PT86725A - Projectil com para-quedas de travagem - Google Patents

Description

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Ref: Z-VP R 1150-/Sch -2-

MEMÓRIA DESCRITIVA 0 presente invento refere-se a um projéctil com pár£ -quedas de travagem concebido de acordo com os conceitos fun damentais contidos na reivindicação 1.

Pela patente DE-OS 28 24 203 ficou a conhecer-se um projéctil deste tipo, no qual um orgâo de travagem ou pára--quedas se encontra alojado entre duas meias cascas que no interior do espaço destinado a acomodar o órgão de travagem, se encontram ligadas. 0 órgão de travagem encontra-se ligado a um detonador do projéctil e pode ser expulso deste por meio de um êmbolo que actua sobre as duas meias cascas. A ex pulsão faz-se da cauda do projéctil para a frente, rasgando--se a parte do manto do projéctil onde se encontra o detonador que é ao mesmo tempo impelido para a frente. Independen-temente de, deste modo não se poder recuperar o projéctil in teiro, pode também dar-se o caso de o êmbolo expulso e o remanescente do manto do projéctil dificultarem a desdobragem do orgão de travagem uma vez que aqueles se encontram na tr<a jectória do detonador.

Constitui o objectivo do presente invento proporcionar um projéctil do tipo anteriormente referido que possa ser total ou parcialmente recuperado e em que a desdobragem do pára-quedas de travagem não seja dificultada por outras peças.

Este objectivo atinge-se pela adopção dos aspectos ca racterizantes da reivindicação 1.

De acordo com a concepção proposta pelo presente invento, a expulsão do pára-quedas faz-se para trás ficando o êmbolo a que o pára-quedas se encontra ligado retido no projéctil a recuperar ou num componente recuperável do mesmo. Uma tampa situada na cauda do projéctil é arrancada e pelo facto de ser dinamicamente desiquilibrada quando posta em mo vimento de rotação que lhe é transmido pela rotação do próprio projéctil é obrigada a afastar-se da trajectória do mes

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Ref: Z-VP R H5o-/Sch -3— mo, não impedindo a desdobragem do pára-quedas de travagem.

Na descrição seguinte e nas reivindicações secundárias serão reveladas outras características do presente invento. 0 invento será em seguida explicado em pormenor por meio dos exemplos representados nos desenhos anexos. A Fig. 1 é um corte longitudinal de parte de um projéctil com pára-quedas de travagem. A Fig. 2 mostra parte do projéctil da Fig. 1 depois de expulso o pára-quedas. A Fig. 3 mostra em corte longitudinal parte de um pro jéctil com outra forma de construção. A Fig. 4 mostra um corte pela linha IV-IV da Fig. 3. 0 projéctil representado na Fig. 1 apresenta um manto, em cuja cauda se encontram aletas 2 e cuja parede interior 3, define uma câmara 4 com a forma de um cilindro regu lar limitado do lado da frente por um obturador 5 fixado ao manto 1 por meio de cavilhas 6. No obturador 5 encontra-se um furo onde fica alojada uma cápsula inflamadora 7 que é de tonada por meio de um detonador eléctrico colocado no lado da frente do obturador 5. Ao lado do obturador voltado para a cauda, fica encostado um êmbolo 9 em cujo lado dianteiro está alojada uma carga pirotécnica lo, que entra em combustão por efeito da cápsula inflamadora 7. Pela combustão da carga pirotécnica 10 libertam-se gases cuja pressão cria uma força que actua sobre o lado dianteiro do êmbolo 9 fazendo-o deslizar ao longo da câmara cilíndrica 4 em direcção à cauda do projéctil.

No êmbolo 9 estão previstos vários furos 11 que desem bocam por um lado na cavidade dianteira onde se aloja a carga pirotécnica 10 e por outro na periferia do êmbolo 9. Na periferia do êmbolo 9 desembocam ainda furos 12 que desembocam também, por outro lado, no lado do êmbolo 9 voltado para a cauda do projéctil. Entre as desembocaduras dos furos 11 e dos furos 12 na periferia do êmbolo 9,este apresenta um se- -4- 67 033

Ref: Z-VP R 1150-/Sch gmento de vedação 13 constituído por um anel tórico (0-ring).

No lado voltado para a cauda o êmbolo 9 tem montado no seu interior um rolamento de esferas 14 a cujo anel interior se encontra fixado um cavilhão 15, perpendicular ao eixo do projéctil, para amarração de um feixe de fios 16 de um pára-quedas de travagem 17. C pára-quedas de travagem 17 encontra-se alojado no interior de uma manga 18 de paredes finas, constituída por três peças longitudinais de plástico ou metal. A manga 18 apresenta na periferia exterior dois anéis de guiamento 19 que se ligam à mesma de forma a poderem ser facilmente soltos, mas que permitem que na altura da montagem a manga 18 se comporte como uma peça única, os anéis de guiamento 19 fi cam em contacto com a parede interior 3. A manga 18 fica ainda abraçada exteriormente por um lábio circular 20 e encostada ao lado do êmbolo 9 voltado pa_ ra a cauda do projéctil. A câmara cilíndrica 4 apresenta do lado da cauda do projéctil uma esfera anelar 21,cujo diâmetro é aproximadamen te igual ao diâmetro exterior da manga 18 e ‘cuja espessura é aproximadamente igual h espessura do lábio circular 20 e dos anéis de guiamento 19. Do lado da cauda, próximo da esfera anelar 21, encontra-se um rebaixo 22 onde vai encaixar uma tampa 23 que se fixa ao manto do projéctil 1 por meio de cavilhas de corte 24 e se prolonga até ao ponto onde encosta ao topo da manga 18 e ao topo da espera anelar 21 voltados para a cauda. Entre a tampa 23 e o manto do projéctil 1 encontra-se um vedante 25 que efectua a vedação da tampa 23 em relação à câmara cilíndrica 4 impedindo a passagem dos gases provenientes da pólvora na altura do disparo do projéctil por meio de uma arma de construção tubular. Além disso a tam pa apresenta do lado da cauda um chanfro 26 que lhe confere características de desiquilíbrio dinâmico quando postos em rotação. A activação do pára-quedas de travagem 17 é feita pe-

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Refs Z-VP R 115C-/Sch la carga pirotécnica 10. A força desenvolvida pela pressão dos gases resultantes transmite-se do êmbolo 9, à manga 18 seccionada longitudinalmente assim como à tampa 23 que,, em consequência, é arrancada. Uma vez cortadas as cavilhas de corte 24 a pressão dos gases empurra a tampa 23, a manga 18 e o pára-quedas de travagem 17 para fora da cauda do projé(5 til . Ao mesmo tempo o êmbolo 9 acompanha o movimento das peças anteriores em direcção à cauda do projéctil. A fim de que a manga 18 não se abra no interior da câmara cilíndrica 4 o seu topo dianteiro fica seguro pelo lábio circular 20 do êmbolo 9. Os anéis de guiamento têm igualmente por missão evitar que a manga 18 se abra no interior da câmara cilíndrica 4 e encontram-se ligados à manga 18, por exemplo, por colagem.

Durante a expulsão, os dois anéis de guiamento 19 são arrancados da manga 18 ao atingirem a região da espera circular 21 onde se acumulam ficando aí retidos, o êmbolo 9 fica igualmente retido nessa mesma região por efeito da espe ra anelar 21, enquanto a manga 18, com o pára-quedas de travagem 17 abandona o projéctil. Pora do projéctil a tampa 23 e a manga 18 separam-se e a manga 18 separa-se do pára-quedas de travagem 17 permitindo que este se desdobre. 0 chanfro 26 da tampa 23 cria as condições para que a tampa 23 seja projectada para fora da trajectória do projéctil dado que este está animado de uma certa rotação. Svita--se assim a colisão com o pára-quedas de travagem 17. A fim de avaliar a pressão do gás contido no projéctil, quando o êmbolo 9 atinge a sua posição terminal, está prevista na parede exterior 3 da câmara 4 uma caixa torneada 27 com um comprimento escolhido de modo que os pontos onde desembocam os furos 11 e 12 do êmbolo 9 fiquem em comunicação através dela, permitindo que o gás fazendo um percurso exterior ao vedante 13 se expanda para o exterior. Deste modo consegue-se que o manuseamento do projéctil depois de di£ parado se faça em condições de segurança.

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Ref* Z-VP R 115c~/Sch -6-

Na forma de construção apresentada nas Figs. 3 e 4 em cada segmento da manga 18 encontram-se previstas longa-rinas 28. Estas longarinas podem ser montadas por colagem, soldadura a estanho ou soldadura por eléctrodo ou feitas por um processo de formação adequado. A espera anelar 21 apresenta ranhuras de passagem 29 com a configuração adequada. As longarinas 28 estendem-se ao longo de todo o com primento dos segmentos da manga 18. Estas longarinas impedem que a manga 18 se abra na cauda do projêctil. A parte terminal do êmbolo 9 voltada para a cauda do projéctil apresenta na periferia exterior uma saliência 30 abraçada pela manga 18 que, ao mesmo tempo, se apoia sobre ela.

Claims (8)

1. —7 - 67 033 Ref: Z-VP R 1150-/Sch «SP c REIVINDICAÇÕES 1 - Projéctil com uma câmara cilíndrica (4) delimitada por uma parede interior (3) onde fica alojado um pára-que das de travagem (17) que pode ser expulso pela acção de um êmbolo (9) que se desloca segundo o eixo do projéctil quando impulsionado por uma carga pirotécnica (10), encontrando-se o pára-quedas de travagem (17) envolvido por uma manga (18) dividida em segmentos longitudinais que de um dos lados ficam encostados ao êmbolo (9) caracterizado porj existir do lado da cauda do projéctil uma tampa (23) que tapa a câmara (4) e que é arrancada e expulsa por efeito do êmbolo (9) o qual se encontra encostado ao outro extremo da manga (18); o pára-quedas de travagem (17) se encontrar ligado ao êmbolo; uma espera anelar (21) formada no projéctil a recuperar ou uma peça que faça parte do conjunto de componentes a recuperar se encontrar disposta do lado da cauda da câmara (4) através da qual passa a manga (18)e servir para a retenção do êmbolo (9); se encontrarem previstas guias (19, 28) para a manga (18), dispostas na parede interior (3) da câmara (4).
2. 2 - Projéctil de acordo com a reivindicação 1, cara-cterizado por as guias compreenderem anéis (19) fixados na periferia exterior da manga (18) que são arrancadas pela espera anelar (21).
3. 3 - Projéctil de acordo com a reivindicação 1, cara-cterizado por a manga (18) apresentar na sua periferia exterior longarinas de guiamento (28) e a espera anelar (21) apresentar aberturas de passagem (29) para as referidas longarinas de guiamento (28).
4. 4 - Projéctil de acordo com a reivindicação 1, cara-cterizado por o êmbolo (9) abraçar exteriormente a manga (19) por meio de um lábio circular (20). -8- 67 033 Ref: 2-VP R 1150-/Sch
5. 5 - Projéctil de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado por o êmbolo C9) apresentar, pelo menos, dois furos (11, 12) que desembocam na sua periferia, dos quais, pelo menos, um desemboca na face do êmbolo (9) voltada para o pára-quedas e por na regiSo da posiçSo final do êmbolo (9), em que este fica retido no interior da câmara (4) se encontrar prevista uma caixa torneada (27) que põe em comunicação os furos (11, 12)*
6. 6 - Projéctil de acordo com as reivindicações 1 a 5, caracterizado por a tampa (23) apresentar um chanfro (26).
7. 7 - Projéctil de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizado por o êmbolo (9) apresentar do lado do pára-quedas de travagem um cavilhão ou um gancho (15) ao qual se vai ligar o pára-quedas de travagem (17).
8. 8 - Projéctil de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 7, caracterizado por a tampa 23 quando em rotação ser desequilibrada dinamicamente. Lisboa, -Γ. Γ> Por RHSINKSTALL GmbH - 0 AGENTE OFICIAL -