PT1924421E - Unidade de moldagem de tipo linear para uma instalação de fabrico de recipientes - Google Patents

Description

ΡΕ1924421 1

DESCRIÇÃO

"UNIDADE DE MOLDAGEM DE TIPO LINEAR PARA UMA INSTALAÇÃO DE FABRICO DE RECIPIENTES" 0 presente invento diz respeito ao fabrico de recipientes. 0 invento diz mais particularmente respeito a uma unidade de moldagem para uma instalação de sopragem ou de estiramento-sopragem de recipientes. Numa tal instalação, os esboços (geralmente realizados num material termoplástico tal como o PET) vão, num primeiro momento, ser aquecidos por meio de um processo que consiste em fazê-los passar uns a seguir aos outros através de um forno a uma temperatura inferior à (mas próxima da) sua temperatura de transição vítrea, sendo depois transferidos para uma unidade de moldagem onde eles irão ser enformados por sopragem ou estiramento- sopragem.

Actualmente existem duas grandes famílias de unidades de moldagem. Na primeira, que corresponde a cadências de fabrico elevadas (superiores a 10.000 recipientes/hora), acham-se incluídas as máquinas rotativas, nas quais um carrossel é portador de uma pluralidade de moldes repartidos ao longo da sua circunferência, cada molde compreendendo dois meios-moldes montados de forma rotativa um em relação 2 ΡΕ1924421 ao outro segundo um eixo paralelo ao eixo do recipiente, nos quais os recipientes irão ser sucessivamente moldados um a um, uns após os outros. Para ilustrar esta técnica poder-se-á fazer referência ao pedido de patente publicado sob o número FR 2 793 722, em nome do requerente do presente pedido.

Na segunda, que corresponde a cadências de fabrico elevadas (superiores a 10.000 recipientes/hora) , acham-se incluídas as máquinas ditas lineares, nas quais um molde compreende dois meios-moldes que se podem deslocar em translação um em relação ao outro, perpendicularmente ao plano de união do molde. Nesta família, as cadências podem ser aumentadas através da utilização de um molde multi-cavidades próprio para a moldagem simultânea de vários recipientes. O invento diz respeito a esta segunda família de unidades de moldagem. Chama-se a atenção para o facto de que entre o forno e a unidade de moldagem se acha geralmente interposto um dispositivo de transferência próprio para recolher por grupo os esboços à saída do forno e para os introduzir na unidade de moldagem regulando a distância entre os eixos dos vários recipientes. Uma vez que nem o aquecimento nem a transferência dos esboços fazem parte do no âmbito do presente invento, essas questões não irão ser abordadas de uma maneira mais pormenorizada no decorrer de descrição que irá ser feita a seguir. 3 ΡΕ1924421

Uma primeira dificuldade com a qual são confrontados os fabricantes no caso da técnica linear é a que diz respeito à abertura e ao fecho dos meios-moldes. Com efeito, estes meios-moldes (sobretudo quando compreendem várias cavidades) são relativamente pesados; ora, as operações de abertura e de fecho dos meios-moldes devem ser realizadas durante uma fracção de segundos (da ordem de 0,5 segundos). Por conseguinte, o mecanismo de abertura/fecho deve ter uma potência suficiente, e os atritos devem ser mínimos.

Uma segunda dificuldade é a que diz respeito ao bloqueamento dos meios-moldes em posição fechada (posição na qual é realizada a sopragem dos recipientes). Com efeito, por ocasião da sopragem os meios-moldes vão ser submetidos a importantes esforços de afastamento, devidos à pressão de sopragem que pode atingir o valor de 40 bar.

De entre as soluções técnicas conhecidas citamos a título de exemplo o pedido de patente francesa publicado sob o número FR 2 790 702, igualmente em nome do requerente do presente pedido. Para além desse pedido foram também apresentados por outras entidades vários pedidos de patente para a técnica linear. Citemos a título de exemplo o pedido de patente europeia publicado sob o número EP 0 703 058 (A.K. TECHNICAL LABORATORY). Neste documento, o deslocamento das peças móveis da unidade de moldagem (designadamente os meios-moldes) é assegurado por cilindros hidráulicos. Esta técnica requer uma importante potência hidráulica, tendo em conta as massas a deslocar. Uma técnica alternati- 4 ΡΕ1924421 va é aquela que consiste em substituir os cilindros hidráulicos por motores lineares (ver EP 1 533 103 (KOSME) ) ou por sistemas de parafuso sem fim (ver por exemplo a patente SIDEL aqui anteriormente referida, FR 2 790 702). Esta técnica permite utilizar os importantes binários fornecidos pelos motores eléctricos sem recorrer às anteriormente referidas potências hidráulicas, no entanto, a lentidão do sistema helicoidal de parafuso sem fim limita as cadências de produção. No que diz respeito aos motores lineares, chama-se a atenção para o facto de que é necessário assegurar a sua perfeita sincronização, o que parece ser uma tarefa relativamente delicada.

As técnicas conhecidas mostram ser insuficientes para ultrapassar de maneira satisfatória as dificuldades que aqui acabaram de ser expostas, e para aumentar as cadências com total segurança. O objectivo do invento consiste em remediar certas insuficiências, aqui anteriormente referidas, das técnicas conhecidas.

Para esse efeito, o invento propõe uma Unidade de moldagem para uma instalação de sopragem ou de estiramento-sopragem de recipientes a partir de esboços em material termoplástico, que compreende: um par de meios-moldes, cada um deles dotado de pelo menos uma meia-cavidade de moldagem, montados respec- 5 ΡΕ1924421 tivamente em dois suportes móveis em translação horizontal segundo uma direcção transversal perpendicular a uma direcção longitudinal de transporte dos esboços, entre uma posição fechada na qual os suportes se acham aproximados um do outro e em que as meias-cavidades formam conjuntamente uma parede lateral da cavidade de moldagem e uma posição aberta na qual os suportes se acham afastados um do outro; uma transmissão primária que comanda o deslocamento dos suportes de meios-moldes e que compreende uma carne primária montada num veio rotativo que é accionado por um motor, assim como um seguidor de carne primária que vai cooperar com a carne primária e que se acha acoplado a cada suporte de meio-molde; um fundo de molde montado num suporte móvel em translação vertical segundo uma direcção perpendicular às direcções longitudinal e transversal, entre uma posição alta na qual uma superfície superior do fundo de molde completa a cavidade de moldagem em posição fechada dos suportes e uma posição baixa afastada da posição alta, abaixo desta última; uma transmissão secundária que comanda o deslocamento do suporte de fundo de molde e que compreende uma transmissão secundária montada no mesmo veio rotativo, assim como um seguidor de carne secundária que vai cooperar com a carne secundária e que se acha acoplado ao 6 ΡΕ1924421 suporte de fundo de molde; um dispositivo de bloqueamento que compreende dois elementos de bloqueamento cada um dos quais vai cooperar com um suporte de meio-molde, que são móveis em translação entre uma posição de bloqueamento na qual os elementos de bloqueamento vão bloquear os suportes de meios-moldes em posição fechada e uma posição de libertação na qual os elementos de bloqueamento permitem a passagem dos suportes de meios-moldes para a posição aberta; uma transmissão terciária que comanda o deslocamento dos elementos de bloqueamento e que compreende uma carne terciária montada no mesmo veio rotativo, assim como um seguidor de carne terciária que vai cooperar com a carne terciária e que se acha acoplado a cada elemento de bloqueamento.

Deste modo, o mecanismo que comanda os movimentos das peças da unidade de moldagem, do tipo "totalmente mecânica", faz aumentar ao mesmo tempo a fiabilidade e a longevidade desta última. Por outro lado, a sincronização entre as diferentes transmissões resulta directamente do perfil das carnes e da sua montagem num único veio de transmissão.

Outros objectivos e vantagens do invento tornar-se-ão evidentes à luz da descrição que irá ser feita a seguir com referência aos desenhos anexos nos quais: 7 ΡΕ1924421 a Figura 1 é uma vista esquemática em perspectiva que mostra (em parte) uma instalação de fabrico de recipientes a partir de esboços; a Figura 2 é uma vista esquemática em perspectiva que mostra parcialmente uma unidade de moldagem de acordo com o invento, para uma instalação de fabrico de recipientes; nesta figura, a unidade de moldagem é representada numa configuração fechada/bloqueada; a Figura 3 é uma vista em alçado lateral que mostra a unidade de moldagem da Figura 2 segundo a direcção III; as Figuras 4A e 4B são vistas semelhantes à Figura 2, respectivamente numa configuração posição fecha-da/desbloqueada e aberta/desbloqueada; as Figuras 5A, 5B e 5C são vistas em alçado principal (com o molde em corte) que mostram a unidade de moldagem das Figuras 2, 4A e 4B nas mesmas posições que nestas últimas figuras, respectivamente; as Figuras 6A, 6B e 6C são vistas em alçado principal (com o molde em corte) que mostram a unidade de moldagem limitada à transmissão secundária, nas mesmas posições que nas Figuras 5A, 5B e 5C, respectivamente; e as Figuras 7A, 7B e 7C são vistas em alçado principal e em corte que mostram a unidade de moldagem limitada à transmissão terciária, nas mesmas posições que nas Figuras 5A, 5B e 5C, respectivamente;

Na Figura 1 é representada esquematicamente - e ΡΕ1924421 parcialmente - uma instalação 1 de moldagem de recipientes 2 a partir de esboços 3 (que no presente caso são pré-formas) em material plástico, tal como PET (poli(tereftalato de etileno)).

Esta instalação 1 compreende um carrossel 4 no qual são montadas as pré-formas 3, suspensas nuns suportes rotativos 5 que as animam com um movimento de rotação pelo menos quando elas entram num forno (ou unidade de aquecimento) onde elas são aquecidas umas após as outras ao ficarem por exemplo expostas à radiação infravermelha de lâmpadas tubulares (não representadas).

Como se acha representado na Figura 1, a máquina 1 compreende igualmente uma unidade de moldagem 6 equipada com um molde 7 com várias cavidades 8 (quatros cavidades no presente caso), na qual os esboços quentes 3 vão ser depositados após terem para ai sido transferidos a partir do posto de aquecimento por meio de um dispositivo de transferência apropriado (não representado).

Por convenção é chamada longitudinal e designada pela letra L a direcção segundo a qual as pré-formas 3 são conduzidas para a unidade de moldagem 6. 0 molde 7 compreende dois meios-moldes 9 cada um dos quais se acha dotado de pelo menos uma meia-cavidade de moldagem (quatros meias-cavidades no presente caso) e montadas respectivamente em dois suportes 10 móveis em trans- 9 ΡΕ1924421 lação horizontal sobre uma armação fixa 11 da unidade de moldagem 6, segundo uma direcção transversal T perpendicular à direcção longitudinal L de transporte das pré-formas 3, entre: uma posição fechada na qual os suportes 10 se acham aproximados um do outro, achando-se os meios-moldes 9 em contacto mútuo e indo as meias-cavidades formar conjuntamente uma parede lateral da cavidade de moldagem 8 (ver as Figuras 5A e 5B), e uma posição aberta na qual os suportes 10 (e portanto os meios-moldes 9) se acham afastados um do outro para permitir a evacuação do recipiente 2 formado (ver a Figura 5C) e depois a introdução de pelo menos uma pré-forma 3 entre os meios-moldes 9.

Mais precisamente, cada meio-molde 9 apresenta-se sob a forma de uma peça monobloco aplicada, fixada numa placa 12 do correspondente suporte 10, disposta num plano vertical paralelo à direcção longitudinal L.

Como é visível nas Figuras 2, 4A e 4B, cada suporte 10 acha-se dotado de um par de patins canelados sobrepostos 13 que se estendem de forma saliente a partir da placa 12, segundo uma direcção transversal, em consola, do lado oposto ao correspondente meio-molde 9. O molde 7 compreende igualmente um fundo de molde 14 que apresenta uma superfície superior complementar do 10 ΡΕ1924421 fundo do recipiente 2 a formar e que se acha montado num suporte 15 móvel em translação vertical segundo uma direc-ção perpendicular às direcções longitudinal e transversal, entre: uma posição alta na qual uma superfície superior do fundo de molde 14 completa a cavidade de moldagem 8 em posição fechada dos suportes 10 (ver as Figuras 5A e 5B) , e uma posição baixa afastada da posição alta, localizada abaixo desta, para permitir a evacuação do recipiente 2 formado (ver a Figura 5C). A unidade de moldagem 6 compreende ainda um dispositivo 16 de bloqueamento do molde 7 em posição fechada, a fim de permitir que este seja capaz de suportar as pressões da sopragem sem que se verifique um afastamento intempestivo dos meios-moldes 9. O dispositivo de bloqueamento 16 compreende dois elementos de bloqueamento 17, cada um dos quais vai cooperar com um suporte de meio-molde 10, que são móveis entre: uma posição de bloqueamento na qual os elementos de bloqueamento 17 vão bloquear os suportes de meios-moldes 10 em posição fechada (ver as Figuras 2 e 5A); e uma posição de libertação na qual os elementos de bloqueamento 17 permitem a passagem dos suportes de 11 ΡΕ1924421 meios-moldes 10 para a posição aberta.

Como se acha ilustrado nas Figuras 5A a 5C, os elementos de bloqueamento 17 podem-se deslocar em translação vertical (paralelamente ao movimento do suporte de fundo de molde), indo a posição de libertação ficar localizada acima da posição de bloqueamento. Cada um dos elementos de bloqueamento 17 acha-se dotado de um par de guias transversais caneladas sobrepostas 18 cujo afastamento é idêntico ao dos patins 13 do correspondente suporte 10.

Em posição de bloqueamento, os patins 13 acham-se encostados contra uma extremidade das correspondentes guias 18, achando-se as respectivas caneluras decaladas verticalmente, o que impede qualquer movimento de afastamento entre os suportes 10. Pelo contrário, em posição de libertação, as caneluras dos patins 13 encontram-se alinhadas com as caneluras das : correspondentes guias 18, de maneira que os suportes 10 podem deslizar livremente no sentido de se afastarem um do outro, indo os patins 13 deslizar nas suas respectivas guias 18. A sequência dos movimentos dos suportes de meios-moldes 10, do suporte de fundo de molde 15 e dos elementos de bloqueamento 17 é a que se indica a seguir.

Partindo de uma configuração fechada/bloqueada da unidade de moldagem 6, na qual os suportes de meios-moldes 10 se acham em posição fechada, os elementos de bloqueamen- 12 ΡΕ1924421 to 17 em posição de bloqueamento e o suporte de fundo de molde 15 em posição alta (Figuras 2, 5A, 6A, 7A) , após ter terminado o ciclo de sopragem do recipiente 2, os elementos de bloqueamento 17 são deslocados para cima, indo ficar em posição de libertação (Figuras 4A, 5B, 6B, 7B) . A configuração da unidade de moldagem 6 é chamada fecha-da/desbloqueada. Nesta configuração, os suportes de meios-moldes 10 são mantidos em posição fechada e o suporte de fundo de molde 15 é mantido em posição alta. O recipiente 2 formado acha-se ainda situado dentro da cavidade de moldagem 8 .

Depois os suportes de meios-moldes 10 são afastados, indo ficar em posição aberta, ao mesmo tempo que o suporte de fundo de molde 15 é deslocado para a sua posição baixa. A unidade de moldagem 6 acha-se então numa configuração chamada de aberta/desbloqueada (Figuras 4B, 5C, 6C, 7C). Nesta configuração, o recipiente 2 formado é evacuado, por exemplo para uma unidade de enchimento ou de armazenagem transitória com vista a um enchimento ulterior. A fim de permitir a sua passagem de uma para outra configuração, a unidade de moldagem 6 compreende várias transmissões, a saber: uma transmissão primária 19 própria para comandar o deslocamento dos suportes de meios-moldes 10; uma transmissão secundária 20 própria para comandar o 13 ΡΕ1924421 deslocamento do suporte de fundo de molde 15; e uma transmissão terciária 21 própria para comandar o deslocamento dos elementos de bloqueamento 17.

Estas transmissões, mecânicas, são todas governadas simultaneamente por um veio de transmissão comum 22, igualmente designado por veio de carnes, cuja rotação é assegurada por um motor eléctrico 23 comandado por uma unidade 24 de controlo da instalação, unidade 24 essa que além disso assegura designadamente a sincronização da unidade de moldagem 6 e do dispositivo de transferência das pré-formas 3. A transmissão primária 19 compreende uma carne primária 25, montada no veio de carnes 22, assim como o seguidor de carne primária 2 6 que vai cooperar com a carne primária 25 e que se acha acoplada a cada suporte de meio-molde 10.

Mais precisamente, de acordo com um primeiro modo de realização (não representado), a carne primária e o seguidor de carne primária são comuns para os dois suportes de meios-moldes, indo um jogo de alavancas assegurar alternativamente o afastamento e a aproximação dos suportes.

No entanto, de acordo com um modo de realização preferido, correspondente aos desenhos, é prevista a existência de um par de carnes primárias 25 e de um par de uns 14 ΡΕ1924421 correspondentes seguidores de carnes primárias 26 próprios para comandar separadamente (se bem que de maneira sincronizada) o afastamento e, reciprocamente, a aproximação dos suportes 10. Com efeito, uma tal montagem é preferível para vencer - e isto com uma velocidade de funcionamento elevada-a inércia dos suportes de meios-moldes 10 (com os seus correspondentes meios-moldes 9).

As duas carnes primárias 25 são montadas nas duas extremidades opostas do veio de carnes 22, indo cada carne 25 apresentar-se sob a forma de um disco no qual se acha praticada uma ranhura 27 de perfil assimétrico formando um caminho de carne de contorno fechado em torno do eixo de rotação do veio 22, enquanto que o correspondente seguidor de carne primária 26 compreende um rolete 28 montado de forma a poder rodar livremente na extremidade de uma alavanca 29 rigidamente fixada pela sua extremidade oposta a um veio secundário 30 decalado em relação ao veio de carnes 22 uma distância superior ao raio da carne primária 25. Duas bielas 31, igualmente rigidamente fixadas a cada uma das extremidades do veio secundário 30, acham-se ligadas ao correspondente suporte de meio-molde 10 para transformar o movimento de rotação do veio secundário 30, resultante do movimento de balanceiro da alavanca 29 no decorrer da rotação da carne 25, em movimento linear do suporte de meio-molde 10.

Como aqui foi anteriormente indicado, cada suporte de meio-molde 10 é accionado em movimento de translação pelo seu próprio jogo de came/seguidor de carne. Sob este 15 ΡΕ1924421 ponto de vista, a unidade de moldagem 6 apresenta uma simetria plana em relação a um plano vertical transversal, sendo os dois jogos de carne primária 25/seguidor de carne primária 26 montados com as cabeças opostas, sendo prevista a existência de dois veios secundários 30 paralelos, como é visível na Figura 2 e nas Figuras 4A a 6B. A transmissão secundária 20 compreende uma carne secundária 32, igualmente montada no veio de carnes 22, assim como um seguidor de carne secundária 33 que vai cooperar com a carne secundária 32 e que se acha acoplado ao suporte de fundo de molde 15.

Mais precisamente, e como é visível nas Figuras 7A a 7C, a carne secundária 32 apresenta um caminho de carne 34 que é constituído pela sua periferia cujo contorno é assimétrico, o seguidor de carne secundária 33 compreendendo um rolete 35 montado de forma a poder pivotar livremente numa alavanca 35 montada de forma a poder rodar livremente num dos veios secundários 30 (por exemplo por intermédio de uma chumaceira de contacto por deslizamento ou por rolamento) , alavanca 36 essa na qual é montado de forma articulada o suporte de fundo de molde 15 por intermédio de uma pequena biela 37. O peso do suporte de fundo de molde 15 e da sua pequena biela 37 pode ser suficiente para fazer com que o rolete 35 se vá manter em contacto com o seu caminho de carne 33, mas pode ser prevista a existência de uma mola de chamada (não representada) própria para solicitar de uma maneira permanente a alavanca 36 em direc- 16 ΡΕ1924421 ção à came 32.

No que diz respeito à transmissão terciária 21 cabe dizer que ela compreende, por um lado, uma came terciária 38 montada no veio de carnes 22, encostada a uma das carnes primárias 25, e tal como esta formada por um disco no qual se acha formada uma ranhura 39 (visível em transparência nas Figuras 7A a 7C) de perfil assimétrico formando um caminho de came de contorno fechado em torno do eixo de rotação do veio de carnes 22, e, por outro lado, um seguidor de came terciária 4 0 que vai cooperar com a came 38 e que se acha acoplado conjuntamente aos dois elementos de blo-queamento 17.

Na prática, o peso dos elementos de bloqueamento 17 não é suficientemente grande para impedir que o seguidor de came terciária 40 seja capaz de por si só (por intermédio de um jogo de bielas) comandar simultaneamente os dois elementos de bloqueamento 17.

Deste modo, como se acha representado nas Figuras 7A, 7B e 7C nas quais a transmissão terciária 21 é visível por transparência, o seguidor de came terciária 40 compreende um rolete 41, que vai cooperar com o caminho de came 39, montado de forma a poder rodar livremente numa extremidade de uma alavanca 42 dobrada em forma de cotovelo que se acha por sua vez montada de forma a poder rodar livremente num dos veios secundários 30. Uma manivela 43, igualmente montada neste veio secundário 30 e rigidamente 17 ΡΕ1924421 fixada à alavanca 42 dobrada em forma de cotovelo, acha-se além disso ligada a um dos elementos de bloqueamento 17 por intermédio de uma biela 44 para transformar o movimento de rotação da alavanca 42 dobrada em forma de cotovelo num movimento de translação do elemento de bloqueamento 17. Uma outra alavanca 45, sensivelmente simétrica, acha-se além disso montada de forma a poder rodar livremente pelo seu centro num outro veio secundário 30. Esta alavanca 45 acha-se, por meio de uma primeira extremidade, ligada ao cotovelo da alavanca 42 por intermédio de uma pequena biela 46 e, por meio de uma extremidade oposta, a outro elemento de bloqueamento 17 por intermédio de uma pequena biela 44 para transformar o movimento de rotação da alavanca 42 dobrada em forma de cotovelo num movimento de translação vertical do elemento de bloqueamento 17.

No que diz respeito aos perfis das carnes 25, 32, 38, deverá aqui ser dito que os entendidos na matéria serão capazes de os realizar em função das dimensões da unidade de moldagem 6 e do ciclo escolhido para as operações de moldagem. Chama-se a atenção para o facto de que no caso presente, cada caminho de carne 27, 33, 39 se apresenta sob a forma de: uma primeira porção Pl de grande raio, de valor constante, que se estende sensivelmente ao longo de 180° e que corresponde: para a carne primária 25, à posição fechada do 18 ΡΕ1924421 correspondente suporte de meio-molde 10 (Figuras 4B, 5C, 6C, 7C); para a came secundária 32, à posição alta do suporte de fundo de molde 15; para a came terciária 38, à posição desbloqueada dos elementos de bloqueamento 17 (Figuras 6A, 6B) , uma segunda porção P2 de pequeno raio, de valor constante, que se estende sensivelmente ao longo de 90° e que corresponde: para a came primária 25, à posição aberta do correspondente suporte de meio-molde 10 (Figuras 5A, 5B) ; - para a came secundária 32, à posição baixa do suporte de fundo de molde 15; para a came terciária 38, à posição bloqueada dos elementos de bloqueamento 17 (Figuras 6A, 6B), e duas porções de ligação P3 que efectuam uma ligação continua entre a primeira porção PI e a segunda porção P2 .

Da forma de concepção da unidade de moldagem 6 que aqui acaba de ser descrita resulta um certo número de vantagens.

Em primeiro lugar, a transmissão do movimento de 19 ΡΕ1924421 tipo "completamente mecânico" permite libertar-se dos problemas de manutenção e de segurança encontrados nos sistemas de cilindros hidráulicos (refiram-se designadamente as faltas de estanqueidade, dificilmente reparáveis e tendo consequências em termos de segurança tendo em conta as elevadas pressões de óleo). A manutenção da unidade de moldagem 6 encontra-se facilitada graças à acessibilidade de das transmissões 19, 20, 21, agrupadas em torno de um mesmo veio 22 disposto por debaixo do molde 7. As carnes 25, 32, 38, do mesmo modo que as alavancas e bielas 29, 31, 36, 37, 42, 43, 44, 45, 46, podem ser facilmente desmontadas e substituídas (e mesmo reparadas) in situ.

No que diz respeito ao accionamento, há que referir que para o funcionamento da unidade de moldagem 6 é suficiente apenas um único motor eléctrico 23, indo este motor 23 accionar o veio de carnes 22 com distribuição sobre os suportes de meios-moldes 10, suporte de fundo de molde 15 e elementos de bloqueamento 17 sem que para isso seja necessário recorrer à utilização de motores auxiliares, em benefício da simplicidade de funcionamento (não sendo necessária nenhuma sincronização de motores ou cilindros hidráulicos) e de manutenção. Este motor único 23, dimensionado para poder deslocar as peças mais pesadas (no presente caso os suportes de meios-moldes 10 e os seus respec-tivos meios-moldes 9), é necessariamente apropriado para as peças menos pesadas (o suporte de fundo de molde 15 e os elementos de bloqueamento 17) , de maneira que é necessário apenas um único dimensionamento, em benefício da simplici- 20 ΡΕ1924421 dade de concepção.

Além disso, o agrupamento da transmissões 19, 20, 21 em torno de um mesmo veio de transmissão 22 e a montagem das carnes 25, 32, 38 nesse mesmo veio 22 permitem evitar a acumulação de tolerâncias de montagem necessárias nas máquinas complexas em que as peças móveis são montadas em cascata, tolerâncias essas que são geradoras de folgas de funcionamento. No caso do presente invento, essas folgas de funcionamento são minimizadas.

Lisboa, 28 de Janeiro de 2010 1 ΡΕ1924421

REFERENCIAS CITADAS NA DESCRIÇÃO

Esta lista de referências citadas pelo requerente é apenas para conveniência do leitor. A mesma não faz parte do documento da patente Europeia. Ainda que tenha sido tomado o devido cuidado ao compilar as referências, podem não estar excluídos erros ou omissões e o IEP declina quaisquer responsabilidades a esse respeito.

Documentos de patentes citadas na Descrição

Claims (8)

1. ΡΕ1924421 1 REIVINDICAÇÕES 1. Unidade de moldagem (6) para uma instalação (1) de sopragem ou de estiramento-sopragem de recipientes (2) a partir de esboços (3) em material termoplástico, que compreende: - um par de meios-moldes (9), cada um deles dotado de pelo menos uma meia-cavidade de moldagem, montados respectivamente em dois suportes (10) móveis em translação horizontal segundo uma direcção transversal perpendicular a uma direcção longitudinal de transporte dos esboços (3), entre uma posição fechada na qual os suportes (10) se acham aproximados um do outro e em que as meias-cavidades formam conjuntamente uma parede lateral de uma cavidade de moldagem (8) e uma posição aberta na qual os suportes (10) se acham afastados um do outro; - uma transmissão primária (19) que comanda o deslocamento dos suportes de meios-moldes (10); - um fundo de molde (14) montado num suporte (15) móvel em translação vertical segundo uma direcção perpendicular às direcções longitudinal e transversal, entre uma posição alta na qual uma superfície superior do fundo de molde (14) completa a cavidade de moldagem (8) em posição fechada dos suportes (10) e uma posição baixa afastada da posição alta, abaixo desta última; - uma transmissão secundária (20) que comanda o deslo- 2 ΡΕ1924421 camento do suporte de fundo de molde (15); - um dispositivo de bloqueamento (16) que compreende dois elementos de bloqueamento (17) cada um dos quais vai cooperar com um suporte de meio-molde (10), que são móveis em translação entre uma posição de bloqueamento na qual os elementos de bloqueamento (17) vão bloquear os suportes de meios-moldes (10) em posição fechada e uma posição de libertação na qual os elementos de bloqueamento (17) permitem a passagem dos suportes de meios-moldes (10) para a posição aberta; - uma transmissão terciária (21) que comanda o deslocamento dos elementos de bloqueamento (17); caracterizada por - a transmissão primária (19) compreender uma carne primária (25) montada num veio rotativo (22) que é accionado por um motor (23) , assim como um seguidor de carne primária (2 6) que vai cooperar com a carne primá ria (25) e que se acha acoplado a cada suporte de meio-molde (10); - a transmissão secundária (20) compreender uma carne secundária (32) montada no mesmo veio rotativo (22), assim como um seguidor de carne secundária (34) que vai cooperar com a carne secundária (32) e que se acha acoplado ao suporte de fundo de molde (15); - a transmissão terciária (21) compreender uma carne terciária (38) montada no mesmo veio rotativo (22), assim como um seguidor de carne terciária (40) que vai 3 ΡΕ1924421 cooperar com a came terciária (38) e que se acha acoplado a cada elemento de bloqueamento (17).
2. 2. Unidade de moldagem (6) de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a came primária (25) se apresentar sob a forma de um disco que se acha montado no veio rotativo (22) e no qual se acha formado um caminho de came (27); o seguidor de came primária (26) compreender um rolete (28) que vai cooperar com o correspondente caminho de came (27); e o rolete (28) ser montado numa alavanca (29) montada de forma rotativa num veio secundário (30) paralelo ao veio rotativo (22), achando-se esta alavanca (29) acoplada a pelo menos um suporte de meio-molde (10) por intermédio de pelo menos uma biela (31) montada de forma rigida no referido veio secundário (30).
3. 3. Unidade de moldagem (6) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada por o seguidor de came primária (26) ser comum para os dois suportes de meios-moldes (10).
4. 4. Unidade de moldagem (6) de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada por a transmissão primária (19) compreender duas carnes primárias (25) montadas no veio rotativo (22), assim como dois seguidores de carnes primárias (26) que vão cooperar respectivamente com as carnes 4 PEl924421 primárias (25) e que se acham acoplados respectivamente aos dois suportes de meios-moldes (10).
5. 5. Unidade de moldagem (6) de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada por a carne secundá ria (32) apresentar um caminho de carne (33) constituído pela sua periferia de contorno assimétrico, e por o seguidor de carne secundária (34) compreender um rolete (35) montado numa alavanca (36) que se acha montada de forma rotativa num veio secundário (30) e que se acha ligada ao suporte de fundo de molde (15) por intermédio de pelo menos uma pequena biela (37).
6. 6. Unidade de moldagem (6) de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada por a carne terciária (38) compreender um disco que se acha montado no veio de transmissão e no qual se acha formado um caminho de carne (3 9) ; o seguidor de carne terciária (40) compreender um rolete (41) que vai cooperar com o correspondente caminho de carne (39); e o rolete (31) ser montado numa alavanca (42) montada de forma rotativa num veio secundário (30) paralelo ao veio rotativo, achando-se esta alavanca (42) acoplada aos elementos de bloqueamento (17) por intermédio de um jogo de bielas e alavanca (43, 44, 45, 46).
7. 7. Unidade de moldagem (6) de acordo com uma 5 ΡΕ1924421 das reivindicações 1 a 6, caracterizada por os elementos de bloqueamento (17) se acharem dotados de guias caneladas (18), e por os suportes de meios-moldes (10) se acharem dotados de patins canelados (13) que são de forma complementar à das guias caneladas (18) e que, em posição de bloqueamento, vão encostar contra as guias (18) e em posição de libertação vão cooperar de forma deslizante com estas últimas.
8. 8. Instalação (1) de fabrico de recipientes (2) por sopragem ou estiramento-sopragem, que compreende uma unidade de moldagem (6) de acordo com uma das reivindicações 1 a 7. Lisboa, 28 de Janeiro de 2010