BR102015031383A2 - Industrial Process for Phospholipid Recovery and Lecithin Production from a Residue from the Production of Soy Protein Concentrate (SPC) - Google Patents

Industrial Process for Phospholipid Recovery and Lecithin Production from a Residue from the Production of Soy Protein Concentrate (SPC) Download PDF

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Abstract

resumo processo industrial para recuperação de fosfolipídios e produção de lecitina a partir de um resíduo da produção de concentrado proteico de soja (spc). a presente invenção pertence ao campo da fabricação de compostos alimentícios derivados de processamento de espécies vegetais, mais especificamente o processo aqui ensinado fornece produtos resultantes de um processamento para a obtenção de compostos oriundos de matéria prima vegetal. a presente invenção descreve a recuperação de lecitina a partir do micela/melaço de soja, resíduo obtido durante o processo de obtenção de concentrado proteico de soja (spc). em um primeiro aspecto da invenção a mesma revela um processo de extração de fosfolipídios em conjunto com a extração de açúcares solúveis durante o processo industrial de obtenção de spc. em um segundo aspecto, a presente invenção revela um processo industrial para recuperação/remoção desses fosfolipídios da micela/melaço de soja, limpeza e utilização para produção de lecitina de soja. existem vários processos conhecidos e patenteados para produção de lecitina de soja, porém, todos partem do óleo de soja bruto. 1/1

Description

Relatório Descritivo de Patente de Invenção para “Processo Industrial para recuperação de fosfolipídios e produção de Lecitina a partir de um resíduo da produção de Concentrado Proteico de Soja (SPC)” Campo da Invenção [001] A presente invenção pertence ao campo da fabricação de compostos alimentícios derivados de processamento de espécies vegetais, mais especificamente o processo aqui ensinado fornece produtos oriundos de um processamento para a obtenção de compostos provenientes de matéria prima vegetal.
[002] De uma forma ainda mais específica, a presente invenção descreve a recuperação de lecitina a partir da micela/melaço de soja, resíduo obtido durante o processo de obtenção de concentrado proteico de soja (SPC). Em um primeiro aspecto, a invençãorevela um processo de extração de fosfolipídios em conjunto com a extração de açúcares solúveis durante o processo industrial de obtenção de SPC. A extração de fosfatídios não é feita intencionalmente, pois o objetivo do processo de SPC é extrair açucares solúveis do farelo de soja.
[003] Em outro aspecto a presente invenção revela um processo industrial para recuperação/remoção desses fosfolipídios da micela/melaço de soja, limpeza e utilização para produção de lecitina de soja. Ademais, como é de conhecimento geral, o processo convencional para produção de lecitina de soja sempre partiu do óleo de soja bruto, nunca tendo sido revelado qualquer processo partindo do melaço/micela de soja (resíduo da produção de SPC).
Histórico da Invenção [004] Nos tanques de micela de uma planta de produção de concentrado proteico de soja fora observado a precipitação de uma goma suja. Essa goma suja foi levada para laboratório, onde foram realizados análises e experimentos para remoção de impurezas na tentativa de identificá-la. Após dois anos de pesquisas foi descoberto que esta goma se tratava de uma mistura de fosfolipídios, matéria-prima principal para produção de lecitina de soja. Esta descoberta causou muita surpresa, pois se acreditava, até então, que a lecitina somente podería ser obtida a partir do óleo de soja bruto, tendo um rendimento máximo de 1%, podendo ainda variar apenas entre 0,4 -1,0%, base grão de soja com 14% de umidade.
[005] Posto isso, foram estudados diferentes processos para limpeza e purificação desta goma suja, seguida da otimização da adição de produtos necessários para produção de lecitina, bem como diferentes tipos de secagem e resfriamento. Após a conclusão de todos os estudos citados foi desenvolvido o presente processo industrial para aproveitamento da micela/melaço para produção de lecitina de soja. O novo processo é capaz de proporcionar um rendimento de lecitina, base soja, entre 2 - 4% base grão de soja com 14% de umidade.
[006] Existem vários processos conhecidos e patenteados para produção de lecitina de soja, porém, todos partem do óleo de soja bruto. Nenhum processo se utiliza do melaço/micela de soja (resíduo da produção de SPC);ou ainda do farelo de soja desengordurado (resíduo da produção de óleo de soja),como no processo industrial que éaqui apresentado.
Estado da Técnica [007] O documentobrasileiro PI0704760-6 A2revelaum processo industrial de produção de farelo concentrado de soja e melaço de soja. O processo consiste na extração dos açúcares do farelo obtido após a extração o óleo de soja, através da lavagem do farelo com água e álcool etílico, assim o dito farelo passa a ter uma concentração de proteína em base seca, que varia entre 60 e 75%.
[008] O documento brasileiro PI0704513A2 que revela um processo para obtenção de farelo de soja utilizando um sistema para recuperação de solvente baseado em um baixo consumo específico de vapor por litro de solvente recuperado. Assim, o processo que modifica etapas da produção do farelo melhora tanto a eficiência quanto o rendimento da cadeia como um todo.
[009] O documento brasileiro PI0800529-0 A2 revelaum processo industrial de álcool etílico baseado na fermentação do melaço de soja, o qual é produzido através da extração dos açúcares, gerados a partir do processo de concentração de proteína de soja. O processo se destina a obtenção de etanol ou álcool etílico de soja em escala industrial para produção de combustíveis e outros derivados.
[010] O documento brasileiro PI0900363-0 revela um processo de queima de resíduos industriais vegetais onde a caldeira geradora de vapor utiliza a capacidade calorífica do resíduo de origem vegetal para a geração de energia, criando assim um sistema menos poluente para o meio ambiente. O processo ainda conta com um controle de viscosidade dos resíduos possibilitando assim sua queima completa, ademais o vapor gerado é aproveitado para a geração de energia por meio de um gerador.
[011] O documento brasileiro PI0900363-0 A2 revela um processo de queima de resíduos industriais vegetais onde a caldeira geradora de vapor utiliza a capacidade calorífica do resíduo de origem vegetal para a geração de energia, criando assim um sistema menos poluente para o meio ambiente. O processo ainda conta com um controle de viscosidade dos resíduos possibilitando assim sua queima completa, ademais o vapor gerado é aproveitado para a geração de energia por meio de um gerador.
[012] O documento brasileiro PI0215504-4 A2 revela um processo para a produção de açúcares de soja, onde o mesmo descreve o melaço de soja como uma fonte de açúcares de soja que possuem alto teor de oligossacarídeos, sendo essa característica importante para o produto final. Assim, a invenção descreve um método de purificação de melaço de soja, onde o produto final é um melaço purificado de 90% em peso de açucares, em base seca.
Sumário da Invenção [013] A invenção revela um processo de recuperação de uma lecitina de soja a partir de um resíduo da produção de concentrado proteico de soja,onde os referidos resíduos são a micela ou melaço. A micela de soja (M1) ou (M2) , melaço que ainda possui etanol, é então enviada para um trocador de calor (TC-01) para obter temperatura (T1) entre 10 e 90°Ce, em seguida,enviados para etapa de remoção de impurezas por meio de centrifugação (CT-01) ou por meio de um filtro prensa ou filtro cesto rotativo ou tanque de decantação, onde são obtidas duas correntes: uma corrente (11) composta por impurezas acrescida de farelos muito finos e outra corrente de micela centrifugada (MC). A micela centrifugada (MC) é então enviada para outro trocador de calor (TC-02) para obter uma temperatura (T2) entre 10 e 90°C, em seguida é enviada para o trocador de calor (TC-03) para obter uma temperatura (T3) entre 10 e 90°C seguindo então para etapa de centrifugação (CT-02), onde são obtidas três correntes de saída: goma limpa contendo solução de etanol (GL), micela degomada (MD) e impurezas mais farelos finos contendo solução de etanol (I2). A goma limpa (GL) é assim enviada para um tanque de mistura (TM-01), onde serão adicionados de 1 a 20% de ácido graxo (AG) proveniente do tanque (TQ-03) e de 1 a 40% de óleo de soja (OS) proveniente do tanque (TQ-02), essa mistura (MT) é homogeneizada em um tanque de mistura (TM-01) e segue para um secador de lecitina continuo ou em batelada (SL-01), onde uma corrente de gases hidro alcoólicos (GH) é formada durante a secagem da mistura (MT), após deixar o secador (SL-01) a lecitina quente (LQ), com temperatura (T5) entre 50 e 100°C, segue para resfriador de lecitina (RL-01),no qual deverá obter uma temperatura (T6) entre 10 e 60 °C.Posto isso, alecitina fria (LF) segue então para outro tanque de mistura (TM-02), onde será realizado o acerto final dos parâmetros de qualidade da lecitina acabada, após o referido acerto de qualidade final a lecitina de soja fluida (LA) proveniente do melaço está pronta para seguir para os tanques de armazenamento de lecitina (TQ-01), (TQ-02), (TQ-03), (TQ-04).
Breve Descrição das Figuras [014] Figura 1 representa o fluxograma do processo de produção de lecitina a partir do melaço/micela.
Descrição Detalhada da Invenção [015] A produção de lecitina de soja convencional sempre foi ligada à fabricação de óleo de soja bruto. Os processos comercialmente mais utilizados para extração do óleo de soja são extração com solvente e extração com prensa. Em ambos os processos, quando o óleo de soja bruto é extraído, carrega em conjunto grande parte de fosfolipídios, matéria prima principal para produção de lecitina.
[016] Originalmente, a lecitina de soja era considerada como uma borra indesejável que precisava ser separada do óleo bruto (degomagem). O motivo para se proceder a degomagem do óleo bruto é que durante a estocagem as gomas nele contidas se hidratam e precipitam, arrastando e ocluindo óleo, ocasionando a formação de precipitado nos fundos dos tanques. Essa goma hidratada causa problemas de hidrólise do óleo e consequente aumento da acidez, turvação do óleo bruto e aumento das perdas. Com o passar dos anos várias aplicações foram sendo desenvolvidas e a lecitina de soja se tornou um produto indispensável para a fabricação de chocolates, tintas, panificação, tornando-se um produto de alto valor agregado.
[017] A degomagem habitualmente compreende a adição de água quente ao óleo bruto extraído, seguida por um período de contato de 10 a 120 minutos para hidratação dos fosfolipídios. Após este período ocorre a formação de emulsão espessa, a qual se convencionou chamar de goma, podendo ser separada por centrifugação e submetida posteriormente à secagem. A secagem da goma é feita sob vácuo, (10 na 300 mmHG de pressão absoluta) em temperaturas de 40 - 130°C, em secadores contínuos ou descontínuos,com tempos de residência de 1 - 4 minutos ou 60-240 minutos, respectivamente.
[018] Após a secagem, a iecitina quente segue para um resfriador e está pronta. O rendimento de Iecitina, base soja esmagada obtido através do processo convencional,descrito acima, historicamente varia ente 0,4 até 1,0%, base soja grão com 14% de umidade.
[019] A presente invenção possibilita aumentar em no mínimo 100% a produção da Iecitina de soja sem aumentar a necessidade de soja em grão ou óleo de soja bruto, matérias primas utilizadas na produção convencional de Lecitina de Soja. Esse aumento de produção se deve ao aproveitamento de uma lecitina que atualmente é descartada junto com o melaço de soja em esmagadores que possuem o processo de produção de SPC. Pretende-se elevar o rendimento já conhecido de 1,0% para valores entre (2 - 4%), mais preferencialmente valores acima de 2,5% base soja grão com 14% de umidade em esmagadoras de soja que possuem o processo de extração de óleo e de produção de SPC.
[020] Como foi apresentado anteriormente o processo industrial desta invenção parte de um resíduo da produção de concentrado proteico de soja chamado melaço e/ou micela de soja. O processo mais utilizado atualmente para produção de SPC é a extração com etanol aquoso. Vide os documentos: PI0704760-6A2 e PI0704513-1A2 mencionados no estado da técnica. As patentes citadas consistem em submeter o farelo de soja desengordurado (proteína entre 40 até 55 % e umidade « 12,5 %), a banhos consecutivos com etanol aquoso quente para extração dos açúcares solúveis. O objetivo principal é extrair açúcares solúveis, porém o etanol aquoso acaba extraindo em pequenas quantidades outros compostos secundários. A remoção dos açúcares solúveis é responsável por concentrar a proteína remanescente no farelo de soja, obtendo-se como único e principal produto o concentrado proteico de soja (proteína entre 60 - 70% umidade « 7,5 %) e como resíduo desse processo o melaço de soja.
[021 ]0 melaço consiste principalmente dos açúcares de soja e compostos que foram solubilizados pela solução de etanol aquoso quente. Assim, chama-se de micela, a mistura de açúcares e compostos secundários acrescidos de etanol e água, bem como se chama melaço, a mistura de açúcares e compostos acrescidos de água. Ou seja, a micela é o melaço que ainda possui etanol. Os processos existentes atualmente para produção de SPC não aproveitam a micela/melaço para produção de lecitina de soja.
[022] Atualmente as indústrias que produzem SPC, dentro e fora do país, utilizam uma tecnologia de extração dos açúcares solúveis com solução alcoólica a partir do farelo de soja desengordurado, obtendo o SPC como único produto e um resíduo de processo denominado melaço de soja. Portanto, essa tecnologia proposta possibilitará que o melaço de soja seja melhor aproveitado, possibilitando que se obtenham dois produtos principias: o SPC e a lecitina de soja e como resíduo o melaço de soja (com a mesma quantidade de farelo de soja desengordurado).
[023] Existem três patentes, citadas no estado da técnica que descrevem a utilização do melaço de soja como matéria prima, porém nenhuma para produção de lecitina de soja. Vide o documento PI0800529-0 A2 que descreve a utilização do melaço de soja para produção de etanol de soja. Já o documento PI0900363-0 A2 descreve a utilização do melaço para geração de vapor e energia através da queima em Caldeira. E por último o documento PI0215504-4, o qualse destina a descrever a purificação e concentração dos açúcares do melaço de soja em forma de pó.
[024] O objetivo principal da presente invenção é revelar e proteger o processo industrial para produção de lecitina a partir do melaço/micela de soja. O processo industrial está esquematizado na figura 1. O início do processo proposto se dá a partir da parte líquida, micela alcóolica, proveniente da planta industrial de concentrado proteico de soja (SPC). Essa micela pode ser captada e enviada para o processo desta invenção em qualquer um dos pontos do processo do SPC, sendo a opção 1, o caso em que a micela sai do extrator, Ml, da planta de SPC com 2 a 10% de sólidos e a opção 2, onde a micela sai do primeiro conjunto de evaporadores, M2, da planta de SPC com 5 a 20% de sólidos.
[025] A utilização da micela da opção 1 apresenta maior rendimento de precipitação em relação a segunda forma de obtenção. Não obstante, tanto a micela alcoólica que sai do extrator M1(2 - 10% sólidos) quanto a micela que sai da evaporação M2 (5 - 20% de sólidos), ambas podem ser utilizadas. A micela segue então para o trocador de calor (TC-01) para obter temperatura T1 entre (10 - 90°C), sendo enviada em seguida para centrifugação, (CT-01) para remoção de impurezas provenientes do processo . Esta remoção de impurezas também pode ser feita em qualquer tipo de filtro (prensa, cesto rotativo e outros), tanque de decantação ou qualquer outro equipamento apto a remover sólidos finos deste material líquido. Na centrifugação (CT-01) serão obtidas duas correntes: uma corrente (11) composta por impurezas acrescida de farelos finose outra corrente de micela centrifugada (MC).A corrente (11), composta por impurezas acrescida de farelos finos, é um resíduo da limpeza da micela e pode ser enviada novamente para o processo de SPC. Como este resíduo possui etanol, a corrente (11) mais preferencialmente deve e pode ser dosada no próprio extrator, nas prensas, nos dessolventizadores ou em qualquer um dos transportadores que alimentem qualquer um dos equipamentos citados. Assim, esse resíduo será misturado com o próprio concentrado proteico de soja, o qual em qualquer um dos pontos citados também ainda possui etanol, sendo agora ambos, (11) e SPC, enviados juntos para o dessolventizador. O dessolventizador é um equipamento da planta industrial de SPC que tem como função remover etanol do SPC. A micela centrifugada (MC) é então enviada para outro trocador de calor (TC-02) a fim de obter temperatura T2 entre (10 -90°C), e segue para o trocador de calor (TC-03) para obter temperatura T3 entre (10 - 90°C). Após a micela passar pelos dois trocadores citados é enviadapara etapa de centrifugação(CT-02). Na etapa de centrifugação(CT-02) ocorre a remoção de goma, rica em fosfolipídios de soja, matéria prima principal para produção de lecitina de soja. Nessa etapa,(CT-02), ocorre a formação de três correntes de saída:(GL) goma limpa contendo solução de etanol, (MD) micela degomada - sem gomae (I2) impurezas acrescidas defarelos finos, contendo solução de etanol.Assim, a micela degomada troca calor no (TC-02)para obter uma temperatura T4 entre (10 - 90°C) podendo agora retornar para o processamento normal de SPC, seguindo seu fluxo normal de destilação, ou outro fim que a empresa achar conveniente. A corrente com impurezas, acrescida de farelos finos (I2), segue junto com a corrente de impurezas,acrescida de farelos finos (11), as quais podem ser dosadas em qualquer parte do processo de SPC anterior ao processo de dessolventização, conforme descrito anteriormente. A goma separada (GL), corrente principal deste processo, é enviada para um tanque de mistura (TM- 01), onde serão adicionada de 1 até 20 % de ácido graxo (AG) provenientedotanque (TQ-03) e de 1 até 40 % de óleo de soja (OS),proveniente do tanque (TQ-02). Essa mistura é homogeneizada em um tanque de mistura (TM-01). A mistura (MT) deixa o tanque de mistura (TM-01) e segue para um secador de lecitina contínuo ou em batelada (SL-01), dependendo da preferência do investidor. Essa secagem tem o objetivo de diminuir a umidade da mistura de goma acrescida de ácido graxo e óleo de soja (MT) de aproximadamente 40-60% para valores inferiores a 1,0% de umidade, mais preferencialmente valores entre 0,2-0,5% de umidade.
[026] A secagem da mistura (MT) é feita sob vácuo de 10 a 300 mmHG de pressão absoluta, em temperaturas de 40 a 130 °C, em secadores contínuos ou descontínuos, com tempos de residência de 1-4 minutos ou 60 -240 minutos, respectivamente.
[027] Uma corrente de gases hidro alcoólicos (GH) é formada durante a secagem da mistura (MT). A corrente gasosa (GH) é enviada para um conjunto de três condensadores em série(CD-01,02 e 03) onde acontece a mudança de fase da corrente gasosa (GH) para uma corrente líquida (LH). A corrente líquida (LH) segue para o tanque (TQ-01). A corrente (LH) armazenada no tanque (TQ-01) é formada exclusivamente por etanol e água, podendo retornar para processo de SPC, para ser utilizada como álcool de reposição no processo de extração dos açúcares. Após deixar o secador (SL-01) a lecitina quente (LQ), com temperatura T5 entre (50 - 100 °C), segue para o resfriador de lecitina (RL-01) onde deverá obter uma temperatura T6 entre (10-60 °C). A lecitina fria (LF) segue para outro tanque de mistura (TM-02), onde será realizado agora o acerto final dos parâmetros de qualidade da lecitina acabada. Esse acerto de qualidade final é feito adicionando-se ácido graxo (AG) e óleo de soja (OS) nas quantidades necessárias.As quantidades de ácido graxo e óleo de soja a serem adicionadas dependem única e exclusivamente das análises de qualidade do produto que deverão ser feitas em laboratório. Após o acerto de qualidade final a lecitina de soja fluída (LA), proveniente do melaço, está pronta para seguir para os tanques de armazenamento de Lecitina (TQ-01,02,03 e 04).
[028] Os parâmetros de qualidade da lecitina do melaço e da lecitina convencional do óleo de soja são apresentados na tabela a seguir: [029] Por fim vale ressaltar que a corrente de goma limpa (GL) gerou como produto final lecitina de soja fluída, obtida pelo processo descrito acima e com parâmetros de qualidade expostos na tabela do parágrafo anterior. O mesmo processo descrito de limpeza, recuperação /remoção até a obtenção da goma limpa (GL) pode ser usado para produção de lecitina em pó ao invés de lecitina fluida, onde para a produção de lecitina em pó a corrente de goma limpa extraída (GL), obtida após a centrifugação (CT-02)pode seguir para uma extração de lipídios com acetona. Ou ainda a lecitina fluida final (LA) produzida pelo processo descrito nessa patente também poderá seguir para extração de lipídeos com acetona gerando lecitina em pó. Ambos os processos podem aproveitar a goma limpa (GL) ou a lecitina fluida final (LA) para a produção de lecitina em pó.
[030] O processo de recuperação de uma lecitina de soja descrito também poder ser utilizado por empresas que não produzam Concentrado proteico de Soja , mas que queiram comprar o melaço de soja no mercado e aplicar o processo descrito nesta patente . Para tanto será necessário adicionar logo no inicio uma etapa no processo descrito de diluição do melaço de soja . Esta etapa deverá compreender a diluição com uma solução de etanol-água onde transformaremos o melaço comprado na micela soja M1 ou M2 descritas nesta patente para que seja possível aplicar o processo. Esta diluição tem como objetivos transformar o melaço de soja adquirido no mercado com (60 - 90% de sólidos) em uma micela com concentração de etanol entre 30 - 90% de etanol ) e atingir uma concentração de sólidos na micela entre (2 a 20% de sólidos).
[031] Ainda também deve-se deixar claro que tanto os açucares solúveis extraídos com solução hidro alcoólica nos processos de SPC patenteados , quanto os fosfolipídios, são extraídos do farelo de soja desengordura . Tanto os açucares solúveis quanto os fosfolipídios estavam presentes no farelo de soja desengordurado e foram extraídos com solução alcoólica indo então parar na micela de soja e consequentemente no melaço de soja. Isto quer dizer que pode-se falar que a presente patente também se trata da obtenção de lecitina de soja a partir do farelo de soja desengordurado. Ambas denominações expressam o mesmo processo, visto apenas por um angulo diferente.
REIVINDICAÇÕES

Claims (23)

1) Um processo industrial caracterizado por ser realizado a partir de micela ou melaço de soja, provenientes da produção de concentrado proteico de soja, sendo a micela de soja (M1) ou (M2) enviada para um trocador de calor (TC-01) para obter temperatura (T1) entre 10 e 9013, sendo ainda (M1) ou (M2) na temperatura (T1) enviada em seguida para etapa remoção de impurezas por meio de centrifugação (CT-01) ou por meio de um filtro prensa ou filtro cesto rotativo ou tanque de decantação, onde na referida etapa de remoção de impurezas são obtidas duas correntes: uma corrente (11) composta por impurezas mais farelos muito finos e outra corrente de micela centrifugada (MC); a referida micela centrifugada (MC) é então enviada para outro trocador de calor (TC-02) para obter uma temperatura (T2) entre 10 e 90Ό, em seguida é enviada para o trocador de calor (TC-03) para obter uma temperatura (T3) entre 10 e 9013 seguindo então para etapa de centrifugação (CT-02), onde são obtidas três correntes de saída: goma limpa contendo solução de etanol (GL), micela degomada (MD) e impurezas mais farelos finos contendo solução de etanol (12); sendo a goma limpa (GL) enviada para um tanque de mistura (TM-01), onde serão adicionada de 1 a 20% de ácido graxo (AG) proveniente do tanque (TQ-03) e de 1 a 40% de óleo de soja (OS) proveniente do tanque (TQ-02), essa mistura (MT) é homogeneizada em um tanque de mistura (TM-01) e segue para um secador de Lecitina continuo ou em batelada (SL-01), uma corrente de gases hidro alcoólicos (GH) é formada durante a secagem da mistura, a corrente (GH) é enviada para três condensadores em série (CD-01,02 e 03) obtendo-se uma corrente líquida (LH) que segue para o tanque (TQ-01), após deixar o secador (SL-01) a Lecitina quente (LQ), com temperatura (T5) entre 50 e 10013, segue para resfriador de lecitina (RL-01) onde deverá obter uma temperatura (T6) entre 10 e 60 Ό, essa Lecitina fria (LF) segue então para outro tanque de mistura (TM-02), onde será realizado o acerto final dos parâmetros de qualidade da Lecitina acabada adicionando-se mais acido graxo e óleo de soja, após o referido acerto de qualidade final a Lecitina de Soja Fluída (LA) proveniente do melaço está pronta para seguir para os tanques de armazenamento de Lecitina (TQ-01), (TQ-02), (TQ-03), (TQ-04).
2) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1. caracterizado pelo fato da micela ser obtida na saída extrator (M1) onde possui de 2 a 10% sólidos, ou na saída do primeiro conjunto de evaporadores (M2) onde possui de 5 a 20% de sólidos, sendo enviada em seguida para o processo.
3) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da limpeza da goma ser proporcionada através da limpeza da micela (M1) ou (M2),sendo preciso para tanto enviar a micela (M1) ou (M2) para um trocador de calor (TC-01) e, em seguida, enviar a etapa de centrifugação (CT-01).
4) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1. caracterizado pelo fato de a etapa de centrifugação (CT-01) gerar uma corrente principal de micela limpa centrifugada (MC) e uma corrente segundaria (11) composta por impurezas mais farelos finos.
5) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1. caracterizado pelo fato de a corrente (MC) ser enviada para um trocador de calor (TC-02) a fim de se obter uma temperatura (T2) entre 10 e 90 Ό e em seguida para uma trocador de calor (TC-03) a fim de também se obter uma temperatura T3 entre 10 e90 Ό.
6) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1. caracterizado pelo fato de a corrente de micela centrifugada e limpa (MC) proporcionar a separação de uma goma limpa (GL) , para tanto a micela limpa centrifugada (MC), após passar pelos trocadores de calor (TC-02) e (TC-03) obtendo temperatura (T3) entre 10 e 90 O, deverá ser enviada para a etapa de centrifugação (CT-02) para separação da Goma Limpa (GL).
7) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato que a etapa de centrifugação (CT-02) gerar três correntes: uma corrente principal (GL) contendo os fosfolipídios limpos, material prima principal para obtenção de Lecitina de Soja e duas correntes segundarias, sendo uma a corrente (I2) composta por impurezas mais farelos finos e outra a corrente de micela degomada (MD) composta pelos açucares solúveis removidos no processo de produção de SPC mais solução hidro alcoólica .
8) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que após a etapa de centrifugação (CT-02) é obtida uma goma limpa separada (GL), rica em fosfolipídios , corrente principal deste processo.
9) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que após a etapa de centrifugação (CT-02) a corrente de goma limpa separada (GL) é enviada para um tanque de mistura (TM-01), onde serão adicionada de 1 até 20 % de ácido graxo (AG) proveniente do tanque (TQ-03) e de 1 até 40 % de óleo de soja (OS), proveniente do tanque (TQ-02), obtendo-se assim uma corrente de mistura (MT).
10) O processo industrial , de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da secagem da mistura (MT) ser realizada a vácuo, de 10 a 300 mmHG de pressão absoluta, em temperaturas de 40 a 130 Ό, em secadores contínuos ou descontínuos, com tempos de residência de 1 a 4 minutos ou de 60 a 240 minutos respectivamente, onde se diminui a umidade da mistura de goma mais ácido graxo mais óleo de soja (MT) de 40 a 60% para valores inferiores a 1,0% de umidade, mais preferencialmente valores entre 0,2 e 0,5% de umidade.
11) 0 processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da corrente (11), preferencialmente, ser dosada em qualquer parte do processo de concentrado proteico de soja anterior ao equipamento de dessolventização, sendo a corrente (11) misturada ao concentrado proteico de soja e enviados juntos para o dessolventizador.
12) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo da corrente composta por impurezas mais farelos muito finos (11) ser um resíduo da limpeza da micela e poder ser enviada novamente para o processo de obtenção de concentrado proteico de soja.
13) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo da corrente (11) poder ser dosada no próprio extrator ou nas prensas ou nos dessolventizador ou em qualquer um dos transportadores que alimentem um desses equipamentos.
14) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que após a etapa de centrifugação (CT-02) a corrente com impurezas mais farelos finos (I2) segue junto com a corrente de impurezas mais farelos finos (11), as quais podem ser dosadas em qualquer parte do processo de concentrado proteico de soja, anterior ao processo de dessolventização.
15) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da micela degomada (MD) trocar calor no (TC-02) para obter uma temperatura (T4) entre 10 e 90Ό podendo agora retornar para o processamento normal de concentrado proteico de soja, seguindo seu fluxo normal de destilação.
16) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da corrente de goma limpa extraída (GL), obtida após a centrifugação (CT-02), seguir para uma extração de lipídios com acetona para a produção de lecitina em pó.
17) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a corrente de gases hidro alcoólicos (GH) é enviada para um conjunto de três condensadores em série (CD-01), (CD-02) e (CD-03), onde acontece a mudança de fase da corrente gasosa (GH) para uma corrente liquida (LH), que segue então para o tanque (TQ-01), onde a corrente (LH) armazenada no tanque (TQ-01) é formada exclusivamente por etanol e água, podendo retornar para processo de concentrado proteico de soja, para ser utilizada como álcool de reposição no processo de extração dos açucares.
18) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do acerto de qualidade final ser realizado adicionando-se ácido graxo (AG) e óleo de soja (OS) em quantidades que dependerão das análises de qualidade do produto realizadas em laboratório.
19) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da lecitina fluida final (LA) seguir para extração de lipídeos com acetona para a produção de lecitina em pó.
20) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da lecitina fluida final (LA) seguir para extração de lipídeos com acetona para a produção de lecitina em pó.
21) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do processo descrito também poder ser utilizado diretamente a partir do melaço de soja, para tanto será necessário adicionar apenas uma etapa no processo descrito de diluição com uma solução de etanol-água descrito onde transformaremos o melaço comprado na micela soja (M1) ou (M2) para que seja possível aplicar o processo, esta diluição tem como objetivos: transformar o melaço de soja adquirido no mercado com 60 a 90% de sólidos, em uma micela com concentração de etanol entre 30 e 90% de etanol e de concentração de sólidos entre 2 e 20% de sólido.
22) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do processo descrito também poder ser utilizado diretamente a partir do melaço de soja, para tanto será necessário adicionar logo no início uma etapa no processo descrito de diluição do melaço de soja, esta etapa deverá compreender a diluição com uma solução de etanol-água onde transformaremos o melaço comprado na micela soja (M1) ou (M2) para que seja possível aplicar o presente processo, esta diluição tem como objetivos transformar o melaço de soja adquirido no mercado com 60 a 90% de sólidos em uma micela com concentração de etanol entre 30 - 90% de etanol e atingir uma concentração de sólidos na micela entre 2 e 20% de sólidos.
23) O processo industrial, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato que tanto os açucares solúveis extraídos com solução hidro alcoólica nos processos de SPC, quanto os fosfolipídios, são extraídos do farelo de soja desengordurado, tanto os açucares solúveis quanto os fosfolipídios estavam presentes no farelo de soja desengordurado e foram extraídos com solução alcoólica indo então parar na micela de soja e consequentemente no melaço de soja.
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