PT1638415E - Fórmula para lactentes ou de transição - Google Patents

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PT1638415E PT04740059T PT04740059T PT1638415E PT 1638415 E PT1638415 E PT 1638415E PT 04740059 T PT04740059 T PT 04740059T PT 04740059 T PT04740059 T PT 04740059T PT 1638415 E PT1638415 E PT 1638415E
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Description

DESCRIÇÃO "FÓRMULA PARA LACTENTES OU DE TRANSIÇÃO"
Campo da invenção A presente invenção refere-se a uma composição nutricional destinada a bebés e/ou crianças jovens, bem como a métodos para melhorar o conforto gastrointestinal, desenvolver uma microflora intestinal saudável e promover o desenvolvimento físico de bebés e/ou crianças jovens por alimentação parcial ou total dos referidos bebés ou crianças com a composição nutricional anteriormente referida.
Antecedentes da invenção A composição do leite humano serve como uma referência de valor para melhorar a fórmula para lactentes. No entanto, o leite humano contém células vivas, hormonas, enzimas activas, imunoglobulinas e componentes com estruturas moleculares únicas que não podem ser replicadas na fórmula para lactentes. Ao contrário de leite humano, a fórmula para lactentes tem de permanecer estável em armazenamento durante até trinta e seis (36) meses. Estas diferenças fundamentais entre o leite humano e a fórmula para lactentes frequentemente implicam diferenças na composição para se conseguir um resultado clinico semelhante. 0 estudo dos componentes do leite humano tem estimulado muitas investigações sobre que constituintes podem ser 1 adicionados para uma fórmula para lactentes melhorada. Um maior conhecimento da composição do leite humano dá a oportunidade para a concepção de fórmulas para lactentes que tenham uma composição mais próxima da do leite humano. No entanto, torna-se cada vez mais evidente que a fórmula para lactentes nunca pode duplicar exactamente o leite humano. Muitos constituintes do leite humano são bioactivos e por causa de sinergias entre estes componentes, são poucas as razões para crer que o mesmo composto teria a mesma bioactividade na fórmula para lactentes. A probabilidade desta possibilidade é adicionalmente diminuída quando se considera o impacto do tratamento térmico para esterilização e armazenamento a longo prazo da fórmula. A composição do leite humano difere apreciavelmente da de outras espécies e tem sido prestada muita atenção aos vários componentes. Vários investigadores descreveram o teor de nucleótidos do leite de humanos. Numerosas publicações também têm discutido diferentes misturas de lípido, óleo ou gorduras para utilização num produto nutricional artificial para bebés humanos.
0 documento EP 1048226 descreve uma fórmula para lactentes compreendendo uma fonte de lípidos, uma fonte de hidratos de carbono e uma fonte de proteínas. A fonte de proteínas compreende os aminoácidos livres arginina, tirosina e histidina e uma fracção de soro doce hidrolisado da qual foi retirado o caseíno-glico-macropéptido. O documento US 5916621 descreve um alimento para bebés com predominância de proteínas de soro de leite com um teor reduzido de treonina que pode ser obtido por utilização de soro de leite em pó ou concentrado de soro de leite isento de glicomacropéptido ou com teor reduzido de glicomacropéptido na produção do alimento para bebés. O 2 documento US 2003/077255 descreve a utilização de uma associação de bactérias lácticas e alfa-lactalbumina monomérica para tratar úlceras gástricas. O documento EP 904784 é dirigido a uma composição nutricional contendo um minimo de três estirpes probióticas diferentes com a intenção de proporcionar protecção contra infecções ao longo de todo o tracto gastrointestinal, obviando, assim, a necessidade de identificar o tipo de microrganismo responsável pela infecção. O documento US 2003/017192 é dirigido à produção de produtos líquidos estáveis em armazenamento contendo probióticos. Há uma necessidade de novas fórmulas, que proporcionem ao bebé ou à criança jovem uma contribuição nutricional com uma combinação única de nutrientes protectores, especialmente garantindo crescimento e padrões metabólicos semelhantes aos de crianças amamentadas, resultando, assim, em características de saúde semelhantes na infância tardia e na idade adulta.
Sumário da Invenção A presente invenção refere-se, assim, a fórmulas destinadas tanto a bebés como a crianças jovens. A fórmula da invenção compreende uma fonte de proteínas, uma fonte de lípidos, uma fonte de hidratos de carbono e um probiótico, em que, pelo menos, 40% das proteínas são proteínas de soro de leite doce modificadas isentas de CGMP ou com teor reduzido de CGMP e o teor de proteínas da fórmula é não superior a 2 g/100 kcal. A presente invenção proporciona, ainda, um método de desenvolvimento de uma microflora intestinal saudável num bebé ou numa criança jovem consistindo em alimentar total ou 3 parcialmente o bebé ou a criança com a referida fórmula.
Descrição Detalhada da Invenção
Na presente descrição, às palavras seguintes é atribuída uma definição que tem de ser tomada em conta quando se ler e interpretar a descrição, exemplos e reivindicações.
Lactente: de acordo com Directiva da Comissão 91/321/CEE de 14 de Maio de 1991 sobre fórmulas para lactentes e fórmulas de transição, artigo 1.2(a), o termo "lactentes" significa crianças com idade inferior a 12 meses. Esta definição é adoptada na presente descrição.
Crianças Jovens: de acordo com Directiva da Comissão 91/321/CEE de 14 de Maio de 1991 sobre fórmulas para lactentes e fórmulas de transição, artigo 1.2(b), o termo "crianças jovens" significa crianças com idades entre um e três anos. Esta definição é adoptada na presente descrição. Fórmulas para lactentes: de acordo com Directiva da Comissão 91/321/CEE de 14 de Maio de 1991 sobre fórmulas para lactentes e fórmulas de transição, artigo 1.2(c), o termo "fórmula para lactentes" significa géneros alimentícios destinados a utilização nutricional especifica por lactentes durante os primeiros quatro a seis meses de vida e a satisfazer, por si só, os requisitos nutricionais desta categoria de pessoas. Esta definição é adoptada na presente descrição. Tem de ser entendido que as crianças podem ser alimentadas apenas com fórmulas para lactentes ou que a fórmula para lactentes pode ser utilizada pelo prestador de cuidados como um complemento de 4 leite humano. É sinónimo da expressão largamente utilizada "fórmula de iniciação". Fórmulas de transição: de acordo com Directiva da Comissão 91/321/CEE de 14 de Maio de 1991 sobre fórmulas para lactentes e fórmulas de transição, artigo 1.2(d), o termo "fórmulas de transição" significa géneros alimentícios destinados a utilização nutricional especifica por crianças com mais de quatro meses e que constitui o principal elemento liquido numa dieta diversificada progressivamente desta categoria de pessoas. Esta definição é adoptada na presente descrição.
Probiótico: de acordo com o artigo "Probiotics in Man and Animais", J. Appl. Bacteriol. 66: 365-378, um probiótico é definido como um suplemento alimentar microbiano vivo que afecta beneficamente o animal hospedeiro através do melhoramento do seu equilíbrio microbiano intestinal.
De acordo com um primeiro aspecto da invenção, é proporcionada uma fórmula nutricional para lactentes (incluindo uma composição de iniciação) ou crianças jovens. Como já foi mencionado, um objectivo da invenção é proporcionar uma combinação única de nutrientes protectores que asseguram o crescimento e padrões metabólicos semelhantes aos dos de crianças amamentadas, com a intenção de permitir que caracteristicas de saúde semelhantes sejam gozadas na infância tardia e na idade adulta.
As fórmulas da invenção apresentam uma carga reduzida em órgãos imaturos; e favorecem o crescimento natural de Bifidobacteria e outra microflora benéfica no intestino grosso como em crianças amamentadas. 5 A proteína dietética proporciona os aminoácidos essenciais necessários para a síntese e crescimento de proteínas e a qualidade das proteínas é tão importante como a quantidade das proteínas. Até recentemente, pensava-se que, de modo a fornecer uma quantidade suficiente de aminoácidos essenciais, as fórmulas à base de leite de vaca necessitavam de um teor de proteína significativamente mais alto do que o do leite humano de referência. 0 teor de proteína de fórmulas adaptadas correntes à base de soro de leite varia entre 2,1 a 2,6 g por 100 kcal, enquanto que o teor de leite humano varia de 1,4 a 1,8 g por 100 kcal. Excesso de ingestão de proteína pode induzir stress metabólico em órgãos de lactentes que ainda não estão completamente desenvolvidos. Seguindo recomendações pediátricas para baixar a densidade proteica de fórmulas para lactentes, foram descritos ensaios clínicos em bebés alimentados com fórmulas contendo densidades proteicas entre 1,6 e 2,0 g/100 kcal. No entanto, estas tentativas para baixar o teor de proteínas numa fórmula utilizando fontes tradicionais de proteínas do leite de vaca ou misturando as fracções correntemente disponíveis - caseína e soro de leite - embora demonstrando que o princípio era concebível, não conseguiram reproduzir todos os índices do metabolismo das proteínas de leite humano ou assegurar o crescimento satisfatório de lactentes. Por exemplo, os resultados demonstraram um padrão plasmático global de aminoácidos diferente do de bebés amamentados, níveis plasmáticos deprimidos de triptofano, níveis plasmáticos elevados de treonina, atraso no crescimento e maior consumo de energia, sugerindo uma maior deposição de gordura que pode ser responsável por obesidade na terceira idade.
No entanto, se o padrão de aminoácidos de uma fórmula para lactentes à base de leite de vaca pode ser tornado mais próximo 6 do padrão do leite humano, o teor de proteína dessa fórmula pode ser diminuído para se assemelhar ao de referência. Uma mistura de proteínas com uma composição em aminoácidos única, permitindo a adaptação da quantidade de proteína a um nível mais próximo do teor médio do leite humano, foi desenvolvida de acordo com um aspecto da presente invenção. A fracção de proteínas do leite de vaca é uma mistura de várias proteínas que têm, todas elas, um perfil de aminoácidos diferente. 0 caseíno-glico-macropéptido (CGMP) é uma proteína que é encontrada nesta fracção. Provém da kapa-caseína que é dividida por clivagem proteolítica para 2/3 de para-kapa-caseína, uma fracção insolúvel que permanece na fracção de caseína e 1/3 de CGMP, uma fracção solúvel que é encontrada na fracção de soro de leite. Foi desenvolvido um processo de fraccionamento original de proteínas de soro de leite e está explicado no documento EP 880902; este processo permite a remoção de praticamente todo o CGMP (uma fracção rica em treonina e pobre em triptofano) de soro de leite de bovino aumentando, assim, a proporção de alfa-lactalbumina (uma fracção muito rica em triptofano) . Combinando esta fracção de soro de leite modificada (MSW) com leite desnatado e com a adição de alguma L-histidina e L-arginina livres (de modo a atingir as quantidades mínimas destes aminoácidos requeridas pela Directiva da CE), a fonte de proteína da fórmula de acordo com a invenção tem um perfil de aminoácidos muito mais próximo do perfil do leite humano, caracterizado, em particular, por níveis comparáveis de triptofano e treonina, permitindo a adaptação do seu teor em proteínas ao do leite humano. O valor nutricional desta mistura de proteínas foi medido em ratos. Os resultados mostram (ver tabela 1) que esta 7 formulação tem um Coeficiente de Eficácia Proteica (PER), uma digestibilidade de azoto, um Valor Biológico (BV) e um Rendimento de Utilização Proteico (NPU) comparável a fórmulas correntes adaptadas com soro de leite. Tabela 1 Parâmetros nutricionais Caseína Fórmula padrão adaptada dp soro de leite Nova formulação PER 1,36 2,49 2,70 PER Relativo (caseína = 100%) 100,0 182,8 198,3 Digestibilidade (%) 96,7 92,8 91,4 BV 0,88 0,96 0,96 NPU (%) 85,4 88,8 87,5
Além disso, ratos alimentados com uma formulação contendo MSW mostraram niveis plasmáticos de treonina significativamente mais baixos e niveis de triptofano significativamente aumentados, em comparação com ratos alimentados com fórmula padrão adaptada de soro de leite. 0 teor de proteína das fórmulas de acordo com a presente invenção não é superior a 2 g/100 kcal, de um modo mais preferido, inferior a 1,85, de um modo muito preferido, entre 1,8 e 1,85 g/100 kcal. Este nível está de acordo com dados recentes que avaliam os requisitos proteicos durante os primeiros tempos de vida, que demonstraram que as recomendações para uma ingestão óptima de proteínas são mais baixas do que as que tinham sido descritas no passado.
Para assegurar uma síntese proteica óptima e, portanto, um crescimento óptimo, os aminoácidos essenciais e semi-essenciais (í. e.f essenciais só durante a infância) têm de ser fornecidos nas mesmas quantidades que no leite humano. Fórmulas de acordo com a invenção são, de um modo preferido, enriquecidas com soro de leite (razão caseina/soro de leite ajustada para cerca de 40/60) ou, de um modo mais preferido, têm predominância de soro de leite (razão de caseína/soro de leite de um modo preferido regulada para 30/70, ou mesmo mais, tal como 20/80) . Um perfil de aminoácidos preferido para as fórmulas de acordo com a invenção é comparável ao do leite humano (ver tabela 2).
Tabela 2
Aminoácido (g/16 g de N) Leite humano Invenção (valores representativos) média valor mais baixo valor mais alto Isoleucina* 6,4 5,7 6,8 5,8 Leucina* 11,5 11,0 11,9 11, 9 Lisina* 7,9 7,4 8,4 10,0 Metionina* 1/7 1,3 2,1 2,5 Cistina** 2,3 1,7 2,9 2,4 Fenilalanina* 4,6 4,2 5,1 4,6 Tirosina** 4,7 3,3 6,3 4,0 Treonina* 5,6 5,3 6,6 5,4 Triptofano* 2,3 1/8 2,6 2,1 Valina* 6,8 5,9 8,0 5,9 Arginina** 4,2 3,5 4,9 4,5 Histidina** 2,8 2,4 3,8 2,5 Alanina 4,8 4,5 5,3 5,1 Ácido aspártico 10,4 10,1 10,8 11,1 Ácido glutâmico 19,6 17, 6 22, 7 19, 7 Glicina 3,2 2,8 3,6 2,7 Prolina 10,2 8,9 11,2 7,8 Serina 5,6 5,0 5,9 5,3
Todos os valores corrigidos para 40% de NH3 * aminoácidos essenciais ** aminoácidos semi-essenciais 9
As proteínas podem estar intactas ou parcialmente hidrolisadas por um processo tal como o descrito na Patente Europeia N° 322589.
De um modo preferido, a única fonte de hidratos de carbono da composição de acordo com a presente invenção é a lactose. Os hidratos de carbono constituem uma importante fonte de energia na dieta do bebé recém-nascido. A lactose é o hidrato de carbono natural do leite humano. A maioria dos lactentes de boa saúde pode digerir lactose adequadamente. Além disso, a lactose está associada à acidez das fezes e ao desenvolvimento de uma microflora preponderante em bifidobactérias e lactobacilos no intestino grosso, semelhante à de bebés amamentados. Crê-se que isto é importante para a supressão do crescimento de bactérias indesejáveis no intestino grosso. Além disso, demonstrou-se que a lactose aumenta a absorção e a retenção de cálcio e, provavelmente, outros minerais. Num estudo recente, demonstrou-se que a absorção de cálcio a partir de uma fórmula contendo lactose é 10% superior em comparação com a mesma fórmula em que a lactose foi substituída por polímeros de glucose.
Como mencionado anteriormente, as fórmulas de acordo com a invenção compreendem, pelo menos, um probiótico, de modo a oferecer a todas as crianças as vantagens de uma flora intestinal protectora qualquer que seja o seu modo de parto ou o seu ambiente higiénico.
Os probióticos preferidos são aqueles que no seu todo são seguros, são culturas produtoras de ácido L(+)láctico e têm tempo de armazenamento aceitável para produtos tais como fórmulas para lactentes e de transição que é necessário que 10 permaneçam estáveis e eficazes durante até 36 meses. Exemplos de probióticos preferidos são:
Bifidobacterium lactis, comercializado inicialmente por Christian Hansen Company;
Streptococcus thermophilus, fornecido com a designação TH4 por Chr. Hansen, Dinamarca;
Lactobacillus paracasei rhamnosus, GG (ATCC 53103) fornecido por Valio Oy, Finlândia;
Bifidobacterium longum BB536, fornecido por Morinaga Milk Industry Co. Ltd, Japão.
Os probióticos, de acordo com o presente aspecto da invenção, estão de um modo preferido, presentes numa quantidade 6 9 de 10 a 10 ufc/grama de produto seco, de um modo preferido, 6 0 7 10 a 10 ufc/g e, de um modo muito preferido, 2x10 ufc/grama de produto seco. A composição, de acordo com a presente invenção, compreende, pelo menos, uma estirpe probiótica mas também podem ser utilizadas associações de diferentes estirpes, particularmente nas fórmulas de transição. Se for utilizada uma dessas associações, de um modo preferido, vai incluir, pelo menos, uma Bifidobacteria e, pelo menos, um Lactobacillus. Uma associação particularmente preferida é Bifidobacterium longum BB536 e Lactobacillus paracasei rhamnosus GG. 11
As fórmulas da presente invenção também compreendem uma fonte de lípidos. A matéria gorda proporciona cerca de metade da energia dietética e constitui a principal energia armazenada nos corpos de lactentes e crianças jovens. Presentemente, há um interesse crescente na qualidade da fonte de lípidos dietéticos durante a infância como um determinante principal do crescimento, do desenvolvimento visual e neural e da saúde no longo prazo. Assim, a selecção da fonte de lípidos dietéticos durante o início da vida é considerado como sendo de grande importância.
Devido ao tamanho pequeno do seu estômago e à sua tolerância limitada a alimentos hipertónicos, os lactentes necessitam de uma fonte de energia concentrada. Dos 3 nutrientes que fornecem energia, a gordura proporciona 9 kcal por grama, i. e., mais do que o dobro da energia presente nos hidratos de carbono ou proteínas. A maioria dos especialistas recomenda que em fórmulas para lactentes e em fórmulas de transição a gordura deve fornecer de 30% a 55% da energia total. De um modo preferido, as gorduras utilizadas nas fórmulas da invenção são predominantemente gorduras vegetais. Contudo, o soro de leite e o leite desnatado contêm naturalmente vestígios de gordura do leite e, assim, é provável que esteja presente uma percentagem muito pequena de gordura do leite. A composição de ácidos gordos da dieta determina a composição de ácidos gordos de todos os tecidos, incluindo os tecidos de armazenagem. A mistura de gorduras utilizada na fórmula de acordo com a presente invenção tem, por conseguinte, de um modo preferido, uma composição global de ácidos gordos tão próxima quanto possível da do leite humano, de modo a assegurar a plasticidade semelhante das membranas e a mesma mobilização de 12 energia no caso de necessidades acrescidas. Assim, a mistura gorda preferida fornece os ácidos gordos essenciais (ácidos linoleico e α-linolénico), bem como as quantidades adequadas de ácido oleico, ácido palmitico, ácido láurico e ácido miristico. 0 leite humano contém ácido docosa-hexaenóico (dha) e ácido araquidónico (ARA) e, assim, a amamentação proporciona aos lactentes LC-PUFA pré-formados. 0 teor de DHA do leite humano varia consideravelmente dentro de populações e é fortemente influenciado pela dieta materna. Globalmente, o teor de DHA do leite de mães que consomem dietas ocidentais varia de 0,1 a 0,4%, com uma média de 0,25%, enquanto que em mães que consomem dietas não ocidentais, o teor de DHA do leite é maior, variando de 0,1 a 1,4%, com uma média de 0,6%. No entanto, quantidades de 0,2 a 0,3% são geralmente aceites como representativas. O teor de ARA do leite humano é menos influenciado pela dieta do que o teor do DHA. Globalmente, o teor de ARA do leite humano de mães que consomem dietas ocidentais varia de 0,2 a 0,7%, com uma média de 0,45%, enquanto que em mães que consomem dietas não ocidentais, o teor de ARA varia de 0,4 a 1,2%, com uma média de 0,6%. Tanto os níveis de DHA como de ARA são influenciados pela duração da lactação e tendem a diminuir do colostro para o leite de transição e o leite maduro.
Em conformidade, a fonte de lípidos da presente invenção, de um modo preferido, também compreende, pelo menos, um LC-PUFA pré-formado, tal como o DHA. A fonte do DHA pode ser um óleo de peixe natural que também fornece ácido eicosapentaenóico (EPA) com uma razão de DHA/EPA >4. Conjuntamente com o DHA, a fonte de lípidos também pode incluir ARA, por exemplo, de origem fúngica, tal como Mortierella alpina. 13
As fórmulas da invenção têm, de um modo preferido, um nível reduzido de electrólitos em comparação com fórmulas para lactentes e fórmulas de transição correntes. Por exemplo, a razão Na/K (mmol) pode ser à volta de 0,4, a razão (Na+K)/Cl (mmol) pode ser à volta de 1,8, Na+K+Cl pode ser cerca de 34 e (Na+K)-Cl pode ser cerca de 10.
As fórmulas, de acordo com a presente invenção, têm, de um modo preferido, um baixo teor de fosfato. De um modo preferido, o teor de cálcio varia entre 35 e 45 mg/100 mL, o teor de fósforo varia entre 15 e 25 mg/mL, e a razão Ca/P está entre 1,4 e 3. As quantidades mais preferidas estão indicadas na tabela 3 adiante.
Tabela 3 invenção leite de vaca leite materno - valores (mg/100 mL) (mg/100 mL) médios (mg/100 mL) Cálcio 41 120 30 Fósforo 21 90 15 Razão Ca/P 2 1/3 2
As fórmulas, de acordo com a invenção, também podem fornecer nutrientes semi-essenciais que podem ser necessários em condições específicas (e. g., taurina, nucleótidos, carnitina, selénio). A taurina é um aminoácido livre, que não é utilizado para construir moléculas de proteína. Foi demonstrado que está envolvida em muitas funções fisiológicas, e. g., como um factor trófico no desenvolvimento do sistema nervoso central, na manutenção da integridade estrutural da membrana, na regulação da homeostase do cálcio, como um osmólito, um neuromodulador, e 14 um neurotransmissor. Também se conjuga com ácidos biliares para formar sais biliares (essenciais para a formação de micelas e a absorção de gordura).
Os nucleótidos são compostos azotados não proteicos que contêm três componentes caracteristicos: uma base azotada, um açúcar (ribose ou desoxirribose) e um ou mais grupos fosfato. 0 teor total de nucleótidos no leite humano representa 2 a 5% do azoto não proteico. 0 leite de vaca contém concentrações mais baixas de nucleótidos do que o leite humano e o seu perfil de nucleótidos difere acentuadamente do perfil do leite humano. A adição de nucleótidos na presente fórmula para lactentes segue o padrão fisiológico de níveis de nucleótidos do leite humano, com uma predominância de pirimidinas facilmente metabolizadas em relação às purinas menos desejáveis: a adição de nucleótidos à fórmula para lactentes é segura. Os níveis de adição estão dentro dos limites permitidos pelo Comité Científico da Alimentação da União Europeia e da Directiva Europeia. A carnitina é um composto azotado específico, que pertence a um grupo de factores alimentares conhecidos como nutrientes semelhantes a vitaminas. Desempenha um papel crucial no fornecimento de energia de tecidos durante a vida fetal e no periodo neo-natal facilitando o transporte de ácidos gordos de cadeia longa para as mitocôndrias onde ocorre a beta-oxidação. De facto, os ácidos gordos não são capazes de passar em forma livre através da parede mitocondrial; a transferência para as mitocôndrias é governada por, pelo menos, três sistemas enzimáticos, nomeadamente carnitina-palmitoíl transferases I e II e carnitina-translocase, em que participa a carnitina. Assim, a carnitina é necessária para a oxidação adequada dos lípidos e a deficiência em carnitina ou uma baixa ingestão de carnitina 15 podem levar a uma utilização deficiente de gordura e a um metabolismo dos lípidos alterado. A carnitina também tem um papel noutros processos metabólicos, tais como a cetogénese, a lipólise e a manutenção da termogénese e do metabolismo do azoto. Além disso, demonstrou-se que a carnitina melhora a utilização de triglicéridos de cadeia média em lactentes. Os recém-nascidos têm reservas de carnitina relativamente baixas e uma actividade muito baixa da enzima que catalisa o último passo na síntese da carnitina. Assim, os recém-nascidos estão particularmente em risco de se tornarem deficitários em carnitina na ausência de um fornecimento adequado de carnitina exógena. A carnitina é, de um modo preferido, adicionada às fórmulas para lactentes, de modo a atingir um nível próximo do nível do leite humano.
As fórmulas, de acordo com a invenção, podem estar na forma de pó ou de um líquido pronto a beber. No caso de uma fórmula em pó, a seguinte tabela de alimentação (tabela 4) pode ser utilizada como um guia. No entanto, as quantidades podem ser alteradas de acordo com o conselho médico. A introdução de uma fórmula para lactentes deve ser feita com supervisão médica. A reconstituição padrão das fórmulas de acordo com a invenção é 12,9%, í. e.r 12,9 g de pó para 90 mL de água, o que dá uma densidade calórica de 67 kcal/100 mL. 16
Tabela 4 quantidade por refeição N° refeições por dia Idade da criança Água previamente fervida (mL) número de colheres-medida Fórmula Outras Ia e 2a semanas 90 3 6 - 3a e 4a semanas 120 4 5 - 2 o mês 150 5 5 - 3o e 4o meses 180 6 5 - 5o e 6o meses 210 7 5 - a partir do 7° mês 210 7 4-3 1-2
No caso de um líquido pronto a beber, é necessário tomar cuidados especiais para assegurar que o probiótico não entra acidentalmente em contacto com o líquido. De um modo preferido, o probiótico é armazenado na forma de um pó separadamente do líquido e é incorporado e homogeneizado no líquido imediatamente antes do consumo, e. g., até duas horas antes do consumo.
Demonstrou-se que as fórmulas de acordo com a invenção proporcionam benefícios nutricionais incluindo uma melhor utilização de proteína, um padrão de aminoácidos no plasma próximo do dos lactentes amamentados e taxas de crescimento adequadas. 0 perfil de aminoácidos melhorado de fórmulas de acordo com a invenção resulta numa melhor utilização de proteínas, como demonstrado pela maior percentagem de retenção de azoto observada em lactentes alimentados com uma fórmula de acordo com a invenção em comparação com lactentes alimentados com uma fórmula corrente adaptada com soro de leite (ver tabela 5) . Como resultado, a quantidade total de azoto total permanece inalterada. 17
Tabela 5: equilíbrio de azoto fórmulas correntes adaptadas com soro de leite fórmulas de acordo com a invenção absorção 89,5% 89,3% retenção 32,2% 39,6%
Demonstrou-se que os aminoácidos plasmáticos em lactentes alimentados com uma fórmula de acordo com a invenção estão mais próximos dos de lactentes amamentados em comparação com os de lactentes alimentados com formulações correntes adaptadas com soro de leite. Além disso, o teor de proteínas das fórmulas da invenção satisfaz as necessidades dos lactentes de termo normal durante os primeiros meses de vida sem inqestões de energia excessivas ou com índice de massa corporal aumentado. Além disso ainda, os ganhos de peso e de comprimento de lactentes alimentados com as fórmulas de acordo com a invenção são comparáveis com os de lactentes amamentados.
As fórmulas, de acordo com a invenção, apresentam uma carga reduzida em órgãos imaturos. Os aminoácidos consumidos em excesso e não utilizados para a síntese de proteínas acumulam-se no sangue (hiperaminoacidemias) e são metabolizados no fígado em ureia que tem de ser excretada através dos rins, aumentando, assim, a carga renal. Este stress metabólico desnecessário está bem ilustrado em lactentes alimentados com fórmulas adaptadas com soro de leite pelos níveis de aminoácidos no plasma e níveis de ureia no plasma acima dos níveis observados em lactentes amamentados. 0 teor de proteínas mais baixo das fórmulas de acordo com a invenção evita o stress metabólico em órgãos imaturos de lactentes devido a um excesso de ingestão de proteínas dietéticas. Este efeito vantajoso foi demonstrado: os lactentes alimentados com uma fórmula de acordo com a invenção 18 têm concentrações de azoto de ureia no plasma semelhantes às encontradas em lactantes amamentados e significativamente mais baixas do que as encontradas nos lactentes alimentados com as fórmulas correntes adaptadas com soro de leite. 0 azoto da ureia no plasma é um indicador muito sensível da adequação da ingestão de proteínas uma vez que níveis mais elevados do que em lactentes amamentados denotam excesso de aminoácidos não utilizados, enquanto que níveis mais baixos indicam um abastecimento insuficiente de proteínas. Além disso, o soro de leite doce modificado e probiótico (s) nas fórmulas de acordo com a invenção podem ter um efeito sinérgico na promoção do desenvolvimento físico, particularmente quando também estão presentes LC-PUFA.
De acordo com outro aspecto da presente invenção, é proporcionado um método de desenvolvimento de uma microflora intestinal saudável num lactente ou numa criança jovem que consiste em alimentar totalmente ou parcialmente os referidos lactente ou criança jovem com uma fórmula de acordo com a invenção. A composição da microflora intestinal e o tamanho da população das estirpes estão descritos como sendo principalmente regulados por competição por nutrientes e disponibilidade de oxigénio. Pensa-se que os factores do leite materno pode ser bifidogénicos, explicando, assim, a facilidade com que uma microflora favorável se estabelece em lactentes amamentados. As bifidobactérias, quando em crescimento, utilizam lactose como substrato para produzir ácidos láctico e acético que diminuem o pH intestinal para 4-5. A baixa capacidade tamponante do leite materno iria permitir a manutenção desse pH baixo, que inibe o desenvolvimento de bactérias putrefactoras anaeróbias e permite 19 a proliferação de bifidobactérias e de lactobacilos que são tolerantes a ácidos. Sem querer ficar limitado pela teoria, a requerente crê que há uma sinergia entre a fonte proteica nas fórmulas da presente invenção e o prebiótico de tal modo que uma microflora semelhante à encontrada em bebés amamentados se estabelece rapidamente e é mantida em lactentes alimentados com uma fórmula de acordo com a invenção. 0 teor reduzido de fosfato da fórmula de acordo com o primeiro objectivo da presente invenção optimiza a formação óssea e, juntamente com lactose e baixo teor de proteínas, cria condições óptimas para uma flora intestinal com uma predominância de bifidobactérias.
Exemplos
Os exemplos seguintes são ilustrativos de alguns produtos e métodos de fabricar os mesmos que estão dentro do âmbito da presente invenção. Não são para ser considerados, por qualquer forma, como limitativos da invenção. Podem ser feitas alterações e modificações relativamente à invenção, isto é, o perito na matéria reconhecerá que muitas variações nestes exemplos vão abranger uma vasta gama de fórmulas, ingredientes, processamento e misturas para racionalmente ajustar os níveis de ocorrência natural dos compostos da invenção para uma variedade de aplicações . 20
Exemplo 1 0 exemplo seguinte de uma fórmula preferida de acordo com a invenção é apenas ilustrativo.
Nutriente por 100 kcal por litro Energia (kcal) 100 670 Proteína (g) (Caseína/Soro de leite:30/70) 1, 83 12,3 Gordura total (g) 5, 3 35, 7 de que Ácido linoleico (g) 0, 77 5,2 Ácido a-linolénico (mg) 95 640 DHA (mg) 12 77 ARA 12 77 Lactose (g) 11,2 74, 7 Minerais (g) 0, 37 2,5 Na (mg) 23 150 K (mg) 89 590 Cl (mg) 6 4 430 Ca (mg) 62 410 P (mg) 31 210 Mg (mg) 7 50 Mn (pg) 8 50 Se (pg) 2 13 Vitamina A (pg RE) 105 700 Vitamina D (pg) 1,5 10 Vitamina E (mg TE) 0, 8 5,4 Vitamina Kl (pg) 8 54 Vitamina C (mg) 10 67 Vitamina Bl (mg) 0, 07 0,47 Vitamina B2 (mg) 0, 15 1,0 21 (continuação)
Nutriente por 100 kcal por litro Niacina (mg) 1 6,7 Vitamina B6 (mg) 0, 075 0,50 Ácido fólico (pg) 9 60 Ácido pantoténico (mg) 0, 45 3 Vitamina B12 (pg) 0,3 2 Biotina (pg) 2,2 15 Colina (mg) 10 67 Fe (mg) 1,2 8 i (ug) 15 100 Cu (mg) 0,06 0,4 Zn (mg) 0, 75 5 7
Bifidobacterium longum BB536: 1x10 ufc/grama de produto seco 7
Lactobacillus paracasei rhamnosus GG: 2x10 ufc/grama de produto seco
Exemplo 2
Mais de 100 lactentes cujas mães escolheram não amamentar após o 14° dia das suas vidas são admitidos num ensaio clínico de dois grupos, multicêntrico, randomizado, controlado, duplamente cego. O primeiro grupo é alimentado com a fórmula do Exemplo 1 e o segundo grupo é alimentado com uma fórmula semelhante mas sem probióticos. As medições seguintes, que são parâmetros reconhecidos para avaliar o crescimento físico de lactentes, são feitas durante 112 dias (16 semanas) : - ganho de peso médio em g/dia, altura recumbente, perímetro cefálico. As medições são efectuadas no recrutamento e, depois, às 5 semanas, 8 semanas, 12 semanas e 16 semanas (em cada caso ± 1 semana) 22 como se segue:
Peso (arredondado para os 10 gramas mais próximos) : os lactentes são pesados sem roupa em balanças de pesagem electrónicas. É utilizada a mesma balança para todos os lactentes em todas as visitas. As balanças de pesagem electrónicas são calibradas de acordo com as recomendações do fabricante no inicio do estudo e de 3 em 3 meses dai em diante até ao final do estudo.
Comprimento em decúbito dorsal (arredondado para o 1 mm mais próximo): os lactentes são medidos utilizando uma régua antropométrica normalizada. Pelo menos duas pessoas estão presentes para manter o alinhamento correcto do corpo e o corpo completamente esticado com os pés flectidos.
Perímetro cefálico (arredondado para o 1 mm mais próximo): obtido utilizando uma fita métrica corrente não elástica, revestida com plástico. A medição é feita aproximadamente a 2,5 cm acima das sobrancelhas, directamente sobre a circunferência maior do crânio.
Além disso, são feitas observações regulares de tolerância digestiva pela observação das características das fezes, incidência de vómitos e regurgitação, freguência e duração de cólicas como se segue: 3 dias após o recrutamento 3 dias antes e depois das medições antropométricas às 5 semanas, 8 semanas e 12 semanas 3 dias antes das medições de antropométricos finais às 16 semanas 23
Além disso, é anotada a frequência de episódios de morbidez (número de vezes observadas pelos profissionais de cuidados de saúde mais episódios de falta de saúde, particularmente, doenças gastrointestinais). Estas observações são feitas pelos prestadores de cuidados do lactente num diário distribuído para esse efeito.
Verificou-se que os lactantes alimentados com a fórmula da invenção apresentam um desenvolvimento físico satisfatório associado a conforto gastrointestinal melhorado (tal como demonstrado pelas observações de tolerância digestiva pormenorizadas acima) em comparação com o grupo de controlo.
Lisboa, 3 de Janeiro de 2011 24

Claims (15)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Fórmula para lactentes ou de transição compreendendo uma fonte de proteínas, uma fonte de lípidos, uma fonte de hidratos de carbono e um probiótico, em que, pelo menos, 40% das proteínas são proteínas de soro de leite doce modificadas não compreendendo CGMP ou compreendendo um teor de CGMP reduzido e o teor de proteínas na fórmula é não superior a 2 g/100 kcal.
  2. 2. Fórmula de acordo com a reivindicação 1, em que, pelo menos, 60% das proteínas são de proteínas de soro de leite doce modificadas não compreendendo CGMP ou compreendendo um teor de CGMP reduzido.
  3. 3. Fórmula de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que o probiótico é um Bifidobacterium ou um Lactobacillus.
  4. 4. Fórmula de acordo com a reivindicação 3, em que o Bifidobacterium é Bifidobacterium longum BB536.
  5. 5. Fórmula de acordo com a reivindicação 3, em que o Lactobacillus é Lactobacillus paracasei rhamnosus GG.
  6. 6. Fórmula de acordo com a reivindicação 1 ou 2, que contém um Bifidobacterium e um Lactobacillus.
  7. 7. Fórmula de acordo com a reivindicação 6, em que o Bifidobacterium é Bifidobacterium longum BB536 e o Lactobacillus é Lactobacillus paracasei rhamnosus GG. 1
  8. 8. Fórmula de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, em que as proteínas estão intactas.
  9. 9. Fórmula de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7, em que as proteínas estão parcialmente hidrolisadas.
  10. 10. Fórmula de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, em que as proteínas estão presentes numa proporção máxima de 1,85, de um modo mais preferido, entre 1,8 e 1,85 g/100 kcal.
  11. 11. Fórmula de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, em que as proteínas do soro de leite com teor de CGMP reduzido representam, pelo menos, 60% das proteínas totais, de um modo preferido, pelo menos, 70% das proteínas totais.
  12. 12. Fórmula de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, compreendendo ainda, pelo menos, um LC-PUFA.
  13. 13. Fórmula de acordo com a reivindicação 12, em que o LC-PUFA compreende DHA, associado ou não ARA.
  14. 14. Fórmula de acordo qualquer das reivindicações 1 a 13, tendo, ainda, uma baixa quantidade de electrólitos.
  15. 15. Utilização de uma fonte de proteínas, uma fonte de lípidos, uma fonte de hidratos de carbono e, pelo menos, um probiótico, em que, pelo menos, 40% das proteínas são proteínas do soro de leite modificadas não compreendendo CGMP ou compreendendo um teor de CGMP reduzido, o teor de proteínas da fórmula é não superior a 2 g/100 kcal, no 2 de uma ou numa fabrico de uma fórmula para desenvolvimento microflora gastrointestinal saudável num lactente criança jovem. Lisboa, 3 de Janeiro de 2011 3
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