PT705798E - Processo e dispositivo para o bambeamento de folhas de vidro - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO /

EPÍGRAFE: “PROCESSO E DISPOSITIVO PARA O BAMBEAMENTO DE FOLHAS DE VIDRO” A presente invenção diz respeito a um processo e um dispositivo de bambeamento por gravidade de folhas de vidro sobre um quadro ou esqueleto de bambeamento.

Conhece-se conforme a publicação EP-A-0 448 447 um processo e um dispositivo de bambeamento por gravidade de folhas de vidro em pelo menos duas etapas sucessivas. Numa primeira etapa as folhas de vidro são bambeadas por gravidade segundo uma primeira forma correspondendo a um esboço da forma definitiva, depois numa segunda etapa as folhas de vidro são bambeadas por gravidade segundo a forma definitiva.

Para realizar este processo, utiliza-se um quadro dito esboço para a primeira etapa e um quadro dito definitivo para a segunda etapa. O quadro definitivo com o qual se efectua o bambeamento definitivo na segunda etapa de bambeamento pode ser um anel fechado autónomo que é colocado no interior do quadro esboço ou no exterior a uma pequena distância. Em variante, o quadro de bambeamento definitivo pode ser formado de partes do quadro esboço e de partes suplementares móveis. Assim é 1

possível associar ao quadro esboço as partes laterais simétricas que se redobram para cima para a operação de bambeamento definitivo formando assim um quadro definitivo com partes laterais mais encurvadas enquanto a parte média é comum com aquela do quadro esboço.

Este processo conhecido convém nomeadamente para o bambeamento de folhas de vidro de forma complexa e/ou de folhas de vidro apresentando um duplo bambeamento pronunciado e/ou para as folhas de vidro sujeitas a um contra-bambeamento nas zonas críticas.

Quando num tal processo ou dispositivo a transferência da folha de vidro bambeada sob forma de esboço para o quadro definitivo não se efectua de maneira regular quer dizer simétricamente em relação ao eixo de simetria, no caso em que as folhas de vidro bambeadas devem apresentar uma tal simetria, podem produzir-se defeitos de curvaturas em relação às curvaturas desejadas, o que pode prejudicar além disso a qualidade óptica das folhas de vidro.

Uma transferência não regular entre os dois quadros pode produzir-se quando as duas partes laterais extremas da folha de vidro não são retomadas ao mesmo tempo pelo quadro definitivo. Neste caso, com efeito, as forças exercendo-se sobre as partes laterais da folha de vidro amolecida não são idênticas e simultâneas. Segue um bambeamento assimétrico não desejado da folha de vidro o que pode além disso prejudicar a sua qualidade óptica. 2 A invenção propõe um processo e um dispositivo que atenuam os inconvenientes citados. O processo de bambeamento sobre quadro de pelo menos uma folha de vidro por gravidade conforme a invenção compreende pelo menos duas etapas para o bambeamento própriamente dito no decurso das quais a ou as folhas de vidro sofrem uma modificação da sua forma por gravidade sendo suportada(s) na periferia segundo uma primeira linha periférica no decurso da primeira etapa e segundo uma segunda linha periférica no decurso da segunda etapa, com passagem da ou das folhas de vidro da primeira linha à segunda linha, na qual esta passagem se efectua controlando em todo o momento a acção das forças que se exercem sobre as partes da ou das folhas de vidro vindo ao contacto da segunda linha periférica, por reacção desta segunda linha periférica no contacto da ou das folhas de vidro.

Sob um dos aspectos da invenção a passagem entre as duas linhas periféricas efectua-se equilibrando a todo o momento a acção das forças exercendo-se sobre as partes simétricas da ou das folhas de vidro vindo ao contacto das linhas periféricas. O equilíbrio da acção das forças pode ser realizado por uma rotação ou um basculamento de uma linha periférica em relação à outra, quer dizer pela rotação do plano médio de uma linha em relação ao plano médio da outra linha.

Quando a ou as folhas de vidro bambeadas devem apresentar uma simetria, o equilíbrio da acção das forças de acordo com a invenção pode ser realizado por uma

montagem de pelo menos uma das duas linhas periféricas girando em torno de um eixo horizontal. Como descrito na EP-A-0 448 447 já citada e da qual o perito da técnica poderá tirar o ensinamento necessário, as duas linhas periféricas podem ser inteiramente distintas uma da outra, uma sendo disposta no interior da outra, a substituição de uma linha por outra opera-se por exemplo seja por uma elevação do nível da segunda linha em relação ao nível da primeira, seja por um abaixamento do nível desta primeira linha, ou ainda pela combinação destes dois movimentos.

Em variante, a segunda linha periférica pode ser distinta em partes somente da primeira linha. A distinção ou diferença pode existir sobre as paredes laterais das duas linhas.

Neste caso, a diferença consiste geralmente no facto de as partes laterais da segunda linha apresentarem curvaturas mais acentuadas e serem colocadas em posição de trabalho a um nível superior ao nível das partes laterais da primeira linha.

As linhas periféricas são geralmente linhas contínuas, em particular para a linha definindo a forma bambeada definitiva da ou das folhas de vidro, ainda que uma linha formada de vários pontos ou segmentos dispostos em lugares adequados possa igualmente convir. A linha periférica correspondendo à primeira etapa de bambeamento pode ser interior ou exterior à linha periférica correspondendo a outra etapa de bambeamento 4

Cada uma das duas linhas periféricas pode também ter uma forma que varia no decurso de uma etapa de bambeamento.

Sob um dos aspectos da invenção, o equilíbrio da acção das forças exercendo-se sobre as partes desejadas da folha de vidro estabelece-se por reacção de um ou dos dois quadros sob a acção de contacto da folha de vidro com estes quadros. A invenção diz respeito também a um dispositivo ou duplo quadro de bambeamento compreendendo dois quadros : um primeiro quadro ou quadro esboço destinado a suportar a periferia da ou das folhas de vidro a bambear durante uma primeira etapa de bambeamento, um segundo quadro ou quadro definitivo substituindo-se ao primeiro para suportar a periferia da ou das folhas de vidro durante a segunda etapa de bambeamento e meios para controlar a todo o momento as forças exercidas sobre a ou as folha de vidro no decurso da passagem daquelas do primeiro quadro para o segundo quadro, que actuam por reacção do segundo quadro ao contacto da ou das folhas de vidro.

Por quadro esboço, entende-se de acordo com a invenção o quadro sobre o qual se efectua uma primeira operação de bambeamento da ou das folhas de vidro por gravidade. Por quadro de bambeamento definitivo ou quadro definitivo, entende-se de acordo com a invenção o quadro sobre o qual se efectua a etapa seguinte de bambeamento por gravidade que corresponde principalmente à etapa definitiva de bambeamento, e que consegue o bambeamento final desejado. Mais geralmente o quadro esboço é o quadro sobre o qual se realiza uma operação ou etapa de 5

bambeamento por gravidade e o quadro definitivo sobre o qual se realiza a operação ou a etapa seguinte de bambeamento por gravidade sabendo que eventualmente outras etapas de bambeamento podem preceder e/ou seguir as duas etapas evocadas.

No seguimento da descrição utilizar-se-à a expressão uma folha de vidro ou a folha de vidro tanto para uma só folha de vidro como para duas folhas de vidro empilhadas e eventualmente mais de duas folhas de vidro empilhadas.

Os meios para controlar as forças exercidas sobre a folha de vidro podem ser uma montagem giratória e equilibrada de um quadro em relação ao outro ou mais geralmente uma montagem permitindo o basculamento do plano médio de um quadro em relação ao plano médio de outro quadro.

Assim, segundo uma realização do dispositivo de acordo com a invenção pelo menos um dos dois quadros de bambeamento tem a forma de um anel rígido montado de forma giratória e de maneira equilibrada sobre um eixo situado no plano de simetria do dispositivo. A montagem giratória na maneira de uma balança romana de braços iguais provoca um basculamento do quadro quando as forças exercidas sobre a folha de vidro de um lado e do outro do eixo de simetria não são equivalentes. Em compensação quando as forças exercidas são equivalentes o quadro está em equilíbrio. 6

O eixo de rotação pode ser situado tanto em cima, como em baixo ou ainda no eixo da folha de vidro.

Quando o quadro esboço é montado giratório de acordo com uma realização conforme a invenção, o dispositivo funciona da maneira seguinte : durante a transferência da folha de vidro pré-bambeada do quadro esboço sobre o quadro definitivo o primeiro contacto da folha de vidro com o quadro definitivo produz-se nas partes laterais extremas mais elevadas desse quadro definitivo. Se por uma razão qualquer a folha de vidro não entra simultâneamente em contacto com as partes extremas mais elevadas dos dois lados mas está primeiramente em contacto com um lado, então o quadro esboço descarregado desse lado do peso da folha bascula do outro lado até que a folha de vidro chegue ao contacto do quadro definitivo o que descarrega sobre este lado o esboço. Produz-se um equilíbrio de maneira contínua e rápida das forças laterais exercidas sobre a folha de vidro até à sua transferência total para o quadro definitivo. Obtém-se finalmente um bambeamento bem simétrico quando uma tal simetria é mantida e tão regular como desejada para a folha de vidro

Numa variante do dispositivo de acordo com a invenção, pode ser o quadro definitivo que é montado giratório e em equilíbrio em torno de um eixo.

Numa outra variante do dispositivo, os dois quadros são montados giratórios e em equilíbrio. 7

Num modo de realização da invenção um quadro é formado de várias partes articuladas entre elas. O quadro esboço pode apresentar uma forma variável. Na sua realização mais simples ele compõe-se de um quadro plano sobre a periferia do qual a folha de vidro repousa desde o princípio do bambeamento. A conformação do quadro esboço permite igualmente influenciar a forma definitiva da folha de vidro.

Outros meios permitindo um controle ou uma regulação das forças exercidas sobre a folha de vidro durante a sua passagem de um quadro ao outro podem ser previstos. Estes meios podem ser uma montagem de pelo menos um dos dois quadros sobre um sistema elástico tal como molas, uma almofada de ar, ou sistemas utilizando contrapesos por exemplo, o objectivo sendo equilibrar as forças exercidas sobre a folha de vidro em relação ao seu eixo de simetria quando ela apresenta um tal eixo de simetria ou em relação a outros eixos ou marcas quando a folha de vidro bambeada não apresenta uma tal simetria.

Outras montagens e características da invenção aparecerão na descrição seguinte de exemplos de realização do dispositivo feita em relação às figuras. A figura 1 representa um dispositivo de bambeamento disposto sobre um carro móvel, o quadro esboço estando em posição de trabalho.

A figura 2 representa o dispositivo da figura 1 com o quadro definitivo em posição de trabalho.

As figuras 3A, 3B, 3C representam um detalhe de construção da articulação relativa à rotação do quadro esboço. A figura 4 representa uma variante do dispositivo de acordo com a invenção.

As figuras 5A e 5B representam um detalhe da variante de acordo com a figura 4. O dispositivo de bambeamento representado sobre as figuras 1 a 3 é colocado sobre um carro móvel 1. O carro 1 previsto de rodas 2 pode deslocar-se sobre railes através de um forno de bambeamento por gravidade (não representados). Num forno de bambeamento por gravidade, desde que a folha de vidro depositada sobre o dispositivo de bambeamento atinge a sua temperatura de deformação a folha bambeia-se por gravidade em se apoiando na sua parte periférica sobre um quadro de bambeamento. Esta técnica de bambeamento sobre quadro por gravidade é utilizada e bem conhecida nomeadamente para o bambeamento para pares de folhas de vidro que são em seguida ligadas para formar uma vidraça folheada. O dispositivo de acordo com a invenção descrito aqui compreende dois quadros de bambeamento : um quadro esboço 5 e um quadro definitivo 6 causando a forma de bambeamento definitivo. Este quadro definitivo é aqui formado de dois meio-quadros 6a e 6b, as duas partes simétricas 6a e 6b sendo ligadas entre-elas pelas 9

articulações 8 dispostas em torno dos eixos 7 colocados no eixo geral A-A e montadas sobre os coxins de girar 18 do quadro esboço 5. O quadro esboço 5 e os dois meio-quadros 6a e 6b formando o quadro definitivo são colocados de maneira tal que o quadro esboço 5 é situado a um nível superior durante a primeira etapa de bambeamento. Assim, nesta posição, uma folha de vidro posta sobre o quadro esboço 5 não estabelece contacto com os meio quadros 6a e 6b. Nesta posição, o quadro esboço 5 apoia-se por intermédio de quatro fechos giratórios 10, colocados nos quatro cantos do quadro esboço sobre os elementos de apoio 11 fixos aos quatro cantos dos meio-quadros 6a e 6b. O peso do quadro esboço 5 mantém assim os dois meio-quadros 6a e 6b em posição baixa (ou posição aberta). O quadro esboço 5 é além disso provido no seu plano de simetria passando pelo eixo A-A de dois coxins de girar 18 dispostos em torno do mesmo eixo de rotação A-A como as duas articulações 8 dos meio-quadros 6a e 6b. Na sequência desta ligação do quadro esboço 5 com os meio-quadros 6a e 6b, estes são conduzidos automáticamente à posição de repouso representada na figura 1 quando o quadro esboço 5 é levantado e fixo em posição pelos fechos 10.

Os meio-quadros 6a e 6b são articulados em torno dos eixos 14 por intermédio dos coxins 13. Os eixos 14 são montados oscilando por intermédio de alavancas 15 articuladas sobre os eixos 16 suportados por patamares-coxins 17 montados eles mesmos sobre o carro 1. 10

No fomo de bambeamento (não representado) está prevista uma estação de transferência da folha de vidro pré-bambeada em forma de esboço para a transferir do quadro esboço 5 ao quadro definitivo 6. Para este efeito, os fechos 10 são retirados dos elementos de apoio 11 por um movimento de basculamento no sentido da flecha F operado por meio de um dispositivo apropriado não representado. O peso do quadro esboço aumentado daquele da folha de vidro é assim transferido sobre a articulação 8 o que faz girar os meio-quadros 6a e 6b para cima e abaixa ao mesmo tempo o quadro esboço 5. Como este quadro esboço 5 repousa únicamente sobre dois coxins de girar enquanto ele é descido da sua posição superior de trabalho à sua posição inferior de repouso, ele pode oscilar em torno do eixo A-A durante a transferência o que permite de acordo com a invenção a equilibragem das forças sobre as folhas de vidro.

Na posição de trabalho do quadro definitivo 6 tal como representada sobre a figura 2, o quadro esboço 5 é abaixado até que a folha de vidro repouse sobre o quadro definitivo 6.

Se se deseja abaixar o quadro esboço 5 nitidamente abaixo do quadro definitivo 6, pode-se dar ao furo dos coxins de girar 18 a forma de um buraco oblongo 20 no sentido vertical tal como representado sobre a figura 3.

Sobre a figura 3A, quando o quadro esboço 5 é colocado na sua posição de trabalho, a parte inferior do buraco oblongo 20 apoia-se sobre a parte debaixo do eixo 7 da 11 articulação 8, o que abre os meio-quadros 6a e 6b e isto engata os fechos 10 que aferrolham assim esta posição.

Para conduzir o quadro definitivo à sua posição de trabalho os fechos 10 são desengatados. Graças a uma repartição adequada do peso das partes dos meio-quadros 6a e 6b dos dois lados dos coxins de girar 13, os dois meio-quadros 6a e 6b fecham-se em torno da articulação 8, as partes vizinhas deste eixo abaixando-se ao mesmo tempo que as partes extremas se levantam para retomar a folha de vidro do quadro esboço 5. A posição final de trabalho do quadro definitivo é representada sobre a figura 3B. Durante o movimento de basculamento, o quadro esboço apoia-se por intermédio de uma saliência 22 disposta sob o buraco oblongo 20 sobre a superfície encurvada 24 de um braço 23 solidário do meio-quadro 6a. Uma construção apropriada das superfícies de escorregamento é prevista para não prejudicar a rotação do quadro esboço em redor da articulação 8.

Quando os meio-quadros 6a e 6b atingem sua posição extrema e a transferência da folha de vidro do quadro esboço para os dois meio-quadros formando o quadro definitivo é completa, a saliência 22 atinge a extremidade da superfície encurvada 24 do braço 23. Neste momento o quadro esboço não é mais sustentado pela superfície encurvada 24 e ele abaixa-se da altura do buraco oblongo 20. A posição atingida então é representada na figura 3C. Assegura-se assim que a folha de vidro não esteja mais de modo algum em contacto com o quadro esboço. O dispositivo 25 representado sobre a figura 4 e parcialmente, mais em detalhe, sobre as figuras 5A e 5B (vista de lado e vista de frente), compreende um quadro esboço 26 montado por intermédio de linguetas 27 sobre um suporte 28 igualmente em forma de quadro e um quadro definitivo 29 ele também montado por intermédio de linguetas 30 sobre um suporte 31 em forma de quadro. O quadro esboço 26 e o seu suporte 28 são colocados no interior das periferias do quadro definitivo 29 e do seu suporte 31, respectivamente. Os dois suportes 28 e 31 podem ser colocados sobre um carro não representado permitindo o deslocamento do dispositivo através do forno de bambeamento. O quadro esboço 26 e o seu suporte 28 são montados em equilíbrio sobre o quadro definitivo 29 e o seu suporte 31 por intermédio de quatro cabos 32 e sob acção de contrapesos 33 como descrito mais em detalhe em seguida, nomeadamente em relação com as figuras 5A e 5B.

Duas corrediças 34 formadas cada uma de duas hastes verticais 35 montadas sobre o suporte do quadro definitivo em dois sítios opostos servindo de guia a duas chapas posicionadoras 36 montadas solidáriamente sobre o suporte do quadro esboço durante o movimento vertical relativo de um quadro em relação ao outro.

Como representado mais em detalhe e parcialmente sobre as 5A e 5B (vista de frente e de perfil) a montagem do quadro esboço 26 e o seu suporte 28 sobre o quadro definitivo 29 e o seu suporte 31 é realizado por intermédio de quatro cabos 32 em cada um dos quais uma extremidade 34A é fixada ao suporte 28 do quadro esboço 26, sensivelmente nos quatro cantos deste suporte 28, os quatro cabos 32 passando 13 em redor de roldanas 39 cujos eixos 40 são suportados por apoios 37 fixos ao suporte 31 do quadro definitivo, e terminando por contrapesos 33. O peso total dos quatro contrapesos 33 corresponde sensivelmente ao peso do quadro esboço 26 e de seu suporte 28. Uma vareta 38 permite bloquear o quadro esboço na sua posição alta que corresponde à sua posição de trabalho, aplicada por exemplo sob as chapas posicionadoras 36 nas corrediças 34. O dispositivo funciona da maneira seguinte : A (ou as) folha(s) de vidro sendo colocada(s) sobre o quadro definitivo 26 disposto e bloqueado pela vareta 38 na sua posição alta de trabalho, como representado sobre a figura 4, o conjunto do dispositivo passa no forno de bambeamento.

No decurso da primeira operação de bambeamento, a folha de vidro é apoiada sobre a periferia do quadro esboço. Quando a folha de vidro atinge a sua forma de bambeamento esboço desejada, o quadro esboço 26 é desbloqueado por acção sobre a vareta 38, da sua posição alta. Sob o efeito do peso da folha de vidro, o quadro esboço abaixa-se segundo as flechas representadas sobre as figuras 5A e 5B, de maneira equilibrada sendo suportado pelos quatro cabos 32 e os contrapesos 33 que sobem, e guiado pelas chapas posicionadoras 36 nas corrediças 35 para conduzir a folha de vidro ao contacto do quadro definitivo. O contacto efectua-se de maneira controlada e equilibrada. O quadro esboço pode eventualmente girar parcialmente no decurso deste contacto em redor do eixo formado pelas duas chapas posicionadoras 36. O movimento de abaixamento do quadro efectua-se aqui sob a

influência sensivelmente do único peso da (ou das) folha(s) de vidro. Pode-se também modificar o peso dos contrapesos para modificar as forças de contacto entre a folha de vidro e o quadro definitivo. A operação de bambeamento prossegue, a folha de vidro sendo suportada pelo quadro definitivo.

Pode-se também, bem evidentemente, montar os dois quadros ao inverso do que foi descrito precedentemente, quer dizer montar o quadro definitivo em equilíbrio sobre o quadro esboço e obter assim um movimento de subida do quadro definitivo em relação ao quadro esboço para a transferência da folha de vidro. O dispositivo de acordo com a invenção considera de facto todos os meios de montagem em equilíbrio de um quadro sobre o outro permitindo um movimento relativo de subida e abaixamento de um quadro em relação ao outro. A periferia do quadro esboço pode tanto passar no interior da periferia do quadro definitivo como recíprocamente. O processo e o dispositivo de acordo com a invenção permitindo estabelecer e regular as forças exercendo-se sobre a folha de vidro são aplicáveis a todo o processo de bambeamento necessitando a transferência de uma ou várias folhas de vidro de um quadro a um outro para passar de uma etapa de bambeamento a uma etapa seguinte do bambeamento. 15

As folhas de vidro bambeadas obtidas pela realização do processo e do dispositivo de acordo com a invenção apresentam uma grande regularidade nas curvaturas desejadas.

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Claims (1)

1. REIVINDICAÇÕES 1a - Processo para o bambeamento sobre um quadro de pelo menos uma folha de vidro por gravidade no decurso do qual a ou as folhas de vidro empilhadas, dispostas sobre um quadro de bambeamento são levadas à temperatura de deformação e vêm ajustar o perfil do quadro de bambeamento por efeito da gravidade, compreendendo pelo menos duas etapas de bambeamento por gravidade sendo suportada(s) na periferia segundo uma primeira linha periférica no decurso da primeira etapa e conforme uma segunda linha periférica no decurso da segunda etapa, com passagem de uma linha periférica à outra, caracterizado pelo facto de se realizar a passagem da primeira linha periférica para a segunda linha periférica controlando a todo o momento a acção das forças exercendo-se sobre as partes da ou das folhas de vidro vindo ao contacto da segunda linha periférica, por reacção desta segunda linha periférica ao contacto da ou das folhas de vidro. 2a - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se realizar a passagem de uma primeira linha periférica à outra equilibrando a todo momento a acção das forças exercendo-se sobre as partes simétricas da ou das folhas de vidro. 3a - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado pelo facto de se equilibrar a acção das forças por um girar de uma linha periférica em relação à outra. 17 4a - Dispositivo para o bambeamento sobre quadro por gravidade de pelo menos uma folha de vidro compreendendo pelo menos dois quadros : um primeiro quadro (5) destinado a suportar a periferia da ou das folhas de vidro a bambear durante uma primeira etapa de bambeamento, um segundo quadro (6) substituindo-se ao primeiro para suportar a periferia da ou das folhas de vidro durante a segunda etapa de bambeamento caracterizado pelo facto de compreender meios (7, 8,13, 14,15,16, 32, 33) para controlar a acção das forças exercendo-se sobre a ou das folhas de vidro no decurso da passagem daquelas do primeiro quadro (5) para o segundo quadro (6), que actuam por reacção do segundo quadro ao contacto da ou das folhas de vidro. 5a - Dispositivo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo facto de os meios (7, 8, 13, 14, 15, 16) para controlar a acção das forças exercendo-se sobre a ou as folhas de vidro compreenderem a montagem giratória e equilibrada de um quadro em relação ao outro. 6a - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 4 ou 5, caracterizado pelo facto de pelo menos um (6) dos dois quadros ser montado giratório e de maneira equilibrada sobre um eixo (7) situado no plano de simetria do dispositivo. 7a - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 4 a 6, caracterizado pelo facto de o primeiro quadro (5 ; 26) e o segundo quadro (6 ; 29) terem os dois a forma de anéis contínuos rígidos e serem montados de maneira a que a transferência entre o primeiro quadro e o segundo quadro se efectua por um movimento de translação vertical. 8a - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 4 a 6, caracterizado pelo facto de o primeiro quadro (5) ter a forma de um anel rígido e pelo facto de o segundo quadro (6) compreender partes giratórias, a transferência entre o primeiro quadro (5) e o segundo quadro (6) efectua-se por um movimento das partes giratórias. 9a - Dispositivo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo facto de o segundo quadro (6) ser formado de dois meio-quadros simétricos (6a, 6b) ligados entre eles por uma articulação colocada no plano de simetria. 10a - Dispositivo de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo facto de os dois meio-quadros (6a, 6b) serem montados giratórios sobre os coxins (13) montados em pêndulo no fim das alavancas (15). 11a - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 9 ou 10, caracterizado pelo facto de o eixo de rotação (A-A) do primeiro quadro e o eixo das articulações (8) coincidirem. 12a - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 9 a 11, caracterizado pelo facto de o primeiro quadro (5) e os dois meio-quadros (6a, 6b) serem aferrolhados juntos por fechos giratórios (10), na posição de trabalho do primeiro quadro. 13a - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 9 a 12, caracterizado pelo facto de o coxim de girar (18) do primeiro quadro apresentar a forma de um furo 19 oblongo (20) de maneira que o primeiro quadro pode abaixar-se sob o nível do segundo quadro quando aquele está na posição de trabalho. 14a - Dispositivo de acordo com uma das reivindicações 4 a 13, caracterizado pelo facto de os dois quadros serem colocados sobre um carro móvel (1). Lisboa, O AGENTE OFICIAL

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