PT588584E - Pincas esterilizadas e instrumento para a sua colocacao - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "PINÇAS ESTERILIZADAS E INSTRUMENTO PARA A SUA COLOCAÇÃO"

Antecedentes da Invenção A presente invenção relaciona-se com pinças esterilizadas ("clips") utilizadas para ligar (pinçar) vasos em mamíferos e mais particularmente com pinças esterilizadas que são utilizadas para fechar ou selar vasos tubulares tais como vasos sanguíneos no interior do corpo e com instrumentos para a colocação dessas pinças num vaso para ligar o vaso.

Durante muitos procedimentos cirúrgicos o cirurgião terá de ligar ou fechar vários vasos sanguíneos antes de seccionar esses vasos a fim de evitar hemorragia excessiva durante o procedimento cirúrgico. Existem muitos tipos de mecanismos ou dispositivos para fechar um vaso tais como pinças para ligar, pinças hemostáticas e outras semelhantes. Em alguns casos o cirurgião atará uma ligadura ou sutura em torno do vaso para fechar ou selar o vaso. Muitas das pinças são de metal e compreendem um par de hastes que estão ligadas numa extremidade. O vaso a ser ligado é colocado entre as hastes e as hastes são comprimidas em torno do vaso para fechar o vaso. Também foram desenvolvidas pinças de materiais plásticos mas devido ao facto de os plásticos não terem as mesmas características de tensão e resiliência que os metais, as pinças de plástico geralmente incluem algum tipo de mecanismo de fecho de tal modo que quando as hastes são pressionadas em torno do vaso sao travadas numa posição fechada. As pinças para ligar são bem conhecidas na arte e estão descritos em numerosas Patentes U.S.; como por exemplo, 3,439,523; 3,270,745; 3,363,628; 3,463,156; 3,439,522; 4,146,130; 4,449,530; 4,424,810; 4,418,694; e 4,638,804. 1

As pinças para ligar têm de assegurar o fecho do vaso. Isto é, devem fechar completamente o fluxo sanguíneo e não permitir fuga. Além disso, as pinças devem permanecer fechadas e não devem "saltar" abrindo-se ou rompendo por causa de tensões indevidas. Essa abertura ou ruptura teria resultados desastrosos durante a cirurgia. Adicionalmente, a pinça não deve deslizar ou deslocar-se da posição ou sair completamente do vaso. Embora não seja necessário muita força para forçar o colapso e fechar um vaso, para assegurar o fecho daquele vaso e para assegurar que permanecem na sua posição fechada, as pinças necessitam de força substancial para fechar ou mudar a configuração da pinça de modo a que uma vez fechada permanecerá na sua posição fechada.

Com o advento da cirurgia endoscópica, tornou-se muito importante reduzir substancialmente as forças para realizar virtualmente qualquer das manipulações necessárias num procedimento cirúrgico endoscópico tal como a ligação de um vaso. Embora na cirurgia endoscópica a extremidade operacional do instrumento seja colocada no interior do corpo através de uma cânula apropriada ou de uma pequena incisão, a manipulação daquela extremidade operacional pelo cirurgião é realizada no exterior do corpo. Como resultado, torna-se mais difícil controlar a extremidade operacional do instrumento uma vez que esta está mais afastada da operação real do instrumento e qualquer movimento ligeiro na manipulação do instrumento no exterior do corpo é ampliado na extremidade operacional do instrumento. Portanto, quanto maior a força necessária para fechar uma pinça, maior a possibilidade de movimento da extremidade operacional do instrumento e maior a possibilidade de a pinça ser colocada incorrectamente ou fechada incorrectamente. A presente invenção reduz consideravelmente as forças necessárias para ligar um vaso. A presente invenção também proporciona uma pinça que assegura o fecho do vaso uma vez que a pinça seja colocada no vaso. Além disso, a presente invenção 2

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Vj Λ-Ί, ΛΛ/ [-'Τ' X, permite que as pinças para ligar sejam feitas de muitos tipos diferentes de materiais tais como metais, plásticos e outros semelhantes.

Embora os novos pinça e instrumento da presente invenção sejam maia apropriados para utilização em procedimentos endoscópicos e assim serão descritos na descrição a seguir deve salientar-se que a pinça e/ou o instrumento também podem ser utilizados em procedimentos laparoscópicos e até mesmo em procedimentos cirúrgicos correntes de tipo aberto. 0 DE-A-2730691 descreve uma pinça cirúrgica com duas hastes ligadas numa extremidade por uma porção em anel que inclina as hastes na direcção uma do outro. 0 US-A-4671278 descreve um distribuidor de pinças capaz de segurar e orientar várias pinças de tal modo que quando avançado na direcção da extremidade distai do distribuidor, as mandíbulas das pinças são abertas. As pinçao são pinças do tipo mandíbula com uma face posterior para inclinar a superfície das duas mandíbulas na direcção uma da outra. 0 WO-A-8801487 descreve um aplicador de pinças, pinças cirúrgicas capazes de serem afastadas e um método para a aplicação das pinças em que as pinças têm um corpo tubular com porções de hastes opostas. 0 DE-A-4015562 descreve um instrumento para adaptar pinças em torno de vasos sanguíneos em que o instrumento tem duas mandíbulas curvas formadas intrincadamente com uma extensão tubular para segurar as pinças. 0 US-A-3827277 descreve um aplicador para pinças cirúrgicas compreendendo um par de membros alongados com um par de mandíbulas inclinadas de forma resiliente para uma posição aberta na qual as pinças são adaptadas. 0 US-A-3518993 descreve um dispositivo para a aplicação de pinças vasculares, tendo o dispositivo um cilindro contendo uma pinça de supoxte deslizável e um expansor de pinças accionado por uma alavanca de polegar para agarrar uma pinça, abrir a pinça e fechar a pinça. 3 1 r-·.

Sumário da Presente Invenção

De acordo com a presente invenção é proporcionado, tal como aqui reivindicado na reivindicação 1 adiante, uma pinça esterilizada para a ligação de um vaso num mamífero, compreendendo α referida pinça um par de membros em ângulo recto, estando uma haste de cada dos referidos membros em ângulo recto substancialmente no mesmo plano e estando a outra haste de cada membro em ângulo recto em estreita proximidade com e numa relação de frente uma para a outra, um membro de ligação resiliente unindo os referidos membros em ângulo recto numa extremidade da pinça deixando a pinça solta na sua extremidade oposta, restringindo o referido membro de ligação a separação dos referidos membros em ângulo recto. A invenção será descrita de forma mais completa em combinação com as formas de realização específicas apresentadas nos desenhos e descrição a seguir.

Breve Descricão dos Desenhos A Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma pinça esterilizada da presente invenção; A Figura 2 é uma vista de frente de uma pinça esterilizada da presente invenção,- A Figura 3 é uma vista em perspectiva de uma forma de realização de um instrumento da presente invenção; A Figura 4 é uma vista isométrica rebentada do instrumento ilustrado na Figura 3;

As Figuras 5a, b e c são uma vista em perspectiva, vista em planta e vista lateral, respectivamente, do nariz ou extremidade operacional de um instrumento de acordo com a 4 \

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presente invenção com o instrumento na posição de aceitar um vaso para ser ligado;

As Figuras 6a, b e c são uma vista em perspectiva, vista em planta e vista lateral, respectivamente, do nariz do instrumento ilustrado na Figura 5 em qne uma pinça esterilizada da presente invenção foi colocada no vaso para ligar o vaso;

As Figuras 7 a, b e c são uma vista em perspectiva, vista em planta e vista lateral, respectivamente, do nariz do instrumento ilustrado na Figura 5 com o instrumento posicionado para libertar o vaso ligado do instrumento; A Figura 8 é uma vista em corte ampliada tirada ao longo da linha 8-8 da Figura 5b; A Figura 9 é uma vista em corte ampliada tirada ao longo da linha 9-9 da Figura 6b; A Figura 10 é uma vista em corte ampliada tirada ao longo da linha 10-10 da Figura 7b; A Figura 11 é uma vista em perspectiva explodida de outra forma de realização de um instrumento da presente invenção; A Figura 12 é uma vista em perspectiva de um corte ampliado do mecanismo de transmissão do instrumento representado na Figura 11 antes de o instrumento ter sido accionado; A Figura 13 é uma vista em perspectiva ampliada da extremidade distai do instrumento representado na Figura 11 antes de o instrumento ter sido accionado; A Figura 14 é uma vista semelhante à da Figura 12 depois de o instrumento ter sido accionado; e 5 Γ\

/Τ ? A Figura 15 é uma vista semelhante à da Figura 13 depois de o instrumento ter sido accionado.

Descricão Pormenorizada da Invenção

Com referência aos desenhos das Figuras 1 e 2. , está ilustrada uma forma de realização preferida da pinça esterilizada da presente invenção. A pinça é utilizada para ligar ou fechar vasos tubulares num mamífero e mais especificamente, para fechar vasos sanguíneos no corpo de um ser humano durante procedimentos cirúrgicos endoscópicos. A pinça esterilizada 20 compreende um par de membros em haste 21 e 22. Os membros em haste estão em estreita proximidade uns dos outros ao longo de todo o seu comprimento. Cada um dos membros em haste é um membro em ângulo recto e compreende uma secção longitudinal relativamente plana 23 e 24 e uma secção perpendicular 25 e 26 que se estende desde uma borda de uma secção longitudinal. As secções perpendiculares dos membros em haste estão em frente uma da outra e são a porção da pinça que contacta com o vaso para ligar o vaso. As secções perpendiculares estão ligadas numa extremidade da pinça por um membro de ligação 27 que tem um formato transversal semelhante ao de uma "ferradura" tal como ilustrado. 0 membro de ligação restringe a separação dos membros em haste um do outro. Em certas formas de realização da pinça esterilizada da presente invenção, o membro de ligação é feito de material resiliente de modo a que as hastes possam ser ligeiramente separadas para inserir o vaso já fechado e uma vez inserido os membros em haste têm permissão para voltar a sua posição original para manter o vaso ligado.

As pinças para ligar podem ser aplicadas em vasos sanguíneos durante um procedimento cirúrgico quer como uma única pinça utilizando um único aplicador quer utilizando um aplicador de pinças múltiplas. O instrumento pode ser inserido através de uma cânula durante um procedimento endoscópico e se estiver a ser utilizado um aplicador de pinças múltiplas o instrumento 6

pode ligar ou colocar pinças em vários vasos. Num procedimento cirúrgico frequentemente existe uma técnica designada ligar e seccionar. Nesta técnica, é utilizado um instrumento para colocar duas pinças para ligar no mesmo vaso numa proximidade relativamente estreita e o cirurgião utilizando um instrumento apropriado ou um bisturi seccionará o vaso entre as duas pinças para ligar. Na Figura 3 está ilustrado um instrumento de ligação e seccionamento utilizando as pinças esterilizadas e o instrumento da presente invenção. 0 instrumento 30 compreende uma porção em forma de cabo 31 que contém vários mecanismos de accionamento e controlo para o cirurgião e uma porção em forma de nariz 32 que posiciona a pinça e secciona o vaso entre pinças posicionadas apropriadamente. A porção em forma de nariz está ligada à porção em forma de cabo por um depósito de alimentação 33 que é concebido para passar através de uma cânula a fim de permitir que a porção de nariz fique posicionada no meio cirúrgico e realize o trabalho desejado. A Figura 4 é uma vista isométrica expandida das várias partes do instrumento representado na Figura 3. 0 instrumento compreende um cabo 40 e ligada a uma das extremidades do cabo está um depósito de alimentação 41. Uma das extremidades do invólucro está ligada ao cabo enquanto a extremidade oposta do depósito é o nariz 42 ou a extremidade operacional do instrumento e está concebido para colocar pinças de acordo com a presente invenção. O nariz ou extremidade operacional do depósito de alimentação contém uma ranhura 43 disposta substancialmente no centro do nariz e duas ranhuras perpendiculares 44 e 45 dispostas de forma perpendicular e adjacente a extremidades opostas da ranhura horizontal. Colocado dentro do depósito de alimentação e estendendo-se desde o cabo até o nariz está um membro em pinça ("tweezer") 46. Uma porção deste membro agarra o vaso a ser ligado. Uma extremidade 47 do membro em pinça está colocada dentro do cabo de modo que o cabo e/ou o depósito de alimentação possa ser movimentado alternadamente para frente e para trás em relação ao membro em 7 pinça. A extremidade oposta do membro em pinça ajusta-se na ranhura horizontal no nariz do depósito. Esta extremidade do membro em pinça compreende um par de pontas de mola em aço 49 e 50 ligadas na extremidade proximal ao cabo e num estado tênsil de tal modo que se desviam uma da outra na extremidade distai ao cabo. Na posição mais anterior do depósito de alimentação a extremidade em mola de aço do membro em pinça está alinhada com a extremidade do nariz do depósito de alimentação. Na posição mais à retaguarda do depósito de alimentação a extremidade em mola de aço do membro em pinça estende-se através da ranhura horizontal e para além do nariz do depósito de alimentação. Estendendo-se substancialmente do comprimento do membro em pinça está uma ranhura 53. Um membro em lâmina 54 está posicionado para se movimentar alternadamente para frente e para trás nesta ranhura. A porção cortante 55 do membro em lâmina na sua posição mais anterior estende-se até à ponta do membro em pinça e na sua posição mais posterior está dela espaçado por uma pequena distância. Dentro do depósito de alimentação também está contido um condutor de pinças 56. 0 condutor compreende um par de hastes de metal 58 e 59 que se estendem desde o cabo até o nariz do depósito de alimentação. Uma haste do condutor encaixa-se numa ranhura perpendicular no nariz do invólucro e a outra haste do condutor encaixa-se na outra ranhura perpendicular no nariz do invólucro. Posicionado na extremidade frontal do condutor está um cartucho de pinças 60. Nesta forma de realização estão ilustradas dez pinças, cinco de cada lado alinhadas com uma haste do condutor. Os membros de accionamento apropriados para fazer mover o depósito, posicionar as pinças, impulsionar as pinças e mover a lâmina ou movimentar alternadamente a lâmina estão dispostos no cabo. A operação do instrumento será mais completamente descxita em conjunto com as Figuras 5, 6 e 7. Com referência às Figuras 5a, b e c, está ilustrada uma vista ampliada da porção do nariz de um instrumento tal como descrito em conjunto com a Figura 4. A Figura 5a é uma vista em perspectiva da secção do nariz, a 8

Figura 5b é uma vista em planta e a Figura 5c é uma vista lateral. Nestas Figuras, a porção em forma de nariz 60 foi empurrada para a sua posição mais à retaguarda. As duas superfícies 61 e 62 da porção da pinça estendem-se para além do nariz e bifurcam para receber um vaso 63 a ser ligado. Como está mais claramcntc ilustrado na Figura 5c, a porção em pinça estende-se através da ranhura horizontal 64 na porção em nariz. Está também representada a ranhura 65 na porção em pinça que permite o movimento da lâmina. Como pode ser observado nesta posição do instrumento, as pinças 66 estão no seu lugar e posicionadas nas ranhuras perpendiculares 67 na porção em nariz. Uma vez colocadas em torno do vaso as superfícies divergentes da porção em pinça, a porção em nariz pode ser empurrada para a frente. A porção em nariz empurrada para a sua posição mais anterior está ilustrada na Figuras 6a, b e c. A Figura 6a é uma vista em perspectiva da porção em nariz na sua posição mais anterior, a Figura 6b é uma vista em planta e a Figura 6c é uma vista lateral. Movendo a porção do alimentador 60 para a frente, as superfícies em pinça 61 e 62 aproximam-se para fechar o vaso 63. Simultaneamente, as pinças 66 são movimentadas para a frente de modo que a extremidade aberta de uma pinça desliza sobre as superfícies em pinça. Nesta altura, a lâmina pode ser accionada para cortar o vaso entre pinças. 0 passo seguinte é trazer o depósito de alimentação 60 de volta à sua posição mais posterior ou original que está representada nas Figuras 7a, b e c. Como pode ser observado, as superfícies em pinça 61 e 62 estendem-se para a frente a partir da porção em nariz e são mantidas seguras pelas pinças 66 que deslizam nas bordas mais exteriores das superfícies em pinça. Uma vez totalmente livres do nariz do alimentador, as pinças cairão ou serão removidas das superfícies em pinça. Isto permitirá que as superfícies em pinça se abram e libertem o vaso ligado e seccionado 63. A acção das pinças de fechar o vaso e a libertação das pinças das superfícies em pinça podem ser melhor compreendidas por referência às Figuras 8, 9 e 10 que são vistas em corte 9

ampliadas do nariz do instrumento tal como ilustrado nas Figuras 5b, 6b e 7b, respectivamente. Com referência à Figura 8 as pinças 70 estão ilustradas no nariz do instrumento na posição que têm antes de serem colocadas num vaso. As hastes 71 e 72 da pinça estão numa posição onde é menor o intervalo (A) entre as hactes. A Figura 9 mostra a porção em nari* do instrumento tal como ilustrado na Figura 6b. A porção em nariz está na sua posição mais anterior para empurrar as pinças 70 sobre as superfícies em pinça 73 e 74 e fechar um vaso. Como pode ser observado, as superfícies em pinça tendem a abrir ligeiramente o intervalo (A) entre as hastes da pinça para permitir que a pinça deslize sobre as superfícies em pinça. Uma vez realizado esta operação, as pinças permanecem sobre as superfícies em pinça à medida que o depósito é conduzido para a sua posição posterior no nariz. Isto liberta as superfícies em pinça do nariz e dado que as superfícies em pinça são pressionadas para se afastarem, exercem uma força sobre a curva 75 entre a haste perpendicular 76 e a haste horizontal 77 da pinça de tal modo que a pinça é retirada ou desliza de forma lateral para fora das superfícies em pinça.

Com referência à Figura 11 dos desenhos, está ilustrada uma vista rebentada de outra forma de realização de um instrumento para aplicação de pinças de acordo com a presente invenção. Nesta forma de realização, o instrumento compreende uma metade direita de uma pega 100 e a metade esquerda de uma pega 101. Posicionado entre as metades da pega está um mecanismo de disparo 102. 0 mecanismo de disparo está montado de forma articulada num eixo fixo 103 entre as metades da pega. Ligada à parte inferior do mecanismo de disparo há uma ligação de transmissão 104 que por sua vez está ligada à parte inferior do propulsor de transmissão 105. Ligado ao propulsor de transmissão está um primeiro veio de transmissão 106. Como pode ser mais claramente observado na Figura 12, uma patilha 107 estende-se para cima a partir do primeiro veio de transmissão na sua extremidade proximal. Esta patilha encaixa-se numa ranhura na 10 extremidade posterior ou proximal de um segundo veio de transmissão 108. O segundo veio de transmissão assenta sobre o primeiro veio de transmissão. Montado sobre o segundo veio de transmissão está uma patilha de temporização articulada 109. Quando o mecanismo de disparo é pressionado, a ligação de transmissão força o propulsor de transmissão para a frente. O primeiro e o segundo veios de transmissão também são empurrados para a frente. 0 primeiro veio de transmissão é empurrado para a frente pelo propulsor de transmissão e o segundo veio de transmissão é empurrado para a frente pela patilha erguida 107 que empurra a patilha de temporização 109. Quando a patilha de temporização se move para a extremidade da placa de temporização 111, esta é articulada para fora do caminho da patilha erguida. Isto faz parar o movimento para a frente do segundo veio de transmissão ao mesmo tempo que permite que o primeiro veio de transmissão continue o seu movimento para a frente à medida que é pressionado o mecanismo de disparo. Por libertação do mecanismo de disparo, um mecanismo de mola em lâmina corrente (não ilustrado no interesse da clareza) faz com que o mecanismo de disparo, o propulsor de transmissão e veio de transmissão regressem às suas posições originais.

Estendendo-se a partir da frente das metades da pega está um tubo de suporte oco 120. O primeiro e o segundo veios de transmissão estão dispostos dentro do tubo de suporte. Na extremidade distai do primeiro veio de transmissão e a ele ligado encontra-se um par de condutores de pinças espaçados um do outro 121 e 122.

Também montado nas metades das pegas e estendendo-se até o tubo de suporte encontra-se um mecanismo em pinça 123. O mecanismo em pinça termina na extremidade distai do insLrumento em garras para segurar opostas 124 e 125 posicionadas entre o par de condutores da pinça, tal como está mais claramente ilustrado na Figura 13. Ligado à extremidade distai do segundo veio de transmissão encontra-se o meio de accionamento da pinça 11

126. 0 meio de accionamento termina na extremidade distai num par de garras estacionárias separadas 127 e 128 o qual quando movimentado para diante cercará as garras da pinça para fechar as garras em torno de um vaso colocado entre as garras da pinça. Uma série de pinças para ligar 129 estão guardadas em estrias 130 dÍ3pootaa em lados opostos das garras estacionárias . Os condutores de pinças terminam na sua extremidade distai em contacto com a última pinça da série de pinças. As pinças estão configuradas tal como ilustrado na Figura 1 com a porção em forma de U da pinça a deslizar nos sulcos abertos 131 da extremidade distai do meio de accionamento da pinça. A porção em forma de U da pinça está engatada por um gancho flexível 132 ligado aos condutores de pinças. A flexibilidade do gancho permite que este se desloque sobre a pinça seguinte da série quando os condutores de pinças estão recolhidos.

Com referência às Figuras 12 e 13, na Figura 12 está ilustrada uma vista em corte ampliada do mecanismo de transmissão no interior da pega. A Figura 13 é uma vista em perspectiva da extremidade distai do instrumento. Ambas as Figuras mostram o instrumento antes de ser accionado o mecanismo de disparo. Tal como ilustrado na Figura 12, a patilha erguida 107 no primeiro veio de transmissão 106 está posicionada por detrás da patilha de temporização 109 no segundo veio de transmissão. Nesta posição, a extremidade distai do instrumento é tal como ilustrada na Figura 13 e um vaso 140 a ser fechado está posicionado entre as garras da pinça 124 e 125. Ao pressionar o mecanismo de disparo, o primeiro veio de transmissão move-se para diante empurrando para diante a patilha de temporização e o segundo veio de transmissão para a posição ilustrada na Figura 14. Quando o mecanismo de transmissão se encontra nesta posição, a extremidade distai do instrumento está tal como ilustrado na Figura 15. 0 segundo veio de transmissão empurra as garras estacionárias 127 e 128 sobre as garras da pinça 124 e 125 para fechar o vaso entre as garras. Ao mesmo tempo, o primeiro veio de transmissão empurra a série de pinças 12 7 7

{71 para diante de modo a que a primeira pinça em cada série fique imediatamente adjacente ao vaso ilustrado na Figura 15.

Ao continuar a pressionar o mecanismo de disparo, o primeiro veio força as pinças sobre o vaso para fechar o vaso e afasta Q3 pinças da extremidade distai do trilho do condutor de pinças 121 e 122. Por libertação do mecanismo de disparo, ambos os veios de transmissão e mecanismos com eles relacionados regressam à sua posição original deixando as pinças no vaso e libertando o instrumento do vaso.

Uma vantagem da presente invenção é que as pinças utilizadas podem agarrar de forma mais agressiva o vaso a ser fechado do que as pinças do estado da técnica. A superfície das pinças que entram em contacto com o vaso a ser fechado podem ter incisões ou até incluir entalhes e outros semelhantes para assegurar o fecho e evitar o movimento da pinça uma vez colocada no vaso.

Devido ao facto de ser necessária menos força para colocar a pinça no vaso é reduzida a possibilidade de cortar ou lacerar o vaso e é maior a segurança de fecho positivo do vaso durante o procedimento cirúrgico.

Se desejado, pode ser colocado um encravamento ou ressalto no interior das ranhuras nas quais as pinças deslizam ou se movem. Esse encravamento é colocado em linha com o membro de ligação da pinça do modo que quando o depósito é movimentado para trás para libertar as pinças, o encravamento irá apertar o membro de ligação da pinça para melhor assegurar a colocação positiva da pinça.

Embora as extremidades em mola de aço do membro em pinça do instrumento tenham sido descritas e ilustradas como superfícies ininterruptas, estas superfícies divergentes podem compreender uma pluralidade de garras. Dividindo ou 13 interrompendo a superfície numa pluralidade de garras podem ser aplicadas mais do que duas pinças ao mesmo tempo. 0 instrumento pode ser feito de vários materiais tais como metais, preferencialmente aço inoxidável, plástico prcfcrencialmente resina de policarbonato e outros semelhantes. Geralmente, se o instrumento for feito de aço inoxidável o instrumento será reutilizável ao passo que se o instrumento for feito de materiais plásticos o instrumento será descartável. Em certas formas de realização do instrumento da presente invenção o instrumento pode ser concebido para receber um cartucho substituível de pinças e isto pode ser conseguido ou com um instrumento reutilizável ou com um instrumento semi-descartável que se destina a ser utilizado várias vezes num só doente.

Além disso, embora o instrumento tenha sido descrito para a colocação de pinças para ligar deve entender-se que o membro de alimentação das pinças pode ser desengatado e o instrumento utilizado para prender e manipular vasos ou tecidos sem ligação. Além disso, se desejado, podem ser incluído no instrumento meios para aquecer as extremidades em mola de aço de modo que o instrumento também pode ser utilizado para a cauterização de vasos ou tecidos.

Surpreendentemente, as pinças da presente invenção aceitarão vários tamanhos de vasos uma vez que a pinça se dimensiona ela própria quando é colocada no vaso.

Uma pinça preferida da presente invenção tem um formato tal como descrito em conjunto com as Figuras 1 e 2. Neste modelo o membro que liga as hastes da pinça não está alinhado com a supertície das hastes que irão contactar com o vasu a ser fechado. Este modelo permite que a totalidade da haste seja mais ou menos aberta uniformemente ao longo da totalidade do comprimento da haste fazendo com que a haste seja mais fácil de afastar e colocando menos pressão no membro de ligação. 14

Outra vantagem da presente invenção é que a pinça e o instrumento da presente invenção podem ser utilizados em cânulas de diâmetros menores do que as pinças do estado da técnica utilizadas para fechar vasos do mesmo tamanho. Uma vez que a pinça da presente invenção já se encontra na sua configuração fechada e não são necessários garras 011 mandíbulas para contactar com a superfície externa da pinça a fim de fechar a pinça o diâmetro total do instrumento pode ser reduzido em comparação com instrumentos do estado da técnica utilizados para a mesma função. Isto permite que o instrumento seja utilizado em cânulas de tamanho mais pequeno e reduz o trauma no doente.

As pinças da presente invenção podem ser feitas de vários materiais bem conhecidos, por exemplo, titânio, tântalo, aço inoxidável, metais com memória com características super-elásticas e outros semelhantes ou os vários materiais plásticos que possuem alguma resiliência tais como as poliolefinas, os polímeros glicolido-lactido e materiais plásticos semelhantes.

Tendo agora descrito formas de realização da presente invenção, será prontamente evidente para os especialistas na matéria que podem ser feitas várias modificações à presente invenção sem se afastar do âmbito tal como definido nas reivindicações.

Lisboa, 21 de Junho de 2001

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Claims (12)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Pinça esterilizada (20) para ligar um vaso num mamífero, compreendendo a referida pinça (20) um par de membros em ângulo recto (21, 22), estando uma secção (23, 24) de cada referido membro em ângulo recto substancialmente no mesmo plano e estando a outra secção (25, 26) de cada membro em ângulo recto (21, 22) em estreita proximidade com e em frente uma à outra, um membro de ligação resiliente (27) que une os referidos membros em ângulo recto (21, 22) numa extremidade da pinça deixando a pinça desligada na sua extremidade oposta, restringindo o referido membro de ligação (27) a separação dos referidos membros em ângulo recto (21, 22).
2. 2. Pinça esterilizada (20) de acordo com a reivindicação 1 em que as secções (25, 26) dos referidos membros em ângulo recto (21, 22) em frente uma à outra são substancialmente paralelas umas às outras ao longo de todo o seu comprimento.
3. 3. Pinça esterilizada (20) de acordo com a reivindicação 1 ou com a reivindicação 2 em que a referida porção dos membros em ângulo recto (21, 22) que liga as hastes dos membros em ângulo recto (21, 22) é suavemente curvada para facilitar a colocação da pinça (20) num vaso.
4. 4. Pinça esterilizada (20) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 3 em que o membro resiliente (27) que liga os referidos membros em ângulo recto (21, 22) tem um formato substancialmente semi-circular e liga as secções (25, 26) dos membros em ângulo recto (21, 22) cujas secções (25, 26) estão em estreita proximidade uma da outra. 1

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5. 5. Pinça esterilizada (20) de acordo com a reivindicação 4 em que o membro resiliente (27) que liga os referidos membros em ângulo recto (21, 22) está disposto ao longo do comprimento das secções (25, 26) dos membros em ângulo recto (21, 22) cujas secções (25, 26) estão em estreita proximidade uma da outra.
6. 6. Pinça esterilizada (20) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5 em que a referida pinça (20) é de metal.
7. 7. Instrumento (30) em combinação com uma pinça esterilizada (20) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado por o referido instrumento (30) incluir um par de superfícies (49, 50), divergindo as referidas superfícies (49, 50) uma da outra desde a sua extremidade proximal até à sua extremidade distai para receber um vaso a ser ligado, meios para movimentar a referida pinça (20) numa primeira direcção para forçar a extremidade aberta da referida pinça (20) sobre a extremidade proximal das referidas superfícies divergentes (49, 50) e ao longo das referidas superfícies (49, 50) para forçar as referidas superfícies (49, 50) na direcção uma da outra e ligar um vaso colocado entre as referidas superfícies (49, 50).
8. 8. Instrumento (30) de acordo com a reivindicação 7 em que é proporcionado um par de pinças (20) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6 e o referido instrumento compreende uma porção em pega (40), uma porção em nariz (42) e um depósito que liga a referida porção em pega (40) à referida porção em nariz (42), sendo a referida porção em nariz (42) oca e incluindo uma ranhura horizontal (43), um par de ranhuras paralelas (44, 45) dispostas perpendicularmente à referida ranhura horizontal (43) e atravessando a referida ranhura horizontal (43), estando as referidas ranhuras perpendiculares (44, 45) posicionadas 2 Γ\

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   junto das bordas exteriores da referida ranhura horizontal (43), contendo o referido depósito um par de superfícies capazes de defectir (49, 50) que se estendem para dentro da referida ranhura horizontal (43), estando uma das referidas pinças (20) posicionada numa das referidas ranhuras perpendiculares (44) e estando a outra das referidas pinças (20) posicionada na outra ranhura perpendicular (45), um membro em lâmina (54) colocado no referido depósito, estando o fio cortante do referido membro em lâmina (54) posicionado na referida secção do nariz (42) entre as pinças (20), meios para movimentar alternadamente a referida secção do nariz (42) desde uma posição mais posterior para expor as referidas superfícies capazes de deflectir (49, 50) para além do membro em nariz (42) para receber um vaso a ser ligado até uma posição amsi anterior para juntar as referidas superfícies capazes de curvar (49, 50) e posicionar as hastes das pinças (20) nas bordas das referidas superfícies capazes de deflectir (49, 50) para fechar o referido vaso e meios para movimentar o referido membro em lâmina (54) para a frente para seccionar o referido vaso fechado entre as referidas pinças (20).
9. 9. Instrumento (30) de acordo com a reivindicação 7, em que o instrumento é um instrumento endoscópico para aplicação de pinças para aplicação de uma pinça em tecido corporal compreendendo uma porção de cabo (40) ,- um membro tubular oco alongado que se estende distalmente desde a referida porção de cabo (40); uma pluralidade de pinças (20) de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6 armazenadas no referido membro tubular oco ; 3 t

   meios móveis de movimento alternado entre uma primeira posição que leva os referidos membros divergentes (49, 50) a um paralelismo substancial e simultaneamente faz avançar uma pinça (20) ao longo de um tecido corporal longitudinal entre os referidos membros paralelos e uma segunda posição gua permite que os referidos membros (49, 50) divirjam enquanto a referida pinça (20) permanece no referido tecido corporal.
10. 10. Instrumento (30) de acordo com a reivindicação 9 em que os referidos meios de movimento alternado fazem avançar um par de pinças (20), uma ao longo de cada borda longitudinal dos referidos membros paralelos.
11. 11. Instrumento (30) de acordo com a reivindicação 9 em que uma pluralidade de pinças (20) estão dispostas em série no referido membro tubular oco; e em que os meios de movimento alternado incluem: um membro de movimento alternado disposto na extremidade distai da referida porção tubular oca, compreendendo o referido membro um par de superfícies espaçadas substancialmente paralelas; um primeiro meio de transmissão que se estende desde o referido meio de accionamento disposto na referida porção de cabo até ao referido membro de movimento alternado para mover as referidas superfícies paralelas sobre as referidas superfícies divergentes e levar as referidas superfícies divergentes a um paralelismo substancial; um segundo membro de transmissão que se estende desde o referido meio de accionamento até à pinça proximal da referida pluralidade de pinças para movimentar a referida pluralidade de pinças de modo a que o pinça mais distai se encontre ao longo da borda longitudinal das referidas 4 superfícies divergentes quando as referidas superfícies divergentes estão em paralelismo substancial para colocar a referida pinça no vaso e ligar o vaso; e meios para fazer retornar o referido membro de movimento alternado à sua posição original e remover as referidas superfícies paralelas das referidas superfícies divergentes e permitir que o vaso ligado seja retirado do instrumento.
12. 12. Instrumento (30) de acordo com a reivindicação 11 em que existe um par de uma pluralidade de pinças (20) em série dispostas na referida porção tubular oca estando uma pinça do referido par em alinhamento substancial com uma borda longitudinal das referidas superfícies divergentes (49, 50) e estando a outra do referido par em substancial alinhamento com a outra borda longitudinal das referidas superfícies divergentes (49, 50) e os referidos segundos meios de transmissão movimentam uma pinça mais distai do referido par ao longo de uma referida borda longitudinal e outra pinça mais distai do referido par ao longo da referida outra borda longitudinal. Lisboa, 21 de Junho de 2001 (/agente oficial da propriedade industrial

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