BR112017011347B1

BR112017011347B1 - Método para produzir uma vidraça compósita com um revestimento funcional protegido contra corrosão, dispositivo para realizar o método e vidraça compósita

Info

Publication number: BR112017011347B1
Application number: BR112017011347-3A
Authority: BR
Inventors: Valentin Schulz; Irène CUCCHI
Original assignee: Saint-Gobain Glass France
Priority date: 2014-12-18
Filing date: 2015-12-02
Publication date: 2021-06-29
Also published as: BR112017011347A2; PL3233746T3; CA2969290A1; WO2016096435A1; EP3233746A1; EA034455B1; KR102072895B1; US20170327420A1; PT3233746T; CN106458692B; CA2969290C; EP3233746B1; US10479725B2; CN106458692A; JP2018507152A; KR20170095327A; JP6526200B2; ES2744878T3; MX2017007940A; EA201791375A1

Abstract

a invenção se refere a um método para produzir uma vidraça de compósito (100) que tem um revestimento funcional (3), em que (a) pelo menos um revestimento funcional (3) é aplicado a pelo menos uma porção de uma superfície (iii) de uma vidraça-base (1?); (b) uma primeira vidraça (1) é cortada da vidraça-base (1?) e pelo menos uma região isenta de revestimento circunferencial em formato de quadro (9.1, 9.2) é introduzida ao revestimento funcional (3) de modo que a região interior (11) não seja limítrofe em uma borda lateral (6) da primeira vidraça (1); (c) a superfície (iii) da primeira vidraça (1) é conectada ao revestimento funcional (3) de uma superfície (ii) de uma segunda vidraça (2) por meio de uma camada intermediária termoplástica (4). a invenção se refere adicionalmente a um dispositivo (30) para realizar o método de acordo com a invenção.

Description

[0001] A invenção refere-se a um método para produzir uma vidraça compósita com um revestimento funcional protegido contra corrosão, bem como um dispositivo para realizar o método de acordo com a invenção.

[0002] As vidraças compósitas que compreendem duas ou mais vidraças poliméricas ou de vidro são usadas de muitas maneiras em prédios, móveis ou em meios de transporte para deslocamento em terra, no ar ou na água, em particular, em veículos motores, por exemplo, como um para-brisa, janela posterior, janela lateral e/ou teto solar.

[0003] Em geral, um revestimento funcional ou uma pluralidade de revestimentos funcionais, que têm, por exemplo, propriedades de reflexão infravermelha, propriedades antirreflexo, ou propriedades de low-E, ou são aquecíveis de modo elétrico através da aplicação de uma tensão, são dispostos em lados individuais das vidraças. Tais vidraças compósitas são conhecidas, por exemplo, a partir dos documentos US 2004/0146645 A1, US 2005/0238861 A1 ou WO 2014/060203 A1. Métodos para processar e, em particular, para remover revestimento de vidraças com revestimentos funcionais são conhecidos, por exemplo, a partir dos documentos DE 34 03 682 C1, DE 10 2008 058 310 B3, DE 10 2011 075 328 A1, ou EP 0 517 176 A1.

[0004] Além disso, as vidraças compósitas que têm uma camada de aquecimento elétrico produzida a partir de um revestimento eletricamente condutor transparente em uma superfície interior de uma das vidraças individuais são conhecidas. Por meio de uma fonte de tensão externa, uma corrente elétrica que aquece o revestimento e, consequentemente, a vidraça, pode ser conduzida através do revestimento eletricamente condutor.

[0005] Os documentos WO 2003/024155 A2, US 2007/0082219 A1, US 2007/0020465 A1 e WO2012/052315 A1 revelam, por exemplo, tal revestimento eletricamente condutor, aquecível com base em um metal e, em particular, com base em uma estrutura de camada de uma camada que contém prata ou pluralidade de camadas que contêm prata.

[0006] Tais revestimentos funcionais e, em particular, revestimentos eletricamente condutores à base de metal são bastante suscetíveis à corrosão e devem, consequentemente, ser vedados de modo hermético e protegidos contra umidade. Com esse propósito, um revestimento funcional interno tem revestimento removido ao longo de uma região em formato de quadro periférica da vidraça compósita. A largura da região em formato de quadro periférica é, normalmente, de 5 mm a 20 mm e termina na borda lateral da vidraça compósita. Normalmente, a remoção de revestimento é realizada em um processo complicado e demorado por abrasão mecânica, por exemplo, por esmerilhamento com uma roda de esmerilhamento. A região isenta de revestimento é hermeticamente vedada no interior da vidraça compósita pela camada intermediária termoplástica e/ou um adesivo acrílico como uma barreira de difusão de vapor. Por meio da barreira de difusão de vapor, o revestimento funcional sensível à corrosão é protegido contra umidade e oxigênio atmosférico. Se a vidraça compósita for fornecida como uma vidraça de veículo motor, por exemplo, como um para-brisa eletricamente aquecível, a região isenta de revestimento periférica também afeta isolamento elétrico entre o revestimento portador de tensão e a carroceria de veículo.

[0007] O objetivo da presente invenção consiste em fornecer um método aprimorado para produzir uma vidraça compósita com um revestimento funcional protegido contra corrosão que pode ser realizado de modo simples, rápido e, consequentemente, econômico.

[0008] O objetivo da presente invenção é alcançado de acordo com a invenção por um método de acordo com a reivindicação 1. As modalidades preferenciais emergem das sub-reivindicações.

[0009] O método de acordo com a invenção para produzir uma vidraça compósita com um revestimento funcional compreende pelo menos as etapas a seguir: (a) Aplicar um revestimento funcional em pelo menos parte de uma superfície (III) de uma vidraça-base, (b) Cortar uma primeira vidraça da vidraça-base com o uso de uma ferramenta de corte e introduzir pelo menos uma região isenta de revestimento no revestimento funcional com o uso de uma ferramenta de remoção de revestimento, em que a região isenta de revestimento circunda completamente uma região interna do revestimento funcional, (c) Ligar a superfície (III) da primeira vidraça com o revestimento funcional a uma superfície (II) de uma segunda vidraça por meio de uma camada intermediária termoplástica.

[0010] Em outras palavras, a região isenta de revestimento está disposta em formato de quadro de modo periférico ao redor da região interna e a região interna não é adjacente a uma borda lateral da primeira vidraça.

[0011] Para o método de acordo com a invenção, é particularmente importante que o corte da primeira vidraça e a remoção de revestimento da região isenta de revestimento sejam realizados em uma etapa de processo e, consequentemente, de modo simultâneo.

[0012] Em métodos de técnica anterior, primeiro, a primeira vidraça é cortada da vidraça-base e, em uma segunda etapa de processo, uma área ampla tem remoção de revestimento de borda por abrasão mecânica. Essa segunda etapa de processo é muito demorada e exige sua própria estação de processo e é, desse modo, muito dispendiosa.

[0013] No método de acordo com a invenção, uma estação de processo é eliminada como resultado de corte e remoção de revestimento simultâneos e o processo é, desse modo, acelerado. É particularmente vantajoso que a ferramenta de remoção de revestimento e a ferramenta de corte sejam coordenadas uma com a outra: Desse modo, o processo de remoção de revestimento deve ser adaptado em sua velocidade para a velocidade de movimento da ferramenta de corte. Resultados particularmente bons foram obtidos para uma roda de corte, de preferência, produzida a partir de um metal duro, como uma ferramenta de corte e um feixe de laser como uma ferramenta de remoção de revestimento. Em particular, através da escolha apropriada da potência de laser e da largura da região de revestimento removido, uma adaptação de velocidade desejada pode ser facilmente alcançada.

[0014] As ferramentas de corte e, de preferência, a roda de corte ou a ponta de diamante são vantajosamente resfriadas com um fluido de resfriamento. O fluido de resfriamento é, de preferência, um óleo de corte conhecido comum no mercado. O fluido de resfriamento é tipicamente introduzido, injetado ou aspergido entre a borda ou ponta de corte da ferramenta de corte e a superfície da vidraça-base e umidifica uma região da superfície da vidraça-base.

[0015] Em uma modalidade vantajosa do método de acordo com a invenção, na etapa (b), a região isenta de revestimento é projetada de modo que a região interna seja parcial ou completamente circundada por pelo menos uma região externa do revestimento funcional e seja separada da mesma pela região isenta de revestimento.

[0016] A seguir, "vidraça-base” se refere a uma vidraça que é maior em suas dimensões que a primeira vidraça e a partir da qual a primeira vidraça é formada após ser cortada.

[0017] O corte da primeira vidraça da vidraça-base na etapa (b) também pode consistir em cortar ou entalhar uma superfície da vidraça-base, em que a primeira vidraça, de modo subsequente, é separada da vidraça-base, por exemplo, por uma carga mecânica leve. Com materiais quebradiços como vidro, isso pode ser realizado particularmente de modo preciso e rápido.

[0018] A aplicação do revestimento funcional na etapa de processo (a) pode ser realizada por métodos conhecidos por si só, de preferência, por pulverização catódica aperfeiçoada de campo magnético. Isso é particularmente vantajoso em relação ao revestimento simples, rápido, econômico e uniforme da primeira vidraça. No entanto, o revestimento funcional também pode ser aplicado, por exemplo, por deposição de vapor, deposição de vapor químico (CVD), deposição de vapor químico aperfeiçoada por plasma (PECVD) ou por métodos químicos úmidos.

[0019] A primeira vidraça pode ser submetida a um tratamento de temperatura após a etapa de processo (a) e/ou a etapa de processo (b). A primeira vidraça com o revestimento funcional é aquecida a uma temperatura de pelo menos 200 °C, de preferência, pelo menos 300 °C. O tratamento de temperatura pode servir para aumentar a transmitância e/ou para reduzir a resistência de lâmina do revestimento funcional.

[0020] A primeira vidraça pode ser dobrada após a etapa de processo (a) ou após a etapa de processo (b), tipicamente a uma temperatura de 500 °C a 700 °C. Visto que é tecnicamente mais simples revestir uma vidraça plana, essa abordagem é vantajosa se a primeira vidraça for dobrada. No entanto, de modo alternativo, a vidraça-base também pode ser dobrada antes da etapa de processo (a), por exemplo, quando o revestimento funcional não for adequado para suportar um processo de dobra sem danos.

[0021] A remoção de revestimento de regiões isentas de revestimento individuais no revestimento funcional na etapa de processo (b) deve, de preferência, ser realizada por um feixe de laser. Os métodos para padronização de filmes de metal finos são conhecidos, por exemplo, a partir dos documentos no EP 2 200 097 A1 ou no EP 2 139 049 A1.

[0022] A introdução de energia para remover revestimento da região isenta de revestimento pode ser realizada de acordo com a invenção com qualquer laser adequado. Particularmente, de preferência, são usados lasers YAG, em particular, Nd:lasers YAG (lasers de estado sólido de ítrio-alumínio-garne dopados com neodímio) com um comprimento de onda na faixa de 1.047 a 1.079 nm (nanômetros), de preferência, de 1.064 nm. Adicionalmente preferencial é um laser Yb:YAG (laser de estado sólido de ítrio-alumínio-garne dopados com itérbio) com um comprimento de onda na faixa de 1.030 nm. Em aprimoramentos vantajosos, ambos os tipos de laser podem ser usados com duplicação de frequência (dobrada) ou triplicação de frequência (triplicada).

[0023] Em uma modalidade alternativa de acordo com a invenção, lasers YAG são usados para remover revestimento do revestimento funcional, em particular, com uma alta frequência de repetição de pulso na faixa de pico- e nanossegundo. A qualidade de remoção de revestimento é muito boa e o revestimento funcional é substancialmente removido de modo completo. Em particular, com o uso de um substrato de vidro como uma primeira vidraça, a superfície é isenta de micro- rachaduras e tem baixa dispersão óptica, bem como resistência alta no teste de flexão de dois pontos.

[0024] De modo alternativo, particularmente adequados para a remoção de revestimento do revestimento funcional são lasers de CO2, em particular, lasers de CO2 com um comprimento de onda na faixa de 9,2 μm a 11,4 μm, de preferência de, 10,6 μm ou um laser de CO2 de frequência dobrada. O mesmo pode ser um laser de CO2 pulsado ou um laser de CO2 de onda contínua (laser de cw).

[0025] Para realizar o método de acordo com a invenção, com o uso de um laser de CO2, em particular, em relação à velocidade de remoção de revestimento, uma potência de laser média PAV de menos que 500 W, de preferência, de menos que 300 W, particularmente de preferência, de menos que 200 W é adequada. Em relação à qualidade de remoção de revestimento, uma potência de laser média de menos que 100 W, que é conducente para a formação de boa qualidade de remoção de revestimento, é preferencial; mas a velocidade de remoção de revestimento na mesma é baixa.

[0026] Para realizar o método de acordo com a invenção, com o uso de um laser de CO2 pulsado, uma frequência de repetição de pulso de laser média frep de 5 a 12 kHz (quilohertz) é preferencial, em particular, uma frequência de repetição de pulso de laser média frep de 8 a 10 kHz. Além disso, com o uso de um laser de CO2 pulsado, uma duração de pulso de laser tp de 0,1 a 500 μs (microssegundos) é preferencial, em particular, uma duração de pulso de laser tp de 1 a 100 μs.

[0027] Além disso, um laser excimer, em particular, um laser de F2 (157 nm), laser de ArF (193 nm), laser de KrF (248 nm) ou um laser de Ar (351 nm) é preferencial. Tais tipos de laser podem, dependendo da modalidade da invenção, ser usados como lasers de onda pulsada ou contínua.

[0028] Em uma modalidade vantajosa do método de acordo com a invenção, na etapa (b), um feixe de laser é guiado diretamente na superfície revestida III da primeira vidraça para a ablação de laser. Isso tem a vantagem de que uma ferramenta de corte para cortar a primeira vidraça fora de uma vidraça-base maior pode estar disposta próxima ao laser e pode ser movida de modo simultâneo na mesma. Isso simplifica de modo significativo o dispositivo para produzir a vidraça compósita de acordo com a invenção.

[0029] Em uma modalidade vantajosa alternativa do método de acordo com a invenção, na etapa (b), para a ablação de laser, um feixe de laser é lançado na primeira vidraça através da superfície que está voltada para a direção contrária da superfície revestida III da primeira vidraça e, desse modo, guiada através da primeira vidraça para o interior do revestimento funcional. Isso tem a vantagem particular de que material que sofreu ablação ou vaporizado não pode entrar na trajetória do feixe de laser e, desse modo, não pode defletir, difundir ou atenuar o mesmo. Isso resulta em maior precisão no processo de ablação.

[0030] Em uma modalidade particularmente vantajosa do método de acordo com a invenção, a ferramenta de corte e o feixe de laser são movidos de modo simultâneo. A ferramenta de corte é guiada sobre a superfície da vidraça-base, na qual o revestimento funcional está disposto. O feixe de laser é lançado na vidraça-base através da superfície que está voltada para a direção contrária da superfície revestida da vidraça-base e guiado através da vidraça-base para o interior do revestimento funcional. Particularmente de preferência, o feixe de laser é guiado em uma região do revestimento funcional coberto pelo fluido de resfriamento. Isso tem a vantagem particular de que material vaporizado do revestimento funcional não pode se mover livremente através do dispositivo e, desse modo, também não pode precipitar em regiões adjacentes da vidraça-base. O material removido da superfície é ligado ao fluido de resfriamento e pode ser removido da superfície revestida da primeira vidraça com o fluido de resfriamento, por exemplo, em uma etapa tipicamente de lavagem a seguir. Com tal processo, vidraças particularmente de qualidade alta podem ser produzidas.

[0031] Na etapa de processo (c), a primeira vidraça é disposta para que uma dentre suas superfícies que é dotada do revestimento funcional esteja voltada para a camada intermediária termoplástica. A superfície, desse modo, se torna a superfície interna da primeira vidraça.

[0032] A camada intermediária termoplástica pode ser formada por uma única camada intermediária ou mesmo por duas ou mais camadas intermediárias que são dispostas laminarmente uma sobre a outra.

[0033] A ligação da primeira e da segunda vidraças na etapa de processo (c) é, de preferência, realizada mediante a ação de calor, vácuo e/ou pressão. Os métodos conhecidos por si só para produzir uma vidraça compósita podem ser usados.

[0034] Por exemplo, os chamados métodos de autoclave podem ser realizados em uma pressão elevada de aproximadamente 1 MPa a 1,5 MPa (10 bar a 15 bar) e temperaturas de 130 °C a 145 °C durante aproximadamente 2 horas. Os métodos de bolsa à vácuo ou anel à vácuo conhecidos por si só operam, por exemplo, em aproximadamente 0,02 MPa (200 mbar) e 80 °C a 110 °C. A primeira vidraça, a camada intermediária termoplástica e a segunda vidraça também podem ser pressionadas em uma calandra entre pelo menos um par de cilindros para formar uma vidraça compósita. Os sistemas desse tipo para produzir vidraças compósitas são conhecidos e têm, normalmente, pelo menos um túnel de aquecimento a montante antes de uma instalação de prensagem. A temperatura durante a operação de prensagem é, por exemplo, de 40 °C a 150 °C. As combinações de métodos de calandragem e autoclave provaram ser particularmente eficazes na prática. De modo alternativo, laminadores à vácuo podem ser usados. Os mesmos consistem em uma ou uma pluralidade de câmaras aquecíveis e evacuáveis na quais a primeira vidraça e a segunda vidraça são laminadas dentro de, por exemplo, aproximadamente 60 minutos em pressões reduzidas de 1 Pa a 0,08 mPa (0,01 mbar a 800 mbar) e temperaturas de 80 °C a 170 °C.

[0035] A invenção inclui adicionalmente um dispositivo para realizar o método de acordo com a invenção. O dispositivo de acordo com a invenção compreende pelo menos: - uma ferramenta de corte para cortar fora ou entalhar uma primeira vidraça fora de uma vidraça-base, - uma ferramenta de remoção de revestimento para introduzir uma região isenta de revestimento em um revestimento funcional na vidraça-base, e - um dispositivo móvel para mover a ferramenta de corte e a ferramenta de remoção de revestimento.

[0036] Em uma modalidade vantajosa, a ferramenta de corte inclui uma roda de corte, de preferência, produzida a partir de um metal duro, uma ponta de diamante ou uma ponta de metal duro. Particularmente de preferência, a ferramenta de corte é resfriada com um fluido de resfriamento, em particular, na região de contato com a vidraça-base. Em uma modalidade vantajosa alternativa, a ferramenta de corte inclui um feixe de laser.

[0037] Também é entendido que no caso de uma vidraça-base produzida a partir de um material quebradiço, como vidro, a ferramenta de corte corta apenas em ou realiza entalhe na mesma e a primeira vidraça é subsequentemente quebrada da vidraça-base, por exemplo, por uma carga mecânica leve.

[0038] Em outra modalidade vantajosa, a ferramenta de remoção de revestimento inclui um feixe de laser. Um feixe de laser é particularmente vantajoso a fim de afetar remoção de revestimento completa, rápida e, consequentemente, econômica.

[0039] Em outra modalidade vantajosa, o dispositivo móvel inclui um robô ou um dispositivo de manipulação com múltiplos eixos geométricos e, de preferência, uma mesa de posicionamento X-Y. Em uma modalidade vantajosa, a ferramenta de remoção de revestimento e a ferramenta de corte são conectadas uma à outra ou são movidas de modo simultâneo uma com a outra pelo mesmo dispositivo móvel. Isso torna o dispositivo de acordo com a invenção particularmente simples e econômico.

[0040] Em uma modalidade vantajosa do dispositivo de acordo com a invenção, a ferramenta de remoção de revestimento inclui um feixe de laser. A ferramenta de remoção de revestimento e a ferramenta de corte estão dispostas em lados opostos de um plano no qual a vidraça-base está disposta. O dispositivo é, desse modo, constituído de modo que a ferramenta de corte possa processar uma superfície da vidraça-base e o feixe de laser entrar através da superfície oposta da vidraça-base na vidraça-base e atingir o revestimento funcional através do mesmo. A vidraça-base é girada com a superfície na qual o revestimento funcional está disposto voltado para a ferramenta de corte de modo que o feixe de laser possa penetrar através da superfície oposta à superfície revestida na vidraça-base. A ferramenta de corte e o feixe de laser são guiados de modo que o feixe de laser, após passar através da vidraça-base, seja emergido em uma região do revestimento funcional que é coberta pelo fluido de resfriamento. O feixe de laser atinge o limite entre a vidraça-base e o revestimento funcional, enquanto o lado do revestimento funcional que está voltado na direção contrária do limite é coberto com o fluido de resfriamento. Isso tem - conforme já indicado acima - a vantagem particular de que componentes removidos do revestimento funcional são ligados no fluido de resfriamento e podem ser lavados posteriormente.

[0041] A invenção inclui adicionalmente uma vidraça compósita com um revestimento funcional produzido com o método de acordo com a invenção, em que a vidraça compósita compreende pelo menos as características a seguir: - uma primeira vidraça com uma superfície III, uma segunda vidraça com uma superfície II e uma camada intermediária termoplástica, em que a superfície III da primeira vidraça é ligada laminarmente por meio da camada intermediária termoplástica à superfície II da segunda vidraça. - pelo menos um revestimento funcional, que é aplicado pelo menos em parte da superfície interna III da primeira vidraça, - pelo menos uma região isenta de revestimento, que circunda completamente uma região interna do revestimento funcional.

[0042] Isso resulta no fato de que a região interna não é adjacente à borda lateral da primeira vidraça.

[0043] Em uma modalidade vantajosa, a região isenta de revestimento é pelo menos parcialmente ou, de preferência, completamente circundada por uma região externa do revestimento funcional. Em outras palavras, a região interna e a região isenta de revestimento são dispostas pelo menos parcialmente e, de preferência, completamente dentro da região externa do revestimento funcional.

[0044] No presente documento, "completamente circundado" significa que a região isenta de revestimento é completamente circundada por uma região externa periférica em formato de quadro do revestimento funcional.

[0045] A região externa do revestimento funcional pode, por sua vez, ser pelo menos parcialmente e, de preferência, completamente circundada por outra região isenta de revestimento e a mesma pode, por sua vez, ser parcialmente e, de preferência, completamente circundada por outra região externa do revestimento funcional.

[0046] No contexto da invenção, não há conexão material do material do revestimento funcional entre a região interna e a borda lateral da primeira vidraça ou entre a região interna e uma região externa ou uma pluralidade de regiões externas. A região isenta de revestimento e o revestimento funcional na região interna são hermeticamente vedados pela camada intermediária durante a operação de laminação para produzir a vidraça compósita. Desse modo, a umidade do entorno da vidraça compósita não pode mais alcançar a região interna do revestimento funcional, e o revestimento funcional na região interna é protegido de modo eficaz contra corrosão.

[0047] Em uma modalidade vantajosa da vidraça compósita de acordo com a invenção, a região isenta de revestimento tem formato de tira e está disposta substancialmente paralela às bordas laterais da primeira vidraça. Isso tem vantagens especiais de um ponto de vista de tecnologia de processo visto que a ferramenta de remoção de revestimento pode ser guiada em paralelo para a ferramenta de corte e, desse modo, em paralelo à borda lateral e ao longo de toda a primeira vidraça. A separação confiável de material da região interna dos entornos da vidraça compósita é garantida cruzando-se regiões isentas de revestimento nas regiões de canto da primeira vidraça.

[0048] Isso significa que a região isenta de revestimento é substancialmente circundada completamente por uma região periférica em formato de quadro do revestimento funcional da região externa. Além disso, há elementos de extensão da região isenta de revestimento em formato de tira que conecta a região isenta de revestimento periférica em formato de quadro dentro da região externa para as bordas laterais da primeira vidraça. Visto que esses elementos de extensão também são hermeticamente vedados pela camada intermediária na vidraça compósita finalizada, isso não tem efeito sobre a resistência à corrosão do revestimento funcional.

[0049] Em outra modalidade vantajosa da vidraça compósita de acordo com a invenção, a largura b da área ou áreas externas é de 0,5 mm a 30 mm e, de preferência, de 3 mm a 11 mm. A largura é definida no presente documento como a dimensão ortogonal à borda da região interna. Tais larguras b são particularmente vantajosas visto que, por um lado, as mesmas possibilitam proteção contra corrosão confiável e, por outro lado, as mesmas podem ser ocultadas por uma impressão preta ou decorativa ou pela carroceria de veículo.

[0050] Em uma modalidade particularmente vantajosa da vidraça compósita de acordo com a invenção, a região externa circunda a região interna em mais de 70% e, de preferência, em mais de 90% do comprimento do perímetro da região interna. Em outras palavras, a região externa é excluída apenas em algumas zonas, como janelas de comunicação isentas de revestimento ou na região de linhas de alimentação para as barras coletoras.

[0051] Em outra modalidade vantajosa da vidraça compósita de acordo com a invenção, uma primeira região isenta de revestimento é completamente circundada por uma segunda região isenta de revestimento. A região externa com um revestimento funcional é, desse modo, disposta entre a primeira e a segunda regiões isentas de revestimento. Particularmente de preferência, a segunda região isenta de revestimento é completamente circundada por uma terceira região isenta de revestimento. Em outras palavras, outra segunda região externa com um revestimento funcional é disposta entre a segunda e a terceira regiões isentas de revestimento. Por meio de tais segunda ou terceira regiões isentas de revestimento, proteção contra umidade particularmente boa e, consequentemente, proteção contra corrosão particularmente boa são obtidas.

[0052] Em outra modalidade vantajosa da vidraça compósita de acordo com a invenção, a largura d da região isenta de revestimento é de 30 μm a 30 mm, de preferência, de 100 μm a 2 mm e, particularmente de preferência, de 250 μm a 1,5 mm e, em particular, de 250 μm a 500 μm. Isso tem a vantagem particular de que as regiões isentas de revestimento com tal largura pequena podem ser produzidas de modo muito rápido e simples.

[0053] As regiões isentas de revestimento podem ser produzidas por qualquer método técnico adequado. A remoção de revestimento por ablação de laser é particularmente preferencial. Isso tem a vantagem particular de que a mesma pode ser realizada de modo econômico, rápido e preciso. Devido a sua precisão, a ablação de laser é particularmente adequada para larguras estreitas d.

[0054] A princípio, todos substratos de isolamento elétrico que são térmica ou quimicamente estáveis, bem como dimensionalmente estáveis mediante as condições da produção e uso da vidraça de acordo com a invenção são adequados como a primeira e a segunda vidraça.

[0055] A primeira vidraça e/ou a segunda vidraça, de preferência, contêm vidro, particularmente de preferência vidro plano, vidro float, vidro de quartzo, vidro de borossilicato, vidro sódico-cálcico ou plásticos transparentes, de preferência, plásticos transparentes rígidos, em particular, polietileno, polipropileno, policarbonato, metacrilato de metila, poliestireno, poliamida, poliéster, cloreto de polivinilo e/ou misturas dos mesmos. A primeira vidraça e/ou a segunda vidraça são, de preferência, transparentes, em particular, para o uso da vidraça como um para-brisa ou uma janela posterior de um veículo ou outros usos nos quais alta transmitância de luz é desejada. No contexto da invenção, "transparente" significa uma vidraça que tem transmitância maior que 70% na faixa espectral visível. Para vidraças que não estão no campo de visão relevante de tráfego do condutor, por exemplo, para vidraças de teto, a transmitância também pode, no entanto, ser muito inferior, por exemplo, maior que 5%.

[0056] A espessura das vidraças individuais pode variar amplamente e, desse modo, ser adaptada de modo ideal às exigências do caso individual. De preferência, as vidraças com a espessura padrão de 1,0 mm a 25 mm, de preferência de 1,4 mm a 2,5 mm, são usadas para vidro de veículo motor e, de preferência, de 4 mm a 25 mm para mobiliário, dispositivos e prédios, em particular, para aquecedores elétricos. O tamanho da vidraça pode variar amplamente e é determinado pelo tamanho do uso de acordo com a invenção. A primeira vidraça e, opcionalmente, a segunda vidraça têm, por exemplo, na indústria automobilística e no setor de arquitetura, áreas habituais de 200 cm2 até 20 m2.

[0057] A vidraça compósita pode ter qualquer formato tridimensional. De preferência, o formato tridimensional não tem zonas de sombra para que a mesma possa, por exemplo, ser revestida por pulverização catódica. De preferência, os substratos são planos ou ligeira ou amplamente curvados em uma ou em uma pluralidade de direções espaciais. Em particular, substratos planos são usados. As vidraças podem ser sem cor ou coloridas.

[0058] Múltiplas vidraças individuais são ligadas umas às outras por meio de pelo menos uma camada intermediária. A camada intermediária, de preferência, contém pelo menos um plástico termoplástico, de preferência, polivinil butiral (PVB), etileno acetato de vinila (EVA) e/ou polietileno tereftalato (PET). No entanto, a camada intermediária termoplástica também pode conter, por exemplo, poliuretano (PU), polipropileno (PP), poliacrilato, polietileno (PE), policarbonato (PC), metacrilato de metila, cloreto de polivinila, resina de poliacetato, resinas de fundição, acrilatos, etileno-propileno fluorado, fluoreto de polivinilo e/ou etileno tetrafluoroetileno ou copolímeros ou misturas dos mesmos. As camadas intermediárias com propriedades de adesão relativamente insuficientes também podem estar dispostas e laminadas entre camadas intermediárias com melhores propriedades de adesão, por exemplo, PVB/PET/PVB. A camada intermediária termoplástica pode ser formada por um ou mesmo uma pluralidade de filmes termoplásticos dispostos um sobre o outro, em que a espessura de um filme termoplástico é, de preferência, de 0,25 mm a 1 mm, tipicamente, de 0,38 mm ou 0,76 mm.

[0059] Em uma vidraça compósita de acordo com a invenção composta por uma primeira vidraça, uma camada intermediária termoplástica e uma segunda vidraça, o revestimento funcional é aplicado diretamente sobre a primeira vidraça. A primeira vidraça e a segunda vidraça têm, em cada caso, uma superfície interna e uma superfície externa. As superfícies internas da primeira e da segunda vidraças são giradas uma em direção à outra e ligadas uma à outra por meio da camada intermediária termoplástica. As superfícies externas da primeira e da segunda vidraças são giradas na direção contrária uma em relação a outra e da camada intermediária termoplástica. O revestimento funcional é aplicado à superfície interna da primeira vidraça. De fato, outro revestimento funcional também pode ser aplicado à superfície interina da segunda vidraça. Mesmo as superfícies externas das vidraças podem ter revestimentos. Os termos "primeira vidraça" e "segunda vidraça" são selecionados para distinguir entre as duas vidraças em uma vidraça compósita de acordo com a invenção. Nenhuma informação a respeito da disposição geométrica é associada aos termos. Se, por exemplo, a vidraça de acordo com a invenção for fornecida em uma abertura, por exemplo, de um veículo motor ou de um prédio, para separar o ambiente interno do externo, a primeira vidraça pode estar voltada para o ambiente interno ou externo.

[0060] O revestimento funcional é, de preferência, transparente. No presente documento, "transparente" significa permeável à radiação eletromagnética, de preferência radiação eletromagnética de um comprimento de onda de 300 nm a 1.300 nm e, em particular, à luz visível. Desse modo, no contexto da invenção, uma vidraça compósita com um revestimento funcional que tem transmitância maior que 70% no espectro visível é entendida como sendo "transparente". Para vidraças que não estão localizadas no campo de visão relevante de tráfego do condutor, por exemplo, para tetos solares, a transmitância também pode, no entanto, ser muito inferior, por exemplo, maior que 5%.

[0061] Se o revestimento funcional for usado para aquecimento elétrico da vidraça compósita, o mesmo é implantado como um revestimento funcional eletricamente condutor e, de preferência, como um revestimento funcional eletricamente condutor, transparente.

[0062] Os revestimentos funcionais eletricamente condutores de acordo com a invenção são conhecidos, por exemplo, a partir dos documentos DE 20 2008 017 611 U1, EP 0 847 965 B1 ou WO2012/052315 A1. Os mesmos, tipicamente, incluem uma camada funciona ou uma pluralidade de, por exemplo, duas, três ou quatro camadas funcionais eletricamente condutoras. As camadas funcionais, de preferência, incluem pelo menos um metal, por exemplo, prata, ouro, cobre, níquel e/ou cromo ou uma liga de metal. As camadas funcionais particularmente de preferência incluem pelo menos 90% em peso do metal, em particular, pelo menos 99,9% em peso do metal. As camadas funcionais podem ser produzidas a partir do metal ou da liga de metal. As camadas funcionais particularmente de preferência incluem prata ou uma liga que contém prata. Tais camadas funcionais têm uma condutividade elétrica particularmente vantajosa com, simultaneamente, alta transmitância na faixa espectral visível. A espessura de uma camada funcional é, de preferência, de 5 nm a 50 nm, particularmente de preferência, de 8 nm a 25 nm. Nessa faixa, para a espessura da camada funcional, uma transmitância vantajosamente alta na faixa espectral visível e uma condutividade elétrica particularmente vantajosa são obtidas.

[0063] Tipicamente, pelo menos uma camada dielétrica é disposta, em cada caso, entre duas camadas funcionais adjacentes do revestimento funcional. De preferência, outra camada dielétrica é disposta abaixo da primeira e/ou acima da última camada funcional. Uma camada dielétrica inclui pelo menos uma camada individual produzida a partir de um material dielétrico, por exemplo, que inclui um nitreto, como nitreto de silício ou um óxido, como óxido de alumínio. No entanto, a camada dielétrica também pode compreender múltiplas camadas individuais, por exemplo, camadas individuais de um material dielétrico, camadas de suavização, camadas de adaptação, camadas bloqueadoras e/ou camadas antirreflexo. A espessura de uma camada dielétrica é, por exemplo, de 10 nm a 200 nm.

[0064] Essa estrutura de camada é, em geral, obtida por uma sucessão de operações de deposição que são realizados com o uso de um método a vácuo, como pulverização catódica aprimorada de campo magnético.

[0065] Outros revestimentos funcionais adequados, de preferência, incluem óxido de índio e estanho (ITO), óxido de estanho dopado com flúor (SnO2:F) ou óxido de zinco dopado com alumínio (ZnO:Al).

[0066] Um revestimento funcional usado como uma camada de aquecimento elétrico pode, a princípio, ser qualquer revestimento que pode ser eletricamente contatado. Se a vidraça, de acordo com a invenção, for destinada a possibilitar visão através da mesma, conforme é, por exemplo, o caso com vidraças no setor de janela, o revestimento funcional é, de preferência, transparente.

[0067] Em uma modalidade vantajosa, o revestimento funcional é uma camada ou uma estrutura de camada de uma pluralidade de camadas individuais com uma espessura total menor ou igual a 2 μm, particularmente de preferência, menor ou igual a 1 μm.

[0068] Um revestimento funcional vantajoso de acordo com a invenção, que é usado como uma camada de aquecimento elétrico, tem uma resistência de lâmina de 0,4 ohm/quadrado a 10 ohm/quadrado. Em uma modalidade particularmente preferencial, o revestimento funcional de acordo com a invenção tem uma resistência de lâmina de 0,5 ohm/quadrado a 1 ohm/quadrado. Os revestimentos com tais resistências de lâmina são particularmente adequados para o aquecimento de vidraças de janela de veículo motor em tensões incorporadas típicas de 12 V a 48 V ou em veículos elétricos com tensões incorporadas típicas de até 500 V.

[0069] Em uma modalidade vantajosa, a vidraça compósita de acordo com a invenção tem pelo menos duas barras coletoras fornecidas para se conectarem a uma fonte de tensão, que são conectadas a um revestimento funcional eletricamente condutor e, de preferência, a um revestimento funcional eletricamente condutor, transparente de modo que uma trajetória de corrente para uma corrente de aquecimento seja formada entre as barras coletoras.

[0070] As barras coletoras são, de preferência, dispostas ao longo das bordas laterais superior e inferior da região interna do revestimento funcional eletricamente condutor. O comprimento da barra coletora é tipicamente substancialmente a mesma que o comprimento da região interna, mas também pode ser menor. Além disso, mais de duas barras coletoras podem ser dispostas no revestimento funcional eletricamente condutor, de preferência, na região de borda ao longo de duas bordas laterais opostas da região interna. Além disso, mais de duas barras coletoras podem ser dispostas no revestimento funcional, por exemplo, para formar dois ou mais campos de aquecimento independentes em um revestimento funcional ou quando a barra coletora é interrompida ou deslocada por uma ou mais zonas não revestidas.

[0071] Em uma modalidade vantajosa, a barra coletora de acordo com a invenção é implantada como uma estrutura condutora ativada e impressa. A barra coletora impressa contém, de preferência, pelo menos um metal, uma liga de metal, um composto de metal e/ou carbono, particularmente de preferência, um metal nobre, em particular, prata. A pasta de impressão contém, de preferência, partículas metálicas, partículas de metal e/ou carbono e, em particular, partículas de metal nobre, como partículas de prata. A condutividade elétrica é, de preferência, alcançada por meio das partículas eletricamente condutoras. As partículas podem estar situadas em uma matriz orgânica e/ou inorgânica, como pastas ou tintas, de preferência, como pasta de impressão com fritas de vidro.

[0072] A largura da primeira e da segunda barras coletoras é, de preferência, de 2 mm a 30 mm, particularmente de preferência, de 4 mm a 20 mm e, em particular, de 10 mm a 20 mm. As barras coletoras mais finas resultam em uma resistência elétrica excessivamente alta e, consequentemente, em um aquecimento excessivamente alto da barra coletora durante a operação. Além disso, barras coletoras mais finas podem ser produzidas apenas com dificuldade com o uso de técnicas de impressão, como impressão em tela. As barras coletoras mais finas exigem uso de material indesejavelmente alto. Além disso, as mesmas resultam em uma restrição inestética e excessivamente grande da região de transparência da vidraça. O comprimento da barra coletora é direcionado pelas dimensões da camada de aquecimento elétrico. Com uma barra coletora que é tipicamente implantada na forma de uma tira, a maior de suas dimensões é chamada de comprimento e a menor de suas dimensões é chamada de largura. As terceiras barras coletoras ou barras coletoras adicionais podem ser projetadas ainda mais finas, de preferência, de 0,6 mm a 5 mm.

[0073] A espessura de camada da barra coletora impressa é, de preferência, de 5 μm a 40 μm, particularmente de preferência, de 8 μm a 20 μm e, particularmente com ainda mais preferência, de 8 μm a 12 μm. As barras coletoras impressas com essas espessuras são tecnicamente simples de produzir e têm uma capacidade de transporte de corrente vantajosa.

[0074] A resistência específica pa das barras coletoras é, de preferência, de 0,8 μohm^cm a 7,0 μohm^cm e, particularmente de preferência, de 1,0 μohm^cm a 2,5 μohm^cm. As barras coletoras com resistências específicas nessa faixa são tecnicamente simples de produzir e têm uma capacidade de transporte de corrente vantajosa.

[0075] De modo alternativo, a barra coletora pode ser implantada como uma tira de um filme eletricamente condutor. A barra coletora, então, inclui, por exemplo, pelo menos alumínio, cobre, cobre estanhado, ouro, prata, zinco, tungstênio e/ou estanho ou ligas dos mesmos. A tira tem, de preferência, uma espessura de 10 μm a 500 μm, particularmente de preferência, de 30 μm a 300 μm. As barras coletoras produzidas a partir de folhas metálicas eletricamente condutoras com essas espessuras são tecnicamente fáceis de produzir e têm uma capacidade de transporte de corrente vantajosa. A tira pode ser conectada eletricamente de modo condutor à estrutura eletricamente condutora, por exemplo, através de um composto de soldadura, através de um adesivo eletricamente condutor ou por colocação direta.

[0076] O revestimento funcional pode se estender sobre toda a superfície da primeira vidraça. No entanto, de modo alternativo, o revestimento funcional pode se estender sobre apenas parte da superfície da primeira vidraça. O revestimento funcional se estende, de preferência, sobre pelo menos 50%, particularmente de preferência, sobre pelo menos 70% e, particularmente com ainda mais preferência, sobre pelo menos 90% da superfície interna da primeira vidraça. O revestimento funcional pode ter uma ou uma pluralidade de zonas não revestidas na região interna e/ou na região externa. Essas zonas podem ser permeáveis à radiação eletromagnética e são, por exemplo, conhecidas como janelas de transmissão de dados ou janelas de comunicação.

[0077] A linha de alimentação elétrica é, de preferência, implantada como uma folha metálica flexível (condutor liso, condutor de cabo de fita). Isso significa um condutor elétrico cuja largura é significativamente maior que sua espessura. Tal condutor de folha metálica é, por exemplo, uma tira ou uma banda que contém ou é produzida a partir de cobre, cobre estanhado, alumínio, prata, ouro ou ligas dos mesmos. O condutor de folha metálica tem, por exemplo, uma largura de 2 mm a 16 mm e uma espessura de 0,03 mm a 0,1 mm. O condutor de folha metálica pode ter uma bainha polimérica, de preferência, isolante, por exemplo, com base em poliimida. Os condutores de folha metálica que são adequadas para o contato de revestimentos eletricamente condutores em vidraças têm uma espessura total de, por exemplo, apenas 0,3 mm. Tal condutor fino de folha metálica pode ser incorporado sem dificuldade entre as vidraças individuais na camada intermediária termoplástica. Uma pluralidade de camadas condutoras eletricamente isoladas umas das outras pode estar situada em uma banda de condutor de folha metálica.

[0078] De modo alternativo, fios de metais finos também podem ser usados como a linha de alimentação elétrica. Os fios de metal contêm, em particular, cobre, tungstênio, ouro, prata ou alumínio ou ligas de pelo menos dois desses metais. As ligas também podem conter molibdênio, rênio, ósmio, índio, paládio ou platina.

[0079] A invenção inclui adicionalmente o uso da vidraça compósita com o revestimento funcional produzido de acordo com o método, de acordo com a invenção, em prédios, em particular, na área de acesso, janela área, área de teto ou área de fachada, como uma parte incorporada em mobiliário e dispositivos, em meios de transporte para viagem por terra, por ar ou por água, em particular, em trens, navios e veículos motores, por exemplo, como um para-brisa, janela posterior, janela lateral e/ou teto solar.

[0080] A seguir, a invenção é explicada em detalhes em referência aos desenhos e modalidades exemplificativas. Os desenhos são uma representação esquemática e não são fiéis à escala. Os desenhos não restringem de nenhum modo a invenção.

[0081] Eles retratam:

[0082] A Figura 1A é uma vista em perspectiva de uma representação esquemática de um dispositivo de acordo com a invenção para realizar o método de acordo com a invenção;

[0083] A Figura 1B é uma vista em corte transversal ao longo da linha de secção E-E’ de uma vidraça-base da Figura 1A,

[0084] A Figura 1C é uma vista em corte transversal de um dispositivo alternativo de acordo com a invenção para realizar o método de acordo com a invenção ao longo da linha de secção E-E‘ de uma vidraça-base 1’ com base na Figura 1A;

[0085] A Figura 2 é um fluxograma detalhado de uma modalidade do método de acordo com a invenção.

[0086] A Figura 3A é uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção F- F‘ de uma primeira vidraça 1 da Figura 1A após a etapa (b) do método de acordo com a invenção;

[0087] A Figura 3B é uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção F- F‘ de uma primeira vidraça 1 da Figura 1A após a etapa (c) do método de acordo com a invenção;

[0088] A Figura 4A é uma vista plana de uma modalidade de uma vidraça compósita de acordo com a invenção,

[0089] A Figura 4B é uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção B-B‘ da vidraça compósita de acordo com a invenção da Figura 4A,

[0090] A Figura 5A é uma vista plana de uma modalidade alternativa de uma vidraça compósita com um revestimento funcional de acordo com a invenção,

[0091] A Figura 5B é uma vista em corte transversal ao longo da linha de secção A-A’ da vidraça compósita da Figura 5A,

[0092] A Figura 6A é uma vista plana de outra modalidade da vidraça compósita com um revestimento funcional de acordo com a invenção,

[0093] A Figura 6B é uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção B-B‘ da vidraça compósita de acordo com a invenção da Figura 6A,

[0094] A Figura 7A é uma vista plana de outra modalidade da vidraça compósita com um revestimento funcional de acordo com a invenção,

[0095] A Figura 7B é uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção C-C‘ da vidraça compósita de acordo com a invenção da Figura 7A,

[0096] A Figura 8A é uma vista plana de outra modalidade da vidraça compósita com um revestimento funcional de acordo com a invenção,

[0097] A Figura 8B é uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção D-D‘ da vidraça compósita de acordo com a invenção da Figura 8A,

[0098] A Figura 1A representa uma vista em perspectiva de uma representação esquemática de um dispositivo 30 de acordo com a invenção para realizar o método de acordo com a invenção. O dispositivo 30 inclui uma ferramenta de corte 18 para cortar uma primeira vidraça 1 de uma vidraça maior, que é referenciada a seguir como a vidraça-base 1’. Um revestimento funcional 3 é disposto na vidraça-base 1’.

[0099] A Figura 1B representa uma vista em corte transversal do dispositivo 30 de acordo com a invenção da Figura 1A junto com um plano de corte, que se desloca paralelo à linha de seção E-E‘ e ortogonal à vidraça-base 1’.

[00100] A ferramenta de corte 18 é, nesse exemplo, uma roda de corte 16 produzida a partir de um metal duro. É entendido que outras ferramentas de corte 18, como uma agulha de diamante ou um laser, também podem ser usadas. Do mesmo modo, é entendido que a ferramenta de corte 18, no caso de uma vidraça-base 1’ produzida a partir de vidro, corta apenas a mesma ou entalha a mesma e a primeira vidraça 1 de modo subsequente irrompe da vidraça-base 1', por exemplo, por meio de uma carga mecânica leve.

[00101] O dispositivo 30 inclui adicionalmente uma ferramenta de remoção de revestimento 17 para introduzir uma região isenta de revestimento 9.1 no revestimento funcional 3. A ferramenta de remoção de revestimento 17 é, nesse exemplo, um feixe de laser 15. O feixe de laser 15 é guiado no revestimento funcional 3 na superfície III da vidraça-base 1’. Nesse momento, o revestimento funcional 3 é sofre ablação mediante a ação do feixe de laser 15, por exemplo, por vaporização.

[00102] É entendido que a ferramenta de remoção de revestimento 17 também pode ser uma roda de esmerilhamento ou outra ferramenta adequada.

[00103] O dispositivo 30 de acordo com a invenção inclui adicionalmente um dispositivo móvel 19 com o qual a ferramenta de corte 18 e a ferramenta de remoção de revestimento 17 podem ser movidas. Nesse exemplo, o dispositivo móvel 19 é uma mesa de posicionamento X-Y 20, que desloca de modo simultâneo as ferramentas 18,19 no plano da vidraça-base 1’. Qualquer outro dispositivo adequado pode ser usado como dispositivo móvel 19, por exemplo, um dispositivo de manipulação com múltiplos eixos geométricos ou um robô.

[00104] Do mesmo modo, a ferramenta de remoção de revestimento 17 e, em particular, o laser podem ser dispostos no outro lado da vidraça-base 1’ de modo que o feixe de laser 15 seja guiado através da primeira vidraça 1 e apenas então atinja o revestimento funcional 3. Essa disposição tem a vantagem particular de que o material vaporizado do revestimento funcional 3 não pode entrar na trajetória do feixe de laser 15 de modo que o feixe não seja dispersado e não seja enfraquecido, e precisão maior de padronização seja alcançada.

[00105] A Figura 1C representa uma modalidade alternativa de um dispositivo de acordo com a invenção para realizar o método de acordo com a invenção. Nesse caso, a ferramenta de remoção de revestimento 17 é um laser, que está disposto no lado da vidraça-base 1' oposta à ferramenta de corte 18 em comparação com a Figura 1B de modo que o feixe de laser 15 seja guiado através da primeira vidraça 1 e apenas então atinja o revestimento funcional 3. De preferência, a roda de corte 16 da ferramenta de corte 18 é resfriada junto com uma região do revestimento funcional 3 com um fluido de resfriamento 21, por exemplo, um óleo de corte, que umidifica pelo menos uma região do revestimento funcional 3. Vantajosamente, o feixe de laser 15 passa através da primeira vidraça 1 para o interior do revestimento funcional 3, que é umidificado com o fluido de resfriamento 21 no lado que está voltado na direção contrária da primeira vidraça 1. O feixe de laser 15 pode ser guiado imediatamente adjacente ao ponto de contato entre a roda de corte 16 e o revestimento funcional 3, ou após uma trilha, que sai de trás do fluido de resfriamento no revestimento funcional 3 após o processamento com a roda de corte 16. Essa disposição tem a vantagem particular de que o material vaporizado do revestimento funcional 3 é ligado pelo fluido de resfriamento 21 e, consequentemente, não pode se difundir através da disposição ou ser depositado em seções adjacentes do revestimento funcional 3. Tipicamente, o fluido de resfriamento 21 que permanece na superfície da primeira vidraça 1 é lavado em outra etapa de processo e, com o mesmo, o material que sofre ablação do revestimento funcional 3 ligado ao fluido de resfriamento 21 também é removido.

[00106] A Figura 2 representa um fluxograma de uma modalidade exemplificativa do método de acordo com a invenção para produzir uma vidraça compósita 100 com um revestimento funcional 3.

[00107] Na etapa (a), um revestimento funcional 3 é aplicado sobre a superfície III de uma vidraça-base 1’, por exemplo, por pulverização catódica.

[00108] Na etapa (b), uma primeira vidraça 1 é cortada ou entalhada a partir da vidraça-base 1’ por uma ferramenta de corte 18, e pelo menos uma região isenta de revestimento periférico em formato de quadro 9.1 é introduzida por uma ferramenta de remoção de revestimento 17 no revestimento funcional 3, em que na primeira vidraça 1, uma região interna 11 do revestimento funcional 3 é completamente separada de uma região externa 10.1 do revestimento funcional 3 de modo que a região interna 11 não seja adjacente a uma borda lateral 6 da primeira vidraça 1.

[00109] Na etapa (c), a superfície III da primeira vidraça 1 com o revestimento funcional 3 é ligada por meio de uma camada intermediária termoplástica 4 a uma superfície II de uma segunda vidraça 2.

[00110] A Figura 3A representa uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção F-F‘ da primeira vidraça 1 após a etapa de processo (b). Em uma região isenta de revestimento 9.1, o revestimento funcional 3 é completamente removido sobre uma largura d1. O revestimento funcional 3 é, desse modo, dividido em uma região interna 11 e uma região externa 10.1. Isso significa que não há mais uma conexão material do material do revestimento funcional 3 da região interna 11 com a região externa 10.1.

[00111] Então, na etapa (c), a primeira vidraça 1 é ligada a uma segunda vidraça 2 por meio de uma camada intermediária termoplástica 4 com o uso de processos de laminação usuais, por exemplo, na autoclave. A Figura 3B representa a vidraça compósita laminada 100 que foi preparada de acordo com o método de acordo com a invenção.

[00112] A Figura 4A representa uma vista plana de uma modalidade exemplificativa de uma vidraça compósita 100 com um revestimento funcional 3 de acordo com a invenção. A Figura 4B representa uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção B-B‘ da vidraça compósita 100 de acordo com a invenção da Figura 4A. A vidraça compósita 100 compreende uma primeira vidraça 1, uma segunda vidraça 2 e uma camada intermediária termoplástica 4, que liga laminarmente a superfície III da primeira vidraça 1 à superfície II da segunda vidraça 2. A primeira vidraça 1 e a segundo painéis 2 são produzidas, por exemplo, a partir de vidro sódico-cálcico. A espessura da primeira vidraça 1 é, por exemplo, 1,6 mm e a espessura da segunda vidraça 2 é 2,1 mm. A camada intermediária termoplástica 4 é produzida, por exemplo, a partir de polivinil butiral (PVB) e tem uma espessura de 0,76 mm. As dimensões da vidraça compósita 100 são, por exemplo, 1 m x 1 m.

[00113] Um revestimento funcional 3 de um revestimento transparente eletricamente condutor, que pode, por exemplo, servir como uma camada de reflexão infravermelha ou uma camada de aquecimento elétrico, é aplicada sobre a superfície III da primeira vidraça 1. O revestimento funciona 3 é um sistema de camada que inclui, por exemplo, três camadas de prata eletricamente condutoras que são separadas umas das outras por camadas dielétricas.

[00114] O revestimento funcional 3 se estende, por exemplo, sobre toda a superfície III da primeira vidraça 1 menos uma região isenta de revestimento periférica em formato de quadro 9.1, que separa uma região interna 11 do revestimento funcional 3 completamente de uma região externa 10.1 do revestimento funcional 3. Isso significa que a região interna 11 não é adjacente a uma borda lateral 6 da primeira vidraça 1. No exemplo representado no presente documento, a região isenta de revestimento periférica em formato de quadro 9.1 tem o formato de um retângulo e, nesse caso, linha de revestimento removido quadrada com uma largura d1, que é retrocedida na vidraça interior sobre todo o perímetro por uma distância b1 da borda lateral 6 da vidraça compósita 100. A distância b1 é, nesse caso, a largura da região externa 10.1 e é, por exemplo, de 5 mm. A largura d1 da região isenta de revestimento 9.1 é, por exemplo, constante e é, por exemplo, 300 μm. Essa disposição impede que a região interna 11 do revestimento funcional 3 seja adjacente à borda lateral 6 da primeira vidraça 1. Na vidraça compósita 100, o revestimento funcional 3 é, desse modo, impedido de ter acesso direto à atmosfera externa da vidraça compósita 100. Através da laminação da primeira vidraça 1 e da segunda vidraça 2 com a camada intermediária 4, a região isenta de revestimento 9.1 é completamente preenchida com o material da camada intermediária 4, e a região interna 11 é hermeticamente vedada. O revestimento funcional 3 na região interna 11 é, desse modo, protegida de modo eficaz contra a umidade e, consequentemente, contra corrosão. Conforme as investigações dos inventores revelaram de modo surpreendente, uma largura di de apenas 30 μm é suficiente para proteger o revestimento funcional 3 na região interna 11 contra corrosão. É entendido que ainda mais seções do revestimento funcional 3 podem ser isentas de revestimento dentro da região interna 11 ou da região externa 10.1, sem o efeito descrito acima de proteção contra corrosão de acordo com a invenção que é deficiente. A região isenta de revestimento estreita 9.1 pode, por exemplo, ser produzida por remoção de revestimento de laser do revestimento funcional 3. Isso tem a vantagem particular de que a vidraça compósita 100 de acordo com a invenção pode ser produzida de modo rápido e econômico.

[00115] A Figura 5A representa uma vista plana de uma modalidade alternativa de uma vidraça compósita 101 de acordo com a invenção. A Figura 5B representa uma vista em corte transversal ao longo da linha de secção A-A’ através da vidraça compósita da Figura 5A. A estrutura básica da vidraça compósita 101 corresponde aos materiais e às dimensões da vidraça compósita 100 de acordo com a invenção da Figura 4A e da Figura 4B. A vidraça compósita 101, do mesmo modo, tem um revestimento funcional 3, que é disposto na superfície III da primeira vidraça 1.

[00116] Ao contrário da vidraça compósita 100 de acordo com a invenção da Figura 4 A e da Figura 4B, a vidraça compósita 101 tem, na borda região 12 da primeira vidraça 1, uma região isenta de revestimento 9.1 com uma largura d1 de 15 mm, que se estende por toda a vidraça borda 6. Em outras palavras, a vidraça compósita 101 não tem região externa 9.1 produzida a partir de um revestimento funcional 3.

[00117] A Figura 6A representa uma vista plana de uma modalidade alternativa de uma vidraça compósita 100 de acordo com a invenção com um revestimento funcional 3. A Figura 6B representa uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção B-B‘ da vidraça compósita 100 de acordo com a invenção da Figura 6A. A estrutura da vidraça compósita 100 da Figura 6A e da Figura 6B corresponde substancialmente à estrutura da vidraça compósita 100 das Figuras 4A e 4B de modo que, posteriormente, apenas as diferenças entre as duas vidraças compósitas 100 sejam descritas.

[00118] O revestimento funcional 3 do mesmo modo se estende, como no exemplo da Figura 4A, sobre toda a superfície III da primeira vidraça 1 menos uma região isenta de revestimento periférica em formato de quadro 9.1, que separa completamente uma região interna 11 do revestimento funcional 3 de uma região externa 10.1 do revestimento funcional 3 de modo que a região interna 11 não seja adjacente a uma borda lateral 6 da primeira vidraça 1. Em contraste com a Figura 4A, no exemplo da Figura 6A, a região isenta de revestimento 9.1 é formada por tiras que se deslocam paralelas às bordas laterais 6 da primeira vidraça 1. As tiras se cruzam, em cada caso, nas regiões de canto da primeira vidraça 1. Uma região periférica em formato de quadro que corresponde à região isenta de revestimento 9.1 e que separa completamente o revestimento funcional 3 da borda lateral 6 da primeira vidraça 1 é criada pelas tiras que se cruzam. Desse modo, na vidraça compósita finalizada 100, o revestimento funcional 3 na região interna 11 é hermeticamente vedado dos entornos da vidraça compósita 100 e é protegido contra penetração de umidade a partir do lado de fora. Em contraste com a modalidade exemplificativa da Figura 4A, a região isenta de revestimento 9.1 na Figura 6A tem elementos de extensão 22 que se estendem a partir da região isenta de revestimento 9.1 por toda a borda lateral 6 nas regiões de canto da primeira vidraça. Visto que as mesmas também são hermeticamente vedadas após a laminação com a camada intermediária termoplástica 4, no presente documento, novamente, nenhuma umidade pode alcançar o revestimento funcional 3 na região interna 11. As regiões isentas de revestimento 9.1 produzidas a partir de tais tiras de deslocamento paralelas podem ser produzidas particularmente de modo simples a partir de um ponto de vista de tecnologia de produção, por exemplo, por orientação paralela de uma ferramenta de remoção de revestimento para a remoção de revestimento da região isenta de revestimento 9.1, como um laser, para outra ferramenta que corte a primeira vidraça 1 de uma vidraça-base maior ou entalhe a mesma para separação.

[00119] A Figura 7A representa uma vista plana de uma modalidade alternativa de uma vidraça compósita 100 de acordo com a invenção com um revestimento funcional 3. A Figura 7B representa uma vista em corte transversal ao longo da linha de seção C-C‘ da vidraça compósita 100 de acordo com a invenção da Figura 7A. A estrutura da vidraça compósita 100 da Figura 7A e da Figura 7B corresponde substancialmente à estrutura da vidraça compósita 100 das Figuras 6A e 6B de modo que, posteriormente, apenas as diferenças entre as duas vidraças compósitas 100 sejam descritas. Os sinais de referência 10.1 e 10.2 se referem à região externa.

[00120] A vidraça compósita 100 representada nesse exemplo tem, além da região isenta de revestimento 9.1, outras regiões isentas de revestimento 9.2, que é moldada pela região isenta de revestimento 9.1. A região isenta de revestimento 9.2 tem, por exemplo, uma largura d2 de 100 μm e uma distância b2 da região isenta de revestimento 9.1 de 2 mm. Ambas as regiões isentas de revestimento 9.1,9.2 são formadas por tiras que se deslocam paralelas à borda lateral 6 da primeira vidraça 1, que se cruzam nos cantos da primeira vidraça 1 em cada caso e têm elementos de extensão 16. Isso significa que a região interna 11 do revestimento funcional 3 da primeira vidraça 1 é separada da borda lateral 6 pelo menos por uma região de revestimento removido 9.1 da largura d-i e uma região de revestimento removido 9.2 da largura d2. Na vidraça compósita finalizada 1, isso resulta em uma separação ampliada e, desse modo, aprimorada da região interna 11 da atmosfera que circunda a vidraça compósita 100 e, desse modo, em proteção aprimorada contra a umidade e, desse modo, contra corrosão.

[00121] A Figura 3 representa uma vista plana de outra modalidade exemplificativa de uma vidraça compósita 100 de acordo com um revestimento funcional 3 na forma de uma camada de aquecimento elétrica. A vidraça compósita 100 compreende uma primeira vidraça 1 e uma segunda vidraça 2, que são ligadas uma à outra por meio de uma camada intermediária termoplástica 4. A vidraça compósita 100 é, por exemplo, uma vidraça de veículo motor e, em particular, o para-brisa de um automóvel de passeio. A primeira vidraça 1, por exemplo, se destina a estar voltada para o interior na posição instalada. A primeira vidraça 1 e a segundo painéis 2 são produzidas a partir de vidro sódico-cálcico. A espessura da primeira vidraça 1 é, por exemplo, 1,6 mm e a espessura da segunda vidraça 2 é 2,1 mm. A camada intermediária termoplástica 4 é produzida a partir de polivinil butiral (PVB) e tem uma espessura de 0,76 mm. Um revestimento funcional 3 produzido a partir de um revestimento eletricamente condutor, que pode ser usado como uma camada de aquecimento elétrico da Figura 1A, é aplicado sobre a superfície interna III da primeira vidraça 1. O revestimento funciona 3 é um sistema de camada que inclui, por exemplo, três camadas de prata eletricamente condutoras que são separadas umas das outras por camadas dielétricas. Quando uma corrente flui através desse revestimento funcional eletricamente condutor 3, a mesma é aquecida como resultado de sua resistência elétrica e aquecimento por Joule. Consequentemente, o revestimento funcional 3 pode ser usado para aquecimento ativo da vidraça compósita 100.

[00122] O revestimento funcional 3 se estende, por exemplo, sobre toda a superfície III da primeira vidraça 1 menos uma região em formato de quadro periférica isenta de revestimento 9.1 com uma largura di de 100 μm. A região isenta de revestimento 9.1 é desviada da vidraça interior em uma distância b1 de, por exemplo, 5 mm da vidraça borda 6. No presente documento, a região isenta de revestimento 9.1 tem duas funções técnicas: a mesma serve para o isolamento elétrico entre a carroceria de carro e o revestimento funcional portador de tensão 3 quando o mesmo é eletricamente aquecido. Além disso, a região isenta de revestimento 9.1 é hermeticamente vedada por ligação adesiva à camada intermediária 4 e protege o revestimento funcional 3 na região interna 11 contra danos e umidade e, consequentemente, contra corrosão.

[00123] Para o contato elétrico do revestimento funcional 3 que serve como uma camada de aquecimento elétrico, uma primeira barra coletora 5.1 é disposta na região de borda inferior e uma segunda barra coletora 5.2 é disposta na região de borda superior da região interna 11 no revestimento funcional 3 em cada caso. As barras coletoras 5.1, 5.2 incluem, por exemplo, partículas de prata e foram aplicadas na impressão em tela e, então, ativadas. O comprimento das barras coletoras 5.1, 5.2 corresponde aproximadamente à dimensão da região interna 11 do revestimento funcional 3.

[00124] Quando uma tensão elétrica é aplicada às barras coletoras 5.1 e 5.2, uma corrente uniforme flui através do revestimento funcional eletricamente condutor 3 entre as barras coletoras 5.1,5.2. Uma linha de alimentação 7 é disposta aproximadamente de modo central em cada barra coletora 5.1, 5.2. A linha de alimentação 7 é um condutor de folha metálica conhecido por si só. A linha de alimentação 7 é eletricamente conectada de modo condutivo à barra coletora 5.1,5.2 por meio de uma superfície de contato, por exemplo, com o uso de um composto de soldadura, um adesivo eletricamente condutor ou por colocação simples e pressão dentro da vidraça compósita 100. O condutor de folha metálica inclui, por exemplo, uma folha metálica de cobre estanhado com uma largura de 10 mm e uma espessura de 0,3 mm. As barras coletoras 5.1,5.2 são conectadas por meio das linhas de alimentação elétricas 7 por meio de cabos de conexão 13 a uma fonte de tensão 14 que fornece uma tensão in incorporada típica para veículos motores, de preferência, de 12 V a 15 V e, por exemplo, aproximadamente 14 V. De modo alternativo, a fonte de tensão 14 também pode ser tensões maiores, por exemplo, de 35 V a 50 V e, em particular, 42 V.

[00125] É entendido que o revestimento funcional 3 também pode ter, além da função de aquecimento, outras funções, como reflexão infravermelha ou propriedades de low-E.

[00126] Uma zona não revestida 8 é disposta na vidraça compósita 100 aproximadamente de modo central em relação à largura da vidraça. A zona não revestida 8 não tem material eletricamente condutor do revestimento funcional 3. No presente documento, a zona não revestida 8 é, por exemplo, completamente circundada pelo revestimento funcional 3. De modo alternativo, a zona não revestida 8 pode estar disposta na borda do revestimento funcional 3. A área da zona não revestida 8 é de, por exemplo, 1,5 dm2. Em sua extremidade inferior, a zona não revestida 8 é adjacente a uma barra coletora adicional 5.3 que é limítrofe com a zona não revestida 8 no fundo. A zona não revestida 8 serve, por exemplo, como uma comunicação, sensor ou janela de câmera.

[00127] As barras coletoras 5.1, 5.2, 5.3 têm, no exemplo representado, uma espessura constante de, por exemplo, aproximadamente 10 μm e uma resistência específica constante de, por exemplo, 2,3 μohm^cm.

[00128] As vidraças compósitas 100,101 produzidas de acordo com o método de acordo com a invenção foram submetidas aos testes de corrosão habituais. a) um teste de umidade a uma temperatura de 70 °C e uma umidade relativa de 100% durante um período de 300 horas, bem como b) um teste de clima alternativo com 20 ciclos de 12 horas de duração, cada um, em uma umidade relativa de 85% e uma alteração de temperatura de 85 °C a -40 °C. c) um teste de aspersor de sal em uma temperatura de 35 °C durante 960 horas com uma solução de cloreto de sódio aquosa.

[00129] Todas as vidraças compósitas 100,101 produzidas de acordo com a invenção demonstraram resistência à corrosão muito boa nos testes de corrosão mencionados acima.

[00130] Lista de Números de Referência: 1 primeira vidraça 2 segunda vidraça 3 revestimento funcional 4 camada intermediária termoplástica 5 .1,5.2,5.3 barra coletora 6 borda lateral da primeira vidraça 1 7 linha de alimentação 8 zona não revestida, janela de comunicação 9 .1,9.2 região isenta de revestimento 10 .1,10.2 região externa 11 região interna 12 região de borda 13 cabo de conexão 14 fonte de tensão 15 feixe de laser 16 roda de corte 17 ferramenta de remoção de revestimento 18 ferramenta de corte 19 dispositivo móvel 20 mesa de posicionamento X-Y 21 fluido de resfriamento 22 elemento de extensão 30 dispositivo de acordo com a invenção 31 0,101 vidraça compósita de acordo com a invenção 32 superfície da segunda vidraça 2 111 superfície interna da primeira vidraça 1 112 superfície externa da primeira vidraça 1 A-A‘, B-B‘, C-C‘, D-D‘, E-E‘, F-F‘ linha de seção b1, b2 largura da região externa 10.1,10.2 d1, d2 largura da região isenta de revestimento 9.1,9.2 direção x,y

Claims

1. Método para produzir uma vidraça compósita (100) com um revestimento funcional (3), caracterizadopelo fato de que pelo menos: (a) aplicar um revestimento funcional (3) pelo menos à parte de uma superfície (III) de uma vidraça-base (1’), (b) cortar, ao mesmo tempo, uma primeira vidraça (1) da vidraça-base (1’), e pelo menos uma região isenta de revestimento (9.1, 9.2) é introduzida no revestimento funcional (3), em que uma região isenta de revestimento circunda completamente uma região interna (11) do revestimento funcional (3) e separa a região interna (11) de uma região externa (10.1, 10.2), que circunda parcial ou completamente a região interna (11), e (c) ligar a superfície (III) da primeira vidraça (1) com o revestimento funcional (3) por meio de uma camada intermediária termoplástica (4) a uma superfície (II) de uma segunda vidraça (2), em que uma ferramenta de remoção de revestimento (17) com um feixe de laser (15) é usada para introduzir a região isenta de revestimento (9.1, 9.2) e uma ferramenta de corte (18) com uma roda de corte (16) e com um fluido de resfriamento (21) é usada para o corte, em que, na etapa (b), a roda de corte (16) é guiada diretamente na superfície revestida (III) da primeira vidraça (1) e o feixe de laser (15) é lançado na primeira vidraça (1) através da superfície (IV) que está voltada para a direção contrária da superfície revestida (III) da primeira vidraça (1) e é guiado através da primeira vidraça (1) sobre o revestimento funcional (3), em que a ferramenta de corte (18) e a ferramenta de remoção de revestimento (17) são movidas de modo simultâneo e o feixe de laser (15) é guiado sobre o revestimento funcional (3) em uma região coberta pelo fluido de resfriamento (21).

2. Dispositivo (30) para realizar o método definido na reivindicação 1, caracterizadopelo fato de que compreende pelo menos: - uma ferramenta de corte (18) para corte ou entalhe de uma primeira vidraça (1) fora de uma vidraça-base (1’), - uma ferramenta de remoção de revestimento (17) para introduzir uma região isenta de revestimento (9.1, 9.2) em um revestimento funcional (3) na vidraça- base (1’), e - um dispositivo móvel (19) para mover a ferramenta de corte (18) e a ferramenta de remoção de revestimento (17), em que a ferramenta de corte (18) é resfriada com um fluido de resfriamento (21) e compreende uma roda de corte (16) ou uma ponta de diamante e a ferramenta de remoção de revestimento (17) compreende um feixe de laser (15). em que a ferramenta de remoção de revestimento (17) e a ferramenta de corte (18) estão dispostas em lados opostos de um plano no qual a vidraça-base (1’) pode estar disposta.

3. Dispositivo (30), de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o dispositivo móvel (19) inclui um robô ou um dispositivo de manipulação com múltiplos eixos geométricos ou uma mesa de posicionamento X-Y (20).

4. Vidraça compósita (100,101) com um revestimento funcional (3) produzido de acordo com o método definido na reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos: - uma primeira vidraça (1) com uma superfície (III), uma segunda vidraça (2) com uma superfície (II) e uma camada intermediária termoplástica (4), em que a superfície (III) da primeira vidraça (1) é ligada laminarmente pela camada intermediária termoplástica (4) à superfície (II) da segunda vidraça (2), - pelo menos um revestimento funcional (3), que é aplicado pelo menos em parte da superfície interna (III) da primeira vidraça (1), - pelo menos uma região isenta de revestimento (9.1, 9.2) que circunda completamente uma região interna (11) do revestimento funcional (3).

5. Vidraça compósita (100,101), de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo fato de que a região isenta de revestimento (9.1, 9.2) tem formato de tira e está disposta substancialmente paralela às bordas laterais (6) da primeira vidraça (1).

6. Vidraça compósita (100,101), de acordo com a reivindicação 4 ou 5, caracterizada pelo fato de que a largura di/2 da região isenta de revestimento (9.1, 9.2) é de 30 μm a 30 mm, de preferência, de 100 μm a 2 mm, particularmente de preferência, de 250 μm a 1,5 mm e, em particular, de 250 μm a 500 μm.

7. Vidraça compósita (100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 6, caracterizada pelo fato de que a região interna (11) do revestimento funcional (3) é parcial ou completamente circundada por pelo menos uma região externa (10.1, 10.2) do revestimento funcional (3) e, de preferência, a largura b1/2 da região externa (10.1, 10.2) é de 0,5 mm a 30 mm e, particularmente de preferência, de 3 mm a 11 mm.

8. Vidraça compósita (100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 7, caracterizada pelo fato de que, na primeira vidraça (1), uma primeira região isenta de revestimento (9.1) é completamente limitada por uma segunda região isenta de revestimento (9.2) e, de preferência, a segunda região isenta de revestimento (9.2) é completamente limitada por uma terceira região isenta de revestimento.

9. Vidraça compósita (100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 7, caracterizada pelo fato de que a primeira vidraça (1) e/ou a segunda vidraça (2) contém vidro, de preferência, vidro plano, vidro float, vidro de quartzo, vidro de borossilicato, vidro sódico-cálcico ou polímeros, de preferência, polietileno, polipropileno, policarbonato, polimetacrilato de metila e/ou misturas dos mesmos.

10. Vidraça compósita (100), de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 7, caracterizada pelo fato de que o revestimento funcional (3) contém prata (Ag), óxido de índio-estanho (ITO), óxido de estanho dopado com flúor (SnO2:F) ou óxido de zinco dopado com alumínio (ZnO:Al).