BRPI1008792B1 - Method for producing a frozen aerated confectionery product - Google Patents

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Nathusinh Vaghela Madansinh
Beth Butterworth Aaron
Chandrakant Pandya Nirav
Lynn Mccune Bridget
Joseph Etienne Schmitt Christophe
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Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTODO PARA PRODUZIR UM PRODUTO DE CONFEITO AERADO CONGELADO
CAMPO TÉCNICO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a produtos aerados congelados.
Parti ou lar mente, a invenção refere-se a confeitos congelados que compreendem um sistema proteico parcial mente coagulado que contribui para a melhora de atributos texturais e senso ri ais dos confeitos, particularmente de produtos à base de formulações com teor mais baixo de gorduras. Tal sistema proteico é usado, de acordo com a invenção, em confeitos congelados preparados por apenas congelamento convencional ou combinado-o com congelamento em baixa temperatura, onde ele melhora a microestrutura e estabilidade em produtos congelados.
Um método para produzir tais produtos de confeitos aerados congelados e os produtos obteníveis pelo método também fazem parte da presente invenção.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
Muitas rotas técnicas foram exploradas nas técnicas anteriores para melhorar as propriedades sensoriais de formulações com baixo teor de gordura usadas para a preparação de confeitos gelados.
Extrusão em baixa temperatura ou congelamento em baixa temperatura é uma tecnologia que foi desenvolvida recentemente e que tem sido usada para conferir propriedades organolépticas intensificadas para produtos de confeitos congelados. Os exemplos desses confeitos congelados incluem sorvete, iogurte congelado, sorbet etc.
Esse método está descrito, por exemplo, de uma maneira genérica nos seguintes documentos publicados: WO 2005/070225, WO 2006/099987, EP 0713650, US 7.261.913, e mais recentemente, US 2007-0196553.
Os produtos obtidos por extrusão em baixa temperatura têm uma microestrutura específica, como descrito extensamente na dissertação de doutorado de Wildmoser, J., submetida ao Swiss Federal Institute of Technology de Zurique, em 2004, "Impact of Low Temperature Extrusíon Pro- cessing on Disperse Microstructure in Ice Cream Systems". A extrusão em baixa temperatura é usada na fabricação de con-feitos congelados com teor reduzido e baixo de gordura, onde esta tecnologia está ajudando a compensar o efeito de um baixo teor de gordura sobre a textura e sensação bucal do produto.
As técnicas anteriores descrevem também maneiras para melhorar a textura de produtos de confeitos gelados com baixo teor de gordura preparados por congelamento convencional através do uso de emulsifican-tes específicos. Entretanto, estes aditivos frequentemente são percebidos negativamente pelo consumidor e as soluções que se livram desses ingredientes são buscadas diligentemente.
Além disso, as exigências dos consumidores aumentam continuamente por tipos de produtos "melhores para sua saúde" com teores mais baixos de gordura ou mesmo produtos sem gordura, e ao mesmo tempo, sem comprometer o sabor. Existe, portanto, uma necessidade de melhorar os resultados para esta finalidade e para melhorar o perfil sensório de produtos existentes.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção soluciona agora os problemas precedentes fornecendo um produto de confeito congelado estável que tem propriedades organolépticas intensificadas ou melhoradas.
Em um primeiro aspecto, a invenção refere-se a um produto de confeito aerado congelado que compreende um sistema proteico parcialmente coagulado que inclui κ-caseína e beta-lactoglobulina, sendo que o dito produto tem um pH entre 5,6 e 6,3, de preferência entre 5,8 e 6,3 quando fundido e centrifugado a 50.000 x g por 30 minutos e medido a 25 °C.
De preferência, o produto da invenção se caracteriza por um teor de proteína solúvel abaixo ou igual a 60%, uma razão do teor de capa-caseína solúvel para teor total de capa-caseína menor ou igual a 0,12 e uma razão do teor de beta-lactoglobulina solúvel para o teor total de beta-lactoglobulina menor ou igual a 0,57.
Em um segundo aspecto, a presente invenção refere-se a um produto como definido acima que é extrudado em baixa temperatura.
Os produtos da invenção apresentam excelentes propriedades organolépticas, particularmente em termos de textura e sensação bucal quando níveis muito baixos de gordura são usados. Além disso, os produtos da invenção apresentam boa estabilidade e podem, portanto, possibilitar vantajosamente a evitação do uso de aditivos não naturais.
Em outro aspecto, a invenção refere-se ao uso de um sistema proteico parcialmente coagulado que compreende capa-caseína e beta-lactoglobulina para fabricar um produto de confeito congelado. A invenção refere-se também a um método para produzir um produto de confeito congelado aerado, em que o calor e condições ácidas controladas são aplicadas a uma mistura de confeito gelado de uma maneira a produzir um sistema proteico parcialmente coagulado dentro da mistura que é, além disso, aerada e congelada, por congelamento convencional ou ainda extrusão em baixa temperatura.
Mais particularmente, um método para produzir um produto de confeito congelado aerado, compreende as etapas de a) disponibilizar uma mistura de ingredientes com um pH entre 5,6 e 6,3, de preferência entre 5,8 e 6,3, compreendendo gordura, de preferência em uma quantidade de 0 a 20% em peso, sólidos do leite desnatado, de preferência, em uma quantidade de 5 a 15%, um agente edulcorante, de preferência em uma quantidade de 5 a 30%, um sistema estabilizador, de preferência em uma quantidade de 0 a 6%, e opcionalmente um componente ácido; b) homogeneizar a mistura; c) pasteurizar a mistura de preferência até uma temperatura entre 81 e 88 °C (178 e 190 °F) por 30 a 90 segundos; d) congelar e ao mesmo tempo aerar a mistura; e) opcionalmente, endurecer a mistura e o dito método em que a etapa d) é seguida de congelamento em baixa temperatura também são objetos da presente invenção.
Os produtos obteníveis por estes métodos ou o uso mencionado acima também constituem uma modalidade da presente invenção.
Nos produtos da invenção, o sistema proteico parcialmente coagulado inclui, de preferência, proteínas do leite, casernas, proteínas do soro do leite ou misturas das mesmas que foram coaguladas por um tratamento térmico em um ambiente ácido brando, por exemplo, através da presença de melaço ou de um ácido orgânico. Mais particularmente, o sistema proteico parcialmente coagulado dos produtos da invenção inclui κ-caseína e beta-lactoglobulina na forma de complexos ou agregados. O sistema proteico parcialmente coagulado está presente genericamente em uma quantidade suficiente para conferir uma textura suave e cremosa ao produto de confeito ao qual ele é adicionado ou no qual ele é formado sem o uso de estabilizadores não naturais ou outros aditivos artificiais convencionais usados para este propósito.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS A invenção está ilustrada adicionalmente nas seguintes figuras de desenhos, em que: as figuras 1 a 4 são gráficos que ilustram os diâmetros das partículas, em que as figuras 1 e 4 representam as técnicas anteriores; e as figuras 2 e 3 ilustram os tamanhos de partículas dos sistemas proteicos coagulados da presente invenção. A figura 5 enfatiza a presença de complexos de κ-caseína/beta-lactoglobulina em um produto da invenção, ilustrando a fase solúvel de a-mostras do exemplo 2 analisadas por eletroforese em gel em condições não redutoras e redutoras, respectivamente. A fileira M é para marcadores de peso molecular (em kDa), enquanto que as fileiras 1 e 3 são para produto do controle, e as fileiras 2 e 4 são para o produto de acordo com a invenção. As fileiras 1 e 2 são para congelamento padrão. As fileiras 3 e 4 são para extru-são em baixa temperatura. O teor de proteína no depósito de 10 microlitros do gel foi de 2 mg.mL'1. A figura 6 ilustra os perfis de eletroforese de produtos do exemplo 1 obtidos de acordo com a invenção depois da redução das amostras. Este gel foi usado para determinar o teor de κ-caseína e beta-lactoglobulina na amostra. A fileira Lane M é para marcadores de peso molecular (em kDa). As fileiras 1 e 3 são para amostra total, enquanto que as fileiras 2 e 4 são as frações solúveis correspondentes. As fileiras 1 e 2 correspondem a condições usuais de congelamento. As fileiras 3 e 4 correspondem à extru-i são em baixa temperatura. O teor proteico no depósito de 10 microlitros do gel foi de 0,5 mg.mL'1.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
Na descrição que se segue, os valores em % são de % em peso, a menos que especificado de outra forma. I A invenção refere-se a produtos de confeitos congelados cuja textura e sensação bucal são melhoradas como resultado de um processo de preparação otimizado que inclui o uso controlado de calor e condições ácidas.
Em um primeiro aspecto, a invenção refere-se a um produto de i confeito aerado congelado que compreende um sistema proteico parcialmente coagulado que inclui κ-caseína e beta-lactoglobulina, em que o dito produto tem um pH entre 5,6 e 6,3, de preferência entre 5,8 e 6,3 quando derretido e centrifugado a 50.000 x g por 30 minutos e medido a 25 °C. De preferência, o produto se caracteriza por um teor de proteína na fase solúvel i igual ou menor do que 60%, uma razão de capa-caseína solúvel para teor total de capa-caseína igual ou menor do que 0,12 e uma razão de beta-lactoglobulina solúvel para teor total de beta-lactoglobulina igual ou menor do que 0,57. O termo "proteína solúvel", "capa-caseína solúvel" ou ainda "be-i ta-lactoglobulina solúvel" é a quantidade de proteína correspondente na fração solúvel do confeito gelado depois de derretido à temperatura ambiente e centrifugado a 50.000 x g por 30 minutos usando, por exemplo, uma centrífuga Sorvall RC-5 plus equipada com um rotor SM 24 ou um dispositivo e-quivalente que permita aplicar uma aceleração similar durante o mesmo i tempo. O termo "produto de confeito aerado congelado" significa qualquer produto aerado, tal como sorvete, sorbet ou qualquer sobremesa con- gelada, etc.
Os produtos da invenção se caracterizam pela presença de urr sistema proteico parcialmente coagulado. O termo "sistema proteico parcialmente coagulado" deve ser en tendido como significando um complexo ou um agregado resultante de urra coagulação pelo menos a parcial de proteínas presentes na mistura de in gredientes, por exemplo, induzida pela presença de um componente ácidc combinado com um tratamento térmico. A maioria das proteínas do leite (principalmente caseínas) nc seu estado nativo permanece na forma de suspensão coloidal que leva a mínimas mudanças na viscosidade da mistura (~200 a 400 cP). Entretanto quando as proteínas são submetidas a uma exposição controlada de quantidades conhecidas de calor e ácido (por exemplo, pH 6,1 ou menos e pasteurização) elas sofrem coagulação. A coagulação é um estado no qual as proteínas são hidratadas, resultando em uma rede tridimensional (gel mole] causando maior viscosidade da mistura (~1.800-2.400 cP). Caso a exposição de proteínas a calor e ácido não seja controlada, este fenômeno poderis levar à precipitação (por exemplo, sinérese em iogurte). No pior cenário de caso, o líquido se separa do precipitado e o tamanho dos sólidos diminui. O sistema proteico parcialmente coagulado, de acordo com a invenção, se caracteriza pela presença de um pico significativo de tamanho de partícula ou grupo de partículas maiores do que 45 pm, de preferência maiores do que 100 pm, e menores do que 300 pm. Uma faixa mais preferida é 125 pm a 250 pm.
De preferência, as proteínas na origem da coagulação parcial são proteínas do leite usualmente presentes na mistura para sorvete e compreendem caseínas e proteínas do soro de leite. A requerente descobriu que a textura e a sensação bucal dc confeito gelado são melhoradas como resultado de um processo de preparação otimizado que inclui o uso controlado de calor e condições ácidas. Mais particularmente, manipulando a estrutura das proteínas do leite em uma mistura para confeito gelado diminuindo o pH e expondo a mistura a calor controlado, acredita-se que a desnaturação de proteínas e subsequente agregação ocorre à medida que o calor desdobra a proteína do soro do leite e as condições ácidas desestabilizam as micelas de caseína. Estes a-gregados de proteína formam uma rede que é suspeita de aprisionar a água e glóbulos de gordura e aumenta a viscosidade da mistura para criar uma textura singularmente suave e cremosa, que mimetiza a presença de níveis mais altos de gordura. A presente invenção refere-se, assim, em um primeiro aspecto, a produtos de confeitos aerados congelados que compreendem um sistema proteico parcialmente coagulado que inclui capa-caseína e beta-lactoglobulina. Os produtos da invenção se caracterizam por um pH em uma faixa de 5,6 a 6,3, de preferência 5,8 a 6,3. De preferência, o teor total de proteína na fração solúvel é igual ou menor do que 60%, a razão de capa-caseína solúvel para capa-caseína total é igual ou menor do que 0,12 e a razão de beta-lactoglobulina solúvel para teor total de beta-lactoglobulina é igual ou menor do que 0,57 quando o confeito congelado é derretido e centrifugado a 50.000 x g por 30 min.
Os produtos da invenção compreendem complexos proteicos formados entre principalmente beta-lactoglobulina e capa-caseína a partir da superfície das micelas de caseína. A figura 5 enfatiza a presença destes a-gregados em perfis de eletroforese em gel. Os géis de eletroforese correspondentes à fração solúvel de amostras do exemplo 2 estão apresentados na figura 5, ilustrando respectivamente os produtos obtidos por condições clássicas de congelamento (fileiras 1 e 3) ou aplicando extrusão em baixa temperatura (fileiras 2 e 4). As principais proteínas do leite podem ser detectadas entre as quais beta-lactoglobulina e capa-caseína. Para as amostras não reduzidas, pode-se observar que as fileiras correspondentes às amostras do controle (fileiras 1 e 3) apresentam uma banda correspondente à capa-caseína, enquanto que esta banda está significativamente reduzida nas fileiras 2 e 4 correspondentes aos produtos de acordo com a invenção. Isto significa que a capa-caseína está presente em uma quantidade maior na fase solúvel das amostras do controle em comparação com os produtos da invenção. Além disso, deve-se assinalar que uma banda em cerca de 36,5 kDa é visível em todas amostras antes da redução. Depois da redução, este banda desaparece, levando ao aparecimento de uma banda nítida correspondente à banda de beta-lactoglobulina capa-caseína com maior intensidade em todas as amostras. Pode-se concluir, portanto, que o processo descrito na invenção leva à formação de complexos covalentes (provavelmente ligados por ligações dissulfeto) entre capa-caseína e beta-lactoglobulina, e que estes complexos são mais numerosos na amostra de controle (densidade de banda inicial mais alta de capa-caseína). Sem desejar se atar à teoria, acredita-se que as micelas de caseína são revestidas com beta-lactoglobulina sob as condições ácidas da presente invenção e ficam aprisionadas na fase gordurosa ou na fase insolúvel depois da centrifugação, levando a uma depleção dos agregados proteicos na fase solúvel. Os agregados solúveis são constituídos principalmente de complexos de beta-lactoglobulina e capa-caseína que não adsorveram com as micelas de caseína à interface de gotículas de gordura durante a fabricação de um sorvete ou não foram sensíveis à centrifugação, mas permaneceram na fase volumosa. O sistema proteico parcialmente coagulado da invenção, portanto, consiste, por um lado, em complexos de micelas de caseína/proteínas do soro do leite que podem ser definidos como agregados proteicos covalentes formados entre a capa-caseína da superfície das micelas de caseína e na maior partes das vezes, em complexos de capa-caseína/beta-lactoglobulina solúveis presentes no volume do confeito congelado. Os produtos da invenção se caracterizam por uma razão de capa-caseína solúvel para quantidade total de capa-caseína menor ou igual a 0,12 e uma razão de beta-lactoglobulina solúvel para teor total de beta-lactoglobulina menor ou igual a 0,57 quando os produtos estão derretidos e são centrifugados a 50.000 x g por 30 min. A quantidade de capa-caseína e beta-lactoglobulina pode ser medida por análise de eletroforese em gel com Azul de Coomassie. O teor destas duas proteínas pode ser determinado por análise da intensidade das bandas de migração correspondentes sobre géis de eletroforese reduzidos Nu-PAGE. Método: Da amostra total, uma fração de 10 g de sorvete derretido foi dispersada em 90 g de uma solução aquosa desfloculante em pH 9,5, contendo 0,4% de EDTA e 0,1% de Tween 20. A fase solúvel foi obtida por cen-trifugação do sorvente derretido a 50.000 x g por 30 min. As amostras foram então analisadas por eletroforese em gel sobre Nu-PAGE 12% Bis-Tris u-sando o tampão de corrida MOPS em condições redutoras e não redutoras (as condições redutoras devem romper qualquer ligação covalente que envolve troca SH/SS durante o aquecimento) como descrito em "Invitrogen Nu-PAGE pre-cast gels instructions" (5791 Van Allen Way, Carlsbad, CA 2008, EUA). Os géis foram corados com azul de Coomassie (Invitrogen, kit n-LC6025). A amostra total e a fase solúvel correspondente foram depositadas sobre o mesmo gel de eletroforese em uma concentração de 0,5 mg.mL'1. Depois da migração e coloração com azul coloidal, os géis foram escanea-dos em 256 níveis de cinza com uma resolução de 1.000 dpi usando um scanner UMAX acoplado com o software MagicScan 32 V4.6 (UMAX Data Systems, Inc.) levando a fotografias que têm um dimensão de 16 MB. Estas fotografias foram então analisadas usando o software de análise de imagens TotaILab TL120 v2008.01 (Nonlinear Dynamics Ltd, Cuthbert House, All Sa-ints, Newcastle upon Tyne, NE1 2ET, Reino Unido). As fileiras de migração foram detectadas automaticamente pelo software. Depois, a imagem foi corrigida quanto ao fundo usando a opção "esfera rolante" com um raio de 200. As bandas de proteína correspondentes à albumina do soro bovino (BSA), β-caseína, as1- e as2-caseína, κ-caseína, β-lactoglobulina (β-lg) e α-lactalbumina (α-la) foram detectadas manualmente usando as bandas de migração a partir de leite desnatado como padrão. A intensidade das bandas foi convertida em perfis de migração de pico para cada fileira de migração para a amostra total e a fase solúvel. Estes picos foram então encaixados em um modelo gaussiano para calcular sua área para cada proteína, e desta forma, a concentração da proteína na amostra. A área dos picos determinada para uma proteína na fase solúvel foi, depois disso, corrigida pelo teor efetivo de proteína determinado pele método de Kjeldahl (descrito abaixo) e normalizada pela área de pico da proteína correspondente na amostra total, levando a razões de β-lactoglobulina e κ-caseína solúveis que são específicas para os produtos obtidos de acordo com a invenção. A invenção se distingue também pelo fato de que quando derretida e centifugada a 50.000 x g por 30 min, a razão de proteína solúvel para proteína total é abaixo de 60%. A quantidade de proteínas presentes na fase solúvel depois da centrifugação pode ser medida pelo método de Kjeldahl usando um fator de conversão de 6,38 para proteínas do leite. Método de Kjeldahl: Kjeldahl é um método genérico que permite a determinação de nitrogênio total, usando um aparelho de digestão em bloco e uma unidade de destilação a vapor de água automatizada.
Este método é aplicável a uma ampla série de produtos, incluindo produtos lácteos, cereais, confeitos, produtos para carne, rações de animais domésticos, bem como ingredientes que contêm baixos níveis de proteína, tais como amidos. O nitrogênio de nitratos e nitritos não é determinado com este método.
Este método corresponde aos seguintes métodos oficiais: ISO 8968-1/IDF 20-1 (leite), AOAC 991,20 (leite), AOAC 979,09 (grãos), AOAC 981,10 (carne), AOAC 976,05 (ração animal e ração de animais domésticos), com pequenas modificações (adaptação da quantidade de catalisador e volume de ácido sulfúrico para digestão, e adaptação da concentração de ácido bórico para sistema automatizado).
Princípio do método: Mineralização rápida da amostra a cerca de 370 °C com ácido sulfúrico e catalisador Missouri, uma mistura de sulfato de cobre, sódio e/ou potássio, que transforma nitrogênio ligado organicamente em sulfato de a-mônio. Desprendimento de amoníaco pela adição de hidróxido de sódio. Destilação a vapor de água e coleta do destilado em solução de ácido bóri- co. Titulação acidimétrica de amônio.
Aparelho: Uma unidade de mineralização e destilação em combinação com uma unidade de titulação.
Conformações manuais, semiautomáticas e automáticas são possíveis.
Estes métodos são conhecidos pelos versados nas técnicas de confeitos congelados que têm um bom conhecimento de proteínas.
Os produtos da invenção têm um pH entre 5,6 e 6,3, de preferência entre 5,8 e 6,3. Quando o sistema proteico está coagulado na forma essencialmente completa antes da adição a outros componentes, o pH pode ser tão alto quanto cerca de 6,3 sem prejudicar as propriedades organolépti-cas do produto.
De acordo com uma modalidade específica, o pH é controlado pela presença de um componente ácido. O componente ácido é, de preferência, selecionado no grupo que consiste em melaços, um ácido orgânico tal como ácido cítrico, ácidos derivados de frutas e ácidos derivados de fermentação.
Os produtos podem ser aerados até um transbordamento de pelo menos 20%, de preferência pelo menos 40% e mais preferivelmente pelo menos 90%. Em uma modalidade mais preferida, o transbordamento é de 100 a 120%.
De acordo com uma modalidade específica, o produto de acordo com a invenção compreende de 0 a 20% de gordura, de 5 a 15% de sólidos do leite não gordurosos (MSNF) e de 5 a 30%, de preferência de 15 a 25%, de um agente edulcorante. De preferência, ele compreende de 0 a 12% e mais preferivelmente de 0,5 a 5,5% de gordura o que é representativo de um produto com baixo teor de gordura ou sem gordura, e um estabilizador natural em uma quantidade de 0 a 6%. O termo "agente edulcorante" deve ser entendido como uma mistura de ingredientes que confere doçura ao produto final. Estes incluem açúcares naturais tais como açúcar de cana-de-açúcar, açúcar de beterraba, melaços, outros edulcorantes nutritivos derivados de plantas, e edulcoranteí não nutritivos de alta intensidade. A redução de gordura em confeitos congelados sem comprome ter a qualidade benigna do produto é um dos principais desafios enfrentado: pela indústria. A presente invenção supera este problema ao fornecer produ tos com baixo teor de gordura ou mesmo sem gordura, com textura e atribu tos sensoriais similares àqueles que têm teores mais altos de gordura, err termos de cremosidade e produção de sabor.
Além disso, o benefício do sistema, de acordo com a invenção se estende a outras partes da cadeia de distribuição desses produtos gela dos, pelo fato de que eles sofreram através de choque térmico típico ou mai uso na distribuição, eles mantêm a textura suave e cremosa por mais tempc do que outros produtos que são submetidos ao mesmo tratamento.
De acordo com uma modalidade específica, o produto da invenção consiste essencialmente em ingredientes naturais. O termo "ingredientes naturais" significa ingredientes de origerr natural. Estes ingredientes incluem aqueles que vieram diretamente do campo, animais, etc, ou que são resultado de um processo físico ou microbioló-gico/enzimático de transformação. Portanto, eles não incluem ingredientes que são resultado de um processo químico de modificação.
Os exemplos de ingredientes não naturais que são evitados nesta modalidade específica da invenção incluem, por exemplo, mono- e diglice-rídeos de ácidos graxos, ésteres de ácidos de mono- e diglicerídeos de ácidos graxos, tais como ésteres do ácido acético, lático, cítrico, tartárico, mono- e diacetil-tartárico de mono- e diglicerídeos de ácidos graxos, ésteres mistos de ácido acético e tartárico de mono- e diglicerídeos de ácidos graxos, ésteres de ácidos graxos com sacarose, ésteres de ácidos graxos com poligliceróis, polirricinoleato de poligliceróis, mono-oletato de sorbitano com polietileno, Polissorbato 80, lecitina extraída quimicamente.
Os amidos quimicamente modificados que são usados nessas técnicas como estabilizadores também são, de preferência, evitados. Eles incluem, por exemplo, amido oxidado, fosfato de monoamido, fosfato de di- amido, fosfato de diamido fosfatado ou acetilado, amido acetilado, adipatí de diamido acetilado, hidróxi-propil-amido, fosfato de hidróxi-propil-diamido amido oxidado acetilado.
Os produtos da invenção são, de preferência, essencialmentf isentos dos ésteres sintéticos e amidos modificados precedentes. O term< "essencialmente isentos de" significa que estes materiais não são adiciona dos intencionalmente devido à sua capacidade de conferir propriedade: convencionais, por exemplo, propriedade estabilizadora, embora possa ha ver quantidades ínfimas não intencionais presentes sem prejudicar o de sempenho dos produtos. Genericamente e de preferência, os produtos dí invenção não devem conter quaisquer materiais não naturais.
Os produtos podem, assim, incluir um sistema estabilizador na tural, tais como aqueles descritos no pedido de patente EP 08171666.4, cujc teor inteiro é aqui expressamente incorporado como referência. O termo "sistema estabilizador" deve ser entendido como um: mistura de ingredientes, que contribui para a estabilidade do produto conge lado com relação à formação de cristais, resistência ao choque térmico, pro priedades de textura global, etc. Assim sendo, o sistema estabilizador pode compreender quaisquer ingredientes que de importância estrutural para c confeito congelado. O sistema estabilizador usado nos presentes produtos compre ende, de preferência, pelo menos um emulsificante natural.
Os emulsificantes naturais incluem, por exemplo, gema de ovo leitelho, goma acácia crua, extrato de farelo de arroz ou misturas dos mes mos. Os emulsificantes naturais têm a vantagem de conferir ao produto aca bado uma textura mais suave e corpo mais rígido que reduzem o tempo d« batimento. A presença de emulsificantes naturais resulta em células de a que são menores e mais uniformemente distribuídas dentro de toda a estru tura interna do sorvete. De preferência, o emulsificante natural usado nc presente sistema estabilizador é gema de ovo. Uma faixa típica para esfc componente é cerca de 0,5 a 1,4% de sólidos da gema de ovo.
De acordo com outra modalidade específica, o sistema estabili zador usado nos produtos da invenção compreende pelo menos um emulsi ficante não natural. Qualquer emulsificante grau alimentício usado tipicamen te em confeitos gelados poderia ser usado. Os emulsificantes apropriados incluem ésteres de açúcares, ceras emulsificantes tais como cera de abe lhas, cera de carnaúba, cera de candelila, ceras de plantas ou frutos e ceras animais, ésteres de ácidos graxos com poliglicerol, polirricinoleato de poligli-cerol (PGPR), polissorbatos (ésteres de sorbitano com polioxietileno), mono glicerídeos, diglicerídeos, lecitina e misturas dos mesmos. O produto pode compreender adicionalmente sabores ou colo-rantes. Tais sabores ou colorantes, quando usados, são selecionados, de preferência, entre ingredientes naturais. Eles são usados em quantidades convencionais que podem ser otimizadas por testes rotineiros para qualquei formulação de produto específica.
Os produtos confeitos aerados congelados definidos acima podem ser produzidos por congelamento convencional ou por extrusão em baixa temperatura.
Um confeito congelado extrudado em baixa temperatura que compreende o sistema parcialmente coagulado definido acima é, assim, outro objeto da presente invenção. Esta etapa de extrusão em baixa temperatura ou congelamento em baixa temperatura pode ser conduzida em uma extrusora de rosca única ou rosca dupla. A extrusão em baixa temperatura (LTE) é um processo conhecido que confere ao produto final uma microestrutura específica e vantajosa. Por exemplo, o tamanho de cristal de gelo e o tamanho de bolhas de ar tendem a ser menores do que em processos de fabricação tradicionais. Por outro lado, o tamanho de glóbulos de gordura não muda significativamente quando o processo de LTE é usado.
Quando extrudados em baixa temperatura, os produtos da invenção apresentam surpreendentemente melhores características em termos de sua microestrutura em comparação com produtos conhecidos extrudados em baixa temperatura.
Os produtos obtidos por congelamento em baixa temperatura es- tão descritos no documento US n- 2007/0196553, cujo teor é aqui incluídc como referência. Por exemplo, o tamanho dos cristais de gelo e o tamanhc de bolhas de ar tendem a ser menores do que em processos de fabricaçãc tradicionais. Os cristais de gelo, células de ar, glóbulos de gordura e seus aglomerados devem ter uma faixa específica de diâmetros para intensificai as características positivas de estabilidade e sensoriais. Tipicamente, pele menos 50% do número de cristais de gelo/aglomerados de cristais de gelo de preferência, em uma faixa de tamanho entre 5 e 30 mícrons (ou valoi médio abaixo de 8 a 10 mícrons), em conjunto com um baixo grau de inter-conexão de cristais de gelo, melhoram a capacidade de pegar com concha e cremosidade. Pelo menos 50% do número de células de ar, de preferência na faixa de diâmetros entre 2 a 10 mícrons (ou valor médio abaixo de 8 a 1C mícrons) retardam o engrossamento de bolhas por coalescência durante c derretimento na boca tão fortemente, que a sensação de cremosidade é significativamente intensificada. A distribuição do tamanho volumétrico médic de glóbulos de gordura/aglomerados de glóbulos de gordura, de preferência, apresenta um pico na faixa de tamanho entre 2 a 20 mícrons. Esta distribuição de tamanho representa o volume relativo de glóbulos de gordura de cada diâmetro especificado e tem um impacto direto significativo sobre a melhora da sensação de cremosidade na boca e também contribui para a maioi estabilidade da estrutura das células de ar contra coalescência, sustentade assim também indiretamente o atributo de cremosidade. Estas medições de tamanhos podem ser conduzidas por métodos conhecidos pelos versados nessas técnicas. Por exemplo, o tamanho de cristais de gelo e o tamanho de bolhas de ar podem ser medidos usando microscopia óptica e a análise do tamanho de partículas de gordura pode ser conduzida por dispersão da luz de laser.
Os produtos de confeitos aerados congelados extrudados em baixa temperatura da invenção têm uma sensação bucal mais suave e espe-cifícamente propriedades texturais e organolépticas fascinantes, em comparação com produtos extrudados em baixa temperatura conhecidos até agora. Em termos de microestrutura, os produtos da invenção podem ser caracteri- zados por um diâmetro médio equivalente (D21) de glóbulo de gordura 01 aglomerados de glóbulos de gordura abaixo de 10 mícrons quando analisa dos quantitativamente em microscopia por fluorescência de seções de resiní de sorvetes criofixados (-20 °C) e crioinfiltrados em resina (-20°C) em umí ampliação de x1.440. Portanto, em comparação com um processo de LTF padrão, a combinação de LTF com calor controlado e condições ácidas, de acordo com a invenção, leva a um tamanho intermediário de glóbulos de gordura.
Portanto, descobriu-se surpreendentemente que a presença deste sistema proteico parcialmente coagulado em um produto extrudade em baixa temperatura melhora tremendamente o perfil sensorial do produte e, particularmente, que ele intensifica consideravelmente a textura suave € cremosa dos confeitos congelados que contêm este sistema.
Os dados que se seguem são submetidos para ilustrar a diferen ça no tamanho de partícula para os sistemas proteicos parcialmente coagu lados da presente invenção. A figura 1 ilustra o tamanho de partícula de umí formulação tal como aquela descrita na tabela 4 do exemplo 4 abaixo que não contém proteínas coaguladas, enquanto que a figura 2 ilustra a mesma formulação depois de um tratamento térmico (a 82°C-87,8°C (178 °F-190 °F por 30 a 90 segundos) que causa a coagulação parcial das proteínas na formulação. Uma comparação destes dois gráficos ilustra que o tamanho de partícula da formulação de acordo com a invenção é maior, isto é, maior dc que 10 pm, enquanto que a formulação não tratada termicamente tem urr tamanho de cerca de 4 pm. Além disso, a densidade volumétrica da formu lação tratada termicamente é reduzida até um máximo de 7,5 pm, enquantc que a formulação não tratada termicamente é tão alta quanto 1,5 pm. Assirr sendo, o presente tratamento de coagulação cria uma rede tridimensiona que tem a capacidade de ter maior capacidade de captação de água e resulta em atributos sensoriais aprimorados relacionados à textura e sabor. Simi larmente, uma comparação das figuras 3 e 4 ilustra que o sistema coaguladc da figura 3 apresenta intensificações similares em tamanho de partícula € densidade volumétrica para um produto extrudado em baixa temperatura que contém um sistema parcialmente coagulado em comparação com un produto extrudado em baixa temperatura que contém proteína não coagula da. Estas intensificações são atribuíveis à rede tridimensional das proteína! coaguladas e levam diretamente à textura e sabor do produto final.
Este efeito é ainda mais surpreendente, visto que se sabe atra vés dessas técnicas que a coagulação de proteínas tem um impacto negati vo sobre as características organolépticas dos produtos de sorvete. A este respeito, o documento EP 1 342 418 enuncia um método para preparar un sorvete congelado que contém um componente ácido, mas que pelo menos uma proteína não reage com o ácido. De acordo com aquele ensinamento, e tempo de contato entre o ácido e a proteína deve ser mantido em um míni mo.
Em contraste, a presente invenção refere-se a um sistema par cialmente coagulado produzido por uma reação entre um ambiente ácido e proteínas tais como proteínas do leite, que demonstrou melhorar considera velmente a textura de confeitos congelados preparados por congelamentc convencional ou por congelamento em baixa temperatura.
Quando um congelamento convencional é usado, a coagulaçãc parcial obtida pela aplicação controlada de calor e condições ácidas à mistu ra resulta em atributos sensoriais excepcionais que são comparáveis àque les obtidos por extrusão em baixa temperatura sem tal coagulação parcial.
Por outro lado, quando a extrusão em baixa temperatura é usa da, a combinação de coagulação parcial de proteínas durante o processo de misturação e tecnologia de extrusão em baixa temperatura ("LTF"), permite i criação de confeitos congelados de qualidade muito alta com um mínimo de gordura e menos ingredientes. Embora o uso de extrusão em baixa tempera tura para fabricar sorvete com baixo teor de gordura tenha sido amplamente praticado, a invenção cria agora um produto significativamente superior, e assim sendo, uma vantagem singular para o consumidor.
Além disso, o produto da invenção demonstrou ser particular mente estável, tanto quanto congelado bem como quando servido à tempe ratura ambiente para consumo.
Sem desejar se ater à teoria, acredita-se que a coagulação parcial de proteínas dentro da mistura para sorvete produz proteína coagulada que atua como um estabilizador natural para as células de ar e permite a criação de uma microestrutura muito fina e estável que resulta em um produto suave, rico e cremoso sem o uso de estabilizadores artificiais ou não naturais ou aditivos similares. Isto torna os produtos mais naturais e desejáveis para os consumidores que desejam minimizar sua ingestão de tais aditivos artificiais ou não naturais.
Particularmente, o efeito sinérgico de proteínas recém-coaguladas nas quantidades usadas quando combinadas com a tecnologia de LTF, portanto, leva a produtos superiores em termos de textura e estabilidade. A invenção refere-se em outro aspecto ao uso de um sistema proteico parcialmente coagulado que inclui capa-caseína e beta-lactoglobulina para fabricar um produto de confeito congelado com um pH entre 5,6 e 6,3, de preferência entre 5,8 e 6,3, por intermédio de congelamento convencional ou congelamento em baixa temperatura.
Tal sistema oferece a vantagem inesperada que ele pode conferir ao produto de confeito congelado atributos sensoriais excepcionais com boa estabilidade, minimizando o teor de gordura.
De preferência, o sistema parcialmente coagulado compreende complexos de beta-lactoglobulina e capa-caseína da superfície de miceias de caseína que têm um tamanho de partícula de 45 pm, de preferência maior do que 100 pm, e menor do que 300 pm, por exemplo, 125 pm a 250 pm.
Um método para produzir os produtos da invenção também faz parte da invenção, e mais particularmente, um método para produzir um produto de confeito congelado aerado, que compreende proteínas, que são recém-coaguladas parcialmente dentro da mistura para sorvete, que é, além disso, homogeneizado, pasteurizado e congelado convencionalmente ou submetido a uma extrusão em baixa temperatura.
De acordo com uma modalidade específica, o método compreende como uma primeira etapa disponibilizar uma mistura de ingredientes com um pH entre 5,6 e 6,3, de preferência entre 5,8 e 6,3, compreendendo gordura, de preferência em uma quantidade de 0 a 20%, sólidos do leito não gordurosos, de preferência em uma quantidade de 5 a 15%, um agente e-dulcorante, de preferência em uma quantidade de 5 a 30%, um sistema estabilizador natural, de preferência em uma quantidade de 0 a 6%, e opcionalmente, um componente ácido. Deve-se assinalar que o pH medido nesse estágio é significativamente igual ao pH do produto final. A mistura é então homogeneizada e pasteurizada até uma temperatura, de preferência entre 82°C-87,8°C (178 °F-190 °F) por 30 a 90 segundos. A coagulação parcial resulta da combinação de ácido e calor controlados na presença de proteínas. O processo da invenção demonstrou surpreendentemente intensificar experiência textural de sistemas lácteos congelados, mesmo em níveis mais baixos de gordura e caloria. A requerente descobriu que a redução controlada do pH da mistura antes do processamento combinado com parâmetros otimizados de misturação em um produto com textura suave e cremosa, e liberação de sabor superior quando comparado com produtos típicos extrudados em baixa temperatura. Sem desejar se ater à teoria, acredita-se que durante o processo, a estrutura das proteínas muda à medida que o calor desdobra as proteínas do soro do leite e as condições ácidas deses-tabilizam as micelas de caseína. A proteína modificada forma uma rede controlada que se liga à água e glóbulos de gordura, e ao mesmo tempo, aumenta a viscosidade da mistura para criar uma textura singularmente suave e cremosa que mimetiza os atributos sensoriais em produtos com teores de gordura mais altos.
Este efeito não é observado quando, por exemplo, proteína do soro do leite é desnaturada e ainda adicionada a uma mistura para sorvete descrita nas técnicas anteriores. Foi medido pela requerente que nesse caso, as proteínas do soro do leite permanecem em sua maior parte na fase solúvel. Neste caso, as razões de capa-caseína solúvel para teor total de capa-caseína e beta-lactoglobulina solúvel para teor total de beta-lactoglobulina são nas faixas reivindicadas da invenção.
De acordo com uma modalidade específica, a mistura para cor feito gelado compreende um componente ácido. De preferência, o compc nente ácido é selecionado no grupo que consiste em melaços, um ácido oi gânico tal como ácido cítrico, outros ácidos derivados de frutos e ácidos de rivados de fermentação. A pasteurização é realizada sob condições usuais e pode se conduzida antes ou depois da homogeneização. As condições preferidas d pasteurização incluem aquecimento até cerca de 81 a 88 *C (178 a 190 T) por 30 a 90 s. A homogeneização pode ser feita antes ou depois da pasteur zação. Ela é conduzida, de preferência, sob condições usuais, a saber, er uma pressão entre 4 e 20 MPa (40 e 200 bars), de preferência entre 10 e 1 MPa (100 e 150 bars), mais preferivelmente entre 12 e 14 MPa (120 e 14 bars). A mistura homogeneizada pode ser então refrigerada até cerc de 2 a 8 *C por meios conhecidos. A mistura pode se r ainda envelhecida pc 4 a 72 h em uma temperatura de cerca de 2 a 6 Ό co m ou sem agitaçãc Opcionalmente, a adição de sabores, colorantes, caldos, inclusões, etc., pc de ser conduzida antes da etapa de envelhecimento. Caso sabores, colorar tes, caldos, inclusões etc. sejam adicionados, eles são, de preferência, sele cionados entre apenas ingredientes naturais.
Na próxima etapa, a mistura é aerada. Em uma modalidade pre ferida, a mistura pode ser refrigerada até uma temperatura abaixo de -3 Ό de preferência entre -3 e -10 Ό, de preferência cerca de -4,5 a -8 Ό con agitação e injeção de gás para criar a incorporação de ar desejada. O confeito congelado é, de preferência, aerado até uma incorpc ração de ar de pelo menos 20%, de preferência pelo menos 40%, mais pre ferivelmente pelo menos 90%. A incorporação de ar é, de preferência, at 150%. Mais preferivelmente, a incorporação de ar é entre 100 a 120%. A mistura aerada é então submetida ao congelamento usand' equipamentos de congelamento convencionais ou por um sistema de extru são em baixa temperatura. Neste equipamento, a mistura aerada é refrige- rada por extrusão em uma temperatura abaixo de -11 °C, de preferência entre -12 °C e -18 °C em uma extrusora de rosca. A extrusora de rosca pode ser tal como aquela descrita no documento WO 2005/070225. A extrusão pode ser realizada em uma extrusora de rosca única ou rosca dupla. A mistura congelada é então embalada e estocada em temperaturas abaixo de -20°C, onde ela sofrerá uma etapa de endurecimento durante a estocagem. Alternativamente, ela pode ser endurecida por uma etapa de endurecimento acelerado, por exemplo, por intermédio de um funil endu-recedor, conduzido em uma temperatura entre -20°C e -40 °C por um tempo suficiente para endurecer o produto. O método da invenção se presta para a fabricação de confeitos congelados que são estáveis no prazo de validade na prateleira nas temperaturas de estocagem necessárias e têm propriedades organolépticas e tex-turais superiores.
Os produtos de confeitos aerados congelados obteníveis pelo presente método também fazem parte da invenção. Tais produtos compreendem de 0 a 20% de gordura, 5 a 15% de MSNF, 5 a 30%, de preferência 15 a 25%, de um agente edulcorante, 0 a 12% e mais preferivelmente de 1 a 5,5% de gordura, e um estabilizador natural em uma quantidade de 0 a 6%.
Assim sendo, a presente invenção propõe uma nova maneira na qual um produto de confeito congelado com baixo teor de gordura, de preferência natural que é estável e com atributos sensoriais superiores pode ser fabricado.
Exemplos A presente invenção será aqui ilustrada ainda mais pelos exemplos não limitativos que se seguem.
Exemplo 1 Sobremesa láctea congelada com baixo teor de gordura, contendo 3% de gordura Em uma primeira variável, referida como "controle 1", procedi mentos de misturação convencionais foram seguidos para produzir uma mis tura com 3,0% de gordura e 10,3% de MSNF. O pH medido da mistura er« 6,38 antes da pasteurização. Nenhum outro acidulante foi adicionado à mis tura. A mistura foi então processada em uma temperatura entre 81 °C < 88°C(178 °F a 190 °F) por 30 a 90 segundos.
Em uma segunda variável, uma mistura similar com 3,0% en peso de gordura e 10,3% de MSNF foi testada seguindo uma redução con trolada do pH. Uma solução de ácido cítrico foi usada para baixar o valor d< pH até 5,98 antes da pasteurização. A mistura foi então processada em urm temperatura entre 81°C-88°C (178 °F-190 °F) por 30 a 90 segundos.
As duas variáveis foram congeladas em um congelador conven cional isoladamente e o controle 1 também foi processado por uma combi nação de congelador convencional e congelamento em baixa temperatura < as amostras foram coletadas nas saídas de ambos congeladores. O produto fabricado com redução controlada do pH era significa tivamente mais suave em comparação com o "controle 1" preparado por in termédio de congelamento convencional e conferiu resistência ao choque térmico superior ao produto. A textura suave e cremosa intensificada perceptível da segundí variável era comparável ao controle quando este último foi processado po intermédio de congelamento convencional, e em seguida, extrusão em baixe temperatura. A produção de sabor foi superior quando comparada com ( produto fabricado sem o processo inovado, indicando que o sabor não est< ligado pela matriz de proteína, mas é liberado melhor durante o consumo. Exemplo 2 Sobremesa láctea congelada com baixo teor de gordura, contendo 5.5% d< gordura Tabela 2 Em uma primeira variável, o pH da mistura foi reduzido até 5,9A antes da pasteurização pelo uso de acidulantes. Foi usado um sistema estabilizador natural que incluía um emulsificante. A mistura foi então pasteurizada em uma temperatura entre 178 e 190 °F por 30 a 90 segundos.
Em uma segunda variável, referida como "controle 2", uma composição de mistura similar foi usada, exceto que não houve redução de pH através de acidulantes. O pH da mistura antes da pasteurização foi medido e era 6,41. Ela foi também padronizada para 5,5% de gordura e 10,9% de MSNF. Um sistema estabilizador natural incluindo um emulsificante foi usado. A mistura foi pasteurizada em uma temperatura entre 178 e 190 °F poi 30 a 90 segundos.
As duas variáveis foram congeladas em um congelador convencional isoladamente e o controle 2 também foi processado por uma combinação de congelamento convencional e congelamento em baixa temperatura e as amostras foram coletadas em ambas saídas dos congeladores. O produto resultante fabricado por calor controlado e coagulaçãc induzida por ácido demonstrou ter atributos texturais superiores aos do controle 2 quando este último foi processado por congelamento convencional e comparável ao controle 2 quando este último foi processado por extrusão em baixa temperatura.
Exemplo 3 Sorvete com 11.0% de gordura, preparado usando congelamento convencional Em uma primeira variável (referida como "controle 3"), uma mistura foi fabricada usando procedimentos de misturação convencionais e padronizada para 11% de gordura e aproximadamente 11% de MSNF.
Em uma segunda variável, uma composição de mistura similar foi usada e o pH foi reduzido até 5,90 usando acidulantes.
Ambas misturas foram congeladas usando um congelador de Cínico barril padrão. Quando comparada quanto a atributos sensoriais, a segunda variável demonstrou ter melhor corpo e textura, bem como liberação de sabor superior do que o "controle 3".
Exemplo 4: Confeitos congelados preparados por extrusão em baixa temperatura Os seguintes confeitos foram preparados: Tabela 4 Amostra A: Procedimentos de fabricação de misturas convencionais foram seguidos para produzir uma mistura com 12,5% de gordura e 9,5% de MSNF. O açúcar e os acidulantes foram combinados por intermédio de métodos de fabricação de misturas usuais antes da pasteurização. A mistura foi então preaquecida para homogeneização e homogeneizada. Ela foi então pasteurizada em uma temperatura entre 81 e 88 °C (178 a 190 °F) por 30 a 90 segundos.
Amostra B (comparativa): Gordura, sólidos do leite não gordurosos, e emulsificante, men cionados na tabela 1, foram homogeneizados e depois pasteurizados so condições similares às da amostra A.
Separadamente, uma mistura que compreende açúcar e acidi lantes foi preparada e pasteurizada sob condições similares às da amostr A, Estes dois componentes pasteurizados separadamente foram juntado antes de envelhecer a mistura.
As amostras A e B foram então respectivamente congeladas, d acordo com o seguinte processo: Envelhecimento a 3 “C por 6 horas. A mistura foi então aerad até uma incorporação de ar entre 20 e 40% e congelada em uma temperatu ra de -6 V na saída de um congelador convencional de sorvete. A mistur aerada e parcial mente congelada foi então transferida para uma extrusor de rosca dupla onde ela foi refrigerada até uma temperatura abaixo de -11t na saída. O produto extrudado foi então embalado e endurecido a -35 *C Finalmente, o produto foi estocado a -25 Ό.
Depois da avaliação das amostras A e B, os produtos demons traram ser diferentes em· termos de textura {suavidade e cremosidade), i amostra A, em que o componente ácido entrou em contato com as prote nas, e em seguida,, um tratamento térmico (pasteurização) era significativa mente mais suave, cremosa e com textura "aveludada", característica er contraste com a amostra B comparativa em que a coagulaçâo parcial rã ocorreu, pois o componente ácido não estava presente na mistura durante aquecimento.
Exemplo 5: Comparações de Produtos As formulações dos produtos do exemplo 4 foram submetidas 5 semanas de teste de estabilidade contra choque térmico, e a tabela apresenta os resultados sensoriaís quando comparados com seus produto de controle não mau usados ou não coagulados.
Choque térmico: as amostras inicialmente estocadas a -30 °C fo ram mantidas por 5 semanas a -12 °C.
Tabela 5__________________________________________________________________ REIVINDICAÇÕES

Claims (5)

1. Método para produzir um produto de confeito aerado congelado, caracterizado pelo fato de que compreende as etapas de: (a) disponibilizar uma mistura de ingredientes com um pH compreendido entre 5,8 e 6,3, de preferência entre 5,6 e 6,3, compreendendo: gordura, em uma quantidade de 0,5 a 5,5% em peso, sólidos do leite não gordurosos, em uma quantidade de 5 a 15%, um agente edulcorante, de preferência em uma quantidade de 5 a 30%, um sistema estabilizador, de preferência em uma quantidade de 0 a 6%, e um componente ácido; (b) homogeneizar a mistura; (c) pasteurizar a mistura até uma temperatura compreendida entre 81Ό e 87,713 (178Έ e 190*F) por 30 a 90 segun dos; (d) congelar e ao mesmo tempo aerar a mistura; e (e) opcionalmente, endurecer a mistura.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a mistura de ingredientes compreende um componente ácido selecionado entre melaços líquidos, um ácido orgânico tal como ácido cítrico, outros ácidos derivados de frutos ou ácidos derivados de fermentação e parte de uma base fermentada, tal como iogurte.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a mistura é aerada até uma incorporação de ar (overrun) de pelo menos 20%, de preferência, pelo menos 40%, e, mais preferivelmente, até uma incorporação de ar de 100 a 120%.
4. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a etapa (d) é seguida de uma refrigeração dinâmica da mistura até uma temperatura abaixo de -11 Ό.
5. Método, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a segunda refrigeração é realizada em uma extrusora de rosca única ou rosca dupla.
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