PT2005102635W

PT2005102635W - Mecanismo de descasque

Info

Publication number: PT2005102635W
Application number: PT2005050126A
Authority: PT
Inventors: Pekka Kokko
Original assignee: Andritz Oy
Priority date: 2004-04-20
Filing date: 2005-04-19
Publication date: 2007-03-30
Also published as: CN100423917C; AT503057A3; AR048616A1; MY158851A; BRPI0509977B1; ZA200608608B; ES2292363B2; AU2005234962B2; SE529363C2; RU2006140786A; SE0502810L; AT503057B1; WO2005102635A1; FI20045140A; FI20045140A0; CA2562072A1; NO20065283L; US8201599B2; CN101001726A; US20120024426A1

Description

DESCRIÇÃO "MECANISMO DE DESCASQUE" A invenção refere-se a um mecanismo de descasque para a decorticação ou pré-tratamento de toros para efectuar, individualmente, um descasque final e para descarregar, pelo menos, alguma da casca removida duma corrente de toros que atravessa o mecanismo de descasque, compreendendo o mecanismo de descasque uma série de veios de descasque rotativos estendendo-se de modo paralelo ao sentido de avanço dos toros a serem ai introduzidos, que estão dotados com uma série de dentes estendendo-se para além da superfície circunferencial do veio e configurados para retirarem a casca em forma de tiras dos toros a processar, de modo transversal relativamente à direcção longitudinal dos toros e, ao mesmo tempo, para transportar os toros de um modo transversal relativamente aos referidos veios, estando os referidos veios, em conjunto com os respectivos dentes, configurados para formar, pelo menos, uma parte de uma superfície de suporte na qual os toros a processar se deslocam através do mecanismo de descasque, e estando os referidos veios de descasque colocados numa relação entre si de tal modo que os toros a processar efectuam um movimento rotativo no mecanismo de descasque, e, devido a esse movimento, os toros na superfície de suporte formada pelos veios de descasque são forçados, à vez, pelo efeito do movimento rotativo dos veios de descasque, a deslocarem-se para a posição superior, a partir da qual rolam no sentido descendente para a posição inferior por cima dos outros toros no mecanismo de descasque. 1

Este tipo de mecanismos de descasque anteriormente conhecidos estão dotados com placas de rebordo entre o veio de descasque situado na posição mais alta e a parede lateral do mecanismo de descasque - nalguns mecanismos, também entre os veios de descasque - para impedir que os toros fiquem encaixados entre o veio de descasque e a parede lateral do mecanismo de descasque ou entre dois veios de descasque, e, impedindo, deste modo, que o toro encaixado seja quebrado. A casca pode, normalmente, ser descarregada de entre o veio de descasque e a placa de rebordo ou de entre dois veios de descasque. A casca retirada dos toros em longas tiras provoca problemas devido à obstrução dos intervalos entre o veio de descasque situado na posição mais alta e as placas de rebordo associadas, fazendo, assim, com que a casca se reúna em grandes emaranhados nestas placas de rebordo situadas nas posições mais altas.

De modo a eliminar estas desvantagens, o mecanismo de descasque da invenção foi configurado de tal modo que de entre os veios de descasque que constituem a referida parte da superfície de suporte para os toros, pelo menos o veio de descasque situado na posição mais alta foi deslocado lateralmente na direcção da parte interna do mecanismo de descasque de tal modo que o referido veio de descasque tem um efeito de impacto sobre os toros que colidem com ele e foram deslocados pelos veios de descasque situados numa posição inferior, e, devido a esse efeito, a direcção de movimento dos toros que colidiram com o referido veio de descasque irá alterar-se de tal modo que, quando se divide o movimento numa componente horizontal e numa vertical, a componente horizontal de movimento irá apontar na direcção da parte interna do 2 mecanismo de descasque, sendo a velocidade circunferencial do veio de descasque seleccionada de modo a ser maior quanto mais alta for a posição do veio de descasque, e sendo disposta uma passagem livre para que a casca passe sobre o veio de descasque situado na posição mais alta, ao longo do qual a casca é descarregada do mecanismo de descasque. A nova posição do veio de descasque situado na posição mais alta tem um efeito que faz com que, no máximo, os toros não se possam, de todo, elevar acima deste veio de descasque situado na posição mais alta. Esta configuração consiste no facto de se dispor uma passagem para que a casca passe sobre o veio de descasque situado na posição mais alta, ao longo do qual a casca é descarregada do mecanismo de descasque. Isto pode ser executado, por exemplo, dispondo uma abertura na parede lateral do mecanismo de descasque no veio de descasque situado na posição mais alta, de tal modo que a casca transportada pelo veio de descasque situado na posição mais alta é removida do mecanismo de descasque através da referida abertura.

Faz-se ainda com que, quanto mais alta for a posição do veio de descasque, maior é a velocidade circunferencial seleccionada do veio de descasque. Por um lado, esta configuração impede que os toros fiquem encaixados entre os veios de descasque e, por outro lado, facilita a descarga da casca do mecanismo de descasque.

Depois do referido veio de descasque situado na posição mais alta, também se podem dispor, obviamente, outros veios de descasque ou meios similares, por exemplo, para continuar o transporte da casca. 0 que é essencial, no entanto, é que qualquer desses veios adicionais já não estejam compreendidos na 3 superfície de suporte supra mencionada formada pelos veios de descasque, em cuja superfície os toros a processar se deslocam através do mecanismo de descasque. A finalidade do referido veio de descasque situado na posição mais alta é, precisamente, para impedir que os toros entrem na área por cima da referida superfície de suporte.

Normalmente, no entanto, devem tomar-se medidas para os toros que, pelo menos ocasionalmente, se elevam acima do veio de descasque situado na posição mais alta. Neste caso, faz-se com que, de um modo preferido, a configuração seja tal que se coloca uma superfície guia em conjunção com o veio de descasque situado na posição mais alta, formando a referida superfície guia, em conjunto com o veio de descasque situado na posição mais alta, uma fenda que converge na direcção de rotação do veio de descasque. Por um lado, uma superfície guia deste tipo facilita a entrada da casca na referida fenda e, por outro lado, impede que os toros entrem na fenda entre a superfície guia e o veio de descasque situado na posição mais alta. A superfície guia está, de um modo preferido, dotada com ranhuras para que haja um entrelaçamento entre a referida superfície guia e os dentes do veio de descasque situado na posição mais alta.

Verificou-se que um rolo de rotação livre ou um rolo rodado por um actuador adequado seria a forma de realização mais eficiente da superfície guia. A invenção irá ser descrita, em seguida, de um modo mais pormenorizado, fazendo-se referência aos desenhos em anexo, nos quais: 4

Figura 1 mostra os veios de descasque de um mecanismo de descasque da técnica anterior na forma de uma vista lateral esquemática.

Figura 2 mostra um corte ao longo da linha II-II na Figura 1.

Figura 3 mostra um corte da Figura 2 do mecanismo de descasque de acordo com a primeira forma de realização da invenção.

Figura 4 mostra um corte de acordo com a Figura 2 do mecanismo de descasque de acordo com a segunda forma de realização da invenção.

Figura 5 mostra um corte de acordo com a Figura 2 de um mecanismo de descasque de acordo com a terceira forma de realização da invenção.

Figura 6 mostra uma vista parcial no sentido da seta VI na Fig. 5. 0 mecanismo 1 de descasque mostrado nos desenhos destina-se à decorticação ou pré-tratamento de toros 2 para efectuar, individualmente, um descasque final e para descarregar, pelo menos, alguma da casca removida duma corrente de madeira que atravessa o mecanismo de descasque. 0 mecanismo 1 de descasque compreende vários veios 3, 3' de descasque rotativos estendendo-se paralelamente ao sentido A de avanço (Fig. 1) dos toros 2 a introduzir nos mesmos, sendo as extremidades dos veios de descasque rodadas nas barreiras 13 de extremidade (Fig. 1) nas extremidades do mecanismo 1 de 5 descasque. Para rodar os veios 3, 3', uma extremidade, ou ambas as extremidades, está dotada com, por exemplo, uma roda 14 motriz. Os veios 3, 3' são rodados no sentido da seta 5 (Fig. 2) .

Os veios 3, 3' de descasque estão dotados com vários dentes 4 estendendo-se para além da superfície circunferencial do veio de descasque e configurados para retirarem a casca em forma de tiras dos toros 2 a processar, de modo transversal, relativamente à direcção longitudinal dos toros e, ao mesmo tempo, a transportar os toros transversalmente em relação aos referidos veios de descasque.

Os veios 3, 3' de descasque, em conjunto com os respectivos dentes 4, formam uma parte da superfície de suporte que transporta os toros 2 através do mecanismo 1 de descasque. As Figuras 1 e 2 mostram um exemplo de um mecanismo da técnica anterior compreendendo quatro veios 3, 3' de descasque, estando os referidos veios configurados relativamente uns aos outros de modo a formarem um plano inclinado, como se pode ver melhor na Figura 2. Os veios 3, 3' de descasque formam um plano em declive, também no sentido A de avanço dos toros. Além disso, as superfícies de suporte são superfícies 15, 16 sólidas concebidas para proporcionar, em conjunto com a superfície de suporte formada pelos veios de descasque, uma calha de escoamento aberta nas extremidades, desde uma extremidade do mecanismo 1 de descasque até à outra.

Os velos 3, 3' de descasque estão colocados numa relação entre si de tal modo que os toros 2 processados efectuam um movimento C rotativo no mecanismo de descasque, cujo movimento obriga os toros 2, na superfície de suporte formada pelos veios 6 3, 3' de descasque, pelo efeito, do movimento 5 rotativo dos veios 3, 3' de descasque, a deslocarem-se, à vez, para a posição superior, a partir da qual rolam no sentido descendente para a posição inferior por cima dos outros toros 2 a processar no mecanismo 1 de descasque.

Nas Figuras 1 e 2 da técnica anterior, coloca-se uma placa 11 de rebordo por cima do veio 3' de descasque situado na posição mais alta, sendo a finalidade da placa de rebordo impedir que os toros fiquem encaixados entre o veio 3' de descasque situado na posição mais alta e a parede lateral do mecanismo 1 de descasque. A casca pode, normalmente, ser descarregada de entre o veio 3' de descasque situado na posição mais alta e a placa 11 de rebordo ou de entre dois veios 3 de descasque e cai sobre o transportador de casca situado por baixo (não mostrado). No entanto, a casca retirada dos toros, especialmente em longas tiras, provoca problemas devido à obstrução dos intervalos entre o veio 3' de descasque situado na posição mais alta e as placas 11 de rebordo associadas, fazendo, assim, com que a casca se reúna em grandes emaranhados nestas placas 11 de rebordo situadas nas posições mais altas.

Para eliminar o referido problema, a Figura 3 mostra, em diagrama, uma solução, na qual o veio 3' de descasque situado na posição mais alta foi deslocado lateralmente na direcção da parte 6 interna do mecanismo 1 de descasque de tal modo que o referido veio de descasque tem um efeito de impacto sobre os toros (2) que colidem com ele e foram deslocados pelos veios (3) de descasque situados numa posição inferior, e, devido a esse efeito, a direcção de movimento dos toros (2) que colidiram com o referido veio de descasque irá alterar-se de tal modo que, quando se divide o movimento numa componente horizontal e numa Ί vertical, a componente horizontal de movimento irá apontar na direcção da parte 6 interna do mecanismo 1 de descasque.

Numa solução de acordo com a invenção, a velocidade circunferencial do veio 3, 3' de descasque é seleccionada de modo a ser maior quanto mais alta for a posição do veio 3, 3' de descasque. Por um lado, esta configuração impede que os toros 2 fiquem encaixados entre os veios 3, 3' de descasque e, por outro lado, facilita a remoção da casca do mecanismo 1 de descasque.

Quando o movimento lateral seleccionado do veio 3' de descasque é suficientemente extenso, os toros 2 são impedidos de passar pelo veio 3' de descasque situado na posição mais alta. Apenas a casca pode passar pelo veio 3' de descasque situado na posição mais alta, pelo que se dispôs uma passagem 7 livre para esta casca, ao longo da qual esta pode ser removida do mecanismo 1 de descasque.

No exemplo da Figura 3, a referida passagem 7 livre é constituída por uma abertura disposta na parede 15 lateral do mecanismo 1 de descasque, ao nível do veio 3' de descasque, podendo a casca, através dessa abertura, cair livremente sobre o transportador de casca situado por baixo (não mostrado).

Na solução de acordo com a Figura 4, uma superfície 8 guia sólida foi colocada em conjunção com o veio 3' de descasque situado na posição mais alta, formando a referida superfície guia, em conjunto com o veio 3' de descasque situado na posição mais alta, uma fenda 9 que converge na direcção 5 de rotação do veio 3' de descasque. No exemplo da Figura 4, a superfície 8 guia é uma superfície rectilínea em forma de placa, mas também pode ter uma forma diferente, por exemplo a forma de uma superfície arqueada. A finalidade da superfície 8 guia consiste, principalmente, em guiar a casca tão eficientemente quanto possível para fora do mecanismo 1 de descasque, mas, ao mesmo tempo, serve para impedir que os toros 2 que passem, ocasionalmente, para lá do veio 3' de descasque situado na posição mais alta saiam do mecanismo 1 de descasque ou fiquem encaixados entre o veio 3' de descasque situado na posição mais alta e a parede 15 lateral do mecanismo 1 de descasque. A superfície 8 guia está configurada de modo a que a casca transportada pelo veio 3r de descasque situado na posição mais alta colida com ela com um ângulo acentuado quando se desloca na direcção da fenda 9.

No exemplo da Figura 5, a superfície 8 guia é formada por um rolo sem dentes, rodando livremente ou sendo passível de rodar de modo independente semelhante aos veios 3, 3' de descasque em termos de estrutura, pelo que os dentes 4 do veio de descasque situado na posição mais alta fazem com que a casca seja descarregada através da fenda 9 entre o veio 3' de descasque situado na posição mais alta e o rolo 8. A superfície 8 guia está - independentemente de ser uma superfície guia rotativa ou fixa, ou da superfície guia ter uma forma de placa, cilíndrica ou qualquer outra - de preferência, dotada com ranhuras 10 para que haja um entrelaçamento entre a referida superfície guia e os dentes 4 do veio 3' de descasque situado na posição mais alta e para, deste modo, formar uma fenda 9 com uma dimensão desejada (Fig. 6). Devido a esta configuração, a casca que foi empurrada através da fenda 9, ao ser forçada, até certo ponto, pelo dente 4, já não pode regressar, facilmente, pela fenda 9, pelo que os dentes 4 adjacentes irão forçar o resto da tira da casca a passar através 9 da fenda 9. A superfície 8 guia móvel formada pelo rolo passível de rotação ou rolando livremente facilita ainda mais a entrada da casca na fenda 9 e a saída desta para fora do mecanismo 1 de descasque.

Lisboa, 10 de Outubro de 2006 10

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Mecanismo (1) de descasque para a decorticação ou pré-tratamento de toros para efectuar, individualmente, um descasque final e para descarregar, pelo menos, alguma da casca removida duma corrente de madeira que atravessa o mecanismo de descasque, compreendendo o referido mecanismo de descasque uma série de veios (3, 3') de descasque rotativos estendendo-se de modo paralelo ao sentido (A) de avanço dos toros a serem ai introduzidos, que estão dotados com uma série de dentes (4) estendendo-se para além da superfície circunferencial do veio (3, 3') e configurados para retirarem a casca em forma de tiras dos toros (2) a processar, de modo transversal relativamente à direcção longitudinal dos toros e, ao mesmo tempo, para transportar os toros de um modo transversal relativamente aos referidos veios (3, 3')/ estando os referidos veios (3, 3'), em conjunto com os respectivos dentes (4), configurados para formar, pelo menos, uma parte de uma superfície de suporte na qual os toros (2) a processar se deslocam através do mecanismo (1) de descasque, e estando os referidos veios (3, 3') de descasque colocados numa relação entre si de tal modo que os toros (2) a processar efectuam um movimento (C) rotativo no mecanismo de descasque, e, devido a esse movimento, os toros (2) na superfície de suporte formada pelos veios (3, 3') de descasque são forçados, à vez, pelo efeito do movimento (5) rotativo dos veios (3, 3') de descasque, a deslocarem-se para a posição superior, a partir da qual rolam no sentido descendente para a posição inferior por cima dos outros toros (2) no mecanismo (1) de descasque, caracterizado por os veios (3, 3') de descasque 1 que constituem a referida parte da superfície de suporte para os toros (2), pelo menos o veio (3f) de descasque situado na posição mais alta, ser deslocado lateralmente na direcção da parte (6) interna do mecanismo (1) de descasque de tal modo que o referido veio de descasque tem um efeito de impacto sobre os toros (2) que colidem com ele e foram deslocados pelos veios (3) de descasque situados numa posição inferior, e, devido a esse efeito, a direcção de movimento dos toros (2) que colidiram com o referido veio de descasque irá alterar-se de tal modo que, quando se divide o movimento numa componente horizontal e numa vertical, a componente horizontal de movimento irá apontar na direcção da parte (6) interna do mecanismo de descasque (1), por a velocidade circunferencial do veio de descasque ser seleccionada de modo a ser maior quanto mais alta for a posição do veio (3, 3') de descasque, e por se dispor uma passagem (7) livre para que a casca passe sobre o veio (3') de descasque situado na posição mais alta, ao longo do qual a casca é descarregada do mecanismo (1) de descasque.
2. Mecanismo de descasque como definido na reivindicação 1, caracterizado por, em conjunção com o veio (3' ) de descasque situado na posição mais alta, se colocar uma superfície (8) guia, formando a referida superfície guia, em conjunto com o veio (3') de descasque situado na posição mais alta, uma fenda (9) que converge na direcção (5) de rotação do veio (3') de descasque.
3. Mecanismo de descasque como definido na reivindicação 2, caracterizado por a superfície (8) guia estar dotada com ranhuras (10) para que haja um entrelaçamento entre a 2 referida superfície (8) guia e os dentes (4) do veio (3') de descasque situado na posição mais alta.
4. Mecanismo de descasque como definido na reivindicação 2 ou 3, caracterizado por a superfície (8) guia ser constituída por um rolo que roda livremente.
5. Mecanismo de descasque como definido na reivindicação 2 ou 3, caracterizado por a superfície (8) guia ser constituída por um rolo passível de rotação. Lisboa, 10 de Outubro de 2006 3