BR102013007337A2 - Rigidez aumentada no centro óptico em lentes de contato suaves para correção de astigmatismo - Google Patents

Rigidez aumentada no centro óptico em lentes de contato suaves para correção de astigmatismo Download PDF

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Abstract

Rigidez aumentada no centro óptico em lentes de contato suaves para correção de astigmatismo. A presente invenção refere-se a uma lente de contato moldada compreendendo uma zona óptica mais rígida em relação à zona periférica da lente de contato que fornece um elemento óptico para corrigir astigmatismo sem a necessidade ou substancialmente minimizando a necessidade de correção de desalinhamento rotacional. A zona óptica com módulo elástico mais alto arqueia sobre a córnes, permitindo assim que uma lente lacrimal se forme. A lente lacrimal segue ou assume o formato da superfície posterior da lente de contato. A combinação da lente lacrimal e da zona ópticafornece um elemento óptico para correção de erro refrativo.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "RIGIDEZ AUMENTADA NO CENTRO ÓPTICO EM LENTES DE CONTATO SUAVES PARA CORREÇÃO DE ASTIGMATISMO".
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO 1. Campo da Invenção A presente invenção refere-se a lentes de contato que têm uma rigidez maior na zona óptica central em relação à zona periférica, e mais particularmente a lentes de contato suaves que incorporam um módulo maior de material de hidrogel na zona óptica central em relação à zona periférica, para correção de erros refrativos de astigmatismo, bem como possíveis aberrações de ordem maior criadas pela geometria da córnea. O módulo maior de material de hidrogel cria uma zona óptica central mais rígida em relação à zona periférica das lentes de contato. Outros meios e métodos podem também ser utilizados para criar zonas ópticas centrais mais rígidas. 2. Discussão da Técnica Relacionada Miopia ou visão curta é um defeito óptico ou refrativo do olho em que os raios de luz de uma imagem focam para um ponto antes que eles alcancem a retina. A miopia geralmente ocorre porque o globo ocular ou globo é muito longo, ou o formato ou contorno da córnea são muito íngremes. Uma lente esférica de potência negativa pode ser utilizada para corrigir miopia. Hipermetropia ou visão à distância é um defeito óptico ou refrativo do olho em que os raios de luz de uma imagem focam para um ponto depois que alcançaram a retina ou atrás da mesma. A hipermetropia geralmente ocorre porque o globo ocular ou globo é muito curto, ou o formato ou o contorno da córnea é muito plano. Uma lente esférica de potência positiva pode ser utilizada para corrigir hipermetropia. O astigmatismo é um defeito óptico ou refrativo do olho em que a visão do indivíduo é embaçada devido à incapacidade do olho para focar um ponto objeto em uma imagem focada na retina. Diferente da miopia e/ou da hipermetropia, o astigmatismo não está relacionado ao tamanho do globo ou inclinação da córnea, mas é especialmente causado por uma córnea não rotacionalmente simétrica ou pelo desa-linhamento ou posicionamento das lentes do cristalino. A vasta maioria dos astigmatismos ocorre devido à curva não rotacionalmente simétrica da córnea. Uma córnea perfeita é rotacionalmente simétrica, enquanto que na maioria dos indivíduos com astigmatismo a córnea não é rotacionalmente simétrica. Em outras palavras, a córnea é realmente mais curva ou mais íngreme em uma direção do que em outra, assim fazendo com que uma imagem seja estendida ao invés de focalizada para um ponto. Lentes cilíndricas ou lentes de contato tóricas, ao contrário de lentes esféricas podem ser usadas para solucionar o astigmatismo. O astigmatismo da córnea pode ser corrigido com o uso de lentes de contato permeáveis a gás, duras ou rígidas. Nesse caso, uma lente de fluido ou lacrimal pode existir entre a superfície posterior da lente de contato rígida e a córnea. Essa lente de fluido ou lacrimal segue ou assume o formato da superfície posterior da lente de contato. Visto que o índice de retração da lente de fluido ou lacrimal é quase uma correspondência para a córnea, a toricidade da córnea é opticamente neutralizada ou reduzida. Nesses casos, não será necessário uma lente tórica. Entretanto, lentes de contato rígidas permeáveis a gás e lentes de contato duras são em geral menos confortáveis que lentes de contato suaves ou de hidrogel. Visto que lentes de contato suaves ou de hidrogel envolvem a córnea, uma lente de fluido em geral não é encontrada e o fluido lacrimal se parece mais com um filme fino. Nesse caso, é necessário um design de lente tórica.
Uma lente tórica é um elemento óptico que tem duas forças diferentes em duas orientações que são perpendiculares uma à outra. Essencialmente, uma lente tórica tem uma força esférica para corrigir miopia ou hi-permetropia e uma força cilíndrica para corrigir astigmatismo, construído em uma única lente. Essa forças são criadas com curvas em diferentes ângulos que são preferencialmente mantidos em relação ao olho. Lentes tóricas podem ser utilizadas em óculos, lentes intraoculares e lentes de contato. As lentes tóricas usadas em óculos e lentes intraoculares são mantidas fixas em relação ao olho, assim fornecendo sempre ótima correção da visão. Entretanto, lentes de contato tóricas podem tender a girar no olho, assim fornecendo temporariamente correção da visão abaixo de ótimo. Consequente- mente, lentes de contato tóricas utilizadas também incluem um mecanismo para manter a lente de contato relativamente estável no olho quando o usuário pisca ou olha ao redor. Para muitas aberrações de ordem mais alta, muitas dessas não são rotacionalmente simétricas, a estabilidade de posição também é necessária para fornecer correção ótima da visão.
Quando uma lente de contato tórica é colocada no olho pela primeira vez, esta precisa se posicionar automaticamente ou autoposicionar e então manter essa posição ao longo do tempo. Entretanto, uma vez que a lente de contato é posicionada, tende a girar no olho devido à força exercida na lente de contato pelas pálpebras durante o piscar, bem como pelas pálpebras e o movimento do fluido lacrimal. A manutenção da orientação no olho de uma lente de contato tórica é geralmente acompanhada pela alteração das características mecânicas da lente de contato tórica. Por exemplo, a estabilização do prisma, incluindo a descentralização da superfície anterior da lente de contato em relação à superfície posterior, espessamento da periferia inferior da lente de contato, formação de depressões ou elevações na superfície da lente de contato, e truncamento da borda da lente de contato são todos métodos que foram utilizados.
Cada uma das técnicas de estabilização tradicional têm vantagens e desvantagens associadas a isso. A principal vantagem desses tipos de designs é que eles dependem da interação das pálpebras e do diferencial de espessura da lente de contato para orientar a lente de contato para a localização correta no olho do usuário. O problema é particularmente agudo com lentes de contato tóricas de mais força concebidas para hipermetropia.
Consequentemente, seria vantajoso projetar lentes de contato, incluindo lentes de contato tóricas, que corrigem astigmatismo bem como possíveis aberrações de ordem mais alta, causadas pela geometria da córnea com menos dependência na orientação específica do olho e, portanto, menos ou nenhum meio de estabilização.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO O design de lentes de contato com maior rigidez de centro óptico da presente invenção supera inúmeras desvantagens associadas à orienta- ção e manutenção da orientação de lentes de contato tóricas no olho do u-suário, ao mesmo tempo fornecendo correção da acuidade visual. A lente de contato com maior rigidez de centro óptico pode ser atingida de várias formas, incluindo a adição de um material na zona óptica central que tem um módulo da elasticidade mais alto que o material circundante. A fim de manter sua posição na região óptica central, o material de módulo maior é de preferência imiscível ou pouco miscível com o material circundante.
De acordo com um aspecto, a presente invenção é direcionada a um dispositivo oftálmico. O dispositivo oftálmico que compreende uma lente de contato que tem uma zona óptica central e uma zona periférica circundante à zona óptica central, a lente de contato sendo formada a partir de um primeiro material que tem um primeiro módulo de elasticidade, e um segundo material incorporado na zona óptica central da lente de contato, o segundo material alterando o primeiro módulo de elasticidade na zona óptica central para um segundo módulo de elasticidade, sendo que o segundo módulo de elasticidade é maior que o primeiro módulo de elasticidade e o primeiro e o segundo materiais são substancialmente imiscíveis.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é direcionada a um método de produção de um dispositivo oftálmico. O método que compreende dosar um primeiro material que tem um primeiro módulo de elasticidade em uma porção central de um molde de curva anterior da lente de contato, dosar um segundo material que tem um segundo módulo de e-lasticidade no molde de curva anterior da lente de contato na parte superior do primeiro material, sendo que o segundo módulo de elasticidade é maior que o primeiro módulo de elasticidade, e sendo que o primeiro e o segundo materiais são substancialmente imiscíveis, e posicionar o molde de curva posterior da lente de contato no segundo material.
De acordo com outro aspecto, a presente invenção é direcionada a uma lente de contato. A lente de contato que compreende uma zona óptica sendo formada a partir de um material que tem um primeiro módulo de elasticidade, e uma zona periférica sendo formada a partir de um material que tem um segundo módulo de elasticidade, sendo que o primeiro módulo de elasticidade é maior que o segundo módulo de elasticidade.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é direcionada a uma lente de contato. A lente de contato que compreende uma zona óptica que tem uma primeira rigidez, e uma zona periférica que tem uma segunda rigidez, a primeira rigidez sendo maior que a segunda rigidez.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é direcionada a um método de produção de um dispositivo oftálmico. O método que compreende dosar um material de grau óptico de um molde de curva anterior da lente de contato, posicionar um molde de curva posterior da lente de contato no material de grau óptico e selar o molde de curva anterior da lente de contato à curva posterior da lente de contato para formar um molde da lente de contato, e seletivamente curar o material de grau óptico no molde da lente de contato mediante variação da intensidade da luz de cura através do molde da lente de contato, de modo que uma porção central da lente de contato esteja mais rígida que uma porção periférica da lente de contato.
De acordo com ainda outro aspecto, a presente invenção é direcionada a um método para a produção de um dispositivo oftálmico. O método que compreende introduzir um primeiro inibidor de reação em uma superfície de um molde de curva anterior da lente de contato, dosar um material de grau óptico do molde de curva anterior da lente de contato, introduzir um segundo inibidor de reação em uma superfície de um molde de curva posterior da lente de contato, posicionar o molde de curva posterior da lente de contato sobre o material de grau óptico e selar o molde de curva anterior da lente de contato à curva posterior da lente de contato para formar um molde da lente de contato, sendo que o primeiro e o segundo inibidores de reação diferem em pelo menos um dentre composição e concentração, e curar o material de grau óptico no molde da lente de contato, criando um perfil de tensão predeterminado através da lente de contato resultante.
Ao longo de todo relatório descritivo, o termo rigidez deve ser entendido como sendo uma função do módulo elástico do material, a espessura do material, o formato do material, e qualquer tensão ou estresse construído no material. Consequentemente, para um dado formato e uma dada espessura, um material com um módulo da elasticidade mais alto será mais rígido que um módulo da elasticidade inferior. A presente invenção é direcionada a uma lente de contato que tem uma rigidez aumentada na zona óptica. Essa rigidez de zona óptica aumentada pode ser alcançada de várias formas, incluindo o uso de um mo-nômero com um módulo de elasticidade maior que o do material principal que forma a lente de contato na zona óptica, utilizando um aditivo adequado para aumentar o módulo de elasticidade na zona óptica, pela fabricação da lente de contato com processos específicos como variação de intensidade de luz de cura através da lente, causando assim um aumento na rigidez do centro da lente, ou pré-tensionando a lente de contato para criar resistência à deformação quando colocada no olho. Por ter uma zona óptica mais rígida, a zona óptica fica arqueada ou não se adapta à geometria astigmática da córnea, enquanto a porção restante da lente de contato se adapta ou não fica arqueada. Este arqueamento ou falta de conformação permite que uma lágrima ou lente de fluido se forme entre a córnea e a zona óptica. Essa lágrima ou lente de fluido segue ou assume o formato da superfície posterior da lente de contato, que é rotacionalmente simétrica ou contém correção cilíndrica menor do que o astigmatismo da córnea. Visto que as as lágrimas têm substancialmente índices de refração iguais aos da córnea, a combinação de lente de fluido e lente de contato forma uma superfície ou elemento óptico que corrige toda ou uma porção da deficiência visual ou erro refrativo causado pela geometria da córnea. Em outras palavras, visto que o índice de refração da lente de fluido ou lacrimal é quase compatível à córnea, a toricidade da córnea é opticamente neutralizada ou reduzida quando combinada com a óptica da lente de contato. A lente de contato da presente invenção pode ser fabricada com o uso de qualquer processo sem um aumento significativo no custo ou complexidade. Esse design pode ser implementado em qualquer número ou tipo de lente de contato suave. Em uma modalidade exemplificadora, o processo de fabricação simplesmente envolve a adição de um material ao molde na região óptica central que tem um módulo elástico maior que aquele do mate- riaí restante que forma a lente de contato e que é imiscível ou pouco miscível ao material restante que forma a lente de contato, de modo que este permanece fixo na região central. Em outras modalidades exemplificadoras, a rigidez aumentada da zona óptica central é produzida mediante a variação da intensidade da luz de cura através da lente de contato e pré-tensionamento da lente de contato para criar resistência à deformação.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
As características e vantagens mencionadas anteriormente bem como outras da presente invenção serão aparentes a partir da descrição mais particular a seguir de modalidades preferenciais da invenção, conforme ilustrado nos desenhos anexados. A Figura 1 é uma vista planar de uma lente de contato de acordo com a presente invenção.
A Figura 2 é uma representação esquemática das etapas para fabricação de uma lente de contato de acordo com a presente invenção. DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFERENCIAIS
As lentes de contato ou contatos são simplesmente lentes colocadas sobre os olhos. As lentes de contato são consideradas como dispositivos médicos e podem ser usadas para corrigir a visão e/ou por razões cosméticas ou outras razões terapêuticas. As lentes de contato têm sido utilizadas comercialmente para aprimorar a visão desde a década de 1950. As lentes de contato antigas eram produzidas ou fabricadas a partir de materiais rígidos e eram relativamente dispendiosas e frágeis. Ademais, essas lentes de contato antigas eram fabricadas a partir de materiais que não permitiam a transmissão de oxigênio o suficiente através das lentes de contato para a conjuntiva e córnea que poderíam causar, potencialmente, vários efeitos clínicos adversos. Embora essas lentes de contato ainda sejam utilizadas, elas não são adequadas para todos os pacientes devido a seu conforto inicial insatisfatório. Os desenvolvimentos posteriores no campo promoveram o surgimento de lentes de contato suaves, baseadas em hidrogéis, que são extremamente populares e amplamente utilizadas atualmente. Especificamente, as lentes de contato de hidrogel e silicone que estão disponíveis hoje combinam o benefício do silicone, que tem permeabilidade ao oxigênio extremamente alta, e o conforto comprovado e desempenho clínico dos hidro-géis. Essencialmente, essas lentes de contato à base de hidrogel e silicone têm permeabilidades mais altas ao oxigênio e são, em geral, mais confortáveis para se usar do que as lentes de contato produzidas a partir dos materiais rígidos anteriores. Entretanto, essas novas lentes de contato não são totalmente desprovidas de limitações.
As lentes de contato atualmente disponíveis permanecem um meio de baixo custo para correção da visão. As lentes de plástico fino se ajustam sobre a córnea do olho para corrigir defeitos de visão, incluindo miopia ou visão curta, hiperopia ou presbiopia, astigmatismo, isto é, asfericida-de na córnea, e presbiopia, isto é, a perda da capacidade da lente do cristalino para se acomodar. As lentes de contato estão disponíveis em uma variedade de formas e são produzidas, a partir de uma variedade de materiais, para fornecer funcionalidade diferente. As lentes de contato suaves de uso diário são produzidas, tipicamente, a partir de materiais plásticos de polímero macio combinados com água para permeabilidade ao oxigênio. As lentes de contato suaves de uso diário podem ser descartadas diariamente ou descartadas após uso prolongado. As lentes de contato descartáveis diariamente são geralmente usadas por um único dia e, então, jogadas fora, enquanto as lentes de contato descartáveis de uso prolongado são geralmente usadas durante um período de até trinta dias. As lentes de contato suaves coloridas usam materiais diferentes para fornecer funcionalidade diferente. Por exemplo, uma lente de contato com tonalidade de visibilidade usa uma tonalidade leve para ajudar ao usuário a localizar uma lente de contato que foi deixada cair, lentes de contato com tonalidade de intensificação possuem uma tonalidade translúcida que se destina a melhorar a cor natural do olho de uma pessoa, a lente de contato com tonalidade de cor compreende uma tonalidade mais escura e opaca destinada a mudar a cor do olho de uma pessoa e a lente de contato com tonalidade para filtração de luz funciona para aumentar certas cores enquanto muda outras. Lentes de contato rígidas permeáveis a gás são produzidas a partir de polímeros de silicone, mas são mais rígidas do que lentes de contato suaves, não contêm água, e dessa forma mantêm seu formato e são mais duráveis, mas em geral menos confortáveis. As lentes de contato bifocais são projetadas especificamente para pacientes com presbiopia e estão disponíveis em ambas as variedades suave e rígida. As lentes de contato tóricas são projetadas especificamente para pacientes com astigmatismo e, também, estão disponíveis em ambas as variedades suave e rígida. Lentes de combinação que combinam diferentes aspectos das mencionadas acima, também, estão disponíveis, por exemplo, lentes de contato híbridas.
Para os propósitos da presente invenção, a lente de contato é definida por pelo menos duas regiões distintas. A região interna ou zona óptica a partir da qual a correção é obtida e a zona periférica externa da lente de contato que fornece estabilidade mecânica da lente de contato no olho. Em alguns casos, uma zona intermediária opcional ou região localizada entre a zona óptica interna e a zona periférica externa pode ser usada para misturar as duas zonas supracitadas de uma maneira suave, de modo que descontinuidades não ocorram. A lente de contato é também definida por uma superfície anterior ou superfície de força, uma curva posterior ou curva base e uma borda. A região interna ou a zona óptica fornece correção da visão e é projetada para uma necessidade específica, como correção de miopia de visão única ou hipermetropia, correção de visão de astigmatismo, correção de visão bifocal, correção de visão multifocal, correção personalizada ou qualquer outro design que possa fornecer correção de visão. A periferia externa ou zona periférica fornece características mecânicas que influenciam no posicionamento e estabilidade da lente de contato no olho incluindo, centralização e orientação. A estabilidade da orientação é fundamental quando a zona óptica inclui características simétricas não rotacionais, como correção de astigmatismo e/ou correções de aberrações de ordem mais alta. A região ou zona intermediária opcional garante que a zona óptica e a zona periférica sejam misturadas suavemente. É importante notar que tanto a zona óptica como a zona periférica podem ser projetadas independentemente, embora algumas vezes seus designs estejam fortemente relacionados quando necessidades específicas são necessárias. Por exemplo, o design de uma lente tórica com uma zona óptica astigmática pode necessitar de uma zona periférica específica para manutenção da lente de contato em uma orientação predeterminada no olho.
As lentes de contato tóricas têm designs diferentes das lentes de contato esféricas. A porção de zona óptica das lentes de contato tóricas tem duas forças, esférica e cilíndrica, criadas com curvaturas geralmente em ângulos retos em relação à outra. As forças são necessárias para manter a posição no ângulo específico, eixo do cilindro nos olhos para fornecer a correção necessária da visão astigmática. A zona periférica mecânica ou externa das lentes de contato tóricas compreende tipicamente um meio de estabilização para girar apropriadamente e orientar o eixo cilíndrico ou astigmático na posição, ao mesmo tempo sendo usada no olho. Girar a lente de contato para sua posição apropriada quando a lente de contato se move, ou quando a lente de contato é inserida, é importante na produção de uma lente de contato tórica.
Referindo-se agora à Figura 1, há ilustrada uma vista planar de um design ou uma construção de uma lente de contato exemplificadora de acordo com a presente invenção. A lente de contato 100 compreende uma zona óptica 102 e uma zona periférica 104 circundante à zona óptica 102. Essa disposição ou configuração é um design padrão de lente de contato. De acordo com a presente invenção; entretanto, a zona óptica 102 é modificada, conforme detalhado subsequentemente, para ser mais rígida que a região circundante; Isto é, a zona periférica 104. A zona óptica 102 pode ser fabricada mais rígida do que a zona periférica 104 através de inúmeros métodos e meios, conforme será discutido subsequentemente. Em uma modalidade exemplificadora, a zona óptica mais rígida 102 pode ser alcançada com o uso de um material com um módulo de elasticidade maior ou módulo elástico mais alto na zona óptica 102 do que o material na zona periférica 104. Além do módulo elástico mais alto, o material na zona óptica 102 é, de preferência, imiscível ou pouco miscível com aquele do material circundante que permanece fixo na posição. Um material com um módulo elástico mais alto é mais rígido do que um material com um módulo elástico inferior. A dureza de um componente, elemento e/ou parte determina quando irá defletir mediante uma determinada carga. Quanto mais rígido é um material, maior a carga necessária para deformá-lo elasticamente; entretanto, é importante notar que a rigidez de um elemento também é uma função da espessura do material, bem como do formato do elemento. Consequentemente, para um determinado formato e espessura, quanto maior o módulo da elasticidade, maior a rigidez. Com esse tipo de design, a correção astigmática pode ser alcançada através de um aumento na rigidez da lente de contato para uma zona óptica rotacionalmente ou não rotacionalmente simétrica, a fim de neutralizar ou reduzir opticamente o efeito do astigmatismo da córnea, fazendo com que a zona óptica central ou zona óptica 102 da lente de contato 100 arqueie sobre a geometria astigmática da córnea. Em outras palavras, a zo na óptica 102 arqueia sobre, ou não se adapta à geometria astigmática da córnea, enquanto a zona periférica 104 permanece em contato com o olho, de modo que uma lente de fluido lacrimal mais espesso se forma entre a córnea e a zona óptica 102. Visto que as as lágrimas têm substancialmente índices de retração iguais aos da córnea, a combinação de lente de fluido lacrimal e a lente de contato forma uma superfície ou elemento óptico que corrige toda ou uma porção da deficiência visual ou erro refrativo causado pela geometria da córnea. Em outras palavras, visto que o índice de retração da lente de fluido ou lacrimal é quase correspondente à córnea; a toricidade da córnea é opticamente neutralizada ou reduzida quando combinada com a óptica da lente de contato. Uma vantagem da presente invenção é que na redução ou eliminação, a necessidade para a lente de contato conter correção óptica simétrica, as características de estabilização podem ser reduzidas em tamanho ou eliminadas, fornecendo assim uma lente mais confortável.
Com base na rigidez específica alcançada através desse conceito e da flexão da zona óptica da lente de contato de hidrogel com módulo alto em combinação com a geometria da lente específica, por exemplo, esférica, anesférica e/ou tórica, na parte superior de uma geometria da córnea astigmática, uma lente de contato projetada dessa maneira pode ser utilizada para a correção de níveis mais baixos de astigmatismo e pode, também, ser seletivamente usada para aumentar a visão em proporções maiores de astigmatismo, bem como qualquer possível aberração de ordem maior criada pela geometria da córnea. Consequentemente, a presente invenção utiliza uma lente de contato com uma prescrição específica, mas formada com uma zona óptica a partir de um material de hidrogel com módulo elástico mais alto para corrigir defeitos ópticos com necessidade reduzida ou nenhuma, para manter a lente rotacionalmente alinhada se o alinhamento fosse normalmente necessário. A fim de realizar esse design, a zona óptica 102 compreende, de preferência, um material com módulo de elasticidade maior e que é imiscível ou pouco miscível com o material restante. Em uma modalidade exemplifi-cadora, a tecnologia de microdosagem pode ser utilizada para fabricar ou produzir uma lente de contato 100 que tem uma zona óptica 102 com um módulo da elasticidade mais alto que o da lente circundante. As Figuras 2A a 2D ilustram um processo exemplificador que utiliza tecnologia de microdosagem. Em uma primeira etapa, uma curva anterior padrão 202 para uma determinada prescrição é posicionada para aceitar o material para formação da lente de contato. Em uma segunda etapa, uma pequena gota de monômero límpido com módulo elástico alto, ou aditivo límpido para aumentar o módulo elástico, é dosada na porção central do molde de curva anterior da lente de contato 202. Em uma terceira etapa, um segundo monômero com módulo de elasticidade mais alto 206, por exemplo, etafilcon, galifilcon, senofilcon ou narafilcon, é dosado sobre o monômero de módulo alto ou aditivo 204. É importante notar que qualquer material adequado para formação de lentes de contato suaves podem ser usados de acordo com a presente invenção. É também importante notar que o material com módulo elástico alto 204 e o material com módulo elástico baixo 206 são imiscíveis ou pouco misciveis. Em uma quarta etapa, o molde de lente de contato é fechado pela deposição do molde de curva base 208. O molde fechado é então posicionado de modo que os monômeros podem ser curados em uma lente de contato final com um centro óptico ou zona óptica que tem um módulo da elasticidade mais alto tal como é apresentado acima.
Os materiais apresentados acima para o volume da lente de contato acima, incluindo etafilcon, galificon, senofilcon e narafilcon são hi-drogéis de silicone que são atualmente usados na fabricação de lentes de contato suaves. Outros hidrogéis de silicone incluem lotrafilcon, balafilcon, vifilcon e omafilcon. Esses materiais tipicamente têm um módulo da elasticidade baixo, por exemplo, etafilcon A tem um módulo de Young de cerca de 0,3 x 106 Pa, galifilcon A tem um módulo de Young de cerca de 0,43 x 106 Pa, senofilcon A tem um módulo de Young de cerca de 0,72 x 106 Pa, balafilcon A tem um módulo de Young de cerca de 1,1 x 10s Pa, e lotrafilcon A tem um módulo de Young de cerca de 1,4 x 105 Pa. Os materiais para a óptica central têm um módulo da elasticidade mais alto e são imiscíveis ou pouco miscíveis com o material na zona periférica, permitindo assim que o mesmo permaneça como um bimaterial na lente de contato. Materiais exem-plificadores incluem hidrogel à base de silicone no centro e um hidrogel à base de HEMA na periferia, que pode ser fabricado pouco miscível e permanecer separado. Em uma modalidade exemplificadora alternativa, um ou mais aditivos, incluindo reticuladores como TEGDMA, podem ser adicionados à matéria a granel que forma a lente de contato na região óptica central para aumentar o módulo de elasticidade nessa região.
Os materiais da zona óptica 102 mais rígidos ou duros e o material da lente periférica 104 menos rígido não têm necessariamente uma transição distinta, já que pode haver uma leve mistura dos dois materiais durante a montagem. Isto significaria que a rigidez da lente 100 pode mudar gradualmente fora a zona óptica, como uma função da posição do centro da lente de contato. Além disso, o material rígido da zona óptica 102 seria contínuo a partir da superfície anterior da óptica central da superfície posterior da óptica central da lente de contato. Isso é diferente de uma lente de contato híbrida que encapsula um elemento de inserção de lente rígida, dentro de uma carcaça de material de lente suave e tem uma transição distinta a partir da zona óptica rígida para a periferia mais suave. Isso também é diferente de uma lente de contato permeável a gás, de contorno rígido (RGP), visto que a periferia da lente de contato não é moldada sobre uma óptica central rígida, mas ao contrário, os dois materiais são moldados juntos, criando uma lente de contato suave não homogênea. É importante notar que qualquer material biocompatível pode ser usado para criar zona óptica com módulo elástico mais alto. Os materiais são de preferência límpidos, são compatíveis com o monômero que compreende o volume da lente de contato e têm índice de refração iguais. Processos existentes para formar a lente de contato podem ser facilmente modificados para fabricação das lentes de contato de acordo com a presente invenção. As diferenças na viscosidade na zona óptica e monômeros da periferia podem ser usadas para manter a separação durante o processo de fabricação da lente, como no uso de um monômero central com viscosidade mais alta que não flui para fora da periferia quando o molde da lente é fechado. Considerações devem ser feitas às taxas de encolhimento e expansão de ambos os materiais a fim de formar uma lente aceitável.
De acordo com outra modalidade exemplificadora, uma zona óptica mais rígida pode ser alcançada através de um processo de cura variado, mas controlado. Por exemplo, mediante a variação da intensidade da luz de cura através da lente de contato, a variação da rigidez pode ser realizada em regiões diferentes. Consequentemente, pela cura seletiva, uma zona óptica mais rígida em relação à zona periférica pode ser alcançada.
Em adição ao uso de uma lente de contato com bimaterial com diferenças no módulo de Young no centro e na periferia ou cura seletiva conforme descrito acima, o pré-tensionamento da lente pode também criar resistência à deformação quando colocada no olho. Uma lente pré-tensionada necessitará de mais força para deformar-se, já que a tensão interna precisa ser vencida junto com a força elástica do módulo, formato da lente e espessura da lente. Métodos de fabricação de lentes pré-tensionadas incluem variação da velocidade de reação, como pela introdução de níveis diferentes de oxigênio ou outro inibidor de reação nas superfícies anterior e posterior dos moldes de lente. O resultado é uma lente que mantém intacto um forma- to de "redoma", mas se seccionada transversaimente tenderá a se ondular ou achatar. Além de expor as superfícies do molde anterior e posterior inteiras a diferentes teores de oxigênio, a concentração de oxigênio ou de outro inibidor pode variar tanto na superfície anterior como posterior, criando uma tensão personalizada ou perfil de estresse através da lente. A premissa básica por trás desse processo de pré-tensionamen-to é que materiais de molde plástico diferentes absorvem oxigênio ou outros inibidores de reação em diferentes velocidades e retêm o oxigênio ou outros inibidores de reação com diferentes afinidades. Usando-se diferentes materiais para formar os moldes de curva anterior e posterior ou seletivamente expondo os moldes de curva anterior e/ou posterior ao oxigênio ou a outros inibidores de reação, a velocidade de reação pode ser alterada, induzindo assim estresse na lente de contato. Por exemplo, o polipropileno rapidamente absorve oxigênio, enquanto o zeonor e poliestireno absorvem significativamente menos. Consequentemente, usando-se poliestireno para o molde de curva anterior e polipropileno para o molde de curva posterior, com acessos iguais ao oxigênio, o molde de curva posterior absorverá mais oxigênio do que o molde de curva anterior e, dessa forma, o monômero em contato com essa superfície terá diferentes propriedades, criando um estresse diferencial entre as superfícies anterior e posterior da lente de contato. A concentração do oxigênio ou de outros inibidores de reação pode ser, ainda, manipulado pelo controle de ao menos um de todos ou de uma combinação de tempo, temperatura, concentração e pressão do meio (ambiente) circundante das superfícies de molde de curva anterior e posterior. Além disso, a concentração de oxigênio absorvido ou de outros inibidores de reação podem variar através da superfície, como pelo mascaramento da parte antes da exposição ou seletivamente remoção de gases absorvidos.
Contanto que o astigmatismo da córnea seja efetivamente reduzido por esse design com uma óptica rotacionalmente simétrica devido à rigidez aumentada da lente de contato suave por meio do aumento do módulo de elasticidade na óptica central ou zona óptica, ou por quaisquer outros meios adequados, como variação da intensidade de luz de cura e pré- tensionamento da lente de contato, conforme descrito em detalhes neste documento, a lente de contato poderia não necessitar de qualquer orientação específica no olho e, portanto, menor ou nenhuma estabilização mecânica para a lente de contato. Se o astigmatismo da córnea e/ou aberrações de ordem maior são reduzidas, mas não tornadas desprezíveis, a estabilização mecânica pode ser ainda necessária, mas variações na posição da lente terão um impacto menor na qualidade visual. Conforme apresentado acima, uma vantagem da presente invenção é que as características de estabilização podem ser reduzidas em tamanho, ou substancialmente eliminadas, fornecendo assim um maior conforto na lente de contato. A presente invenção oferece uma solução simples e refinada para a correção de astigmatismo.
Apesar de acreditar-se que o que foi mostrado e descrito são as modalidades mais práticas e preferenciais, é óbvio que divergências de projetos e métodos específicos descritos e mostrados serão sugeridos por a-queles versados na técnica e podem ser usados sem que se desvie do caráter e âmbito da invenção. A presente invenção não é restrita a construções particulares descritas e ilustradas, mas deve ser construída de modo coeso com todas as modificações que possam estar no escopo das reivindicações.

Claims (19)

1. Dispositivo oftálmico compreendendo: uma lente de contato que tem uma zona óptica central e uma zona periférica circundante à zona óptica central, a lente de contato sendo formada a partir de um primeiro material que tem um primeiro módulo de e-lasticidade; e um segundo material incorporado na zona óptica central da lente de contato, o segundo material alterando o primeiro módulo de elasticidade na zona óptica central para um segundo módulo de elasticidade, sendo que o segundo módulo de elasticidade é maior do que o primeiro módulo de elasticidade e o primeiro e o segundo materiais são substancialmente imiscíveis.
2. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 1, em que a lente de contato compreende uma lente de contato suave.
3. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 1, em que a lente de contato compreende uma lente de contato tórica.
4. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 1, em que o primeiro material compreende um monômero que tem um módulo de elasticidade baixo.
5. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 4, em que o monômero compreende etafilcon.
6. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 4, em que o monômero compreende galifilcon.
7. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 4, em que o monômero compreende senofilcon.
8. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 4, em que o monômero compreende narafilcon.
9. Dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 4, em que o segundo material compreende um monômero que tem um módulo de elasticidade alto.
10. Método de fabricação de um dispositivo oftálmico, o método compreendendo: dosar um primeiro material que tem um primeiro módulo de elas- ticidade em uma porção central de um molde de curva anterior da lente de contato; dosar um segundo material que tem um segundo módulo de e-lasticidade no molde de curva anterior da lente de contato sobre o primeiro material, sendo que o segundo módulo de elasticidade é maior do que o primeiro módulo de elasticidade, e sendo que o primeiro e o segundo materiais são substancialmente imíscíveís; e posicionar um molde de curva posterior da lente de contato sobre o segundo material.
11. Método de fabricação de um dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 10, que adicionalmente compreende a etapa de cura do primeiro e do segundo materiais, formando assim uma lente de contato que tem uma zona óptica central com um módulo de elasticidade mais alto do que o da zona periférica da mesma.
12. Lente de contato compreendendo: uma zona óptica sendo formada a partir de um material que tem um primeiro módulo de elasticidade; e uma zona periférica sendo formada a partir de um material que tem um segundo módulo de elasticidade, sendo que o primeiro módulo de elasticidade é maior do que o segundo módulo de elasticidade.
13. Lente de contato compreendendo: uma zona óptica que tem uma primeira rigidez; e uma zona periférica que tem uma segunda rigidez, a primeira rigidez sendo maior que a segunda rigidez.
14. Método de fabricação de um dispositivo oftálmico, o método compreendendo: dosar um material de grau óptico de um molde de curva anterior da lente de contato; posicionar um molde de curva posterior da lente de contato sobre o material de grau óptico e vedar o molde de curva anterior da lente de contato à curva posterior da lente de contato para formar um molde de lente de contato; e seletivamente curar o material de grau óptico no molde da lente de contato mediante a variação da intensidade da luz de cura através do molde da lente de contato, de modo que uma porção central da lente de contato esteja mais rígida que uma porção periférica da lente de contato.
15. Método de fabricação de um dispositivo oftálmico, o método compreendendo: introduzir um primeiro inibidor de reação em uma superfície de um molde de curva anterior da lente de contato; dosar um material de grau óptico do molde de curva anterior da lente de contato; introduzir um segundo inibidor de reação em uma superfície de um molde de curva posterior da lente de contato; posicionar o molde de curva posterior da lente de contato sobre o material de grau óptico e selar o molde de curva anterior da lente de contato à curva posterior da lente de contato para formar um molde de lente de contato, sendo que o primeiro e o segundo inibidores de reação diferem em pelo menos um dentre composição e concentração; e curar o material de grau óptico no molde da lente de contato, criando um perfil de tensão predeterminado através da lente de contato resultante.
16. Método de fabricação de um dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 15, em que o primeiro e o segundo inibidores de reação compreendem um gás.
17. Método de fabricação de um dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 16, em que o gás é oxigênio.
18. Método de fabricação de um dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 15, que adicionalmente compreende a etapa de controle da concentração do primeiro e do segundo inibidores de reação mediante a variação dos materiais que formam os moldes de curva anterior e posterior pela suas tendências a absorver e liberar o primeiro e o segundo inibidores de reação, respectivamente.
19. Método de fabricação de um dispositivo oftálmico, de acordo com a reivindicação 15, que adicionalmente compreende a etapa de controlar a concentração do primeiro e do segundo inibidores de reação mediante a variação da exposição do primeiro e do segundo inibidores por controle de tempo, temperatura, concentração e pressão do meio circundante dos moldes de curva anterior e posterior.
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