PT2643238E

PT2643238E - Recipiente vedado para produtos alimentares

Info

Publication number: PT2643238E
Application number: PT107849622T
Authority: PT
Inventors: Lynggaard Thomas; Troldtoft Jensen Flemming
Original assignee: R Faerch Plast As
Priority date: 2010-11-25
Filing date: 2010-11-25
Publication date: 2016-06-17
Also published as: EP2643238B2; HUE029524T2; EP2643238B1; PL2643238T3; ES2575541T3; DK2643238T4; RS54841B2; WO2012069050A1; HRP20160628T4; SI2643238T1; SI2643238T2; DK2643238T3; RS54841B1; FI2643238T4; PL2643238T5; ES2575541T5; EP2643238A1; HRP20160628T1

Description

DESCRIÇÃO "RECIPIENTE VEDADO PARA PRODUTOS ALIMENTARES" A presente invenção refere-se a um recipiente vedado para produtos alimentares.

Antecedentes da invenção

Na indústria de alimentos, é bem conhecido embalar diferentes tipos de produtos alimentares em recipientes vedados produzidos a partir de um material de plástico. Tais recipientes podem, tipicamente, consistir em alguma forma de bandeja, que é vedada com uma tampa ou um filme de cobertura a fim de proteger o produto alimentar dentro da bandeja (WO 2008/017308 Al).

Frequentemente, a bandeja e a tampa ou filme de cobertura são produzidos a partir de tereftalato de polietileno amorfo (APET). Esse material é preferencial devido às suas características, que podem torná-lo muito adequado para o armazenamento de produtos alimentares, por exemplo, uma alta transparência e uma impermeabilidade significativamente superior ao oxigénio em relação aos outros materiais de plástico tradicionalmente usados para produzir bandejas, como polistireno (PS) ou polipropileno (PP) .

Dependendo do tipo de produtos alimentares a serem embalados e armazenados nos recipientes, existem diferentes requisitos para serem satisfeitos pela vedação. Em geral, a vedação pode ter a capacidade de suportar arrefecimento, armazenamento e transporte sem a tampa ou filme de cobertura se afrouxarem da bandeja. Para alguns tipos de produto alimentar, como carne fresca, a vedação também deve ser à prova de gás a fim de manter uma atmosfera modificada dentro do recipiente para um número específico de dias em que o produto alimentar deve ter a capacidade de ser armazenado antes do uso.

Se o meio de vedação na bandeja bem como na tampa ou filme de cobertura for APET, tal vedação pode ser obtida ao aquecer a tampa ou filme de cobertura e a aresta de vedação da bandeja à qual a tampa ou filme de cobertura deve ser vedada a uma temperatura de cerca de 180 °C e pressionar as duas partes de modo firme por um período curto de tempo. Esse procedimento de termovedação não envolve a real fusão do APET, mas o material se torna mole e ligações químicas secundárias ocorrem entre o meio de vedação da bandeja e o meio de vedação da tampa ou filme de cobertura.

Um problema bem conhecido ligado à termovedação que envolve o meio de vedação de APET é que se a aresta de vedação da bandeja for contaminada com até mesmo quantidades bem pequenas de substâncias alimentares, por exemplo, do suco de carne quando se embala carne fresca, a vedação não será à prova de gás. Isso significa que a vedação não pode manter a atmosfera modificada dentro do recipiente pela quantidade de tempo especificada, o que resulta no decaimento acelerado do produto alimentar armazenado no recipiente.

Outro problema é que a temperatura necessária para a termovedação de APET frequentemente faz com que a aresta de vedação das bandejas deforme-se.

As soluções mais usadas para esses problemas envolvem o uso de folhas de plástico de múltiplas camadas ou filme para produzir a bandeja e a tampa ou filme de cobertura. Além de APET, essas folhas ou filme de múltiplas camadas compreendem uma camada de vedação de outro tipo de material de plástico, que é mais fundível do que APET, como PP, PS ou PE (mais típico), que é laminado, revestido por extrusão ou co-extrusado na camada de APET. Se o outro material for PE, as bandejas são conhecidas como bandejas de APET-PE. Um tereftalato de polietileno altamente modificado (PET) também pode ser usado como camada de vedação, mas esse material é um tanto dispendioso e requer pressão e temperatura superiores durante o processo de vedação em relação aos outros materiais, o que reduz a taxa de produção e aumenta os custos do equipamento de vedação. Até mesmo com os parâmetros de processo necessários, tereftalato de polietileno altamente modificado ainda é sensível à contaminação e deformação de aresta de vedação. 0 uso de tais materiais de múltiplas camadas com uma camada de vedação de outro material de plástico resolve os problemas supracitados devido ao facto de que, diferente de APET, esses materiais realmente fundem durante o calor processo de vedação numa temperatura, que é menor do que aquela necessária para a termovedação de APET. Isso significa que a termovedação desses outros materiais de plástico resulta em vedações mais fortes e firmes do que a termovedação de APET. De fato, se as mesmas forem produzidas adequadamente, essas vedações serão tornadas à prova de gás até mesmo se aresta de vedação estiver contaminada como descrito acima. A partir de um ponto de vista de vedação, o tipo supracitado de soluções é ideal. Entretanto, tem algumas desvantagens relacionadas à produção. Quando as bandejas forem termoformadas, 30 a 50% da folha de plástico a partir da qual a mesmas são formadas não se tornam parte de uma bandeja, mas acabam como resíduo esquelético. A fim de reduzir o resíduo da produção, esse resíduo esquelético é tradicionalmente reutilizado na extrusão de novas folhas. Isso não é problema, se a folha for produzida a partir de APET puro. No caso de folhas de múltiplas camadas, entretanto, o APET será contaminado com o material da camada de vedação, tipicamente PE.

Essa contaminação do material de APET reutilizado causa problemas sérios de produção nos processos de termoformação e extrusão relacionados à opacidade, amolecimento e fragilidade das bandejas e tampas resultantes ou filme de cobertura. Portanto, o uso de PE ou outro material como uma camada de vedação em conjunto com a camada de APET numa folha de múltiplas camadas resulta numa qualidade reduzida dos recipientes produzidos ou numa quantidade maior de residuo, que aumenta o custo da produção. É um objetivo da presente invenção fornecer recipientes que superam os problemas supracitados sem sacrificar as vantagens relacionadas ao uso de APET com o material base das bandejas bem como tampas ou filme de cobertura.

Breve descrição da invenção A presente invenção refere-se a um recipiente para produto alimentar revelado, sendo que o dito recipiente compreende uma bandeja formada a partir de uma folha de material que compreende uma ou mais camadas, em que o material de cada uma das camadas da bandeja formada compreende pelo menos 85% de tereftalato de polietileno amorfo, sendo que a dita bandeja compreende uma parte inferior, uma ou mais paredes laterais e uma aresta de vedação periférica em seu topo, sendo que a dita aresta de vedação tem uma superfície de vedação voltada para cima substancialmente plana, em que, além do material a partir do qual a bandeja é produzida, a superfície de vedação é dotada de uma camada de um adesivo ao longo da circunferência completa da bandeja. A provisão de uma camada de um adesivo adequadamente escolhido na superfície de vedação torna possível obter vedações à prova de gás com bandejas produzidas a partir de um APET sem quaisquer camadas de vedação de PE ou similares, até mesmo se a aresta de vedação for contaminada com suco de carne ou similares como descrito acima.

Deveria ser observado que a expressão "tereftalato de polietileno amorfo" significa tereftalato de polietileno, que é essencialmente amorfo no sentido de que etapas adequadas foram tomadas a fim de minimizar a cristalização que, até certo ponto, sempre acontecerá no material. Tais etapas incluem a escolha de um tipo adequado de PET (em relação aos teores de co-monómeros no material) e minimização do período de tempo, em que o material tem uma temperatura, em que existe uma taxa significativa de cristalização.

Numa modalidade da invenção, o material de cada uma das camadas da bandeja formada tem uma viscosidade intrínseca entre 0,6 dl/g e 1,1 dl/g, de preferência entre 0,7 dl/g e 0,9 dl/g, com máxima preferência entre 0,7 dl/g e 0,8 dl/g. A unidade "dl/g" utilizada para quantificar a viscosidade intrínseca é uma abreviação da expressão "decilitros por grama", de modo conhecida como concentração inversa. 0 uso de PET com viscosidades intrínsecas dentro dessas faixas provou-se ser vantajoso em que proporcionar um equilíbrio satisfatório entre processabilidade e propriedades de produto, como transparência e propriedades de impacto.

Numa modalidade da invenção, o tereftalato de polietileno amorfo compreende até 15%, de preferência entre 1,5% e 2%, de um co-monómero.

Numa modalidade adicional da invenção, o co-monómero é ácido isoftálico (IPA), ciclohexanodimetanol (CHDM) ou dietileno glicol. 0 uso de materiais de PET amorfos, especialmente aqueles que compreendem um ou mais dos co-monómeros especificados nas quantidades especificadas é vantajoso para obter bandejas produzidas a partir de PET amorfo em que esses materiais são distinguidos por ter taxas baixas de cristalização, o que facilita a produção de bandejas transparentes.

Numa modalidade da invenção, a espessura do material da bandeja está entre 200 ym (micrómetros) e 1.200 ym.

Se a espessura do material da bandeja for escolhida dentro dessa faixa, os requisitos relacionados à rigidez, propriedades de barreira e resistência ao impacto são todos satisfeitos.

Numa modalidade da invenção, o adesivo é de um tipo que atinge um estado de fluxo livre a uma temperatura abaixo de 150 °C, e é sólido e não pegajoso em temperatura ambiente.

Através do uso de um adesivo com tais propriedades, assegura-se que o adesivo possa ser aplicado com facilidade à superfície de vedação por métodos confirmados e seguros, como revestimento por rolos.

Numa modalidade da invenção, o adesivo compreende um copolímero de etileno, um terpolímero de etileno ou uma mescla de tais polímeros, bem como uma cera.

Numa modalidade adicional da invenção, o adesivo compreende entre 10% e 60% de uma cera de petróleo ou uma cera de polietileno e entre 40% e 90% de um copolímero de etileno, um terpolímero de etileno ou a mescla de tais polímeros.

Em ainda outra modalidade adicional da invenção, o(s) copolímero(s) de etileno e/ou terpolímero(s) de etileno compreende (m) pelo menos 60% de etileno, pelo menos 5% de um primeiro monómero, sendo que o dito primeiro monómero é escolhido a partir da lista que contém: acetato de vinil, ácido metacrílico, acrilato de alquil e metacrilato de alquil, e opcionalmente entre 0,1% e 5% de um segundo monómero, sendo que o dito segundo monómero é escolhido a partir da lista que contém: ácido maleico, anidrido maleico, ácido fumárico, ácido acrílico e metacrilato de glicidil. O uso de um adesivo que compreende co e/ou terpolímero (s) de etileno e cera, especialmente nas quantidades e composições especificadas é vantajoso em que tem um ponto de fusão adequado, é aprovado para uso com o produto alimentar e permite a obtenção de uma vedação à prova de gás, quando uma tampa for ligada à aresta de vedação da bandeja, até mesmo se a aresta de vedação for contaminada.

Como será evidente a partir seguinte, a expressão "tampa" deveria ser compreendida como cobrindo qualquer tipo de item que pode ser ligado à aresta de vedação da bandeja. Portanto, tantos as tampas duras e dimensionalmente estáveis (de formato plano bem como tridimensional) quanto os filmes moles e flexíveis, que devem ser mantidos estendidos antes de serem ligados à bandeja, são incluídos.

Num aspeto da invenção, o recipiente compreende adicionalmente uma tampa (3), que é ligada à bandeja por meio do adesivo que forma uma vedação à prova de gás ao longo da aresta de vedação.

Numa modalidade da invenção, a tampa é dura e dimensionalmente estável.

Para algumas aplicações do recipiente, é vantajoso se uma tampa dura e dimensionalmente estável for usada a fim de evitar rompimentos e outros tipos de punções da tampa.

Numa modalidade adicional da invenção, a espessura do material da tampa dura e dimensionalmente estável está entre 200 ym e 1.200 ym.

Se a espessura do material da tampa dura e estável for escolhida dentro dessa faixa, os requisitos relacionados à rigidez, propriedades de barreira e resistência ao impacto são todos satisfeitos.

Numa modalidade da invenção, a tampa dura e estável é produzida a partir de tereftalato de polietileno amorfo. 0 uso de APET na tampa dura e estável é vantajoso devido às características de material, que o torna muito adequado para o armazenamento de produtos alimentares, como formabilidade, uma alta transparência e uma alta impermeabilidade a oxigénio já mencionada acima.

Numa modalidade da invenção, a tampa consiste num filme de cobertura mole e flexível.

Por razões económicas e de fabricação, pode ser vantajoso usar tampas que consistem num filme mole e flexível.

Numa modalidade adicional da invenção, a espessura do material da tampa mole e flexível está entre 15 ym e 100 ym.

Se a espessura do material da tampa mole e flexível for escolhida dentro dessa faixa, os requisitos relacionados à resistência e propriedades de barreira são todos satisfeitos.

Numa modalidade da invenção, a tampa mole e flexível é produzida a partir de tereftalato de polietileno. O uso de PET na tampa mole e flexível é vantajoso devido às características de material, que o torna muito adequado para o armazenamento de produtos alimentares, como uma alta transparência e uma alta impermeabilidade a oxigénio já mencionada acima.

Numa modalidade da invenção, pelo menos uma parte de uma superfície inferior da tampa é revestida com uma camada de vedação de polietileno, copolímero de polietileno ou terpolímero de polietileno a fim de ser mais bem-adaptado para ser ligado à aresta de vedação por um processo de vedação que envolve o uso de calor e pressão.

Dependendo do tipo de adesivo usado, pode ser necessário ou pelo menos vantajoso revestir as partes da tampa que deve entrar em contato com o adesivo sobre a aresta de vedação da bandeja com um material adequado além daquele a partir do qual a tampa é produzida a fim de assegurar uma vedação à prova de gás até mesmo no caso da combinação da aresta de vedação.

Num aspeto da invenção, a mesma refere-se a um método para produzir um recipiente para produto alimentar revelado, sendo que o dito método compreende as etapas de formar uma bandeja partir de uma folha de material que compreende uma ou mais camadas, em que o material de cada uma das camadas da bandeja formada compreende pelo menos 85% de tereftalato de polietileno amorfo, sendo que a dita bandeja compreende uma parte inferior, uma ou mais paredes laterais e uma aresta de vedação periférica em seu topo, sendo que a dita aresta de vedação tem uma superfície de vedação voltada para cima substancialmente plana e dotar a superfície de vedação de uma camada de um adesivo ao longo da circunferência completa da bandeja.

Esse método resulta numa bandeja com as vantagens descritas acima por meio de métodos de produção confirmados e confiáveis.

Numa modalidade da invenção etapa de formar a bandeja inclui a termoformação da bandeja a partir de uma folha do material a partir do qual a bandeja deve ser formada. A termoformação é conhecida como uma forma com boa relação custo-benefício, rápida e confiável de formar tipos diferentes de partes de materiais plásticos como aqueles usados para a presente invenção.

Numa modalidade da invenção a etapa de dotar a superfície de vedação de uma camada de adesivo inclui a aplicação do adesivo por meio de revestimento por rolos. 0 revestimento por rolos é um método bem conhecido e confiável para aplicar materiais como o adesivo usado na presente invenção a uma dada superfície.

Numa modalidade da invenção, o adesivo é de um tipo que atinge um estado de fluxo livre a uma temperatura abaixo de 150 °C, e é sólido e não pegajoso em temperatura ambiente. O uso de um adesivo com tais propriedades assegura que o adesivo possa ser aplicado numa temperatura que não deforma ou causa qualquer forma de danos ao material a partir do qual a bandeja é produzida, e que as bandejas podem ser empilhadas posteriormente sem que se colem.

Numa modalidade da invenção, o método compreende adicionalmente uma etapa de ligar uma tampa à superfície de vedação da bandeja por meio de um processo que envolve a termoativação do adesivo. A ligação de uma tampa à superfície de vedação por termoativação do adesivo aplicado permite a obtenção de uma vedação à prova de gás entre a bandeja e a tampa, até mesmo se a aresta de vedação estiver contaminada com suco de carne ou similares.

Figuras

Uma modalidade exemplar da invenção será descrita em maiores detalhes a seguir com referência às figuras, das quais: A Figura 1 mostra uma vista explodida de um recipiente de acordo com uma modalidade da invenção, A Figura 2a mostra uma vista em corte transversal de um recipiente de acordo com uma modalidade da invenção, A Figura 2b mostra um detalhe ampliado da Figura 2a, A Figura 3a mostra uma vista superior de um recipiente de acordo com uma modalidade da invenção, A Figura 3b mostra uma vista lateral do mesmo recipiente como mostrado na Figura 3a, e A Figura 4 ilustra esquematicamente um aparelho para produzir bandejas de recipientes de acordo com uma modalidade da invenção.

Descrição detalhada da invenção A Figura 1 ilustra uma vista explodida de um recipiente de acordo com uma modalidade da invenção. 0 recipiente ilustrado 1 consiste em duas partes principais, a saber, uma bandeja 2 e uma tampa 3. A bandeja 2 compreende uma parte inferior 4, várias paredes laterais 5 e uma aresta de vedação periférica 6 em seu topo. A aresta de vedação 6 tem uma superfície de vedação plana e voltada para cima 7, na qual é colocada uma camada de um adesivo 8 que se estende ao longo da circunferência completa da bandeja 2.

Na modalidade mostrada, a bandeja 2 tem quatro paredes laterais retas 5 ligadas entre si por cantos redondos. Entretanto, a bandeja 2 pode ter qualquer formato, como, por exemplo, circular (com uma única parede lateral curvada) ou triangular (com três paredes laterais retas). A bandeja 2 é produzida a partir de tereftalato de polietileno amorfo (APET), que pode ser transparente (natural) ou colorido (opaco ou transparente). Tipicamente, a bandeja 2 é termoformada a partir de uma folha de material. Essa folha pode compreender uma ou mais camadas, tipicamente três camadas, de APET, das quais as camadas externas também podem compreender algum material adicional tornando a folha mais fácil de enrolar e as bandejas empilhadas mais fáceis de separar entre si. A fim de minimizar a cristalização do tereftalato de polietileno (PET) de modo que o material resultante ainda seja essencialmente amorfo, o periodo de tempo, em que o material tem uma temperatura, em que há uma taxa significativa de cristalização é minimizado. Além disso, é vantajoso usar um PET modificado ao invés do tipo de homopolimero. De preferência, o PET modificado contém entre 1,5% e 2% (ou pelo menos do que 15%) de um ou mais co-monómeros adequados, como ácido isoftálico (IPA), ciclohexanodimetanol (CHDM) ou dietileno glicol. Tais composições resultam em materiais geralmente conhecidos como APET.

Para propósitos de fabricação, o comprimento molecular do PET definido pela assim chamada viscosidade intrínseca está idealmente entre 0,7 dl/g e 0,8 dl/g. Uma viscosidade intrínseca entre 0,7 dl/g e 0,9 dl/g é aceitável, na medida em que os materiais de PET que tem viscosidades intrínsecas abaixo de 0,6 dl/g ou acima de 1,1 dl/g não são relevantes para esse propósito. O adesivo 8 tem, de preferência, por base o copolimero de polietileno ou terpolimero e ceras. É somente colocado sobre a superfície de vedação 7 da aresta de vedação 6, tipicamente por revestimento por rolos, de modo que nenhum adesivo 8 acabe no resíduo esquelético da termoformação ou dentro da bandeja 2 após a vedação do recipiente 1.

Em modalidades preferenciais, o adesivo 8 consiste em 10 a 60% de uma cera de petróleo ou uma cera de polietileno e 40 a 90% de um copolimero de etileno, um terpolimero de etileno ou uma mescla de tais polímeros. 0(s) copolimero(s) de etileno e/ou terpolimero(s) compreende(m) pelo menos 60% de etileno, pelo menos 5% de um primeiro monómero e opcionalmente entre 0,1% e 5% de um segundo monómero, em que o primeiro monómero é escolhido entre acetato de vinil, ácido metacrílico, acrilato de alquil e metacrilato de alquil, e o segundo monómero é escolhido entre ácido maleico, anidrido maleico, ácido fumárico, ácido acrílico e metacrilato de glicidil. 0 adesivo 8 tem uma viscosidade adequada para o revestimento por rolos. 0 mesmo atinge um estado de fluxo livre a uma temperatura abaixo de 150 °C e se torna não pegajoso em menos de cinco segundos em temperatura ambiente após a aplicação à superfície de vedação 7 da bandeja 2. Essa propriedade permite que as bandejas sejam empilhadas sem se colarem logo após a termoformação e o revestimento por rolos. Posteriormente, as bandejas 2 podem ser armazenadas por mais de três meses antes de serem preenchidas e vedadas, e o adesivo 8 pode, ainda, ser termoativado numa máquina de vedação. Quando um recipiente 1 for vedado, o adesivo 8 derrete e solda juntamente uma bandeja 2 e uma tampa 3. A tampa 3 também pode ser produzida a partir de APET. Entretanto, a fim de assegurar uma melhor vedação do recipiente 1, pelo menos aquelas partes da superfície da tampa 3, que são termovedadas à aresta de vedação 6 da bandeja 2 são, de preferência, revestidas com uma camada de vedação (não mostrado) de outro material, como polietileno, que são mais bem ligados pelo adesivo 8. Em geral, os mesmos tipos de tampas 3 podem ser usados para a as bandejas de APET-PE bem conhecidas. A capacidade de proteger o produto alimentar e o tempo de armazenamento para um recipiente 1 de acordo com a invenção é semelhante àqueles das bandejas de APET-PE. Devido ao adesivo 8, a vedação do recipiente 1 é tão forte quanto aquelas das bandejas de APETPE, embora a vedação possa ser feita em temperaturas, que não causa deformação do material de APET das bandejas 2. Portanto, a área ligada é como à prova de gás para a atmosfera modificada, por exemplo, nitrogénio, oxigénio ou dióxido de carbono, que circunda o produto alimentar como em qualquer vedação de APET-PE.

Os testes mostraram que os recipientes 1 de acordo com a invenção têm uma soldadura resistente menor do que 0,8 bar (a) medida num tanque de vácuo, que é uma forma comum de testar a resistência de vedação dos recipientes usados na indústria de embalagem de alimento. Isso significa que a vedação pode suportar uma sobrepressão interna de pelo menos 0,2 bar e normalmente 0,4 a 0,6 bar na bandeja vedada 2 . A Figura 2a mostra uma vista em corte transversal do mesmo recipiente 1 como mostrado na Figura 1, e a Figura 2b mostra um detalhe ampliado do mesmo, ilustrando a posição do adesivo 8 entre a tampa 3 e a aresta de vedação 6 da bandeja 2, quando o recipiente 1 for vedado.

As Figuras 3a e 3b mostram uma vista de topo e uma vista lateral, respetivamente, do recipiente 1 com a tampa 3 termovedada à aresta de vedação 6 da bandeja 2. A Figura 4 ilustra esquematicamente um aparelho para produzir bandejas 2 de recipientes 1 de acordo com uma modalidade da invenção.

As bandejas 2 são termoformadas numa máquina 9 que compreende várias ferramentas de termoformação 10. As bandejas 2 deixa a máquina 9 portadas por um transportador 11 acionado por um rolo 12 e são colocadas em "contato intimo" com um rolo aplicador 13. O adesivo 8 é aplicado ao rolo aplicador 13 por uma tremonha 14, e a espessura do revestimento de adesivo 8 aplicado à superfície de vedação 7 das bandejas 2 é controlada por meio de uma lâmina raspadora 15.

Durante o revestimento por rolos, o rolo aplicador 13 e, portanto, o adesivo 8 é aquecido para uma temperatura em que o adesivo 8 é corrente livre e ao mesmo tempo quente demais, causando deformação ou outros danos ao material de APET nas bandejas 2. Uma temperatura em torno de 150 °C mostrou-se ser adequada.

Alternativamente, o adesivo 8 pode ser aplicado a partir de uma solução de tolueno, caso no qual o rolo aplicador 13 pode ser mantido em temperatura do meio ambiente. Nesse caso, as bandejas 2 são, de preferência, passadas através de um túnel de secagem aquecido ou similares (não mostrado) após a aplicação do adesivo 8 para remover o solvente do adesivo 8.

Lista de numeros de referência 1. Recipiente 2. Bandeja 3. Tampa 4. Parte inferior 5. Parede lateral 6. Aresta de vedação 7. Superfície de vedação 8. Adesivo 9. Aparelho de termoformação 10. Ferramenta de termoformação 11. Transportador 12. Rolo transportador 13. Rolo aplicador 14 . Tremonha 15. Lâmina raspadora Lisboa,

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Recipiente (1) para produto alimentar, sendo que o dito recipiente é caracterizado por compreender: uma bandeja (2) formada a partir de uma folha de material que compreende uma ou mais camadas, em que o material de cada uma das camadas da bandeja formada compreende pelo menos 85% de tereftalato de polietileno amorfo, em que a dita bandeja compreende: uma parte inferior (4), uma ou mais paredes laterais (5) e uma aresta de vedação periférica (6) em seu topo, sendo que a dita aresta de vedação tem uma superfície de vedação voltada para cima substancialmente plana (7), em que, além do material a partir do qual a bandeja é produzida, a superfície de vedação é dotada de uma camada de um adesivo (8) ao longo da circunferência completa da bandej a.
2. Recipiente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o material de cada uma das camadas da bandeja formada ter uma viscosidade intrínseca entre 0,6 dl/g e 1,1 dl/g, de preferência entre 0,7 dl/g e 0,9 dl/g, com máxima preferência entre 0,7 dl/g e 0,8 dl/g.
3. Recipiente, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o tereftalato de polietileno amorfo compreender até 15%, de preferência entre 1,5% e 2% de um co-monómero.
4. Recipiente, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por o co-monómero ser ácido isoftálico (IPA), ciclohexanodimetanol (CHDM) ou dietileno glicol.
5. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por a espessura do material da bandeja estar entre 200 pm e 1.200 pm.
6. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por o adesivo ser de um tipo que atinge um estado de fluxo livre a uma temperatura abaixo de 150 °C, e é sólido e não pegajoso em temperatura ambiente.
7. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por o adesivo compreender: um copolimero de etileno, um terpolimero de etileno ou uma mescla de tais polímeros, bem como uma cera.
8. Recipiente, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o adesivo compreender entre 10% e 60% de uma cera de petróleo ou uma cera de polietileno, e entre 40% e 90% de um copolimero de etileno, um terpolimero de etileno ou uma mescla de tais polímeros.
9. Recipiente, de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado por o(s) copolimero(s) de etileno e/ou terpolimero(s) de etileno compreenderem: pelo menos 60% de etileno, pelo menos 5% de um primeiro monómero, sendo que o dito primeiro monómero é escolhido a partir da lista que contém: acetato de vinil, ácido metacrílico, acrilato de alquil e metacrilato de alquil, e opcionalmente entre 0,1% e 5% de um segundo monómero, sendo que o dito segundo monómero é escolhido a partir da lista que contém: ácido maleico, anidrido maleico, ácido fumárico, ácido acrílico e metacrilato de glicidil.
10. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado por compreender, adicionalmente, uma tampa (3), que é ligada à bandeja por meio do adesivo que forma uma vedação à prova de gás ao longo da aresta de vedação.
11. Re cipiente, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a tampa ser dura e dimensionalmente estável.
12. Recipiente, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por a espessura do material da tampa dura e dimensionalmente estável estar entre 200 ym e 1.200 ym.
13. Re cipiente, de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizado por a tampa dura e dimensionalmente estável ser produzida a partir de tereftalato de polietileno amorfo.
14. Recipiente, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por a tampa consistir num filme de cobertura mole e flexível.
15. Re cipiente, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por a espessura de material da tampa mole e flexivel estar entre 15 ym e 100 ym.
16. Recipiente, de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizado por a tampa mole e flexivel ser produzida a partir de tereftalato de polietileno.
17. Re cipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 a 16, caracterizado por pelo menos uma parte de uma superfície inferior da tampa ser revestida com uma camada de vedação de polietileno, copolimero de polietileno ou terpolimero de polietileno a fim de ser mais bem-adaptado para ser ligado à aresta de vedação por um processo de vedação que envolve o uso de calor e pressão.
18. Método para produzir um recipiente para produto alimentar, sendo que o dito método é caracterizado por compreender as etapas de: formar uma bandeja produzida a partir de uma folha de material que compreende uma ou mais camadas, em que o material de cada uma das camadas da bandeja formada compreende pelo menos 85% de tereftalato de polietileno amorfo, sendo que a dita bandeja compreende uma parte inferior, uma ou mais paredes laterais e uma aresta de vedação periférica em seu topo, sendo que a dita aresta de vedação tem uma superfície de vedação voltada para cima substancialmente plana; e dotar a superfície de vedação de uma camada de um adesivo ao longo da circunferência completa da bandeja.
19. Método, de acordo com a reivindicação 18, caracterizado por a etapa de formar a bandeja incluir a termoformação da bandeja a partir de uma folha do material a partir do qual a bandeja deve ser formada.
20. Método, de acordo com a reivindicação 18 ou 19, caracterizado por a etapa de dotar a superfície de vedação de uma camada de adesivo incluir a aplicação do adesivo por meio de revestimento por rolos.
21. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 18 a 20, caracterizado por o adesivo ser de um tipo que atinge um estado de fluxo livre a uma temperatura abaixo de 150 °C, e é sólido e não pegajoso em temperatura ambiente.
22. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 18 a 20, caracterizado por compreender, adicionalmente, uma etapa de ligar uma tampa à superfície de vedação da bandeja por meio de um processo que envolve a termoativação do adesivo. Lisboa,