BR102016013296A2 - sistema de lentes de contato com conforto otimizado para aberração de olho não rotacionalmente simétrica - Google Patents

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Benjamin J K Straker
Giovanna Olivares-Petito
James Michalski
Philippe F Jubin
Pierre-Yves Gerligand
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Johnson & Johnson Vision Care
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Abstract

a presente invenção refere-se a um sistema de lentes de contato que inclui ao menos duas lentes de contato, cada lente tendo uma correção visual para uma aberração de olho não rotacionalmente simétrica. cada lente tem um nível ou grau diferente de estabilização que é caracterizado por um diferencial de espessura entre uma espessura de uma zona de estabilização e uma espessura de uma zona de não estabilização.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "SISTEMA DE LENTES DE CONTATO COM CONFORTO OTIMIZADO PARA ABERRAÇÃO DE OLHO NÃO ROTACIONALMENTE SIMÉTRICA". ANTECEDENTES DA INVENÇÃO Campo da Invenção [0001] A presente invenção refere-se a um sistema de lentes de contato, sendo que cada lente tem um nível ou grau diferente de estabilização que corresponde a uma correção de visão para uma aberração de olho não rotacionalmente simétrica e a um método para otimizar o conforto de um paciente variando o design de estabilização como função de uma correção de visão necessária.
Discussão da técnica relacionada [0002] Miopia ou hipometropia é um defeito óptico ou refrativo do olho em que os raios de luz de uma imagem focam em um ponto antes que eles alcancem a retina. A miopia geralmente ocorre porque o olho ou o globo é muito longo, ou a córnea é muito inclinada. Uma lente esférica com poder negativo pode ser usada para corrigir a miopia. Hipe-ropia ou hipermetropia é um defeito óptico ou refrativo do olho em que os raios de luz de uma imagem focam em um ponto depois que eles alcançaram a retina ou a parte detrás da mesma. A hipermetropia, em geral, ocorre porque o olho ou globo é muito curto, ou a córnea é muito plana. Uma lente esférica com força positiva pode ser usada para corrigir a hipermetropia.
[0003] O astigmatismo é um defeito óptico ou refrativo do olho em que a visão do indivíduo é embaçada devido à incapacidade do olho de focar um ponto objeto em uma imagem focada na retina. O astigmatismo é causado por uma curvatura não rotacionalmente simétrica das superfícies refrativas do olho (incluindo a córnea e o cristalino). Um olho não astigmático tem superfícies refrativas rotacionalmente simétricas, enquanto que em um indivíduo com astigmatismo, as superfícies refrativas não são rotacionalmente simétricas. Em outras palavras, uma ou mais das superfícies refrativas são mais curvadas ou mais íngremes em um meridiano principal em relação a outro meridiano principal ortogonal, fazendo, assim, com que uma imagem seja estendida em dois focos em linha em vez de focar em um único ponto. Uma lente não rotacionalmente simétrica, ao invés de uma lente rotacionalmente simétrica, pode ser usada para resolver o astigmatismo.
[0004] As lentes de contato podem ser usadas para corrigir miopia, hiperopia, astigmatismo e outros defeitos da acuidade visual. As lentes de contato podem, também, ser utilizadas para melhorar a aparência natural dos olhos de um usuário. As lentes de contato, ou lentes, são simplesmente lentes colocadas sobre a superfície anterior do olho. As lentes de contato são consideradas dispositivos médicos e podem ser usadas para corrigir a visão e/ou por razões cosméticas ou outras razões terapêuticas. As lentes de contato antigas eram produzidas ou fabricadas a partir de materiais rígidos e eram relativamente dispendiosas e frágeis. Além disso, essas lentes de contato antigas eram fabricadas a partir de materiais que não permitiam uma transmissão de oxigênio suficiente através da lente de contato para a conjuntiva e a córnea, o que podería causar, potencialmente, vários efeitos clínicos adversos. Embora essas lentes de contato ainda sejam utilizadas, as mesmas não são adequadas para todos os pacientes devido ao seu conforto inicial insatisfatório. Os desenvolvimentos posteriores no campo promoveram o surgimento de lentes de contato macias, à base de hidrogéis, que são extremamente populares e amplamente utilizadas atualmente. Especificamente, as lentes de contato de hidrogel de silicone combinam o benefício do silicone que tem permeabilidade ao oxigênio extremamente alta com o conforto e desempenho clínico comprovado dos hidrogéis. Essencialmente, essas lentes de contato à base de hidrogel e silicone têm permeabilidades mais altas ao oxigênio e são, em geral, mais confortáveis para se usar que as lentes de contato produzidas a partir dos materiais rígidos anteriores.
[0005] As lentes de contato podem ser amplamente categorizadas como lentes de contato descartáveis de uso diário, lentes de contato substituídas com frequência e lentes de contato tradicionais. Lentes de contato descartáveis de uso diário, como o nome sugere, são usadas por um único dia e descartadas. Soluções de limpeza não são tipicamente utilizadas com estas lentes. Lentes de contato substituídas incluem com frequência lentes que podem ser reutilizadas durante duas semanas até um mês, dependendo da recomendação do fabricante e/ou do médico e, em geral, exigem limpeza e desinfecção todos os dias. Existem até mesmo lentes de contato que são aprovadas por períodos mais longos de reuso. Lentes substituídas com frequência também incluem uso prolongado de lentes de contato que podem ser usadas durante o sono. Lentes de contato tradicionais ou lentes de contato reutilizáveis são usadas durante períodos muito mais longos e são tipicamente descartadas aproximadamente a cada seis meses.
[0006] O astigmatismo da córnea pode ser corrigido com o uso de lentes de contato permeáveis a gás, duras ou rígidas. Nesse caso, uma lente de fluido ou lacrimal pode existir entre a superfície posterior da lente de contato rígida e a córnea. Essa lente de fluido ou lacrimal segue ou assume o formato da superfície posterior da lente de contato. Visto que o índice de refração da lente de fluido ou lacrimal é quase uma correspondência com a córnea, a toricidade da córnea é optica-mente neutralizada ou reduzida. Nesses casos, em geral, não será necessária uma lente tórica. Entretanto, as lentes de contato rígidas permeáveis a gás e lentes de contato duras são, em geral, menos confortáveis que as lentes de contato gelatinosas ou de hidrogel. Visto que as lentes de contato gelatinosas ou de hidrogel envolvem a cór- nea, uma lente fluida, em geral, não é encontrada e o fluido lacrimal se parece mais com um filme fino. Nesse caso, é necessário um design de lente tórica.
[0007] Uma lente tórica é um elemento óptico que tem duas forças diferentes em duas orientações que são perpendiculares uma à outra. Essencialmente, uma lente tórica tem uma potência, esférica, para corrigir a miopia ou hiperopia, e uma potência, cilíndrica, para corrigir o astigmatismo, embutidas em uma única lente. Essas forças são criadas com curvaturas orientadas em diferentes ângulos que são preferencialmente mantidos em relação ao olho. As lentes tóricas podem ser utilizadas em óculos, lentes intraoculares e lentes de contato. As lentes tóricas usadas em óculos e lentes intraoculares são mantidas fixas em relação ao olho através de uma armação de óculos ou percepção háptica, fornecendo, assim, sempre uma ótima correção da visão. Entretanto, as lentes de contato tóricas podem tender a girar no olho, oferecendo assim, temporariamente, a correção da visão abaixo de ótimo. Consequentemente, as lentes de contato tóricas utilizadas atualmente também incluem um mecanismo para manter as lentes de contato relativamente estáveis nos olhos quando o usuário pisca ou olha ao redor. Para muitas aberrações de ordem mais alta, muitas das quais não são rotacionalmente simétricas, a estabilização de posição também é necessária para fornecer uma correção ótima da visão.
[0008] O uso de lentes de contato é problemático no sentido de que cada lente de contato do par deve ser mantida em uma orientação específica enquanto estiver nos olhos para ser eficaz. Quando a lente de contato é colocada primeiramente no olho, ela deve automaticamente se posicionar automaticamente, ou autoposicionar, e, então, manter esta posição ao longo do tempo. Entretanto, uma vez que a lente de contato estiver posicionada, ela tende a girar nos olhos devido à força exercida na lente de contato pelas pálpebras durante as pisca- das, bem como pelo movimento das pálpebras e do filme lacrimal.
[0009] A manutenção da orientação nos olhos de uma lente de contato é tipicamente realizada pela alteração das características mecânicas da lente de contato. Por exemplo, a estabilização do prisma, incluindo a descentralização ou inclinação da superfície frontal da lente de contato em relação à superfície posterior, o espessamento da periferia inferior da lente de contato, a formação de depressões ou elevações na superfície da lente de contato e o truncamento da borda da lente de contato são todos métodos que têm sido utilizados.
[0010] Adicionalmente, a estabilização estática têm sido usada, na qual a lente de contato é estabilizada mediante o uso de zonas espessas e delgadas, ou áreas nas quais a espessura da periferia da lente de contato é aumentada ou reduzida, conforme o caso. Tipicamente, as zonas espessas e delgadas estão localizadas na periferia da lente de contato com simetria ao redor dos eixos verticais e/ou horizontais. Por exemplo, cada uma das duas zonas espessas pode ser posicionada em qualquer lado da zona óptica e centralizada ao longo do eixo de 0 a 180 graus da lente de contato. Em outro exemplo, pode ser desenhada uma única zona espessa posicionada no fundo da lente de contato fornecendo um efeito de peso similar, como o da estabilização por prisma, mas também incorporando uma região de espessura que aumenta do topo até o fundo para assim utilizar a força da pálpebra superior para estabilizar a lente de contato. É importante notar que as literaturas técnicas mais antigas utilizam o termo estabilização dinâmica para o que se entende aqui por estabilização estática. Consequentemente, para os propósitos dessa invenção, a estabilização dinâmica e a estática podem ser usadas de forma intercambiável.
[0011] O desafio com relação às zonas de estabilização atualmente desenhadas ou utilizadas é uma troca entre a estabilidade e o conforto da lente de contato, mais as limitações físicas associadas à es- pessura aumentada. Com uma zona de estabilização dinâmica ou estática, o coeficiente angular da zona de estabilização é fixo na lente de contato. Alterações no design para aprimorar a velocidade rotacional, como aumentar o coeficiente angular da superfície da zona de estabilização, também aumentam a espessura da lente de contato e podem impactar o conforto de forma adversa. Adicionalmente, o design da lente de contato tem que realizar duas coisas, a saber, girar para a orientação adequada na inserção e manter aquela orientação durante o período de sua utilização. Designs convencionais exigem trocas no desempenho entre esses dois modos.
[0012] Quanto maior a quantidade de correção cilíndrica desenhada em uma lente de contato, mais sensível a lente é em relação a de-salinhamentos de eixo e estabilização rotacional no olho em termos de afetar adversamente a acuidade visual do usuário. Portanto, uma maior correção cilíndrica exige um mecanismo de estabilização robusto no design da lente. Tal mecanismo de estabilização, entretanto, pode ocasionar uma visibilidade aumentada para os pacientes, enquanto as pálpebras interagem com as características mecânicas de estabilização na lente. Para correções cilíndricas mais baixas, os designs de lente são menos sensíveis aos desalinhamentos de eixo e à estabilização rotacional, permitindo, assim, mais rotação da posição nominal para impacto similar em qualidade óptica comparada a correções cilíndricas mais altas.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0013] O sistema de acordo com a presente invenção supera as limitações da técnica anterior fornecendo um sistema de lentes de contato, sendo que cada lente tem um nível ou grau diferente de estabilização para uma aberração ocular não rotacionalmente simétrica. O sistema garante correção de visão e, ao mesmo tempo, também fornece conforto minimizando a percepção da lente.
[0014] De acordo com um aspecto, a presente invenção é direcionada a um sistema de lentes de contato que compreende ao menos duas lentes de contato, cada lente tendo uma correção visual para uma aberração de olho não rotacionalmente simétrica. Cada lente tem um nível ou grau diferente de estabilização que compreende um diferencial de espessura entre uma espessura de uma zona de estabilização e uma espessura de uma zona de não estabilização.
[0015] De acordo com outro aspecto, a presente invenção refere-se a um método para otimizar o conforto da lente para um paciente. Um sistema de ao menos duas lentes de contato é fornecido, cada lente tendo uma correção visual para uma aberração de olho não rotacionalmente simétrica. Cada lente tem um nível ou grau diferente de estabilização que compreende um diferencial de espessura entre uma espessura de uma zona de estabilização e uma espessura de uma zona de não estabilização. Uma lente é selecionada pelo sistema que fornece a correção visual exigida no menor diferencial de espessura adequado para essa correção.
[0016] O sistema da presente invenção fornece meios e um método simples, de baixo custo e eficazes para otimizar o conforto de um paciente necessitado de correção de visão variando o design de estabilização como uma função da correção de visão exigida.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0017] Os recursos e as vantagens mencionados anteriormente, assim como outros da presente invenção, ficarão evidentes a partir da descrição mais específica a seguir referente às modalidades preferenciais da invenção, conforme ilustrado nos designs anexos.
[0018] As Figuras 1A a 1C mostram esquematicamente um sistema de acordo com uma modalidade da presente invenção que compreende três lentes de contato diferentes que têm um design de estabilização para uma correção cilíndrica alta (1A), um design de estabili- zação para uma correção cilíndrica média (1 B) e um design de estabilização para uma correção cilíndrica baixa (1C).
[0019] As Figuras 2A a 2B mostram as medidas de um diferencial de espessura de acordo com uma modalidade da presente invenção para uma lente de contato circular que tem um design de estabilização (2A) e para uma lente de contato não circular que tem um design de estabilização (2B).
[0020] A Figura 3 é um gráfico de modelagem óptica que mostra, para um determinado nível de erro óptico residual, o ângulo de deslocamento como uma função de correção cilíndrica baixa, correção cilíndrica média e correção cilíndrica alta.
[0021] A Figura 4 é um gráfico clínico de dados que mostra a medida de instabilidade rotacional (ângulo de deslocamento) para três lentes de contato com designs de estabilização, as zonas de estabilização tendo espessuras correspondendo a 50%, 70% e 100% de um diferencial de espessura máximo, respectivamente.
[0022] A Figura 5 é um gráfico que mostra três relações matemáticas diferentes de espessura de um design de estabilização como uma função de correção cilíndrica.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0023] A presente invenção é direcionada a um sistema de lentes de contato, sendo que cada lente tendo um nível ou grau diferente de estabilização que corresponde a uma correção de visão para uma aberração de olho não rotacionalmente simétrica e a um método de otimizar o conforto de um paciente que necessita de correção de visão, variando o design de estabilização como uma função de uma correção óptica exigida. Para efeitos de simplicidade, uma modalidade direcionada às lentes de contato tóricas e correção cilíndrica astigmá-tica pode ser destacada abaixo; entretanto, entende-se que a presente invenção não é limitada e pode ser aplicada a outros tipos de lentes e correção de visão (por exemplo, aberrações de olho de alto grau, cera-tocone e similares).
[0024] Muitos tipos de lentes de contato tóricas comerciais têm um único design de estabilização para todos os graus de astigmatismo. Em contrapartida, de acordo com uma modalidade da presente invenção, esse sistema compreende um número de lentes de contato tóricas com graus variados de design de estabilização como uma função de correção cilíndrica astigmática, permitindo, assim, a otimização da correção e do conforto da visão astigmática (por exemplo, menor percepção da lente). A presente invenção também pode ser aplicada à correção de visão comum, em que um design de estabilização de lente é determinado exatamente pela quantidade de correção cilíndrica personalizada necessária no design óptico. I. Mecanismo e projeto de estabilização [0025] O sistema da presente invenção compreende lentes de contato que têm qualquer mecanismo de estabilização incluindo, mas não se limitando a, prisma de lastro, lastro periférico, zona fina, design da zona de estabilização palpebral, design da zona de estabilização gravitacional, design de estabilização acelerada, e similares.
[0026] De acordo com a presente invenção o sistema pode compreender qualquer número de lentes de contato, cada lente tendo um nível ou grau diferente de estabilização correspondendo a uma correção cilíndrica (por exemplo, correção cilíndrica astigmática). Por exemplo, um sistema pode incluir duas ou mais lentes: uma lente que tem um design de estabilização para uma correção cilíndrica baixa e uma lente que tem um design de estabilização para uma correção cilíndrica alta. Em uma modalidade específica, um sistema pode ter várias de tais lentes (por exemplo, correspondendo à correção cilíndrica baixa, média-baixa, média ou mediana, média-alta). O sistema pode incluir lentes de contato circular e/ou não circular.
[0027] As Figuras 1A a 1C mostram um sistema de acordo com uma modalidade da presente invenção que compreende três lentes. Cada lente tem um mecanismo de estabilização de zona fina, isto é, existe uma primeira zona de estabilização fora da região óptica que tem uma espessura aumentada em comparação com o resto das lentes em uma região nasal, e uma segunda zona de estabilização fora da região óptica que tem uma espessura aumentada em uma região temporal. A Figura 1A ilustra uma lente de contato que tem um design de estabilização para uma correção cilíndrica alta; a Figura 1B ilustra uma lente de contato que tem um design de estabilização para uma correção cilíndrica média; e a Figura 1C ilustra uma lente de contato que tem um design de estabilização para uma correção cilíndrica baixa. Como mostrado, a espessura do design de estabilização diminui da Figura 1A para a Figura 1C.
[0028] De acordo com a presente invenção, os designs de estabilização podem ser caracterizados por um diferencial de espessura (TD) calculado entre uma espessura de ao menos uma zona de estabilização e uma espessura de ao menos uma zona de não estabilização. O diferencial de espessura pode ser medido entre uma espessura máxima absoluta de uma lente e uma espessura mínima absoluta das lentes, independente da configuração específica e/ou colocação de uma zona de estabilização ou design de estabilização.
[0029] Em uma modalidade da presente invenção, um sistema pode compreender (1) uma primeira lente de contato que tem um primeiro grau de estabilização; e (2) uma segunda lente de contato que tem um segundo grau de estabilização, sendo que o segundo grau de estabilização corresponde a um diferencial de espessura maior que o da primeira lente de contato. O sistema pode compreender lentes de contato adicionais, por exemplo, uma terceira lente de contato que tem um terceiro grau de estabilização, sendo que o terceiro grau de estabiliza- ção corresponde a um diferencial de espessura maior que o da segunda lente de contato.
[0030] Em uma modalidade específica para uma lente circular que tem um design de estabilização de zona fina, conforme mostrado na Figura 2A, um diferencial de espessura (TD) pode ser calculado entre: 1) uma espessura periférica radial máxima (tmax) que corresponde a uma espessura de uma zona de estabilização, e 2) uma espessura periférica radial mínima (tmin) em um meridiano diferente na mesma distância (d) do eixo da lente que corresponde a uma zona não estabilizada (TD = tmax - tmin). Para uma lente rotacionalmente simétrica que não tem um design de estabilização, o diferencial de espessura é zero.
[0031] Em uma modalidade específica para uma lente não circular que tem um design de estabilização de zona fina, conforme mostrado na Figura 2B, a espessura periférica radial máxima (tmax) de uma zona de estabilização pode ser medida em uma distância dmax, o que corresponde a uma fração pmax de um diâmetro meridiano (D) (pmax = dmax/D). A espessura periférica radial mínima (tmin) é medida a uma distância dmin, que corresponde à mesma fração pmax de seu respectivo diâmetro meridiano (d) (pmax = dmin/d). II. Correção Cilíndrica e Medição da Instabilidade Rotacional [0032] Conforme notado, o sistema pode compreender qualquer número de lentes de contato, cada lente tendo um nível ou grau diferente de estabilização como uma função de uma correção visual (por exemplo, cilíndrica). De acordo com uma modalidade da presente invenção, uma correção visual astigmática pode ser definida pelas seguintes faixas de cilindros: 1. Uma correção cilíndrica baixa (Cil Baixa) tem uma correção cilíndrica de |DC| < 1,00 dioptria (D); 2. Uma correção cilíndrica média (Cil Média) tem uma cor- reção cilíndrica de dioptria de 1,00D < |DC| < 1,50D; e 3. Uma correção cilíndrica alta (Cil Alta) tem uma correção cilíndrica de dioptria de 1,50D < |DC|.
[0033] Fica claro que outras faixas de correção cilíndrica podem ser utilizadas, se desejado (por exemplo, correção cilíndrica baixa, média-baixa, média ou mediana, média-alta ou alta ou qualquer combinação das mesmas).
[0034] A Figura 3 é um gráfico de modelagem óptica que mostra o ângulo de deslocamento como uma função da correção cilíndrica para correções cilíndricas baixas, médias e altas e para vários erros cilíndricos residuais exemplificadores (isto é, 0,25D, 0,50D e 0,75D). Erro cilíndrico residual é o erro refrativo astigmático resultante no sistema ocular quando uma determinada lente gira indevidamente em um olho. As três curvas foram obtidas por meio de uma modelagem óptica computacional. Um gráfico similar pode ser obtido com base em uma correção astigmática específica ou em outras correções visuais e/ou para graus de erros cilíndricos divergentes.
[0035] Conforme mostrado, para uma lente que tem uma correção cilíndrica baixa (Cil Baixa), os ângulos de deslocamento para os erros cilíndricos residuais são muito maiores que os ângulos para uma correção cilíndrica média (Cil Méd) e para uma correção cilíndrica alta (Cil Alta). De modo semelhante, para lentes que têm uma correção cilíndrica alta (Cil Alta), ângulos de deslocamento muito menores resultam nos mesmos erros cilíndricos residuais. Em outras palavras, quanto maior a correção cilíndrica, maior o erro óptico devido ao deslocamento da lente.
[0036] Por exemplo, a curva de erro cilíndrico residual 0,50D tem ângulo de deslocamento de 15°, 8o e 5o corresponden do a aproximadamente 1 linha de redução de acuidade visual (AV) (alto contras-te/alta distância de luminosidade AV) para a correção cilíndrica baixa, para a correção cilíndrica média e para a correção cilíndrica alta, respectivamente. Dessa forma, o gráfico demonstra que lentes de contato com uma correção cilíndrica baixa são muito menos sensíveis a desa-linhamentos de eixo e instabilidade rotacional que as lentes com correções cilíndricas mais altas. III. Instabilidade Rotacional de Lentes com Variações de Desiqn de Estabilização [0037] O ângulo de deslocamento de uma lente pode ser medido em uma série de momentos específicos durante o uso normal. O des-vio-padrão, a distância interquartílica (IQR), ou algum outro parâmetro variante de tais medições de ângulo de deslocamento, pode ser usada para caracterizar a instabilidade rotacional das lentes ao longo do tempo.
[0038] A Figura 4 é um gráfico que mostra dados de medições clínicas in vivo de instabilidade rotacional para três designs de lente, como os ilustrados nas Figuras 1A a 1C, cada um tendo um grau diferente de estabilização (mas sem qualquer correção cilíndrica). Os designs de estabilização correspondem a um diferencial de espessura máximo em uma zona de estabilização para uma correção cilíndrica alta (isto é, 100%) e para lentes que têm uma porcentagem selecionada de um diferencial de espessura máximo (isto é, 50%, 70%). Em modalidades específicas, a espessura de uma zona de estabilização pode ser de 30% a 95%, como 50% a 80%, de um diferencial de espessura máximo. Em modalidades específicas, o diferencial de espessura máximo pode estar numa faixa de 0,1 mm a 0,5 mm, por exemplo, de 0,15 mm a 0,4 mm.
[0039] Foram tomadas as medições clínicas de ângulo de deslocamento de 5 pacientes depois dos movimentos dos olhos em versões forçadas em 9 direções diferentes do olhar. Conforme mostrado, a distância interquartílica (caixa IQR) indica a 75a porcentagem de valores de instabilidade rotacional de aproximadamente 10°, 8o e 6o para os 50%, 70% e 100% dos designs de estabilização, respectivamente. A linha contínua na distância interquartílica é a medição do valor mediano. Níveis decrescentes de diferencial de espessura resultaram em aumento na instabilidade rotacional.
[0040] Os dados de instabilidade rotacional para diferentes espessuras diferenciais (como ilustrado na Figura 4) podem ser comparados com os dados de instabilidade rotacional para diferentes correções cilíndricas (conforme ilustrado na Figura 3). Essa comparação estabelece que lentes de contato com designs de estabilização de acordo com a Figura 4 podem atender às necessidades de visão de uma população com menos de ou igual a uma correção cilíndrica astigmática de 2.75D porque a 75a porcentagem de valores de instabilidade rotacional (aproximadamente 10°, 8o e 6a) da Figura 4 é menor que ou substancialmente comparável à da Figura 3 para 0,50 dioptria de erro cilíndrico residual (15°, 8o, e 5°).
[0041] De acordo com a presente invenção, o sistema da Figura 4 vantajosamente inclui lentes de contato que têm não somente um diferencial de espessura máximo (100%), mas também outros designs de estabilização (50%, 70% de diferencial de espessura máximo) que fornecem menos percepção da lente e, portanto, maior conforto para um paciente que o diferencial de espessura máximo, enquanto que ao mesmo tempo fornece a correção de visão exigida para faixas de cilindro baixas e médias.
[0042] Para um sistema de lentes de acordo com a presente invenção, o diferencial de espessura pode ser modelado como uma função da correção cilíndrica, como ilustrado no gráfico da Figura 5. Conforme mostrado, o diferencial de espessura pode ter uma relação de aumento monotonicamente linear, particionada, escalonada ou poli-nominal para a correção cilíndrica.
[0043] A presente invenção também é direcionada a métodos para otimizar o conforto das lentes para um paciente com a necessidade de uma correção óptica. Um sistema de ao menos duas lentes de contato é fornecido como discutido acima, em que cada lente tem um grau diferente de estabilização correspondendo a uma correção óptica para uma aberração de olho não rotacionalmente simétrica. Cada lente tem um diferencial de espessura selecionado calculado entre uma espessura máxima de uma zona de estabilização e uma espessura mínima de uma zona de não estabilização. Uma lente é selecionada do sistema que fornece a correção óptica exigida pelo paciente no menor diferencial de espessura adequado para essa correção. Dessa forma, a lente selecionada pode ter um diferencial de espessura menor (e um grau mais alto de instabilidade rotacional) que uma lente que tem um diferencial de espessura máximo.
[0044] As lentes de contato atualmente disponíveis continuam sendo um meio de baixo custo para a correção da visão. As lentes de plástico fino se ajustam sobre a córnea do olho para corrigir defeitos de visão, inclusive miopia ou hipometropia, hipermetropia ou hiperopia, astigmatismo, isto é, asfericidade na córnea e presbiopia, isto é, a perda da capacidade de a lente do cristalino se acomodar. As lentes de contato estão disponíveis em uma variedade de formas e são produzidas a partir de uma variedade de materiais para fornecer diferentes funcionalidades.
[0045] As lentes de contato gelatinosas de uso diário são tipicamente produzidas a partir de materiais de polímero macio combinados com água para permeabilidade ao oxigênio. As lentes de contato gelatinosas de uso diário podem ser descartadas diariamente ou descartadas após o uso prolongado. As lentes de contato descartáveis diariamente são geralmente usadas por um único dia e, então, jogadas fora, enquanto as lentes de contato descartáveis de uso prolongado são geralmente usadas durante um período de até trinta dias. As lentes de contato gelatinosas coloridas usam materiais diferentes para fornecer funcionalidade diferente. Por exemplo, uma lente de contato com tonalidade de visibilidade usa uma tonalidade leve para ajudar o usuário a localizar uma lente de contato que foi deixada cair, as lentes de contato com tonalidade de intensificação apresentam uma tonalidade translúcida que se destina a melhorar a cor natural do olho de uma pessoa, a lente de contato com tonalidade de cor compreende uma tonalidade mais escura e opaca destinada a mudar a cor do olho de uma pessoa, e a lente de contato com tonalidade para filtração de luz funciona para acentuar determinadas cores enquanto suaviza outras. As lentes de contato rígidas permeáveis a gás são produzidas a partir de polímeros que contêm siloxano, mas são mais rígidas que as lentes de contato gelatinosas e, assim, mantêm seu formato e são mais duráveis. As lentes de contato bifocais são projetadas especificamente para pacientes com presbiopia e estão disponíveis tanto na variedade gelatinosa quanto na rígida. As lentes de contato tóricas são projetadas especificamente para pacientes com astigmatismo e também estão disponíveis em ambas as variedades gelatinosa e rígida. As lentes de combinação que combinam diferentes aspectos do exposto acima também estão disponíveis, por exemplo, as lentes de contato híbridas.
[0046] Os designs de lente da presente invenção podem ser utilizados em qualquer uma das lentes de contato aqui descritas, incluindo lentes de contato gelatinosas de uso diário, lentes de contato rígidas permeáveis a gás, lentes de contato bifocais e lentes de contato híbridas.
[0047] Embora se acredite que o que é mostrado e descrito sejam as modalidades mais práticas e preferenciais, fica evidente que as dis-crepâncias de designs e métodos específicos descritos e mostrados serão sugeridas pelos próprios versados na técnica e podem ser usa- das sem se afastar do espírito e do escopo da invenção. A presente invenção não se restringe às construções específicas descritas e ilustradas, mas deve ser interpretada de modo coeso com todas as modificações que possam se enquadrar no escopo das reivindicações.
REIVINDICAÇÕES

Claims (22)

1. Sistema de lentes de contato, caracterizado pelo fato de que compreende: ao menos duas lentes de contato, cada lente tendo uma correção visual para uma aberração de olho não rotacionalmente simétrica, sendo que cada lente tem um nível ou grau diferente de uma estabilização que compreende um diferencial de espessura entre uma espessura de uma zona de estabilização e uma espessura de uma zona de não estabilização.
2. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que cada lente tem um mecanismo de estabilização selecionado do grupo que consiste em prisma de lastro, lastro periférico, zona fina, design da zona de estabilização palpebral, design de estabilização gravitacional e design de estabilização acelerada.
3. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ao menos duas lentes de contato compreendem lentes circulares.
4. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ao menos duas lentes de contato compreendem lentes não circulares.
5. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende ao menos duas lentes de contato tóricas, cada lente tendo um diferencial de espessura diferente que corresponde a uma correção cilíndrica astigmática diferente.
6. Sistema, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que compreende uma pluralidade de lentes de contato tóricas.
7. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o diferencial de espessura compreende um diferencial de espessura máximo na faixa de 0,1 mm a 0,5 mm.
8. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o diferencial de espessura é de cerca de 30% a cerca de 95% de um diferencial de espessura máximo.
9. Sistema, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o diferencial de espessura é de cerca de 50% a cerca de 80% de um diferencial de espessura máximo.
10. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende: uma primeira lente de contato que tem um primeiro grau de estabilização; e uma segunda lente de contato que tem um segundo grau de estabilização, sendo que o segundo grau de estabilização corresponde a um diferencial de espessura maior que o da primeira lente de contato.
11. Sistema, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que compreende adicionalmente uma terceira lente de contato que tem um terceiro grau de estabilização, sendo que o terceiro grau de estabilização corresponde a um diferencial de espessura maior que o da segunda lente de contato.
12. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que compreende: uma primeira lente de contato que tem um primeiro grau de estabilização para uma primeira correção cilíndrica; uma segunda lente de contato que tem um segundo grau de estabilização para uma segunda correção cilíndrica, sendo que o segundo grau de estabilização corresponde a um diferencial de espessura maior que o da primeira lente de contato; e uma terceira lente de contato que tem um terceiro grau de estabilização para uma terceira correção cilíndrica, sendo que o tercei- ro grau de estabilização corresponde a um diferencial de espessura maior que o da segunda lente de contato.
13. Sistema, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que: a primeira correção cilíndrica compreende um cilindro de dioptro astigmático |DC| < 1,00 dioptria (D); a segunda correção cilíndrica compreende um cilindro de dioptro astigmático de 1,00D < |DC| < 1.50D; e a terceira correção cilíndrica compreende um cilindro de dioptro astigmático de 1,50D < |DC|.
14. Sistema, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o diferencial de espessura de ao menos duas lentes tem uma relação de aumento monotônico com uma correção cilíndrica para uma correção visual.
15. Sistema, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o diferencial de espessura das ao menos duas lentes tem uma relação linear com uma correção cilíndrica.
16. Sistema, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o diferencial de espessura das ao menos duas lentes tem uma relação polinomial com uma correção cilíndrica.
17. Sistema, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o diferencial de espessura das ao menos duas lentes tem uma relação particionada com uma correção cilíndrica.
18. Método para otimizar o conforto da lente para um paciente, caracterizado por compreender: fornecer um sistema de ao menos duas lentes de contato, cada lente tendo uma correção visual para uma aberração de olho não rotacionalmente simétrica, em que cada lente tem um nível ou grau diferente de estabilização que compreende um diferencial de espessura entre uma espessura de uma zona de estabilização e uma espessura de uma zona de não estabilização; e selecionar uma lente a partir de um sistema que fornece a correção visual exigida no menor diferencial de espessura.
19. Método, de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que cada lente tem um mecanismo de estabilização selecionado do grupo que consiste em prisma de lastro, lastro periférico, zona fina, design da zona de estabilização palpebral, design de estabilização gravitacional e design de estabilização acelerada.
20. Método, de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que o dito sistema compreende ao menos duas lentes de contato tóricas, cada lente tendo um diferencial de espessura diferente que corresponde a uma correção cilíndrica astigmática diferente.
21. Método, de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que o diferencial de espessura compreende um diferencial de espessura máximo na faixa de 0,1 mm a 0,5 mm.
22. Método, de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que o diferencial de espessura é de cerca de 30% a cerca de 95% de um diferencial de espessura máximo.
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