cortada. A Figura 4 mostra um método para fazer tapetes utilizando os cordões de tufos do invento. Um tambor 78 está montado para rodar com um material de suporte 80 fixado, por exemplo, agarrando as extremidades 82 e 84 do suporte numa ranhura 86 no tambor. A superfície 87 de suporte virada para fora será revestida com uma camada adesiva, tal como um adesivo termoplástico. Um bloco 88 está montado de modo a passar transversalmente ao longo do eixo de rotação do tambor e transportar uma guia 90 do cordão de tufos e os meios de aquecimento 92 para amolecer localmente o adesivo termoplástico precisamente antes ou coincidindo com o contacto com o cordão de tufos; tais meios de aquecimento podem ser constituídos por um jacto de ar quente, calor de radiação, chama, ou algo semelhante. O cordão de tufos 45 pode ser fornecido a partir de um tambor 94 ou directamente do mandril 30 da Figura 1. O tambor 80 roda no sentido dos ponteiros do relógio, o cordão dos tufos é puxado através da guia 90, os meios de aquecimento 92 aquecem localmente a superfície adesiva 87 do suporte 80. O cordão de tufos contacta o adesivo aquecido e liga-se ao suporte. O bloco passa transversal e lentamente ao longo do eixo do tambor e deixa cair em espiral uma fiada de cordão de tufos sobre a superfície de suporte, com os ramos da espiral espaçados perto uns dos outros de modo a que o cordão de tufos acabado de aplicar fique perto do cordão de tufos previamente aplicado na fiada anterior a fim de definir uma estrutura com superfície de pêlos. Depois do cordão de tufos ter passado ao longo do comprimento do eixo do tambor, o enrolamento pára, e os conjuntos do cordão de tufos e do suporte são cortados ao longo do eixo do tambor, segundo a linha 96 onde as duas extremidades de suporte se juntaram na ranhura 86. Neste modelo de realização que se mostra, só o cordão de tufos necessita de ser cortado em 96 e as extremidades do suporte são libertadas a fim de se remover o conjunto. O conjunto pode em seguida ser - 14- removido do tambor e ser deixado plano a fim de constituir uma estrutura com superfície de pêlos ou tapete. O tapete feito por este método tem a característica das fiadas adjacentes dos cordões de tufos provirem de diferentes partes alongadas do mesmo cordão de tufos o que elimina as variações dos lotes de fios no tapete. Por exemplo, um tapete que tenha cerca de 1 kg/m (3,3 oz/ft ) de fio pode ser produzido fazendo primeiro um cordão de tufos de 2585dt (2350denier), dois cordões, fio torcido que se enrola ao longo do cordão com 6 voltas/cm (15 voltas/polegada) e com comprimento do tufo de 1,6 cm (5/8 de polegada), e montando em seguida o cordão de tufos no suporte com um passo de 2 cordões de tufos/cm (5 cordões de tufos /polegada). Uma pequena quantidade de fio é desperdiçada uma vez que a maior parte do fio aparece por cima do cordão. Por exemplo, com um cordão com a largura de 1,4 mm (0,055 polegadas), o comprimento de fio “desperdiçado” é apenas aquele que fica enrolado em tomo do cordão, que neste exemplo é cerca de 1,59 mm (1/16 de polegada), fora do comprimento do feixe de 3,33 cm (21/16 polegadas) ou cerca de 4,7%. Isto permite um uso mais eficiente do fio comparado com um tapete de tufos convencional que neste caso terá cerca de 7,4% de fio por baixo do suporte. São possíveis outros meios para fazer uma estrutura para o tapete de cordões de tufos. Por exemplo, pode-se proporcionar um suporte termoplástico e o cordão de tufos é fixado utilizando um processo de ligação ultrasónico. Uma multiplicidade de grupos de cordões de tufos podem ser enrolados em espiral num tambor simultaneamente e dispostos de modo a ficarem circunferencial e lateralmente juntos a fim de completar o tapete com apenas algumas voltas do tambor. Em alternativa, uma largura de tapete completo com uma fiada de cordões de tufos pode ser disposta de modo a ser fixada a um substrato de suporte contínuo como uma urdidura a fim de fazer um tapete de comprimento contínuo. Uma multiplicidade de dispositivos ultrasónicos podem ser utilizados para ligar uma multiplicidade de cordões de tufos ao mesmo tempo ao suporte quer do lado - 15- de cima do suporte quer do lado de trás do suporte. Tais sistemas para fazer tapetes de cordões de tufos são descritos na US-A-5 804 008. O substrato de suporte útil no processo ultrasónico é de preferência um composto de tecido de nylon não tecido e tecido forte de forro de fibra de vidro tal como se descreve na US-A-5 470 64. Preferencialmente, o tecido composto é um substrato de suporte estável com a humidade. O cordão de suporte é preferencialmente uma estrutura que compreende um núcleo com um feixe de filamentos múltiplos de fibra de vidro revestido com um invólucro de nylon que envolve o núcleo a fim de proporcionar uma estrutura de cordões adesivos estáveis com a humidade tal como se descreveu na US-A-5 470 656. A estrutura do tapete de cordões de tufos é de preferência uma estrutura para tapetes estável com a humidade, tal como se descreveu em WO-A-96/0668 que se intitula Tapete de Cordões de Tufos Estável com a Humidade. Os fios de filamentos múltiplos utilizado tal como os fios dos tufos, ou fios da face exterior, podem ser fabricados por vários métodos conhecidos nesta técnica. Estes fios contêm preferencialmente filamentos (fibras) preparados a partir de polímeros termoplásticos tais como as poliamidas, os poliésteres, as poliolefinas, e acrilonitrilos, e copolímeros ou as suas misturas. As fibras naturais, tais como a lã, também podem ser utilizadas. Num modelo de realização preferencial, os fios dos tufos são fios de nylon tingidos em solução em que os pigmentos ou as tintas são incorporados no polímero fundido ou numa solução prévia a fim de fazer a extmsão da mistura através da fieira. No contexto de um tapete, estes podem também ser referidos como fios de nylon previamente tingidos uma vez que a cor é aplicada ao fio antes de se terem formado os tufos do tapete ou de se ter formado de outro modo. A característica da resistência dos tufos frágeis dos cordões de tufos - 16- do invento, já foi debatida, pode ser útil para produzir uma estrutura para um tapete “seguro relativamente à cedência” onde a ligação do feixe ao cordão pode ser adaptada de modo a que a força para arrancar um só tufo é menor do que a resistência de um feixe de filamentos antes da ligação. Isto permite que a força para arrancar os tufos seja ajustada de modo a que o tufo ceda antes que a estrutura dos cordões de tufos seja puxada para fora do suporte do tapete. No extremo inferior, a força para arrancar o tufo deverá exceder os requisitos normais para a utilização de tapetes estabelecida pela HUD (Housing and Urban Development product standards for carpet) e da ASTM (American Society for Testing and Materials). Também é desejável que a resistência para arrancar um só tufo seja menor do que a resistência de ligação do feixe de fios de modo a que o feixe não se separe do cordão retirando dessa forma dois tufos do tapete. Esta é uma característica única que permite: 1) que os tufos resistam ao uso normal e a serem despedaçados e 2) se minimizem os danos causados pelas forças anormais que puxam os tufos. Nos tapetes convencionais de pêlos cortados feitos em máquinas de fazer tufos, a força excessiva num só tufo faz com que o feixe, que inclui dois tufos, seja arrancado. Com a característica frangível dos tufos do invento, a força excessiva num só tufo pode ter apenas como consequência que um só tufo seja arrancado, minimizando deste modo os danos no tapete. Nas estruturas com uma superfície de pêlos em que esta característica não seja desejável, a ligação pode ser adaptada utilizando o processo do invento de modo a que resistência dos tufos seja aumentada de modo a igualar ou exceder a resistência de ligação do feixe, mas sendo ainda menor do que a resistência dos filamentos do feixe antes de serem ligados. Resumindo:
Resistência do Tufo < Resistência do Fio preferencialmente:
Arrancamento Mínimo < Resistência do Tufo < Resistência de Ligação O fio utilizado no artigo de pêlos alongados pode ser um cordão de filamentos múltiplos onde os filamentos estão “ligados” uns aos outros. Os filamentos podem ser torcidos até um nível de pelo menos 0,4 voltas/cm (1 volta/polegada) a fim de proporcionar um cruzamento dos filamentos que realce a ligação (especialmente a ligação ultrasónica), ou os filamentos podem ser emaranhados a fim de proporcionar os cruzamentos. O fio pode compreender dois ou mais cordões de filamentos múltiplos que são dobrados-torcidos entre si. O filamento dobrado-torcido pode ser um “verdadeiro” cordão em S ou Z dobrado e torcido ou um torcido no inverso onde os cordões S e Z alternam com os cordões dobrados e torcidos e há uma ligação na dobragem do cordão torcido no inverso. De preferência o fio torcido no inverso tem uma ligação ao fio dobrado antes da inversão do torcimento tal como se descreve na US-A-5 012 636. O fio é de preferência feito a partir de um polímero termoplástico que tem a mesma composição que o cordão de modo a que o fio e o cordão se podem ligar sem se utilizarem adesivos. O fio é de preferência feito a partir de filamentos frisados, grossos, tratados termicamente normalmente utilizados como fios para tapetes. Os filamentos do fio podem ter uma variedade de secções transversais que podem ser ocas e conterem agentes anti estáticos ou algo semelhante. Pode-se aplicar ao fio um acabamento que auxilie à ligação ultrasónica. O fio é de preferência um polímero de nylon. O fio pode ser um poli (ariletercetona) ou uma poliaramida ou uma meta-aramida que se pode ligar com solventes, ultrasons ou calor. O cordão útil no artigo de pêlos alongados pode ter uma secção transversal com várias formas, tais como quadrada, rectangular, elíptica, oblonga, redonda, triangular, com lóbulos múltiplos, plano como uma fita, etc. O cordão tem que se poder ligar ao fio e ter suficiente estabilidade no alongamento de modo a que as ligações não provoquem uma sobre tensão devido ao alongamento do cordão. O cordão tem de proporcionar estabilidade suficiente ao artigo de modo a se poder lidar com ele para o uso a que se destina, tal como a fixação ao -18-
substrato de suporte. O cordão pode ser de filamento único, ter uma estrutura composta, ter uma estrutura de invólucro/núcleo, ter uma estrutura reforçada ou uma estrutura de filamentos múltiplos torcidos. O cordão é preferencialmente feito a partir de um polímero termoplástico que tem a mesma composição do fio que lhe está fixado de modo a que o fio e o cordão possam ser ligados sem se utilizarem adesivos. O cordão é preferencialmente um polímero que tem uma estrutura molecular orientada na direcção do alongamento, e que tem uma baixa variação dimensional na direcção dessa orientação em consequência dos ganhos ou perdas de humidade ou de pequenas mudanças da temperatura. O cordão de suporte é preferencialmente um polímero de nylon, tal como o Hyten® feito pela E.I: du Pont de Nemours and Company.
Sob o aspecto da relação altura/largura do cordão ela pode ser menor do que 1 de modo a que o cordão de tufos seja estável e não tenda a virar-se para cima quando montada num tapete e sujeito a uma carga elevada devido às mobílias ou aos sapatos de tacão alto. Também, no processo de ligação ultrasónica, um cordão grosso pode absorver mais energia do que um cordão fino pelo que o processo ultrasónico é menos eficiente. Contudo, a espessura do cordão não deverá ser tão fina de modo a que se tome difícil lidar com ele nas subsequentes fases do processo necessário para fazer um tapete. Sob o aspecto daquela relação um cordão a utilizar no invento deverá funcionar bem se ela estiver entre 0,1 e 1,0. Um cordão com 1,42 mm (56 mils) de largura e 0,475 mm (19 mils) de espessura, que apresenta uma relação de 0,34, funciona bem quando montado num tapete de amostra feito com o cordão de tufos do invento. A Figura 7 mostra um meio para fazer cordões de tufos de pêlo com laçada da Figura 6. Este aparelho é uma variante do aparelho da Figura 1; são utilizados os mesmos números nas referências quando for apropriado. Uma diferença consiste em haver uma forquilha 304 com uma haste 306 que é -19- suportada por uma chumaceira 308 para rotação que está fixada a uma conduta oca 26 de guiamento; a chumaceira para rotação também restringe o movimento axial da forquilha. A forquilha 304 tem os dentes 310 e 312 que se desenvolvem de ambos os lados do mandril 30’ e proporcionam suporte para o fio 20 que é enrolado em tomo da forquilha com as laçadas 313 quando a conduta 26 roda e alimenta o fio a partir da conduta em 28. Um cordão de suporte 32 é alimentado ao longo do interior do mandril 30’ pela extremidade mais afastada do mandril e é guiado através da passagem 36 saindo em 38. O cordão é guiado até ao exterior do mandril e ao longo da estria 40. Os dentes 310 e 312 estão próximo do mandril 30’ e contactam com as correias móveis 314 e 326, respectivamente, as quais são guiadas em tomo de roldanas, tais como as roldanas 318 e 320 que são suportadas de forma a poder rodar na estrutura 322 que pode ser fixada ao mandril 30’ ou estar fixada a um suporte exterior (não representado). O contacto dos dentes com as correias funciona de modo a evitar a rotação da forquilha 304, ou a forquilha 304 pode estar ligada magneticamente a um suporte rotativo 27 a fim de resistir à rotação; a conduta dobrada 26 passará através do campo magnético à medida que ela roda sem perturbar o binário magnético da forquilha. A instalação do fio na forquilha pressiona o fio na direcção das correias 314 e316 que se movem para auxiliar a passagem das laçadas do fio ao longo da forquilha na direcção do mandril. Os dentes da forquilha podem também convergir ligeiramente a fim de auxiliar o movimento inicial das laçadas de fio ao longo da forquilha. Em alternativa, os dentes da forquilha podem ser paralelos entre si e cada dente individualmente poderá ter uma inclinação dada por uma variação do seu diâmetro desde um primeiro diâmetro onde o fio é enrolado e um segundo diâmetro menor onde o fio deixa os dentes. O fio pode também ser enrolado sob uma certa tensão a fim de provocar a contracção do fio nos dentes convergentes ou inclinados auxiliando este movimento inicial ao longo dos dentes. A medida que as laçadas 313 encontram o mandril, elas também contactam o cordão 32 que se move o que auxilia ao movimento das laçadas ao longo do mandril e sob a -20- -20-
\ acção do dispositivo de ligação ultrasónico 42. O mandril 30’ tem uma superfície em rampa 326 que guia o cordão de suporte 32 sobre uma superfície ranhurada com a estria 40 e em contacto com o fio. De preferência, o dispositivo de ligação 42 está posicionado ao longo da estria 40 de modo a que o bordo de guia 42a daquele dispositivo está por cima do local onde a superfície em rampa 326 encontra a estria 40. Isto liga o fio ao cordão tão cedo quanto possível após eles estarem juntos de modo a que o cordão possa auxiliar o fio impulsionando-o positivamente. O dispositivo de ligação liga as laçadas do fio de pêlos à superfície do cordão 32 cerca do ponto médio das laçadas a fim de proporcionar dois tufos de laçada aprumados de igual comprimento, um de cada lado do cordão. Depois das laçadas terem passado pelo dispositivo de ligação 42, os tufos de laçada deslizam da extremidade dos dentes da forquilha, tal como na extremidade 324, e o cordão de tufos pode ser retirado do mandril 30’.
Também é possível formar um par de laçadas de modo a que as laçadas fiquem desalinhadas em relação ao cordão de suporte 32 de modo a que o cordão se ligue fora do ponto médio das laçadas a fim de criar um efeito especial do cordão de tufos de pêlos com laçadas. Neste caso, fazendo referência à Figura 9, a laçada 300’ do lado direito do cordão poderá, por exemplo ser mais curto na distância 328 (e ter desta forma uma altura inferior) do que a laçada 302’ do lado esquerdo do cordão 32. Quando este tipo de cordões de tufos são fixados ao suporte do tapete colocados uns ao lado dos outros tal como um cordão de tufos num tapete, o efeito global é semelhante a um tapete do tipo de tecido de bombazina ou de sisal; há fiadas alternadas altas e baixas de tufos de pêlos com laçada. Tal estrutura de cordão de tufos de pêlos com laçada uns altos outros baixos pode ser feita deslocando o suporte de rotação 27 ligeiramente para fora do alinhamento com a estria 40 do mandril 30’ na direcção da seta 330. Uma vez que os dentes da forquilha estão fundamentalmente fixados ao suporte 27 (por meio da haste 306, o suporte 308, e a conduta 26), isto fará mover os dentes -21 - desalinhando-os mas nenhuma das laçada que sai dos dentes será mais comprida do que a de outro par em relação à estria que guia o cordão de suporte 32 e o fio por baixo do dispositivo de ligação 42. As correias 314 e 316 poderão também ter de ser deslocadas de modo a ficarem a fazer bom contacto entre o fio e os dentes.
Podem ser utilizados outros meios além das correias 314 e 316 para auxiliar o movimento do fio ao longo dos dentes da forquilha. A tensão no fio acima referida e a convergência dos dentes podem constituir os meios suficientes para alguns fios e condições de funcionamento. Podem ser incorporados outros meios tais como elementos roscados nos dentes em que os elementos roscados rodam por acção da haste 306 e o suporte para rotação 306. Ainda outros meios podem ser constituídos por escovas rotativas que se ajustam suavemente ao fio a enrolar nos dentes, ou pode haver correias montadas no mandril que se ajustam ao fio a enrolar no espaço entre os dentes e a estria do mandril.
Os cordões de tufos do invento têm sido descritos como sendo feitos num dispositivo automático tal como o dispositivo da Figura 7, no entanto, considera-se que o invento também pode ser utilizado com meios manuais ou quaisquer outros meios apropriados. Por exemplo, o fio pode ser enrolado manualmente em tomo de um par de varões paralelos e conduzidos ao longo de uma estria (bordo) de um mandril rectangular estreito que tem um cordão de suporte inclinado ao longo da estria (semelhante à Figura 18 na US-A-5 472 762). Os varões serão colocados de cada lado do mandril, e o fio será dobrado por cima da estria. Um dispositivo ultrasónico pode passar ao longo do fio onde ele se dobra por cima do cordão a fim de ligar o fio ao cordão. Os varões podem ser removidos, e o tufo de cordões de pêlos com laçada pode ser separado do mandril.
Mostra-se o cordão na posição preferida que é no lado interior da forma em “U”, mas o cordão e o feixe podem também ser fixados ao cordão do -22- lado de fora da forma em “U” de modo semelhante ao do artigo de pêlos cortados que se mostra na Figura 3A. A fim de produzir um artigo de pêlos com laçada com o cordão do lado de fora do feixe em forma de “U”, o cordão 32 na Figura 7 será um cordão transportador, que não se liga ao fio, e proporcionar-se-á um cordão de suporte, tal como o que se representa por linha tracejada em 32a, o qual será ligado ao fio como se debateu na US-A-5 472 762 referindo-se neste modelo de realização alternativo da Figura 1 a um cordão de tufos cortados. O método que se acaba de descrever em que se utiliza uma forquilha para fazer um cordão de tufos de pêlos com laçada pode também ser utilizado para fazer cordões de tufos de pêlos cortados ou cordões de tufos de pêlos com laçada e cortados, quando se proporcionam os meios para cortar as laçadas dos fio de pêlos enquanto eles estão ainda a ser transportados ao longo dos dentes. Se todas as laçadas forem cortadas, ter-se-á como resultado um cordão de tufos com pêlos cortados; se só forem cortadas algumas laçadas ter-se-á como resultado um cordão de tufos de pêlos com laçada e cortados. Uma forma de proporcionar os meios de corte será adicionar uma lâmina de navalha inclinada na extremidade dos dentes a seguir à roldana 320, de modo a que à medida que cada laçada é transportada ao longo dos dentes e por cima da lâmina, ela será cortada pela lâmina. Em alternativa, poder-se-á proporcionar uma ranhura nos dentes ou no mandril um dispositivo de corte rotativo, semelhante ao que é constituído pela ranhura 47, na superfície de batente 30 oposta ao dispositivo de corte 44 da Figura 1. O dispositivo de corte poderá mover-se para dentro ou para fora da ranhura de modo a alternadamente cortar e não cortar as laçadas. O dispositivo de corte pode estar ou não no meio da laçada de modo a obter por meio do dispositivo de corte as variações especiais na altura de pêlo. Há outras variações de estilo possíveis utilizando o processo e o aparelho dos pares de laçadas do invento. Com variações no processo de -23-
alimentação do fio podem-se produzir alguns estilos interessantes de tapetes de cordões de tufos. Uma vez que o fio não seja cortado como nos cordões de tufos de pêlos cortados, a alimentação do fio não necessita de ser consolidada para assegurar os feixes de fios coesos que ficam depois do corte para uma adequada definição dos tufos. Para cordões de tufos de pêlos com laçada, podem-se utilizar fios que só tenham sido folgadamente emaranhados a fim de se ter um bom manuseamento ao desfazer uma embalagem e para fazer o seu guiamento sem que seja desfiado. Por exemplo, um só cordão de fios de filamentos múltiplos emaranhados com um muito baixo grau de torcimento produz o aspecto de uma textura volumosa numa estrutura para tapete de pêlos com laçada, particularmente se o fio for do tipo fibra com um padrão de cores variadas ao longo do seu comprimento. Mais uma variação pode ser conseguida se forem fornecidos à conduta de enrolamento cordões de fios múltiplos em que pelo menos um dos cordões tenha um aspecto diferente dos restantes. O aspecto diferente pode ser uma cor diferente, lustro, nível de torcimento ou emaranhado, tinta salpicada, fibra, dobrado e torcido versus não dobrado e torcido, etc. Por exemplo, cada cordão pode ter fios com uma solução de tinta de diferente cor, ou um em cada cinco cordões pode ter um fio com uma solução de tinta de cor diferente. À medida que os cordões de fios múltiplos são enrolados, o processo de enrolamento introduz um baixo nível de torcimento ao grupo de cordões múltiplos de modo a que periodicamente haja uma cor que desaparece e em seguida haja uma cor diferente que aparece nos pares de laçadas do fio a fim de obter um aspecto relacionado com o de um fio de tinta salpicada. Isto pode ser alcançado sem se ter de passar por etapas adicionais de preparação do fio de alimentação que são requeridas para um fio de tinta salpicada. Podem ser consideradas outras variações para aqueles que praticarem com o invento. Pode ser alcançado outro estilo quando se utiliza um fio torcido e dobrado alternadamente como fio de alimentação no processo com pares de laçadas. Neste caso, nota-se um aspecto diferente nas laçadas dependendo conforme as laçadas -24- tiverem um fio de dobra em S ou dobra em Z. Onde o fio contiver segmentos repetidos com cerca de 5 pés de dobras em S e 5 pés de dobras em Z, o tufo de cordões de pêlo com laçada tem cerca de 3 polegadas de laçadas com dobras em S e em seguida cerca de 3 polegadas de laçadas com dobras em Z. Onde estas forem levadas lado a lado para fazer um tapete de cordões de tufos de pêlo com laçada, poder-se-á ver um padrão do tipo de um tecido de seda ondeado onde as laçadas com dobra em S periodicamente se alinham com as laçadas adjacentes de dobras em S e as laçadas de dobra em Z periodicamente se alinham com as laçadas adjacentes com dobra em Z.
Lisboa, 25 de Agosto de 2000
JORGE CRUZ
Agente Oficial da Propriedade Industrial RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA
Claims (20)
- - 1 - tll.il....... REIVINDICAÇÕES 1. Artigo de pêlo que compreende uma multiplicidade de fios (20) que compreendem filamentos fixados a um cordão de suporte (32), caracterizado por cada um dos fios estar sob a forma de um par de laçadas (300, 300’, 302, 302’) que se ligam ao cordão (32) ficando cada uma das pernas do par de um e outro lado do cordão (32).
- 2. Artigo de pêlo da reivindicação 1, em que uma das pernas (302’) do par da laçada tem um comprimento diferente da outra perna (300’) do referido par.
- 3. Artigo de pêlo da reivindicação 1, em que os fios compreendem um fio torcido que forma um par de laçadas dobradas (326, 328) de cada lado do cordão (32).
- 4. Artigo de pêlo da reivindicação 1, em que alguns dos pares das laçadas são cortados pelo que alguns dos fios compreendem um par de laçadas (300, 300’, 302, 302’) com uma pema de cada lado do cordão (32) e alguns dos fios compreendem tufos (46) de pêlos cortados.
- 5. Artigo de pêlo da reivindicação 1, em que os fios (20) são constituídos por cordões de filamentos múltiplos tendo pelo menos um dos cordões um aspecto diferente dos outros cordões.
- 6. Artigo de pêlo da reivindicação 5, em que o aspecto diferente consiste numa cor diferente. -2-
- 7. Artigo de pêlo que tem um cordão de suporte (32) e uma multiplicidade de fios (20) constituídos por filamentos, tendo cada um dos referidos fios uma zona densa (62) de filamentos ligados entre si e fixados ao referido cordão de suporte (32); cada um dos referidos fios tem uma zona frágil (98, 100) adjacente à zona densa (62), em que a resistência da zona frágil é menor do que a resistência dos fios (20) antes de se ligarem, caracterizado por cada fio (20) ter a forma de um par de laçadas (300, 300’, 302, 302’) ligadas ao cordão (32), ficando cada uma das pernas do par de um e outro lado do cordão (32).
- 8. Artigo de pêlo que tem um cordão de suporte (32); uma multiplicidade de fios (20) constituídos por filamentos, definindo cada fio um par de tufos (52, 54) formados por pêlos, sendo os tufos no referido par dobrados formando um ângulo com a base (60) e desenvolvendo-se daí para cima, definindo os tufos uma distância de afastamento (72) entre eles adjacente à referida base, tendo cada um dos referidos fios um zona densa (62) de filamentos ligados entre si e fixados ao cordão de suporte (32) na referida base (60), tendo o referido cordão de suporte uma largura (74) que é igual ou menor do que a distância entre os tufos (52, 54) de um par, caracterizado por cada fio (20) ter a forma de um par de laçadas (300, 300’, 302, 302’) ligadas ao cordão (32), ficando cada uma das pernas do par de um e outro lado do cordão (32).
- 9. Artigo de pêlo da reivindicação 7 ou da reivindicação 8, em que o referido cordão (32) tem uma superfície de polímero termoplástico, e os referidos filamentos de cada fio (20) são constituídos a partir do mesmo polímero termoplástico.
- 10. Artigo de pêlo da reivindicação 9, em que a referida superfície do referido cordão e os referidos filamentos dos referidos fios são de nylon.
- 11. Artigo de pêlo da reivindicação 9, em que a referida superfície do referido cordão e os referidos filamentos dos referidos fios são de poliéster.
- 12. Estrutura de superfície de pêlos que tem um substrato de suporte; uma multiplicidade de artigos de pêlo, compreendendo cada um uma multiplicidade de fios (20) constituídos pelos filamentos que são fixados a um cordão de suporte (32), sendo os referidos artigos de pêlo colocados uns a seguir aos outros e fixados ao referida substrato, caracterizado por cada fio (20) ter a forma de um par de laçadas (300, 300’, 302, 302’) ligadas ao cordão (32), ficando cada uma das pernas do par de um e outro lado do cordão (32).
- 13. Estrutura de superfície de pêlos da reivindicação 12, em que uma perna (302’) do par de laçadas tem um comprimento diferente da outra perna (300’) do referido par.
- 14. Método para fazer um artigo de pêlo com laçada (73) que compreende: contactar um cordão de suporte (32) com uma multiplicidade de fios (20) constituídos por filamentos, em que cada fio compreende um par de laçadas (300, 300’, 302, 302’), ficando cada uma das pernas do par de um e outro lado do cordão (32); dobrar os referidos fios (20) por cima do cordão (32); ligar os referidos filamentos de cada fio (20) onde eles contactam com o cordão (32) de modo a formar uma zona densa (62) nos fios (20, 46) que tem os filamentos ligados entre si e ao cordão (32).
- 15. Método da reivindicação 14, que compreende além do mais -4- o desvio do par da laçada em relação ao cordão de modo a que uma perna (302’) da laçada do par tenha um comprimento diferente da outra perna (300’) da laçada do par.
- 16. Método da reivindicação 14, em que a ligação compreende a ligação por ultrasons.
- 17. Método para fazer um artigo de pêlo com laçada de acordo com a reivindicação 14, que compreende: alimentar um comprimento de fio (20) constituído por filamentos sob tensão a uma guia (26); rodar a referida guia a fim de enrolar o referido fio em tomo da forquilha (304) de modo a formar as laçadas (313) com o referido fio, tendo a referida forquilha os dentes (310, 312) com uma extremidade livre de suporte; posicionar os dentes (310, 312) de cada um dos lados de um mandril estacionário (30’) que tem as estrias (40) alongadas no mandril (30’) entre os dentes (310, 312); alimentar um cordão (32) transportador para as referidas laçadas (313) ao longo do referido mandril e guiar o cordão (32) transportador ao longo da referida estria entre as referidas laçadas e o referido mandril estacionário, sendo o referido cordão transportador opcionalmente o referido cordão de suporte quando o referido cordão de suporte está colocado entre as referidas laçadas e o referido mandril estacionário; dobrar as laçadas (313) por cima da estria (40); ligar os filamentos do fio (20) uns aos outros e ao cordão (32) enquanto se dobram por cima da estria (40) de modo a formar o artigo de pêlos com laçada (73); fazer avançar as laçadas ligadas para fora das extremidades livres (324) dos dentes; e -5- fazer avançar o artigo de pêlos para fora do mandril (30’).
- 18. O método tal como se definiu na reivindicação 17 em que a ligação dos filamentos uns aos outros e ao cordão de suporte compreende uma ligação por ultrasons.
- 19. Método da reivindicação 17, em que o referido cordão de suporte está localizado entre a referida estria e o referido fio enrolado no referido mandril.
- 20. Método da reivindicação 17, em que o referido cordão de suporte está localizado ao longo da estria (40) entre o referido fio enrolado no referido mandril e os referidos meios de ligação. Lisboa, 25 de Agosto de 2000JORGE CRUZ Agente Oficial da Propriedade Industriál RUA VICTOR CORDON, 14 1200 LISBOA
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