PT2259837E - Conjunto de porta de acesso venoso com superfícies de empurrar - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

"CONJUNTO DE PORTA DE ACESSO VENOSO COM SUPERFÍCIES DE EMPURRAR"

Esta invenção refere-se ao campo de dispositivos médicos, e mais particularmente, a conjuntos de portas de acesso venoso.

Portas de infusão para a infusão e/ou extracção de fluidos de um doente são bem conhecidas, seguras à extremidade proximal de um cateter implantado. Estas portas são, tipicamente, utilizadas para infusão de fármacos ou extracção de pequenas quantidades de sangue, em que não são necessários fluxos volumosos de fluido. As portas são conjuntos de um alojamento impenetrável por agulha com uma porta de descarga em comunicação de fluidos com o cateter e o reservatório que está dentro do alojamento da porta e proporcionam um septo auto-vedante subcutâneo que define um local de acesso por múltiplas seringas através do tecido de pele de revestimento do doente, através do septo e para o reservatório, sem necessitar de estar continuamente à procura de novos locais de acesso. Um exemplo de uma tal porta é divulgado na Publicação de Patente dos E.U.A. N° US 2007/0270770.

Tal conjunto de porta de acesso venoso é implantada subcutaneamente no doente e o cateter ai fixado é inserido na vasculatura do doente. Para implantação subcutânea do conjunto, é cirurgicamente criada uma bolsa pelo médico sob a pele do doente, adjacente à incisão no vaso sanguíneo 1 onde o cateter entra no vaso. Sabe-se que algumas de tais portas são proporcionadas com protuberâncias parecidas com pás nas suas extremidades proximais, opostas à porta de descarga, que ajudam a criar a bolsa subcutânea quando impelidas para a incisão na pele numa direcção a afastar-se da incisão no vaso sanguíneo através da qual o cateter entra no vaso sanguíneo. É desejado proporcionar uma porta de acesso venoso que seja fácil de introduzir na bolsa subcutânea. 0 documento EP 1238682 divulga uma porta implantável incluindo um alojamento e uma placa base inferior, com o bordo exterior da placa base incluindo reentrâncias côncavas. Outra porta para implante subcutâneo é descrita no documento WO 2006/096686. Portas de acesso vascular em linha são descritas nos documentos US 2007/0078416 AI e US 5833654.

De forma resumida, a presente invenção é um conjunto de porta de acesso venoso que é modelado e configurado para facilitar o segurar do mesmo de modo a impelir uma extremidade proximal do conjunto para a bolsa subcutânea. Numa forma de realização preferida, o alojamento inclui um par de reentrâncias amplas e superficiais em lados opostos do mesmo, nos quais o polegar e o dedo indicador da mão de um médico encaixam facilmente para empurrar a extremidade proximal do conjunto de porta de acesso venoso para a bolsa, com as superfícies proximais das reentrâncias servindo convenientemente como superfícies de empurrar. Outras vantagens adicionais são as superfícies facilitarem a ligação do cateter à porta e, após implante da porta num 2 doente, as superfícies facilitarem a palpação e a localização do septo.

Os desenhos complementares, aqui incorporados e que fazem parte desta descrição, ilustram as formas de realização preferidas, presentemente, da invenção e, juntamente com a descrição qeral dada acima e a descrição detalhada dada abaixo, servem para explicar as características da invenção. Nos desenhos:

As Fig. 1 a 3 são vistas isométrica, de alçado e de topo da porta de acesso venoso da presente invenção. A Fig. 4 é uma vista em corte longitudinal da porta das Fig. 1 a 3; e A Fig. 5 é uma vista isométrica da porta das Figuras 1 a 4, com um cateter (a tracejado) afixado à haste de descarga, uma bolsa subcutânea para a qual o conjunto de porta está a ser impelido e o conjunto de porta a ser segurado pela mão de um médico e a ser empurrado para a bolsa pelo polegar e dedo indicador.

Determinada terminologia é utilizada aqui apenas para conveniência e não deve ser interpretada como limitação da presente invenção. Os termos "distai" e "proximal" referem-se, respectivamente, a direcções mais perto e mais longe do cateter. A terminologia inclui as palavras mencionadas especificamente, suas derivadas e palavras de significado semelhante. A forma de realização ilustrada abaixo não se destina a ser exaustiva ou a limitar a invenção à forma 3 exacta divulgada. Esta forma de realização é escolhida e descrita para melhor explicar o principio da invenção e sua aplicação e utilização prática e para possibilitar que outros especialistas na técnica utilizem a invenção apropriadamente.

De acordo com a presente invenção, um conjunto de porta de acesso venoso 10 das Figuras inclui um alojamento 12, um septo 14 penetrável por agulha e uma haste de descarga 16, na qual um cateter 50 é afixável (ver Fig. 5) numa extremidade distai do conjunto. É observada uma câmara interior 18 na Fig. 4 debaixo do septo 14 e que está em comunicação de fluidos com uma passagem 20 que se estende até e através da haste de descarga 16 para eventual

comunicação de fluidos com um lúmen do cateter. O alojamento 12 é de um material impenetrável por agulha, tal como um material tipo plástico, por exemplo, polissulfona. O septo 14 é, preferencialmente, de um material auto-vedante, tal como silicone, capaz de suportar várias seringas e se auto-vedar quando a agulha é retirada. A haste de descarga 16 é, preferencialmente, adaptada para inserção na extremidade proximal do cateter 50 com um aro ou barbela definido ao longo da superfície exterior da haste para facilitar a retenção do cateter na haste. São proporcionados vários furos 22 de sutura vertical através do alojamento para suturar o conjunto ao tecido subcutâneo do doente após inserção do conjunto na bolsa subcutânea (ver Fig. 5). O conjunto de porta de acesso venoso 10 é mostrado como possuindo uma extremidade proximal 24 que é modelada numa 4 protuberância 26 em forma de pá, estendendo-se horizontalmente a partir da base do alojamento. 0 conjunto inclui ainda um par de reentrâncias 28 em lados opostos do alojamento 12, em que as reentrâncias incluem superfícies proximais 30 que servirão como superfícies de empurrar.

Na Fig. 5, um doente 100 recebe o conjunto de porta de acesso venoso 10 / conjunto de cateter 50. Foi feita uma incisão 102 na pele do doente e o cateter 50 já está colocado na vasculatura do doente. Uma bolsa 104 está a ser criada pelo médico na incisão 102 e o conjunto de porta 10 é impelido para a bolsa 104 por um médico 106. Pode ver-se que a protuberância 2 6 em forma de pá é primeiramente impelida para a bolsa e, de facto, auxilia a expandir a bolsa para um tamanho de encaixe apropriado, suficientemente grande para conter o conjunto de porta. Observa-se o polegar e o dedo indicador do médico 106 posicionados nas reentrâncias 28 do conjunto de porta 10 a impelir contra as superfícies de reentrâncias proximais 30 (Fig. 1) na direcção da bolsa 104. Outras vantagens adicionais consistem nas superfícies facilitarem a ligação do cateter à porta e, após implante da porta num doente, as superfícies facilitam a palpação e a localização do septo.

Podem ser idealizadas outras disposições para auxiliar o médico, tais como reentrâncias em ângulo para baixo e proximalmente e/ou características de superfície de alojamento em ambos os lados do alojamento facilitando a compressão do conjunto de porta, na direcção e para dentro da bolsa, pelo polegar e dedo indicador do médico. Será reconhecido pelos especialistas na técnica que podem ser 5 feitas alterações às formas de realização descritas acima sem sair do seu amplo conceito inventivo. Compreende-se, então, que esta invenção não está limitada às formas de realização particulares divulgadas, mas que abrangerá modificações dentro do âmbito da presente invenção como definido pelas reivindicações em anexo.

Lisboa, 4 de Outubro de 2012 6

Claims (4)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Um conjunto de porta de acesso venoso (10) compreendendo um alojamento (12), um septo (14) afixado ao alojamento (12) e uma haste de descarga (16) numa extremidade distai do alojamento (12) para ser ligada a uma extremidade proximal de um cateter (50), compreendendo o alojamento uma câmara (18) em comunicação de fluidos com uma passagem (20) através da haste de descarga (16), sendo a câmara (18) acessível por agulhas através do septo (14), compreendendo o alojamento (12) ainda um par de paredes laterais opostas, uma base e uma extremidade proximal (24), caracterizado por: a extremidade proximal (24) do alojamento (12) incluir uma protuberância (26) em forma de pá adaptada para ajudar a expandir uma bolsa (104) para um tamanho de encaixe apropriado num doente (100) no qual 0 conj unto de porta (10) é posicionado e por 0 aloj amento (12) compreender ainda um par de reentrâncias (28), uma reentrância em cada parede lateral oposta, entre a extremidade proximal (24) do alojamento (12) e a extremidade distai do alojamento (12), estando cada reentrância (28) orientada verticalmente e incluindo uma superfície proximal (30), em que as reentrâncias (28) estão adaptadas para acolher partes de um polegar e um dedo indicador da 1 mão de um médico para empurrar o conjunto (10) proximalmente para a bolsa (104) de modo a implantar o conjunto (10) no doente (100).
2. 2. Conjunto de porta (10) da reivindicação 1, em que as superfícies (30) são superfícies de empurrar dispostas em extremidades proximais das reentrâncias (28).
3. 3. Conjunto de porta (10) da reivindicação 1, em que cada uma do par de reentrâncias (28) é ampla e superficial.
4. 4. Conjunto de porta (10) de qualquer uma das reivindicações 1 a 3, em que o par de reentrâncias (28) é formado por respectivos entalhes (28) semicirculares numa parte de cada um de ambos os lados do alojamento (12). Lisboa, 4 de Outubro de 2012 2