BR112017016776B1 - Composição e combinação farmacêutica compreendendo um composto d, um inibidor de egfr e/ou um anticorpo egfr - Google Patents

Composição e combinação farmacêutica compreendendo um composto d, um inibidor de egfr e/ou um anticorpo egfr Download PDF

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Abstract

COMBINAÇÕES DE MODULADORES DUPLOS DE IRS/STAT3 E AGENTES ANTICÂNCER PARA O TRATAMENTO DE CÂNCER. A presente invenção se refere ao tratamento de câncer usando terapia de combinação compreendendo um modulador duplo de Substrato de Receptor de Insulina (IRS) e transdutor de sinal e ativador da transcrição 3 (Stat3), em combinação com (i) um modulador de uma proteína quinase (PK) selecionada dentre um inibidor do Fator de Crescimento Epidérmico (inibidor de EGFR) e anticorpo EGFR; (ii) um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR); (iii) um inibidor da proteína quinase ativada por mitógeno (MEK); (iv) um inibidor de B-Raf mutado; (v) um agente quimioterápico como Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan e Oxaliplatina; e (vi) certas combinações dos mesmos. A combinação pode ser usada para tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de EGFR, anticorpo EGFR, inibidor de mTOR, inibidor de MEK, inibidor de B- Raf mutado, agentes quimioterápicos, e certas combinações dos mesmos, ou para prevenir a resistência adquirida de um tumor a qualquer um de ditos inibidores ou agentes, ou para prevenir a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com qualquer um de ditos inibidores ou agentes ou uma combinação dos mesmos. A combinação provê (...).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[0001] A presente invenção se refere ao tratamento de câncer usando terapia de combinação compreendendo um modulador duplo de Substrato de Receptor de Insulina (IRS) e transdutor de sinal e ativador da transcrição 3 (Stat3), em combinação com (i) um modulador de uma proteína quinase (PK) selecionada dentre um inibidor do Fator de Crescimento Epidérmico (inibidor de EGFR) e anticorpo EGFR; (ii) um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR); (iii) um inibidor da proteína quinase ativada por mitógeno (MEK); (iv) um inibidor de B-Raf mutado; (v) um agente quimioterápico como Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan e Oxaliplatina; e (vi) certas combinações dos mesmos. A combinação pode ser usada para tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de EGFR, anticorpo EGFR, inibidor de mTOR, inibidor de MEK, inibidor de B-Raf mutado, agentes quimioterápicos, e certas combinações dos mesmos, ou para prevenir a resistência adquirida de um tumor a qualquer um de ditos inibidores ou agentes, ou para prevenir a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com qualquer um de ditos inibidores ou agentes ou uma combinação dos mesmos. A combinação provê um efeito terapêutico que é pelo menos aditivo e é preferencialmente sinérgico. A presente invenção se refere adicionalmente ao tratamento de câncer usando terapia de combinação compreendendo um modulador duplo de IRS e Stat3 em combinação com um agente de imunoterapia. A combinação pode ser usada para sensibilizar um tumor à imunoterapia.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[0002] Tirfostinas são uma família de inibidores da proteína tirosina quinase, projetados para imitar o substrato tirosina, o ATP e podem inibir alostericamente a enzima (Levitzki et al., Science (1995), 267:1782-88; Levitzki et al., Biochem. Pharm. (1990), 40:913-920; Levitzki et al., FASEB J. (1992), 6:3275-3282; Pat. Nos. US5.221.999 e 5.773.476, Posner et al., Mol. Pharmacol. (1994), 45:673-683). Os farmacóforos dessas tirfostinas e, em particular, as tirfostinas do tipo benzilideno malonitrila, são o anel catecol hidrofílico e o radical mais lipofílico ciano-vinila substituído. Estudos cinéticos mostraram que alguns compostos de tirfostina são inibidores competitivos puros em relação aos substratos tirosina, enquanto para o sítio de ligação ao ATP eles atuam como inibidores não competitivos (Yaish et al., Science (1988), 242:933-935; Gazit et al., J. Med. Chem. (1989), 32:2344-2352). No entanto, muitas tirfostinas mostraram inibição competitiva tanto contra o substrato quanto o sítio de ligação ao ATP ou competitiva mista (Posner et al., Mol. Pharmacol. (1994), 45:673-683).
[0003] Em um grupo relacionado de tirfostinas, o anel catecol hidrofílico foi trocado por grupos dicloro- ou dimetoxifenila lipofílicos, para render inibidores de EGFR quinase, eficazes na faixa micromolar baixa (Yoneda et al., Cancer Res. (1991), 51: 4430-4435). Essas tirfostinas foram administradas adicionalmente a camundongos nude portadores de tumor juntamente com anticorpos monoclonais anti-EGFR a uma dose subótima para proporcionar uma inibição marcadamente potencializada do crescimento tumoral.
[0004] WO 2008/068751 de alguns dos inventores da presente invenção, divulga compostos com propriedades inibitórias aumentadas do receptor do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF1R), receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGFR), receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) e ativação e sinalização do receptor de insulina (IR) relacionado ao IGF1R.
[0005] WO 2009/147682 de alguns dos inventores da presente invenção divulga compostos que atuam como moduladores da sinalização da proteína quinase (PK) e quinase de receptor (RK). São divulgados adicionalmente em WO 2009/147682 métodos de preparação de tais compostos, composições farmacêuticas incluindo tais compostos e métodos de uso desses compostos e composições, especialmente como agentes quimioterápicos para prevenções e tratamentos de distúrbios relacionados com a PK e RK, tais como distúrbios metabólicos, inflamatórios, fibróticos e distúrbios proliferativos celulares, em particular, câncer.
[0006] WO 2012/117396 de alguns dos inventores da presente invenção descreve combinações dos compostos de WO 2008/068751 ou WO 2009/147682 com agentes anticâncer para o tratamento de câncer.
[0007] Os cânceres tratados com rádio ou quimioterapia convencional ou outros agentes anticâncer frequentemente desenvolvem resistência a esses tratamentos, levando, em última instância, a doença recorrente que muitas vezes tem um fenótipo mais agressivo do que o observado no momento do diagnóstico original (Li et al., J. Med. Chem. (2009), 52(16): 4981-5004).
[0008] De acordo com princípios para seleção de agentes para uso em regimes combinados de quimioterapia, podem-se combinar drogas com diferentes mecanismos de ação e com efeitos citotóxicos aditivos ou sinérgicos sobre o tumor (Pazdur et al., Chapter 3: Principles of Oncologic Pharmacotherapy (2005), 9th Edition:23-42). A terapia multiagentes tem três vantagens teóricas importantes em relação à terapia com somente um agente. Primeiramente, ela pode maximizar a morte celular, minimizando as toxicidades do hospedeiro através do uso de agentes com toxicidades limitantes por dose não sobrepostas. Em segundo lugar, ela pode aumentar a faixa de atividade da droga contra células tumorais com resistência endógena a tipos específicos de terapia. Finalmente, também pode prevenir ou desacelerar o desenvolvimento de células tumorais recém-resistentes. Praticamente quase todos os regimes de quimioterapia curativa para câncer empregam combinações de medicamentos multiagentes (Frei e Eder, Cancer medicine (2003), 11: 817-837).
[0009] Uma família de agentes anticâncer relativamente novos são inibidores (por exemplo, anticorpos e moléculas pequenas) de quinases específicas ou outras enzimas de sinalização envolvidas nas vias mitogênica, antiapoptótica, angiogênica ou metastática nas células cancerosas. Exemplos de drogas aprovadas inclusas nessa família são os bloqueadores de EGFR e/ou HER2 (por exemplo, as pequenas moléculas gefitinib, erlotinib, lapatinib ou anticorpos como trastuzumab (Herceptin®) e cetuximab (Erbitux®)), inibidores de B-Raf (por exemplo, PLX-4032, sorafenib), inibidores de quinase da família BCR-ABL e/ou Src (por exemplo, imatinib, dasatinib, nilotinib), inibidores de VEGFR/PDGFR e/ou de quinases múltiplas (por exemplo, bevacizumab (Avastin®), sorafenib, sunitinib e pazopanib) e inibidores do proteassoma (por exemplo, bortezomib (Velcade®)) etc. Vários inibidores de EGFR foram aprovados pela FDA como Tarceva (Erlotinib) em 2004, Iressa (Gefitinib) em 2003 e Lapatinib em 2010, bem como anticorpos contra EGFR.
[0010] Outra família de agentes anticâncer são inibidores do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR). O mTOR (também chamado de FRAP (proteína associada à FKBP-rapamicina), RAFT (rapamicina e alvo FKBP), RAPT1 ou SEP) é uma serina/treonina quinase, a qual pertence à família das quinases relacionadas à fosfatidilinositol-3 quinase (PI3K) (PIKKs). O mTOR funciona como um controlador central de crescimento, proliferação, metabolismo e angiogênese, mas sua sinalização é desregulada em várias doenças humanas, especialmente em certos cânceres, como carcinoma de células renais e câncer de mama. No câncer, o mTOR é frequentemente hiperativado, o que promove o desenvolvimento e a progressão do câncer. O desenvolvimento recente fez com que o tratamento do câncer se movesse de drogas citotóxicas convencionais para agentes que visam a proteínas específicas, como o mTOR, chamadas inibidores de mTOR. Um inibidor de mTOR comum, a rapamicina (Sirolimus), é um produto bacteriano que inibe o mTOR associando-se ao seu receptor intracelular. Dois inibidores de mTOR, Temsirolimus (CCI-779) e Everolimus (Afinitor,RAD-001), os quais são derivados da rapamicina, são aprovados para o tratamento de pacientes com carcinoma de células renais avançado (RCC) e linfoma de células do manto. Outros exemplos de inibidores de mTOR incluem Ridaforolimus (Deforolimus, AP23573) e NVP-BEZ235, o qual é um inibidor duplo de PI3K e mTOR.
[0011] A primeira geração de inibidores de mTOR, como a rapamicina, mostra certas limitações ao bloquear apenas a isoforma C1, induzindo a ativação por feedback de AKT e mostrando resistência à segunda isoforma mTORC2. Um painel de agentes de segunda geração que podem inibir tanto o mTORC1 quanto o mTORC2 visando a domínios quinases com alto grau de seletividade está sendo desenvolvido. Exemplos de inibidores de mTOR de segunda geração incluem OSI-027 (OSI Pharmaceuticals), XL765 (Exelixis), INK128, MLN0128, AZD2014, DS- 3078a e Palomid529.
[0012] Nas últimas décadas, a imunoterapiase tornou uma parte importante do tratamento de alguns tipos de câncer. O objetivo da imunoterapia contra o câncer é permitir que o sistema imune do paciente reconheça e mate especificamente células cancerosas. O transdutor de sinal e o ativador da transcrição 3 (Stat3) são muitas vezes ativados em câncer e diretamente envolvidos na implementação e manutenção do microambiente imunossupressor do câncer e desempenham um papel central na evasão imune do tumor.
[0013] Existe uma necessidade insatisfeita de combinações que sejam úteis para o tratamento do câncer, preferencialmente provendo pelo menos efeitos terapêuticos aditivos. Combinações de drogas de diferentes categorias são úteis para prevenir ou superar a emergência de tumores resistentes a drogas.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0014] A presente invenção se refere a composições e métodos para o tratamento de câncer, através da administração de uma combinação compreendendo pelo menos um composto que é um modulador duplo de Substrato de Receptor de Insulina (IRS) e transdutor de sinal e ativador da transcrição 3 (Stat3), por exemplo, um composto de fórmula (III) ou (IV), ou qualquer um dos compostos abrangidos por essas fórmulas, em combinação com (i) um modulador de uma proteína quinase (PK) selecionada dentre um inibidor do Fator de Crescimento Epidérmico (inibidor de EGFR) e anticorpo EGFR; (ii) um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR); (iii) um inibidor da proteína quinase ativada por mitógeno (MEK); (iv) um inibidor de B-Raf mutado; (v) um agente quimioterápico como Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan e Oxaliplatina; e (vi) certas combinações dos mesmos. A presente invenção se refere ainda ao tratamento do câncer usando terapia de combinação compreendendo um modulador duplo de IRS e Stat3, por exemplo, um composto de fórmula (III) ou (IV), ou qualquer um dos compostos cobertos por essas fórmulas, em combinação com um agente imunoterapêutico.
[0015] Os compostos descritos neste documento são moduladores da sinalização do Substrato do Receptor de Insulina 1 (IRS1) e/ou do Substrato do Receptor de Insulina 2 (IRS2). Consequentemente, esses compostos são referidos neste documento como "moduladores de IRS". Em algumas modalidades, os compostos são inibidores de IRS1 e/ou de IRS2. Em outras modalidades, os compostos da invenção são inibidores do receptor do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1R). Como tal, esses compostos são úteis na inibição, tratamento ou prevenção de distúrbios relacionados à sinalização por IGF-1R e/ou IRS1 e/ou IRS2, por exemplo, câncer. Em algumas modalidades, os compostos desencadeiam qualquer um ou mais dentre os seguintes, em qualquer ordem: (i) dissociação de IRS1 e/ou IRS2 da membrana celular; (ii) fosforilação de serina dos substratos diretos de IGF-1R IRS1 e/ou IRS2; e/ou (iii) degradação de IRS1 e/ou IRS2, provendo, assim, efeitos prolongados que potencializam a atividade inibitória desses compostos. Em outras modalidades, os compostos também são inibidores do receptor de insulina (IR) relacionado à IGF1R, ou proteínas afetadas ou mediadas por essas PTKs ou que fazem parte da via de transdução de sinal mediada por PTK.
[0016] O IRS é regulado negativamente por elementos à jusante de EGFR, bem como por mTOR/S6K. Portanto, o tratamento de pacientes com drogas que inibam esses alvos pode resultar, como efeito colateral, na elevação dos níveis de IRS e na ativação de uma via de sobrevivência central para AKT. De acordo com os princípios da presente invenção, esse mecanismo de feedback que conduz à resistência à droga pode ser reprimido pela combinação do destruidor de IRS com o tratamento, como demonstrado neste documento.
[0017] Os compostos aqui descritos também são moduladores do transdutor de sinal e do ativador de transcrição 3 (Stat3). Consequentemente, esses compostos também são referidos neste documento como "moduladores de Stat3". Em algumas modalidades, os compostos conduzem à inibição da fosforilação de Stat3 em células cancerosas. Os níveis aumentados da fosforilação de Stat3 são detectados em vários cânceres e cânceres resistentes a drogas, levando a uma maior sobrevivência ao câncer. Além disso, o tratamento de cânceres com drogas inibidoras de PK leva à indução da fosforilação de Stat3, como demonstrado neste documento. Sem o desejo de se limitar por qualquer teoria ou mecanismo de ação específico, contempla-se que a inibição da atividade de Stat3 com os compostos da presente invenção pode entrar em sinergia com tais drogas inibidoras de PK, as quais, como efeito colateral, aumentam a produção de Stat3, pode prevenir a resistência adquirida a tais drogas e pode ser eficaz para cânceres resistentes a drogas.
[0018] Devido ao seu duplo efeito sobre IRS e Stat3, os compostos são descritos adicionalmente neste documento como "moduladores duplos de IRS/Stat3".
[0019] Assim, em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método de tratamento de um tumor que desenvolveu resistência a um inibidor de Receptor de Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0020] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a um método de prevenção da resistência adquirida de um tumor a um inibidor de Receptor de Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0021] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a um método de prevenção ou atraso da recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de EGFR e/ou um anticorpo EGFR em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0022] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV), em combinação com um inibidor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR.
[0023] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III), em combinação com um inibidor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR, em que o inibidor de EGFR é selecionado dentre o grupo que consiste em erlotinib, gefitinib, lapatinib, vandetanib, neratinib, icotinib, afatinib, dacomitinib, poziotinib, AZD9291, CO-1686, HM61713 e AP26113, e em que o anticorpo EGFR é selecionado dentre o grupo que consiste em trastuzumab, necitumumab cetuximab e panitumumab, preferencialmente em que o inibidor de EGFR é erlotinib ou afatinib e/ou em que o anticorpo EGFR é cetuximab.
[0024] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV), em combinação com um inibidor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR.
[0025] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente às combinações farmacêuticas como descrito acima para uso no tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR.
[0026] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente ao uso das combinações descritas acima para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, ou para a prevenção da resistência adquirida a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR.
[0027] Em uma modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (III). Em outra modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (IV). Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0028] Em algumas modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer com tumores com resistência adquirida ao inibidor de EGFR e/ou tratamento com anticorpo EGFR. Em outras modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo tratamento com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR ou é um candidato para receber tal tratamento. Em outras modalidades, o tratamento resulta em atenuação ou regressão do crescimento dos tumors resistentes.
[0029] Em algumas modalidades, o inibidor de EGFR é selecionado dentre o grupo que consiste em erlotinib, gefitinib, lapatinib, vandetanib, neratinib, icotinib, afatinib, dacomitinib, poziotinib, AZD9291, CO-1686, HM61713 e AP26113. Em uma modalidade atualmente preferencial, o inibidor de EGFR é erlotinib. Em outra modalidade atualmente preferencial, o inibidor de EGFR é afatinib. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0030] Em algumas modalidades, o anticorpo EGFR é selecionado dentre o grupo que consiste em trastuzumab, necitumumab, cetuximab e panitumumab. Em uma modalidade atualmente preferencial, o anticorpo EGFR é cetuximab.
[0031] Em algumas modalidades, o composto é um composto de fórmula (III), representado pela estrutura de fórmula D em combinação com erlotinib ou afatinib.
[0032] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula (III), representado pela estrutura de fórmula D, em combinação com cetuximab.
[0033] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula (III), representado pela estrutura de fórmula D, em combinação com afatinib e cetuximab.
[0034] Em algumas modalidades, o tratamento de combinação inclui um composto de fórmula (III) ou (IV), e um anticorpo EGFR ou um inibidor de EGFR. Em outras modalidades, o tratamento de combinação inclui um composto de fórmula (III) ou (IV), e tanto um anticorpo EGFR quanto um inibidor de EGFR. Em algumas modalidades atualmente preferenciais, o inibidor de EGFR é erlotinib ou afatinib, e o anticorpo EGFR é cetuximab.
[0035] Em uma modalidade específica, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula D em combinação com erlotinib. Em uma modalidadesespecífica, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula D em combinação com afatinib. Em outra modalidade específica, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula D em combinação com cetuximab. Em outra modalidade específica, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula D em combinação com afatinib e cetuximab.
[0036] Em outros aspectos, verificou-se que uma combinação de um modulador duplo de Substrato de Receptor da Insulina (IRS) e transdutor de sinal e ativador de transcrição 3 (Stat3), como descrito neste documento, e um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR) provê um efeito terapêutico que é pelo menos aditivo e é preferencialmente sinérgico em comparação com o efeito do tratamento de cada agente isoladamente. Além disso, a combinação pode ser usada para tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de mTOR e/ou para prevenir a resistência adquirida de um tumor ao inibidor de mTOR e/ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR).
[0037] Consequentemente, em uma modalidade, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) e pelo menos um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR), em que o composto e o pelo menos um inibidor de mTOR juntos proveem um efeito terapêutico anticâncer sinérgico.
[0038] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a um método de tratamento do câncer compreendendo a etapa de administrar ao sujeito em necessidade da mesma uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV), e pelo menos um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR), em que o composto e pelo menos um inibidor de mTOR juntos proveem um efeito terapêutico sinérgico.
[0039] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a um método de tratamento de um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR), o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de mTOR em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0040] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a um método de prevenção da resistência adquirida de um tumor a um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR), o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de mTOR em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0041] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a um método de prevenção ou atraso da recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR), o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de mTOR em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0042] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente à combinação farmacêutica como descrito acima para uso no tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de mTOR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de mTOR, ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de mTOR.
[0043] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente ao uso da combinação descrita acima para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de mTOR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de mTOR, ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de mTOR.
[0044] Em uma modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (III). Em outra modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (IV). Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0045] Em alguma modalidade, o tumor está presente em um paciente com câncer com tumores com resistência adquirida ao tratamento com o inibidor de mTOR. Em outras modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo tratamento com um inibidor de mTOR ou é um candidato para receber tal tratamento. Em outras modalidades, o tratamento resulta em atenuação ou regressão do crescimento dos tumores resistentes.
[0046] Qualquer inibidor de mTOR conhecido por uma pessoa versada na técnica pode ser usado nas combinações da presente invenção. Em algumas modalidades, o inibidor de mTOR é selecionado dentre o grupo que consiste em rapamicina (Sirolimus), Ridaforolimus (Deforolimus, AP23573), NVP-BEZ235, Everolimus (Afinitor, RAD-001), Temsirolimus (CCI-779), OSI-027, XL765, INK128, MLN0128, AZD2014, DS-3078a e Palomid529. Em uma modalidade atualmente preferencial, o inibidor de mTOR é Everolimus.
[0047] Em uma modalidade específica, o composto é representado pela estrutura de fórmula D e o inibidor de mTOR é Everolimus (Afinitor).
[0048] Em algumas modalidades, o indivíduo ou paciente com câncer é um humano.
[0049] Em outros aspectos, verificou-se que os moduladores duplos de IRS e Stat3 podem ser usados para sensibilizar um tumor para a imunoterapia. Sabe-se que Stat3 é muitas vezes ativado no câncer e está diretamente envolvido na implementação e manutenção do microambiente imunossupressor do câncer e desempenha um papel central na evasão imune do tumor. Sem o desejo de se limitar a qualquer teoria ou mecanismo de ação particular, contempla-se que a inibição da fosforilação de Stat3 com os compostos da presente invenção desmascara o tumor em relação ao sistema imune local e o sensibiliza para imunoterapia, por exemplo, anticorpos contra PDLs, PD1, CTLA4 ou quaisquer outros agentes de imunoterapia.
[0050] Assim, em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método de sensibilização de um tumor para imunoterapia, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) em combinação com um agente de imunoterapia.
[0051] Em outra modalidade, a presente invenção se refere adicionalmente a uma combinação farmacêutica que compreende um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV), em combinação com um agente de imunoterapia.
[0052] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente a uma combinação compreendendo um composto de fórmula (III) ou (IV) com um agente de imunoterapia, para uso na sensibilização de um tumor para a imunoterapia.
[0053] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente ao uso de uma combinação compreendendo um composto de fórmula (III) ou (IV) com um agente de imunoterapia para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor através da sensibilização do tumor para a imunoterapia.
[0054] Em uma modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (III). Em outra modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (IV). Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0055] Em algumas modalidades, o agente de imunoterapia usado em combinação com o composto descrito acima é um anticorpo contra um alvo selecionado dentre o grupo que consiste em PDL, PD1, CTLA4, CD20, CD30, CD33, CD52, VEGF, CD30, EGFR e ErbB2. Em algumas modalidades, o anticorpo é selecionado dentre o grupo que consiste em Alemtuzumab, Bevacizumab, Brentuximab vedotin, Cetuximab, Gemtuzumab ozogamicina, Ibritumomab tiuxetan, Ipilimumab, Ofatumumab, Panitumumab, Rituximab, Tositumomab e Tratuzumab. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0056] Em algumas modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo imunoterapia ou é um candidato para receber imunoterapia.
[0057] Em outros aspectos, verificou-se que uma combinação de um modulador duplo de Substrato do Receptor da Insulina (IRS) e transdutor de sinal e ativador da transcrição 3 (Stat3), como descrito neste documento, e um inibidor de proteína quinase ativada por mitógeno (MEK) e/ou um inibidor de B-Raf mutado, provê um efeito terapêutico que é pelo menos aditivo e é preferencialmente sinérgico em comparação com o efeito do tratamento de cada agente isoladamente. Além disso, a combinação pode ser usada para tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, e/ou para prevenir a resistência adquirida de um tumor a um inibidor de MEK e/ou inibidor de B- Raf mutado e/ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado.
[0058] Assim, em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um método de tratamento de um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de proteína quinase ativada por mitógeno (MEK) e/ou a um inibidor de B-Raf mutado, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0059] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a método de prevenção da resistência adquirida de um tumor a um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0060] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a um método de prevenção ou atraso da recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de MEK e/ou um inibidor de B-Raf mutado, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0061] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica que compreende um composto representado pela estrutura da fórmula (III), em combinação com um inibidor de proteína quinase ativada por mitógeno (MEK) e, opcionalmente, um inibidor de B-Raf mutado. Em algumas modalidades, a combinação compreende um composto de fórmula (III), um inibidor de MEK e um inibidor de B-Raf mutado preferencialmente, em que o inibidor de MEK é Trametinib, e o inibidor de B-Raf mutado é Vemurafenib.
[0062] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a um composto representado pela estrutura de fórmula (IV), em combinação com um inibidor de proteína quinase ativada por mitógeno (MEK) e/ou um inibidor de B-Raf mutado.
[0063] Em algumas modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer com tumores com resistência adquirida ao tratamento com inibidor de MEK e/ou com inibidor de B-Raf mutado. Em outras modalidades, o tratamento resulta em atenuação ou regressão do crescimento dos tumores resistentes. Em outras modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo tratamento com um inibidor de MEK e/ou um inibidor de B-Raf mutado ou é um candidato para receber esse tratamento.
[0064] Qualquer inibidor de MEK conhecido por uma pessoa versada na técnica pode ser usado nas combinações da presente invenção. Em algumas modalidades, o inibidor de MEK é selecionado dentre o grupo que consiste em Trametinib (GSK1120212), Selumetinib, Binimetinib (MEK162), PD-325901, Cobimetinib, CI-1040 e PD035901, preferencialmente, em que o inibidor de MEK é Trametin.
[0065] Qualquer inibidor de B-Raf mutado conhecido por uma pessoa versada na técnica pode ser usado nas combinações da presente invenção. Em algumas modalidades, o inibidor de B-Raf mutado é selecionado dentre o grupo que consiste em Vemurafenib (PLX-4032), PLX4720, Sorafenib (BAY43-9006) e Dabrafenib, preferencialmente, em que o inibidor de B-Raf mutado é Vemurafenib.
[0066] Em uma modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (III). Em outra modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (IV). Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0067] Em algumas modalidades, o composto é representado pela estrutura da fórmula D e o inibidor de MEK é Trametinib.
[0068] Em outras modalidades, o composto é representado pela estrutura de fórmula D e o inibidor de B-Raf mutado é Vemurafenib.
[0069] Em algumas modalidades, o tratamento de combinação inclui um composto de fórmula (III) ou (IV), e um inibidor de MEK ou um inibidor de B-Raf mutado. Em outras modalidades, o tratamento de combinação inclui um composto de fórmula (III) ou (IV), e tanto um inibidor de MEK quanto um inibidor de B-Raf mutado.
[0070] Em algumas modalidades, o indivíduo ou paciente com câncer é um humano.
[0071] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula D em combinação com Trametinib.
[0072] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula D em combinação com Trametinib e Vemurafenib.
[0073] Em outras modalidades, a presente invenção se refere às combinações descritas acima para uso no tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de MEK e/ou a um inibidor de B-Raf mutado, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de MEK e/ou a um inibidor de B-Raf mutado, ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de MEK e/ou um inibidor de B-Raf mutado.
[0074] Em outras modalidades, a presente invenção se refere ao uso das combinações descritas acima para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de MEK e/ou a um inibidor de B-Raf mutado, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de MEK e/ou a um inibidor de B-Raf mutado, ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de MEK e/ou um inibidor de B-Raf mutado.
[0075] Em outros aspectos, verificou-se que uma combinação de um modulador duplo do Substrato do Receptor da Insulina (IRS) e transdutor de sinal e ativador de transcrição 3 (Stat3), como descrito neste documento, e um agente quimioterápico, tal como Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos (por exemplo, o tratamento de combinação FOLFIRI ou FOLFOX), provê um efeito terapêutico que é pelo menos aditivo e é preferencialmente sinérgico em comparação com o efeito do tratamento de cada agente isoladamente. Além disso, a combinação pode ser usada para tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência a quaisquer desses agentes quimioterápicos ou sua combinação e/ou para prevenir a resistência adquirida de um tumor a quaisquer desses agentes quimioterápicos ou sua combinação, e/ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com quaisquer desses agentes terapêuticos ou sua combinação.
[0076] FOLFIRI é um tratamento de combinação para câncer contendo Leucovorin (Ácido Folínico), 5-FU e Irinotecan. FOLFOX é um tratamento de combinação para câncer contendo Leucovorin cálcico (Ácido Folínico), 5-FU e Oxaliplatina.
[0077] Assim, de acordo com algumas modalidades, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) e pelo menos um agente quimioterápico selecionado dentre Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, em que o composto e o(s) agente(s) quimioterápico(s) juntos proveem um efeito terapêutico anticâncer sinérgico.
[0078] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um método de tratamento do câncer compreendendo a etapa de administrar ao sujeito em necessidade da mesma uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma combinação compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) e pelo menos um agente quimioterápico selecionado dentre Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, em que o composto e o(s) agente(s) quimioterápico(s) juntos proveem um efeito terapêutico anticâncer sinérgico.
[0079] Em outras modalidades, a presente invenção provê um método de tratamento de um tumor que tenha desenvolvido resistência a pelo menos um agente quimioterápico, por exemplo, Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com pelo menos um do(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s) em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0080] Em outras modalidades, a presente invenção provê um método de prevenção da resistência adquirida de um tumor a pelo menos um agente quimioterápico, por exemplo, Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com pelo menos um do(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s) em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0081] Em outras modalidades, a presente invenção provê um método de prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com pelo menos um agente quimioterápico, por exemplo, Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com pelo menos um do(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s) em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0082] Em algumas modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer com tumores com resistência adquirida a um ou mais do(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s). Em outras modalidades, o tratamento resulta em atenuação ou regressão do crescimento dos tumores resistentes. Em outras modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo tratamento com dito(s) agente(s) quimioterápico(s), ou é um candidato para receber tal tratamento.
[0083] Em outras modalidades, a presente invenção provê uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) e pelo menos um agente quimioterápico selecionado dentre Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, para uso no tratamento de um tumor que é resistente a um ou mais do(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s), ou para prevenir a resistência adquirida ao(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s), ou para atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um ou mais de tal(is) agente(s) quimioterápico(s).
[0084] Em outras modalidades, a presente invenção se refere ao uso de uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) e pelo menos um agente quimioterápico selecionado dentre Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor que é resistente a dito(s) agente(s) quimioterápico(s), ou para prevenir a resistência adquirida a tal(is) agente(s) quimioterápico(s), ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com tal(is) agente(s) quimioterápico(s).
[0085] Como contemplado neste documento, a presente invenção provê diversos exemplos onde tumores com K-RAS ativado que não responderam a uma droga anticâncer demonstraram uma regressão do tumor impressionante quando o agente anticâncer foi combinado com o composto D. Por exemplo, a combinação de agentes anticâncer com o composto D converteu tumores "não responsivos" em "responsivos" ao agente anticâncer. No exemplo 1 (Figura 1), a análise genômica do grupo tratado com Erlotinib no ponto final, significando - os clones resistentes a Erlotinib, revelou várias alterações em comparação com o controle. Entre essas novas variações genômicas estava o KRAS, conhecido por gerar resistência a inibidores de EGFR. As alternâncias genômicas relacionadas ao KRAS incluíram amplificação da perda de KRAS e NF-1, o que resulta na ativação de K-Ras. Em contraste aos tumores tratados com Erlotinib, os tumores que foram tratados com Erlotinib e composto D não apresentaram as alterações no KRAS. Nesses tumores (tratados tanto com Erlotinib quanto com o composto D) - a resistência ao Erlotinib não foi adquirida e os tumores não evoluíram durante o tratamento. Além disso, o tratamento dos tumores resistentes ao Erlotinib com o composto D+ Erlotinib ressensibilizou esses tumores a Erlotinib e induziu a regressão do tumor.Isso sugere que a inclusão do composto D antagonizou a resistência imposta pela amplificação e/ou ativação do KRAS. Em outro exemplo, os tumores pancreáticos resistentes à Gemcitabina (Figura 13A,B), portadores de KRAS mutado, foram ressensibilizados ao tratamento com Gemcitabina através de sua combinação com o composto D. Além disso, dados de suporte da literatura mostram que muitas células cancerosas "viciadas em oncogene" tratadas com droga se envolvem em um ciclo de feedback positivo que leva à ativação de STAT3, consequentemente promovendo a sobrevivência celular e limitando a resposta geral à droga. Isso foi observado em células cancerosas ativadas por diversas quinases ativadas, incluindo EGFR, HER2, ALK e MET, bem como KRAS mutante.
[0086] Consequentemente, em alguns aspectos, a presente invenção se refere a um método de tratamento de um tumor compreendendo a etapa de contatar o tumor com combinações de um composto de fórmula (III) ou (IV) com uma droga anticâncer, à qual os tumores tenham desenvolvido resistência devido a mutações e/ou amplificação em KRAS. Qualquer um dos agentes anticâncer descritos neste documento (por exemplo, inibidor de EGFR/anticorpo EGFR/inibidor de mTOR/agente de imunoterapia/inibidor de MEK/inibidor de B-Raf mutado/agente quimioterápico/combinações dos anteriores) pode ser usado em tais métodos, através do tratamento de tumores que tenham desenvolvido resistência a tais agentes devido a mutações e/ou amplificação de KRAS.
[0087] O composto de fórmula (III) é representado pela estrutura em que R1, R2, R5 e R6 são independentemente selecionados dentre H, alquil C1-C4, (CH2CH2O)nH, em que n é um número inteiro de 1 a 20, acil e um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; R3, R7, R8, R9, R10, R11, R12, R13 e R14 são independentemente selecionados dentre H, halogênio, alquil C1-C4, haloalquil C1-C4, CH2SRa, em que Ra é selecionado dentre H, alquil C1-C4, arila, heterociclila, heteroarila, alquilarila C1-C4, alquil-heterociclil C1-C4 e alquil-hereroaril C1-C4 e OR16, em que R16 É H, alquil C1-C4, (CH2CH2O)nH, acila ou um grupo funcional que produza hidroxila mediante hidrólise; e R4 é H ou CN; incluindo sais, hidratos, solvatos, polimorfos, isômeros ópticos, isômeros geométricos, enantiômeros, diastereômeros e misturas dos mesmos.
[0088] Em algumas modalidades, o composto de fórmula (III) é selecionado dentre o grupo que consiste nos compostos A, B, C, D, E, F, G, H, I e J:
[0089] Em uma modalidade, o composto é um composto de fórmula A. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula B. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula C. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula D. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula E. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula F. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula G. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula H. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula J. Em uma modalidade atualmente preferencial, o composto é representado pela estrutura de fórmula D.
[0090] O composto de fórmula (IV) é representado pela estrutura em que A é H ou CN; Z é S, SO ou SO2; X1, X2, X3, X4, X5, Y1 e Y2 são, cada um, independentemente selecionados dentre H, halogênio, alquila, haloalquila e OR1; e Y3 e Y4 são, cada um, OR1, em que cada R1 é independentemente H, alquil C1-C4, -(CH2CH2O)nH em que n é um número inteiro de 1 a 20, acila ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise, incluindo sais, hidratos, solvatos, polimorfos, isômeros ópticos, isômeros geométricos, enantiômeros, diastereômeros e misturas dos mesmos.
[0091] Em algumas modalidades, o composto de fórmula (IV) é representado pela estrutura de fórmula (IV-4)
[0092] É adicionalmente aparente para uma pessoa versada na técnica que quaisquer outros compostos de fórmula (I) ou (IV) descritos neste documento podem ser usados para quaisquer dos tratamentos de combinação descritos pela presente invenção.
[0093] As combinações da presente invenção são adequadas para o tratamento de vários tipos de câncer. Em particular, as combinações da presente invenção são ativas contra câncer de cabeça e pescoço (H&N), sarcoma, mieloma múltiplo, câncer de ovário, câncer de mama, câncer de rim, câncer de estômago, cânceres hematopoiéticos, linfoma, leucemia, incluindo leucemia linfoblástica, carcinoma pulmonar, melanoma, glioblastoma, hepatocarcinoma, câncer de próstata e câncer de cólon. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0094] O termo "tratamento de combinação" ou "combinado" como usado neste documento denota qualquer forma de tratamento concorrente ou paralelo com pelo menos dois agentes terapêuticos distintos. Esse termo se destina a abranger tanto a administração concomitante das duas modalidades de tratamento, isto é, usando substancialmente o mesmo cronograma de tratamento, bem como a administração sobreposta em cronogramas sequenciais ou alternados de cada tratamento. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0095] A terapia de combinação é particularmente vantajosa, uma vez que a dosagem de cada agente em uma terapia de combinação pode ser reduzida em comparação com a monoterapia com cada agente, ao mesmo tempo em que ainda se atinge um efeito anticâncer global. Consequentemente, reduzir a dosagem de cada agente pode resultar em efeitos secundários diminuídos. A terapia de combinação pode reduzir o desenvolvimento de resistência a um tratamento anticâncer específico e/ou levar à regressão do tumor após ele ter adquirido resistência, como demonstrado neste documento.
[0096] O composto de fórmula (III) ou (IV) e o inibidor de EGFR/anticorpo EGFR/inibidor de mTOR/agente de imunoterapia/inibidor de MEK/inibidor de B-Raf mutado/agente quimioterápico/combinações dos anteriores podem ser administrados simultaneamente (na mesma forma de dosagem ou em formas de dosagem separadas), ou eles podem ser administrados sequencialmente, em qualquer ordem. A administração também pode ocorrer de acordo com cronogramas de dosagem alternados, por exemplo, composto de fórmula (III) ou (IV) seguido pelo(s) agente(s) adicional(is), então uma dose adicional do composto de fórmula (III) ou (IV) seguida pelo(s) mesmo(s) agente(s) ou ainda outro(s) agente(s) e assim por diante. Todos os cronogramas de administração, incluindo simultânea, sequencial e alternada, são contemplados pela presente invenção, em que cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0097] As composições farmacêuticas da presente invenção podem ser providas em qualquer forma conhecida na técnica, por exemplo em uma forma adequada para administração oral (por exemplo, uma solução, uma suspensão, um xarope, uma emulsão, uma dispersão, um comprimido, uma pílula, uma cápsula, um pellet, grânulos e um pó), para administração parenteral (por exemplo, intravenosa, intramuscular, intra-arterial, transdérmica, subcutânea ou intraperitoneal), para administração tópica (por exemplo, uma pomada, um gel, um creme), para administração por inalação ou para administração via supositório. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0098] Modalidades adicionais e o escopo completo da aplicabilidade da presente invenção se tornarão aparentes na descrição detalhada provida doravante. No entanto, deve-se entender que a descrição detalhada e exemplos específicos, embora indiquem modalidades preferenciais da invenção, são dadas a título de ilustração somente, uma vez que várias alterações e modificações dentro do espírito e escopo da invenção se tornarão aparentes para aqueles versados na técnica a partir desta descrição detalhada.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0099] Figura 1. O composto D previne a resistência adquirida ao Erlotinib em camundongos implantados com um tumor de um paciente com câncer de cabeça e pescoço (H&N). Os camundongos foram tratados com (a) veículo (◊); (b) Erlotinib (□); (c) Composto D (Δ); ou (d) Erlotinib + Composto D (o). Os tratamentos foram iniciados quando o tamanho médio do tumor era de ~ 80mm3. O tratamento com Erlotinib induziu regressão significativa do tumor, mas durante o tratamento, todos os camundongos tratados com Erlotinib desenvolveram resistência ao Erlotinib e os seus tumores retornaram de forma agressiva. O tratamento combinado de Erlotinib e o Composto D induziu a regressão dos tumores e nenhum deles retornou durante o tratamento. Valores de P (vs. Erlotinib) = 0,0001.
[0100] Figura 2. O composto D previne a resistência adquirida ao Erlotinib e leva à regressão de tumores resistentes ao Erlotinib em camundongos implantados com um tumor de um paciente com câncer de cabeça e pescoço (H&N). Os camundongos foram tratados com (a) veículo (◊); (b) Erlotinib (□); (c) Composto D (Δ); ou (d) Erlotinib + Composto D (o). O tratamento com Erlotinib (grupo b) conduziu inicialmente à regressão do tumor. Durante o tratamento, os tumores desenvolveram resistência ao Erlotinib e retornaram a crescer. O tratamento combinado de Erlotinib e o Composto D induziu a regressão do tumor e nenhum dos tumores retornou (grupo d), consistente com os resultados apresentados na figura 1. Após a resistência ao Erlotinib ter sido adquirida, os camundongos do grupo b cujos tumores tinham ~ 130mm3 no dia 10 foram divididos em dois grupos, o primeiro permaneceu com Erlotinib isoladamente (□) e o segundo recebeu um tratamento combinado de Erlotinib + Composto D a partir do dia 10 do tratamento (•). Embora os tumores tenham crescido significativamente sob tratamento com Erlotinib isoladamente (□), o tratamento combinado do Composto D e Erlotinib induziu a regressão do tumor (•).
[0101] Figura 3. O Composto D previne a resistência adquirida ao Erlotinib em tumores grandes (700 mm3). Os camundongos foram tratados com veículo (◊), Erlotinib (D), Composto D (Δ) ou Erlotinib + Composto D (o). Os tratamentos foram iniciados quando o tamanho médio do tumor era de ~ 700 mm3.
[0102] Figura 4. O tratamento combinado com Afinitor e Composto D induz a regressão do tumor de Adenossarcoma Uterino agressivo em camundongos. Os camundongos implantados com xenoenxertos de Adenossarcoma Uterino violento derivados de pacientes foram tratados quando o tamanho médio do tumor era de ~ 130 mm3 com veículo (◊), Afinitor (□), Composto D (Δ) ou Afinitor + Composto D (o). O volume médio do tumor do grupo tratado com Afinitor (□) indicou inibição do crescimento tumoral. Embora o Composto D (Δ) isoladamente não tenha tido efeito significativo sobre o crescimento tumoral em comparação com o controle, o tratamento combinado com Afinitor + Composto D (o) levou à regressão do tumor. Na análise alternativa dos resultados (demonstrada na figura 5) - embora nenhum dos camundongos tenha respondido ao Composto D isoladamente (Δ) e no grupo tratado com Afinitor (□) metade do grupo tenha respondido e a outra metade não, o tratamento combinado com Afinitor + Composto D (o) levou a uma resposta positiva de todos os camundongos no grupo.
[0103] Figura 5. O Composto D previne a resistência adquirida ao Afinitor (A) e leva à regressão de tumores resistentes a Afinitor (B). Camundongos implantados com xenoenxertos de Adenossarcoma Uterino agressivo derivados de pacientes foram primeiramente tratados quando os tumores tinham ~ 130 mm3 como descrito na figura 4. Os camundongos foram tratados com veículo (diamantes); Afinitor (quadrados); Composto D (triângulos); ou Afinitor + Composto D (círculos). Fig. 5A. O grupo tratado com Afinitor foi dividido em responsivos (quadrados abertos, grupo A, n = 8) vs. não responsivos (quadrados cinza, grupo B, n = 7). O tratamento com Afinitor do grupo A inicialmente iduziu a regressão do tumor, mas durante o tratamento todos os tumores desenvolveram resistência ao Afinitor e progrediram de forma agressiva. O tratamento combinado de Afinitor e Composto D a partir do dia 0 (início do tratamento) induziu a regressão do tumor e seu volume tumoral médio permaneceu baixo até o final do experimento (o).Fig. 5B. Após a aquisição da resistência ao Afinitor, os camundongos do grupo A foram divididos em dois grupos, o primeiro permaneceu com Afinitor isoladamente (□) e o segundo recebeu tratamento combinado de Afinitor + Composto D a partir do dia 6 do tratamento (•). Embora os tumores tenham evoluído significativamente sob tratamento com Afinitor isoladamente (□), o tratamento combinado de Composto D e Afinitor induziu a regressão do tumor (•). O gráfico na figura 5B representa as taxas de crescimento em %, enquanto o 100% para cada tumor foi definido como seu volume no dia 6. Fig. 5C O tratamento combinado com Afinitor + Composto D de câncer Adenossarcoma Uterino altamente agressivo sem tratamento médico disponível atrasou a resistência adquirida ao Afinitor e atingiu resposta completa em 40% do grupo.
[0104] Figura 6. Os moduladores duplos de IRS/Stat3 inibem de forma potente a fosforilação de Stat3 em células intactas de uma maneira dependente da dose, e seu efeito inibitório sobre Stat3 dura por bastante tempo depois que os moduladores são eliminados das células por lavagem. A. Células A375 de melanoma humano foram tratadas com as concentrações indicadas dos compostos A ou D por 1,3 e 4,5 h. As células foram lisadas e examinadas por immunoblot com anticorpos contra o fosfo- Y705 Stat3 (pSTAT3) e Stat3. Uma inibição de resposta por dose de pStat3 com valores de IC50 submicromolares é demonstrada e o efeito é potencializado no tempo. B. As células foram tratadas com Composto A a 2DM e lisadas seguindo os tempos indicados. C. As células A375 foram tratadas com o Composto D por 4 horas e então lavadas com meio diversas vezes e lisadas após 4, 24 e 48 h de incubação sem inibidores. D. A inibição dependente da dose de pStat3 mostrando valores IC50 < 1 DM para os compostos A, C, D; 1 DM para o composto B e 2DM para o composto F. E. Inibição completa da fosforilação de Stat3 Y705 em células de melanoma A375 24 horas após o tratamento com 3 M dos compostos IV-1, IV-2, IV-3 e IV-4.
[0105] Figura 7. A resistência adquirida aos inibidores de BRAF (BRAFi) em melanoma é acompanhada de níveis aumentados de fosforilação de Stat3 e o tratamento com BRAFi de células de melanoma humano induz um aumento dramático de pStat3. Fig. 7A. Níveis altamente elevados de pStat3 no clone de melanoma resistente a BRAFi (R) em comparação com as células de melanoma parental (P). Células de melanoma metastático humano 451-Lu (P) e o clone resistente a PLX4032, ambos com BRAF mutado, foram cultivadas em um meio isento de soro e foram examinadas por immunoblot com Ab anti-pStat3 seguido de Ab anti- Stat3. Fig. 7B. Níveis altamente elevados de pStat3 em células de melanoma com BRAF mutado, derivadas de pacientes que adquiriram resistência ao BRAFi PLX4032 (R) em comparação com células de melanoma com BRAF mutado de pacientes sem tratamento (naive) que não foram tratados com PLX4032 (N). Células dos pacientes foram cultivadas em meio completo e examinadas por immunoblot como descrito acima. Figs. 7C-E. O tratamento com PLX4032 de células de melanoma humano mutadas por BRAF induz um aumento dramático de pStat3. Os compostos A/D bloqueiam o pStat3 induzido por PLX4032 e o basal. Tratamento de células de melanoma humano sensíveis a PLX4032 A375 (C), 451-Lu (D) ou Mel1617 (E) com PLX4032 a 1DM por 18-24 horas induz um aumento dramático de pStat3. Os compostos A (Fig. 7C, D) ou D (Fig. 7E) bloqueiam tanto o pStat3 basal quanto o induzido por PLX4032. OSI-906, um inibidor de IGF1R competitivo por ATP, não tem efeito sobre pStat3.
[0106] Figura 8. Os moduladores duplos de IRS/Stat3 inibem pStat3 de forma eficiente em células de melanoma resistentes a BRAFi, as quais tenham adquirido resistência em cultura ou em pacientes. A sua capacidade de inibir pStat3 foi exemplificada em vários tipos de câncer. Fig. 8A-B. O composto A, em oposição ao inibidor de IGF1R OSI-906, inibe de forma potente pStat3 em clones de melanoma resistentes a BRAFi, 451-BR (Fig. 8A) e Mel1617-BR (Fig. 8B). Fig. 8C. O composto A e, de forma mais potente, o composto D, inibem pStat3 em células de melanoma de pacientes (i e ii) que adquiriram resistência a PLX4032 após o tratamento. Fig. 8D. Células de vários tipos de câncer foram tratadas com composto D por 4 h em meio isento de soro e por 20 h em meio com ou sem soro a 10%. Os asteriscos indicam concentração de 10DM para células RPMI8226 e HepG2.
[0107] Figura 9. O tratamento das células de melanoma A375 com Composto A induz a quimiotaxia de PBMC. Células A375 foram tratadas com as concentrações indicadas de Composto A e lavadas duas vezes com o meio 4 h após o tratamento onde indicado (Lavagem). 30 horas após o tratamento, o meio celular foi transferido para a placa inferior do dispositivo de quimiotaxia. 10.000 PBMCs/poço foram adicionados à placa superior.Adicionalmente, PBMCs foram adicionados na placa inferior como controle positivo. Fig. 9A. A quimiotaxia de PBMCs em direção ao Composto A foi examinada 24 h depois por análise Cell Titer Glo da placa inferior. Fig.9B. Curva de calibração de PBMC de 10 a 10.000 células/poço.
[0108] Figura 10. O tratamento combinado de Cetuximab+Afatinib com o Composto D mostra um atraso dramático na recorrência do tumor em comparação com Cetuximab+Afatinib isoladamente em camundongos implantados com um tumor de um paciente HNSCC. Os camundongos foram tratados por 9 dias com (a) veículo (◊); (b) Composto D (Δ); (c) Cetuximab (□); (d) Cetuximab + Afatinib (■); (e) Cetuximab + Composto D (o); ou (e) Cetuximab + Afatinib+Composto D (•). Os tratamentos foram iniciados quando o tamanho médio do tumor era de ~ 110 mm3. O tratamento combinado do Composto D com Cetuximab ou Cetuximab + Afatinib somente por 9 dias atrasou significativamente a recorrência de tumores regredidos e prolongou a resposta ao Cetuximab ou ao Cetuximab + Afatinib.
[0109] Figura 11. O composto D entra em sinergia com a combinação de inibidor de BRAF mutado (BRAFi) e inibidor de MEK (MEKi), para induzir regressão dramática do tumor em camundongos implantados com células tumorais de um paciente com melanoma que adquiriu resistência ao tratamento com drogas inibitórias de BRAF mutado. Os camundongos foram tratados com (a) veículo (◊); (b) Trametinib (MEKi) + Vemurafenib (BRAFi) (□); (c) Composto D (Δ); ou (d) Trametinib + Vemurafenib + Composto D (o). Os tratamentos foram iniciados quando o tamanho médio do tumor era de ~ 60 mm3. Os tumores progrediram de forma agressiva em todos os camundongos tratados com Trametinib + Vemurafenib, enquanto o tratamento combinado de Trametinib + Vemurafenib com o Composto D induziu a regressão do tumor em todos os camundongos desse grupo e nenhum deles retornou durante o tratamento. Os valores de P de Trametinib + Vemurafenib + Compostod D vs. Trametinib + Vemurafenib =0,0001.
[0110] Figura 12. O composto D entra em sinergia com o inibidor de MEK Trametinib para induzir a regressão do tumor em camundongos implantados com tumor de um paciente com Carcinoma Adenoide Cístico portador de mutação em BRAF. Os camundongos foram tratados com (a) veículo (◊); (b) Trametinib (□); (c) Composto D (Δ); ou (d) Trametinib + Composto D (o). Os tratamentos foram iniciados quando o tamanho médio do tumor era de ~ 65 mm3. O tratamento com Trametinib induziu a regressão do tumor, mas durante o tratamento os tumores progrediram. O tratamento combinado de Trametinib e Composto D induziu a regressão dos tumores e nenhum desses tumores voltou a crescer durante o tratamento. O estudo incluiu duas fases de tratamentos dia0 - dia13 e dia24 - dia31.
[0111] Figura 13. O composto D ressensibiliza tumores resistentes à Gemcitabina à Gemcitabina em camundongos implantados com tumor de uma metástase hepática de um paciente com câncer pancreático. A. Os camundongos foram tratados com Gemcitabina por 35 dias e uma semana depois os tumores regredidos adquiriram resistência à Gemcitabina e progrediram. Nesse ponto, quando o tamanho médio do tumor já era de ~ 110 mm3, os camundongos tratados com Gemcitabina foram divididos em dois grupos: (a) Gemcitabina (□); (B) Gemcitabina + Composto D (o). Embora todos os tumores tratados com Gemcitabina tenham progredido, o tratamento combinado com Composto D + Gemcitabina levou à regressão do tumor em metade do grupo e inibição significativa do crescimento tumoral em termos de tamanho médio do tumor do grupo em comparação com o grupo tratado com Gemcitabina (valor de p = 7,35 * 10-5). B. Ao final do experimento, partes do tumor, de tamanhos semelhantes, foram cultivadas em placas (3 tumores por grupo) para testar sua viabilidade e atividade proliferativa. Nove dias depois, as placas foram fixadas e coradas, mostrando uma proliferação em massa dos tumores tratados com Gemcitabina em oposição a uma atividade proliferativa muito baixa a desconsiderável dos tumores de camundongos tratados com Gemcitabina + Composto D.
[0112] Figura 14. O composto D previne a resistência adquirida ao Cetuximab em camundongos implantados com um tumor de um paciente metastático com carcinoma adeno-adnexal. Os camundongos foram tratados por 32 dias com (a) veículo (◊); (b) Composto D (Δ); (c) Cetuximab (□); (d) Cetuximab + Composto D (o). Os tratamentos foram iniciados quando o tamanho médio do tumor era de ~ 90 mm3. O tratamento com Cetuximab levou à atenuação transitória do crescimento tumoral seguida da resistência adquirida ao Cetuximab, enquanto o tratamento combinado de Cetuximab + Composto D induziu a regressão do tumor e preveniu a resistência adquirida ao Cetuximab.
[0113] Figura 15. O composto D previne a resistência adquirida ao tratamento combinado de Cetuximab e FOLFIRI (um tratamento aprovado para pacientes com câncer de cólon) em camundongos implantados com um tumor de um paciente com câncer de cólon. Os camundongos foram tratados por 14 dias com (a) veículo (◊); (b) Composto D (Δ); (c) Cetuximab + FOLFIRI (□); (d) Cetuximab + FOLFIRI + Composto D (o) ; (e) FOLFIRI (■ ); e (f) Cetuximab (■, linha tracejada). Os tratamentos foram iniciados quando o tamanho médio do tumor era de ~ 110 mm3. O tratamento combinado de Cetuximab + FOLFIRI com ou sem regressão do tumor induzida pelo Composto D na primeira semana de tratamento. Embora todos os tumores em camundongos tratados com Cetuximab + FOLFIRI tenham desenvolvido resistência ao tratamento durante a segunda semana de tratamento e progredido agressivamente, o tratamento combinado com o Composto D preveniu a resistência adquirida a Cetuximab + FOLFIRI.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA PRESENTE INVENÇÃO
[0114] A presente invenção se refere ao tratamento de câncer usando terapia de combinação compreendendo um modulador duplo de Substrato de Receptor de Insulina (IRS) e transdutor de sinal e ativador da transcrição 3 (Stat3), em combinação com (i) um modulador de uma proteína quinase (PK) selecionada dentre um inibidor do Fator de Crescimento Epidérmico (inibidor de EGFR) e anticorpo EGFR; (ii) um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR); (iii) um inibidor da proteína quinase ativada por mitógeno (MEK); (iv) um inibidor de B-Raf mutado; (v) um agente quimioterápico como Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan e Oxaliplatina; e (vi) certas combinações dos mesmos. A combinação pode ser usada para tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de EGFR, anticorpo EGFR, inibidor de mTOR, inibidor de MEK, inibidor de B-Raf mutado, agentes quimioterápicos, e certas combinações dos mesmos, ou para prevenir a resistência adquirida de um tumor a qualquer um de ditos inibidores ou agentes, ou para prevenir a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com qualquer um de ditos inibidores ou agentes ou uma combinação dos mesmos. A combinação provê um efeito terapêutico que é pelo menos aditivo e é preferencialmente sinérgico. A presente invenção se refere adicionalmente ao tratamento de câncer usando terapia de combinação compreendendo um modulador duplo de IRS e Stat3 em combinação com um agente de imunoterapia. A combinação pode ser usada para sensibilizar um tumor à imunoterapia.Moduladores Duplos do Substrato do Receptor da Insulina (IRS)/transdutor de sinal e ativador de transcrição 3 (Stat3)
[0115] Qualquer composto da estrutura geral de fórmula (I) pode ser usado nas composições da presente invenção: em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, selecionados independentemente dentre H, alquil C1-C4, alcenil C2-C6, alcinil C2-C6, alquil C1-C4-alcenil C2-C6, alquil C1- C4-alcinil C2-C6, (CH2CH2O)nH, cicloalquil C3-C7, arila, heterociclila, heteroarila, (C1-C4)-alquilarila, (C1-C4)-alquil-heterociclila, (C1-C4)-alquil- heteroarila, haloalquila, acila e um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; 3 4 7 8 9 10 11 12 13 14 R , R , R , R , R , R , R , R , R e R são, cada um, selecionados independentemente dentre H, alquil C1-C4, alcenil C2-C6, alcinil C2-C6, alquil C1-C4-alcenil C2-C6, alquil C1-C4-alcinil C2-C6, cicloalquil C3-C7, arila, heterociclila, heteroarila, (C1-C4)-alquilarila, (C1-C4)-alquil-heterociclila, (C1- C4)-alquil-heteroarila, halogênio, haloalquila, NO2, CN, N3, SO2Ra, COORa, ab a a ab ab a a a b CSNR R , CSOR , OR , CONR R , NR R , SR , e CH2SR , em que R e R são, cada um, independentemente H, alquil C1-C4, alcenil C2-C6, alcinil C2C6, alquil C1-C4-alcenil C2-C6, alquil C1-C4-alcinil C2-C6, cicloalquil C3-C7, arila, heterociclila, heteroarila, (C1-C4)-alquilarila, (C1-C4)-alquil-heterociclila, (C1-C4)-alquil-heteroarila, haloalquila, (CH2CH2O)nH, acila ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; e R15 é H, alquil C1-C4, alcenil C2-C6, alcinil C2-C6, alquil C1-C4-alcenil C2-C6, alquil C1-C4-alcinil C2-C6, haloalquila, ou ORb em que Rb é independentemente H ou alquil C1-C4; incluindo sais, hidratos, solvatos, polimorfos, isômeros ópticos, isômeros geométricos, enantiômeros, diastereômeros e misturas dos mesmos. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da invenção.
[0116] Em um exemplo de uma modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula A:
[0117] Em outro exemplo de modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula B:
[0118] Em outro exemplo de modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula C:
[0119] Em outro exemplo de modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula D:
[0120] Em outro exemplo de modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula E:
[0121] Em outro exemplo de modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula F:
[0122] Em outro exemplo de modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula G:
[0123] Em outro exemplo de modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula H:
[0124] Em outro exemplo de modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula I:
[0125] Em outro exemplo de modalidade, o composto é um composto representado pela fórmula J:
[0126] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R1, R2, R4, R5, R6, R10, R12, R13, R14 e R15 são, cada um, H; R7 é OH; e pelo menos um dentre R3, R8, R9 e R11 é halogênio.
[0127] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R1, R2, R4, R5, R6, R8, R10, R12, R13, R14 e R15 são, cada um, H; R7 é OH; e pelo menos um dentre R3, R9 e R11 é halogênio.
[0128] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise.
[0129] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R7 é H ou ORa e R1, R2, R5, R6, e Ra são, cada um, H ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise.
[0130] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R13 e R14 são, cada um, independentemente H, alquil C1-C4, alcenil C2-C6, alcinil C2-C6, alquil C1-C4-alcenil C2-C6 ou alquil C1-C4-alcinil C2-C6.
[0131] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que pelo menos um dentre R13 e R14 é H ou alquil C1-C4.
[0132] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R3, R4, R7, R8, R9, R10, R11, R12, R13 e R14 são, cada um,independentemente H, halogênio, haloalquila, OH, NO2, CN ou CH2SRa, em que Ra é como definido acima.
[0133] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R4 é H.
[0134] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R4 é CN.
[0135] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R4, R11, R12, R13, R14 e R15 são, cada um, H.
[0136] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R13, R14 e R15 são, cada um, H.
[0137] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R3, R7, R8, R9, R10 e R11 são, cada um, independentemente H,halogênio, haloalquila, CH2SRa ou OH; R4, R12, R13 e R14 são, cada um,independentemente H, alquil C1-C4, alcenil C2-C6, alcinil C2-C6, alquil C1-C4- alcenil C2-C6, alquil C1-C4-alcinil C2-C6, arila, halogênio, haloalquila, NO2, ou CN; e R15 é H.
[0138] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R3, R7, R8, R9, R10 e R11 são, cada um, independentemente H,halogênio, haloalquila, OH ou CH2SRa; e R4, R12, R13, R14 e R15 são, cada um, H ou um alquil C1-C4.
[0139] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; R3, R8, e R9 são, cada um, independentemente H, halogênio, haloalquila ou CH2SRa; R7, R10 e R11 são, cada um, independentemente H, halogênio, haloalquila, OH ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; e R4, R12, R13, R14 e R15 são, cada um, H ou alquil C1-C4.
[0140] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I em que o composto é representado por qualquer uma das estruturas:
[0141] Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0142] Em outras modalidades, o composto é um composto representado pela estrutura de fórmula II: em que R1, R2, R5 e R6 são independentemente selecionados dentre H, alquil C1-C4, acila e um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; R3 e R7 são independentemente selecionados dentre H, halogênio, haloalquila e OR8 em que R8 é H, alquil C1-C4, acila ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; e R4 é H ou CN, incluindo sais, hidratos, solvatos, polimorfos, isômeros ópticos, isômeros geométricos, enantiômeros, diastereômeros e misturas dos mesmos.
[0143] Em outras modalidades, o composto é um composto representado pela estrutura de fórmula II, em que R1, R2, R5 e R6 são independentemente selecionados dentre H, alquil C1-C4, (CH2CH2O)nH, em que n é um número inteiro de 1 a 20, acil e um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; R3 e R7 são independentemente selecionados dentre H, halogênio, alquil C1-C4, haloalquila e OR16 em que R16 é H, alquil C1-C4, (CH2CH2O)nH, acila ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; e R4 é H ou CN, incluindo sais, hidratos, solvatos, polimorfos, isômeros ópticos, isômeros geométricos, enantiômeros, diastereômeros e misturas dos mesmos.
[0144] Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0145] Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula II em que R4 é CN.
[0146] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, hidrogênio.
[0147] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 E R6 são, cada um, CH3.
[0148] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R3 e R7 são, cada um, hidrogênio, halogênio, halometila, OH ou OCH3.
[0149] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, R3 é halogênio e R7 é OH.
[0150] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, e R3 e R7 são, cada um, halogênio.
[0151] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, R3 é halometila e R7 é OH.
[0152] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, R3 é halogênio e R7 é H.
[0153] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, R3 é OH e R7 é halogênio.
[0154] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, CH3, R3 é halogênio e R7 é OCH3.
[0155] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, CH3, e R3 e R7 são, cada um, halogênio.
[0156] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R4 é hidrogênio.
[0157] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, hidrogênio.
[0158] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 E R6 são, cada um, CH3.
[0159] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R3 e R7 são, cada um, hidrogênio, halogênio, halometila, OH ou OCH3.
[0160] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, R3 é halogênio e R7 é OH.
[0161] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, e R3 e R7 são, cada um, halogênio.
[0162] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, R3 é halometila e R7 é OH.
[0163] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, R3 é halogênio e R7 é H.
[0164] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, H, R3 é OH e R7 é halogênio.
[0165] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R3 é halogênio e R7 é OCH3.
[0166] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula II em que R1, R2, R5 e R6 são, cada um, CH3, e R3 e R7 são, cada um, halogênio.
[0167] Em outras modalidades, o composto de fórmula (II) é representado por quaisquer dos seguintes compostos:
[0168] Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção. Em outra modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula III: em que R1, R2, R5 e R6 são independentemente selecionados dentre H, alquil C1-C4, (CH2CH2O)nH, em que n é um número inteiro de 1 a 20, acil e um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; R 3 7 8 9 10 11 12 13 14 , R , R , R , R , R , R , R e R são independentemente selecionados dentre H, halogênio, alquil C1-C4, haloalquila e OR16 em que R16 é H, alquil C1-C4, (CH2CH2O)nH, acila ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise; e R4 é H ou CN.
[0169] Em outras modalidades, o composto é um composto representado pela estrutura de fórmula IV: em que A é H ou CN; Z é S, SO ou SO2; 1. , X2, X3, X4, X5, Y1 e Y2 são, cada um, independentemente selecionados dentre H, halogênio, alquila, haloalquila e OR1; e Y3 e Y4 são, cada um, OR1, em que cada R1 é independentemente H, alquil C1-C4, -(CH2CH2O)nH em que n é um número inteiro de 1 a 20, acila ou um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise, incluindo sais, hidratos, solvatos, polimorfos, isômeros ópticos, isômeros geométricos, enantiômeros, diastereômeros e misturas dos mesmos.
[0170] Em algumas modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que A é H.
[0171] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que A é CN.
[0172] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que Z é S.
[0173] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que Z é SO2.
[0174] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que pelo menos um dentre X1, X2, X3, X4, Y1 e Y2 é um halogênio.
[0175] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que pelo menos um dentre X1, X2, X3, X4, Y1 e Y2 é Br.
[0176] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que pelo menos um dentre X1, X2, X3, X4, Y1 e Y2 é I.
[0177] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que X1, X2, X3e X4 são, cada um, selecionado dentre H ou um halogênio, em que o halogênio é preferencialmente Br ou I.
[0178] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que X2 é H.
[0179] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que X5 é H.
[0180] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que X5 é alquila, preferencialmente metila.
[0181] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que Y3 e Y4 são, cada um, OH.
[0182] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que Y1 e Y2 são, cada um, OH.
[0183] Em outras modalidades, o composto é um composto de fórmula IV em que A é H, Z é S, Y3 e Y4 são, cada um, OH, e X1 é um halogênio selecionado dentre Br e I.
[0184] Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0185] Em outras modalidades, o composto de fórmula (IV) é representado por quaisquer dos seguintes compostos:
[0186] Um composto atualmente preferencial de fórmula IV é um composto de fórmula IV-4.
[0187] Em outras modalidades, o composto é qualquer um dos derivados descritos em A) Publicação de Pedido de Patente Internacional PCT No. WO 2008/068751; B) Publicação de Pedido de Patente Internacional PCT No. WO 2009/147682; ou C) Pedido de Patente Internacional PCT No. WO 2012/090204. O conteúdo de cada uma das referências acima mencionadas é incorporado por referência neste documento em sua totalidade como se fosse completamente apresentado neste documento.
[0188] Entende-se que todos os confôrmeros, isômeros geométricos, estereoisômeros, enantiômeros e diastereômeros de quaisquer dos compostos descritos neste documento são abrangidos e podem ser usados nas combinações e métodos descritos pelo presente pedido.
[0189] Sem o desejo de se limitar a qualquer teoria ou mecanismo de ação específico, contempla-se que os compostos da presente invenção são inibidores da sinalização de PK, tal como IGF-1R. Verificou-se agora que esses compostos, além de serem inibidores de IGF-1R, também levam à dissociação dos substratos de IGF-1R IRS1/2 da membrana celular, fosforilação de serina inibitória e/ou degradação das proteínas IRS1/2. Essa atividade leva a uma inibição prolongada das vias de IGF-1R e IR, inibição do crescimento de uma ampla gama de tipos de células cancerosas e potentes efeitos antitumorais. Esses compostos são, portanto, referidos como "moduladores de IRS". Assim, em outra modalidade, a presente invenção provê um método de inibição, tratamento ou prevenção da sinalização de um receptor de fator de crescimento 1 semelhante à insulina (IGF-1R) e/ou substrato do receptor da insulina 1 (IRS1) e/ou substrato do receptor da insulina 2 (IRS2) relacionada a um distúrbio em um sujeito compreendendo a etapa de administrar ao sujeito uma composição farmacêutica compreendendo uma quantidade terapeuticamente eficaz de pelo menos um composto representado pela estrutura de fórmula I ou quaisquer dos compostos cobertos por tal fórmula, juntamente com um agente anticâncer selecionado dentre inibidor de EGFR, anticorpo EGFR, inibidor de mTOR e/ou agente de imunoterapia, em que o composto de fórmula I e o agente anticâncer juntos proveem um efeito anticâncer que é pelo menos aditivo e é preferencialmente sinérgico. Em algumas modalidades, o composto de fórmula I é um inibidor da sinalização de um receptor de insulina ou um receptor do fator de crescimento 1 semelhante à insulina (IGF-1R), e/ou o composto de fórmula I interage com, afeta ou inibe uma proteína substrato na via mediada por IGF-1R. Em algumas modalidades, a proteína substrato é Substrato do Receptor da Insulina 1 (IRS1), Substrato do Receptor da Insulina 2 (IRS2), ou uma combinação dos mesmos. Em uma modalidade específica, o composto de fórmula I é um inibidor de IGF-1R quinase que leva a pelo menos um dentre a dissociação de IRS1 ou IRS2 da membrana celular, fosforilação de IRS1 ou IRS2, e/ou degradação de IRS1 ou IRS2, em qualquer ordem.
[0190] IGF1R e especificamente IRS1 são um dos principais mecanismos de resistência à inibição de EGFR (Buck E. et al. Feedback mechanisms promote cooperativity for small molecule inhibitors of epidermal and insulin-like growth factor receptors. Cancer Res. 2008 Oct 15;68(20):8322-32).
[0191] Os compostos aqui descritos também são moduladores do transdutor de sinal e do ativador de transcrição 3 (Stat3). Em algumas modalidades, os compostos conduzem à inibição da fosforilação de Stat3 em células cancerosas. Os níveis aumentados da fosforilação de Stat3 são detectados em vários cânceres e cânceres resistentes a drogas, levando a uma maior sobrevivência ao câncer. Sem o desejo de se limitar por qualquer teoria ou mecanismo de ação específico, contempla-se que a inibição da atividade de Stat3 pode entrar em sinergia com tais drogas inibidoras de PK, as quais, como efeito colateral, aumentam a produção de Stat3, pode prevenir a resistência adquirida a tais drogas e pode ser eficaz para cânceres resistentes a drogas. Adicionalmente, Stat3 é muitas vezes ativado no câncer e está diretamente envolvido na implementação e manutenção do microambiente imunossupressor do câncer e desempenha um papel central na evasão imune do tumor. Sem o desejo de se limitar a qualquer teoria ou mecanismo de ação específico, contempla-se que a inibição da fosforilação de Stat3 desmascara o tumor em relação ao sistema imune local e o sensibiliza para imunoterapia, por exemplo, anticorpos contra PDLs, PD1, CTLA4 ou quaisquer outros agentes de imunoterapia.
Definições Químicas:
[0192] Um grupo "alquila" se refere a qualquer hidrocarboneto alifático saturado, incluindo grupos alquila de cadeia linear e cadeia ramificada. Em uma modalidade, o grupo alquila tem 1-12 carbonos designados aqui como C1-C12-alquila. Em outra modalidade, o grupo alquila tem 1-6 carbonos designados aqui como alquil C1-C6. Em outra modalidade, o grupo alquila tem 1-4 carbonos designados aqui como alquila C1-C4. O grupo alquila pode ser não substituído ou substituído com um ou mais grupos selecionados dentre halogênio, hidróxi, alcoxicarbonila, amido, alquilamido, dialquilamido, nitro, amino, alquilamino, dialquilamino, carboxila, tio e tioalquila.
[0193] Um grupo "alcenila" se refere a um grupo hidrocarboneto alifático contendo pelo menos uma ligação dupla carbono-carbono incluindo grupos alcenila de cadeia linear, cadeia ramificada e cíclica. Em uma modalidade, o grupo alcenila tem 2-8 átomos de carbono designados aqui como alcenila C2-C8. Em outra modalidade, o grupo alcenila tem 2-6 átomos de carbono na cadeia designada aqui como alcenila C2-C6. Grupos alcenila exemplares incluem etenila, propenila, n-butenila, i-butenila, 3-metilbut-2- enila, n-pentenila, heptenila, octenila, ciclo-hexil-butenila e decenila. O grupo alcenila pode ser não substituído ou substituído através de átomos de carbono disponíveis com um ou mais grupos definidos anteriormente para alquila.
[0194] Um grupo "alcinila" se refere a um grupo hidrocarboneto alifático contendo pelo menos uma ligação tripla carbono-carbono incluindo cadeia linear e ramificada. Em uma modalidade, o grupo alcinila tem 2-8 átomos de carbono na cadeia designada aqui como alcinila C2-C8. Em outra modalidade, o grupo alcinila tem 2-6 átomos de carbono na cadeia designada aqui como alcinila C2-C6. Exemplos de grupos alcinila incluem etinila, propinila, n-butinila, 2-butinila, 3-metilbutinila, n-pentinila, heptinila, octinila e decinila. O grupo alcinila pode ser não substituído ou substituído através de átomos de carbono disponíveis com um ou mais grupos definidos anteriormente para alquila.
[0195] O termo "cicloalquil C3-C7" usado neste documento isoladamente ou como parte de outro grupo se refere a qualquer grupo monocíclico ou policíclico saturado ou insaturado (por exemplo, cicloalcenila, cicloalcinila). Exemplos não limitantes de grupos cicloalquila são ciclopropila, ciclobutila, ciclopentila, ciclo-hexila ou ciclo-heptila. Exemplos não limitantes de grupos cicloalcenila incluem ciclopentenila, ciclo-hexenila e semelhantes. O grupo cicloalquila pode ser não substituído ou substituído com qualquer um ou mais dos substituintes definidos acima para alquila. De forma semelhante, o termo "cicloalquileno" significa uma cicloalquila bivalente, como definido acima, onde o radical cicloalquila está ligado em duas posições que conectam dois grupos adicionais separados.
[0196] O termo "arila" usado neste documento isoladamente ou como parte de outro grupo se refere a um sistema de anel aromático contendo de 6 a 14 átomos de carbono no anel. O anel arila pode ser monocíclico, bicíclico, tricíclico e semelhantes. Exemplos não limitantes de grupos arila são fenila, naftila, incluindo 1-naftila, 2-naftila e semelhantes. O grupo arila pode ser não substituído ou substituído através de átomos de carbono disponíveis com um ou mais grupos definidos anteriormente para alquila.
[0197] O termo "heteroarila" usado neste documento isoladamente ou como parte de outro grupo se refere a um sistema heteroaromático contendo pelo menos um anel com heteroátomo em que o átomo é selecionado dentre nitrogênio, enxofre e oxigênio. A heteroarila contém 5 ou mais átomos no anel. O grupo heteroarila pode ser monocíclico, bicíclico, tricíclico e semelhantes. Também estão incluídos nesta definição os anéis benzo-heterocíclicos. Se o nitrogênio for um átomo do anel, a presente invenção também contemplará os N-óxidos de heteroaris contendo nitrogênio. Exemplos não limitantes de heteroarilas incluem tienila, benzotienila, 1-naftotienila, tiantrenila, furila, benzofurila, pirrolila, imidazolila, pirazolila, piridila, pirazinila, pirimidinila, piridazinila, indolila, isoindolila, indazolila, purinila, isoquinolila, quinolila, naftiridinila, quinoxalinila, quinazolinila, cinolinila, pteridinila, carbolinila, tiazolila, oxazolila, isotiazolila, isoxazolila e semelhantes. O grupo heteroarila pode ser não substituído ou substituído através de átomos disponíveis com um ou mais grupos definidos anteriormente para alquila.
[0198] O termo "anel heterocíclico" ou "heterociclila" usado neste documento isoladamente ou como parte de outro grupo se refere a anéis de cinco membros a oito membros que têm de 1 a 4 heteroátomos, tais como oxigênio, enxofre e/ou nitrogênio, em particular nitrogênio, isoladamente ou em conjunto com átomos de enxofre ou oxigênio no anel. Esses anéis de cinco membros a oito membros podem ser saturados, totalmente insaturados ou parcialmente insaturados, sendo preferenciais anéis totalmente saturados. Anéis heterocíclicos preferenciais incluem piperidinila, pirrolidinila, pirrolinila, pirazolinila, pirazolidinila, piperidinila, morfolinila, tiomorfolinila, piranila, tiopiranila, piperazinila, indolinila, di- hidrofuranila, tetra-hidrofuranila, di-hidrotiofenila, tetra-hidrotiofenila, di- hidropiranila, tetra-hidropiranila e semelhantes. O grupo heterociclila pode ser substituído ou não substituído através de átomos disponíveis com um ou mais grupos definidos anteriormente para alquila.
[0199] O termo "acila", como usado neste documento, abrange grupos tais como, mas não limitados a, formila, acetila, propionila, butirila, pentanoíla, pivaloíla, hexanoíla, heptanoíla, octanoíla, nonanoíla, decanoíla, undecanoíla, dodecanoíla, benzoíla e semelhantes. Grupos acila atualmente preferenciais são acetila e benzoíla.
[0200] Um grupo "hidroxi" se refere a um grupo OH. Um grupo "alcoxi" se refere a um grupo -O-alquila em que R é alquila como definido acima.
[0201] Um grupo "tio" se refere a um grupo -SH. Um grupo "alquiltio" se refere a um grupo -SR em que R é alquila como definido acima.
[0202] Um grupo "amino" se refere a um grupo NH2. Um grupo alquilamina se refere a um grupo -NHR em que R é alquila como definido acima. Um grupo dialquilamina se refere a um grupo -NRR' em que R e R' são alquila como definido acima.
[0203] Um grupo "amida" se refere a um grupo -C(O)NH2. Um grupo alquilamida se refere a um grupo -C(O)NHR em que R é alquila como definido acima. Um grupo dialquilamida se refere a um grupo -C(O)NRR' em que R e R' são alquila como definido acima.
[0204] Um grupo "tioamida" se refere a um grupo -C(S)NHR, em que R é alquila, arila, alquilarila ou H.
[0205] Um grupo "polioxialquileno" se refere a um grupo (CH2CH2O)nH em que n = 1-20. Grupos polioxialquileno atualmente preferenciais são polietilenoglicol (PEG) e polipropilenoglicol.
[0206] O termo "halogênio" ou "halo", como usado neste documento isoladamente ou como parte de outro grupo, refere-se a cloro, bromo, flúor e iodo. O termo "haloalquila" se refere a um grupo alquila com alguns ou todos os hidrogênios independentemente substituídos por um grupo halogênio incluindo, mas não limitado a, triclorometila, tribromometila, trifluorometila, tri-iodometila, difluorometila, clorodifluorometila, pentafluoroetila, 1,1-difluoroetila, bromometila, clorometila, fluorometila, iodometila e semelhantes.
[0207] Exemplos de grupos funcionais que dão origem a hidroxila mediante hidrólise incluem, mas não estão limitados a, ésteres, anidridos, carbamatos, carbonatos e semelhantes. Por exemplo, onde qualquer dentre R1, R2, R5 ou R6 for um grupo acila (COR), o grupo funcional resultante será um éster (OCOR). Quando quaisquer dentre R1, R2, R5 ou R6 for um grupo amida (CONHR), o grupo funcional resultante será um carbamato (OCONHR). Quando quaisquer dentre R1, R2, R5 ou R6 for um grupo carboxilato (COOR), o grupo funcional resultante será um carbonato (OCOOR).
[0208] Dentro do escopo da presente invenção estão pró-drogas dos compostos divulgados neste documento. O termo "pró-droga" representa compostos que são rapidamente transformados in vivo em quaisquer dos compostos representados pela fórmula I, por exemplo, por hidrólise no sangue. Assim, o termo "pró-droga" se refere a um precursor de quaisquer dos compostos da presente invenção que seja farmaceuticamente aceitável. Uma pró-droga pode estar inativa quando administrada a um sujeito, mas é convertida in vivo para um composto ativo. O uso de pró- drogas é particularmente vantajoso para facilitar a administração dos compostos. O composto pró-droga muitas vezes oferece benefícios de solubilidade, compatibilidade tecidual ou liberação prolongada em um organismo de mamífero. Por exemplo, a pró-droga, de acordo com os princípios da presente invenção, pode ser um composto representado pela estrutura de fórmula I em que R1, R2, R5 e R6 são um grupo funcional que dê origem a hidroxila mediante hidrólise como definido acima.
[0209] Todos os estereoisômeros dos compostos acima são contemplados, em mistura de adição ou em forma pura ou substancialmente pura. Os compostos podem ter centros assimétricos em qualquer um dos átomos. Consequentemente, os compostos podem existir em formas enantioméricas ou diastereoméricas ou em misturas das mesmas. A presente invenção contempla o uso de quaisquer racematos (isto é, misturas contendo quantidades iguais de cada um dos enantiômeros), misturas enantiomericamente enriquecidas (isto é, misturas enriquecidas em um enantiômero), enantiômeros ou diastereômeros puros, ou quaisquer misturas dos mesmos. Os centros quirais podem ser designados como R ou S ou R,S ou d,D,l,L ou d,l,D,L. Os compostos compreendendo resíduos de aminoácidos incluem resíduos de D- aminoácidos, L-aminoácidos ou derivados racêmicos de aminoácidos. Os compostos compreendendo resíduos de açúcares incluem resíduos de D- açúcares, L-açúcares ou derivados racêmicos de açúcares. Os resíduos de D-açúcares, os quais aparecem na natureza, são preferenciais. Além disso, diversos dos compostos da invenção contêm uma ou mais ligações duplas. A presente invenção pretende abranger todos os isômeros estruturais e geométricos, incluindo cis, trans, isômeros E e Z, independentemente em cada ocorrência.
[0210] Um ou mais dos compostos da invenção podem estar presentes como um sal. O termo "sal" engloba tanto sais de adição ácidos quanto básicos, incluindo, mas não limitados a, sais carboxilato ou sais com nitrogênios de amina, e incluem sais formados com os ânions e cátions orgânicos e inorgânicos discutidos abaixo. Adicionalmente, o termo inclui sais que se formam por reações ácido-base padrão com grupos básicos (tais como grupos amina) e ácidos orgânicos ou inorgânicos. Tais ácidos incluem os ácidos clorídrico, fluorídrico, trifluoroacético, sulfúrico, fosfórico, acético, succínico, cítrico, lático, maleico, fumárico, palmítico, cólico, pamoico, múcico, D-glutâmico, D-camfórico, glutárico, ftálico, tartárico, salicílico, metanossulfônico, benzenossulfónico, sórbico, pícrico, benzoico, cinâmico e semelhantes. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da invenção.
[0211] O termo "cátion orgânico ou inorgânico" se refere a contraíons para o ânion de um sal. Os contraíons incluem, mas não são limitados a, metais alcalinos e alcalino-terrosos (tais como lítio, sódio, potássio, bário, alumínio e cálcio); amônio e mono, di e trialquil aminas, tais como trimetilamina, ciclo-hexilamina; e os cátions orgânicos, tais como dibenzilamônio, benzilamônio, 2-hidroxietilamônio, bis(2-hidroxietil)amônio, feniletilbenzilamônio, dibenziletilenodiamônio e cátions semelhantes. Vide, por exemplo, Berge et al., J. PHARM. SCI. (1977), 66: 1-19, o qual é incorporado neste documento por referência.
[0212] A presente invenção também inclui solvatos dos compostos da presente invenção e sais dos mesmos. "Solvato" significa uma associação física de um composto da invenção com uma ou mais moléculas solventes. Essa associação física envolve graus variáveis de ligação iônica e covalente, incluindo ligação de hidrogênio. Em certos casos, o solvato será capaz de isolamento. O "solvato" engloba tanto solvatos em fase de solução quanto isoláveis. Exemplos não limitantes de solvatos adequados incluem etanolatos, metanolatos e semelhantes. "Hidrato" é um solvato em que a molécula de solvente é água.
[0213] A presente invenção também inclui polimorfos dos compostos da presente invenção e sais dos mesmos. O termo "polimorfo" se refere a um estado cristalino ou amorfo em particular de uma substância, o qual pode ser caracterizado por propriedades físicas específicas, tais como difração de raios X, espectros de IR ou Raman, ponto de fusão e semelhantes.
Combinações de Moduladores Duplos de IRS/Stat3 e Inibidores de EGFR/Anticorpos
[0214] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método de tratamento de um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de Receptor de Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR em combinação com um composto de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV), ou qualquer um dos compostos individuais cobertos por tais fórmulas.
[0215] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a um método de prevenção da resistência adquirida de um tumor a um inibidor de Receptor de Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR em combinação com um composto de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV), ou qualquer um dos compostos individuais cobertos por tais fórmulas.
[0216] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV) ou qualquer um dos compostos individuais cobertos por tais fórmulas, em combinação com um inibidor de Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR.
[0217] Em outras modalidades, a presente invenção se refere ainda à combinação como descrito acima para uso no tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR.
[0218] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente ao uso da combinação descrita acima para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR.
[0219] Em algumas modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer com tumores com resistência adquirida ao inibidor de EGFR e/ou tratamento com anticorpo EGFR. Em outras modalidades, o tratamento resulta em atenuação ou regressão do crescimento dos tumores resistentes. Em outras modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo tratamento com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR ou é um candidato para receber tal tratamento.
[0220] Qualquer inibidor de EGFR conhecido por uma pessoa versada na técnica pode ser usado nas combinações da presente invenção.Em algumas modalidades, o inibidor de EGFR é selecionado dentre o grupo que consiste em erlotinib, gefitinib, lapatinib, vandetanib, neratinib, icotinib, afatinib, dacomitinib, poziotinib, AZD9291, CO-1686, HM61713 e AP26113. Em uma modalidade atualmente preferencial, o inibidor de EGFR é erlotinib. Em uma modalidade específica, o composto é representado pela estrutura de fórmula D e o inibidor de EGFR é erlotinib. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0221] Em algumas modalidades, o anticorpo EGFR é selecionado dentre o grupo que consiste em trastuzumab, necitumumab, cetuximab e panitumumab. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0222] Em uma modalidade, o composto é um composto de fórmula A. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula B. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula C. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula D. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula E. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula F. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula G. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula H. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula J. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula IV-4. Em uma modalidade atualmente preferencial, o composto é representado pela estrutura de fórmula D. No entanto, é aparente para alguém versado na técnica que qualquer dos compostos descritos neste documento pode ser usado nas combinações da presente invenção.
Combinações de Moduladores Duplos de IRS/Stat3 e inibidores de mTOR
[0223] Em aspectos adicionais da presente invenção, verificou-se que uma combinação de um modulador duplo de IRS/Stat3 de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV) ou de qualquer um dos compostos individuais cobertos por tais fórmulas como descrito neste documento, e um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR), provê um efeito terapêutico que é pelo menos aditivo e é preferencialmente sinérgico em comparação com o efeito do tratamento de cada agente isoladamente. Além disso, a combinação pode ser usada para tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de mTOR e/ou para prevenir a resistência adquirida de um tumor ao inibidor de mTOR.
[0224] Consequentemente, em uma modalidade, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV) ou qualquer um dos compostos individuais cobertos por tais fórmulas e pelo menos um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR), em que o composto e o pelo menos um inibidor de mTOR juntos proveem um efeito terapêutico anticâncer sinérgico.
[0225] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a um método de tratamento do câncer compreendendo a etapa de administrar ao sujeito em necessidade da mesma uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV), e pelo menos um inibidor do alvo de mamíferos da rapamicina (mTOR), em que o composto e o pelo menos um inibidor de mTOR juntos proveem um efeito terapêutico sinérgico.
[0226] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a um método de tratamento de um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor do alvo de mamíferos da Rapamicina (mTOR), o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com inibidor de mTOR em combinação com um Composto de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV), ou qualquer um dos compostos individuais cobertos por tais fórmulas.
[0227] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a um método de prevenção da resistência adquirida de um tumor a um inibidor do alvo de mamíferos da Rapamicina (mTOR), o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de mTOR em combinação com um Composto de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV), ou qualquer um dos compostos individuais cobertos por tais fórmulas.
[0228] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente à combinação como descrito acima para uso no tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de mTOR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de mTOR.
[0229] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente ao uso da combinação descrita acima para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de mTOR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de mTOR.
[0230] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente a uma combinação como descrito acima, para uso no tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de mTOR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de mTOR.
[0231] Em algumas modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer com tumores com resistência adquirida ao tratamento com o inibidor de mTOR. Em outras modalidades, o tratamento resulta em atenuação ou regressão do crescimento dos tumores resistentes. Em outras modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo tratamento com um inibidor de mTOR ou é um candidato para receber tal tratamento.
[0232] Qualquer inibidor de mTOR conhecido por uma pessoa versada na técnica pode ser usado nas combinações da presente invenção. Em algumas modalidades, o inibidor de mTOR é um inibidor de primeira geração selecionado dentre o grupo que consiste em rapamicina (Sirolimus); Ridaforolimus (Deforolimus, AP23573, MK-8669); NVP-BEZ235 (2-Metil-2-{4-[3-metil-2-oxo-8-(quinolin-3-il)-2,3-di-hidro-1H-imidazo[4,5- c]quinolin-1-il]fenil}propanonitrila); Everolimus (Afinitor, RAD-001, o derivado 40-O-(2-hidroxietil) de Sirolimus); e Temsirolimus (CCI-779). Em uma modalidade atualmente preferencial, o inibidor de mTOR é Everolimus.
[0233] Em outras modalidades, o inibidor de mTOR é um composto de segunda geração (inibidor de mTORC1 e mTORC2), tal como OSI-027 (ácido trans-4-[4-Amino-5-(7-metoxi-1H-indol-2-il)imidazo[5,1-f][1,2,4]triazin- 7-il]ciclo-hexanocarboxílico); XL765 (SAR245409); INK128 (3-(2-amino-5- benzoxazolil)-1-(1-metiletil)-1H-pirazolo[3,4-d]pirimidin-4-amina); MLN0128, AZD2014 (3-(2,4-bis((S)-3-metilmorfolino)pirido[2,3-d]pirimidin-7-il)-N- metilbenzamida); DS-3078a e Palomid529 (3-(4-metoxibenziloxi)-8-(1- hidroxietil)-2-metoxi-6H-benzo[c]cromen-6-ona).
[0234] Em uma modalidade específica, o composto é representado pela estrutura de fórmula D e o inibidor de mTOR é Everolimus (Afinitor).
[0235] Em uma modalidade, o composto é um composto de fórmula A. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula B. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula C. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula D. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula E. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula F. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula G. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula H. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula J. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula IV-4. Em uma modalidade atualmente preferencial, o composto é representado pela estrutura de fórmula D. No entanto, é aparente para alguém versado na técnica que qualquer dos compostos descritos neste documento pode ser usado nas combinações da presente invenção.
Combinações de Moduladores Duplos de IRS/Stat3 e Agentes de Imunoterapia
[0236] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método de sensibilizar um tumor à imunoterapia, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um composto de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV) ou qualquer um dos compostos individuais cobertos por tais fórmulas em combinação com um agente de imunoterapia.
[0237] Em outra modalidade, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de qualquer uma das fórmulas (I), (II), (III), (IV) ou qualquer um dos compostos individuais cobertos por tais fórmulas, em combinação com um agente de imunoterapia.
[0238] Em outras modalidades, a presente invenção se refere adicionalmente à combinação como descrito acima para uso no tratamento de um tumor através da sensibilização do tumor à imunoterapia.
[0239] Em outras modalidades, a presente invenção se refere ainda ao uso da combinação descrita acima para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor através da sensibilização do tumor à imunoterapia.
[0240] Em algumas modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo imunoterapia ou é um candidato para receber imunoterapia.
[0241] Qualquer agente de imunoterapia que é conhecido por uma pessoa versada na técnica pode ser usado na combinação da presente invenção. Em algumas modalidades, o agente de imunoterapia é um anticorpo contra um alvo selecionado dentre o grupo que consiste em PDL, PD1, CTLA4, CD20, CD30, CD33, CD52, VEGF, CD30, EGFR e ErbB2. Em algumas modalidades, o anticorpo é selecionado dentre o grupo que consiste em Alemtuzumab (Campath®), Bevacizumab (Avastin®), Brentuximab vedotin (Adcetris®)Cetuximab (Erbitux®)Gemtuzumab ozogamicina (Mylotarg®)Ibritumomab tiuxetan (Zevalin®), Ipilimumab (Yervoy®), Ofatumumab (Arzerra®), Panitumumab (Vectibix®), Rituximab (Rituxan®)Tositumomab (Bexxar®) e Tratuzumab (Herceptin®). Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0242] Em uma modalidade, o composto é um composto de fórmula A. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula B. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula C. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula D. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula E. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula F. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula Ga. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula H. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula J. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula IV-4. Em uma modalidade atualmente preferencial, o composto é representado pela estrutura de fórmula D. No entanto, é aparente para alguém versado na técnica que qualquer dos compostos descritos neste documento pode ser usado nas combinações da presente invenção.
Combinações de Moduladores duplos IRS/Stat3 e inibidor de proteína quinase ativada por mitógeno (MEK) e/ou um inibidor de B-Raf mutado
[0243] Em outros aspectos, verificou-se que uma combinação de um modulador duplo de Substrato do Receptor da Insulina (IRS) e transdutor de sinal e ativador da transcrição 3 (Stat3), como descrito neste documento, e um inibidor de proteína quinase ativada por mitógeno (MEK) e/ou um inibidor de B-Raf mutado, provê um efeito terapêutico que é pelo menos aditivo e é preferencialmente sinérgico em comparação com o efeito do tratamento de cada agente isoladamente. Além disso, a combinação pode ser usada para tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, e/ou para prevenir a resistência adquirida de um tumor a um inibidor de MEK e/ou inibidor de B- Raf mutado e/ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado.
[0244] Assim, em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um método de tratamento de um tumor que tenha desenvolvido resistência a um inibidor de proteína quinase ativada por mitógeno (MEK) e/ou a um inibidor de B-Raf mutado, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0245] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a método de prevenção da resistência adquirida de um tumor a um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0246] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a um método de prevenção ou atraso da recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de MEK e/ou um inibidor de B-Raf mutado, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com um inibidor de MEK e/ou inibidor de B-Raf mutado, em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0247] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica que compreende um composto representado pela estrutura da fórmula (III), em combinação com um inibidor de proteína quinase ativada por mitógeno (MEK) e, opcionalmente, um inibidor de B-Raf mutado. Em algumas modalidades, a combinação compreende um composto de fórmula (III), um inibidor de MEK e um inibidor de B-Raf mutado preferencialmente, em que o inibidor de MEK é Trametinib, e o inibidor de B-Raf mutado é Vemurafenib.
[0248] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a um composto representado pela estrutura de fórmula (IV), em combinação com um inibidor de proteína quinase ativada por mitógeno (MEK) e/ou um inibidor de B-Raf mutado.
[0249] Em algumas modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer com tumores com resistência adquirida ao tratamento com inibidor de MEK e/ou com inibidor de B-Raf mutado. Em outras modalidades, o tratamento resulta em atenuação ou regressão do crescimento dos tumores resistentes. Em outras modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo tratamento com um inibidor de MEK e/ou um inibidor de B-Raf mutado ou é um candidato para receber esse tratamento.
[0250] Qualquer inibidor de MEK conhecido por uma pessoa versada na técnica pode ser usado nas combinações da presente invenção. Em algumas modalidades, o inibidor de MEK é selecionado dentre o grupo que consiste em Trametinib (GSK1120212), Selumetinib, Binimetinib (MEK162), PD-325901, Cobimetinib, CI-1040 e PD035901, preferencialmente, em que o inibidor de MEK é Trametin.
[0251] Qualquer inibidor de B-Raf mutado conhecido por uma pessoa versada na técnica pode ser usado nas combinações da presente invenção. Em algumas modalidades, o inibidor de B-Raf mutado é selecionado dentre o grupo que consiste em Vemurafenib (PLX-4032), PLX4720, Sorafenib (BAY43-9006) e Dabrafenib, preferencialmente, em que o inibidor de B-Raf mutado é Vemurafenib.
[0252] Em uma modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (III). Em outra modalidade, o composto é representado pela estrutura de fórmula (IV). Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0253] Em algumas modalidades, o composto é representado pela estrutura da fórmula D e o inibidor de MEK é Trametinib.
[0254] Em outras modalidades, o composto é representado pela estrutura de fórmula D e o inibidor de B-Raf mutado é Vemurafenib.
[0255] Em algumas modalidades, o tratamento de combinação inclui um composto de fórmula (III) ou (IV), e um inibidor de MEK ou um inibidor de B-Raf mutado. Em outras modalidades, o tratamento de combinação inclui um composto de fórmula (III) ou (IV), e tanto um inibidor de MEK quanto um inibidor de B-Raf mutado.
[0256] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula D em combinação com Trametinib.
[0257] Em outras modalidades, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula D em combinação com Trametinib e Vemurafenib.
[0258] Em outras modalidades, a presente invenção se refere às combinações descritas acima para uso no tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de MEK e/ou a um inibidor de B-Raf mutado, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de MEK e/ou a um inibidor de B-Raf mutado.
[0259] Em outras modalidades, a presente invenção se refere ao uso das combinações descritas acima para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de MEK e/ou um inibidor de B-Raf mutado, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de MEK e/ou a um inibidor de B-Raf mutado.
[0260] Em uma modalidade, o composto é um composto de fórmula A. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula B. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula C. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula D. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula E. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula F. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula Ga. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula H. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula J. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula IV-4. Em uma modalidade atualmente preferencial, o composto é representado pela estrutura de fórmula D. No entanto, é aparente para alguém versado na técnica que qualquer dos compostos descritos neste documento pode ser usado nas combinações da presente invenção.
Combinações de Moduladores duplos de IRS/Stat3 e Agente Quimioterápico
[0261] Em outros aspectos, verificou-se que uma combinação de um modulador duplo do Substrato do Receptor da Insulina (IRS) e transdutor de sinal e ativador de transcrição 3 (Stat3), como descrito neste documento, e um agente quimioterápico, tal como Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos (por exemplo, o tratamento de combinação FOLFIRI ou FOLFOX), provê um efeito terapêutico que é pelo menos aditivo e é preferencialmente sinérgico em comparação com o efeito do tratamento de cada agente isoladamente. Além disso, a combinação pode ser usada para tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência a quaisquer desses agentes quimioterápicos ou sua combinação e/ou para prevenir a resistência adquirida de um tumor a quaisquer desses agentes quimioterápicos ou sua combinação, e/ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com quaisquer desses agentes terapêuticos ou sua combinação.
[0262] FOLFIRI é um tratamento de combinação para câncer contendo Leucovorin (Ácido Folínico), 5-FU e Irinotecan. FOLFOX é um tratamento de combinação para câncer contendo Leucovorin cálcico (Ácido Folínico), 5-FU e Oxaliplatina.
[0263] Assim, de acordo com algumas modalidades, a presente invenção se refere a uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) e pelo menos um agente quimioterápico selecionado dentre Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, em que o composto e o(s) agente(s) quimioterápico(s) juntos proveem um efeito terapêutico anticâncer sinérgico.
[0264] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um método de tratamento do câncer compreendendo a etapa de administrar ao sujeito em necessidade da mesma uma quantidade terapeuticamente eficaz de uma combinação compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) e pelo menos um agente quimioterápico selecionado dentre Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, em que o composto e o(s) agente(s) quimioterápico(s) juntos proveem um efeito terapêutico anticâncer sinérgico.
[0265] Em outras modalidades, a presente invenção provê um método de tratamento de um tumor que tenha desenvolvido resistência a pelo menos um agente quimioterápico, por exemplo, Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com pelo menos um do(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s) em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0266] Em outras modalidades, a presente invenção provê um método de prevenção da resistência adquirida de um tumor a pelo menos um agente quimioterápico, por exemplo, Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com pelo menos um do(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s) em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0267] Em outras modalidades, a presente invenção provê um método de prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com pelo menos um agente quimioterápico, por exemplo, Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, o método compreendendo a etapa de contatar o tumor com pelo menos um do(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s) em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV).
[0268] Em algumas modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer com tumores com resistência adquirida a dito(s) agente(s) quimioterápico(s). Em outras modalidades, o tratamento resulta em atenuação ou regressão do crescimento dos tumores resistentes. Em outras modalidades, o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo tratamento com dito(s) agente(s) quimioterápico(s), ou é um candidato para receber tal tratamento.
[0269] Em outras modalidades, a presente invenção provê uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) e pelo menos um agente quimioterápico, por exemplo, Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, para uso no tratamento de um tumor que é resistente a dito(s) agente(s) quimioterápico(s), ou para prevenir a resistência adquirida ao(s) dito(s) agente(s) quimioterápico(s), ou para atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um ou mais de tal(is) agente(s) quimioterápico(s).
[0270] Em outras modalidades, a presente invenção se refere ao uso de uma combinação farmacêutica compreendendo um composto representado pela estrutura de fórmula (III) ou (IV) e pelo menos um agente quimioterápico, por exemplo, Gemcitabina, 5-FU, Irinotecan, Oxaliplatina e qualquer combinação dos mesmos, para a preparação de um medicamento para o tratamento de um tumor que é resistente a dito(s) agente(s) quimioterápico(s), ou para prevenir a resistência adquirida a tal(is) agente(s) quimioterápico(s), ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com tal(is) agente(s) quimioterápico(s).
[0271] É evidente para uma pessoa versada na técnica que outros agentes quimioterápicos relacionados aos exemplos não limitantes acima podem ser usados nas combinações da presente invenção. Por exemplo, a presente invenção contempla o uso de outros compostos de platina (por exemplo, carboplatina e cisplatina), SN-38 (um metabólito de Irinotecan) e outras fluoropirimidinas (análogos de 5-FU).
[0272] Em uma modalidade, o composto é um composto de fórmula A. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula B. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula C. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula D. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula E. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula F. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula Ga. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula H. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula I. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula J. Em outra modalidade, o composto é um composto de fórmula IV-4. Em uma modalidade atualmente preferencial, o composto é representado pela estrutura de fórmula D. No entanto, é aparente para alguém versado na técnica que qualquer dos compostos descritos neste documento pode ser usado nas combinações da presente invenção.
Tratamento do Câncer
[0273] O termo "câncer" como usado neste documento se refere a um distúrbio no qual uma população de células se tornou, em graus variados, não responsiva aos mecanismos de controle que normalmente governam a proliferação e a diferenciação. O câncer se refere a vários tipos de neoplasias e tumores malignos, incluindo tumores primários e metástases tumorais. Exemplos não limitantes de cânceres que podem ser tratados pelas combinações da presente invenção são cânceres de cérebro, ovário, cólon, próstata, rim, bexiga, mama, pulmão, oral e pele.Exemplos específicos de cânceres são: carcinomas, sarcomas, mielomas, leucemias, linfomas e tumores do tipo misto. Categorias específicas de tumores incluem distúrbios linfoproliferativos, câncer de mama, câncer de ovário, câncer de próstata, câncer cervical, câncer de endométrio, câncer ósseo, câncer de fígado, câncer de estômago, câncer de cólon, câncer do pâncreas, câncer da tireoide, câncer de cabeça e pescoço, câncer do sistema nervoso central, câncer do sistema nervoso periférico, câncer de pele, câncer de rim, bem como metástases de todos os acima. Tipos específicos de tumores incluem carcinoma hepatocelular, hepatoma, hepatoblastoma, rabdomiossarcoma, carcinoma esofágico, carcinoma da tireoide, ganglioblastoma, fibrossarcoma, mixossarcoma, lipossarcoma, condrossarcoma, sarcoma osteogênico, cordoma, angiossarcoma, endoteliossarcoma, tumor de Ewing, leimiossarcoma, rabdoteliossarcoma, carcinoma ductal invasivo, adenocarcinoma papilar, melanoma, carcinoma de células escamosas, carcinoma basocelular, adenocarcinoma (bem diferenciado, moderadamente diferenciado, mal diferenciado ou indiferenciado), carcinoma de células renais, hipernefroma, adenocarcinoma hipernefroide, carcinoma do duto biliar, coriocarcinoma, seminoma, carcinoma embrionário, tumor de Wilms, tumor testicular, carcinoma pulmonar, incluindo carcinoma de células pequenas, carcinoma de pulmão de células não pequenas e grandes, carcinoma de bexiga, glioma, astrocioma, meduloblastoma, craniofaringioma, ependimoma, pinealoma, retinoblastoma, neuroblastoma, carcinoma do cólon, carcinoma retal, malignidades hematopoiéticas incluindo todos os tipos de leucemia e linfoma, incluindo: leucemia mieloide aguda leucemia mielocítica aguda, leucemia linfocítica aguda leucemia mieloide crônica, leucemia linfocítica crônica, leucemia de mastócitos, mieloma múltiplo, linfoma mieloide, linfoma de Hodgkin, linfoma não Hodgkin e hepatocarcinoma. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0274] Em algumas modalidades representativas, o câncer é selecionado dentre o grupo que consiste em câncer de cabeça e pescoço (H&N), sarcoma, mieloma múltiplo, câncer de ovário, câncer de mama, câncer de rim, câncer de estômago, cânceres hematopoiético, linfoma, leucemia, incluindo leucemia linfoblástica, carcinoma pulmonar, melanoma, glioblastoma, hepatocarcinoma, câncer de próstata e câncer de cólon. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0275] O termo "tratamento de câncer" no contexto da presente invenção inclui pelo menos um dos seguintes: uma diminuição da taxa de crescimento do câncer (ou seja, o câncer ainda cresce, mas a uma taxa mais lenta); cessação do crescimento do crescimento canceroso, isto é, estase do crescimento tumoral e, em casos preferenciais, o tumor diminui ou é reduzido em tamanho. O termo também inclui redução do número de metástases, redução do número de novas metástases formadas, desaceleração da progressão do câncer de um estágio para o outro e diminuição da angiogênese induzida pelo câncer. Em casos mais preferenciais, o tumor é totalmente eliminado. Adicionalmente inclusa nesse termo é a extensão do período de sobrevivência do sujeito submetido ao tratamento, extensão do tempo de progressão das doenças, regressão do tumor e semelhantes. Deve-se entender que o termo "tratamento de câncer" também se refere à inibição de uma proliferação de células malignas (cancerosas), incluindo a formação do tumor, tumores primários, progressão do tumor ou metástase tumoral. O termo "inibição da proliferação" em relação às células cancerosas, pode se referir adicionalmente a uma diminuição de pelo menos um dos seguintes: número de células (devido à morte celular que pode ser necrótica, apoptótica ou qualquer outro tipo de morte celular ou combinações das mesmas) em comparação ao controle; diminuição das taxas de crescimento das células, isto é, o número total de células pode aumentar, mas em um nível menor ou a uma taxa menor do que o aumento do controle; diminuição da invasividade das células (como determinado, por exemplo, por ensaio soft agar) em comparação ao controle, mesmo se o número total delas não tiver mudado; progressão de um tipo de célula menos diferenciado para um tipo de célula mais diferenciado; uma desaceleração da transformação neoplásica; ou, alternativamente, a desaceleração da progressão das células cancerosas de um estágio para o próximo.
[0276] Como usado neste documento, o termo "administração" se refere a colocar em contato com a combinação da presente invenção. A administração pode ser realizada em culturas de células ou tecidos, ou em organismos vivos, por exemplo, humanos. Em uma modalidade, a presente invenção abrange a administração das combinações da presente invenção a um sujeito humano.
[0277] Um tratamento "terapêutico" é um tratamento administrado a um sujeito que exibe sinais de patologia com a finalidade de diminuir ou eliminar esses sinais. Uma "quantidade terapeuticamente eficaz" é a quantidade de composto ou de uma composição que é suficiente para prover um efeito benéfico ao sujeito ao qual o composto ou composição é administrada.
[0278] O termo "após o cessar do tratamento", como usado neste documento, significa após o tratamento com a droga de escolha ser interrompido. Por exemplo, de acordo com certas modalidades da presente invenção, o modulador duplo de IRS/Stat3 (por exemplo, composto de fórmula (III) ou (IV)) é administrado em conjunto (sequencialmente ou concorrentemente) com qualquer um dos tratamentos de combinação descritos neste documento por um período de tempo desejado. Então o tratamento (com todos os compostos) é interrompido e os tumores são monitorados por um período de tempo desejado. Como contemplado neste documento, os Moduladores Duplos IRS/Stat3 da presente invenção são capazes de prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com qualquer uma das drogas de combinação descritas neste documento por um período maior do que qualquer uma dessas drogas administradas isoladamente.
[0279] O termo "tratar um tumor que tenha desenvolvido resistência" a uma certa droga anticâncer ou "prevenir a resistência adquirida de um tumor" a uma certa droga anticâncer significa qualquer um ou mais dos seguintes: (i) os tumores adquirem ou desenvolvem resistência como resultado do tratamento para essa droga anticâncer; (ii) que os tumores adquirem ou desenvolvem resistência como resultado do tratamento com outras drogas anticâncer; ou (iii) os tumores têm uma resistência primária a essa droga anticâncer.
[0280] A terapia de combinação pode prover uma vantagem terapêutica em vista da toxicidade diferencial associada aos dois tratamentos individuais. Por exemplo, o tratamento com um composto pode levar a uma toxicidade específica que não é vista com o outro composto, e vice-versa. Como tal, essa toxicidade diferencial pode permitir que cada tratamento seja administrado a uma dose na qual as toxicidades não existam ou sejam mínimas, de forma tal que, em conjunto, a terapia de combinação proveja uma dose terapêutica ao mesmo tempo em que evita as toxicidades de cada um dos constituintes dos agentes de combinação. Além disso, quando os efeitos terapêuticos alcançados como resultado do tratamento combinado são potencializados ou sinérgicos, isto é, significativamente melhores do que os efeitos terapêuticos aditivos, as doses de cada um dos agentes podem ser reduzidas ainda mais, reduzindo, assim, as toxicidades associadas a um grau ainda maior.
[0281] Os termos "sinérgico", "cooperativo" e "superaditivo" e suas várias variações gramaticais são usados neste documento intercambiavelmente. Uma interação entre um modulador duplo de IRS/Stat3 e outro agente anticâncer (por exemplo, inibidor de mTOR, inibidor de EGFR, anticorpo EGFR e/ou agente de imunoterapia) é considerada sinérgica, cooperativa ou superaditiva quando o efeito observado (por exemplo, citotoxicidade) na presença das drogas em conjunto é superior à soma dos efeitos individuais de cada droga administrada separadamente. Em uma modalidade, o efeito combinado observado das drogas é significativamente maior do que a soma dos efeitos individuais. O termo significativo significa que p < 0,05 é observado. Uma maneira não limitante de calcular a eficácia do tratamento combinado compreende o uso do modelo de aditivismo de Bliss (Cardone et al. Science (1998), 282: 1318-1321) usando a seguinte fórmula: Ebliss = EA + EB - EA x EB, onde EA e EB são as inibições fracionárias obtidas pela droga A isoladamente e a droga B isoladamente em concentrações específicas. Quando a inibição fracionária medida experimentalmente for igual a Ebliss, a combinação provê um efeito terapêutico aditivo. Quando o a inibição fracionária medida experimentalmente for maior do que Ebliss, a combinação provê um efeito terapêutico sinérgico.
Composições Farmacêuticas
[0282] Embora os componentes das combinações da presente invenção possam ser administrados isoladamente, contempla-se que os componentes são administrados em composições farmacêuticas adicionalmente contendo pelo menos um veículo ou excipiente farmaceuticamente aceitável. Cada um dos componentes pode ser administrado em uma composição farmacêutica separada, ou a combinação pode ser administrada em uma composição farmacêutica.
[0283] As composições farmacêuticas da presente invenção podem ser formuladas para administração por uma variedade de vias, incluindo oral, retal, transdérmica, parenteral (subcutânea, intraperitoneal, intravenosa, intra-arterial, transdérmica e intramuscular), tópica, intranasal ou através de um supositório. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção. Tais composições são preparadas de uma maneira bem conhecida na técnica farmacêutica e compreendem como um ingrediente ativo pelo menos um composto da presente invenção como descrito acima e um excipiente farmaceuticamente aceitável ou um veículo. O termo "farmaceuticamente aceitável" significa aprovado por uma agência regulatória do Governo Federal ou Estadual ou listado na Farmacopeia dos EUA ou outra farmacopeia geralmente reconhecida para uso em animais e, mais particularmente, em humanos.
[0284] Durante a preparação das composições farmacêuticas de acordo com a presente invenção, o ingrediente ativo é geralmente misturado com um veículo ou excipiente, o qual pode ser um material sólido, semissólido ou líquido. As composições podem estar na forma de comprimidos, pílulas, cápsulas, peletes, grânulos, pós, pastilhas, sachês, cápsulas achatadas, elixires, suspensões, dispersões, emulsões, soluções, xaropes, aerossóis (como um sólido ou em meio líquido), pomadas contendo, por exemplo, até 10% em peso do composto ativo, cápsulas de gelatina moles e duras, supositórios, soluções injetáveis estéreis e pós estéreis embalados. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0285] Os veículos podem ser qualquer um daqueles convencionalmente usados e são limitados somente por considerações físico-químicas, tais como solubilidade e falta de reatividade com o composto da invenção e pela via de administração. A escolha de veículo será determinada pelo método específico usado para administrar a composição farmacêutica. Alguns exemplos de transportadores adequados incluem lactose, glicose, dextrose, sacarose, sorbitol, manitol, amidos, goma acácia, fosfato de cálcio, alginatos, tragacanto, gelatina, silicato de cálcio, celulose microcristalina, polivinilpirrolidona, celulose, água e metilcelulose. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção. As formulações podem incluir adicionalmente agentes de lubrificação, tais como talco, estearato de magnésio e óleo mineral; agentes umectantes, surfactantes, agentes emulsificantes e de suspensão; agentes conservantes, tais como metil- e propil-hidroxibenzoatos; agentes edulcorantes; agentes aromatizantes, corantes, agentes tamponantes (por exemplo, acetatos, citratos ou fosfatos), agentes desintegrantes, agentes hidratantes, agentes antibacterianos, antioxidantes (por exemplo, ácido ascórbico ou bissulfito de sódio), agentes quelantes (por exemplo, ácido etilenodiaminotetracético) e agentes para o ajuste de tonicidade, tais como cloreto de sódio.Outros veículos farmacêuticos podem ser líquidos estéreis, tais como água e óleos, incluindo aqueles de petróleo, animais, de origem vegetal ou sintética, tais como óleo de amendoim, óleo de soja, óleo mineral, óleo de gergelim e semelhantes, polietilenoglicóis, glicerina, propileno glicol ou outros solventes sintéticos. A água é um veículo preferencial quando a composição farmacêutica é administrada por via intravenosa. Soluções salinas e soluções aquosas de glicerol e dextrose também podem ser empregadas como veículos líquidos, particularmente para soluções injetáveis. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0286] Para a preparação de composições sólidas, tais como comprimidos, o(s) ingrediente(s) ativo(s) principal(is) é(são) misturado(s) com um excipiente farmacêutico para formar uma composição de pré- formulação sólida contendo uma mistura homogênea de um composto da presente invenção. Ao se referir a essas composições de pré-formulação como homogêneas, entende-se que o ingrediente ativo é disperso uniformemente em toda a composição, de forma que a composição possa ser facilmente subdividida em formas de dosagem unitárias igualmente eficazes, tais como comprimidos, pílulas e cápsulas. Essa pré-formulação sólida é então subdividida em formas de dosagem unitária do tipo descrito acima contendo, por exemplo, de cerca de 0,1 mg a cerca de 2000 mg, de cerca de 0,1 mg a cerca de 500 mg, de cerca de 1 mg a cerca de 100 mg, de cerca de 100 mg a cerca de 250 mg, etc. do(s) ingrediente(s) ativo(s) da presente invenção.
[0287] Qualquer método pode ser usado para preparar as composições farmacêuticas. Formas de soagem sólidas podem ser preparadas por granulação úmida, granulação seca, compressão direta e semelhantes. As formas de dosagem sólidas da presente invenção podem ser revestidas ou compostas de outra forma para prover uma forma de dosagem que proporcione a vantagem de ação prolongada. Por exemplo, o comprimido ou pílula pode compreender um componente de dosagem interna e um de dosagem externa, estando este último na forma de um envelope sobre o primeiro. Os dois componentes podem ser separados por uma camada entérica, a qual serve para resistir à desintegração no estômago e permitir que o componente interno passe intacto para o duodeno ou tenha sua liberação atrasada. Uma variedade de materiais pode ser usada para tais camadas ou revestimentos entéricos, tais materiais incluindo um número de ácidos poliméricos e misturas de ácidos poliméricos com tais materiais como goma laca, álcool cetílico e acetato de celulose. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0288] As formas líquidas nas quais as composições da presente invenção podem ser incorporadas, para administração por via oral ou por injeção, incluem soluções aquosas, xaropes adequadamente aromatizados, suspensões aquosas ou oleosas e emulsões aromatizadas com óleos comestíveis, tais como óleo de semente de algodão, óleo de gergelim, óleo de coco ou óleo de amendoim, bem como elixires e veículos farmacêuticos semelhantes. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0289] Composições para inalação ou nebulização incluem soluções e suspensões em solventes aquosos ou orgânicos farmaceuticamente aceitáveis, ou misturas dos mesmos, e pós. As composições líquidas ou sólidas podem conter excipientes farmaceuticamente aceitáveis adequados como descrito acima. Em uma modalidade, as composições são administradas por via respiratória oral ou nasal para efeito local ou sistêmico. Composições em solventes farmaceuticamente aceitáveis podem ser nebulizadas pelo uso de gases inertes. Soluções nebulizadas podem ser respiradas diretamente a partir do dispositivo de nebulização ou o dispositivo de nebulização pode ser afixado a uma tenda facial ou a uma máquina de respiração com pressão positiva intermitente. As composições de solução, suspensão ou pó podem ser administradas, por via oral ou nasal, a partir de dispositivos que entregam a formulação de uma maneira apropriada.
[0290] Outra formulação adequada para as composições e métodos da presente invenção emprega dispositivos de administração transdérmica ("adesivos"). Tais adesivos transdérmicos podem ser usados para prover infusão contínua ou descontínua dos compostos da presente invenção em quantidades controladas. A construção e uso de adesivos transdérmicos para a entrega de agentes farmacêuticos é bem conhecida na técnica.
[0291] Em ainda outra modalidade, a composição é preparada para administração tópica, por exemplo, como uma pomada, um gel uma gota ou um creme. Para administração tópica em superfícies corporais usando, por exemplo, cremes, géis, gotas, pomadas e semelhantes, os compostos da presente invenção podem ser preparados e aplicados em um diluente fisiologicamente aceitável com ou sem um veículo farmacêutico. A presente invenção pode ser usada tópica ou transdermicamente para tratar câncer, por exemplo, melanoma. Adjuvantes para formas básicas tópicas ou em gel podem incluir, por exemplo, carboximetilcelulose sódica, poliacrilatos, polímeros em bloco de polioxoetileno-polioxipropileno, polietilenoglicol e álcoois de cera de madeira. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0292] Formulações alternativas incluem sprays nasais, formulações lipossômicas, formulações de liberação lenta, bombas que entregam as drogas para o corpo (incluindo bombas mecânicas ou osmóticas) formulações de liberação controlada e semelhantes, como são conhecidas na técnica.
[0293] As composições são preferencialmente formuladas em uma forma de dosagem unitária. O termo "formas de dosagem unitária" se refere a unidades fisicamente discretas adequadas como dosagens unitárias para sujeitos humanos e outros mamíferos, cada unidade contendo uma quantidade predeterminada de material(is) ativo(s) calculado(s) para produzir o efeito terapêutico desejado, em associação com um excipiente farmacêutico adequado.
[0294] Ao preparar uma formulação, pode ser necessário pulverizar o ingrediente ativo para prover o tamanho de partícula apropriado antes de combiná-lo com os outros ingredientes. Se o composto ativo for substancialmente insolúvel, ele é normalmente pulverizado a um tamanho de partícula inferior à malha 200. Se o ingrediente ativo for substancialmente solúvel em água, o tamanho de partícula é normalmente ajustado por pulverização para prover uma distribuição substancialmente uniforme na formulação, por exemplo, cerca de malha 40.
[0295] Pode ser desejável administrar a composição farmacêutica da invenção localmente na área em necessidade de tratamento; isso pode ser atingido, por exemplo, e não de forma limitante, infusão local durante cirurgia, infusão ao fígado através de vasos sanguíneos alimentadores com ou sem cirurgia, aplicação tópica, por exemplo, em conjunto com um curativo de ferida pós-cirúrgico, por injeção, por meio de um cateter, por meio de um supositório, ou por meio de um implante, o implante sendo de um material poroso, não poroso, ou gelatinoso. De acordo com algumas modalidades preferenciais, a administração pode ser por injeção direta, por exemplo, através de uma seringa, no local de um tumor ou tecido neoplásico ou pré-neoplásico.
[0296] Os compostos também podem ser administrados por qualquer via conveniente, por exemplo por infusão ou injeção de bolus, absorção através de revestimentos epiteliais (por exemplo, mucosa oral, mucosa retal e intestinal, etc.), e podem ser administrados em conjunto com outros agentes terapeuticamente ativos. A administração pode ser localizada ou pode ser sistêmica. Além disso, pode ser desejável introduzir as composições farmacêuticas da invenção no sistema nervoso central por qualquer via adequada, incluindo injeção intraventricular e intratecal; a injeção intraventricular pode ser facilitada por um cateter intraventricular, por exemplo, afixado a um reservatório. A administração pulmonar também pode ser empregada, por exemplo, pelo uso de um inalador ou nebulizador, e formulação com um agente de formação de aerossol.
[0297] Um composto da presente invenção pode ser entregue em uma liberação imediata ou em um sistema de liberação controlada. Em uma modalidade, uma bomba de infusão pode ser usada para administrar um composto da invenção, tal como um que é usado para a entrega de quimioterapia a órgãos ou tumores específicos (vide Buchwald et al., 1980, Surgery 88: 507; Saudek et al., 1989, N. Engl. J. Med. 321: 574). Em uma modalidade, um composto da invenção é administrado em combinação com um implante polimérico biodegradável e biocompatível, o qual libera o composto ao longo de um período controlado de tempo em um local selecionado. Exemplos de materiais poliméricos incluem, mas não estão limitados a, polianidridos, poliortoésteres, ácido poliglicólico, ácido polilático, polietileno acetato de vinila, copolímeros e misturas dos mesmos. Em ainda outra modalidade, um sistema de liberação controlada pode ser colocado em proximidade ao alvo terapêutico, exigindo, assim, somente uma fração da dose sistêmica.
[0298] Além disso, às vezes, as composições farmacêuticas podem ser formuladas para administração parenteral (subcutânea, intravenosa, intra-arterial, transdérmica, intraperitoneal ou intramuscular) e podem incluir soluções para injeção aquosas e não aquosas isotônicas estéreis, as quais podem conter antioxidantes, tampões, bacteriostatos e solutos que tornam a formulação isotônica com o sangue do receptor pretendido, e suspensões estéreis aquosas e não aquosas que incluem agentes de suspensão, solubilizantes, agentes espessantes, estabilizantes e conservantes. Óleos, tais como de petróleo, animais, vegetais ou sintéticos, e sabões, tais como sais graxos de metais alcalinos, amônio e trietanolamina, e detergentes adequados também podem ser usados para administração parenteral. As formulações anteriores também podem ser usadas para injeção intratumoral direta. Além disso, a fim de minimizar ou eliminar a irritação no local da injeção, as composições podem conter um ou mais surfactantes não iônicos. Surfactantes adequados incluem ésteres de ácidos graxos de polietileno sorbitana, tais como o monooleato de sorbitana e os produtos de adição de alto peso molecular de óxido de etileno com uma base hidrofóbica, formados pela condensação de óxido de propileno com propileno glicol.
[0299] As formulações parenterais podem ser apresentadas em recipientes vedados de dose única ou doses múltiplas, tais como ampolas e frascos, e podem ser armazenadas em uma condição seca por congelamento (liofilizada) que requer somente a adição do veículo líquido estéril, por exemplo, água, para injeções imediatamente antes do uso. Soluções e suspensões injetáveis extemporâneas podem ser preparadas a partir de pós, grânulos, e comprimidos estéreis do tipo previamente descrito e conhecido na técnica. Cada possibilidade representa uma modalidade separada da presente invenção.
[0300] Alternativamente, as combinações da presente invenção podem ser usadas em hemodiálise, tal como leucoforese e outros métodos relacionados, por exemplo, o sangue é retirado do paciente através de uma variedade de métodos, tais como diálise através de uma membrana, cartucho etc. de fibra oca/coluna, é tratado com o modulador duplo de IRS/Stat3 e/ou agente anticâncer adicional ex-vivo, e devolvido ao paciente após o tratamento. Tais métodos de tratamento são bem conhecidos e descritos na técnica. Vide, por exemplo, Kolho et al. (J. Med. Virol. 1993, 40 (4):318-21); Ting et al. (Transplantation, 1978, 25(1):31-3); cujo conteúdo é incorporado neste documento por referência em sua totalidade.
Doses e Cronogramas de Dosagem
[0301] O tratamento com o modulador duplo de IRS/Stat3 e o outro agente anticâncer (isto é, inibidor de EGFR/anticorpo EGFR/inibidor de mTOR/agente de imunoterapia/inibidor de MEK/inibidor de B-Raf mutante/agente quimioterápico ou combinação dos mesmos) pode ocorrer sequencialmente em qualquer ordem, simultaneamente ou uma combinação dos mesmos. Por exemplo, a administração de um modulador duplo de IRS/Stat3 pode ocorrer antes, após ou ao mesmo tempo que a administração do outro agente anticâncer ou combinação dos mesmos. Por exemplo, um período total de tratamento pode ser decidido para o modulador duplo de IRS/Stat3. O outro agente anticâncer pode ser administrado antes do início do tratamento com o modulador duplo de IRS/Stat3 ou após o tratamento com o modulador duplo de IRS/Stat3. Além disso, o outro agente anticâncer pode ser administrado durante o período de administração do modulador duplo de IRS/Stat3, mas não precisa ocorrer durante todo o período de tratamento. Em outra modalidade, o regime de tratamento inclui pré-tratamento com um agente, o modulador duplo de IRS/Stat3 ou o inibidor de EGFR/anticorpo EGFR/inibidor de mTOR/agente de imunoterapia/inibidor de MEK/inibidor de B-Raf mutado/agente quimioterápico ou uma combinação dos mesmos, seguido pela adição do outro agente ou agentes. Sequências de administração alternadas também são contempladas. A administração alternada inclui a administração de um modulador duplo de IRS/Stat3 e outro agente anticâncer em sequências alternadas, por exemplo, modulador duplo de IRS/Stat3, seguido pelo outro agente anticâncer, seguido pelo modulador duplo de IRS/Stat3, etc.
[0302] A quantidade de um composto que será eficaz no tratamento de um distúrbio ou condição específica, incluindo câncer, dependerá da natureza do distúrbio ou condição, e pode ser determinada por técnicas clínicas padrão. Adicionalmente, ensaios in vitro podem ser empregados opcionalmente para ajudar a identificar faixas ótimas de dosagem. A dose precisa a ser empregada na formulação também dependerá da via de administração e da progressão da doença ou distúrbio e deve ser decidida de acordo com o julgamento do médico e as circunstâncias de cada paciente. Uma dosagem preferencial estará dentro da faixa de 0,01-1000 mg/kg de peso corporal, 0,1 mg/kg a 100 mg/kg, 1 mg/kg a 100 mg/kg, 10 mg/kg a 75 mg/kg, 0,1-1 mg/kg, etc. Exemplos (não limitantes) de quantidades do modulador duplo de IRS/Stat3/inibidor de EGFR/anticorpo EGFR/inibidor de mTOR/agente de imunoterapia/inibidor de MEK/inibidor de B-Raf mutante/agente quimioterápico incluem 0,1 mg/kg, 0,2 mg/kg, 0,5 mg/kg, 1 mg/kg, 5 mg/kg, 10 mg/kg, 20 mg/kg, 50 mg/kg, 60 mg/kg, 75 mg/kg e 100 mg/kg. Alternativamente, a quantidade administrada pode ser medida e expressa como molaridade do composto administrado. A título de ilustração e não de limitação, um modulador duplo de IRS/Stat3 (por exemplo, um composto de qualquer das fórmulas I, II, III, IV) pode ser administrado em uma faixa de 0,1-10 mM, por exemplo, 0,1, 0,25, 0,5, 1 e 2 mM. Alternativamente, a quantidade administrada pode ser medida e expressa como mg/mL, μg/ml ou ng/ml. A título de ilustração e não de limitação, o inibidor de EGFR/anticorpo de EGFR/inibidor de mTOR/agente de imunoterapia/inibidor de MEK/inibidor de B-Raf mutante/agente quimioterápico pode ser administrado em uma quantidade de 1 ng/mL a 100 mg/mL, por exemplo, 1-1000 ng/mL, 1-100 ng/mL, 1-1000 μg/mL, 1100 μg/mL, 1 -1000 mg/mL, 1-100 mg/mL, etc. As doses efetivas podem ser extrapoladas a partir de curvas dose-resposta derivadas de in vitro ou de bioensaios em modelos ou sistemas animais. Quando um efeito sinérgico é observado, a dose global de cada um dos componentes pode ser menor, assim, os efeitos colaterais experimentados pelo sujeito podem ser significativamente menores, embora um efeito anticâncer suficiente ainda seja atingido.
[0303] Em uma modalidade, a terapia de combinação reduz a quantidade de cada um dos seus componentes por um fator de 2, isto é, cada componente é administrado em metade da dose em comparação com terapia com um único agente e ainda se atinge o mesmo efeito terapêutico ou semelhante. Em outra modalidade, a terapia de combinação reduz a quantidade de cada um dos seus componentes em um fator de 5, 10, 20, 50 ou 100. Como demonstrado neste documento, a IC50 de agentes quimioterápicos como agentes antiproliferativos em várias células cancerosas é reduzida em comparação à IC50 do agente quimioterápico quando administrado isoladamente.
[0304] O cronograma de administração dependerá de diversos fatores, tais como o câncer sendo tratado, a gravidade e progressão, a população, idade, peso do paciente etc. Por exemplo, as composições da invenção podem ser tomadas uma vez por dia, duas vezes por dia, três vezes por dia, uma vez por semana ou uma vez por mês. Além disso, a administração pode ser contínua, isto é, todos os dias, ou intermitentemente. Os termos "intermitente" ou "intermitentemente", como usados neste documento, significam parando e começando em intervalos regulares ou irregulares. Por exemplo, a administração intermitente pode ser administração de um a seis dias por semana ou pode significar administração em ciclos (por exemplo, administração diária por duas a oito semanas consecutivas, então um período de repouso sem administração por até uma semana) ou pode significar administração em dias alternados. Os diferentes componentes da combinação podem, independentemente um do outro, seguir diferentes cronogramas de dosagem.
[0305] Os seguintes exemplos são apresentados a fim de ilustrar mais plenamente certas modalidades da invenção. No entanto, eles não devem de forma nenhuma ser considerados como limitantes do escopo amplo da invenção. Uma pessoa versada na técnica pode facilmente conceber muitas variações e modificações dos princípios descritos neste documento sem se afastar do escopo da invenção.
SEÇÃO DE DETALHES EXPERIMENTAIS Exemplo 1: Prevenção da Resistência Adquirida ao Erlotinib com o Composto D
[0306] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado de paciente (PDX) de biópsia subcutânea de tumor de carcinoma de Células Escamosas de Cabeça & Pescoço (SCCHN) implantado em camundongos NodScid.
2. Animais e biópsia
[0307] Biópsia: Biópsia de tumor de SCCHN primário humano fresco.
[0308] Tipo de tumor: Carcinoma mucoepidermoide de glândula salivar.
[0309] A análise genômica revelou EGFR amplificado e mutado (ativado).
[0310] Implantação de enxertos de biópsia de tumor (P0): Enxertos de biópsia de tumor de SCCHN primário humano fresco foram implantados subcutaneamente (SC) em 5 fêmeas NOD.CB17-Prkdcscid/J (camundongos NodScid) com 5-6 semanas de idade (Harlan, IL) após 14 dias de aclimatação.
[0311] Implantação de enxertos de biópsia de tumor (P1) em camundongos NodScid para estudo de eficácia: 3,5 semanas após a implantação da biópsia (P0), os tumores atingiram o tamanho médio de cerca de 1.200 mm3, os camundongos foram sacrificados por deslocamento cervical e os tumores foram excisados. Os tumores foram medidos, cortados em pequenos pedaços de 2-4 mm e transferidos para um Tubo gentleMACS contendo solução salina estéril. O volume do tumor foi ajustado com salina para se obter 1,5 mm3 de volume tumoral/100 μL solução salina. A amostra foi dissociada usando um Dissociador gentleMACS Octo. O tecido tumoral dissociado foi coletado com seringa 18G e injetado diretamente sob a pele. 35 camundongos NodScid fêmeas com 4-5 semanas de idade (Harlan, IL) foram injetados subcutaneamente na área da nuca com 100 μL da solução celular obtida (aproximadamente 1,5 mm3 de volume tumoral P1 em 100 μL de salina por camundongo). Os animais foram observados e monitorados para qualquer desconforto e imobilidade todos os dias, verificados quanto à incapacidade de se mover ou alimentar corretamente, se tornarem encurvados e inativos e ulcerações, definidas como a exposição de centros necróticos.
[0312] O início do crescimento tumoral (massa tumoral palpável) foi detectado dez dias após a injeção celular. Após 8 dias, 32 dos 35 camundongos injetados desenvolveram tumores com um tamanho médio de cerca de 80 mm3. Os camundongos foram divididos aleatoriamente em 4 grupos de tratamento, incluindo 8 animais/grupo.
II. Tratamentos e procedimentos
[0313] Quando o tamanho do tumor era de ~ 80mm3 (dia0), iniciaram-se os seguintes tratamentos: Controle (veículo): Água 100 μL PO (5 vezes/semana, diariamente). Composto D 70 mg/kg em 2-Hidroxipropil-b-ciclodextrina (HPbCD) a 20%, IV (3 vezes/semana, qod) Erlotinib 100 mg/kg PO (5 vezes/semana, diariamente). Erlotinib 100 mg/kg PO (5 vezes/semana) + Composto D 70 mg/kg IV (3 vezes/semana). Erlotinib foi administrado ~ 4 horas após o Composto D, quando administrado nos mesmos dias.
[0314] Todos os tratamentos para cada um dos grupos de tratamento 1-4 foram iniciados simultaneamente.
[0315] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos 4 vezes por semana e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O peso e o comportamento dos camundongos foram examinados pelo menos uma vez por semana. Após duas semanas de tratamento, os camundongos foram sacrificados e os tumores foram excisados para análise bioquímica e genômica 14 h após a última administração de droga/inibidor. Três camundongos no grupo de tratamento combinado não foram sacrificados no final do tratamento e foram mantidos sem tratamento adicional.
Resultados
[0316] Como mostrado na Figura 1, o tratamento com Erlotinib, um inibidor de EGT TK, levou inicialmente a uma regressão significativa do tumor em todos os camundongos tratados (Figura 1, quadrados abertos). No entanto, após uma semana de tratamento, todos os tumores desenvolveram resistência ao Erlotinib e progrediram agressivamente. O tratamento combinado com Erlotinib e Composto D levou a uma regressão significativa do tumor em todos os camundongos tratados e nenhum dos tumores voltou a crescer durante o período de tratamento combinado (Figura 1, círculos abertos).
[0317] Dois camundongos que atingiram resposta completa foram mantidos vivos sem tratamento adicional e permaneceram livres de doença após 3 meses sem tratamento adicional.
[0318] Embora o tumor inicial não tenha respondido ao Composto D isoladamente, a resistência adquirida ao Erlotinib foi completamente abolida pelo Composto D. Evidências da literatura sugerem que o tratamento com Erlotinib induz a um aumento da produção de IRS levando à resistência pela ativação da via de sobrevivência IGF1R/IRS-a-AKT. Outros relatórios afirmam que a fosforilação de Stat3 é induzida por Erlotinib no câncer de H & N e a inibição de Stat3 & EGFR tem efeito inibitório sinérgico em tumores de H & N. Sem o desejo de se limitar a qualquer teoria ou mecanismo de ação específico, o Composto D e outros compostos de fórmulas (I-IV) descritos neste documento são inibidores duplos de IRS1/2 e Stat3 e, portanto, devem antagonizar esses mecanismos induzidos por Erlotinib e prevenir a resistência.
Exemplo 2: Regressão de tumores resistentes a Erlotinib com tratamento combinado de Erlotinib e Composto D
[0319] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado de paciente (PDX) de biópsia subcutânea de tumor de carcinoma de Células Escamosas de Cabeça & Pescoço (SCCHN) implantado em camundongos NodScid.
I. Animais e biópsia
[0320] Implantação de enxerto de biópsia de tumor de SCCHN (P8) em camundongos NodScid para estudo de eficácia: Cinco meses após a implantação do enxerto de biópsia de tumor de SCCHN (P1) descrito acima, células tumorais (P8) foram injetadas em camundongos NodScid provenientes de autorreprodução, com 9,5 semanas de idade, usando o mesmo procedimento descrito para a implantação de P1. A biópsia original é a mesma descrita acima e o P indica passagens (número de implantação em camundongos).
[0321] O início do crescimento tumoral (massa tumoral palpável) foi detectado sete dias após a injeção de células. 12 dias depois, camundongos desenvolveram tumores com cerca de 70 mm3. Os camundongos foram divididos aleatoriamente em 4 grupos de tratamento, incluindo 4 animais nos grupos tratados com Veículo, Composto D ou Composto D + Erlotinib, e o restante foi tratado com Erlotinib. Os tratamentos iniciaram-se simultaneamente (dia 0).
II. Tratamentos e procedimentos
[0322] Os grupos de tratamento incluíram: Controle-veículo: 2-Hidroxipropil-b-ciclodextrina (HPbCD) a 20% 50 μL/injeção, IV (3 vezes/semana, qod). Composto D 70 mg/kg em HPbCD, IV (3 vezes/semana, qod). Erlotinib 100 mg/kg em HPbCD, PO (5 vezes/semana). Erlotinib 100 mg/kg PO (5 vezes/semana) + Composto D 70 mg/kg IV (3 vezes/semana). Erlotinib foi administrado ~ 4 horas após o Composto D, quando administrado nos mesmos dias.
[0323] Todos esses tratamentos foram iniciados simultaneamente.
[0324] O tratamento com Erlotinib (Grupo 3) levou a uma regressão dramática do tumor (Figura 2, quadrados abertos). Durante o tratamento, os tumores desenvolveram resistência ao Erlotinib após 1 semana de tratamento e progrediram agressivamente. Camundongos tratados com Erlotinib, os quais desenvolveram tumores em torno de 130 mm3 no dia 10 (n = 7), foram divididos em dois grupos: O primeiro (n = 3) continuou a obter Erlotinib (100 mg/kg PO, 5 vezes/semana); e O segundo grupo (n = 4) iniciou um tratamento combinado com Erlotinib (100 mg/kg PO, 5 vezes/semana) + Composto D (70 mg/kg IV, 3 vezes/semana, qod) no dia 10 do tratamento. Erlotinib foi administrado ~ 4 horas após o Composto D, quando administrado nos mesmos dias.
[0325] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos 4 vezes por semana e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O peso e o comportamento dos camundongos foram examinados pelo menos uma vez por semana. Os camundongos foram sacrificados e os tumores foram excisados para análise bioquímica e genômica.
Resultados
[0326] Como mostrado na Figura 2, o tratamento com Erlotinib (quadrado aberto) levou à regressão tumoral em 78% dos camundongos tratados (14 dos 18 camundongos responderam). Entretanto, durante o tratamento, os tumores desenvolveram resistência ao Erlotinib após 1 semana e progrediram agressivamente. Camundongos tratados com Erlotinib cujos tumores tinham ~ 130mm3 no dia 10 (n = 7) foram divididos em dois grupos - o primeiro (n = 3) continuou a obter Erlotinib (quadrados abertos) e o segundo grupo (n = 4) iniciou um tratamento combinado com Erlotinib + Composto D (círculos pretos) no dia 10 do tratamento. Foi observada uma regressão dramática do tumor após o início do tratamento combinado (Figura 2, final do tratamento, círculos pretos) enquanto tumores de camundongos tratados somente com Erlotinib se desenvolveram agressivamente (Figura 2, quadrados abertos). O tratamento combinado com Erlotinib + Composto D iniciado no dia 0 (Figura 2, início do tratamento, círculos abertos) levou a uma regressão significativa do tumor em todos os camundongos tratados e nenhum tumor voltou a crescer, consistente com os resultados do Exemplo 1.
Conclusão
[0327] Em conclusão, o tratamento combinado do Composto D + Erlotinib é altamente eficaz e leva a uma regressão dramática dos tumores após a resistência ao Erlotinib já ter sido adquirida. Além disso, no início do tratamento de tumores estabelecidos, o Composto D previne a resistência adquirida ao Erlotinib.
Exemplo 3: O Composto D previne a resistência adquirida ao Erlotinib até mesmo quando o tamanho inicial do tumor é muito grande (700 mm3)
[0328] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado de paciente (PDX) de biópsia subcutânea de tumor de carcinoma de Células Escamosas de SCCHN implantado em camundongos NRG.
I. Animais e biópsia
[0329] Implantação de enxerto de biópsia de tumor de SCCHN (P11) em camundongos NRG para estudo de eficácia: Oito meses após a implantação do enxerto de biópsia de tumor de SCCHN (P1) descrito acima, células tumorais (P11) foram injetadas em 20 camundongos machos camundongos NOD.Cg-Rag1tm1Mom Il2rgtm1Wjl/SzJ (Nome comum: NRG), a partir de autoprocriação, usando o mesmo procedimento descrito para a implantação de P1. A biópsia original é a mesma descrita acima e o P indica passagens (número de implantação em camundongos).
[0330] O início do crescimento tumoral (massa tumoral palpável) foi detectado seis dias após a injeção de células. 13 dias depois, 19 dos 20 camundongos injetados desenvolveram tumores com um tamanho médio de 700-720 mm3 (dia0). Os camundongos foram divididos aleatoriamente em 4 grupos de tratamento incluindo 4 animais no grupo tratado com Veículo e 5 camundongos/grupo nos grupos tratados com Erlotinib, Composto D ou Composto D + Erlotinib. Todos os tratamentos se iniciaram simultaneamente no dia 0.
II Tratamentos e procedimentos
[0331] Os grupos de tratamento incluíram: Controle-veículo: HPbCD a 20% 50 μL/injeção, IV (3 vezes/semana, qod), 4 camundongos. Composto D 70 mg/kg em HPbCD, IV (3 vezes/semana, qod), 5 camundongos. Erlotinib 100 mg/kg em HPbCD, PO (5 vezes/semana), 5 camundongos. Erlotinib 100 mg/kg PO (5 vezes/semana) + Composto D 70 mg/kg IV (3 vezes/semana), 5 camundongos. Erlotinib foi administrado ~ 4 horas após o Composto D, quando administrado nos mesmos dias.
[0332] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos 4 vezes por semana e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O peso e o comportamento dos camundongos foram examinados rotineiramente. Os camundongos foram sacrificados e os tumores foram excisados para análise bioquímica e genômica.
Resultados
[0333] Como mostrado na Figura 3, o tratamento com Erlotinib levou a uma resposta significativa dos tumores, seu crescimento foi interrompido e eles regrediram. No entanto, durante o tratamento, os tumores desenvolveram resistência ao Erlotinib uma semana após o início do tratamento e progrediram agressivamente (Figura 3, quadrados abertos). O tratamento combinado com Erlotinib + Composto D iniciado no dia 0 (Figura 3, círculos abertos) mostrou a mesma resposta que ao Erlotinib na primeira semana, mas o tratamento combinado com o Composto D preveniu a resistência adquirida ao Erlotinib, preveniu a volta do crescimento de tumores e induziu a regressão tumoral, consistente com os resultados do Exemplo 1.
Conclusão
[0334] Em conclusão, o tratamento combinado do Composto D + Erlotinib é altamente eficaz e previne a resistência adquirida ao Erlotinib, até mesmo se o tamanho inicial dos tumores for muito grande (700mm3) quando os tratamentos foram iniciados.
Exemplo 4: Tratamento combinado do Composto D e Afinitor bloqueia de forma efeicaz o crescimento de xenoenxertos derivados de paciente com Sarcoma em camundongos
[0335] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado do paciente (PDX) de biópsia de Adenossarcoma uterino implantado subcutaneamente em camundongos NodScid.
I. Animais e biópsia
[0336] Biópsia: Adenossarcoma Uterino primário humano congelado (ID da amostra: OT_001)
[0337] Implantação de enxertos de biópsia de tumor (P0): Enxertos de biópsia de Adenossarcoma Uterino primário humano congelado foram implantados subcutaneamente (SC) (P0) em camundongos fêmeas NOD.CB17-Prkdcscid/J (camundongos NodScid, Harlan IL). Três meses depois, os tumores foram excisados, cortados em pequenos pedaços e implantados em 38 camundongos NodScid (P1) para estudo de eficácia.
[0338] Oito dias após a implantação da biópsia (P1), o início do tumor foi detectado em 37 camundongos.
[0339] Uma semana depois (dia 0), tumores em 33 camundongos alcançaram um tamanho médio de 130 mm3 e os camundongos foram divididos aleatoriamente em 4 grupos de tratamento.
II. Tratamentos e procedimentos
[0340] Os grupos de tratamento incluíram: Controle: HPbCD a 20% 50uL IP, qod (6 camundongos). Composto D 70 mg/kg em HPbCD a 20%, IV, qod (6 camundongos). Afinitor 5 mg/kg PO, qod (15 camundongos). Afinitor 5 mg/kg PO (qod) + Composto D 70 mg/kg IV (qod), 6 camundongos. Afinitor foi administrado ~ 4 horas após o Composto D.
[0341] Todos os tratamentos foram iniciados simultaneamente no dia 0.
[0342] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos dia sim, dia não e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). Quatro dias após o início do tratamento, os tumores do grupo controle e do grupo Composto D já alcançaram o ponto final e os camundongos foram sacrificados.
Resultados
[0343] Como mostrado na Figura 4, o tratamento com Afinitor (quadrados abertos), um inibidor de mTOR/S6K, levou à inibição do crescimento dos tumores: enquanto o tamanho médio do tumor no grupo controle aumentou 16 vezes, o tamanho médio do tumor no grupo Afinitor aumentou 5,5 vezes.
[0344] Embora o Composto D isoladamente (triângulos abertos) não ter tido efeito significativo sobre o crescimento tumoral, o tratamento combinado de Afinitor + Composto D (círculos abertos) levou à regressão do tumor. O tamanho médio do tumor do tratamento combinado regrediu de 130 mm3 para 70 mm3 em quatro dias e após somente dois tratamentos.
[0345] Em termos de camundongos responsivos vs. não responsivos, embora não ter sido detectada nenhuma resposta ao Composto D isoladamente e somente metade dos camundongos no grupo tratado com Afinitor ter respondido (grupo A, n = 8) e metade não (grupo B, n = 7), todos os camundongos no tratamento combinado responderam e a maioria dos tumores até regrediu significativamente.
Exemplo 5: O Composto D previne a resistência adquirida ao Afinitor (A) e leva à regressão de tumores resistentes a Afinitor (B).
[0346] Sistema experimental: xenoenxerto derivado de paciente (PDX) de biópsia de Adenossarcoma uterino implantado subcutaneamente em camundongos NodScid, descrito no exemplo 4.
[0347] O experimento descrito no Exemplo 4 (fase I) foi estendido para a fase II (Fig. 5A) e fase III (Fig. 5B) do experimento. Após os tratamentos descritos na fase I (exemplo 4), os camundongos cujos tumores alcançaram o ponto final foram sacrificados e os seguintes tratamentos foram continuados.
Fase II:
[0348] Ao grupo responsivo a Afinitor (grupo A, quadrados abertos), administrou-se Afinitor 5 mg/kg PO, qd (8 camundongos).
[0349] O grupo de tratamento combinado (círculos abertos) continuou a obter o tratamento com Afinitor 5 mg/kg PO (qod) + Composto D 70 mg/kg IV (qod) (6 camundongos). Afinitor foi administrado ~ 4 horas após o Composto D.
Fase III:
[0350] Os tumores no grupo responsivo a Afinitor (grupo A) regrediram, mas durante o tratamento adquiriram resistência ao Afinitor e progrediram agressivamente para o tamanho tumoral médio de 590 mm3 no dia 6. O grupo foi dividido em dois grupos de 4 camundongos cada, os quais receberam os seguintes tratamentos do dia 6 em diante: O primeiro continuou a obter Afinitor 5 mg/kg PO, qd (4 camundongos); e O segundo obteve o tratamento combinado de Afinitor 5 mg/kg PO (qod) + Composto D 70 mg/kg IV (qod) (4 camundongos). Afinitor foi administrado ~ 4 horas após o Composto D.
[0351] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos dia sim, dia não e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. O gráfico na Figura 5A representa os volumes tumorais médios com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O gráfico na Figura 5B representa as taxas de crescimento em %, enquanto o 100% para cada tumor foi definido como seu volume no dia 6.
Resultados
[0352] O grupo tratado com Afinitor foi dividido em responsivos (quadrados abertos, grupo A, n = 8) vs. não responsivos (quadrados cinza, grupo B, n = 7). O tratamento com Afinitor do grupo A inicialmente induziu a regressão do tumor (tumores regrediram do tamanho tumoral médio de 125 mm3 no dia 0 para 37 mm3 no dia 5), mas durante o tratamento todos os tumores desenvolveram resistência ao Afinitor e progrediram agressivamente (para o tamanho tumoral médio de 590 mm3 no dia 6).
[0353] O tratamento combinado de Afinitor e Composto D a partir do dia 0 (início do tratamento) induziu a regressão do tumor e seu volume tumoral médio permaneceu baixo até o final do experimento (Fig. 5A, o). Embora o tumor inicial não tenha respondido ao Composto D isoladamente, a resistência adquirida ao Afinitor foi completamente abolida pelo Composto D. Evidências da literatura sugerem que o tratamento com Afinitor induz um aumento da produção de IRS levando à resistência pela ativação da via de sobrevivência IGF1R/IRS-a-AKT. mTOR/S6K é um regulador negativo das proteínas IRS. Ele fosforila IRS em resíduos de serina e, desse modo, diminui sua produção e diminui a sua afinidade por tirosina quinases de receptores (RTK) IGF1R e IR. A inibição de mTOR/S6K deve estabilizar o IRS1/2, aumentar os seus níveis e potencializar a sua complexação com IGF1R e IR, levando à ativação da via de sobrevivência AKT e a resistência adquirida aos inibidores de mTOR. Esse ciclo de feedback foi descrito na literatura (Crose L.E.S. e Linardic C.M. Sarcoma 2011, Keniry M. e Parsons R. Cancer Discovery 2011; 1:203-204) e mostrou-se que a fosforilação de AKT é um fenômeno clinicamente observado após o tratamento com o inibidor de mTOR Afinitor/Everolimus em mulheres com câncer de mama. Sem o desejo de se limitar por qualquer teoria ou mecanismo de ação específico, acredita-se que a eliminação do IRS1/2 da célula cancerosa por moduladores duplos de IRS/Stat3, tais como o Composto D e outros compostos de fórmulas (I-IV) descritos neste documento, previne a resistência adquirida ao Afinitor ou qualquer outro inibidor de mTOR, e pode entrar em sinergia com esses inibidores após a resistência já ter sido adquirida para induzir a regressão do tumor.
[0354] Após a aquisição da resistência ao Afinitor, os camundongos do grupo A foram divididos em dois grupos, o primeiro permaneceu com Afinitor isoladamente (□) e o segundo recebeu tratamento combinado de Afinitor + Composto D a partir do dia 6 do tratamento (•). Embora os tumores tenham evoluído significativamente sob tratamento com Afinitor isoladamente (□), o tratamento combinado de Composto D e Afinitor induziu a regressão do tumor (•). O gráfico na figura 5B representa as taxas de crescimento em %, enquanto o 100% para cada tumor foi definido como seu volume no dia 6.
Exemplo 5A: O tratamento combinado com Afinitor + Composto D de câncer altamente agressivo sem nenhum tratamento médico disponível atrasou a resistência adquirida ao Afinitor e atingiu resposta completa em 40% do grupo.
[0355] Sistema experimental: xenoenxerto derivado de paciente (PDX) de biópsia de Adenossarcoma uterino implantado subcutaneamente em camundongos NodScid, descrito no exemplo 4.
[0356] O experimento descrito no Exemplo 4 foi repetido em camundongos adquiridos de Harlan. Tratamentos: Controle: HPbCD a 20% 50uL IP, qod (3 camundongos). Composto D 70 mg/kg em HPbCD a 20%, IV, 3 vezes por semana, qod (3 camundongos). Afinitor 5 mg/kg PO, 4 vezes por semana (17 camundongos). Afinitor 5 mg/kg PO (qod) + Composto D 70 mg/kg IV (qod), 3 vezes por semana (5 camundongos). Afinitor foi administrado ~ 4 horas após o Composto D.
[0357] Os tratamentos cessaram no dia 17.
[0358] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos dia sim, dia não e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). Quatro dias após o início do tratamento, os tumores do grupo controle e do grupo Composto D já alcançaram o ponto final e os camundongos foram sacrificados.Resultados
[0359] Como demonstrado no experimento anterior, embora o Composto D isoladamente (triângulos abertos) não teve nenhum efeito sobre o crescimento tumoral, o tratamento combinado de Afinitor + Composto D (círculos pretos) levou à regressão do tumor. Os tumores do grupo responsivo a Afinitor (14 dos 17 camundongos tratados) regrediram, mas durante o tratamento, após uma semana de tratamento, adquiriram resistência ao Afinitor e progrediram agressivamente (quadrados abertos). O tratamento combinado de Afinitor e Composto D atrasou significativamente a resistência adquirida ao Afinitor em 60% do grupo (3 de 5 camundongos tratados, linha tracejada com ciclos abertos) e completamente eliminou os tumores em 40% do grupo (2 de 5 camundongos tratados, linha contínua com ciclos abertos). Esses dois camundongos foram mantidos vivos sem tratamento adicional e permaneceram livres de doença após mais de 3 meses sem tratamento adicional (Figura 5C). Exemplo 6: 18. Linhagens celulares A375 (melanoma humano), HCT15 (câncer de cólon), SK-ES.1 (sarcoma de Ewing), NCI-H460 (câncer de pulmão) e PC3 (câncer de próstata) foram cultivadas em RPMI com 10% de soro bovino fetal (FCS). HepG2 (hepatocarcinoma) foram cultivadas em meio de Eagle modificado de Dulbecco (DMEM) e F12 (1:1) contendo 10% de FCS DU145 (câncer de próstata) foram cultivadas em RPMI contendo 5% de FCS e 5 mg/L de insulina.
[0360] Todas as linhagens celulares foram obtidas da American Type Culture Collection. YUMAC, YURIF, YUSIK (todas de melanoma humano, gentilmente providas pela Prof. Ruth Halaban, Universidade de Yale, New Haven, CT) foram cultivadas em OptiMEM contendo 5% de FCS. M571, M2068, M560n (todas de melanoma humano, gentilmente providas pelo Dr. Michal Lotem, Hospital Hadassah, Jerusalém, Israel) foram mantidas em RPMI, DMEM e F12 (1:3:1) contendo 10% de FCS. 451-Lu (melanoma humano) e 451-Lu-BR (melanoma resistente a PLX4032; ref. 32) foram mantidas em RPMI contendo 5% de FCS (meios para linhagens resistentes continham 1 mmol/L de PLX4032). Todos os meios foram suplementados com 100 U/mL de penicilina e 100 mg/mL de estreptomicina e todas as células foram cultivadas a 37oC/5% de CO2.
[0361] Todas as células de melanoma usadas e discutidas nas Figuras 6-9 e na Tabela 1 são de origem humana e contêm o BRAF600K/E mutado.
II. Proliferação celular
[0362] As células foram cultivadas em meio completo e tratadas com inibidores um dia após a semeadura. 72 horas depois, as células sobreviventes foram quantificadas por coloração com azul de metileno ou por coloração com WST-1 para células não aderentes (Roche).
III. Immunoblots
[0363] As células foram tratadas como indicado nas Figuras 6-9 e nas legendas correspondentes das figuras, após deprivação de soro durante a noite (a menos quando indicado de forma diferente). Quando as células foram tratadas tanto com PLX4032 quanto com os compostos A ou D, PLX4032 foi adicionado 3-4 horas após os compostos.
[0364] As células foram lisadas com tampão de amostra fervente (10% de glicerol, 50 mmol/L de Tris-HCl, pH 6,8, 3% de SDS e 5% de 2- mercaptoetanol). A análise por Western blot foi conduzida em SDS-PAGE a 8%, usando anticorpos descritos abaixo.
[0365] Alíquotas de extratos celulares contendo quantidades iguais de proteína foram resolvidas por SDS/PAGE a 8% e analisadas por electroblotting em filtros de nitrocelulose. As membranas foram bloqueadas com leite com baixo teor de gordura diluído 1:20 em TBST (NaCl/Tris contendo 0,2% de Tween-20) por 0,5 h, incubadas com anticorpo anti- fosfoY705-Stat3 de coelho (sinalização celular cat#9131), anticorpos anti- ERK-difosforilado-YT (Sigma Aldrich cat#M8159) ou anti-PARP durante a noite a 4 °C em BSA a 5% em TBST contendo azida a 0,05%, lavadas extensivamente com TBST e então incubadas com anticorpos secundários conjugados com peroxidase de rábano por 45 minutos à temperatura ambiente em BSA a 5% em TBST.
[0366] Bandas imunorreativas foram visualizadas usando quimioluminescência potencializada. As membranas passaram novamente por blotting com o anticorpo anti-Stat3 de camundongo (Transduction labs cat#21320) ou com anti-AKT1/2 de coelho (Santa cruz cat#sc-8312) ou Anti-Actina como descrito acima.
IV. Quimiotaxia de Células Mononucleares de Sangue Periférico (PBMCs)
[0367] Células A375 foram semeadas em placas de 96 poços (6000 células/poço) e cultivadas durante a noite. As células foram tratadas com Composto A e lavadas duas vezes com o meio 4 h após o tratamento onde indicado (Lavagem). 30 horas após o tratamento, 150 μL de meio foram transferidos para a placa inferior do dispositivo de quimiotaxia. 10.000 PBMCs/75 μL de meio/poço foram adicionados à placa superior. Além disso, as PBMCs foram adicionadas na placa inferior como controle positivo (Figura 9B - Gráfico de calibração Cell Titer Glo, 10-10.000 células/poço). A quimiotaxia de PBMCs foi examinada 24 h depois por análise Cell Titer Glo da placa inferior. Além disso, a sobrevivência das células A375 foi analisada por azul de metileno 30 horas após o tratamento com o Composto A.Tabela 1: Os moduladores duplos de IRS/Stat3 inibem de forma potente a proliferação e a viabilidade de várias células cancerosas em comparação com o inibidor de IGF1R OSI-906.
[0368] As células foram plaqueadas em placas de 96 poços com FCS a 5-10% no meio; um dia depois, foram expostas a várias concentrações do Composto A, Composto D ou OSI-906, e 3 dias depois, coradas com azul de metileno e o número relativo de células foi quantificado.Resultados
[0369] Verificou-se que os Compostos A e D, os quais anteriormente mostraram induzir a fosforilação de serina de IRS1/2, induziram de forma eficaz uma redução nos níveis de fosforilação de Y705 de Stat3 em células cancerosas. Esses moduladores duplos de IRS/Stat3 inibem de forma potente a fosforilação de Stat3 (pStat3) de uma maneira dependente da dose (Fig. 6A) sem afetar os níveis de proteína Stat3. O efeito inibitório demonstrado pelos Compostos A e D é potencializado com o tempo: os valores de IC50 de ambos os compostos foram ~ 2uM 1,3 h pós-tratamento e diminuíram para < 1uM 3 h depois. O efeito inibitório descrito nos níveis de fosforilação de Stat3 é a longo prazo (Fig. 6B), uma vez que pode ser detectado muito tempo depois que os moduladores tiverem sido lavados das células (Fig. 6C). A Figura 6C também demonstra que uma curta exposição das células de melanoma A375 ao Composto D foi suficiente para induzir a apoptose celular 24 e 48 horas depois. O bloqueio da fosforilação de Stat3 Y705 é exemplificado para os Compostos A, B, C, D, F, IV-1, IV-2, IV-3 e IV-4.
[0370] Uma vez que se relata que Stat3 está envolvida tanto na sobrevivência quanto na resistência a drogas e na evasão imune de vários tipos de câncer, a capacidade dos moduladores duplos de Stat3/IRS de sensibilizar tumores a drogas inibitórias de PK específicas_e imunoterapias, respectivamente, foi testada.
[0371] Os níveis de fosforilação de Stat3 em melanoma que adquiriu resistência ao inibidor de BRAF (BRAFi), tal como PLX4032 (também conhecido como Vemurafenib ou Zelboraf) são significativamente maiores em comparação às células/tumores de melanoma primário (Figura 7A e 7B).Isso é mostrado em um clone de melanoma metastático 451-LU-BR [Villanueva et al. Cancer Cell 2010; 18:683-95] isolado após o tratamento de 6 meses com BRAFi (R), em comparação com a linhagem celular 451- LU de melanoma metastático primário antes do tratamento (P). São demonstrados, adicionalmente, os níveis mais elevados de fosforilação de Stat3 em células (R) retiradas de pacientes (M2068, M560n, M571) que foram tratadas com PLX4032 e desenvolveram resistência ao mesmo em comparação a células de melanoma de pacientes não tratados (naive - N) que são portadores de BRAF mutado (YUMAC, YURIF, YUSIK), mas ainda não foram tratados com BRAFi (Fig. 7B).
[0372] Os níveis de proteína de Stat3 são semelhantes em todas as amostras, somente os níveis de fosforilação são dramaticamente potencializados nas células resistentes a PLX4032.
[0373] Verificou-se em células de melanoma sensíveis a PLX4032 que o tratamento com 1 uM de PLX4032 por 18-24 h induziu uma indução marcada da fosforilação de Stat3 Y705 (pStat3). Isso foi testado e demonstrado em três linhagens celulares de melanoma metastático humano diferentes (Fig. 7C-E). Os resultados na Figura 7 sugerem que o aumento de pStat3 pode desempenhar um papel na resistência adquirida a BRAFi e que as células resistentes se adaptam a um nível elevado constante de pStat3 como fator de sobrevivência. Desse modo, especulou- se que a combinação de moduladores duplos de IRS/tat3 com BRAFi pode prevenir a resistência adquirida ao BRAFi, bem como a outras drogas que induzem ao aumento da produção de pStat3 e/ou IRS1 e/ou IRS2. O potencial dos moduladores duplos de IRS/Stat3 de prevenir a resistência adquirida a tais drogas é, de fato, demonstrado no Exemplo 1, mostrando que o Composto D preveniu a resistência adquirida ao Erlotinib em HNSCC derivado de um paciente e implantado em camundongos.
[0374] Além disso, pStat3 tem um papel importante na evasão imune do tumor, ele aumenta a expressão e a secreção de fatores imunossupressores e diminui a produção dos mediadores pró-inflamatórios, mascarando, desse modo, os tumores do sistema imune local. Adicionalmente às células cancerosas, diversos subconjuntos imunes no microambiente tumoral também exibem Stat3 ativada de forma constitutiva, e o bloqueio de Stat3 em células imunes também pode provocar uma resposta imune antitumoral potente (aumento da citotoxicidade das células NK e neutrófilos, ativação das células T e aumento da infiltração do tumor, etc.). Portanto, especulou-se que a combinação de nossos moduladores duplos de IRS/Stat3 com imunoterapia reduzirá pSTAT3 e sensibilizará o tumor a vários agentes de imunoterapia.
[0375] Neste documento, demonstra-se que os moduladores duplos de IRS/Stat3, representados pelos Compostos A & D, bloqueiam tanto os níveis basais quanto os induzidos por PLX4032 de pStat3, enquanto o inibidor de TK de IGF1R/IR OSI-906 não teve efeito sobre os níveis de pStat3 (Fig. 7E & 8A). Para testar o significado dessa descoberta em termos de atividade anticâncer, a atividade antiproliferativa dos moduladores duplos de IRS/Stat3 vs. o inibidor de TK de IGF1R/IR OSI-906 foi comparada em vários tipos de câncer. A Tabela 1 mostra que os Compostos A e D são muito mais eficazes do que OSI-906 em várias células de melanoma (tanto resistentes a PLX4032 quanto sensíveis a PLX4032); em células de câncer de cólon resistentes a várias quimioterapias e EGFRi; em células de câncer de próstata (resistentes a várias quimioterapias) e carcinoma hepatocelular (resistente a EGFRi). Essas diferenças entre os moduladores duplos e o inibidor da tirosina quinase de IGF1R/IR sugerem que a inibição tanto de Stat3 como de IRS, proteínas de junção central altamente envolvidas na sobrevivência e na resistência a drogas pode contribuir para o potencial dos moduladores duplos de sensibilizar células cancerosas resistentes a várias terapias.
[0376] Como descrito anteriormente na Figura 6A & B, existem níveis aumentados de pStat3 em células de melanoma que desenvolveram resistência a BRAFi. As Figuras 8A & B mostram que os Compostos A & D bloqueiam a fosforilação de Stat3 completamente nesses clones resistentes a PLX4032 de linhagens celulares de melanoma (451-LU-BR descrita acima e Mel1617-BR [Villanueva et al. Cancer Cell 2010;18:683-95]), bem como em células de melanoma derivadas de dois pacientes [M2068 (i) & M571 (ii)] que adquiriram resistência ao tratamento com PLX4032 (Fig. 8C). A Figura 8C demonstra uma melhor atividade do Composto D em comparação com o Composto A. Esses resultados sugerem que os moduladores duplos de IRS/Stat3 podem ressensibilizar as células de melanoma que adquiriram resistência a BRAFi, e a terapia combinada dos moduladores duplos de IRS/Stat3 com BRAFi pode induzir à regressão tumoral dos tumores resistentes. O potencial dos moduladores duplos de IRS/Stat3 para ressensibilizar tumores resistentes a drogas à droga é de fato demonstrado nos exemplos 2 e 3, demonstrando que a combinação do Composto D com Erlotinib induz à regressão de tumores de HNSCC resistentes a Erlotinib em camundongos.
[0377] A capacidade dos moduladores duplos de IRS/Stat3 de inibir pStat3 foi demonstrada em vários tipos de câncer, como demonstrado anteriormente para seu efeito na fosforilação e eliminação de Ser de IRS1/2. A Figura 8D exemplifica sua atividade inibitória sobre a fosforilação de Stat3 Y705 (pStat3) em câncer de próstata, mieloma múltiplo, sarcoma de Ewing, carcinoma hepatocelular e NSCL.
[0378] O sistema imune é uma força poderosa, amplamente inexplorada, para combater tumores. Os tumores desenvolveram mecanismos sofisticados para evadir o sistema imune. Stat3 tem um papel crucial na mediação da comunicação (crosstalk) entre células tumorais e células imunes que interagem com o tumor. Ter Stat3 como alvo nos tumores envolve a morte de células tumorais espectadoras associada à infiltração de várias células imunes efetoras. Assim, testou-se se o tratamento de células tumorais com moduladores duplos de IRS/Stat3 pode induzir o recrutamento de células mononucleares de sangue periférico para as células cancerosas. As células A375 de melanoma humano foram tratadas com concentrações crescentes de Composto A e lavadas duas vezes com o meio 4 h pós-tratamento onde indicado (Lavagem). 30 horas após o tratamento, o meio celular foi transferido para a placa inferior do dispositivo de quimiotaxia e 10.000 PBMCs humanas/poço foram adicionadas à placa superior. A quimiotaxia das PBMCs para as amostras A375 do meio foi examinada 24 h depois por análise Cell Titer Glo da placa inferior. Como mostrado na Figura 9A, detectou-se quimiotaxia dependente da dose, sugerindo a expressão/secreção de citocinas reguladas pelo Composto A, induzindo o recrutamento de PBMC para o tumor tratado. Assim, combinar nossos moduladores duplos com imunoterapia pode obter efeitos antitumorais potencializados. Esses moduladores duplos de IRS/Stat3 devem sensibilizar os tumores a outras imunoterapias ou inibidores de PK (EGFRi, mTORi, etc.), afetando direta e indiretamente as células tumorais e o microambiente tumoral, incluindo as células imunes que interagem com o tumor.
Exemplo 7: Tratamento combinado do anticorpo EGFR Cetuximab com o Composto D mostra um atraso dramático na recorrência do tumor em comparação com Cetuximab isoladamente em camundongos implantados com um tumor de um paciente com Carcinoma de Células Escamosas de Cabeça & Pescoço (HNSCC). O mesmo é verdade quando se usa Cetuximab + Afatinib ao invés de Cetuximab.
[0379] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado de paciente (PDX) de biópsia de tumor de HNSCC implantada subcutaneamente em camundongos NodScid.
I Animais e biópsia
[0380] Implantação de enxerto de biópsia de tumor de HNSCC (P6) em camundongos NodScid para estudo de eficácia: Poucos meses após a implantação de enxerto de biópsia de tumor de HNSCC congelado (P1) em camundongos, células tumorais (P6) foram injetadas em camundongos NodScid (gerados por endocruzamento), usando o mesmo procedimento descrito para a implantação de P1. A biópsia original é a mesma descrita acima e o P indica passagens (número de implantação em camundongos).
[0381] O início do crescimento tumoral (massa tumoral palpável) foi detectado quatro dias após a injeção de células. Cinco dias depois, tratamentos se iniciaram em camundongos que desenvolveram tumores com cerca de 113 mm3. Os camundongos foram divididos aleatoriamente em 6 grupos de tratamento incluindo 4 animais nos grupos tratados com Cetuximab, Cetuximab + Afatinib, Cetuximab + Composto D, Cetuximab + Afatinib + Composto D, e 3 camundongos nos grupos tratados com Veículo ou Composto D. Os tratamentos se iniciaram simultaneamente (no dia 0) e foram aplicados por um período de 9 dias.
II. Tratamentos e procedimentos
[0382] Os grupos de tratamento incluíram: Controle-veículo: Veículo (hidroximetilcelulose a 0,5%, Tween-80 a 0,4%) 200 μL PO (5 vezes/semana, qd). Composto D 70 mg/kg em HPbCD, IV (3 vezes/semana, qod). Cetuximab 1mg/camundongo IP (2 vezes/semana). Cetuximab 1 mg/camundongo IP (2 vezes/semana) + Composto D 70 mg/kg IV (3 vezes/semana). Cetuximab foi administrado ~ 4 horas após o Composto D, quando administrado nos mesmos dias. Cetuximab 1 mg/camundongo IP (2 vezes/semana) + Afatinib 25 mg/kg em veículo PO (5 vezes/semana). Cetuximab 1 mg/camundongo IP (2 vezes/semana) + Afatinib 25 mg/kg PO (5 vezes/semana) + Composto D 70 mg/kg IV (3 vezes/semana). Cetuximab e/ou Afatinib foram administrados ~ 4 horas após o Composto D, quando administrados nos mesmos dias.
[0383] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos 2-4 vezes por semana e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O peso e o comportamento dos camundongos foram examinados pelo menos uma vez por semana. Os camundongos foram sacrificados e os tumores foram excisados para análise bioquímica e genômica.Resultados
[0384] Como mostrado na Figura 10, nos primeiros 4 dias de tratamento todos os tumores progrediram, mas então o tratamento com Cetuximab, Cetuximab + Composto D, Cetuximab + Afatinib ou Cetuximab + Afatinib + Composto D levou a uma regressão tumoral dramática em todos os camundongos, enquanto todos os tumores nos camundongos tratados com veículo e nos camundongos tratados com Composto D (como um tratamento isolado) progrediram de forma agressiva. Os tratamentos foram aplicados por um período de somente 9 dias.
[0385] Oito dias após o cessar dos tratamentos, os tumores do grupo tratado com Cetuximab começaram a crescer novamente e progrediram agressivamente e, uma semana depois, os tumores do grupo tratado com Cetuximab + Afatinib progrediram, enquanto as combinações com o Composto D prolongaram as respostas positivas até > 4 semanas após o final do tratamento.
[0386] O Afatinib é um inibidor de tirosina quinase de EGFR irreversível de segunda geração desenvolvido para superar a resistência adquirida aos bloqueadores de EGFR, deriva da mutação EGFR T790M, a qual é o mecanismo mais frequente de resistência adquirida aos inibidores da tirosina quinase de EGFR.
Conclusão
[0387] O tratamento combinado do Composto D com Cetuximab ou até mesmo Cetuximab + Afatinib somente por 9 dias atrasou significativamente a recorrência de tumores regredidos e prolongou a resposta ao Cetuximab ou ao Cetuximab + Afatinib.
Exemplo 8: O Composto D entra em sinergia com a combinação de drogas, compreendendo inibidores de BRAF mutado e MEK, para induzir regressão tumoral dramática em camundongos implantados com células tumorais de um paciente com melanoma que adquiriu resistência ao Vemurafenib.
[0388] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado de paciente (PDX) de melanoma injetado subcutaneamente em camundongos NodScid.
I. Animais e biópsia
[0389] Biópsia: A biópsia foi excisada de um paciente com melanoma que hospedava BRAFV600E mutado que apresentou resposta curta ao Vemurafenib, e as células foram semeadas em placas. Células de passagem inicial (milhões de células/camundongo) foram injetadas subcutaneamente (SC) em camundongos fêmeas NOD.CB17-Prkdcscid/J (NodScid) com 10 semanas de idade (gerados por endocruzamento). O início dos tumores foi detectado cinco dias depois, e os tratamentos se iniciaram sete dias após a injeção celular quando o volume tumoral médio era de ~ 60 mm3.
II. Tratamentos e procedimentos
[0390] Quando o tamanho do tumor era de ~ 60 mm3 (dia0), iniciaram-se os seguintes tratamentos: Controle (veículo): Veículo de Vemurafenib + Trametinib PO - 5% de propileno glicol, 0,5% de Tween-80, 30% de PEG 400 em DDW estéril (5 vezes/semana, qd), 6 camundongos. Composto D 70 mg/kg em 2-Hidroxipropil-b-ciclodextrina (HPbCD) a 20%, IV (3 vezes/semana, qod), 6 camundongos. Vemurafenib 75 mg/kg + Trametinib 1 mg/kg PO (5 vezes/semana, qd), 20 camundongos. Vemurafenib 75 mg/kg + Trametinib 1 mg/kg PO (5 vezes/semana, qd) + Composto D 70 mg/kg IV (3 vezes/semana), 7 camundongos. Vemurafenib + Trametinib foram administrados ~ 4 horas após o Composto D, quando administrados nos mesmos dias.
[0391] Todos os tratamentos para cada um dos grupos de tratamento 1-4 foram iniciados simultaneamente.
[0392] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos 4 vezes por semana e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O peso e o comportamento dos camundongos foram examinados pelo menos duas vezes por semana.Resultados
[0393] Como mostrado na Figura 11, durante o tratamento com Vemurafenib + Trametinib, os tumores progrediram agressivamente no dia 6 do tratamento (Figura 11, quadrados abertos), todos os tumores no tratamento combinado com o Composto D (Vemurafenib + Trametinib + Composto D) regrediram (Figura 11, círculos abertos).
[0394] Vemurafenib foi o primeiro inibidor de BRAF mutado aprovado pela FDA para o tratamento de pacientes com melanoma portadores de mutação em BRAFV600. Infelizmente, alguns meses após o início do tratamento, os pacientes desenvolveram resistência ao Vemurafenib e tumores regredidos ressurgiram de forma mais agressiva. Consequentemente, a combinação de inibidor de BRAF mutado e inibidor de MEK foi aprovada para o tratamento de pacientes com melanoma portadores de mutação em BRAFV600, mas a resistência ainda é adquirida. Mostramos que duas vias de feedback são induzidas pelo tratamento de células em cultura com Vemurafenib (inibidor de BRAF mutado) ou Trametinib (inibidor de MEK) - os níveis de IRS e STAT3 fosforilada aumentam. Ambas as vias são centrais para a sobrevivência, proliferação, metástase e angiogênese celulares. Sem o desejo de se limitar por qualquer teoria ou mecanismo de ação específico, o Composto D e os compostos de fórmulas (I-IV) descritos neste documento são inibidores duplos de IRS1/2 e Stat3 e, portanto, devem antagonizar esses mecanismos induzidos pelos inibidores da via MAPK (como inibidores de BRAF mutados e inibidores de MEK), entrar em sinergia com esses inibidores (com cada um isoladamente ou com as combinações deles) e evitar a resistência a esses inibidores.
Exemplo 9: O composto D entra em sinergia com o inibidor de MEK Trametinib para induzir a regressão do tumor em camundongos implantados com tumor de um paciente com Carcinoma Adenoide Cístico portador de mutação em BRAF.
[0395] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado de paciente (PDX) de biópsia de tumor de Carcinoma Adenoide Cístico implantado subcutaneamente em camundongos NodScid.
I. Animais e biópsia
[0396] Biópsia: biópsia de tumor de Carcinoma Adenoide Cístico primário humano fresco.
[0397] A análise genômica revelou BRAF mutado.
[0398] Implantação de enxerto de biópsia de tumor de Carcinoma Adenoide Cístico RA_148 em camundongos NodScid para estudo de eficácia:
[0399] Implantação de enxertos de biópsia de tumor (P0): Enxertos de biópsia de tumor de Carcinoma Adenoide Cístico primário humano frescos foram implantados subcutaneamente (SC) em NOD.CB17- Prkdcscid/J (camundongos NodScid).
[0400] A implantação de enxertos de biópsia de tumor (P5) em camundongos fêmeas NodScid (gerados por endocruzamento) para estudo de eficácia foi desempenhada usando o mesmo procedimento descrito acima para implantação de HNSCC.
[0401] O início do crescimento tumoral (massa tumoral palpável) foi detectado em todos os camundongos cinco dias após a injeção de células. Após mais três dias, os camundongos desenvolveram tumores com um tamanho médio de cerca de 65 mm3. Os camundongos foram divididos aleatoriamente em grupos de tratamento, incluindo 5 animais/grupo. O grupo tratado com veículo incluiu 4 camundongos.
II. Tratamentos e procedimentos
[0402] Os grupos de tratamento incluíram: Controle-veículo: veículo de Trametinib (5% de propileno glicol, 0,5% de Tween-80, 30% de PEG 400 em DDW estéril) 200 μL PO (5 vezes/semana, qd). Composto D 70 mg/kg em HPbCD, IV (3 vezes/semana, qod). Trametinib 1 mg/kg PO (5 vezes/semana, qd). Trametinib 1 mg/kg PO (5 vezes/semana, qd) + Composto D 70 mg/kg IV (3 vezes/semana). Trametinib foi administrado ~ 4 horas após o Composto D, quando administrado nos mesmos dias.
[0403] Todos os tratamentos para cada um dos grupos de tratamento 1-4 foram iniciados simultaneamente no dia 0, e o estudo incluiu duas fases de tratamentos dia0-dia13 e dia24-dia31.
[0404] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos 2-4 vezes por semana e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O peso e o comportamento dos camundongos foram examinados pelo menos duas vezes por semana.Resultados
[0405] Como mostrado na Figura 12, o tratamento com Trametinib induziu a regressão do tumor, mas durante o tratamento após o dia 10, os tumores progrediram. O tratamento combinado de Trametinib e Composto D induziu a regressão dos tumores e nenhum desses tumores voltou a crescer durante o tratamento. Um tratamento de segunda fase nos dias 2431 induziu regressão dramática do tumor em todos os camundongos tratados com Trametinib, mas a resposta foi transitória e, após 4 dias de tratamento, os tumores adquiriram resistência ao tratamento e progrediram agressivamente durante o tratamento. O tratamento de segunda fase com a combinação de Trametinib + Composto D induziu a regressão do tumor e nenhum desses tumores voltou a crescer durante o tratamento.
Conclusão
[0406] Embora o tratamento do tumor inicial com o Composto D isoladamente tenha conduzido a uma inibição moderada do crescimento tumoral, o tratamento combinado com Trametinib e Composto D levou a uma regressão dramática do tumor e a resistência adquirida ao Trametinib foi abolida pelo Composto D. Evidências da literatura sugerem que o tratamento com Trametinib induz ao aumento da produção de IRS, levando à resistência pela ativação da via de sobrevivência IGF1R/IRS-a-AKT. Outros relatos afirmam que Trametinib induz a fosforilação de Stat3 em células cancerosas, levando à sobrevivência e à resistência adquirida ao Trametinib. Sem o desejo de se limitar a qualquer teoria ou mecanismo de ação específico, o Composto D e outros compostos de fórmulas (I-IV) descritos neste documento são inibidores duplos de IRS1/2 e Stat3 e, portanto, devem antagonizar esses mecanismos de feedback induzidos por Trametinib e prevenir a resistência.
Exemplo 10: O Composto D ressensibiliza tumores resistentes à Gemcitabina em camundongos implantados com tumor de uma metástase hepática de um paciente com câncer pancreático.
[0407] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado do paciente (PDX) de uma biópsia de metástase de câncer pancreático do fígado implantado subcutaneamente em camundongos NodScid.
I. Animais e biópsia
[0408] Implantação de enxerto de biópsia de tumor RA_160 de metástase de câncer pancreático do fígado (P5) em camundongos NodScid para estudo de eficácia: várias semanas após a implantação de enxerto de biópsia de metástase hepática de câncer pancreático em camundongos, células tumorais (P5) foram injetadas em camundongos NodScid (gerados por endocruzamento), usando o mesmo procedimento descrito acima.
[0409] O início do crescimento tumoral (massa tumoral palpável) foi detectado dez dias após a injeção celular. Uma semana depois (no dia0), 19 camundongos com tamanho tumoral médio de 90 mm3 iniciaram tratamentos com Gemcitabina 25 mg/kg IP duas vezes por semana por 35 dias. No dia 11, todos os tumores em camundongos tratados com Gemcitabina regrediram, enquanto os tumores em todos os 5 camundongos controle progrediram. No dia 21, o tamanho tumoral médio no grupo tratado com Gemcitabina foi de ~ 5 mm3 em comparação com 1400 mm3 no grupo controle.
[0410] 42 dias após o início do tratamento com Gemcitabina, resistência foi desenvolvida e os tumores regredidos progrediram. Quatro dias depois, 16 camundongos do grupo tratado com Gemcitabina com volume tumoral médio de ~ 110 mm3 foram divididos em dois grupos como segue.
II. T ratamentos
[0411] Grupos de tratamento, após resistência à Gemcitabina ter sido adquirida, incluíram: Gemcitabina 25 mg/kg IP duas vezes por semana. Gemcitabina 25 mg/kg IP + Composto D 70 mg/kg IV, duas vezes por semana.
[0412] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos 2-4 vezes por semana e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O peso e o comportamento dos camundongos foram examinados pelo menos duas vezes por semana.Resultados
[0413] Os camundongos foram tratados com Gemcitabina por mais de um mês, até que os tumores regredidos adquirissem resistência à Gemcitabina e progredissem. Nesse ponto, os camundongos tratados com Gemcitabina foram divididos em dois grupos (Figura 13): (a) Gemcitabina (□); (b) Gemcitabina + Composto D (o). Os tratamentos foram iniciados quando o tamanho tumoral médio era de ~ 110 mm3. Embora todos os tumores tratados com Gemcitabina tenham progredido, o tratamento combinado com Composto D + Gemcitabina levou à regressão do tumor em metade do grupo e inibição significativa do crescimento tumoral em termos de tamanho tumoral médio do grupo em comparação com o grupo tratado com Gemcitabina (Figura 13A, valor de p = 7,35 * 10-5).
[0414] No final do experimento, pedaços de tumor, de tamanho semelhante, de três tumores por grupo foram cultivados em placas separadas para testar sua viabilidade e atividade proliferativa. Nove dias depois, as placas foram fixadas e coradas, mostrando uma proliferação em massa dos tumores tratados com Gemcitabina em oposição a uma atividade proliferativa muito baixa a desconsiderável dos tumores de camundongos tratados com Gemcitabina + Composto D (Figura 13B).
Conclusão
[0415] O Composto D entrou em sinergia com a droga quimioterápica Gemcitabina para combater a resistência desenvolvida à Gemcitabina em câncer pancreático.
Exemplo 11: O Composto D previne a resistência adquirida ao Cetuximab em camundongos implantados com um tumor de um paciente metastático com carcinoma adeno-adnexal.
[0416] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado do paciente (PDX) de biópsia de carcinoma metastático adeno-adnexal humano primário implantado subcutaneamente em camundongos NodScid.
I. Animais e biópsia
[0417] Biópsia: biópsia (cutânea) metastática de carcinoma adeno- adnexal humano fresco (ID da amostra: RA-162) .
[0418] Implantação de enxertos de biópsia de tumor (P3) em camundongos NodScid para estudo de eficácia: Quando os tumores (P2) alcançaram o tamanho médio de cerca de 1500 mm3, o tecido tumoral foi injetado em 50 camundongos NodScid machos, gerados por endocruzamernto nas instalações animais da Universidade Bar Ilan, no mesmo procedimento descrito no exemplo 1.
[0419] 19 camundongos cujos tumores atingiram um tamanho médio de cerca de 90 mm3 foram incluídos no estudo.
[0420] Os camundongos foram divididos em 4 grupos e os seguintes tratamentos foram iniciados (dia 0): Controle: Veículo de NT219 (20% de HPbCD) 50 μL IV duas vezes por semana - 5 camundongos. Composto D 70 mg/kg IV duas vezes por semana - 6 camundongos. Cetuximab 1 mg/camundongo IP duas vezes por semana - 5 camundongos. Cetuximab (1 mg/camundongo IP) + Composto D (70 mg/kg IV), duas vezes por semana - 3 camundongos.
[0421] No grupo de combinação, Cetuximab foi administrado ~ 4 horas após o Composto D.
[0422] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos 4 vezes por semana e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O peso e o comportamento dos camundongos foram examinados pelo menos uma vez por semana. Resultados
[0423] Após 5 dias de tratamento, os camundongos do grupo controle alcançaram o seu ponto final (definido como tamanho tumoral acima de 1,5 cm3) (Fig. 14) e foram sacrificados.
[0424] O tratamento com Cetuximab levou à atenuação transitória do crescimento tumoral seguida por resistência adquirida ao Cetuximab, e, durante o tratamento, os tumores progrediram (dia 26 do tratamento em diante).
[0425] O tratamento combinado com Cetuximab + Composto D levou a uma regressão tumoral significativa e, enquanto o grupo tratado com Cetuximab apresentou volume tumoral médio > 500 mm3 - o volume tumoral médio do tratamento combinado (Cetuximab + Composto D) foi de somente 60 mm3 no final do experimento (dia 34). Exemplo 12. O composto D previne a resistência adquirida ao tratamento combinado de Cetuximab e FOLFIRI (um tratamento aprovado para pacientes com câncer de cólon) em camundongos implantados com um tumor de um paciente com câncer de cólon. FOLFIRI contém o seguinte regime: FOL - ácido folínico (leucovorin), um derivado da vitamina B usado como uma droga de "resgate" para doses elevadas da droga metotrexato, mas aumenta a citotoxicidade de 5-fluorouracila; F - Fluorouracila (5-FU), um análogo de pirimidina e antimetabólito que se incorpora à molécula de DNA e interrompe a síntese; e IRI - irinotecan (Camptosar), um inibidor de topoisomerase, que impede que o DNA se desenrole e duplique.
[0426] Sistema experimental: Xenoenxerto derivado do paciente (PDX) de biópsia de carcinoma metastático de cólonl humano primário implantado subcutaneamente em camundongos NodScid.
I. Animais e biópsia
[0427] Biópsia: biópsia de câncer de cólon humana fresca (ID da amostra: RA-149) .
[0428] Implantação de enxertos de biópsia de tumor (P4) em camundongos NodScid para estudo de eficácia: Quando os tumores (P3) alcançaram o tamanho médio de cerca de 1500 mm3, o tecido tumoral foi injetado em camundongos NodScid machos, gerados por endocruzamernto nas instalações animais da Universidade Bar Ilan, no mesmo procedimento descrito no exemplo 1.
[0429] 36 camundongos cujos tumores alcançaram um tamanho médio de cerca de 110 mm3 foram incluídos no estudo.
[0430] Os camundongos foram divididos em 7 grupos e os seguintes tratamentos foram iniciados (dia 0): Controle: Veículo de NT219 (20% de HPbCD) 50 μL IV duas vezes por semana - 5 camundongos. Composto D 70 mg/kg IV duas vezes por semana - 5 camundongos. Cetuximab 1 mg/camundongo IP duas vezes por semana - 5 camundongos. FOLFIRI IP 5 vezes por semana!- 5 camundongos. Cetuximab 1 mg/camundongo IP duas vezes por semana + FOLFIRI IP 5 vezes por semana - 5 camundongos. Cetuximab 1 mg/camundongo IP duas vezes por semana + FOLFIRI IP 5 vezes por semana + Composto D 70 mg/kg IV duas vezes por semana - 6 camundongos.
[0431] No grupo de combinação, Cetuximab foi administrado ~ 4 horas após o Composto D.
[0432] No câncer de cólon, Cetuximab não é efetivo como terapia isolada, portanto, é aprovado para pacientes em combinação com quimioterapia como FOLFIRI. FOLFIRI inclui ácido folínico (leucoverin), 5FU e Irinotecan.
[0433] O comprimento (l) e a largura (w) dos tumores foram medidos 4 vezes por semana e os volumes dos tumores foram calculados como segue: v = lw2/2. Os gráficos representam os volumes médios dos tumores com erros padrão (desvios padrão/raiz quadrada do tamanho do grupo). O peso e o comportamento dos camundongos foram examinados pelo menos uma vez por semana.Resultados
[0434] Não foi detectado nenhum efeito sobre o crescimento tumoral no grupo tratado com Cetuximab, Composto D ou FOLFIRI isoladamente. Mas a combinação de Cetuximab com FOLFIRI com ou sem Composto D levou a uma regressão significativa dos tumores (Fig. 15).
[0435] Após 12 dias de tratamento, os tumores do grupo Cetuximab + FOLFIRI desenvolveram resistência ao tratamento e progrediram, enquanto os tumores do grupo Cetuximab + FOLFIRI + Composto D regrediram e não adquiriram resistência ao tratamento (Fig. 15).
Conclusões
[0436] A FDA aprovou o Cetuximab (Erbitux) em combinação com o regime de FOLFIRI como um tratamento de primeira linha para pacientes com câncer colorretal metastático que testaram negativo para a mutação KRAS. O Cetuximab como monoterapia em câncer colorretal geralmente não é eficaz.
[0437] O modelo PDX de câncer colorretal de biópsia RA_149 está de acordo com a condição clínica - Cetuximab como uma monoterapia não é eficaz, mas com quimioterapia, como FOLFIRI, ele induz à regressão dramática do tumor. Além disso, como infelizmente visto com pacientes, resistência é adquirida e os tumores progridem. Mostramos que combinar essa terapia com o Composto D previne a resistência adquirida a Cetuximab + FOLFIRI, prolongando a resposta positiva.
[0438] Embora certas modalidades da invenção tenham sido ilustradas e descritas, será claro que a invenção não é limitada às modalidades descritas neste documento. Inúmeras modificações, alterações, variações, substituições e equivalentes serão evidentes para aqueles versados na técnica sem se afastar do espírito e do escopo da presente invenção como descrito pelas reivindicações, que seguem.

Claims (18)

1. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de compreender um inibidor de EGFR e/ou um anticorpo EGFR em combinação com um composto representado pela estrutura de fórmula D, para uso no tratamento de um tumor que desenvolveu resistência a um inibidor de Receptor de Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, em que a estrutura de composto D é representada abaixo: incluindo sais do mesmo; em que a combinação compreende: composto D e AZD9291; composto D e erlotinib; composto D e gefitinib; composto D e cetuximab; composto D, cetuximab e afatinib; composto D, cetuximab, ácido folínico, 5-FU e oxaliplatina; ou composto D, cetuximab, ácido folínico, 5-FU e irinotecan.
2. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a combinação compreende o composto D e AZD9291.
3. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a combinação compreende o composto D e erlotinib.
4. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a combinação compreende o composto D e gefitinib.
5. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a combinação compreende o composto D e cetuximab.
6. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a combinação compreende o composto D, cetuximab e afatinib.
7. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a combinação compreende o composto D, cetuximab, ácido folínico, 5-FU e oxaliplatina.
8. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a combinação compreende o composto D, cetuximab, ácido folínico, 5-FU e irinotecan.
9. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o tumor está presente em um paciente com câncer com tumores com resistência adquirida ao inibidor de EGFR e/ou ao tratamento com anticorpo EGFR, em que o tratamento resulta em atenuação ou regressão do crescimento dos tumores resistentes; ou em que o tumor está presente em um paciente com câncer que está recebendo tratamento com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR ou é um candidato para receber tal tratamento.
10. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o tumor está presente em um paciente com um câncer selecionado dentre o grupo que consiste em câncer de cabeça e pescoço (H&N), sarcoma, mieloma múltiplo, câncer de ovário, câncer de mama, câncer de rim, câncer de estômago, câncer hematopoiético, linfoma, leucemia, incluindo leucemia linfoblástica, carcinoma pulmonar, melanoma, glioblastoma, hepatocarcinoma, câncer de próstata e câncer de cólon.
11. Composição para uso, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que a combinação compreende um composto de fórmula D e cetuximab, e em que o tumor está presente em um paciente com câncer de cabeça e pescoço (H&N).
12. Combinação farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende um composto representado pela estrutura de fórmula D, e um inibidor de Receptor de Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e/ou anticorpo EGFR, em que a estrutura de composto D é representada abaixo: incluindo sais do mesmo; em que a combinação compreende: composto D e AZD9291; composto D e erlotinib; composto D e gefitinib; composto D e cetuximab; composto D, cetuximab e afatinib; composto D, cetuximab, ácido folínico, 5-FU e oxaliplatina; ou composto D, cetuximab, ácido folínico, 5-FU e irinotecan.
13. Combinação farmacêutica, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que compreende um composto representado pela estrutura de fórmula D em combinação com cetuximab.
14. Combinação farmacêutica, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que a combinação é usada para administração do composto de fórmula D e o inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR na mesma composição farmacêutica, ou em composições farmacêuticas separadas, simultaneamente ou sequencialmente, em qualquer ordem.
15. Combinação farmacêutica, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que o inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR e o composto representado pela estrutura de fórmula D são, cada um, independentemente formulados em uma forma selecionada dentre uma solução, uma suspensão, um xarope, uma emulsão, uma dispersão, um comprimido, uma pílula, uma cápsula, um pellet, grânulos, um pó, uma pomada, um gel e um creme.
16. Combinação farmacêutica, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que o inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR e o composto representado pela estrutura de fórmula D são, cada um, independentemente formulados para administração oral, administração intravenosa por injeção, administração tópica, administração por inalação ou administração via um supositório.
17. Combinação farmacêutica, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 16, caracterizada pelo fato de que é para uso no tratamento de um tumor que é resistente a um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR, ou para prevenir a resistência adquirida a um inibidor de EGFR e/ou ao anticorpo EGFR, ou para prevenir ou atrasar a recorrência do tumor após o cessar do tratamento com um inibidor de EGFR e/ou anticorpo EGFR.
18. Combinação farmacêutica, de acordo com a reivindicação 17, caracterizada pelo fato de que o tumor está presente em um paciente com um câncer selecionado dentre o grupo que consiste em câncer de cabeça e pescoço (H&N), sarcoma, mieloma múltiplo, câncer de ovário, câncer de mama, câncer de rim, câncer de estômago, cânceres hematopoiéticos, linfoma, leucemia, incluindo leucemia linfoblástica, carcinoma pulmonar, melanoma, glioblastoma, hepatocarcinoma, câncer de próstata e câncer de cólon.
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