PT1432445E - Tratamento de inflamação crónica das articulações utilizando um anticorpo contra o complexo antigénio cd3 - Google Patents

Tratamento de inflamação crónica das articulações utilizando um anticorpo contra o complexo antigénio cd3 Download PDF

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Description

ΡΕ1432445 1 DESCRIÇÃO "TRATAMENTO DE INFLAMAÇÃO CRÓNICA DAS ARTICULAÇÕES UTILIZANDO UM ANTICORPO CONTRA O COMPLEXO ANTIGÉNIO CD3"
Campo do Invento O presente invento refere-se a um método de tratamento de inflamação crónica das articulações, particularmente sinovite inflamatória crónica, mais particularmente artrite reumatóide e condições relacionadas, utilizando anticorpos direccionados para o antigénio CD3 em que o anticorpo consiste em fragmentos Fab ou F(ab')2 ou é um anticorpo mutado na região Fc para prevenir a ligação a receptores de Fc, e utilização de tais anticorpos para o fabrico de um medicamento para utilização nesse tratamento.
Antecedentes do Invento A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica que afecta as articulações e outros tecidos e tem uma incidência anual de 1 a 10 por 10000 da população adulta nos países desenvolvidos e uma prevalência de aproximadamente 1%. Para além da dor e sofrimento trazidos pela condição, a natureza progressiva da doença tem um efeito significativo na morbilidade e mortalidade com uma razão de mortalidade padrão de até 3,0. O custo anual da 2 ΡΕ1432445 doença só nos EUA foi estimado bem acima de 1 bilião de dólares (Brooks, The Lancet, 30 de Janeiro de 1993, página 286) . Os métodos actuais de tratamento da doença estão longe de serem satisfatórios e os problemas incluem a imprevisibilidade da resposta e o facto de muitos fármacos não serem bem tolerados e/ou terem efeitos adversos potencialmente perigosos. Existem várias outras doenças "reumáticas" relacionadas com uma inflamação comparável do tecido sinovial, incluindo espondilose anquilosante, artrite psoriática e algumas formas de osteoartrite que podem também ser consideradas sob a designação de inflamação sinovial crónica. WO 93/97899 refere-se ao tratamento de inflamação mediada por células T das articulações utilizando um anticorpo que reconhece o antigénio CDW52, sozinho ou em combinação com um anticorpo anti-CD4. É particularmente descrita a utilização de um anticorpo monoclonal humanizado, Campath-IH, para tratar artrite reumatóide. Embora tal terapia ofereça a esperança de uma melhoria significativa, envolve um grave esgotamento de linfócitos T sistémicos. Enquanto os níveis de linfócitos T dos pacientes estão baixos, e estes estão assim em teoria pelo menos imunocomprometidos e vulneráveis a infecção, os sintomas da doença voltam. O equilíbrio entre o risco de infecção e a eficácia terapêutica torna a utilização de Campath-IH pouco atractiva para os médicos para condições crónicas tais como artrite reumatóide. Anticorpos anti-CD4 foram também sugeridos por outros para tratamento de 3 ΡΕ1432445 inflamação crónica das articulações mas até agora não se demonstrou que tais anticorpos fossem adequadamente eficazes na clinica. A discussão do antigénio CD3 pode ser encontrada, por exemplo, no relatório do "First International Workshop and Conference on Human Leukocyte Differentiation Antigens". Vários anticorpos glicosilados dirigidos contra o antigénio CD3 são também descritos nos relatórios desta série de "Workshops and Conferences", particularmente os terceiros e quartos, publicados por Oxford University Press. Anticorpos anti-CD3 são então conhecidos há cerca de 20 anos, mas tiveram apenas uma utilização limitada como agentes imunossupressores, por exemplo, no tratamento de episódios de rejeição após o transplante de aloenxertos renais, hepáticos e cardíacos, devido a reacções à primeira dose que podem ser graves.
Sabe-se que os anticorpos monoclonais anti-CD3 podem ser utilizados para sensibilizar células T a estímulos proliferativos secundários tais como IL-1 (interleucina 1) e IL-2 (interleucina 2) . Adicionalmente, certos anticorpos monoclonais de CD3 são eles próprios mitogénicos para células T. Esta propriedade é dependente do isotipo e resulta da interacção do domínio Fc do anticorpo de CD3 com receptores de Fc à superfície de células acessórias. Foram utilizados anticorpos de CD3 de roedor para influenciar o estado imunológico através da supressão, aumento ou redireccionamento de respostas de células T aos antigénios. 4 ΡΕ1432445 A US 5968509 refere-se a anticorpos monoclonais humanizados direccionados a CD3 e descreve a sua utilização para controlar a rejeição de enxertos e tratar linfomas. A US 5585097 refere-se a anticorpos anti-CD3 melhorados do tipo descrito em US 5968509 até ao ponto em que são aglicosilados e possuem assim reduzidos efeitos secundários associados à "resposta à primeira dose" quando utilizados em terapia.
Malfait et al., Arthritis and Rheumatism Vol 44, N° 5, Maio de 2001, págs. 1215-1224 refere-se a recaida crónica de artrite induzida por colagénio em ratinhos DBA/1 como modelo para testar terapias de modificação e indutoras de remissão de doença. Uma terapia investigada foi a terapia combinada de anticorpo anti-CD3 mais anticorpo anti-factor de necrose tumoral administrada após o aparecimento de sintomas que bloqueou a progressão de artrite no ratinho durante o resto do período de estudo de 56 dias. O modelo de murídeo descrito acima, é muito dependente de um estímulo conduzido pelo antigénio para provocar reactividade de células T. Nenhum desses antigénios desencadeadores foi ainda identificado para a artrite reumatóide humana, a espondilite anquilosante ou a artropatia psoriática. Na ausência de indicadores de que a doença de murídeo seja comparável aos distúrbios sinoviais 5 ΡΕ1432445 humanos, não é portanto possível extrapolar a partir dos dados sobre os benefícios terapêuticos para a artrite reumatóide humana e os distúrbios inflamatórios sinoviais relacionados. A Patente U.S. 5183657 refere-se a uma composição farmacêutica que compreende um anticorpo contra o factor de necrose tumoral α humano e um anticorpo anti-linfócitos em mistura com um ou mais transportadores, excipientes ou diluentes farmaceuticamente aceitáveis. 0 anticorpo anti-linfócitos é de preferência um anticorpo monoclonal, tal como o ortoclone 0KT3®. WO 00/05268 refere-se a um anticorpo IgG híbrido humano/roedor para CD3 que é capaz de ser expresso por sistemas de expressão de células de mamífero a rendimentos elevados. O anticorpo pode ser aglicosilado. CA 2224256 divulga a utilização terapêutica de fragmentos F(ab')2 de um anticorpo monoclonal anti-CD3 para o tratamento de ratinhos NOD claramente diabéticos.
Friend et al.r Transplantation, Vol. 68, n° 11, 15 de Dezembro de 1999, págs. 1632-1637 divulgam a utilização terapêutica de uma versão aglicosilada de um anticorpo monoclonal anti-CD3 em rejeição de transplante renal. 6 ΡΕ1432445
Sumário do Invento
De acordo com um aspecto o presente invento é dirigido à utilização de um anticorpo anti-CD3 para o fabrico de um medicamento para o tratamento de inflamação crónica das articulações, em que o anticorpo consiste em fragmentos Fab ou F(ab')2 ou é um anticorpo mutado na região Fc para impedir a ligação a receptores de Fc.
Tal como aqui utilizados os seguintes termos têm as definições indicadas: "CD3" significa Designação do Agrupamento 3; "aglicosilado" significa aqui um anticorpo que perdeu o seu principal local de glicosilaçâo através de uma mutação de asparagina na posição 297 para alanina; "reacção à primeira dose" significa uma reacção de libertação de citocina que se sabe seguir-se à administração da primeira dose de anticorpos de CD3, e está frequentemente associada a morbidez e desconforto significativos para o paciente; "afinidade" em relação a um anticorpo significa a capacidade de cada um dos braços de ligação do anticorpo para se ligar ao seu ligando (o antigénio). 0 tratamento utilizando um anticorpo anti-CD3 tem a principal vantagem de ser requerido somente um tratamento de curto prazo para proporcionar benefícios sustentados a longo prazo. Por exemplo, o tratamento pode ser realizado durante um período de até 2 semanas, por exemplo de 1 a 5 7 ΡΕ1432445 dias, sem subsequente re-administração durante pelo menos 6 meses. Este tratamento proporciona ao paciente um beneficio sustentado a longo prazo durante um período de pelo menos 6 meses, e em muitos casos muito mais longo, por exemplo até 24 meses ou mais. A utilização de um anticorpo anti-CD3 de acordo com o presente invento tem também a vantagem de não resultar no esgotamento de linfócitos T, como é o caso com Campath I-H. A terapia com um anticorpo anti-CD3 de acordo com o invento deve ser realizada de tal forma que as reacções à primeira dose associadas aos anticorpos anti-CD3 sejam evitadas ou reduzidas a pelo menos um nível que possa ser tolerado pelo paciente. As reacções à primeira dose são reduzidas através de modificação do anticorpo e opcionalmente através da administração do anticorpo com outra substância que reduza a reacção.
Exemplos de modificações do anticorpo que podem reduzir as reacções à primeira dose são a utilização de fragmentos Fab ou F(ab')2 e outras mutações na região Fc do anticorpo desenhadas para impedir a ligação a receptores de
Fc.
Exemplos de substâncias que podem reduzir as reacções à primeira dose quando administradas com um anticorpo anti-CD3 são a profilaxia com esteróides e anti- histamínicos. ΡΕ1432445 0 anticorpo anti-CD3 pode ser administrado com outros agentes terapêuticos para tratamento de inflamação crónica das articulações e o anticorpo pode ser utilizado em conjunto com tais agentes como parte de uma terapia global para a condição. Exemplos de tais outros agentes terapêuticos incluem esteróides, anticorpos anti-TNF. Muitas terapias para a inflamação crónica das articulações são imunossupressores e estes podem também ser eficazes a reduzir a reacção à primeira dose ao anticorpo anti-CD3. Pode também haver um intervalo do tempo entre a administração do anticorpo anti-CD3 e o momento em que o paciente sente qualquer beneficio terapêutico e este intervalo de tempo pode durar semanas. A utilização do anticorpo anti-CD3 como parte de uma estratégia global junto com outros agentes terapêuticos pode ajudar a aliviar sintomas da condição durante este intervalo de tempo.
Descrição Detalhada do Invento WO 00/05268 divulga a sequência inteira do anticorpo quimérico anti-CD3 preferido, que é parcialmente humanizado, adequado para utilização no presente invento.
Os anticorpos preferidos para utilização no presente método são um ou mais dos anticorpos monoclonais humanizados, anticorpos aglicosilados e anticorpos possuindo as CDRs contidas nos anticorpos OKT3 e YTH 12.5.14.2. 9 ΡΕ1432445 0 anticorpo ΟΚΤ3 é discutido em publicações tais como Chatenoud et al., Transplantation 51: 334, 1991 e o artigo do New England Journal of Medicine 313: 339, 1985 e também na Patente Europeia N° 0018795 e Patente U.S. N° 4361539. O anticorpo YTH 12.5.14.2 (daqui em diante referido como YTH 12.5) é discutido em publicações tais como Cobbold, S.P. & Waldmann, H., Nature 308: 460-462, 1984 e Clark et al., European J. Immunol. 19: 381-388, 1989 e os anticorpos remodelados YTH 12.5 são o assunto da Patente U.S. 5968509 e suas equivalentes, descrevendo este pedido em detalhe as CDRs presentes neste anticorpo. Embora o presente invento não se limite à utilização de qualquer anticorpo anti-CD3 em particular, os anticorpos do invento têm de preferência pelo menos uma CDR seleccionada a partir das sequências de aminoácidos: a) Ser-Phe-Pro-Met-Ala (SEQUÊNCIA ID NO. 1), b) Thr-Ile-Ser-Thr-Ser-Gly-Gly-Arg-Thr-Tyr-Tyr-Arg-Asp-Ser-Val-Lys-Gly (SEQUÊNCIA ID NO. 2), c) Phe-Arg-Gln-Tyr-Ser-Gly-Gly-Phe-Asp-Tyr (SEQUÊNCIA ID NO. 3), d) Thr-Leu-Ser-Ser-Gly-Asn-Ile-Glu-Asn-Asn-Tyr-Val-His (SEQUÊNCIA ID NO. 4),
e) Asp-Asp-Asp-Lys-Arg-Pro-Asp (SEQUÊNCIA ID NO. 5), f) His-Ser-Tyr-Val-Ser-Ser-Phe-Asn-Val (SEQUÊNCIA ID NO. 6), e variantes conservativamente modificadas destas. 10 ΡΕ1432445 O termo "variantes conservativamente modificadas" é bem conhecido na técnica e indica variantes contendo mudanças que não têm substancialmente efeito na afinidade anticorpo-antigénio.
As CDRs estão situadas dentro de regiões estruturais da cadeia pesada para (a), (b) e (c) e da cadeia leve para os dominios variáveis de (d), (e) e (f) . O anticorpo compreende também um domínio constante.
Numa concretização preferida o anticorpo aglico-silado tem três CDRs correspondentes às sequências de aminoácidos (a), (b) e (c) acima ou a variantes conservativamente modificadas destas e/ou três CDRs correspondentes às sequências de aminoácidos (d), (e) e (f) ou a variantes conservativamente modificadas destas sendo as CDRs da cadeia pesada (a), (b) e (c) as mais importantes.
Um anticorpo aglicosilado preferido para a presente utilização ou método possuindo uma afinidade de ligação ao antigénio CD3 tem assim uma cadeia pesada com pelo menos uma CDR e particularmente três CDRs seleccio-nadas a partir das SEQUÊNCIAS de aminoácidos ID Nos 1 a 6 (a a f) e variantes conservativamente modificadas destas.
Quando um anticorpo aglicosilado de acordo com o invento contém as CDRs preferidas tal como aqui descrito anteriormente, contém convenientemente uma ou mais das CDRs da cadeia pesada especificadas e uma ou mais das CDRs da 11 ΡΕ1432445 cadeia leve especificadas. As CDRs (a), (b) e (c) são dispostas na cadeia pesada na sequência: região estrutural 1/(a)/região estrutural 2/(b)/região estrutural 3/(c)/região estrutural 4 na direcção lider —» domínio constante (N-terminal para C-terminal) e as CDRs (d), (e) e (f) são dispostas na cadeia leve na sequência: região estrutural 1/(d)/região estrutural 2/(e)/região estrutural 3/(f)/região estrutural 4 na direcção líder -» domínio constante. Prefere-se, portanto, que quando todas as três estão presentes as CDRs da cadeia pesada sejam dispostas na sequência (a), (b), (c) na direcção líder -» domínio constante e as CDRs da cadeia leve sejam dispostas na sequência (d), (e), (f) na direcção líder —> domínio constante.
Deve no entanto ser apreciado que os anticorpos aglicosilados para a utilização de acordo com o invento podem conter CDRs bastante diferentes das aqui descritas anteriormente e que, mesmo quando este não é o caso, pode ser possível ter cadeias pesadas e particularmente cadeias leves contendo somente uma ou duas das CDRs (a), (b) e (c) e (d), (e) e (f), respectivamente. No entanto, embora a presença de todas as seis CDRs definidas acima não seja portanto necessária num anticorpo aglicosilado de acordo com o presente invento, todas as seis CDRs estarão muito provavelmente presentes nos anticorpos mais preferidos.
Um anticorpo aglicosilado particularmente preferido tem consequentemente uma cadeia pesada com três CDRs compreendendo as sequências de aminoácidos (a), (b) e 12 ΡΕ1432445 (c) ou variantes destas conservativamente modificadas e uma cadeia leve com três CDRs compreendendo as sequências de aminoácidos (d), (e) e (f) ou variantes destas conservativamente modificadas nas quais as CDRs da cadeia pesada são dispostas na ordem (a), (b), (c) na direcção líder -» região constante e as CDRs da cadeia leve são dispostas na ordem (d), (e) , (f) na direcção líder -> região constante.
As CDRs podem ser de origem diferente da região estrutural variável e/ou da região constante e, uma vez que as CDRs serão geralmente de origem em rato ou ratinho, isto é vantajoso para evitar uma resposta antiglobulina no ser humano, embora o invento se estenda a anticorpos com tais regiões de origem em rato ou ratinho.
Mais habitualmente as CDRs são da mesma origem que a região estrutural variável mas de uma origem diferente da região constante, por exemplo num anticorpo quimérico parcialmente humano, ou, mais vulgarmente, as CDRs são de origem diferente da região estrutural variável.
As CDRs preferidas aqui discutidas anteriormente são obtidas a partir de um anticorpo de CD3 de rato. Concordantemente, embora a região estrutural do domínio variável possa ter várias formas, é convenientemente das de um roedor ou derivada das de um roedor, por exemplo um rato ou ratinho, e de preferência de origem humana ou derivada das de origem humana. Uma possibilidade é o anticorpo ter 13 ΡΕ1432445 uma região estrutural do domínio variável correspondente à do hibridoma YTH 12.5 embora a região constante seja ainda de preferência de origem humana ou derivada das de origem humana. No entanto, o anticorpo do invento está de preferência na forma humanizada em relação tanto à região estrutural do domínio variável como, tal como é aqui discutido em seguida, à região constante, ou noutras formas não imunogénicas.
Concordantemente, o invento compreende ainda a utilização de um anticorpo aglicosilado que possui uma afinidade de ligação para o antigénio de CD3 humano e no qual as regiões estruturais do domínio variável e/ou a região constante são de origem humana ou derivadas das de origem humana. Certas sequências estruturais do domínio variável humano serão preferíveis para o enxerto das sequências CDR preferidas, uma vez que a conformação tridimensional das CDRs será melhor mantida em tais sequências e o anticorpo reterá um elevado nível de afinidade de ligação para o antigénio. As características desejáveis em tais estruturas do domínio variável são a presença de aminoácidos chave que mantêm a estrutura das voltas das CDRs para assegurar a afinidade e especificidade do anticorpo para o antigénio CD3, sendo o tipo lambda preferido para a cadeia leve.
As estruturas da região variável humana que são particularmente adequadas para utilização conjuntamente com as CDRs de cima foram anteriormente identificadas em U.S. 14 ΡΕ1432445 5968509. As estruturas da região variável (V) da cadeia pesada são as codificadas pelo gene de VH de tipo II humano VH26.D.J. que é da linha celular de hibridoma de células B, 18/2 (Código do Genbank; Huminghat, Dersimonian et al., Journal of immunology 139: 2496-2501). As estruturas da região variável da cadeia leve são as do gene de VLX de tipo VI humano SUT (código de Swissprot; LV6CSHum, Solomon et al., Em Glenner et al., (Eds), Amyloidos's, Plenum Press N.Y., 1986, Pág. 449). A CDR ou CDRs preferidas da cadeia pesada do anticorpo anti-CD3 de rato estão portanto de preferência presentes numa estrutura do domínio variável humano que possui a seguinte sequência de aminoácidos que se lê no sentido líder —> região constante, CDR indicando uma CDR (a) , (b) ou (c) tal como anteriormente aqui definidas, uma variante desta conservativamente modificada ou uma CDR alternativa: -Glu-Val-Gln-Leu-Leu-Glu-Ser-Gly-Gly-Gly-Leu-Val-Gln-Pro-Gly-Gly-Ser-Leu-Arg-Leu-Ser-Cys-Ala-Ala-Ser-Gly-Phe-Thr-Phe-Ser-/CDR/-Trp-Val-Arg-Gln-Ala-Pro-Gly-Lys-Gly-Leu-Glu-Trp-Val-Ser-/CDR/-Arg-Phe-Thr-Ile-Ser-Arg-Asp-Asn-Ser-Lys-Asn-Thr-Leu-Tyr-Leu-Gln-Met-Asn-Ser-Leu-Arg-Ala-Glu-Asp-Thr-Ala-Val-Tyr-Tyr-Cys-Ala-Lys-/CDR/-Trp-Gly-Gln-Gly-Thr-Leu-Val-Thr-Val-Ser-Ser (SEQUÊNCIA ID NO. 7/CDR/SEQUÊNCIA ID NO. 8/CDR/SEQUÊNCIA ID NO. 9/CDR/SEQUENCE ID NO. 10).
Num anticorpo aglicosilado contendo todas as três CDRs preferidas, a região variável da cadeia pesada 15 ΡΕ1432445 compreende a seguinte sequência: -Glu-Val-Gln-Leu-Leu-Glu-Ser-Gly-Gly-Gly-Leu-Val-Gln-Pro-
Gly-Gly-Ser-Leu-Arg-Leu-Ser-Cys-Ala-Ala-Ser-Gly-Phe-Thr-
Phe-Ser-Ser-Phe-Pro-Met-Ala-Trp-Val-Arg-Gln-Ala-Pro-Gly-
Lys-Gly-Leu-Glu-Trp-Val-Ser-Thr-Ile-Ser-Thr-Ser-Gly-Gly-
Arg-Thr-Tyr-Tyr-Arg-Asp-Ser-Val-Lys-Gly-Arg-Phe-Thr-Ile-
Ser-Arg-Asp-Asn-Ser-Lys-Asn-Thr-Leu-Tyr-Leu-Gln-Met-Asn-
Ser-Leu-Arg-Ala-Glu-Asp-Thr-Ala-Val-Tyr-Tyr-Cys-Ala-Lys-
Phe-Arg-Gln-Tyr-Ser-Gly-Gly-Phe-Asp-Tyr-Trp-Gly-Gln-Gly-
Thr-Leu-Val-Thr-Val-Ser-Ser (SEQUÊNCIA ID NO. 11).
Semelhantemente, a CDR ou CDRs preferidas da cadeia leve do anticorpo de CD3 de rato estão portanto de preferência presentes numa estrutura do domínio variável humano que possui a seguinte sequência de aminoácidos que se lê no sentido líder -» região constante, CDR indicando uma CDR (d) , (e) e (f) tal como anteriormente definidas, uma variante desta conservativamente modificada ou uma CDR alternativa: -Asp-Phe-Met-Leu-Thr-Gln-Pro-His-Ser-Val-Ser-Glu-Ser-Pro-Gly-Lys-Thr-Val-Ile-Ile-Ser-Cys-/CDR/-Trp-Tyr-Gln-Gln-Arg-Pro-Gly-Arg-Ala-Pro-Thr-Thr-Val-Ile-Phe-/CDR/-Gly-Val-Pro-Asp-Arg-Phe-Ser-Gly-Ser-Ile-Asp-Arg-Ser-Ser-Asn-Ser-Ala-Ser-Leu-Thr-Ile-Ser-Gly-Leu-Gln-Thr-Glu-Asp-Glu-Ala-Asp-Tyr-Tyr-Cys-/CDR/-Phe-Gly-Gly-Gly-Thr-Lys-Leu-Thr-Val-Leu (SEQUÊNCIA ID NO. 12/CDR/SEQUÊNCIA ID NO. 13/CDR/SEQUÊNCIA ID NO. 14/CDR/SEQUÊNCIA ID NO. 15).
Num anticorpo aglicosilado contendo todas as três 16 ΡΕ1432445 CDRs preferidas, a região variável da cadeia leve compreende a seguinte sequência: -Asp-Phe-Met-Leu-Thr-Gln-Pro-His-Ser-Val-Ser-Glu-Ser-Pro-
Gly-Lys-Thr-Val-Ile-Ile-Ser-Cys-Thr-Leu-Ser-Ser-Gly-Asn-
Ile-Glu-Asn-Asn-Tyr-Val-His-Trp-Tyr-Gln-Gln-Arg-Pro-Gly-
Arg-Ala-Pro-Thr-Thr-Val-Ile-Phe-Asp-Asp-Asp-Lys-Arg-Pro-
Asp-Gly-Val-Pro-Asp-Arg-Phe-Ser-Gly-Ser-Ile-Asp-Arg-Ser-
Ser-Asn-Ser-Ala-Ser-Leu-Thr-Ile-Ser-Gly-Leu-Gln-Thr-Glu-
Asp-Glu-Ala-Asp-Tyr-Tyr-Cys-His-Ser-Tyr-Val-Ser-Ser-Phe-
Asn-Val-Phe-Gly-Gly-Gly-Thr-Lys-Leu-Thr-Val-Leu (SEQUÊNCIA ID NO. 16).
Os domínios variáveis, por exemplo, compreendendo uma ou mais CDRs preferidas tal como descritas acima, de preferência na forma humanizada possuindo regiões estruturais variáveis derivadas de anticorpos humanos, são unidas a domínios constantes apropriados.
As regiões constantes da cadeia pesada e leve podem ser baseadas em anticorpos de diferentes tipos conforme o objecto desejado para o anticorpo seja um anticorpo IgG, mas embora possam ser de origem em rato ou ratinho ou derivadas das de rato ou ratinho, elas são de preferência de origem humana ou derivadas das de origem humana. Para a cadeia leve a região constante é de preferência do tipo lambda e para a cadeia pesada é de prefe
rência de um isotipo de IgG, especialmente IgGl, modificada para efectuar aglicosilação conforme apropriado. Sabe-se que todas as regiões constantes humanas do isotipo de IgG 17 ΡΕ1432445 são glicosiladas no resíduo de asparagina na posição 297, que compõe parte do motivo de N-glicosilação Asparagina297-X298-Serina299 ou Treonina299, onde X é o resíduo de qualquer aminoácido excepto prolina. 0 anticorpo do invento pode ser assim aglicosilado através da substituição de Asparagina297 numa tal região constante por outro aminoácido que não possa ser glicosilado. Qualquer outro resíduo de aminoácido pode ser potencialmente utilizado, mas a alanina é o mais preferido. Alternativamente, a glico-silação em Asparagina297 pode ser impedida alterando um dos outros resíduos do motivo, p. ex. substituindo o resíduo 298 por prolina, ou o resíduo 299 por qualquer aminoácido à excepção de serina ou treonina. As técnicas para executar esta mutagénese dirigida ao local são bem conhecidas dos peritos na técnica e podem por exemplo ser executadas utilizando um estojo de mutagénese dirigida ao local tal como, por exemplo, o comercialmente disponível em Amersham. 0 procedimento é ainda aqui exemplificado em seguida. É bem reconhecido na técnica que a substituição de um aminoácido numa CDR por outro aminoácido possuindo propriedades semelhantes, por exemplo a substituição de um resíduo de ácido glutâmico por um resíduo de ácido aspártico, pode não alterar substancialmente as propriedades ou a estrutura do péptido ou da proteína na qual a substituição ou as substituições foram feitas. Assim, os anticorpos aglicosilados para utilização no presente invento incluem aqueles anticorpos contendo as CDRs preferidas mas com uma sequência de aminoácidos 18 ΡΕ1432445 especificada na qual uma tal substituição ou substituições ocorreram sem alterar substancialmente a afinidade de ligação e a especificidade das CDRs. Alternativamente, podem ser feitas deleções na sequência de resíduos de aminoácidos das CDRs ou as sequências podem ser prolongadas num ou em ambos os terminais N e C enquanto mantêm ainda a actividade.
Os anticorpos aglicosilados preferidos de acordo com o presente invento são tais que a constante de afinidade para o antigénio é de 105 mole-1 ou mais, por exemplo até 1012 mole-1. Ligandos de diferentes afinidades podem ser adequados para diferentes utilizações pelo que, por exemplo, uma afinidade de 10β, 107 ou 108 mole"1 ou mais pode ser apropriada em alguns casos. No entanto, anticorpos com uma afinidade no intervalo de 106 a 108 mole-1 serão frequentemente apropriados. Convenientemente os anticorpos também não exibem qualquer afinidade de ligação substancial para outros antigénios. As afinidades de ligação do anticorpo e a especificidade do anticorpo podem ser testadas através de procedimentos de ensaio tais como os descritos na secção Exemplos em seguida, (Ensaio de Redireccionamento de Células Efectoras), ou através de técnicas tais como ELISA e outros imunoensaios.
Os anticorpos de acordo com o invento são anticorpos IgG de CD3 aglicosilados possuindo uma configuração em forma de "Y" que pode ter duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas e são 19 ΡΕ1432445 assim bivalentes com cada local de ligação ao antigénio possuindo uma afinidade para o antigénio CD3. Alternativamente, o invento é também aplicável a anticorpos em que somente um dos braços do anticorpo possui uma afinidade de ligação para o antigénio CD3. Tais anticorpos podem assumir várias formas. Assim o outro braço do anticorpo pode ter uma afinidade de ligação para um antigénio diferente de CD3 para que o anticorpo seja um anticorpo bispecifico, por exemplo tal como descrito na Patente U.S. N° 4474893 e nos Pedidos de Patente Europeia Nos 87907123.1 e 87907124.9. Alternativamente, o anticorpo pode ter somente um braço que exibe uma afinidade de ligação, sendo um tal anticorpo denominado "monovalente".
Os anticorpos monovalentes (ou fragmentos de anticorpo) podem ser preparados de várias maneiras. Glennie e Stevenson (Nature 295: 712-713, 1982) descrevem um método de preparação de anticorpos monovalentes através de digestão enzimática. Stevenson et al. descrevem uma segunda abordagem à preparação de anticorpos monovalentes em que fragmentos Fab' e Fc produzidos enzimaticamente são quimicamente ligados de forma cruzada (Anticancer Drug Design 3: 219-230, 1989). Nestes métodos os anticorpos monovalentes resultantes perderam um dos seus braços Fab'. Um terceiro método de preparação de anticorpos monovalentes é descrito na Patente Europeia N° 131424. Nesta abordagem a forma de "Y" do anticorpo é mantida, mas apenas um dos dois domínios Fab' se ligará ao antigénio. Isto é conseguido através da introdução no hibridoma de um gene codificando 20 ΡΕ1432445 para uma cadeia leve irrelevante que se combinará com a cadeia pesada do anticorpo para produzir uma mistura de produtos nos quais o anticorpo monovalente é o de interesse.
De maior preferência, no entanto, os anticorpos monovalentes aglicosilados de CD3 para a utilização do invento são preparados através do seguinte método. Este envolve a introdução num sistema de expressão adequado, por exemplo um sistema celular tal como descrito em seguida, juntamente com genes que codificam para as cadeias pesada e leve, de um gene codificando para uma cadeia pesada truncada em que o domínio da região variável e o primeiro dominio da região constante da cadeia pesada estão ausentes, faltando ao gene o exão para cada um destes domínios. Isto resulta na produção pelo sistema celular de uma mistura de (a) anticorpos que são anticorpos bivalentes completos, (b) fragmentos de anticorpo consistindo apenas em duas cadeias pesadas truncadas (i.e. um fragmento Fc) e (c) fragmentos de anticorpo que são monovalentes para o antigénio CD3, consistindo numa cadeia pesada truncada e numa cadeia leve em associação com a cadeia pesada normal. Um tal fragmento de anticorpo (c) é monovalente uma vez que tem apenas um qualquer braço Fab'. A produção de um anticorpo monovalente na forma de um tal fragmento através deste método é preferida por várias razões. Assim, o fragmento de anticorpo resultante é fácil de purificar a partir de uma mistura de anticorpos produzida pelo sistema celular uma vez que, por exemplo, pode ser separável 21 ΡΕ1432445 simplesmente com base no seu peso molecular. Isto não é possível no método da Patente Europeia N° 131424 onde o anticorpo monovalente produzido tem características semelhantes a um anticorpo bivalente no seu tamanho e na sua aparência exterior.
Adicionalmente, a produção de um fragmento de anticorpo monovalente através do novo método utiliza condições que podem ser mais facilmente controladas e não é assim tão perigoso como um procedimento de digestão enzimática/conjugação química que requer a separação de um produto reaccional complexo, com a vantagem adicional de que a linha celular utilizada continuará a produzir fragmentos de anticorpo monovalentes, sem a necessidade de procedimentos de síntese contínua tal como é necessário no procedimento de digestão enzimática/conjugação química.
Os anticorpos aglicosilados para a utilização ou método do presente invento podem em geral ser produzidos sinteticamente de várias maneiras. Muito convenientemente, no entanto, as construções génicas apropriadas para as regiões constantes e variáveis das cadeias pesada e leve que estão presentes no anticorpo são obtidas separadamente e depois inseridas num sistema de expressão adequado.
Os genes que codificam os domínios variáveis de um ligando da estrutura desejada podem ser produzidos e convenientemente unidos a genes que codificam os domínios constantes de um anticorpo que tenha sido sujeito a 22 ΡΕ1432445 mutagénese dirigida ao local. Estes genes constantes podem ser obtidos a partir de ADNc de hibridoma ou de ADN cromossómico e terem sido sujeitos a mutagénese (dirigida ao local) para produzir regiões constantes aglicosiladas. Os genes codificando as regiões variáveis podem também ser derivados através de técnicas de síntese de genes utilizadas na identificação das CDRs aqui contidas. Os veículos de clonagem adequados para o ADN podem ser de vários tipos. A expressão destes genes através da cultura de um sistema celular para produzir um ligando CD3 funcional é mais convenientemente efectuada através da transformação de um sistema celular procariótico adequado ou particularmente eucariótico, particularmente uma linha celular de mamífero imortalizada tal como uma linha celular de mieloma, por exemplo a célula de mieloma de rato YB2/3.Ol/Ag20 (daqui em diante referida como YO) , ou células de ovário de hamster chinês (embora a utilização de células vegetais seja também de interesse), com vectores de expressão que incluem ADN codificando para as várias regiões do anticorpo, e depois cultura do sistema celular transformado para produzir o anticorpo desejado. Tais técnicas gerais de utilização para a produção de ligandos de acordo com o presente invento são bem conhecidas na muito considerada técnica da engenharia genética e estão descritas em publicações tais como "Molecular Cloning" por Sambrook, Fritsch e Maniatis, Cold Spring Harbor Laboratory Press, 1989 (2a edição). As técnicas são ainda ilustradas pelos Exemplos aqui contidos. 23 ΡΕ1432445
Os anticorpos para utilizar de acordo com o invento podem ser formulados para administração a pacientes através da administração do referido anticorpo juntamente com um diluente ou transportador fisiologicamente aceitável. Os anticorpos são de preferência administrados numa forma injectável juntamente com um tal diluente ou transportador que seja estéril e apirogénico. A dose de anticorpo a administrar a um paciente dependerá da condição do paciente e estará à discrição do médico assistente. Por exemplo, podem ser utilizadas doses individuais de cerca de 1 a 40 mg diários, de preferência 10 a 30 mg diários. A dose total durante um período de, por exemplo, até 10 dias pode estar no intervalo de cerca de 50 a 100 mg, de preferência de cerca de 60 a 80 mg. O benefício terapêutico da terapia de acordo com o invento pode ser avaliado por meio da redução da inflamação local/sistémica com uma redução concomitante na dor e melhoria na capacidade funcional e qualidade de vida. Isto pode ser avaliado através dos critérios de resposta EULAR ou ACR (ver Van Gestel et al., Arthritis Rheum. 39: 34-40, 1996 e Felson et al., Arthritis Rheum. 38: 727-35, 1995) . O invento é ilustrado pelos seguintes exemplos.
Exemplo 1- Produção do anticorpo
Foi produzida uma forma quimérica do anticorpo de CD3 aglicosilado utilizando montagem por PCR para ligar a 24 ΡΕ1432445 região variável da cadeia leve do CD3 de rato à região constante lambda humana utilizando iniciadores que introduzem os locais das enzimas de restrição HindlII e EcoRI para permitir a clonagem no vector de expressão PEEI2 de Celltech (ver Bebbington et ai., Biotechnology 10: 169, 1992). As sequências dos iniciadores para permitir que a forma quimérica da cadeia leve de CD3 seja clonada em PEE12 são como se segue: iniciador HindlII GAC TAC AAG CTT ACA CAG GAC CTC ACC ATG CGA TGG [SEQUÊNCIA ID NO. 17] iniciador EcoRI GAT GCT GAA TTC TGC AGC TCT AGT CTC CCG TGG TGG [SEQUÊNCIA ID NO. 18] A construção final foi sequenciada e clonada em PEEI2 contendo já a cadeia pesada aglicosil da CD3 humanizada e esta foi transfectada para a linha celular de mieloma N50 (ECACC N° 851 10503-Galfre e Milstein, Enzymology 73(B): 3-46, 1981) através de electroporação. Os clones resultantes foram pesquisados quanto à produção de anticorpos utilizando ELISA para IgGl humana e a cadeia leve lambda humana e em FACS para ligação à linha celular Jurkat do clone de células-I humanas. O ELISA utiliza IgFc de cabra anti-humano (Sigma 12136) como anticorpo de captura e IgG de ovelha anti-humano biotinilado (Amersham RPN 1003) ou a cadeia leve lambda de cabra anti-humano biotinilada (Amersham RPN 1188) como anticorpo detector (ver Routledge et al., Eur. J. Immunol. 21: 2717-2725, 1991). 25 ΡΕ1432445
Após uma transfecção, 16 clones expressavam 60 pg/ml a 100 yg/ml, os transfectantes foram então clonados através de clonagem de diluição limitante e alguns destes melhoraram para 120 yg/ml. Estes permaneceram estáveis em cultura a longo prazo e em produção de anticorpo em grande escala sem problemas com o crescimento celular.
Exemplo 2
Um anticorpo anti-CD3 bivalente aglicosilado possuindo uma cadeia pesada humanizada, uma cadeia leve variável de rato contendo as CDRs correspondentes em sequência às do anticorpo YTH 12.5 de rato, e uma região constante lambda humanizada tal como descrito no Exemplo 1 de PCT1GB99102380 (ver Exemplo 1 acima) foi administrada em transportador aquoso, i.e. em solução salina normal, a uma dose de 70 mg, durante 5 dias a quatro pacientes.
Paciente 1 O paciente foi uma senhora de 50 anos de idade com uma história de 5 anos de artrite reumatóide seropo-sitiva. Não havia manifestações extra-articulares mas tinha também síndroma de Felty. As terapias anteriores incluíram sulfasalazina e ciclosporina A. No recrutamento para o estudo ela tomava 20 mg de metotrexato durante uma semana e 20 mg de prednisolona por dia. Ela estava gravemente 26 ΡΕ1432445 incapacitada pela sua doença e tinha perdido o trabalho como enfermeira dentária. Era incapaz de se vestir sozinha ou de lavar o seu cabelo. Ela achava também difícil levantar-se de uma cadeira ou deitar-se e levantar-se da cama. Era incapaz de cortar a sua própria carne ou de abrir um pacote de leite. Era difícil tomar banho tal como esticar-se e dobrar-se. Era incapaz de apertar coisas tais como torneiras ou frascos e incapaz de fazer as suas compras. 0 anti-CD3 aglicosil foi administrado durante 5 dias. Foram prescritos 30 mg no dia 1 e depois 10 mg nos 4 dias subsequentes. Não foi dada qualquer pré-medicação. A primeira infusão foi complicada por náusea e vómitos, a febre alcançou os 40,5°C e foi associada a hipotensão e diarreia. Foi administrado um diluente do plasma. Estes sintomas duraram 36 horas e a segunda infusão foi atrasada 24 horas. Na segunda infusão, no entanto, havia já uma redução na dor e na inflamação das articulações afectadas. As 4 infusões subsequentes foram dadas sem complicação. A sua artrite reumatóide inflamou-se bruscamente no dia 43 e foi tratada com uma única dose de depomedrona intramuscular. A sua medicação anti-reumatóide inicial foi continuada durante o tratamento de anti-CD3. Passam agora 21 meses desde que esta paciente recebeu a terapia. Ela não necessitou nenhuma medicação adicional para a sua artrite reumatóide e sente-se realmente muito melhor do que no 27 ΡΕ1432445 inicio. A sua doença não está em remissão mas ela pode agora viver uma existência relativamente normal e executar muitas tarefas por si própria as quais era anteriormente incapaz. 0 número de articulações dolorosas e tenras é marcadamente reduzido, tal como o é o seu registo total. Antes da terapia a sua PCR estava consistentemente entre 100 e 200 mg/1. Varia agora de 40 a 60 mg/1. A sua contagem de linfócitos está dentro da variação normal.
Paciente 2 O paciente foi um senhor de 62 anos de idade com uma história de 30 anos de artrite reumatóide nodular seropositiva. As terapias anteriores incluíram ouro, penicilamina e metotrexato intramusculares. Nunca recebeu esteróides orais. Na altura da entrada para o estudo tomava 25 mg de metotrexato intramuscularmente uma vez por semana e 150 mg de ciclosporina A diários. Era menos incapacitado que o paciente 1 mas descrevia alguma dificuldade com a maioria das tarefas diárias. Foi-lhe prescrito um regime de tratamento de 10 mg de anticorpo no dia 1 e depois 20 mg nos 4 dias subsequentes. O plano foi o de infundir a primeira dose lentamente. Foi-lhe recomendado parar a ciclosporina A mas continuar o metotrexato durante a terapia.
No dia 1 tinha desenvolvido um tremor convulsivo após 1 hora e às 8 horas tinha desenvolvido diarreia e 28 ΡΕ1432445 vómitos que duraram mais 12 horas e foram associados a uma ligeira queda na pressão sanguínea. Estes sintomas foram tratados com hidrocortisona e petidina. No dia 2 desenvolveu uma vermelhidão macular amplamente dispersa e esta durou durante diversas semanas. 0 curso completo do tratamento foi administrado durante o curso de tempo pretendido. Não houve qualquer acontecimento adverso agudo nos dias 2-5.
Ao contrário do paciente 1 não houve nenhum benefício agudo do tratamento e no dia 22 a sua doença piorou, requerendo uma dose intramuscular de metilpre-dnisolona. As suas dores das articulações foram refractá-rias ao tratamento com esteróides parentéricos. No dia 42 começou com sulfasalazina, 1 g ps, e 7,5 mg de prednisolona diariamente. 0 metotrexato intramuscular foi continuado. A terapia de sulfasalazina foi parada aproximadamente no dia 150 em consequência de dores de cabeça e ele recebeu uma única injecção intramuscular de 80 mg de triamcinolona. A partir deste ponto a sua doença melhorou substancialmente. Ele descreveu um abaixamento completo dos seus sintomas e uma capacidade para levar uma vida normal sem articulações tenras ou inchadas. A sua PCR antes do tratamento variou entre 70-90 mg/1. 18 meses após o tratamento está geralmente dentro da variação normal (<10 mg/1) ou marginalmente elevada. O título de factor reumatóide também caiu de 1:1280 para 1:40. Comparado com antes do anti-CD3, está agora a tomar também 7,5 mg de prednisolona por dia 29 ΡΕ1432445 mas está actualmente a reduzir a dose deste medicamento. Para além disso, a prednisolona não foi altamente eficaz quando começou no dia 42.
Paciente 3 0 paciente era um cavalheiro idoso refractário a todas as terapias reumatóides padrão que também teve doença isquémica do coração e doença obstrutiva crónica das vias respiratórias. Estava qravemente incapacitado. 0 plano era tal como para o paciente dois mas com pré-medicação no dia um com metilprednisolona. 0 dia um com pré-medicação de metilprednisolona não produziu nenhuma reacção. No dia 2 sem pré-medicação o paciente desenvolveu diarreia grave e dificuldade respiratória. A infusão foi parada após ter sido infundido aproximadamente um quarto e não foram dadas mais infusões. Não há nenhuma prova de eficácia a curto ou a longo prazo (agora aproximadamente no dia 300).
Paciente 4 O paciente foi uma senhora de 58 anos de idade com artrite reumatóide seropositiva com uma duração de 30 anos. Ela tinha anteriormente tentado e falhado peni-cilamina, sulfasalazina, ciclosporina A, hidroxicloroquina, metotrexato, leflunomida. Para além da artrite reumatóide, 30 ΡΕ1432445 sofria também de diabetes controlado pela dieta e possível angina. A única terapia que tomava para a sua artrite reumatóide na admissão era 2,5 mg de prednisolona diariamente. Ela era significativamente incapacitada pela sua doença e precisava de ajuda para se vestir e estava também limitada na sua mobilidade. Raramente saía de casa. Podia subir escadas e esforçava-se para se lavar e vestir. A sua terapia foi planeada como 10 mg de anticorpo nos dias 1-3 e 20 mg nos dias 4-5. A primeira dose foi precedida de 50 mg de uma proteína de fusão de receptor solúvel de TNF-IgGl humana como profilaxia contra uma reacção à primeira dose. Durante a primeira infusão ela desenvolveu broncoespasmos com alguma dor no peito. Tornou-se muito ansiosa e perifericamente cianosada. A pressão sanguínea alcançou 225/100 mmHg. Esta reacção foi tratada com salbutamol nebulizado e hidrocortisona intravenosa. Desenvolveu subsequentemente arrepios. A sua temperatura alcançou 39°C durante a infusão. A sua segunda infusão foi pré-medicada utilizando metilprednisolona e não teve complicações, tal como o foi a terceira infusão. No dia 4 acordou com dificuldades respiratórias e aperto no peito e desenvolveu subsequentemente uma insuficiência cardíaca moderada com um ECG isquémico. O seu ecocardiograma subsequente mostrou regurgitação mitral moderada com um átrio esquerdo dilatado. Havia também regurgitação aórtica moderada num ventrículo esquerdo ligeiramente dilatado. O perfil cardíaco enzimático era normal durante os dias das 31 ΡΕ1432445 infusões e assim não havia nenhuma evidência de enfarte do miocárdio na altura do anti-CD3. Apesar da melhoria clinica na sua actividade de AR (possivelmente secundária à pré-medicação de TNFR-Ig), não recebeu as infusões 4 e 5.
Cerca das 2 semanas ela desenvolveu dores severas das articulações e o seu curso subsequente foi bastante semelhante ao do paciente 2 no curto prazo. Os seus sintomas nas articulações provaram ser refractários aos esteróides parentéricos e finalmente ela começou com 20 mg de prednisolona diariamente no dia 35. Foi vista mais recentemente no dia 90. Actualmente está a tomar 10 mg de prednisolona por dia. A sua PCR correu entre 100-200 no pré-tratamento, imediatamente após o tratamento caiu para 30 mg por litro no dia 7 (o que pode reflectir o bloqueio simultâneo do TNF-alfa). A PCR subsequentemente subiu novamente para níveis próximos do início. Desenvolveu uma linfocitose que foi primeiro evidente em torno do dia 23 mas que se resolveu subsequentemente.
Quatro pacientes foram assim tratados com o anti-CD3 aglicosil. Dois destes terminaram a terapia (70 mg de anticorpo no total) e parecem ter dado uma boa resposta a longo prazo. O paciente 3 recebeu menos de 15 mg divididos entre duas infusões e não houve efeitos benéficos óbvios. O paciente 4 recebeu 25-30 mg em três doses. Aos três meses não há nenhuma evidência de eficácia terapêutica mas o acompanhamento continua. 32 ΡΕ1432445
Ile Ser Thr Ser Gly Gly Arg Thr Tyr Tyr Arg Mp Ser Vai Lys 1 5 10 IS Gly <210> <211> <212> <213> 3 10 PRT rattus Λ O O V 3
The Arg Gin Tyr Ser Gly Gly Phs Asp Tyr 1 5 10 <210> <211> <212> <213> 4 13 PRT rattus Λ O O •7P V 4
Thr Leu Ser Ser Gly Asn Ile Qlu Asn Aen Tyr Vai Sis l 5 10 <210> <211> <212> <213> 5 7 PRT rattus LISTAGEM DAS SEQUÊNCIAS <110> Isis Innovation Limited Λ O Csl i—1 V TRATAMENTO DE INFLAMAÇÃO CRÓNICA DAS ARTICULAÇÕES <130> JIM/G17311WO <160> 18 <17 0 > Patentln versão 3.1 <210 > <211> <212> <213> 1 5 PRT rattus Ser 3 1 ?he. Pro Mét Ala S <210> <211> <212> <213> 2 17 PRT rattus <4 0 0 > 2 <4 00> 5
Asp Asp Asp Lys Arg Pr o Asp l 5 33 ΡΕ1432445 <210> 6 <211> 9 <212> PRT <213> rattus <400> 6 Hííj Ser Tyr Vai Ser Ser Pfaa As» Vai 1 5 <210> 7 <211> 30 <212> PRT <213> rattus <4 00> 7
Glu Vãl Gla Iam hm Glu Ser Gly Gly Gly hm V*1 Gin Pró Gly Gly X 5 10 15
Ser Jj.su Arg Leu Ser Gys Ala Ala Ser Gly Fhe Thx Phe Ser 20 2S 30 <210 > 8 <211> 14 <212> PRT <213> rattus <4 00> 8
Trp Vai Ârg Gin Ala Pro Gly Lys Gly Leu Glu Trp Vai Ser 1 S: 10 <210> 9 <211> 32 <212> PRT <213> rattus <400> 9
Arg Phe Thr Xis Ser Arg Asp Ase Ser Lys Aso Thr Leu Tyr Leu Gin 1 5 XO 15
Met Asn Ser Leu Arg Ala. Glu Asp Thr Ala Vai Tyr Tyr Cys Ala. Lys
2Q 25 M <210> 10 <211> 11 <212> PRT <213> rattus <400> 10
Trp Gly Gin Gly Thr Léu Vai. Thr vai. Ser mt 1 S 10
<210 > 11 <211> 119 <212> PRT 34 ΡΕ1432445 <213> rattus <400> 11
Glu Vai Gin Leu Leu Giu Ser Gly Gly Gly Leu Vai. Gin Pro Gly Gly 1 5 10 15
Ser Leu Arg Leu Ser Cya Ala Ala Ser Gly Pha Thr Phe Ser Ser phe 20 25 30
Pr© Met Ala Trp vai Arg Gla Ala Pr© Gly Lys Gly Leu Glu Trp Vai 3.S 40 45
Ser 'Thr Xle Ser Thr Ser Gly Gly Arg Thr Tyr Tyr Arg Asp Ser Vai 50 55 60
Lye Gly .Arg Pbe Thr lie Ser Arg Asp Asa Ser Lyg Asn Thr Leu Tyr 65 t 70 75 80
Leu Glu Met Aen Ser Leu Arg Ala Glu Asp Thr Ala Vai Tyr Tyr Cy» 05 90 95
Ala Lys lhe Arg Glu Tyr Ser Gly Gly Fhe Asp Tyr Trp Gly Gin Gly L00: 10S 110
Thr Leu Vai Thr vai Ser Ser 115 <210> 12 <211> 22 <212> PRT <213> rattus <400> 12
Asp Pi*e Mefc Leu Thr Gin pro His Ser Vai Sér Glu Ser Pr© Gly Lys I 5 10 15
Thr Vai lie Ile Ser Cys 20 <210> 13 <211> 15 <212> PRT <213> rattus <400> 13
Trp Tyr Gl.o Gin. Arg Pr© Gly Arg Ma Pr© Thr Thr Vâl 11® th® II 1Ô 15 <210> 14 35 ΡΕ1432445 <211> 34 <212 > PRT <213> rattus <400> 14
Gly val Pro Asp Arg Phe Ser çly Ser Ile âsp Arg Ser Ser Am Ser 1 5 10 15
Ala Ser Leu Thr lie Ser Gly Leu Gin Thr Glu Ãsp Olv Ala Asp Tyr 20 25 30
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Asp Phe Met Leu Thr Gin Pro Eis Ser Vai Ser Glu Ser Pro Gly Lys
1 5 10 IS
Thr Vai lie lie Ser Cya Thr Leu Ser Ser Gly Asa lie Glu Asa Asa 20 as 30
Tyr Vai Kxs? Trp Tyr Glu Gin Arg Pro Gly Arg Ala Pro Thr Thr Vai 35 40 45 lie Phe Agp Asp Asp Lys Axg Pro Asp Gly Vai Pro Asp Arg Phe Ser ,§o ss 50
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Leu Gin Thr Glu Asp Glu Ala Asp Tyr Tyr Cys Bis Ser Tyr Vai ser S5 30 S5
Ser Phe Asa vai Phe Gly Gly Gly Thr Lys Leu Thr vai Leu 100 1CS lio 36 ΡΕ1432445 <210 > 17 <211> 36 <212 > ADN <213> rattus <400> 17 gaetaeaagc ttacacagga cctcaccatg cgatgg 36 <210> 18 <211> 36 <212> ADN <213> rattus <400> 18 gafcgçtg&afc tetgo&gsfcc feaftctcacg tggtgg 3«
Lisboa, 2 de Março de 2007

Claims (24)

  1. ΡΕ1432445 1 REIVINDICAÇÕES 1. Utilização de um anticorpo anti-CD3 para o fabrico de um medicamento para o tratamento da inflamação crónica das articulações, em que o anticorpo consiste em fragmentos Fab ou F(ab')2 ou é um anticorpo mutado na região Fc para impedir a ligação a receptores de Fc.
  2. 2. Utilização de acordo com a reivindicação 1, em que o anticorpo anti-CD3 é um anticorpo IgG agli-cosilado.
  3. 3. Utilização de acordo com a reivindicação 2, em que o anticorpo aglicosilado tem uma afinidade de ligação ao complexo antigénio CD3 humano.
  4. 4. Utilização de acordo com a reivindicação 2 ou 3, em que o anticorpo aglicosilado possui regiões estruturais do domínio variável que são de origem em rato ou ratinho ou são derivadas das de origem em rato ou ratinho.
  5. 5. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 4, em que o anticorpo aglicosilado possui CDRs que são de origem diferente da da região estrutural variável. 2 ΡΕ1432445
  6. 6. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2, 3 ou 5, em que o anticorpo aglicosilado possui regiões estruturais do domínio variável que são de origem humana ou são derivadas das de origem humana.
  7. 7. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 6, em que o anticorpo aglicosilado possui domínios constantes que são de origem em rato ou ratinho ou são derivadas das de origem em rato ou ratinho.
  8. 8. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 7, em que o anticorpo aglicosilado possui CDRs de origem diferente da da região constante.
  9. 9. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2-6 ou 8, em que o anticorpo aglicosilado possui domínios constantes que são de origem humana ou são derivados dos de origem humana.
  10. 10. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 9, em que o anticorpo aglicosilado possui uma região constante que é de um isotipo de IgG.
  11. 11. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 10, em que o anticorpo aglicosilado possui apenas um dos seus braços com uma afinidade para o antigénio CD3. 3 ΡΕ1432445
  12. 12. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 11, em que o anticorpo aglicosilado é monovalente.
  13. 13. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 12, em que o anticorpo aglicosilado possui uma metade do anticorpo que consiste numa cadeia pesada e numa cadeia leve completas e a outra metade consiste numa cadeia pesada semelhante mas truncada sem o local de ligação à cadeia leve.
  14. 14. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o anticorpo está na forma de uma composição farmacêutica compreendendo um diluente ou transportador fisiologicamente aceitável.
  15. 15. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o medicamento é para utilizar num método no qual o anticorpo é administrado ao longo de um período de até 2 semanas sem re-administração subsequente após este período durante pelo menos 6 meses.
  16. 16. Utilização de acordo com a reivindicação 15, em que o anticorpo é administrado ao longo de um período de 1 a 5 dias.
  17. 17. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o anticorpo é 4 ΡΕ1432445 administrado juntamente com uma substância que reduz a resposta à primeira dose.
  18. 18. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o medicamento é para o tratamento de sinovite inflamatória crónica.
  19. 19. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o medicamento é para o tratamento de artrite reumatóide.
  20. 20. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o medicamento é para utilização num tratamento caracterizado por resultar em reduzida inflamação local ou sistémica.
  21. 21. Utilização de acordo com a reivindicação 20, em que o tratamento é caracterizado por a inflamação local e sistémica ser substancialmente revertida.
  22. 22. Utilização de acordo com a reivindicação 15 ou 16, em que o medicamento é para utilizar num método em que o anticorpo é administrado a um humano adulto a uma dosagem total de 50 a 100 mg.
  23. 23. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que o medicamento é para utilizar num método em que o anticorpo é administrado em 5 ΡΕ1432445 conjunto com outro agente terapêutico para o tratamento de inflamação crónica das articulações.
  24. 24. Utilização de acordo com a reivindicação 23, em que o outro agente terapêutico é um esteróide ou um anticorpo anti-TNF. Lisboa, 2 de Março de 2007
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