PT1637672E - Chave ou esboço de chave - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "CHAVE OU ESBOÇO DE CHAVE" A invenção refere-se a uma chave ou um esboço de chave que compreende uma haste manobrável com a mão e orientada segundo um eixo longitudinal, e um palhetão colocado numa extremidade da haste para accionar a fechadura, apresentando o palhetão, num plano transversal ao eixo longitudinal, uma secção reduzida, delineada, pelo menos parcialmente, por uma ranhura ali escavada. Esta chave é conhecida do documento FR 2552146. A invenção tem por finalidade propor uma chave ou um esboço de chave que apresente uma estrutura que a torne intrinsecamente dificil de reproduzir por qualquer pessoa não autorizada.

Esta chave ou esboço de chave, é caracterizada por a secção reduzida ser dissimétrica relativamente a qualquer plano paralelo ao eixo longitudinal.

Por exemplo, a secção reduzida admite o eixo longitudinal como eixo de simetria de rotação.

Esta secção reduzida pode, particularmente, estender-se ao longo de um percurso médio e apresentar, perpendicularmente a este percurso médio, uma espessura sensivelmente constante. 0 percurso médio apresenta, de um modo vantajoso, uma forma sinuosa, constituída indiferentemente por curvas ou por ziguezagues. 1 A chave ou o esboço de chave segundo a invenção é realizada, de um modo preferido, pelo menos em parte, por estampagem.

Outras caracteristicas e vantagens da invenção destacar-se-ão claramente da descrição que é feita daqui por diante, a titulo indicativo e de nenhuma modo limitativo, em referência aos desenhos anexos, nos quais: - A figura 1 é uma vista parcial explodida, em perspectiva, de uma fechadura; - A figura 2 é uma vista frontal de um esboço de chave de acordo com a invenção; - A figura 3 é uma vista em corte parcial do esboço ilustrado na figura 2, observada segundo a incidência definida pelas setas III- III da figura 2; - A figura 4 é uma vista em corte parcial do esboço ilustrado na figura 2, observada segundo a incidência definida pelas setas IV- IV da figura 2; - A figura 5 é uma vista em perspectiva de uma chave, realizada a partir do esboço ilustrado na figura 2; - A figura 6 é uma vista em corte transversal de uma fechadura, sendo o corte realizado no plano das abas de obturação da entrada de chave e sendo a fechadura observada no estado que adopta ao receber uma chave, ou um esboço de chave, adaptada a esta fechadura; 2 A figura 7 é uma vista em corte axial da fechadura ilustrada na figura 6 e observada segundo a incidência definida pelas setas VII-VII desta figura 6; A figura 8 é uma vista em corte transversal de uma fechadura, sendo o corte realizado no plano das abas de obturação da entrada de chave e sendo a fechadura observada no estado que adopta durante a introdução de uma chave, ou de um esboço de chave, adaptada a este fechadura, sendo este estado o mesmo que aquele que adopta ao receber uma chave ou um esboço de chave de espessura superior àquela que está adaptada a esta fechadura; A figura 9 é uma vista em corte axial da fechadura ilustrada na figura 8 e observada segundo a incidência definida pelas setas IX-IX desta figura 8; A figura 10 é uma vista em corte transversal de uma fechadura, sendo o corte realizado no plano das abas de obturação da entrada de chave e sendo a fechadura observada no estado que adopta no seu estado de repouso, sendo este estado o mesmo que adopta ao receber uma chave ou um esboço de chave de espessura inferior àquela que está adaptada a esta fechadura; A figura 11 é uma vista em corte axial da fechadura ilustrada na figura 10 e observada segundo a incidência definida pelas setas XI-XI desta figura 10 A figura 12 é uma vista em perspectiva de uma aba de obturação da entrada de chave, utilizada numa fechadura; 3 - A figura 13 é uma vista de perfil da aba ilustrada na figura 12, sendo esta aba observada segundo a incidência definida pela seta XIII da figura 12; - A figura 14 é uma vista frontal da aba ilustrada na figura 12, sendo esta aba observada segundo a incidência definida pelas setas XIV-XIV da figura 13 - A figura 15 é uma vista de perfil da aba ilustrada na figura 12, sendo esta aba observada segundo a incidência definida pela seta XV da figura 12; e - A figura 16 é uma vista frontal da aba ilustrada na figura 12, sendo esta aba observada segundo a incidência definida pelas setas XVI-XVI da figura 15. A fechadura de segurança compreende essencialmente, de forma conhecida, um corpo 1 cilíndrico, um tambor 2, e uma ou mais abas tais como 3 e 4. 0 corpo 1, de forma geral cilíndrica, é alongado segundo um eixo X longitudinal e fechado por uma face 10 na qual está perfurada uma abertura 12 permitindo a introdução de uma chave, tal como a chave 5 ilustrada na figura 5.

Por outro lado, este corpo 1 tem, na sua periferia 100 interna, uma garganta 11 interna. O tambor 2 está montado para translação no corpo 1 ao longo do eixo X, segundo um sentido D de introdução da chave 5, e contra uma força elástica que o impele para uma posição de repouso, na qual se apoia na face 71 de um revestimento 7, 4 apoiando-se este revestimento contra a face 10 do corpo 1. O tambor 2, que apresenta uma entrada 20 de chave, é igualmente montado para rotação no corpo 1, em torno do eixo X longitudinal.

Cada uma das abas, tais como 3 e 4, permite ocultar a entrada 20 de chave, está montada de forma móvel no corpo 1 num plano Pt transversal ao eixo X longitudinal, e é impelida de forma elástica para uma posição de repouso por uma força elástica centrípeta, isto é, uma força que solicita cada aba em direcção ao eixo X longitudinal. O revestimento 7, disposto entre o tambor 2 e a face 10 do corpo 1, é ele próprio perfurado com uma passagem 70 para a chave 5.

Cada uma das abas 3 e 4 pode, de forma conhecida, adoptar, pelo menos, três posições, a saber, a posição de repouso anteriormente referida, na qual esta aba obtura, pelo menos parcialmente, a entrada 20 da chave, uma posição de autorização na qual esta aba escapa à garganta 11 interior e permite a translação do tambor 2 relativamente ao corpo 1, e uma primeira posição descentrada, na qual esta aba cai na garganta 11 interior e impede a translação do tambor 2 relativamente ao corpo 1.

Mais precisamente, cada aba, tal como 3 e 4, é deslocada da sua posição de repouso para a sua posição de autorização por qualquer chave adaptada à fechadura, ou seja, por uma chave apresentando, segundo o plano Pt transversal ao eixo X longitudinal (figura 2) , uma secção 50 de espessura E máxima 5 adequada à fechadura considerada (figura 4).

Cada aba, tal como 3 e 4, é deslocada da sua posição de repouso para a sua primeira posição descentrada por qualquer chave de geometria inadequada à fechadura e por qualquer chave falsa, e em particular, por uma chave ou substituto de chave apresentando, segundo o plano Pt transversal ao eixo X longitudinal, uma secção 50 de espessura superior à espessura E adequada para a fechadura considerada.

Neste último caso (figuras 8 e 9) , cada aba tal como 3 e 4 cai na garganta 11 interior por um primeiro elemento de borda externa, tal como 31 e 41, desta aba, e impede uma translação do tambor 2 relativamente ao corpo 1.

Pelo menos uma (figuras 10 e 11) das abas, e, de um modo preferido, cada aba tal como 3 e 4, apresenta um segundo elemento de borda externa, tal como 32 e 42, pelo qual está acoplada à garganta 11 interior, pelo menos quando é colocada numa posição compreendida numa gama de posições intermédias, entre a sua posição de repouso e a sua posição de autorização.

De um modo preferido, cada aba 3, 4 está acoplada na garganta 11 interior pelo seu segundo elemento 32, 42 da borda externa, quando ocupa a sua posição de repouso (figuras 10 e 11) e qualquer posição intermédia entre a sua posição de repouso e a sua posição de autorização.

Por exemplo (figuras 1, 6, 8, 10), cada aba 3, 4 está montada para rodar no tambor 2 em redor de um eixo XX secundário, paralelo ao eixo X longitudinal do corpo 1. 6

Cada eixo XX secundário está deslocado relativamente ao eixo X longitudinal do corpo 1 em direcção à periferia 200 do tambor 2, e está disposto num plano Pa axial (figura 6) que passa entre o primeiro e segundo elementos de borda externa, tais como 31, 32 e 41, 42, de cada aba 3 e 4.

Para isso, cada aba 3, 4 compreende, por exemplo, um botão pedunculado, tal como 33, 43, formando uma articulação, centrado sobre o eixo XX secundário correspondente, e recebido num alojamento 23 complementar correspondente ao tambor 2.

Como mostram, em particular, as figuras 6, 8, e 10, cada aba, tal como 3 e 4, apresenta um talão, tal como 34 e 44, e uma ponta, tal como 35 e 45, estando o eixo XX secundário de cada aba 3 e 4 colocado na ponta 35, 45 desta aba. O talão 34, 44 de cada aba 3, 4 contém o primeiro elemento 31, 41 da borda externa desta aba, enquanto que a ponta 35, 45 desta mesma aba contém o segundo elemento 32, 42 da borda externa correspondente.

Cada talão 34, 44 apresenta, por outro lado, uma borda interior, tal como 340 e 440, que está disposta sobre a entrada 20 de chave e que é deslocada pela secção 50 reduzida da chave 5, em função da espessura, da forma e/ou da posição desta secção 50.

Como mostra em particular a figura 7, a borda 340, 440 interna de cada aba 3, 4 é, de um modo vantajoso, chanfrada para facilitar a introdução e a extracção da chave 5.

As abas 3 e 4 de obturação são, de um modo preferido, duas e 7 adoptam as posições de repouso respectivas que resultam uma da outra por uma rotação de 180 graus em torno do eixo X longitudinal. A força centrípeta que solicita elasticamente as abas 3 e 4 para a sua posição de repouso, é exercida, por exemplo, por uma braçadeira 6 de mola (figuras 1 e 7 em particular), pré-esforçada em extensão, e engatada nas gargantas 36 e 46 periféricas externas respectivas destas abas 3 e 4.

Cada aba 3, 4 apresenta, de um modo preferido, (figuras 1, 11 e 15) uma saliência, tal como 341 e 441, formada no seu talão 34, 44, e um rebaixamento, tal como 351 e 451, formado na sua ponta, de modo que, na posição de repouso destas abas, o talão 34 e 4 4 de cada aba e da ponta 4 5 e 35 da outra aba se interpenetram, por penetração de uma das saliências naquele dos dois rebaixamentos que lhe está adjacente.

Uma chave 5 (figura 5) ou um esboço de chave 500 (figuras 2 e 3) utilizável para o accionamento de uma fechadura, tal como descrito anteriormente, compreende, de modo conhecido, uma haste 51 manobrável com a mão e orientada, em funcionamento, segundo o eixo X longitudinal da fechadura, e um palhetão 52 existente numa extremidade 510 da haste 51 para accionar a fechadura.

De modo igualmente conhecido, o palhetão 52 apresenta (figura 2), no plano Pt transversal ao eixo X longitudinal, uma secção 50 reduzida delineada, pelo menos parcialmente, por uma ranhura 53 ali escavada.

Segundo a invenção, a secção 50 reduzida é dissimétrica relativamente a qualquer plano paralelo ao eixo X longitudinal.

Por exemplo, a secção 50 reduzida admite o eixo X longitudinal como eixo de simetria de rotação, e é, no caso presente, invariante, por rotação de 180 graus em torno do eixo X.

Como mostra a figura 4, a secção 50 reduzida pode estender-se ao longo de um percurso M médio e pode igualmente, de forma não restritiva, apresentar, perpendicularmente a este percurso M médio, uma espessura E sensivelmente constante, independentemente da largura L total que esta secção 50 apresenta. O percurso M médio pode desenvolver-se segundo uma curva arredondada ou em ziguezagues, mas apresenta, de um modo preferido, uma forma sinuosa em todos os casos de figura. A chave, ou o esboço de chave, assim definida é, de um modo vantajoso, realizada por estampagem, pelo menos em parte.

Nestas condições, se a espessura da secção 50 da chave utilizada para provocar o deslocamento das abas 3 e 4 da fechadura ou, em vez disso, a espessura da ferramenta de arrombamento, forem sobredimensionadas relativamente à espessura E (figura 4) que apresenta a chave adaptada à fechadura, então os primeiros elementos 31 e 41 da borda das abas 3 e 4 caem, como é igualmente o caso para a fechadura descrita no documento de patente FR-2552147, na garganta 11 interior e impedem a translação do tambor 2 relativamente ao corpo 1 da fechadura e, consequentemente, o accionamento desta. E se a espessura da secção 50 da chave utilizada para 9 provocar o deslocamento das abas 3 e 4 ou, em vez disso, a espessura da ferramenta de arrombamento, forem subdimensionadas relativamente à espessura E que apresenta a chave adaptada à fechadura, então, de acordo com a invenção, são os segundos elementos 32 e 42 da borda das abas 3 e 4 que caem na garganta 11 interior e que impedem a translação do tambor 2 relativamente ao corpo 1 da fechadura e, consequentemente, o accionamento desta.

Mas a selectividade da fechadura da invenção não é aumentada apenas pela utilização de um limite inferior de espessura, além do limite superior: ela é-o igualmente por um efeito de forma, como permite compreender a figura 4, que pretende representar a secção 50 reduzida de uma chave, ou de um esboço, adaptada à fechadura considerada.

Na realidade, se a secção reduzida de uma outra chave de um outro esboço, embora apresentando a espessura E adaptada à fechadura, apresentasse uma forma inadaptada, o percurso efectuado pelas abas 3 e 4 a partir da sua posição de repouso, sob o efeito da introdução desta outra chave ou esboço, será sobredimensionado pelo contacto com as abas nas zonas 501, se o percurso M médio da secção desta outra chave ou esboço for menos curvo do que aquele da figura 4, e será subdimensionado pelo contacto com as abas nas zonas 502, se o percurso M médio da secção desta outra chave ou esboço for mais curvo do que aquele da figura 4.

Lisboa, 23 de Agosto de 2007 10

Claims (5)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Chave ou esboço de chave, compreendendo esta chave (5) ou este esboço (500) uma haste (51) manobrável à mão e orientada segundo um eixo (X) longitudinal, e um palhetão (52) colocado na extremidade (510) da haste (51) para accionar uma fechadura, apresentando o palhetão (52), num plano (Pt) transversal ao eixo (X) longitudinal, uma secção (50) reduzida, delineada, pelo menos parcialmente, por uma ranhura (53) ali escavada, caracterizada por a secção reduzida (50) ser dissimétrica relativamente a qualquer plano paralelo ao eixo (X) longitudinal.
2. 2. Chave ou esboço de chave, segundo a reivindicação 1, caracterizada por a secção (50) reduzida admitir o eixo (X) longitudinal como eixo de simetria de rotação.
3. 3. Chave ou esboço de chave, segundo qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizada por a secção (50) reduzida se estender ao longo de um percurso (M) médio, e apresentar, perpendicularmente a este percurso (M) médio, uma espessura (E) sensivelmente constante.
4. 4. Chave ou esboço de chave, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por o percurso (M) médio apresentar uma forma sinuosa. 1
5. 5. Chave ou esboço de chave, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada por ser realizada, pelo menos em parte, por estampagem. Lisboa, 23 de Agosto de 2007 2