BR102017011135A2 - equipamento para beneficiamento de amêndoa - Google Patents

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BR102017011135A2
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Adriano Sartori Pedroso
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Jaf Inox Indústria De Máquinas De Chocolates S.A.
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Abstract

equipamento para beneficiamento de amêndoa. a presente invenção refere-se a um equipamento para beneficiamento de amêndoas (1), utilizado nas etapas de fermentação, secagem, torra e descontaminação, a fim de automatizar o processo, com redução de contaminação e de custos; sendo que o equipamento compreende um tambor (3) para posicionamento das amêndoas; uma carcaça (2) de alojamento do tambor (3); pás (31) e braços que revolvem as amêndoas dentro do tambor (3) durante as etapas de beneficiamento das amêndoas.

Description

EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA [0001]
A presente invenção refere-se a um equipamento para beneficiamento de amêndoas, utilizado nas etapas de fermentação, secagem, torra e descontaminação, a fim de automatizar o processo, com redução de contaminação e de custos.
[0002]
A exposição que segue, por simplicidade de explicação, ilustra a invenção dentro de uma realização particular, qual seja um equipamento para beneficiamento de amêndoas de cacau que compreende um sistema de controle de temperatura, umidade, vazão de ar e rotação, usado particularmente para fermentação, secagem, torra e/ou descontaminação de amêndoas de cacau sem que por esse motivo esteja restrita a apenas essa utilização, podendo ser usado para amêndoa de qualquer fruta cujo processamento necessite de controle de temperatura, umidade, vazão de ar e movimentação do produto.
[0003]
Como é do conhecimento do homem da técnica, a massa de cacau é fabricada a partir das amêndoas de cacau, que passam por diversas etapas de processamento, em que determinados cuidados são necessários para se obter um produto adequado à degustação e para ser ingerido por seres humanos.
[0004]
Em uma primeira etapa, o cacau é colhido e, após o corte da fruta com o auxílio de um facão, suas amêndoas são retiradas manualmente. Estas amêndoas são levadas para uma pluralidade de cochos de madeira, posicionados em escada ou lateralmente, onde é realizada a etapa de fermentação. A fermentação ocorre em duas etapas, fermentação alcoólica e fermentação acética.
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2/15 [0005] A fermentação alcoólica é uma etapa anaeróbia onde o açúcar da polpa das amêndoas é transformado em álcool. Nessa etapa, os cochos são cobertos com folhas de bananeira e é aguardado em torno de 48 horas, dando-se um aumento de temperatura, entre 30 a 32°C, seguida de queda de temperatura, o que indica o fim da fermentação alcoólica.
[0006] A fermentação acética é uma etapa aeróbia onde o álcool é transformado em ácido acético por bactérias acéticas quando em contato com oxigênio. Ela é composta de ciclos, onde em cada ciclo as amêndoas são revolvidas permitindo contato com oxigênio, dando-se então um aumento de temperatura, entre 45 a 50°C, que, após o consumo de todo o oxigênio, ocorre a queda da temperatura. O fim dos ciclos ocorre em cerca de 4 a 6 dias, com a morte ou perda de função das bactérias. O fim do ciclo é indicado por: estabilização de temperatura, aroma característico, mudança de cor azul/violeta para marrom e fragmentação das amêndoas.
[0007] Após a etapa de fermentação, as amêndoas seguem para a secagem, que pode ser feita em terraços, estufas, barcaças ao sol, ou até mesmo em equipamentos de secagem de café.
[0008] Depois da secagem, usualmente as amêndoas são vendidas para indústrias, onde é fabricada a massa do cacau. Como o processamento de fermentação e secagem ocorre em ambientes abertos, não é possível impedir a deposição de sujeiras. Assim, antes da produção da massa do cacau faz-se necessária uma limpeza das amêndoas. Primeiro é realizada uma limpeza fina, removendo sujidades
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3/15 como pedras e pedaços de metal. Depois amêndoas, através do aquecimento até é feita a torra das aproximadamente 200°
C, seguida de esterilização e por fim a moagem.
[0009]
Além da mencionada sujeira que acompanha as amêndoas, tem-se ainda desvantagem do processamento das amêndoas ser realizado manualmente sem controle do ambiente ou das condições climáticas.
Assim, além da contaminação das amêndoas, a qualidade final do produto comprometida, pois depende de condições climáticas não garantidas e que variam de acordo com a região.
0010]
Por causa dessas dificuldades, não há como padronizar processamento da amêndoa, e, consequentemente, amêndoa processada tem qualidade variável, acarretando uma grande variação no preço pago.
0011] fim de solucionar esses problemas da arte anterior, a presente invenção propõe um equipamento para beneficiamento de amêndoa de cacau, que através de uma disposição construtiva simples e de baixo custo, possibilita a automatização do processo, tornando-o mais rápido, eficiente, com menos contaminação e possibilidade de padronização.
0012]
Equipamento para beneficiamento de amêndoa compreende um tambor para processamento das amêndoas, que é isolado termicamente por uma carcaça, dotado de diversos sensores, tais como de temperatura, de umidade, de pressão, e de açúcar.
0013]
O equipamento compreende um motor cujo eixo adentra o tambor, sendo o eixo dotado de pás e braços que fazem o revolvimento das amêndoas de cacau, forçando o contato das amêndoas com o ar, e diminuem a força de
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4/15 colisão entre as amêndoas, evitando sua quebra. As pás são inclinadas em relação ao eixo do motor de forma a promover um movimento das amêndoas para o fundo ou para frente do tambor, de acordo com o sentido de giro do dito eixo, permitindo o carregamento e o descarregamento das amêndoas.
[0014] As pás e os braços permitem um revolvimento suave das amêndoas, evitando as quebras que são usuais ao final da secagem, quando as cascas das amêndoas ficam muito frágeis. Isso melhora a qualidade das amêndoas, pois a torra da amêndoa com a casca quebrada diminui a qualidade do produto. Além disso, o revolvimento frequente solta as amêndoas umas das outras, evitando que fiquem coladas entre si, o que não possibilitaria uma boa fermentação.
[0015] O tambor possui em sua metade inferior um tanque para um fluido de aquecimento que auxilia o aquecimento e controle do processo, possibilitando acelerar e auxiliar as etapas de fermentação e secagem.
[0016] O equipamento compreende ainda ao menos uma entrada para ar e/ou líquidos por onde são aplicados insumos nas amêndoas. Isso possibilita a adição de inoculantes (leveduras e bactérias) ou polpas, para dar aroma e cor no cacau. Isso permite uma fermentação com adição de frutas (p. ex. maracujá, morango) e no final as frutas não fazem parte da formulação, somente seu aroma. Há também a possibilidade de aromatizar com vaporização durante a secagem, através da vaporização com aromas variados. Ao se retirar o líquido (chamado de mel) extraído durante o processamento do cacau ele sai com o aditivo. Quanto mais o cacau é prensado mais sai o aditivo, quanto
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5/15 menos o cacau é prensado, mais sabor é transferido para o cacau. Esse mel pode ser usado/transformado em cachaça e licor.
[0017] O tambor compreende ainda perfurações distribuídas uniformemente em sua superfície, que funcionam como passagens de ar e de líquidos resultantes do processo, tal como o referido mel.
[0018] O equipamento compreende também um sistema de controle formado por um processador e memórias, onde são configuradas receitas de processamento do cacau, que são estabelecidas de acordo com a amêndoa que se deseja obter. O sistema controla o funcionamento do equipamento, monitorando os sensores, analisando a programação configurada e acionando quando necessário a entrada de ar e/ou insumos, promovendo a rotação do motor, a saída de líquidos e/ou de ar. O sistema pode permitir também um controle de receitas e de histórico, facilitando a utilização pelo usuário.
[0019] O sistema oferece uma opção de controle das condições ambientais ao possibilitar aumento ou diminuição de temperatura de acordo com o desejado. O tambor é isolado da temperatura ambiente e assim, pode-se adicionar ar quente ou frio para se atingir a temperatura desejada, diferentemente da arte anterior em que o processo depende das condições locais que nem sempre são as mais adequadas.
[0020] O aquecimento pode ser provido por qualquer meio conhecido na arte anterior, tal como por energia elétrica, gás, queima de lenha ou solar. O resfriamento pode ser provido por qualquer meio conhecido,
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6/15 tal como um resfriador (chiller).
[0021]
Com este sistema é possível, portanto, realizar fermentação, secagem (simulando secagens naturais como, por exemplo, ao sol e/ou artificiais), torra e descontaminação em um único equipamento de maneira automatizada.
0022]
Dessa forma, em um tambor fechado é feito o processamento das amêndoas com menos contaminação do que a técnica atual, uma vez que elimina a manipulação do produto ou seu contato com as impurezas do meio ambiente.
[0023]
O equipamento elimina os procedimentos de colocar para fermentação, revirar em 48h,
72h, 96h, 120h e talvez 144h, de levar para barcaça, de pisar nas amêndoas, de removê-las, dentre outras etapas.
[0024]
O presente equipamento elimina ainda as etapas de ensacar, remover do saco, limpar, estocar, realizar uma limpeza fina, remover pedras, torrar e esterilizar. Após o processamento das amêndoas só é necessário descascá-las, pois não há a contaminação usual na técnica anterior que é um resultado da manipulação.
[0025] O presente equipamento propicia um produto seguro para consumo, pois é isento de contaminantes, tem mais sabor e é de menor custo, além de potencializar inovações do processo por permitir diversas parametrizações do processo de fermentação e secagem de maneira facilitada. O equipamento permite padronizar a qualidade do produto de acordo com os parâmetros utilizados, e específicos conforme o tipo de aplicação, uns mais lentos e apurados, outros mais rápidos e outros mais
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7/15 simples, com maior e menor custo.
[0026]
Além disso, com o uso do presente equipamento evitam-se erros ou instabilidades dos operadores e do ambiente, uma vez que o procedimento é automatizado e com controle de temperatura.
0027]
O presente equipamento permite que seja checado o índice de contaminação para realizar a descontaminação se necessária; configurar baixa rotação no final da secagem; ajustar o vão da porta para ir tirando o pó e amêndoas achatadas.
[0028]
São apresentadas a seguir figuras esquemáticas da presente da invenção, cujas dimensões e proporções não são necessariamente as reais, pois elas têm a finalidade de apresentar didaticamente seus diversos aspectos, cuja abrangência de proteção está determinada apenas pelo escopo das reivindicações anexas.
Breve descrição das figuras [0029] A figura 1 representa uma vista em perspectiva esquemática do presente equipamento para beneficiamento de amêndoa (1), parcialmente em corte.
[0030] A figura 2 representa uma vista em corte longitudinal do equipamento para beneficiamento de amêndoa (1) .
[0031] A figura 3 representa uma vista em corte transversal do equipamento para beneficiamento de amêndoa (1), segundo a linha A-A da figura 2.
Descrição da invenção [0032] Por facilidade de explicação o texto a seguir se refere somente à amêndoas de cacau, contendo a semente e a polpa.
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8/15 [0033]
A presente invenção refere-se a um equipamento para beneficiamento de amêndoa (1) que promove o tratamento das amêndoas para seu posterior uso para produção de chocolate e/ou massa de cacau.
[0034]
O equipamento (1) é composto por um tambor (3) de formato genericamente cilíndrico, onde as amêndoas são processadas; uma carcaça
2) de alojamento do tambor (3);
pás (31) e braços de revolvimento (35), intercalados ao longo de um eixo (34) axial ao tambor (3), e circunferencialmente distribuídos ao redor do eixo (34);
dito eixo (34) é conectado ao eixo (41) de um motor (4) que promove o giro do eixo (34) que movimenta as pás (31) e braços
35), revolvendo as amêndoas contidas no tambor (3).
0035]
O tambor (3) tem um corpo cilíndrico sendo uma de suas extremidade fechada e a extremidade oposta aberta. Dita extremidade aberta do tambor (3) é fechada por uma tampa (23) quando do tratamento das amêndoas, e para retirada das amêndoas tratadas remove-se a tampa (23).
[0036]
O tambor (3) dotado ainda de um tanque
32) que envolve metade inferior de sua parte cilíndrica.
O tanque (32) preenchido com um fluido que permite controlar a temperatura do tambor (3). Esse controle de temperatura é realizado de acordo com a temperatura do fluido, que é abastecido pela entrada (321) e é retirado pela saída (322), sempre que houver necessidade de efetuar qualquer troca do fluido para manutenção da temperatura no tambor (3).
[0037]
A carcaça (2), que aloja o tambor (3), é dotada de uma camada envolvente de material de isolamento
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9/15 térmico que evita a perda de temperatura do tambor (3), mantendo-o na temperatura de trabalho escolhida no tratamento das amêndoas. A carcaça (2) é aberta em uma extremidade colidente com a extremidade aberta do tambor (3) onde é posicionada a tampa (23), de forma a possibilitar a abertura ou fechamento do conjunto tambor (3) e carcaça (2) ao mesmo tempo.
[0038] A figura 1 ilustra o equipamento (1) parcialmente em corte, para melhor visualizar tais componentes como a parte interna da carcaça (2), o tambor (3) e a tampa (23).
[0039] A tampa (23) é movível por aproximação ou afastamento em relação ao tambor (3) por meio de guias paralelas, principal (21) e secundárias (22), que guiam o movimento de abertura e fechamento da tampa (23) de forma alinhada com a abertura do tambor (3) e da carcaça (2). A guia principal (21) é axial ao tambor (3) e as guias secundárias (22) são posicionadas diametralmente opostas à guia principal (21). Dessa forma a tampa (23) é puxada para fora do tambor (3) quando de sua abertura, através do deslizamento da tampa (23) ao longo das guias paralelas (21 e 22). Quando do fechamento do tambor (3), desliza-se a tampa (23) de encontro com o tambor (3), ao longo das guias paralelas (21 e 22).
[0040] De maneira particular, o equipamento (1) compreende um funil (5) cuja abertura inferior (51) adentra a carcaça (2) avançando até a face lateral cilíndrica do tambor (3) que, por sua vez compreende uma abertura (38) que coincide com a dita abertura inferior do funil (5) para permitir a entrada de amêndoas no tambor (3). O equipamento
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10/15 (1) compreende ainda uma gaveta (36) de fechamento da dita abertura (38) do tambor (3), posicionada entre a abertura (51) do funil (5) e a abertura (38) do tambor (3), que fecha a passagem da abertura (51) do funil (5) para a abertura (38) do tambor (3), isolando o tambor (3) do ambiente externo após o carregamento das amêndoas.
[0041] O funil (5) pode ser utilizado ainda para adição de aditivos.
[0042] O equipamento (1) compreende ainda uma haste (37) a partir do eixo (34) e na direção do funil (5) que, de maneira vantajosa, promove o revolvimento das amêndoas no momento de sua alimentação ao tambor (3).
[0043] O tambor (3) compreende ainda um raspador (9) perpendicular ao eixo (34), de encontro à extremidade interna fechada do tambor (3), que promove a soltura de amêndoas que eventualmente possam aderir à face interna extrema do tambor (3), permitindo um revolvimento de todas as amêndoas contidas no tambor (3), o que garante melhor homogeneidade e qualidade ao processo.
[0044] As pás (31) e braços (35) são utilizados para revolvimento das amêndoas quando do giro do eixo (34). As pás (31) e braços (35) forçam o contato das amêndoas com o ar, além de diminuir a força de colisão entre as amêndoas uma vez que interceptam sua queda contra o tambor (3), quando do giro do eixo (34), evitando assim a quebra das amêndoas.
[0045] As pás (31) são posicionadas inclinadas em relação ao plano ortogonal ao eixo (34) o que auxilia o movimento das amêndoas para dentro ou para fora do tambor (3). Isso porque ao se girar o eixo (34), as pás (31)
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11/15 acompanham o movimento de giro e, por serem inclinadas, empurram as amêndoas para fora ou as trazem para dentro do tambor (3).
[0046] Dessa forma, se o objetivo é processar as amêndoas, gira-se o eixo (34) em um sentido; ou, se o objetivo é a retirada das amêndoas, gira-se o eixo (34) no sentido contrário. Neste exemplo particular ilustrado, ao se girar o eixo (34) no sentido horário tem-se o movimento das amêndoas para dentro do tambor (3).
[0047] O tambor (3) compreende ainda perfurações (33) distribuídas uniformemente em sua superfície cilíndrica. Ditas perfurações (33) permitem a passagem de ar entre a carcaça (2) e o tambor (3), e a saída de líquidos resultantes do processo (vide setas indicativas na figura 2). Nessa situação a carcaça (2) tem um bocal (8) em sua porção inferior para escoamento dos líquidos resultantes do processo, sendo tal bocal (8) dotado de um dispositivo para abertura ou fechamento da saída de líquidos, tais como registro, registro de esfera, torneira, etc.
[0048] As variáveis de temperatura, pressão, nível de açúcar e umidade das diversas etapas de fermentação, secagem, torra e descontaminação das amêndoas, são controladas por sensores (71, 72) que permitem automatizar o processo através do controle de tais parâmetros. Os sensores (71, 72) são respectivamente, particularmente, posicionados na guia principal (21) e na lateral do tambor (3).
[0049] O equipamento (1) compreende ainda uma entrada de ar/insumos/líquidos/pós (64) que avança para
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12/15 dentro do tambor (3) de forma a possibilitar a aplicação de ar ou insumos nas amêndoas, conforme a necessidade da etapa do processo. A introdução de ar permite o controle da pressão no tambor (3) bem como da temperatura, enquanto que com a introdução de líquidos controla-se a umidade do processo.
[0050] O equipamento (1) compreende também uma chaminé (6) para exaustão forçada de gases que, com a introdução de ar pela entrada (64), permite controlar a pressão interna no tambor (3). Tem-se ainda um tubo (62) ligando o funil (5) à chaminé (6) que permite a liberação de gases eventualmente retidos no funil (5) quando do carregamento das amêndoas.
[0051] O equipamento é dotado ainda de uma entrada de ar aquecido (61) que auxilia a manutenção e/ou controle de temperatura no tambor (3); e um sistema de desentupimento (63) da entrada de ar.
[0052] O equipamento (1) é opcionalmente dotado de uma rampa (25) posicionada na borda inferior da face aberta do tambor (3) que facilita a saída das amêndoas no final do processamento.
[0053] O equipamento (1) compreende um sistema de controle das variáveis do processo e uma interface com usuário, que permite configurar receitas de processo de acordo com o objetivo de uso do cacau. Através desse sistema pode-se controlar o funcionamento do equipamento (1), monitorando os sensores (71, 72), analisando a programação configurada e acionando quando necessário entrada de ar e/ou de insumos (64), rotação do motor (4), saída de líquidos (8) e saída de ar pela chaminé (6).
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13/15 [0054] O equipamento (1) compreende ainda um sistema de controle de receitas e de histórico, facilitando a utilização do usuário. A programação pode ser realizada utilizando o princípio de rampas e patamares, sendo esta uma opção, mas também através de receitas pré-configuradas que realizam ações em função de medições feitas de temperatura, ph, umidade e pressão proporcionadas pelos sensores e transmissores.
[0055] Com esse sistema é possível programar as etapas de fermentação, secagem, a torra e a descontaminação em um único equipamento (1) de maneira automatizada.
[0056] Por exemplo, o equipamento (1) permite que seja feito um controle de temperatura e pressão durante as etapas de fermentação. Na etapa de fermentação alcoólica, que acontece sem ar, o açúcar da polpa da amêndoa é convertido em álcool dentro do tambor (3) onde a temperatura e pressão são mantidas sob controle, de forma a possibilitar tal transformação. Nessa etapa colocam-se as amêndoas com a polpa dentro do tambor (3) e fecha-se a tampa (23), avançando a tampa (23) dentro do tambor (3) até que as amêndoas com a polpa fiquem pressionadas dentro do tambor (3). Com a utilização dos sensores (71, 72) faz-se a medição da temperatura e da pressão que, se estiveram fora do programado, o sistema faz o ajuste, por exemplo, ao introduzir ar quente para aumentar a temperatura, ou frio para baixá-la, ou ainda fazendo a exaustão forçada do ar. O fim da fermentação é detectado através do monitoramento da temperatura.
[0057] Na etapa seguinte de fermentação acética, o álcool é transformado em ácido acético. Nessa
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14/15 etapa a reação ocorre na presença de ar e por isso as amêndoas são revolvidas com o movimento de giro do eixo (34), permitindo seu contato com ar. Dessa forma tem-se um processamento automatizado, com o controle de temperatura, pressão, nível de açúcar, sem interferência do homem para movimentar as amêndoas.
[0058] As etapas de secagem e de torra podem ser configuradas de formas variadas, com diferentes temperaturas e tempos simulando desde secagens rápidas até secagens ao sol. Esse procedimento ocorre sem interrupção, pois pode-se controlar a temperatura a todo instante. De maneira vantajosa em relação à arte anterior onde a secagem depende do sol e assim, não é possível se manter a temperatura constante uma vez que durante o dia a temperatura pode subir a 40 graus e a noite pode baixar para 25 graus.
[0059] Outro aspecto importante para se garantir a qualidade do produto é a uniformidade na secagem, que é difícil de obter no processo tradicional, pois a umidade da amêndoa tende a ir para as laterais do recipiente, levando consigo a acidez. Se secar muito rápido as laterais ficariam muito secas (0,1%) e o centro com umidade maior (10%), ocasionando a blindagem da amêndoa. Normalmente o desejado é 7 a 8% de umidade. Com a secagem lenta as laterais ficariam com 6% e o centro com 8%.
[0060] A frequência e velocidade de rotação do eixo (34) também são variáveis, e com a parametrização correta evita-se aglutinação e quebra de amêndoas.
[0061] O presente equipamento (1) possibilita também a inserção de aditivos (gasosos, líquidos ou em pó)
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15/15 pelo tubo (91). Tais aditivos são comumente utilizados para dar aroma diferenciado às amêndoas.
[0062] O controle do histórico das configurações utilizadas permite a melhora dos processos de forma facilitada.
[0063] O homem da técnica prontamente perceberá, a partir da descrição, várias maneiras de realizar a presente invenção sem fugir do escopo das reivindicações anexas.

Claims (13)

REIVINDICAÇÕES
1) compreende ainda uma gaveta (36) de fechamento da dita abertura (38) do tambor (3).
1. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA caracterizado pelo fato de compreender um tambor (3) de formato genericamente cilíndrico; uma carcaça (2) de alojamento do tambor (3); pás (31) e braços de revolvimento (35), intercalados ao longo de um eixo (34) axial ao tambor (3), e circunferencialmente distribuídos ao redor do eixo (34), sendo dito eixo (34) conectado ao eixo (41) de um motor (4) que promove o giro do eixo (34); o tambor (3) tem um corpo cilíndrico sendo uma de suas extremidade fechada e a extremidade oposta aberta;
a carcaça (2) é aberta em uma extremidade colidente com a extremidade aberta do tambor
2/3 acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato da tampa (23) ser movível por aproximação ou afastamento em relação ao tambor (3) por meio de guias paralelas, principal (21) e secundárias (22), sendo a guia principal (21) axial ao tambor (3) e as guias secundárias (22) posicionadas diametralmente opostas à guia principal (21).
2.
EQUIPAMENTO PARA
BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com reivindicação 1, caracterizado pelo fato do tambor
2) avançando até a face lateral cilíndrica do tambor
3/3 ar/insumos/líquidos/pós (64).
3.
EQUIPAMENTO PARA
BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com caracterizado uma qualquer das reivindicações 1 a 2, pelo fato da carcaça (2) ser dotada de uma camada envolvente de material de isolamento térmico.
3) ser dotado de um tanque (32) que envolve metade inferior de sua parte cilíndrica, sendo o tanque
32) preenchido com um fluido.
3) que, por sua vez compreende uma abertura (38) que coincide com a dita abertura inferior do funil
3), e tais aberturas podem ser fechadas por uma tampa
23); o equipamento (1) compreende um funil
4. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de
Petição 870170035224, de 26/05/2017, pág. 22/28
5. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato do tambor (3) compreender ainda um raspador (9) perpendicular ao eixo (34), de encontro à extremidade interna fechada do tambor (3).
5);
o equipamento
5) cuja abertura inferior (51) adentra a carcaça
6. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de compreender ainda uma haste (37) a partir do eixo (34) e na direção do funil (5).
7. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato das pás (31) serem posicionadas inclinadas em relação ao plano ortogonal ao eixo (34).
8. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato do tambor (3) compreender uma perfurações (33) distribuídas uniformemente em sua superfície cilíndrica; e a carcaça (2) tem um bocal (8) em sua porção inferior de escoamento de líquidos dotado de um dispositivo para abertura ou fechamento.
9. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de compreender uma entrada de
Petição 870170035224, de 26/05/2017, pág. 23/28
10. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de compreender uma chaminé (6) para exaustão forçada de gases.
11. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de compreender uma entrada de ar aquecido (61) e um sistema de desentupimento (63) da entrada de ar (61).
12. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de compreender uma rampa (25) posicionada na borda inferior da face aberta do tambor (3).
13. EQUIPAMENTO PARA BENEFICIAMENTO DE AMÊNDOA de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de compreender um sistema de controle das variáveis do processo e uma interface com usuário, que controla o funcionamento do equipamento (1), monitorando os sensores (71, 72), analisando a programação configurada e acionando quando necessário entrada de ar e/ou de insumos (64), rotação do motor (4), saída de líquidos (8) e saída de ar pela chaminé (6).
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