BRPI0621982A2

BRPI0621982A2 - lámina de raspar

Info

Publication number: BRPI0621982A2
Application number: BRPI0621982-9A
Authority: BR
Inventors: Marty L Cansler; Daniel P Cedrone
Original assignee: Daetwyler Swisstec Ag
Priority date: 2006-08-29
Filing date: 2006-08-29
Publication date: 2011-12-20
Also published as: CA2661740A1; WO2008025172A1; CN101563227A; ATE470568T1; MX2009002168A; AU2006347817A1; DK2059392T3; JP2010501376A; ES2344425T3; DE602006014886D1; PL2059392T3; EP2059392A1; EP2059392B1; US20090308270A1

Abstract

LáMINA DE RASPAR. A presente invenção refere-se a uma lâmina de raspar, em particular para a dosagem de tintas e revestimentos de uma superfície gravada, que tem um corpo de base oblongo plano (1a), uma região de lâmina (1c) com uma borda operacional (5) sendo formada em um dos lados longitudinais do corpo de base (1a). A região da lâmina (1c) é feita, pelo menos parcialmente, de um material plástico (3, 4), enquanto que a borda operacional (5) é formada do material plástico (3, 4). O corpo de base (1a) é feito de um material plástico reforçado (2, 3, 4). As superfícies externas principais opostas do corpo de base (1a) são constituídas por camadas plásticas (3, 4) feitas de um primeiro material, em que pelo menos uma camada interna (2) feita de um segundo material, tendo uma maior rigidez do que o primeiro material, é proporcionada entre as ditas camadas plásticas (3, 4). A lâmina de raspar (1) incorpora, portanto, componentes estruturais diferindo em rigidez, em que uma borda operacional plástica (5) é proporcionada. A lâmina de raspar (1) é ao mesmo tempo rígida e não abrasiva. O resíduo originado pelo desgaste não é prejudicial ao meio e a lâmina de raspar (1) proporciona qualidades de vedação. Devido ao fato de que as superfícies principais externas da lâmina de raspar (1) são constituídas pelo material plástico, a lâmina de raspar (1) não está sujeita à ferrugem ou oxidação, e a segurança para o usuário é otimizada.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "LAMINA DE RASPAR".

CAMPO TÉCNICO

A presente invenção refere-se a uma lâmina de raspar, em parti- cular para a dosagem de tintas e revestimentos de uma superfície gravada, a lâmina de raspar tendo um corpo de base oblongo plano e uma região de lâmina com uma borda operacional sendo formada em um dos lados longitu- dinais do corpo de base. A invenção refere-se ainda a um método para a fabricação de uma lâmina de raspar.

TÉCNICA ANTERIOR

Na indústria de impressão, as lâminas de raspar são usadas em particular para a dosagem de tintas e revestimentos de uma superfície gra- vada, por exemplo, da superfície de um cilindro de impressão. Após as célu- las rebaixadas do cilindro serem cobertas com tinta, uma lâmina deve limpar o excesso de tinta, antes que atinja o estreitamento de impressão. A aplica- ção correta da lâmina de raspar é crítica em impressão por gravura e flexo- gráfica.

As lâminas de raspar são consumíveis. São periodicamente substituídas. É, portanto, favorável se as lâminas de raspar forem eficientes em custo e se o manuseio delas for o mais seguro possível.

As atuais lâminas de raspar se apresentam principalmente em duas formas, isto é, metálicas e poliméricas (não-metálicas). As lâminas me- tálicas, feitas usualmente de aço carbono, oferecem os seguintes benefícios:

- têm uma rigidez superior nas seções finas;

- são de fácil fabricação, mesmo se tolerâncias rígidas precisa- rem ser observadas;

- são capazes de suportar uma borda muito fina;

- proporcionam uma raspagem limpa (limpeza nítida e perfeita);

- têm um nivelamento superior; e

- não apresentam quaisquer efeitos de memória.

No entanto, em comparação com as lâminas não-metálicas, as lâminas metálicas têm os seguintes efeitos negativos: - o atrito delas com a superfície a ser raspada é maior;

- são abrasivas para a superfície oposta;

- desenvolvem bordas agudas quando gastas, o que é um ponto de perigo potencial;

- oxidam e desenvolvem, portanto, ferrugem;

- os fragmentos de desgaste da lâmina de raspar contaminam os meios;

- não têm quaisquer propriedades de vedação nelas e por elas; e

- o material não é facilmente disponível.

Consequentemente, as lâminas não-metálicas oferecem os se- guintes benefícios:

- o atrito delas com a superfície a ser raspada é baixo;

- são mais seguras do que as lâminas metálicas;

- não desenvolvem bordas agudas quando gastas;

- não são abrasivas;

- os seus fragmentos não são nocivos aos meios;

- o material é facilmente disponível em estoque;

- o material tem propriedades de vedação inerentes; e

- não há qualquer oxidação.

Mas também as lâminas de raspar não-metálicas têm proprieda- des negativas:

- são mais caras do que as de aço;

- têm um baixo módulo de rigidez nas seções finas, o que acar- reta deformações da lâmina, que atrapalham o controle preciso do processo de raspagem;

- têm um nivelamento inferior e tendem a ficar onduladas;

- introduzem desafios de fabricação adicionais ao produzir uma borda preferida;

- não podem suportar bem uma borda fina;

- a raspagem perfeita é limitada, devido à espessura necessária do material; e

- o material retém memória. As principais razões para o uso de lâminas metálicas são as su- as rigidez e nivelamento. No entanto, o uso de lâminas metálicas significa acarretar problemas de segurança, bem como com a abrasão dela própria e da superfície a ser raspada. Correspondentemente, os usuários de lâminas não-metálicas têm um foco em segurança e baixa abrasão, incitando a baixa rigidez e o nivelamento inferior da borda operacional.

Dependendo da tarefa a ser feita, as lâminas de raspar metáli- cas ou não-metálicas são as preferidas. Portanto, foi proposto modificar os prendedores de lâminas para acomodar ambas as lâminas metálicas e não- metálicas, de modo que as lâminas metálicas e não-metálicas possam ser usadas flexivelmente, para que sejam submetidas à tarefa específica a ser feita.

Os recentes desenvolvimentos e projetos têm tentado opor-se a alguns dos aspectos negativos de ambos os tipos de lâminas, por aplicação de revestimentos às lâminas e por manufatura das superfícies dos rolos com diferentes materiais (cromo e cerâmica). Essas medidas estendem a vida útil dos componentes e propiciam valores de atrito mais baixos. Aditivos também têm sido introduzidos nos meios pelas suas propriedades de Iubricidade e impedimento de oxidação.

Como um exemplo, a publicação JP 4-296556 (Toppan Printing Co. Ltd.) se refere a uma lâmina de raspar que é revestida com um revesti- mento fino de um material repelente a tinta, tal como resina de silicone, resi- na de flúor, um polímero contendo um grupo acrílico de cadeia longa, polio- lefina, resina alquídica, goma laca, silicone contendo flúor, etc.

Além do mais, alguns projetos de lâminas de raspar têm sido propostos, os quais incluem elementos estruturais, feitos tanto de metal bem como de um material plástico.

A patente DE 28 23 603 (Max Dàtwyler & Co.) descreve uma disposição de lâmina de raspar, que compreende uma lâmina de raspar me- tálica tendo um recobrimento plástico. O recobrimento constitui as superfí- cies externas da lâmina de raspar e é conectado firmemente na lâmina de raspar em uma região do corpo de base. Antes que a lâmina de raspar seja presa no prendedor de lâmina de raspar, o recobrimento serve principalmen- te como um invólucro para proteger a lâmina de raspar, bem como o usuário que monta a lâmina na máquina de impressão. Após a lâmina de raspar ter sido presa no prendedor de lâmina de raspar, uma parte removível do reco- brimento é removida para descobrir a borda operacional metálica. Durante operação da lâmina de raspar, a parte remanescente do recobrimento serve para amortecer as vibrações da lâmina de raspar.

A patente U.S. 2.052.679 (Wainwright et al.) se refere a uma lâ- mina de raspar para raspagem em cilindros ou placas de gravuras. A lâmina de raspar apresenta uma lâmina operacional de um material plástico, tal co- mo resina sintética ou materiais de derivados de celulose. Toda a lâmina de raspar pode ser fabricada do material plástico, enquanto que, vantajosamen- te, o material plástico é reforçado a uma distância curta da borda operacional com um reforço metálico. O reforço metálico é uma camada metálica, que é disposta em um dos lados externos principais do corpo plástico da lâmina.

No entanto, esses projetos apenas atenuam algumas desvanta- gens específicas das lâminas de raspar metálicas e/ou não-metálicas, res- pectivamente.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

É o objetivo da invenção criar uma lâmina de raspar relativa ao campo técnico mencionado inicialmente, que combina os benefícios de am- bas as lâminas de raspar metálicas e não-metálicas, enquanto reduzindo ou eliminando os aspectos negativos de ambas.

A solução da invenção é especificada pelos aspectos da reivin- dicação 1. De acordo com a invenção, a região da lâmina é feita, pelo menos parcialmente, de um material plástico, a borda operacional, isto é, a região da lâmina de raspar que fica em contato com a superfície a ser raspada, sendo formada do material plástico, enquanto que o corpo de base é feito de um material plástico reforçado. As superfícies externas principais opostas do corpo de base são constituídas por camadas plásticas feitas de um primeiro material, pelo menos uma camada interna, sendo feita de um segundo mate- rial tendo uma maior rigidez do que o primeiro material, sendo proporcionada entre as ditas camadas plásticas.

A lâmina de raspar incorpora, portanto, componentes estruturas de rigidezes diferentes, enquanto que uma borda operacional plástica é pro- porcionada. A camada interna rígida, que pode constituir um núcleo da lâmi- na de raspar, é acomodada entre as camadas plásticas, as superfícies ex- ternas da lâmina de raspar sendo constituídas pelo material plástico. Desse modo, uma lâmina de raspar é proporcionada, que é, ao mesmo tempo, rígi- da e não-abrasiva. Os fragmentos oriundos do desgaste não são nocivos aos meios, e a lâmina de raspar proporciona qualidades de vedação. Devido ao fato de que as superfícies externas principais da lâmina de raspar são constituídas pelo material plástico, a lâmina de raspar não é submetida à ferrugem ou oxidação e a segurança para o usuário é melhorada.

De preferência, a camada interna é metálica, por exemplo, feita de aço. Alternativamente, a camada interna pode ser fabricada de um mate- rial rígido não-metálico, tal como, por exemplo, fibra de vidro ou fibra de car- bono.

De preferência, a espessura da região da lâmina é menor do que uma espessura do corpo de base. Isso permite proporcionar uma lâmina de raspar rígida com uma região da lâmina plana.

Vantajosamente, toda a região da lâmina é formada do material plástico, isto é, a camada interna não se estende para a borda operacional, mas há uma região da lâmina de raspar, adjacente à borda operacional, que é feita inteiramente do material plástico. Isso permite proporcionar uma bor- da operacional não-metálica que tem todas as vantagens das bordas opera- cionais não-metálicas conhecidas e que pode ser formada e fabricada como as bordas operacionais de lâminas de raspar não-metálicas conhecidas.

Alternativamente, a camada interna se estende substancialmen- te para a região da borda operacional, isto é, a borda operacional é constitu- ída pelo material plástico que é diretamente suportado pela respectiva região da camada interna rígida. A região da lâmina é projetada de tal modo que a borda operacional é sempre constituída pelo material plástico, mesmo após desgaste da lâmina de raspar. De preferência, a camada interna é firmemente aderida às ca- madas plásticas. Isso propicia uma alta rigidez, bem como uma alta durabili- dade da lâmina de raspar. Devido à firme fixação, todas as forças agindo nas superfícies plásticas externas podem ser transmitidas ao corpo de base rígido. Alternativamente, a camada interna não é presa nas camadas plásti- cas, mas retida dentro das camadas plásticas, devido à geometria das ca- madas plásticas, isto é, as camadas plásticas são formadas de tal modo que um espaço de retenção é formado, no qual o corpo de base é retido. É pos- sível fabricar uma lâmina de raspar que incorpora essa forma de retenção das camadas plásticas, bem como a firme fixação da camada interna nas camadas plásticas.

Para fixar firmemente a camada interna nas camadas plásticas, esses elementos são vantajosamente aderidos conjuntamente. Isso permite que se tenha grandes superfícies de fixação entre as camadas e, portanto, para uma ótima distribuição das forças que vão ser transferidas de uma ca- mada para outra. Podem ser usados meios de fixação alternativos, tais como rebites, ou as camadas plásticas bem como o corpo de base metálico apre- sentam superfícies de formas adequadas, por exemplo, perfis em cauda de andorinha interagindo.

Em uma concretização preferida da invenção, as camadas plás- ticas se projetam pelo lado longitudinal do corpo de base vizinho à lâmina operacional, e as regiões salientes das camadas plásticas são unidas entre si. Isso permite uma fácil fabricação de uma lâmina de raspar tendo uma região da lâmina plástica, bem como um corpo de base metálico.

De preferência, as camadas plásticas unidas, salientes constitu- em a região da lâmina com a borda operacional. Desse modo, toda a lâmina de raspar pode ser constituída, essencialmente de três componentes, isto é, de um corpo interno (núcleo) rígido oblongo, bem como de duas camadas plásticas da mesma extensão, tendo uma área de base, que é maior do que aquela do corpo interno e que são proporcionadas coextensivamente em ambas as superfícies principais opostas do corpo interno, de tal modo que uma região das camadas plásticas se projeta pelo lado longitudinal do corpo interno. Após união das regiões salientes das camadas plásticas, uma região da lâmina é formada, na qual uma borda operacional plástica pode ser facil- mente formada por retificação.

Vantajosamente, as camadas plásticas consistem em um filme de poliéster orientado. Os filmes correspondentes de espessuras adequadas são comercialmente disponíveis a custos comparativamente baixos. São dimensionalmente estáveis, apresentam uma alta resistência à tração e são especialmente bem-adequados para serem laminados.

Alternativamente, outros materiais plásticos são usados, por e- xemplo, os materiais plásticos reforçados com fibras (tais como fibras de carbono ou vidro).

De preferência, uma espessura de cada uma das camadas plás- ticas monta a pelo menos uma espessura da camada interna. As camadas plásticas não são apenas revestimentos do núcleo metálico, mas elementos estruturais deles mesmos. Em particular, a espessura de cada uma das ca- madas plásticas está na faixa de 0,1 - 0,5 mm, em particular na faixa de 0,15 - 0,4 mm, enquanto que a espessura da camada interna é na faixa de 0,05 - 0,3 mm, em particular na faixa de 0,1 - 0,25 mm. Essas espessuras de ca- madas propiciam a produção de lâminas de raspar que são ao mesmo tem- po rígidas e planas. Se a região da lâmina for constituída por duas camadas plásticas unidas, as supostas espessuras propiciam a formação de uma bor- da operacional com propriedades operacionais ótimas, para dosagem de tintas e revestimentos de superfícies gravadas.

Para fins especiais, é possível variar as espessuras de cama- das, bem como as razões das espessuras de camadas.

Uma lâmina de raspar de acordo com a invenção pode ser fabri- cada por:

a) proporcionar um núcleo oblongo plano tendo pelo menos uma camada interna;

b) dispor duas camadas plásticas em superfícies principais opos- tas do núcleo, de tal modo que as camadas plásticas se projetam por um lado longitudinal do núcleo; c) aderir firmemente as camadas plásticas no núcleo; e

d) aderir conjuntamente as camadas plásticas na região saliente. O núcleo pode ser constituído por um único elemento de peça

única tendo uma maior rigidez, ou por um elemento composto, que compre- ende pelo menos uma camada de reforço que é capaz de proporcionar esta- bilidade mecânica adicional ao núcleo.

De preferência, as camadas plásticas e a camada interna (ou o núcleo) são laminadas conjuntamente, isto é, as etapas c) e d) são conduzi- das por um processo de laminação, isto é, uma camada adesiva é propor- cionada entre as camadas, e, subseqüentemente, as camadas são unidas por uso de pressão e calor. Isso é feito vantajosamente por processamento de materiais não-laminados em um conjunto de cilindros impressores aque- cidos, rolos aquecidos e/ou rolos com uma fonte térmica próxima. A lamina- ção é um processo de custo efetivo, que propicia uma fixação firme de ca- madas vizinhas, bem como altas taxas de produção.

Alternativamente, a aspersão de resinas epóxi adesivas, que podem ser raspadas nas superfícies a ser fixadas entre si, ou técnicas de esterilização em autoclave pressurizada podem ser usadas.

Outras concretizações e combinações vantajosas de aspectos se originam da descrição detalhada apresentada abaixo e da totalidade das reivindicações.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Os desenhos usados para explicar as concretizações mostram: figura 1 - uma vista em seção transversal de uma primeira con- cretização da lâmina de raspar de acordo com a invenção;

figura 2 - uma vista em seção transversal de uma segunda con- cretização da lâmina de raspar de acordo com a invenção; e

figuras 3A - C - uma representação esquemática de um proces- so inventivo para a manufatura de uma lâmina de raspar.

Nas figuras, os componentes idênticos recebem os mesmos símbolos de referência. CONCRETIZAÇÕES PREFERIDAS A Figura 1 mostra uma vista em seção transversal de uma pri- meira concretização de uma lâmina de raspar de acordo com a invenção, ao longo de um plano perpendicular à extensão longitudinal da lâmina de ras- par. A vista é esquemática; as dimensões não estão em escala. A lâmina de raspar 1 compreende um corpo de núcleo 2, feito de aço, bem como duas camadas plásticas 3, 4 dispostas em ambos os lados do corpo de núcleo 2.

O corpo de núcleo 2 tem uma forma alongada, o comprimento dele corres- pondente ao comprimento da própria lâmina de raspar 1. Deve-se notar que a lâmina de raspar 1 pode ser proporcionada a um determinado comprimen- to adaptado à máquina na qual vai ser usada, ou a um comprimento fixo (por exemplo, em um rolo de 100 m) para corte dos comprimentos desejados.

A largura do corpo de núcleo 2 (isto é, a extensão ao longo do plano principal da lâmina de raspar, perpendicular à extensão longitudinal) é cerca de 40 mm; a sua espessura é cerca de 0,15 mm. As camadas plásti- cas 3, 4 têm um comprimento que corresponde ao comprimento do corpo de núcleo 2, isto é, ao comprimento de toda a lâmina de raspar 1. A largura de- las é cerca de 45 mm, isto é, ligeiramente maiores do que a largura do corpo de núcleo 2. As camadas plásticas 3, 4 são constituídas por folhas produzi- das de poliéster orientado. Nos seus lados internos voltados entre si e para o corpo de núcleo 2, as folhas são dotadas com um revestimento adesivo 3a, 4a. A espessura das camadas plásticas 3, 4 é cerca de 0,18 mm, a espessu- ra dos revestimentos 3a, 4a é cerca de 0,05 mm. Portanto, a espessura da lâmina de raspar, medida na região do corpo de base 1a, é cerca de 0,61 mm.

Ao longo da largura das camadas plásticas 3, 4, se projetam por ambos os lados longitudinais do corpo de núcleo 2. As partes salientes das camadas 3, 4 são unidas entre si em ambos os lados do corpo de núcleo 2. A fixação das camadas plásticas 3, 4 no corpo de núcleo 2, bem como entre si, é feita pelos revestimentos adesivos 3a, 4a, que tenham sofrido um pro- cesso de laminação, conjuntamente com os outros elementos da lâmina de raspar 1 (consultar abaixo as Figuras 3A - C).

Em um lado do corpo de núcleo 2, as camadas plásticas 3, 4 são retificadas de tal modo que uma região Iamelar 1c, apresentando uma borda operacional chanfrada 5, seja formada. Para esse fim, a espessura da ca- mada plástica 3 foi reduzida substancialmente em uma parte dianteira, de modo que a espessura da região Iamelar 1c (espessura da borda) monta a cerca de 0,30 mm. A outra camada plástica 4 foi, chanfrada de tal modo que a sua largura é máxima na superfície de contato com a outra camada 3. Um ângulo entre a borda operacional chanfrada 5 e o plano principal da lâmina de raspar 1 é cerca de 50°. A largura da região Iamelar 1c (largura da borda) monta a cerca de 1,5 mm. Em suma, a lâmina de raspar 1 apresenta três regiões de diferentes espessuras, isto é, o corpo de base 1a com uma ca- mada metálica apertada entre duas camadas plásticas e tendo uma primeira espessura, uma região de transição 1b adjacente ao corpo de base 1a que é constituída de duas camadas plásticas adjacentes e que tem uma segunda espessura, que é menor do que a primeira espessura, e a região Iamelar 1c de novo constituída das duas camadas plásticas adjacentes, em que a es- pessura de uma das camadas é reduzida, a região Iamelar 1c tendo uma terceira espessura, que é de novo menor do que a segunda espessura.

A Figura 2 mostra uma vista em seção transversal de uma se- gunda concretização de uma lâmina de raspar, de acordo com a invenção. De novo, a vista é esquemática e as dimensões não estão em escala. A construção básica da segunda concretização corresponde à primeira concre- tização discutida acima, em conjunto com a Figura 1. Os componentes simi- lares da segunda concretização são denotados pelos números de referência que correspondem aos números de referência da Figura 1, aumentados por 10.

A lâmina de raspar 11 compreende um corpo de núcleo 12 feito de aço, bem como duas camadas plásticas 13, 14 dispostas em ambos os lados do corpo de núcleo 12. O corpo de núcleo 12 tem uma forma alonga- da, o comprimento dele correspondente ao comprimento da própria lâmina de raspar 11. A largura do corpo de núcleo 12 (isto é, a extensão ao longo do plano principal da lâmina de raspar, perpendicular à extensão longitudi- nal) é cerca de 40 mm; a sua espessura é cerca de 0,15 mm. O comprimen- to das camadas plásticas 13, 14 corresponde ao comprimento do corpo de núcleo 12, isto é, ao comprimento de toda a lâmina de raspar 11. A largura delas é cerca de 45 mm, isto é, ligeiramente maior do que a largura do corpo de núcleo 12. As camadas plásticas 13, 14 são constituídas por folhas pro- duzidas de poliéster orientado. Nas suas faces internas voltadas entre si e para o corpo de núcleo 12, as folhas são dotadas com um revestimento ade- sivo 13a, 14a. A espessura das camadas plásticas 13, 14 é cerca de 0,18 mm, a espessura dos revestimentos 13a, 14a é cerca de 0,05 mm. Portanto, a espessura da lâmina de raspar, medida na região do corpo de base 11a, é cerca de 0,61 mm.

Ao longo da largura das camadas plásticas 13, 14, projetam-se pelos lados longitudinais do corpo de núcleo 12, enquanto que as partes sa- lientes das camadas 13, 14 são unidas entre si em ambos os lados do corpo de núcleo 12. A fixação das camadas plásticas 13, 14 no corpo de núcleo 12, bem como entre si, é feita pelos revestimentos adesivos 13a, 14a que tenham sofrido um processo de laminação juntamente com os outros ele- mentos da lâmina de raspar 1 (consultar abaixo as Figuras 3A - C).

Em um lado do corpo de núcleo 12, ambas as camadas plásticas 13, 14 são chanfradas de modo que uma borda operacional em forma de cunha 15 seja formada. O ângulo de cunha monta a cerca de 30°. Em suma, a lâmina de raspar 11 apresenta o corpo de base 11a com uma camada me- tálica apertada entre duas camadas plásticas, uma região de transição 11b adjacente ao corpo de base 11a constituída de duas camadas plásticas ad- jacentes e que tem uma espessura que é menor do que a espessura do cor- po de base 11a, e a região de borda chanfrada 11c de novo constituída pe- las duas camadas plásticas adjacentes, tendo uma espessura variável.

As Figuras 3A - C proporcionam uma representação esquemáti- ca de um processo inventivo para a manufatura de uma lâmina de raspar, considerando como exemplo a segunda concretização descrita acima. Pri- meiramente, como ilustrado na Figura 3A, um corpo de núcleo metálico ob- Iongo 12 é apertado entre duas folhas plásticas (camadas 13, 14). Nos seus lados internos, voltados para o corpo de núcleo 12, as folhas são dotadas com uma camada adesiva 13a, 14a. A largura das folhas excede a largura do corpo de núcleo 12, e as camadas 13, 14 são dispostas de modo que se projetam por ambos os lados longitudinais do corpo de núcleo 12.

A seguir, o corpo de núcleo 12, bem como as camadas plásticas 13, 14, são laminados conjuntamente. São processados por um conjunto de cilindros impressores aquecidos, rolos aquecidos e/ou rolos com uma fonte térmica próxima. A velocidade de transporte monta a 30 cm por minuto, a uma pressão de 0,35 kg/cm2. A temperatura é adaptada aos materiais usa- dos, bem como às dimensões das camadas a serem laminadas, por exem- plo, cerca de 150°C. Durante o processo de laminação, as partes salientes de ambas as camadas 13, 14 são deformadas simetricamente de tal modo que se aproximam entre si, até que as suas superfícies internas, que são dotadas com camadas adesivas 13a, 14a, sejam postas em contato entre si em uma grande área (consultar a Figura 3B). Durante a laminação, as ca- madas 13, 14 são, desse modo, firmemente presas ao corpo de núcleo 12, bem como entre si.

Finalmente, uma das partes externas da peça em trabalho lami- nada, constituída pelas duas camadas plásticas 13, 14, é trabalhada por reti- ficação. Ambas as camadas plásticas 13, 14 são chanfradas, de modo que uma borda operacional em forma de cunha 15 é formada (consultar a Figura 3C). O resultado do processo de retificação (ou afiamento) é uma borda ope- racional perfeitamente reta e uniforme, para apoio no cilindro de impressão.

Deve-se notar que a descrição acima se refere a apenas dois exemplos de lâminas de raspar de acordo com a invenção. No entanto, vá- rias propriedades ou aspectos das lâminas de raspar podem ser seleciona- dos diferentemente do que no contexto desses exemplos. Por exemplo, as dimensões absolutas bem como as relativas (larguras, espessuras, etc.) po- dem ser variadas para adaptação da lâmina de raspar à aplicação específi- ca. A forma da lâmina de raspar, especialmente da região da borda, pode ser também adaptada à aplicação concreta. De modo similar, os materiais para ambos os componentes interno e externo da lâmina de raspar podem ser selecionados diferentemente. Dependendo dos materiais usados e das suas dimensões, os parâmetros caracterizando o processo de laminação descrito acima têm que ser adaptados. É ainda possível usar outro tipo de processo para fixação das camadas plásticas no corpo de núcleo e entre si.

As duas camadas plásticas podem ser constituídas de diferentes materiais, se, por exemplo, a densidade ou dureza de uma das camadas tiver que ser selecionada diferentemente dos respectivos parâmetros da ou- tra camada. Além do mais, é possível empregar camadas plásticas ou metá- licas adicionais, especialmente na região do corpo de base.

Em suma, deve-se notar que a invenção cria uma lâmina de ras- par, que combina os benefícios de ambas as lâminas de raspar metálicas e não-metálicas, enquanto reduz ou elimina os aspectos negativos de ambas.

Claims

1. Lâmina de raspar, em particular para a dosagem de tintas e revestimentos de uma superfície gravada, a lâmina de raspar (1; 11) tendo um corpo de base oblongo plano (1a; 11a), uma região de lâmina (1c; 11c) com uma borda operacional (5; 15) sendo formada em um dos lados longitu- dinais do corpo de base (1a; 11a), a região da lâmina (1c; 11c) sendo feita, pelo menos parcialmente, de um material plástico (3, 4; 13, 14), a borda ope- racional (5; 15) sendo formada do material plástico (3, 4; 13, 14) e o corpo de base (1a; 11a) sendo feito de um material plástico reforçado (2, 3, 4; 12, -13, 14), caracterizada pelo fato de que as superfícies externas principais o- postas do corpo de base (1a; 11a) são constituídas por camadas plásticas (3, 4; 13, 14) feitas de um primeiro material, pelo menos uma camada interna (2; 12) feita de um segundo material, tendo uma maior rigidez do que o pri- meiro material, sendo proporcionada entre as ditas camadas plásticas (3, 4; 13,14).

2. Lâmina de raspar de acordo com a reivindicação 1, na qual o segundo material é metálico.

3. Lâmina de raspar de acordo com a reivindicação 1 ou 2, na qual uma espessura da região da lâmina (1c; 11c) é menor do que uma es- pessura do corpo de base (1a; 11a).

4. Lâmina de raspar de acordo com a reivindicação 1 ou 3, na qual toda a região da lâmina (1c; 11c) é formada de material plástico (3, 4; 13, 14).

5. Lâmina de raspar de acordo com qualquer uma das reivindi- cações de 1 a 4, em que a camada interna (2; 12) é aderida firmemente nas camadas plásticas (3, 4; 13, 14).

6. Lâmina de raspar de acordo com a reivindicação 5, na qual as camadas plásticas (3, 4; 13, 14) são aderidas à camada interna (2; 12).

7. Lâmina de raspar de acordo com a reivindicação 6, na qual as camadas plásticas (3, 4; 13, 14) e a camada interna (2; 12) são laminadas conjuntamente.

8. Lâmina de raspar de acordo com qualquer uma das reivindi- cações de 1 a 7, na qual as camadas plásticas (3, 4; 13, 14) se projetam pe- lo lado longitudinal do corpo de base (1a; 11a) vizinho à lâmina operacional (5; 15), e em que as camadas plásticas (3, 4; 13, 14) são unidas na região de projeção.

9. Lâmina de raspar de acordo com a reivindicação 8, na qual as camadas plásticas unidas (3, 4; 13, 14) constituem a região da lâmina (1c; -11c) com a borda operacional (5; 15).

10. Lâmina de raspar de acordo com qualquer uma das reivindi- cações de 1 a 9, na qual as camadas plásticas (3, 4; 13, 14) consistem em um poliéster orientado.

11. Lâmina de raspar de acordo com qualquer uma das reivindica- ções de 1 a 10, na qual uma espessura de cada uma das camadas plásticas (3, -4; 13,14) monta a pelo menos uma espessura da camada interna (2; 12).

12. Lâmina de raspar de acordo com a reivindicação 11, na qual a espessura de cada uma das camadas plásticas (3, 4; 13, 14) está na faixa de 0,1 - 0,5 mm, em particular na faixa de 0,15 - 0,4 mm, e em que a espes- sura da camada interna (2; 12) está na faixa de 0,05 - 0,3 mm, em particular na faixa de 0,1 - 0,25 mm.

13. Método de produção de uma lâmina de raspar (1), compre- endendo as etapas de: a) proporcionar um núcleo oblongo plano (2; 12) tendo pelo me- nos uma camada interna; b) dispor duas camadas plásticas (3, 4; 13, 14) em superfícies principais opostas do núcleo (2; 12), de tal modo que as camadas plásticas (3, 4; 13, 14) se projetam por um lado longitudinal do núcleo (2; 12); c) aderir firmemente as camadas plásticas (3, 4; 13, 14) no nú- cleo (2; 12); e d) aderir conjuntamente as camadas plásticas (3, 4; 13, 14) na região de projeção.

14. Método de acordo com a reivindicação 13, no qual as cama- das plásticas (3, 4; 13, 14) são fixadas no núcleo 2; 12), bem como unidas conjuntamente por laminação.