BR112016000505B1

BR112016000505B1 - Sistemas de fixação circular, clipe para fixação de um sistema de fixação circular e dispositivo de fixação para um sistema de fixação circular

Info

Publication number: BR112016000505B1
Application number: BR112016000505-8A
Authority: BR
Inventors: Kian-Ming Wong; Jason Edie
Original assignee: Wright Medical Technology, Inc
Priority date: 2014-05-02
Filing date: 2014-05-02
Publication date: 2021-12-07
Also published as: WO2015167581A1; EP3572017A3; EP3137001B1; EP3137001A1; US20230056984A1; JP6220077B2; AU2014306277A1; CA2887707A1; US20200237406A1; BR112016000505A2; CN105246421B; AU2014306277B2; US10660671B2; US9808288B2; US20180028230A1; BR112016000505A8; JP2016530066A; US11389199B2; US20160256194A1; CA3075782A1

Abstract

sistema e método do fixador circular. a presente invenção refere-se a um dispositivo possui vários anéis. cada anel possui uma primeira face e, pelo menos, uma fenda definida pela primeira e segunda bordas interiores do anel em lados opostos da fenda. pelo menos uma fenda penetra da primeira para a segunda face. a primeira face de cada anel possui uma primeira cavidade adjacente à fenda na primeira borda e uma segunda cavidade adjacente à fenda na segunda borda. vários suportes unem cada um dos vários anéis a um anel adjacente entre os vários anéis.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO

[0001] Esta solicitação se refere, no geral, a dispositivos médicos e, mais especificamente, a um fixador circular.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

[0002] Na maioria dos procedimentos padrão de artrodese tripla, é possível utilizar uma estrutura pré-configurada que inclui dois anéis tibiais e uma placa de base com uma extensão. Um sistema Fixador Circular pode ser utilizado para fixação de fraturas abertas ou fechadas, pseudoartrose ou não união de ossos longos, distração epifisária ou metafisária, correção de deformidades do tecido ósseo ou mole, ou correção de defeitos segmentais ou não segmentais do tecido ósseo ou mole. Os Fixadores Circulares foram utilizados em ossos longos, incluindo: tíbia, fíbula, fêmur, úmero, rádio e ulna.

[0003] Antes da inserção de fios e pinos, o fixador circular é colocado ao redor da tíbia e do pé. A perna é excentricamente localizada na estrutura para acomodar a musculatura posterior e o aspecto plantar do pé se estende acima ou abaixo da placa base. Para manter a tíbia e o pé em suas posições, pode-se colocar toalhas dobradas sob as panturrilhas.

[0004] O cirurgião insere fios através dos ossos, e prende os fios na estrutura com o uso de parafusos inseridos nos furos dos anéis e da placa base da estrutura.

DESCRIÇÃO RESUMIDA DA INVENÇÃO

[0005] Em algumas configurações, um dispositivo possui vários anéis. Cada anel possui uma primeira face e, pelo menos, uma fenda definida pela primeira e segunda bordas interiores do anel em lados opostos da fenda. Pelo menos uma fenda penetra da primeira para a segunda face. A primeira face de cada anel possui uma primeira cavidade ou bolsa de cavidade adjacente à fenda da primeira borda e uma segunda cavidade adjacente à fenda da segunda borda. Vários membros, como suportes ou parafusos, unem cada um dos vários anéis a um anel adjacente entre os vários anéis.

[0006] Em algumas configurações, um método para posicionar a perna de um paciente compreende: pré-carregar os respectivos dispositivos de fixação em várias fendas de um fixador circular, sendo que cada dispositivo de fixação possui um parafuso roscado com uma fenda lateral em uma de suas bordas; colocar o fixador ao redor da perna; inserir pelo menos um fio através da perna após o pré-carregamento; deslizar cada dispositivo de fixação pré-carregado até que a sua fenda lateral encaixe pelo menos um fio; e prender os dispositivos de fixação para prender o fio encaixado no fixador circular.

[0007] Em algumas configurações, um clipe para segurar uma esponja compreende um corpo com um eixo longitudinal. O corpo possui uma parede tubular lateral totalmente fixada no perímetro do corpo. O corpo possui uma fenda que se estende paralelamente ao eixo longitudinal, com a fenda penetrando na parede tubular lateral e se estendendo pelo corpo separadamente. O corpo possui uma primeira e uma segunda superfície de fixação tubular longitudinal, sendo que a segunda superfície de fixação tubular longitudinal possui um diâmetro interno que difere do diâmetro interno da primeira superfície de fixação tubular longitudinal, com a fenda se estendendo pela primeira e pela segunda superfície de fixação tubular longitudinal.O corpo possui uma primeira e uma segunda superfície final perpendicular ao eixo longitudinal, sendo que a segunda superfície é orientada em um ângulo oblíquo relativo ao eixo longitudinal.

[0008] Em algumas configurações, um dispositivo de fixação compreende um suporte que possui um corpo com uma fenda longitudinal que penetra no corpo, uma superfície de montagem com duas bordas curvas, e um membro roscado totalmente fixado que se estende a partir da superfície de montagem. O corpo possui uma superfície lateral com vários entalhes, os quais são perpendiculares ao comprimento da fenda longitudinal. Uma arruela possui uma saliência para encaixe em um dos entalhes do corpo. Um parafuso penetra na arruela e na fenda longitudinal, sendo que o parafuso possui uma cabeça e uma fenda lateral em uma superfície lateral próxima à cabeça, para receber um fio.

[0009] Em algumas configurações, um dispositivo compreende um corpo que possui uma primeira abertura. A primeira abertura possui uma passagem que penetra completamente através do corpo a partir de uma primeira face do corpo para uma segunda face oposta à primeira face, e uma fenda que se estende da passagem para a borda lateral do corpo, sendo que a altura da fenda é menor que a altura da primeira abertura. Um elemento de posicionamento da perna compreende um braço adaptado para encaixe, de maneira deslizante, na primeira abertura para deslizar por uma primeira direção normal até a primeira face; um apoio adaptado para apoiar a primeira parte do membro de um paciente; e um gargalo que conecta o apoio à uma extremidade do braço. O gargalo é adaptado para encaixe, de maneira deslizante, na passagem, permitindo que o elemento de posicionamento da perna seja removido do corpo através da passagem em uma segunda direção paralela à primeira face.

BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[0010] A Figura 1A é uma vista isométrica de um fixador circular de acordo com algumas configurações.

[0011] A Figura 1B mostra a perna de um paciente posicionada no fixador circular da Figura 1A.

[0012] A Figura 1C mostra a perna do paciente fixada no fixador circular da Figura 1A.

[0013] A Figura 2A é uma vista plana do fixador circular da Figura 1A.

[0014] A Figura 2B é uma vista lateral posterior elevada do fixador circular da Figura 1A.

[0015] A Figura 3 é uma vista lateral elevada do fixador circular da Figura 1A.

[0016] A Figura 4A é uma vista isométrica de uma variação do fixador circular da Figura 1A com bolsas de cavidade (sem sinuosidades).

[0017] A Figura 4B é uma vista plana do dispositivo da Figura 4A.

[0018] A Figura 5 é uma vista isométrica de um dos elementos de fixação da Figura 1C.

[0019] A Figura 6 é uma vista lateral do elemento de fixação da Figura 5.

[0020] A Figura 7 é uma vista isométrica de uma configuração do elemento de fixação, o qual também possui um suporte.

[0021] A Figura 8 é uma vista frontal elevada do elemento de fixação da Figura 7.

[0022] A Figura 9 é uma vista transversal obtida ao longo da linha de seção 9-9 da Figura 8.

[0023] A Figura 10 é um detalhe ampliado da Figura 9.

[0024] As Figuras 11A e 11B são vistas isométricas e planas do apoio de pé medial-lateral mostrado na Figura 1A.

[0025] As Figuras 12A e 12B são vistas laterais e planas de outra configuração de um apoio de pé medial-lateral adequado para uso na Figura 1A.

[0026] A Figura 13 é uma vista isométrica de um dispositivo de montagem para o apoio de pé mostrado na Figura 11.

[0027] A Figura 14 é uma vista isométrica de um apoio de perna medial- lateral mostrado na Figura 1A.

[0028] A Figura 15 é uma vista isométrica de um posicionador da parteanterior da perna mostrado na Figura 1A.

[0029] As Figuras 16A e 16B são vistas laterais esquerdas e direitas elevadas do posicionador de perna mostrado na Figura 15.

[0030] As Figuras 17-19 são vistas elevadas anteriores e da lateral esquerda do corpo do posicionador mostrado na Figura 15.

[0031] As Figuras 20 e 21 são vistas posteriores e isométricas elevadas de um dos dispositivos de apoio mostrados na Figura 15.

[0032] A Figura 22 é uma vista isométrica de um guia de inserção de fios mostrado na Figura 1C, com a ponta estendida

[0033] As Figuras 23-25 são vistas planas frontais, laterais e da parte superior do guia de inserção de fios mostrado na Figura 22.

[0034] A Figura 26 é uma vista transversal obtida ao longo da linha de seção 26-26 da Figura 25.

[0035] A Figura 27 é uma vista explodida de uma segunda configuração do guia de inserção de fios com ponta e soquete combinados.

[0036] A Figura 28 é uma vista lateral elevada do guia de inserção de fios da Figura 27.

[0037] A Figura 29 é uma vista explodida de uma terceira configuração de um guia de inserção de fios com tambor e soquete combinados.

[0036] A Figura 30 é uma vista lateral elevada do guia de inserção de fios da Figura 27.

[0039] A Figura 31 é uma vista isométrica do plugue mostrado na Figura 1B.

[0040] A Figura 32 é uma vista transversal do plugue da Figura 31.

[0041] As Figuras 33 e 34 vistas isométricas e planas de uma chave utilizada para apertar os elementos de fixação e o pino da Figura 1C.

[0042] As Figuras 35 e 36 são vistas frontais e posteriores de um clipe para prender uma esponja a um dos fios ou hastes da Figura 1C.

[0043] A Figura 37 é uma vista frontal da parte posterior do clipe da Figura 35.

[0044] A Figura 38 é uma vista da parte posterior do clipe mostrado na Figura 36.

[0045] A Figura 39 é uma vista superior plana do clipe da Figura 35.

[0046] A Figura 40 é uma vista transversal obtida ao longo da linha de seção 40-40 da Figura 39.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO

[0047] O relatório descritivo deve ser lido juntamente com as figuras em anexo, os quais devem ser considerados como sendo parte de toda a descrição por escrito. Na descrição, termos relativos como "inferior", "superior", "horizontal", "vertical", "acima", "abaixo", "para cima", "para baixo", "de cima" e "de baixo", bem como seus derivados (p. ex., "horizontalmente", "descendente", "ascendente" etc.) devem ser interpretados como sendo uma referência à orientação conforme descrito ou mostrado no desenho em discussão. Esses termos relativos servem para a conveniência da descrição e não exigem que o aparelho seja construído ou operado em uma orientação específica. Termos relativos a fixações, acoplamentos, entre outros, como "conectado" e "interconectado" se referem à relação na qual as estruturas estão presas ou anexadas umas às outras, direta ou indiretamente, por meio de estruturas intermediárias, bem como anexos ou relações móveis ou rígidas, salvo descrição expressa em contrário.

[0048] A presente invenção se refere a fixadores circulares que compreendem anéis com várias fendas para a fixação de dispositivos de fixação. Os dispositivos de fixação fixam os fios inseridos na perna e/ou pé do paciente, por exemplo. O fixador circular pode ser utilizado para outras extremidades com diferentes variações nas estruturas conforme aqui descrito. Em algumas configurações, os dispositivos de fixação incluem parafusos com fendas laterais para receber os fios. Os dispositivos de fixação podem ser pré-montados e pré-carregados no fixador circular (ex. por um instrumentador cirúrgico) antes da chegada do cirurgião na sala de cirurgia. Após inserir o fio, o cirurgião pode rápida e facilmente deslizar o dispositivo de fixação pré-carregado, colocando-o em sua posição para capturar o fio em uma fenda lateral do dispositivo de fixação. Em algumas configurações, os anéis possuem cavidades. Essas cavidades podem incluir receptáculos como cavidades sinuosas, cavidades curvas, cavidades em V, retangulares, semi-hexagonais, semioctagonais, ou bolsas de cavidade em ambos os lados das fendas, bem como cavidades adaptadas para receber os dispositivos de fixação e impedir que os mesmos deslizem tangencialmente quando o cirurgião aplica tensão nos fios para a compressão ou distração das articulações ou fraturas. Em algumas configurações, os dispositivos de fixação incluem arruelas adaptadas para encaixe nas respectivas cavidades. O dispositivo de fixação é configurado para encaixe no receptáculo. Em algumas configurações, pelo menos uma borda do dispositivo de fixação pode ser recebida pelo receptáculo, embora o formato do dispositivo de fixação seja diferente do formato do receptáculo. Por exemplo, um receptáculo retangular pode receber um dispositivo de fixação hexagonal, e duas laterais do receptáculo se encaixam em duas laterais opostas do dispositivo de fixação hexagonal para prevenir deslizamento.

[0049] Em algumas configurações, um ou mais dispositivos de fixação incluem suportes que formam um vértice entre o plano do anel e o parafuso de fixação. Em algumas configurações, os suportes possuem entalhes e a arruela possui uma saliência para encaixar um dos entalhes do suporte para impedir que o parafuso deslize no suporte. Em algumas configurações, os suportes são adaptados para encaixe nas cavidades.

[0050] Em algumas configurações, os posicionadores de perna são fornecidos para apoiar a perna e o pé em uma posição neutra ou outra posição desejada durante o procedimento. Em algumas configurações, os posicionadores de perna podem ser rápida e facilmente posicionados e fixados no fixador circular sem o uso de ferramentas, sendo que os posicionadores de perna possuem elementos de apoio que podem ser rápida e facilmente ajustados sem o uso de ferramentas para posicionar a perna.

[0051] A Figura 1A é uma vista isométrica de um fixador circular 100 de acordo com algumas configurações desta invenção. A FIG 1B mostra o fixador circular 100 da Figura 1A com o pé do paciente desenhado em fantasma para mostrar um exemplo de uso do fixador circular para o posicionamento da perna antes e durante o procedimento de fixação. A Figura 1C mostra o fixador circular 100 com o pé do paciente fixado por fios 412 de acordo com as instruções. As Figuras 2A, 2B e 3 mostram vistas laterais elevadas e vistas planas elevadas da parte traseira do fixador circular 100.

[0052] O fixador circular 100 é um dispositivo que compreende vários anéis 102, 130 e 142. Em algumas configurações, um anel 102 dos vários anéis é alongado. O anel alongado 102 possui uma parte proximal 102a e uma parte distal 102b. O anel alongado 102 está configurado de modo que a parte distal 102b possa ficar rigidamente fixada à primeira parte 102a em uma primeira posição paralela ou coplanar com a parte proximal 102a. Conforme mostrado no fantasma da Figura 3, a parte distal 102b pode ficar rigidamente fixada à primeira parte 102a em uma segunda posição em um ângulo diferente de zero em relação à parte proximal. Em algumas configurações, o ângulo diferente de zero é de 90 graus.

[0053] Em algumas configurações, os vários anéis incluem o primeiro e segundo anéis circulares 142, 130 adaptados para serem colocados ao redor da perna do paciente durante a fixação, e o primeiro anel 142 é possui um diâmetro maior do que o segundo anel 130 e 102. Essa configuração permite que o cirurgião mantenha uma distância constante. Como regra geral, o espaço entre o diâmetro interno de cada anel e o tecido de perna mais próximo é de, aproximadamente, a largura de dois dedos (ou seja, 3,7 cm a, aproximadamente, 4 cm), em alturas diferentes ao longo da perna do paciente. De maneira similar, se o fixador for adaptado para uso em outra extremidade, será utilizado um espaço similar entre o diâmetro interno de cada anel e o tecido mais próximo. Como o diâmetro da panturrilha do paciente é maior do que o do tornozelo, o diâmetro interno do anel superior 142 é correspondentemente maior do que o do anel médio 130. Como o anel 130 é menor, ele reduz o braço do momento para pinos e fios. Por exemplo, em uma configuração, o diâmetro do anel superior 142 é de, aproximadamente, 18 cm, e o diâmetro do anel médio 130 é de 16 cm. Este é apenas um exemplo; qualquer combinação de tamanhos de anel pode ser utilizada para acomodar a geometria da panturrilha de qualquer paciente.

[0054] Cada anel 102, 130 e 142 possui uma primeira face (ex. superior),uma segunda face (ex. inferior) e, pelo menos, uma fenda. Por exemplo, o anel 102 possui as fendas 104, 110, 116, 122; o anel 130 possui quatro fendas, incluindo as fendas 132, 138; e o anel 142 possui as fendas 144, 150, 154 e 160.Cada fenda é definida pela primeira e segunda bordas interiores 102, 130 e 142 em lados opostos da fenda. Cada fenda (ex. 104) penetra da primeira face do anel (ex. 102) para a segunda face. A primeira face (ex. superior) de cada anel (ex. 102) possui uma primeira cavidade sinuosa (ex. 106a) adjacente à fenda 104 na primeira borda e uma segunda cavidade sinuosa (ex. 106b) adjacente à fenda 104 na segunda borda. A fenda 104 termina em uma abertura 108a, 108b em cada extremidade respectiva da fenda. A dimensão das aberturas 108a, 108b é substancialmente maior que a largura da fenda 106. De maneira similar, no exemplo da Figura 1, a fenda 110 possui as cavidades sinuosas 112a, 112b e as aberturas finais

[0055] Em outras configurações, ao invés das cavidades sinuosas 134a,134b, 146a, 146b, um ou mais anéis incluem bolsas de cavidade, conforme descrito abaixo com referência às Figuras 4A e 4B. Em algumas configurações, o fixador circular possui pelo menos um anel 102 com as cavidades sinuosas 106a, 106b, 112a, 112b, 118a, 118b e, pelo menos, um anel com bolsas de cavidade, conforme descrito abaixo na discussão da Figura 4A.

[0056] As Figuras 4A e 4B mostram uma variação do fixador circular 700. Em algumas configurações, o fixador circular 700 possui o mesmo anel inferior 102 conforme descrito acima, com cavidades sinuosas de cada lado de cada fenda. As sinuosidades oferecem proteção adicional contra o deslizamento do dispositivo de fixação, por exemplo, ao esticar um fio para comprimir ou distrair uma articulação. Em algumas configurações, o anel médio 702 possui as fendas 712 com as cavidades 714a, 714b (comsinuosidades) de cada lado das fendas 712. De maneira similar, o anel superior 704 possui as fendas 716 com as cavidades 718a, 718b (sem sinuosidades) de cada lado das fendas 712. Em muitos procedimentos, o cirurgião não requer a compressão ou distração do pé ou perna nos níveis do anel médio 702 ou do anel superior 704. Esses anéis 702, 704 estabilizam a perna. Os anéis 130, 142 com sinuosidades podem ser utilizados nos níveis superiores da perna conforme descrito acima com referência às Figuras 1-3.

[0057] No entanto, se os anéis superior e médio forem somente utilizados para estabilização, os anéis 702, 704 sem sinuosidades podem permitir que o dispositivo de fixação 300 se mova na direção do fio mais rapidamente sem nenhuma chance de ficar preso em um sinuosidade. Além disso, as cavidades 714a, 714b, 718a, 718b sem sinuosidades permitem que o cirurgião fixe o dispositivo de fixação 300 em qualquer local ao longo do comprimento das fendas, não estando o cirurgião limitado a nenhum conjunto distinto de locais fixos.

[0058] Quando o fio é passado perpendicularmente às fendas 712, 716, existe pouca chance de o dispositivo de fixação 300 deslizar na fenda. Se os fios passarem perpendicularmente ou quase perpendicularmente às fendas, o cirurgião pode preferir utilizar os anéis 702, 704 (sem sinuosidades) para facilitar o uso. Por outro lado, quanto maior o ângulo entre os fios e as fendas, maior será o benefício das sinuosidades na prevenção de deslizamento.

[0059] Em outras configurações (não mostradas), os três anéis 102, 702, 704 podem ser fornecidos sem sinuosidades.

[0060] Os numerais de referência dos outros recursos do fixador circular das Figuras 4 A e 4B, os quais são os mesmos dos itens correspondentes na Figura 1A são omitidos para facilitar o entendimento, sendo que suas descrições não se repetem.

[0061] O dispositivo possui, ainda, vários suportes 270 que unem cada um dos vários anéis 130, 142 a um anel adjacente entre os vários anéis. Em algumas configurações, o anel central 130 está conectado ao anel superior 142 por suportes fixos 270, sendo que o anel central 130 está conectado ao anel inferior 102 por várias escoras calibradas 260. As escoras calibradas permitem ajustes exatos e precisos da distância entre o anel inferior 102 e o anel central 130 (ex. para compressão/distração do pé ou ajustes na altura para se obter a altura desejada). Em algumas configurações, todos os suportes 270 são do mesmo tipo fixo (conforme mostrado na Figura 4A). Em algumas configurações, conforme mostrado na Figura 1 A, um ou mais suportes 270 podem ser substituídos por placas adequadamente configuradas 271, hastes roscadas, espaçadores ou escoras. Por exemplo, cada um dos locais 271 pode ter uma respectiva fenda vertical 272. Cada fenda 272 possui aberturas 273 na parte superior e inferior da fenda. As fendas 272 podem ter a mesma largura das fendas 112a, 112b, e as aberturas 273 podem ter o mesmo tamanho das aberturas 114a, 114b. As fendas 272 das placas 271 podem receber elementos de fixação 330, e as aberturas 273 podem receber plugues 170, para pré-carregar os elementos de fixação 330, da forma descrita abaixo. Em outras configurações, pode ser utilizada qualquer combinação de suportes 270, placas 271, hastes, espaçadores e/ou escoras.

[0062] Em algumas configurações, cada cavidade sinuosa (ex. 112a, 112b) compreende vários arcos curvos, sendo que cada um deles forma um ângulo em uma faixa de, aproximadamente, 10 graus a 170 graus. Em algumas configurações, o ângulo formado está na faixa de 30 graus a 150 graus. Em algumas configurações, o ângulo formado está na faixa de 30 graus a 150 graus. Em algumas configurações, o ângulo formado está na faixa de 60 graus a 120 graus. Em algumas configurações, cada cavidade sinuosa compreende vários arcos curvos, sendo que cada um deles forma um ângulo de, aproximadamente, 90 graus. Os arcos formam um ângulo suficientemente grande para resistir ao deslizamento de qualquer dispositivo de fixação 330 (Figura 5, descrição abaixo) relativo à fenda, particularmente se qualquer componente de força for aplicado no dispositivo de fixação 330 paralelamente à direção da fenda (ex. 110). Em algumas configurações, os anéis 102, 130, 142 compreendem um metal, como alumínio ou titânio.

[0063] Em algumas configurações, pelo menos um dos dispositivos de fixação 300 compreende um parafuso 330, uma porca 334 e uma arruela 340. O parafuso 330 possui uma cabeça 332 e uma parte roscada 331 dimensionadas para passar pela fenda (ex. 112a, 112b). O parafuso 330 possui uma fenda lateral 348 em uma superfície lateral da parte roscada 331, para receber um fio (Figura 1C). A arruela 340 possui um formato que encaixa em um dos arcos curvos da cavidade sinuosa 114a, 114b de cada lado da fenda 110 do anel 102. Em algumas configurações, a arruela 340 possui uma superfície de texturizada fixação 346 para posicionar o fio seguramente. A arruela 340 possui duas bordas curvas 343 adaptadas para encaixe nos arcos curvos das cavidades sinuosas. As duas outras bordas da arruela podem ser planas. A superfície de fixação pode possuir saliências, pontas, estrias, fendas e superfície serrilhada, entre outros. Em algumas configurações, a abertura (ex. 114a, 114b) em cada extremidade de cada fenda (ex. 112a, 112b) é adaptada para receber uma porca 334 de um dispositivo de fixação 330 através da abertura. Em algumas configurações, a fenda (ex. 112a, 112b) é adaptada para receber uma parte roscada 331 do dispositivo de fixação 330 através da fenda, porém a largura da fenda é menor que a dimensão da porca 334. Sendo assim, uma vez que a porca 334 está fixada na parte roscada 331, o dispositivo de fixação 330 pode ser inserido nas aberturas (ex. 114a, 114b), porém não pode cair para fora das fendas. Os dispositivos de fixação podem ser pré-montados, e os dispositivos de fixação pré-montados podem ser pré-carregados nas fendas antes da cirurgia. As aberturas (ex. 114a, 114b) podem, então, ser conectadas para impedir que os dispositivos de fixação 330 se soltem.

[0064] Algumas configurações compreendem, ainda, pelo menos um suporte 302 (Figura 7) que possui uma parte do corpo roscada 314 adaptada para passar pela fenda (ex. 110) do anel 102. O suporte 302 possui uma fenda longitudinal 307 (adicionar ao desenho) através do suporte (e paralela ao eixo longitudinal do suporte) para receber o parafuso 330 do dispositivo de fixação 300. O suporte 302 possui uma superfície de montagem 303 para encaixar em um dos arcos curvos da cavidade sinuosa (ex. 112a) de cada lado da fenda (110). Em algumas configurações, a superfície de montagem 303 do suporte 302 possui duas bordas dos arcos curvos 310 (ex. circulares) adaptadas para serem recebidas em um dos arcos curvos da cavidade sinuosa. Em algumas configurações, a superfície de montagem 303 do suporte 302 possui duas bordas planas 312, as quais podem ser agarradas pelas garras de uma chave a outra ferramenta adequada. O suporte 302 permite que o cirurgião coloque o parafuso 330 de um dispositivo de fixação 300 a uma altura compensada pelos anéis 102, 130, 142.

[0065] Conforme mostrado na Figura 7, o suporte 302 possui vários entalhes 306 em, pelo menos, uma face lateral do suporte, perpendicularmente ao comprimento (eixo longitudinal) do suporte. Em algumas configurações, a superfície lateral oposta 304 do suporte 302 é plana conforme mostrado na Figura 8. Em outras configurações, ambas as faces laterais do suporte possuem entalhes 306. A arruela 340 possui uma saliência 342 adaptada para encaixe em um dos entalhes 306. Isso evita que o parafuso 330 deslize relativamente ao suporte 302, particularmente quando um componente da força aplicada no parafuso 330 é paralelo à direção da fenda 307 do suporte 302. Em algumas configurações, a arruela 340 é do mesmo tipo descrito acima, e a saliência 342 está incluída na face da arruela oposta à superfície de texturizada fixação 346.

[0066] Em algumas configurações, o cirurgião pode, ainda, inserir hastes 350 no interior do osso com o uso de um fixador circular 100. Um pino cúbico 351 (Figura 1C) pode ser montado na fenda (ex. 154, Figura 1C) para fixar o pino 350 (também chamado de haste).

[0067] Em algumas configurações, o cirurgião aperta os parafusos 330 com o uso de uma chave catraca 600 (Figuras 33 e 34) que possui um soquete aberto que pode deslizar sobre a haste roscada para apertar ou afrouxar um parafuso ou porca A chave possui um mecanismo de catraca. Em algumas configurações, o mecanismo de catraca possui um pino comutador colocado contra uma engrenagem 610 por ação de mola para agir como uma trava permitindo rotação em uma direção. O corpo da chave 601 possui uma extremidade aberta 605, e o soquete giratório 602 possui uma extremidade aberta 603. Para posicionar a chave na haste, a extremidade aberta 603 do soquete é alinhada com a extremidade aberta 605 do corpo da chave, conforme mostrado nas Figuras 33 e 34. Essa configuração da chave é particularmente útil para apertar ou afrouxar a haste roscada, os parafusos e as porcas.

[0068] Em outras configurações (não mostrado), o pino comutador é omitido. A direção da rotação da chave é fixa para aplicar torque somente quando girada em uma direção. Um pistão sob ação de mola com superfície chanfrada 610 do soquete hexagonal 602 permitindo a rotação do soquete hexagonal em uma única direção. A chave 600 é orientada com um lado voltado para cima para aplicar torque para apertar os parafusos 330, e o outro lado voltado para cima para aplicar torque para afrouxar os parafusos. Em algumas configurações, a chave é identificada para que o usuário possa rapidamente determinar que lado da chave deve estar voltado para cima para qualquer etapa de aperto e afrouxamento.

[0069] Em algumas configurações, conforme mostrado nas Figuras 31 e 32, o dispositivo compreende, ainda, vários plugues destacáveis 170. Cada plugue 170 possui formato e tamanho adaptado para ser mantido destacadamente em uma das aberturas (ex. 114a), para manter o parafuso 330 na fenda 110 antes de apertar a porca 334 e o parafuso 330. Cada plugue 170 possui uma extremidade tubular compressível 176 e uma saliência 180 para manter o plugue em uma das aberturas 114a.O instrumentador cirúrgico pode rápida e facilmente inserir um desses plugues em cada abertura 114a, 114b de uma fenda 110 para segurar os dispositivos de fixação pré-montados e pré-carregados 330, os suportes 300, ou os pinos cúbicos no fixador circular.

[0070] Em algumas configurações, o plugue 170 possui uma parte de fixação 172, a qual pode incluir uma superfície de fixação 174, como uma parte arredondada. O plugue 170 possui, ainda, uma parte do plugue 176 com formato adequado para encaixe nas aberturas (ex. 114a, 114b) na extremidade de cada fenda. Geralmente, para uma abertura circular (ex. 114a), a parte do plugue 176 possui um formato de um cilindro circular. A parte do plugue 176 possui, ainda, várias fendas 178 orientadas na direção longitudinal. Por exemplo, a parte do plugue 176 pode possuir quatro fendas espaçadas ao redor da circunferência da parte do plugue 176. A parte do plugue 176 possui, ainda, uma saliência 180 para segurar o plugue 170 na abertura 114a. A saliência é maior em diâmetro que a abertura 114a. As fendas 178 permitem que os membros da parte do plugue 176 sejam comprimidos juntos para inserção ou remoção das aberturas. O plugue é feito de materiais plásticos como acrilonitrila butadieno estireno (ABS).

[0071] Em algumas configurações, vários posicionadores de perna seguram a perna do paciente em uma posição neutra, enquanto o cirurgião insere fios e/ou hastes na perna. Geralmente, os posicionadores de perna possuem pelo menos um membro em Y (ou um membro redondo ou curvo) com uma parte côncava ou em ângulo para apoiar um membro do paciente, bem como um dispositivo de montagem para fixar o posicionador em um dos anéis sem ferramenta.

[0072] As Figuras 1 e 11A-11B mostram um exemplo de um posicionador de perna medial-lateral 230, no qual o membro em Y 230 possui um braço de apoio 231 que possui uma fenda 235 através do braço. Um membro de apoio em ângulo 233 é fixado ao braço 231. O posicionador de perna 230 pode ser fixado ou destacado do anel 102 sem o uso de nenhuma ferramenta.

[0073] As Figuras 12A e 12B mostram outro exemplo de um posicionador de perna medial-lateral 261, que possui um braço de apoio 262 e um membro de apoio 263. O membro de apoio 263 é assimétrico e possui um membro em forma de copo 265 configurado para se estender sob o pé e apoiá-lo. O membro estendido 265 pode ser curvo ou em ângulo. Em algumas configurações o membro estendido 265 termina em uma parte substancialmente plana 267. A outra parte 264 do membro de apoio 263 pode ser plana ou curva, bem como pode ser similar ao membro 233 na Figura 11A. O braço de apoio 262 possui uma fenda 266 através do braço. O posicionador de perna 230 pode ser fixado ou destacado do anel 102 sem o uso de nenhuma ferramenta.

[0074] Em algumas configurações, o posicionador de perna 230 está fixado ao anel 102 por um dispositivo de montagem 257 (Figura 13) que compreende um membro roscado 256 adaptado para encaixe através da fenda (ex. 110) de um dos vários anéis 102 e através da fenda 235 do braço de apoio 231 simultaneamente, para fixar o braço 231 no anel 102. O membro roscado 256 possui uma cabeça 254 em uma extremidade. A largura W1 da cabeça 254 é menor que a das fendas 110 dos anéis, e o comprimento L1 é maior que a largura das fendas 110 do anel 102. O comprimento é selecionado de modo que a cabeça possa encaixar em um dos arcos curvos das cavidades sinuosas 112a, 112b de cada lado de uma fenda 110 de um dos vários anéis 102.

[0075] Em algumas configurações, o dispositivo de montagem 257 possui, ainda, uma haste roscada 252 configurada de modo a ser opcionalmente recebida em um dos arcos curvos da cavidade sinuosa 112a de um dos vários anéis 102 (embora a haste 252 possa estar localizada em outras posições). A haste roscada 252 é configurada para receber o membro roscado 256 do dispositivo de montagem 257. O tamanho da haste roscada 252 é maior que a largura das fendas 110 dos anéis, porém menor que a dimensão das aberturas 114a, 114b. Portanto, o dispositivo de montagem pode ser pré-montado no membro em Y 230, e a haste pode, então, ser passada através da abertura 114a, 114b para instalar o posicionador de perna 230 no anel 102. Alternativamente, o dispositivo de montagem pré- montado 257 pode ser instalado no anel, posicionando a cabeça 254 paralelamente à fenda 110, e passando a cabeça 254 através da fenda 110.

[0076] A Figura 14 mostra outro posicionador de perna 250 adequado para fixação no anel superior 142, no qual o membro em Y 250 possui um braço de apoio 251 que possui uma fenda 255 através do braço. Um membro de apoio em ângulo 253 é fixado ao braço 251. O posicionador de perna 250 pode ser fixado no anel 142 com o uso do mesmo tipo de dispositivo de montagem 257 descrito acima (e mostrado na Figura 13), e por razões de concisão, não será repetida a descrição do dispositivo de montagem. O membro roscado 256 do dispositivo de montagem 257 é adaptado para encaixe através da fenda (ex. 110) de um dos vários anéis 102 e através da fenda 255 do braço de apoio 251 simultaneamente, para fixar o braço 251 no anel 130 ou 142.

[0077] Estes são apenas dois exemplos do posicionador de perna. Em outras configurações, o membro de apoio 233 e/ou 253 pode ter um ângulo diferente. Em outras configurações, o membro de apoio 233 e/ou 253 pode ter um formato côncavo e curvo.

[0078] As Figuras 15-21 mostram outro tipo de posicionador de perna 200 adequado para apoiar duas partes diferentes da perna em duas alturas distintas simultaneamente. As FIGS 15, 16A e 16B são vistas isométricas elevadas da lateral direita e da lateral esquerda, respectivamente, do conjunto do posicionador de perna 200. As Figuras 17-19 são vistas isométricas elevadas laterais e elevadas frontais do corpo 201 do conjunto 200. As Figuras 20 e 21 são vistas isométricas e elevadas posteriores do posicionador de perna superior 212 da Figura 15.

[0079] O posicionador de perna 200 possui vários dispositivos de apoio 204, 206 que podem ser posicionados de maneira independente para apoiar o membro de um paciente. O dispositivo de apoio 204 possui um braço 207 e uma parte côncava ou em ângulo 208 fixada no braço 207, para apoiar o calcanhar. O dispositivo de apoio 206 possui um braço 207 e uma parte côncava ou em ângulo 212 fixada no braço 207, para apoiar a panturrilha. As posições dos dispositivos de apoio 204, 206 podem ser trocadas pelo cirurgião ou instrumentador, se desejável.

[0080] O posicionador de perna 200 possui um corpo 201 que possui várias aberturas 203 para receber, de maneira deslizante, alguns dos vários dispositivos de apoio 204, 206 através das aberturas 203. Em algumas configurações, os dispositivos de apoio 204, 206 são do mesmo tipo. Em algumas configurações, os dispositivos de apoio 204, 206 são de tipos diferentes (ou seja, possuem diferentes partes côncavas e em ângulo). Em algumas configurações, os dispositivos de apoio 204, 206 são de tamanhos e/ou tipos diferentes.

[0081] Em algumas configurações, a parte côncava ou em ângulo 212 de pelo menos um dos dispositivos de apoio 206 possui várias fendas 214a, 214b para receber e prender uma tira (não mostrado) através delas. Por exemplo, o instrumentador ou cirurgião tem a opção de passar uma tira de Velcro através das fendas 214a, 214b e enrolar a tira ao redor da perna do paciente.

[0082] O posicionador de perna 200 também possui um dispositivo retentores 209, 215 próximo a cada abertura 203 respectiva, para prender um dos dispositivos de apoio 204, 206 em uma posição continuamente selecionável.

[0083] O posicionador de perna 200 possui, ainda, um dispositivo de montagem 218 para montar, de maneira destacável, o posicionador de perna em uma borda de um dos vários anéis. Por exemplo, conforme mostrado na Figura 1A, o posicionador de perna 200 pode ser fixado no anel inferior 102.

[0084] Conforme melhor visualizado nas Figuras 17-19, o corpo 201 possui uma primeira abertura 203. A primeira abertura 203 possui uma passagem 203p (Figura 19) que penetra completamente através do corpo 201, a partir de uma primeira face 201a do corpo 201 até uma segunda face 201b oposta à primeira face, e uma fenda205 relativamente estreita que se estende da passagem 203p até uma borda lateral 201e do corpo. A altura H2 da fenda 205 é menor que a altura H1 da primeira abertura 203.

[0085] Conforme mostrado nas Figuras 15, 16A, 20 e 21, cada dispositivo de apoio (também chamado de elemento de posicionamento da perna) 204 (206) compreende um braço 207 adaptado para encaixe, de maneira deslizante, na primeira abertura 203 para deslizar em uma primeira direção X normal até a primeira face 201a. Um apoio 208 (212) é adaptado para apoiar a primeira parte do membro de um paciente. Um gargalo 207n conecta o apoio 208 (212) a uma extremidade do braço 207. O gargalo 207n é adaptado para encaixe, de maneira deslizante, na fenda 205, permitindo que o elemento de posicionamento da perna 204 (206) seja removido do corpo 201 através da fenda 205 em uma segunda direção Y paralela à primeira face 201a. Quando o dispositivo de apoio 204, 206 é avançado na direção X, para que os membros retentores 221 encaixem o braço 207, o dispositivo de apoio 204, 206 fica impedido de se mover na direção Y.

[0086] Com relação à Figura 16B, o corpo 201 possui um primeiro e segundo membros retentores 221 que definem uma fenda 205 entre si. Os membros retentores 221 possuem uma profundidade 221d na primeira direção (X) que é menor que a profundidade 201d do corpo 201 na primeira direção. O comprimento do gargalo 207n é maior que a profundidade 221d dos membros retentores 221, sendo suficientemente longo para que a extremidade do braço 207 possa ser sustentada (na direção X) até que o gargalo 207n esteja alinhado com os membros retentores 221, podendo ser movidos na direção Y através dos membros retentores 221. Em algumas configurações, o comprimento LN (Figura 20) do gargalo 207n é menor que a profundidade 201d do corpo 201 na primeira direção X. A Figura 16B mostra o posicionador 200 com ambos os dispositivos de apoio 204, 206 na posição totalmente retraída (quando as partes côncavas ou em ângulo 208, 212 tocam a primeira face 201a do corpo 201). Nessa posição as partes do gargalo 207n ficam posicionados entre os membros retentores 221, permitindo que os dispositivos de apoio 204, 206 sejam removidos do corpo deslizando os dispositivos de apoio na direção Y, através da fenda 205 entre os membros retentores 221. Por outro lado, quando os braços 207 são estendidos de modo que as partes côncavas e em ângulo 208, 212 não toquem na primeira face 201a do corpo 201, os braços 207 podem deslizar na direção X, porém não podem se mover na direção Y.

[0087] Em algumas configurações, quando o cirurgião conclui a inserção de fios e/ou pinos, o conjunto do posicionador de perna 200 pode ser facilmente removido retraindo totalmente cada um dos dispositivos de apoio 204, 206, deslizando os dispositivos de apoio na direção Y em relação ao corpo 201 do conjunto do posicionador de perna 200 (ou deslizando o corpo 201 em relação aos dispositivos de apoio 204, 206). Portanto, o conjunto do posicionador de perna 200 pode ser removido sem interferir na posição da perna em relação à estrutura 100.

[0088] O posicionador de perna 200 possui, ainda, um primeiro dispositivo de travamento 209 (215) para travar o braço 207 em uma posição fixa em relação ao corpo 201 sem o uso de ferramentas. Por exemplo, conforme mostrado na Figura 15, o dispositivo de travamento 209 (215) pode ser um parafuso, incluindo um para fuso de cabeça grande, para segurar e apertar o parafuso sem ferramentas.

[0089] Algumas configurações compreendem, ainda, um dispositivo de montagem 218 para montar o corpo no fixador circular 100 sem o uso de ferramentas. Por exemplo, o corpo 201 possui duas garras 216, 217 suficientemente espaçadas para receber a borda de um dos anéis 102, e um parafuso 218 que penetra na garra inferior 216.

[0090] As FIGS.23-26 mostram um guia de inserção de fios 400 que inere fios 412 par fixar a perna do paciente na estrutura 100. O guia de inserção 400 é adaptado para uso com fio liso (não mostrado) e com o fio do anel de expansão 412 (com uma estrutura de anel de expansão 413). A Figura 22 é uma vista isométrica, e a Figura 24 é uma vista lateral elevada. A Figura 23 é uma vista da elevação frontal da ponta de inserção do fio 406 mostrada nas Figuras 22 e 24. A Figura 25 é uma vista plana superior e a Figura 26 é uma vista transversal ao longo da linha da seção 26-26 da Figura 25. A Figura 26 possui um anel 102 do fixador circular 100 e um fio 412 com uma estrutura do anel de expansão 413 para referência. O anel 102, o fio 412 e a estrutura do anel de expansão 413 não fazem parte do guia de inserção 400, mas estão incluídos na Figura 26 para facilitar o entendimento a respeito do uso do guia de inserção de fios 400.

[0091] O guia de inserção 400 possui um tambor 401, através do qual o fio 412 pode ser passado. Geralmente, o tambor 401 tem formato de uma estrutura meio cilíndrica e oca, com bordas planas 401b em sua parte inferior. Um cabo 402 é fornecido na extremidade posterior do guia de inserção 400. A extremidade frontal do tambor 401 possui um dedo que se estende para trás 404. Com as bordas planas 401b do tambor sobre a superfície superior ou inferior de um dos anéis 102, 130, 142, o dedo que se estende para trás 404 se enrola sob a borda interior do anel (ex. 102), oferecendo estabilidade enquanto o cirurgião insere o fio 412. Por exemplo, na Figura 26, uma seção transversal do anel 102 é mostrada em fantasma. Com o posicionamento do guia de inserção 400 em relação à borda interna do anel 102 conforme mostrado, o guia de inserção 400 fica estavelmente direcionado radialmente para dentro na direção da perna do paciente.

[0092] Conforme mostrado na Figura 26, o tambor 401 possui uma parte proximal do guia 410 com uma abertura de entrada 409 na parte posterior do tambor. O diâmetro da abertura 409 da parte proximal do guia 410 é maior que o da estrutura do anel de expansão 413. A passagem 410 e a entrada 409 são maiores que o anel de expansão 413 de um fio padrão do anel de expansão 412, permitindo que o anel de expansão seja inserido através da entrada 409. O tambor 401 também possui uma passagem de saída 411, cujo diâmetro é maior que o do anel de expansão 413.

[0093] O guia de inserção 400 compreende, ainda, uma ponta 405 que possui uma passagem longitudinal central 407. O diâmetro da passagem 407 é maior que o do fio 412 (ex. fio K), porém menor que o do anel de expansão 413. (Embora aqui seja descrito um exemplo usando um fio do anel de expansão, o mesmo guia de inserção 400 também pode ser utilizado com um fio liso). A ponta 405 possui uma fenda 406 que se estende, na direção radial, da passagem 407 até a superfície exterior da ponta, conforme melhor observado nas Figuras 22 e 24. Portanto, se um fio do anel de expansão 412 for inserido através do tambor 401 e da passagem de saída 411, e levado até que o anel de expansão 413, esteja na ponta 405 ou próximo a ela, a ponta 405 do guia de inserção 400 pode ser removida passando a fenda 406 da ponta para a parte frontal 412f do fio 412. As partes restantes do guia de inserção 400 podem, então, ser afastadas pelo anel de expansão 413, sendo que a parte posterior do fio 412 (distal em relação ao paciente) é fixada na estrutura 100 pelo elemento de fixação 330. O guia de inserção pode ser feito em aço inoxidável 630, por exemplo.

[0094] O método de utilização do guia de inserção 400 para inserir pelo menos um fio 412 consiste em colocar um guia de inserção 400 em um anel 102 do fixador circular 100, de modo a direcionar pelo menos um fio 412 na direção do osso do paciente, onde o guia de inserção 400 possui uma abertura longitudinal 407 adaptada para passar pelo menos um fio 412 através dela (porém insuficientemente grande para passar o anel de expansão 413 através dela). O cirurgião ou instrumentador segura o cabo 402 para posicionar o guia de inserção 400. O cirurgião passa pelo menos um fio 412 através da abertura longitudinal 407 e através do osso.

[0095] Em algumas configurações, o guia de inserção 400 possui uma superfície plana 401b e um dedo 404 para ser enrolado ao redor da borda proximal 102, sendo que a etapa de posicionar o guia de inserção 400 possui posicionar o guia de inserção de modo que a superfície plana 401b encaixe em uma face superior ou inferior do anel 102. O tambor é dimensionado para ser suficientemente longo (ou em ângulo) para permitir que o cirurgião deslize o guia de inserção 400 adiante até que a ponta 405 toque o osso para uma inserção precisa.

[0096] Em outras configurações do método, o cirurgião pode posicionar o guia de inserção 400 sob o anel 102, de modo que a superfície plana encaixe em uma face inferior do anel, e o dedo 404 se enrole ao redor da superfície superior do anel.

[0097] Em algumas configurações, o guia de inserção 400 possui uma parte do guia proximal 410 que possui uma abertura 409, sendo que o diâmetro dessa abertura da parte do guia proximal é maior que o da estrutura do anel de expansão 413. A etapa de levar pelo menos um fio 412 adiante consiste em passar a estrutura do anel de expansão 413 através da abertura 409 da parte do guia proximal 410.

[0098] Em algumas configurações, o guia de inserção 400 possui uma ponta removível 405 com uma fenda 406, e uma abertura frontal 407 para alimentar o fio 412 através dela. O fio 412 possui uma estrutura de anel de expansão 413 que é maior que a abertura frontal 407. A etapa de levar pelo menos um fio 412 consiste em levar o fio 412 até que a estrutura do anel de expansão 413 esteja na ponta ou próximo a ela 405, e em remover a ponta 405 do guia de inserção 400 passando a fenda 407 da ponta pelo fio 412.

[0099] Em algumas configurações, um soquete 414 (aro) recebe a extremidade frontal do tambor 401 e a extremidade posterior da ponta 405. Em algumas configurações, o soquete 414 possui fendas que garantem que o soquete 414 receba seguramente a extremidade frontal 416 do tambor e a extremidade posterior da ponta 405. Em algumas configurações, o comprimento da extremidade frontal 416 e o comprimento do soquete 416 são selecionados para permitir que o soquete 414 deslize parte do comprimento do soquete adiante para estender o comprimento do guia de inserção (na posição mostrada na Figura 22). De forma alternativa, o guia de inserção pode ser incluído em um kit com vários soquetes 414 de diferentes comprimentos.

[00100] As Figuras 27 e 28 são vistas isométricas e transversais laterais de outra configuração do guia de inserção 400-2, na qual o tambor 401 e o soquete 415 estão inteiramente combinados em uma única peça. Os outros elementos do guia de inserção 400-2 são os mesmos para o guia de inserção 400, conforme indicado por numerais como referência, sendo que descrições desses elementos não serão repetidas por razões de concisão. A operação e uso do guia de inserção 400-2 é a mesma descrita acima com referência às Figuras 23-26, sendo que a descrição não será repetida por razões de concisão.

[00101] As Figuras 29 e 30 são vistas isométricas e transversais laterais de outra configuração do guia de inserção 400-3, na qual a ponta 425 e o soquete 427 estão inteiramente combinados em uma única peça. A ponta 425 possui uma passagem central 427 que possui uma abertura frontal e uma fenda radial 426 conectando a passagem central 427 à superfície externa da ponta 425. O receptáculo do soquete 428 recebe a extremidade frontal 416 do tambor 401 do guia de inserção. Os outros elementos do guia de inserção 400-2 são os mesmos do guia de inserção 400, conforme indicado por numerais como referência, sendo que as descrições desses elementos não serão repetidas por razões de concisão. A operação e uso do guia de inserção 400-3 é a mesma descrita acima com referência às Figuras 23-26, sendo que a descrição não será repetida por razões de concisão.

[00102] As Figuras 35-40 mostram um clipe de esponja que pode ser utilizado durante quaisquer procedimentos de fixação aqui descritos (ex. procedimento de fixação do Charcot). O clipe compreende um corpo 500 que possui um eixo longitudinal 520 (mostrado na Figura 40, e coincidindo com a linha da seção 40-40 da Figura 39). O corpo 500 possui uma parede tubular lateral 511 totalmente fixada no perímetro do corpo. O corpo 500 possui uma fenda 501 que se estende paralelamente ao eixo longitudinal 520. A fenda 501 penetra na parede tubular lateral 504 e se estende separadamente através do corpo 500.

[00103] O corpo 500 possui uma primeira e uma segunda superfície tubular longitudinal de fixação 503 e 504 na fenda 501. A segunda superfície tubular longitudinal de fixação 504 possui um diâmetro interno diferente do diâmetro interno da superfície tubular longitudinal de fixação 503. A fenda 501 se estende através da primeira e da segunda superfície tubular longitudinal de fixação 503, 504. A superfície de fixação 503 é dimensionada para fixar um fio 412 (ex. fio K liso de 1,8 mm ou 2 mm ou um fio do anel de expansão), e a superfície de fixação 504 é dimensionada para fixar um meio pino 350 padrão (4 mm, 5 mm ou 6 mm) (mostrado na Figura 1C) do tipo inserido cirurgicamente durante o procedimento. (Os pinos 350 podem ser inseridos na lateral anterior da tíbia ou no calcâneo, porém os fios 412 são utilizados em outros locais. Os fios podem, ainda, ser utilizados na tíbia e/ou calcâneo.) Ao inserir o fio 412 ou pino 350 na fenda 501 e colocar a superfície de fixação 503 ao redor do fio 412 (ou a superfície de fixação 504 ao redor do pino), o clipe é rapidamente fixado no pino 350 ou fio 412 sem ferramentas. O clipe pode ser posicionado próximo ao local da inserção do fio ou pino para manter uma esponja ou outro material absorvente contra o local da ferida.

[00104] O corpo possui uma primeira e uma segunda superfície 510,511. A primeira superfície final 510 é perpendicular ao eixo longitudinal 520, e a segunda superfície final 511 está orientada em um ângulo oblíquo em relação ao eixo longitudinal 520. O clipe 500 pode ser fixado no fio 412 ou pino 350 perpendicularmente ao osso, com a primeira superfície final 510 voltada para o local da ferida, e a segunda superfície final 511 voltada para a direção oposta ao local da ferida. Nessa orientação, a primeira superfície final 510 está paralela à superfície do osso e segurando a esponja contra o local da ferida. De forma alternativa, o clipe 500 pode ser fixado no fio 412 ou pino 350 em um ângulo oblíquo em relação ao osso, com a segunda superfície final 511 voltada para o local da ferida, e a primeira superfície final 510 voltada para a direção oposta ao local da ferida. Nessa orientação, a segunda superfície final 511 está paralela à superfície do osso e segurando a esponja contra o local da ferida. Sendo assim, ao selecionar a extremidade do clipe 500 a ser colocada mais próxima ao local da ferida, o cirurgião pode maximizar a área do clipe que encaixa na esponja (ou outro curativo) com a fenda longitudinal 501 do clipe 500 alinhada com o fio 412 ou pino.

[00105] Em algumas configurações, o clipe 500 possui um escareador 505 na primeira superfície final 510, para aliviar a pressão no local da ferida. Em algumas configurações, o clipe 500 possui um escareador 518 na segunda superfície final 511. Os escareadores 505, 518 podem ajudar a segurar a esponja ou outro curativo. Em algumas configurações, um ou ambos os escareadores 505, 518 possui ranhuras de reforço 517.

[00106] Em algumas configurações, a primeira superfície tubular longitudinal de fixação 503 está no eixo longitudinal 520 ou próxima a ele, e a segunda superfície tubular longitudinal de fixação 504 está próxima da periferia do corpo. Em algumas configurações, a segunda superfície tubular longitudinal de fixação 504 possui uma dimensão G2 perpendicular ao eixo longitudinal 520, a qual é maior que a dimensão G1 da primeira superfície tubular longitudinal de fixação 503 perpendicular ao eixo longitudinal 520.

[00107] Em algumas configurações, o clipe possui uma superfície plana 513 oposta à abertura da fenda longitudinal 501, permitindo que o cirurgião ou instrumentador empurre o clipe sobre o fio 412 ou pino. A superfície plana pode possuir uma chave 515 que oferece a flexibilidade de abrir e fechar o clipe e de prender o clipe no pino. O resto do corpo possui um perímetro redondo para facilitar a remoção.

[00108] Em algumas configurações, o clipe é formado por uma única peça de plástico, como acrilonitrila butadieno estireno (ABS).

[00109] Em algumas configurações, um método para utilizar o equipamento descrito acima para posicionar a perna do paciente consiste em pré-carregar dispositivos de fixação 330, 302 em várias fendas (ex. 110) de um fixador circular 100. Cada dispositivo de fixação 330 possui um parafuso roscado com uma fenda lateral 307 em uma borda lateral dele. O fixador circular 100 possui pelo menos um anel (ex. 102), que possui várias fendas (ex. 110) que se estendem através dele. O anel 102 possui uma cavidade sinuosa 112a, 112b ou bolsa de cavidade com vários arcos curvos em cada uma das duas bordas interiores que definem a fenda 110 entre elas. O dispositivo de fixação 330 possui, ainda, uma arruela 340 com bordas periféricas 343 adaptadas para encaixe em arcos curvos respectivos da respectiva cavidade 112a, 112b de cada uma das bordas. De forma alternativa, se um usuário desejar colocar o dispositivo de fixação 330 entre as sinuosidades, ele pode virar a arruela 340 de lado e eliminar as sinuosidades.

[00110] Cada parafuso roscado 330 possui uma cabeça 332 e uma porca respectiva 334, sendo que pelo menos uma fenda (ex. 110) do fixador circular 100 possui uma abertura 114a, 114b em cada uma de suas extremidades. O tamanho das aberturas 114a, 114b é maior que o tamanho da cabeça 332. A etapa de pré-carregamento consiste em: inserir a cabeça 332 ou a porca 334 e um dos dispositivos de fixação 330 através de uma das aberturas 114a, 114b, para que o anel 102 fique entre a cabeça e a porca; e inserir um plugue 170 em cada uma das aberturas 114a, 114b após inserir a cabeça 332 ou a porca 334, para impedir que o dispositivo de fixação 330 caia para fora do anel 102.

[00111] Em algumas configurações, pelo menos um posicionador de perna 200 está fixado em uma extremidade posterior do fixador circular com o uso de uma ferramenta antes da etapa de posicionamento. Em algumas configurações, o posicionador de perna 200 possui vários apoios ajustáveis 204, 206, o método compreende, ainda, em ajustar, de maneiraindependente, a posição de cada apoio 204, 206 sem o uso de ferramentas para acomodar a perna sobre eles.

[00112] Algumas configurações incluem fixar os posicionadores de perna 230, 250 no fixador circular 100 nos lados médio e lateral do pé do paciente sem o uso de ferramentas, de modo a apoiar o pé em uma posição neutra ou em outra posição desejada, antes de inserir pelo menos um fio 412. Em algumas configurações, cada um dos posicionadores de perna 230, 250adicionais possui um dispositivo de montagem 257 que possui um membro roscado 256.A etapa de fixar posicionadores de perna adicionais consiste em: posicionar o dispositivo de montagem 257 de modo que o membro roscado 256 do dispositivo de montagem se estenda através da fenda (ex. 138) do anel 130 e de uma fenda 235 (255) do braço 231 (251) dos posicionadores de perna 230 (250), sendo que a cabeça 254 do dispositivo de montagem 257 se encaixa nas respectivas cavidades (ex. 140a, 140b) do anel 130 em lados opostos da fenda 138 do anel 130; e fixar o dispositivo de montagem 257 e o posicionador de perna 230, 250 no anel 130 com uma porca 252.

[00113] O fixador circular 100 está posicionado ao redor da perna. Em algumas configurações, o fixador circular 100 possui um primeiro e um segundo anel circular 142, 130 adaptados para serem posicionados ao redor da perna do paciente. O diâmetro do primeiro anel 142 é maior que o do segundo anel 130, sendo que a etapa de posicionamento consiste em: posicionar o primeiro anel 130 ao redor de uma primeira parte da perna; e posicionar o segundo anel 142 ao redor da segunda parte da perna. A dimensão póstero-anterior da primeira parte da perna é maior que a da segunda parte da perna.

[00114] Pelo menos um fio 412 é inserido através da perna após o pré- carregamento. O cirurgião posiciona o guia de inserção de fios 400 com o dedo 404 encaixando no anel (ex. 102) do fixador circular 100 próximo ao local da inserção, e leva a ponta 405 para dentro na direção do osso. A ponta 405 pode ser estendida para tocar no osso. O cirurgião insere o fio 412. Quando a estrutura do anel de expansão 413 atinge a passagem 411, a ponta 405 é removida e o guia de inserção 400 pode ser afastado do local da inserção.

[00115] Cada dispositivo de fixação pré-carregado é deslizado até que a sua fenda lateral 348 encaixe em pelo menos um fio 412. Para possibilitar essa etapa, o pré-carregamento possui colocar o parafuso roscado 330 de um dos dispositivos de fixação na fenda 110 do anel do fixador circular 102 com uma porca 334 fixada no parafuso, de modo que a porca esteja suficientemente frouxa para permitir deslizamento. A etapa de deslizamento consiste em mover um dos dispositivos de fixação 330 até que as bordas periféricas 343 da arruela correspondente 340 do dispositivos de fixação sejam recebidas nos respectivos arcos curvos da respectiva cavidade 112a, 112b de cada uma das bordas.

[00116] Em algumas configurações, pelo menos um dos dispositivos de fixação 330 possui um suporte 302 que possui uma fenda longitudinal 307 através dele e um membro roscado 314, sendo que o pré-carregamento consiste em: colocar o parafuso roscado 330 de um dos dispositivos de fixação através de uma fenda 307 do suporte 302 daquele dispositivo de fixação, colocando as respectivas porcas 316 no membro roscado 314 do suporte 302 e do parafuso roscado 330; e colocar o dispositivos de fixação 330 no anel 102, de modo que o membro roscado 314 do suporte se estenda através da fenda 110 do anel 102, com a porca 316 no membro roscado 314 do suporte 302 suficientemente frouxa para permitir deslizamento. O anel 102 possui uma cavidade sinuosa 112a, 112b com vários arcos curvos em cada uma das duas bordas respectivas que definem a fenda do anel entre elas, o suporte 302 possui uma superfície de montagem 303 configurada para encaixe em um dos respectivos arcos curvos da cavidade sinuosa 112a, 112b de cada lado respectivo da fenda 110 do anel 102, sendo que a etapa de deslizamento consiste em deslizar o membro roscado 314 do suporte 302 através da fenda 110 até que a fenda lateral 348 do parafuso roscado 330 encaixe no fio 412 e a superfície de montagem 303 do suporte 302 seja recebida por um par de arcos curvos da cavidade sinuosa 112a, 112b.

[00117] Em algumas configurações, o suporte 302 possui vários entalhes 306 em uma de suas faces laterais, sendo que o dispositivo de fixação compreende, ainda, uma arruela 340 com uma saliência 342; o método consiste, ainda, em: inserir um parafuso roscado 330 através da arruela 340, na qual a etapa de posicionamento do parafuso roscado 330 através da fenda 307 do suporte 302 inclui encaixar um dos entalhes 306 na saliência 342.

[00118] Os dispositivos de fixação 330, 350 são fixados por aperto, de modo a prender o fio encaixado 412 no fixador circular. Em algumas configurações, a fixação consiste em apertar uma cabeça 332 de uma porca 334 de pelo menos um dos dispositivos de fixação 330 com o uso de uma chave catraca 600 que possui um soquete 602 com uma extremidade aberta 603 no soquete para fixar o dispositivo de fixação 330; e passar o fio 412 ou pino 350 através da extremidade aberta 603 do soquete 602 após apertar para remover a chave.

[00119] Uma vez inseridos os fios 412 e/ou pinos 350, os posicionadores de perna 200, 230, 250 são removidos. Os posicionadores de perna 230, 250 são removidos afrouxando as porcas 252 correspondentes dos dispositivos de montagem 257, e soltando os posicionadores 230, 250. A remoção do conjunto do posicionador de perna 200 consiste em: retrair cada dispositivo de apoio 204, 206 até que o gargalo correspondente 207n do braço correspondente 207 esteja alinhado com os membros retentores 221; e deslizar os membros de apoio 204, 206 para fora da passagem 205 entre os outros membros, em uma direção perpendicular à direção de retração (e paralelamente à face frontal 201a do corpo 201 do conjunto do posicionador de perna 200). Uma vez removidos os membros de apoio 204, 206, o corpo 201 do conjunto do posicionador de perna 200 pode ser removido desparafusando a haste 218.

[00120] Em algumas configurações, após a inserção de pelo menos um fio 412 ou pino 350, uma primeira esponja ou outro curativo (não mostrado) é mantido em um primeiro local da ferida do paciente com o uso de um primeiro clipe 500 que possui uma fenda longitudinal 501 em uma superfície lateral do primeiro clipe 500 para receber e fixar o fio 412 ou pino 350 para posicionar a esponja.

[00121] O primeiro clipe 500 possui uma superfície plana 510 em sua primeira extremidade para encaixe da esponja em um eixo longitudinal 520 do primeiro clipe 500 aproximadamente normal para um tecido do paciente no primeiro local da ferida. O primeiro clipe 500 possui uma superfície em ângulo 511 na segunda extremidade oposta à primeira extremidade, sendo que o método consiste, ainda, em: manter uma segunda esponja (não mostrado) em um segundo local da ferida do paciente com o uso de um segundo clipe 500 para receber e fixar um segundo fio 412 a fim de posicionar uma segunda esponja. O segundo clipe 500 é idêntico ao primeiro clipe. A superfície em ângulo 511 do segundo clipe encaixa a segunda esponja em um eixo longitudinal 520 do segundo clipe em um ângulo oblíquo em relação ao tecido do paciente no segundo local da ferida.

[00122] Em algumas configurações, o primeiro clipe possui uma primeira e uma segunda superfície tubular de fixação 503, 504 na fenda longitudinal. O fio 412 é fixado por uma superfície tubular de fixação 503. A segunda superfície tubular de fixação 504 possui tamanho diferente da primeira superfície tubular de fixação 503. O segundo local da ferida possui um meio pino 350 ou um segundo fio 412 inserido nele, sendo que o meio pino 350 ou segundo fio 412 possui um diâmetro diferente do fio, e o meio pino 350 ou segundo fio é fixado pela segunda superfície tubular de fixação 504 do segundo clipe.

[00123] Embora o objeto tenha sido descrito em termos de configurações de exemplo, ele não está limitada a estes. Ao invés disso, as reivindicações anexadas devem ser amplamente interpretadas de modo a incluir outras variantes e configurações, o que pode ser feito por técnicos no assunto.

Claims

1. SISTEMA DE FIXAÇÃO CIRCULAR caracterizado pelo fato de que compreende: vários anéis (102, 130 e 142), sendo que cada anel (possui uma primeira face, uma segunda face e, pelo menos, uma fenda (104) definida por uma primeira e uma segunda borda interior do anel em lados opostos da fenda (160), e termina em uma abertura em cada extremidade da fenda (104), a abertura tendo uma dimensão que é substancialmente maior que uma largura da fenda (104) e que a fenda penetra da primeira face para a segunda face, com a primeira face de cada anel (102, 130 e 142) com uma primeira cavidade (114) adjacente à fenda na primeira borda e uma segunda cavidade (114) adjacente à fenda (104) na segunda borda em que cada recesso (114) compreende uma pluralidade de receptáculos; e cada um dos vários anéis (102, 130 e 142) sendo juntado a um anel adjacente entre os vários anéis por uma pluralidade de membros; e um dispositivo de fixação (330, 302) compreendendo um parafuso, uma porca e uma arruela, o parafuso tendo uma porção roscada dimensionada para encaixar na fenda, a arruela configurada para encaixar em um dos respectivos receptáculos no recesso de cada lado do ranhura de modo que a ranhura termine em uma abertura em cada extremidade da ranhura, a abertura tendo uma dimensão substancialmente maior que uma largura da ranhura, o dispositivo compreendendo ainda uma pluralidade de plugues (170), cada plugue tendo uma forma e tamanho adaptado para ser retido de forma destacável em uma das respectivas aberturas, para reter o parafuso na fenda antes de apertar a porca e o parafuso.

2. SISTEMA DE FIXAÇÃO CIRCULAR de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que cada cavidade (114) compreende vários receptáculos e vários arcos curvos.

3. SISTEMA DE FIXAÇÃO CIRCULAR de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a abertura em cada extremidade da ranhura é adaptada para receber uma porca de um dispositivo de fixação através da mesma e a ranhura é adaptada para receber uma porção rosqueada do dispositivo de fixação através da mesma, mas a ranhura tem uma largura menor que uma dimensão da noz.

4.SISTEMA DE FIXAÇÃO CIRCULAR de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o parafuso inclui uma fenda em uma superfície lateral para receber um fio.

5. SISTEMA DE FIXAÇÃO CIRCULAR de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreendendo ainda um corpo com uma porção roscada adaptada para encaixar através da fenda, o corpo tendo uma fenda longitudinal através da mesma para receber um parafuso, o corpo tendo uma superfície de montagem para engatar um respectivo dos receptáculos no recesso de cada lado da fenda

6. SISTEMA DE FIXAÇÃO CIRCULAR de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o corpo tem uma pluralidade de ranhuras em pelo menos uma face lateral da mesma e uma arruela inclui uma crista adaptada para engatar uma das ranhuras.