PT10904U - Cobertura para aberturas de acesso a construções subterrâneas - Google Patents

Abstract

A COBERTURA COMPREENDE UM ARO (10), O QUAL COMPREENDE UMA CAVIDADE DE RÓTULA (11), UMA CAVIDADE DE FECHO (19), UMA CERCADURA (41), UMA ALETA PERIFÉRICA (42) E ESQUADROS DE REFORÇO (43), E UMA TAMPA (20), A QUAL COMPREENDE UM COMPONENTE DE RÓTULA (21), UMA LINGUETA ELÁSTICA (24), UMA PLACA DE COBERTURA (25) E UMA SÉRIE DE NERVURAS (26). A TAMPA (20) ESTÁ LIGADA AO ARO (10) POR UM DISPOSITIVO DE CHARNEIRA, QUE PERMITE RODAR A MESMA EM RELAÇÃO AO ARO (10) EM TORNO DE UM EIXO HORIZONTAL (EH) ENTRE AS POSIÇÕES FECHADA E ABERTA, E QUE PERMITE ALÉM DISSO RODAR A TAMPA (20) EM TORNO DE UM EIXO VERTICAL (EV) DESDE UMA POSIÇÃO ABERTA VERTICAL, ORIENTADA PARALELAMENTE EM RELAÇÃO AO EIXO HORIZONTAL (EH), ATÉ UMA POSIÇÃO DE EXTRACÇÃO/INSERÇÃO VERTICAL, ORIENTADA NUMA GAMA DE DIRECÇÕES TRANSVERSAIS EM RELAÇÃO AO EIXO HORIZONTAL (EH), NA QUAL A TAMPA (20) PODE SER SEPARADA DO ARO (10), LEVANTANDO A MESMA VERTICALMENTE. A COBERTURA INCLUI UM BATENTE ANTI-ROUBO (30) FIXO NO ARO (10) NUMA POSIÇÃO TAL QUE INTERFERE COM A TAMPA (20), QUANDO A MESMA É RODADA EM TORNO DO EIXO VERTICAL (EV) DESDE A POSIÇÃO ABERTA ATÉ À POSIÇÃO DE EXTRACÇÃO/INSERÇÃO VERTICAL IMPEDINDO A TAMPA (20) DE ALCANÇAR A MENCIONADA POSIÇÃO DE EXTRACÇÃO/INSERÇÃO VERTICAL. NOS TERMOS DO Nº1 DO ART. 70º DO CPI, INFORMA-SE QUE O PEDIDO SOFREU ALTERAÇÕES DURANTE A FASE DE EXAME.

Description

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DESCRIÇÃO "Cobertura para aberturas de acesso a construções subterrâneas"

Campo da técnica A presente invenção refere-se a uma cobertura para aberturas de acesso a construções subterrâneas, tal como um poço de visita de rede de esgotos ou semelhante, que compreende um aro fixo em torno da referida abertura de acesso e uma tampa ligada de modo articulado ao aro por um dispositivo de charneira, e que inclui um dispositivo anti-roubo para evitar que a tampa possa ser separada do aro, a não ser que seja utilizada uma chave ou ferramenta especifica.

Antecedentes da invenção São conhecidas no estado da técnica várias coberturas para aberturas de acesso a construções subterrâneas, tais como poços de visita de rede de esgotos ou semelhantes, compostas por um aro fixo no chão em torno da correspondente abertura de acesso e uma tampa ligada de modo articulado ao aro por um dispositivo de charneira, em que a tampa pode ser movida entre as posições fechada e aberta, e pode ser separada do aro a partir de uma posição aberta específica. Um inconveniente deste tipo de cobertura é que a tampa pode ser facilmente roubada, tendo em conta que a maioria das mesmas se encontram na via pública, com prejuízo económico importante para o município ou empresa proprietária.

A patente US 7744304 B2 descreve um tipo específico de cobertura que compreende um aro fixo em torno de uma abertura de acesso e uma tampa, ligada ao aro por meio de um dispositivo de charneira, que permite rodar a tampa em relação ao aro em torno de um eixo de articulação horizontal entre uma posição fechada, na qual a tampa está acoplada ao aro, cobrindo uma abertura de passagem do mesmo, e uma posição aberta estável, na qual a tampa está inclinada para trás com um certo ângulo em relação a uma posição vertical, deixando livre a referida abertura de passagem do aro. O 2 dispositivo charneira mantém a tampa presa no aro, enquanto a tampa está orientada paralelamente em relação ao eixo de articulação horizontal. No entanto, o dispositivo de charneira permite que, quando a tampa é rodada em torno de um eixo de articulação vertical a parir de uma posição aberta vertical orientada paralelamente em relação ao eixo de articulação horizontal até alcançar uma posição de extracção/inserção vertical orientada perpendicularmente ao eixo de articulação horizontal, a tampa possa ser separada do aro levantando a mesma verticalmente. Não obstante, esta construção não evita o risco de roubo.

Existe, portanto, a necessidade de uma cobertura para aberturas de acesso a construções subterrâneas, equipada com um dispositivo anti-roubo que permita os movimentos normais da tampa entre as suas posições fechada e aberta e que, no entanto, evite que a tampa possa ser separada do aro, a não ser que se utilize uma chave ou ferramenta específica.

Descrição da invenção A presente invenção contribui para satisfazer a necessidade anterior e outras, proporcionando uma cobertura para aberturas de acesso a construções subterrâneas, que compreende um aro configurado para ser fixo em torno da referida abertura de acesso, e uma tampa ligada ao referido aro por um dispositivo de charneira, que permite rodar a referida tampa em relação ao aro em torno de um eixo de articulação horizontal entre uma posição fechada, na qual a tampa está acoplada ao aro cobrindo uma abertura de passagem do mesmo, e uma posição aberta estável, na qual a tampa está inclinada para trás com um certo ângulo em relação a uma posição vertical, que deixa livre a referida abertura de passagem do aro. 0 dispositivo de charneira permite além disso que, quando a tampa está numa posição aberta vertical, orientada paralelamente em relação ao referido eixo de articulação horizontal, a tampa possa ser rodada em torno de um eixo de articulação vertical até uma posição de extracção/inserção vertical orientada numa gama de direcções transversais ao eixo de articulação horizontal, e que a tampa possa ser separada do aro, levantando a mesma verticalmente a partir desta posição de extracção/inserção vertical. 3 0 aro da cobertura da presente invenção inclui um batente anti-roubo, fixo numa posição que interfere com a tampa, quando a mesma é rodada em torno do eixo de articulação vertical, desde a posição aberta vertical até à posição de extracção/inserção vertical, que impede a tampa de alcançar a posição de extracção/inserção vertical, de maneira que o batente anti-roubo impede que a tampa seja roubada.

Ainda que o batente anti-roubo possa ser fixo no aro de maneira permanente, prefere-se que o batente anti-roubo seja fixo no aro por meios de fixação, que possam ser libertados por meio de uma chave ou ferramenta especifica, o que torna impossível que a tampa seja roubada a não ser que o ladrão esteja equipado com a chave ou ferramenta especifica requerida. Em geral, os meios de fixação do batente anti-roubo são acessíveis quando a tampa está, pelo menos parcialmente, levantada em relação ao aro.

Numa realização particular, o dispositivo de charneira compreende uma cavidade de rótula, formada no aro e um componente de rótula, que se prolonga desde a tampa e que se insere em parte na referida cavidade de rótula. A cavidade de rótula tem uma abertura superior dimensionada de maneira a que o referido componente de rótula da tampa possa passar apenas através da abertura superior da cavidade de rótula, quando a tampa está na referida posição de extracção/inserção vertical, enquanto o componente de rótula da tampa está preso na cavidade de rótula, quando a tampa está em qualquer posição orientada paralelamente em relação ao eixo de articulação horizontal. Neste caso, o batente anti-roubo está fixo adjacente à cavidade de rótula do aro, numa posição adequada para interferir com o componente de rótula da tampa.

Mais especificamente, a cavidade de rótula tem uma ranhura de retenção interior e a abertura superior tem, pelo menos, um entalhe de passagem em comunicação com a referida ranhura de retenção. 0 componente de rótula tem, pelo menos, um moente que pode ser dimensionado para passar através do referido entalhe de passagem e que pode mover-se dentro da ranhura de retenção até ser disposto alinhado em relação ao eixo de articulação horizontal, quando a tampa, com o componente de rótula inserido na cavidade de rótula e, no 4 entanto, sem que esteja instalado o batente anti-roubo, é rodada a partir da posição de extracção/inserção vertical para a posição aberta vertical. A partir desta posição a tampa está presa ao aro e pode efectuar os seus movimentos normais de fecho e abertura.

Mais de preferência, o componente de rótula tem uma saliência de acoplamento e dois dos referidos moentes, mutuamente alinhados, que se prolongam desde os lados opostos da referida saliência de acoplamento, e a cavidade de rótula tem duas ranhuras de retenção e uma abertura lateral oposta ao referido entalhe de passagem, de maneira que, quando a tampa está na posição de extracção/inserção vertical, um dos moentes pode passar através do entalhe de passagem e o outro através da abertura lateral. Além disso, as duas ranhuras de fixação têm respectivas extremidades, que desembocam na referida abertura lateral, e o batente anti-roubo está fixo adjacente à abertura lateral numa posição adequada para interferir com um dos moentes, impedindo que o mesmo saia da ranhura de retenção e que o outro fique alinhado em relação ao entalhe de passagem.

Em virtude desta construção, e quando o batente anti-roubo não está instalado, a tampa pode ser movida desde a posição aberta vertical até à posição de extracção/inserção vertical, e vice-versa, rodando em qualquer dos dois sentidos em torno do eixo de articulação vertical e, em consequência, a tampa pode ser acoplada ao aro em qualquer das posições possíveis de extracção/inserção vertical transversais ao eixo de articulação horizontal, rodadas para a direita ou para a esquerda em relação ao eixo de articulação vertical inserindo o componente de rótula na cavidade da rótula e fazendo passar um qualquer dos moentes através do entalhe de passagem da abertura superior da cavidade de rótula.

Numa realização, o batente anti-roubo compreende uma cabeça de batente, desde a qual se prolonga uma haste, inserida através de um orifício do aro, e um elemento de fixação acoplado à referida haste numa porção da mesma, que sobressai do referido orifício no lado oposto à referida cabeça de batente. Por exemplo, a haste pode ter um fio de rosca exterior e o referido elemento de fixação pode ser uma 5 porca com um fio de rosca interior de forma conjugada e dotada de uma configuração exterior adequada para ser agarrada por uma chave ou ferramenta especifica. Em alternativa, o elemento de fixação pode ser um cadeado ou semelhante, provido com um perno móvel, que pode ser inserido através de um orifício da haste e uma fechadura accionada por meio de uma chave específica para imobilizar o perno.

Breve descrição dos desenhos

As características anteriores e outras, e vantagens serão mais evidentes a partir da descrição que se segue de uma exemplo de realização com referência aos desenhos anexos, nos quais: a Fig. 1 é uma vista em perspectiva de uma cobertura para aberturas de acesso a construções subterrâneas de acordo com uma realização da presente invenção, com um aro e uma tampa ligada ao aro numa posição aberta estável, que inclui um pormenor ampliado; a Fig. IA é uma vista em perspectiva de um batente anti-roubo da cobertura da Fig. 1; a Fig. 2 é uma vista em perspectiva da cobertura com a tampa ligada ao aro numa posição aberta vertical e que inicia uma rotação em torno de um eixo de articulação vertical, que é impedida por um batente anti-roubo fixo no aro, que inclui um pormenor ampliado; a Fig. 3 é uma vista em perspectiva da cobertura com o batente anti-roubo retirado do aro e a tampa ligada ao aro e rodada em torno do eixo de articulação vertical até uma posição de extracção/inserção vertical, que inclui um pormenor ampliado; e a Fig. 4 é uma vista em perspectiva da cobertura com a tampa separada do aro por um movimento vertical, a partir da posição de extracção/inserção vertical, que inclui dois pormenores ampliados. 6

Descrição pormenorizada das figuras

Nas Figs. 1 e IA estão representadas, respectivamente, uma cobertura e um batente para aberturas de acesso a construções subterrâneas, de acordo com uma realização da presente invenção. A referida cobertura compreende um aro (10), uma cavidade de rótula (11), um par de ranhuras de retenção (13), uma cavidade de fecho (19), um batente anti-roubo (30), uma junta elástica (40), uma cercadura (41), uma aleta periférica (42) e diversos esquadros de reforço (43). A referida cobertura compreende ainda uma tampa (20), um componente de rótula (21), um par de moentes (22), uma saliência de acoplamento (23), uma lingueta elástica (24), uma placa de cobertura (25), uma série de nervuras (26) . A referida cobertura compreende também batente anti-roubo (30) compreende uma cabeça de batente (31), uma haste (32), um elemento de fixação (33).

Na Fig. 2 estão representados os mesmos componentes do que na Fig. 1 e IA, mas com a tampa (20) no inicio de uma rotação em torno de um eixo de articulação vertical (EV).

Na Fig. 3 estão representados os mesmos componentes do que na Fig. 1 mas com o batente anti-roubo (30) retirado do aro (10) e com a tampa (20) rodada em torno do eixo de articulação vertical (EV) até uma posição de extracção/inserção vertical.

Na Fig. 4 estão representados os mesmos componentes do que na Fig. 3 com a tampa (20) separada do aro (10) por um movimento vertical, a partir da posição de extracção/inserção vertical.

Descrição pormenorizada de uma concretização

Fazendo referência às figuras em geral, nas mesmas é mostrada uma cobertura para aberturas de acesso a construções subterrâneas, de acordo com uma realização da presente invenção, a qual compreende, como é convencional, um aro 10 configurado para ser fixo no chão em torno uma abertura de acesso a uma construção subterrânea (não mostrada), tal como, por exemplo, um poço de visita de rede de esgotos ou 7 semelhante e uma tampa 20. O aro 10 tem uma forma anelar, que define uma abertura através do mesmo uma abertura de passagem, e a tampa 20 está ligada ao aro 10 por um dispositivo de charneira que permite rodar a tampa 20 em relação ao aro 10, em torno de um eixo de articulação horizontal EH entre uma posição fechada (não mostrada), na qual a tampa 20 está acoplada ao aro 10, cobrindo a abertura de passagem, e uma posição aberta estável (Fig. 1), na qual a tampa 20 está inclinada para trás com um certo ângulo em relação a uma posição vertical, que deixa livre a referida abertura de passagem do aro 10.

Tal como mostra melhor a Fig. 4, o dispositivo de charneira compreende uma cavidade de rótula 11, formada no aro 10, e um componente de rótula 21, que inclui uma saliência de acoplamento 23, que se prolonga desde a tampa 20 e que se insere em parte na referida cavidade de rótula 11. A saliência de acoplamento 23 tem um par de moentes 22 mutuamente alinhados, que se prolongam desde os lados opostos da mesma, e a cavidade de rótula 11 tem um par de ranhuras de retenção 13 interiores mutuamente confrontantes e uma abertura superior 12 com um entalhe de passagem 14 em comunicação com a referida ranhura de retenção 13. A cavidade de rótula 11 tem, além disso, uma abertura lateral 15 oposta ao referido entalhe de passagem 14 e as ranhuras de retenção 13 têm extremidades abertas que desembocam na referida abertura lateral 15.

Assim, o mencionado dispositivo de charneira está configurado de maneira que o componente de rótula 21 da tampa 20 permanece preso na cavidade de rótula 11, enquanto a tampa 20 está em qualquer posição orientada paralelamente em relação ao eixo de articulação horizontal EH, mas permite uma manobra, pela qual é possível separar a tampa 20 do aro 10. Assim, o dispositivo de charneira permite dispor a tampa 20 numa posição aberta vertical (não mostrada), na qual o plano da tampa 20 está orientado paralelamente em relação ao eixo de articulação horizontal EH, e a partir desta posição aberta vertical rodar a tampa 20 em torno um eixo de articulação vertical EV (Figs. 2 e 3) até uma posição de extracção/inserção vertical (Fig. 3), na qual o plano da tampa 20 está orientado perpendicularmente em relação ao eixo de articulação horizontal EH. A partir da mencionada posição de extracção/inserção vertical (Fig. 3) a tampa 20 pode ser separada do aro 10, levantado a mesma verticalmente (Fig. 4). Para ligar de novo a tampa 20 ao aro 10, é necessário seguir de modo inverso as operações.

Quando a tampa 20 está na posição de extracção/inserção, mostrada na Fig. 3, um dos moentes 22 está alinhado com o entalhe de passagem 14 e o outro dos moentes 22 está alinhado com a abertura lateral 15 da cavidade de rótula 11, de maneira que a tampa 20 pode ser separada do aro 10 ou acoplada ao mesmo por um movimento vertical da mesma (Fig. 4), uma vez que os moentes 22 podem passar livremente através do entalhe de passagem 14 e da abertura lateral 15 da cavidade de rótula 11. Assim, o componente de rótula 21 da tampa 20 apenas pode passar através da abertura superior 12 da cavidade de rótula 11, quando a tampa 20 está na referida posição de extracção/inserção vertical. A abertura lateral 15 da cavidade de rótula 11 tem uma superfície de limite inferior 18, disposta de maneira que, quando o componente de rótula 21 da tampa 20, estando esta disposta na posição de extracção/inserção, é inserido na cavidade de rótula 11, um dos moentes 22 entra em contacto de batente com a referida superfície de limite inferior 18, detendo o movimento de inserção e deixando os moentes 22 alinhados em relação às respectivas ranhuras de retenção 13. A partir desta posição, a tampa 20 pode ser rodada em torno do eixo de articulação vertical EV e os moentes 22 podem mover-se dentro da ranhura de retenção 13 até se disporem alinhados em relação ao eixo de articulação horizontal EH.

Quando a tampa 20 está em qualquer posição, orientada paralelamente em relação ao eixo de articulação horizontal EH, os moentes 22 permanecem dentro das ranhuras de retenção 13, com o que o componente de rótula 21 da tampa 20 está preso na cavidade da rótula 11 do aro 10 e a tampa 20 não pode ser separada do aro 10, embora possa ser rodada em torno do eixo de articulação horizontal EH entre as posições fechada e aberta. O contacto dos moentes 22 e da saliência de acoplamento 23 da tampa 20 com as ranhuras de retenção 13 e com um bordo da abertura na parte superior da cavidade de 9 rótula 11, respectivamente, mantém a tampa 20 na posição aberta estável, mostrada na Fig. 1, evitando assim o risco de que a tampa 20 se feche de maneira indesejada. A cavidade de rótula 11 compreende, além disso, uma abertura inferior 17, dimensionada para permitir a inserção através da mesma da saliência de acoplamento 23 e dos moentes 22 da tampa 20, quando a tampa 20 está na posição aberta vertical (não mostrada). A mencionada abertura inferior 17 constitui um elemento de segurança, uma vez que, quando a partir da posição aberta estável (Fig. 1), a tampa 20 é rodada de maneira não intencional ou por acidente, em torno do eixo de articulação horizontal EH até à posição fechada, ao passar pela posição vertical a saliência de acoplamento 23 e os moentes 22 da tampa 20 ficam alinhados em relação à abertura inferior 17 do aro 10 e a tampa 20 cai pelo seu próprio peso até que os bordos 34 da tampa 20 adjacentes à saliência acoplamento 23 assentem sobre as superfícies de apoio 35 do aro 10, adjacentes à cavidade de rótula 11 (Fig. 4).

Assim, a posição vertical aberta da tampa 20 também é uma posição estável, quando a saliência acoplamento 23 e os moentes 22 da tampa 20 estão alojados na referida abertura inferior 17 da cavidade de rótula 11, os bordos 34 da tampa 20 assentam nas superfícies de apoio 35 do aro 10, e uma superfície posterior do componente de rótula 21 da tampa 20, encaixa numa superfície posterior da cavidade rótula 11 do aro 10. Opcionalmente, na mencionada superfície posterior do componente de rótula 21 da tampa 20 e na superfície posterior da cavidade de rótula 11 do aro 10 podem ser formados elementos de encaixe complementares (não mostrados) que se encaixam mutuamente, quando a tampa 20 está na posição aberta vertical. Além disso, nesta situação, a tampa 20 está impedida de rodar em torno do eixo de articulação vertical EV.

Tal como mostram as Figs. 1 e 2, a cobertura da presente invenção inclui um batente anti-roubo 30 (mostrado individualmente na Fig. IA) fixo no aro 10 numa posição tal que interfere com a tampa 20, quando a mesma é rodada em torno do eixo de articulação vertical EV, a partir da posição 10 aberta vertical até à posição de extracção/inserção vertical, a qual impede a tampa 20 de alcançar a posição de extracção/inserção e realizar um movimento vertical e vertical de extracção. Na realização mostrada nas figuras, este batente anti-roubo 30 está fixo no aro 10 por meios de fixação, que podem ser libertados por meio de uma chave ou ferramenta especifica, mas que, em alternativa, poderia ser fixo por meios de fixação permanentes, tais como, por exemplo, uma soldadura, a qual poderia ser realizada com a tampa 20 ligada ao aro 10 numa posição aberta.

Na realização ilustrada, o batente anti-roubo 30 está fixo adjacente à cavidade de rótula 11 do aro 10 numa posição adequada para interferir com o componente de rótula 21 da tampa 20 e, mais especificamente, o batente anti-roubo 30 está fixo na superfície de limite inferior 18, adjacente à abertura lateral 15 da cavidade de rótula 11 na posição adequada para interferir com um dos moentes 22 do componente de rótula 21 da tampa 20. A saliência de acoplamento 23 do componente de rótula 21 da tampa 20 tem um recesso 27, formado na sua face interna, o qual está dimensionado para alojar a cabeça de batente 31 do batente anti-roubo 30, quando a tampa 20 está na posição fechada. O batente anti-roubo 30 (Figs. 1, IA e 2) compreende uma cabeça de batente 31, desde a qual se prolonga uma haste 32, inserida através de um orifício 16 (Figs. 3 e 4), formado na superfície de limite inferior 18 da abertura lateral 15 do aro 10. A haste 32 possui um fio de rosca exterior, e um elemento de fixação 33, com a forma de porca, está acoplado à haste 32 numa porção da mesma que sobressai do referido orifício 16 no lado oposto à referida cabeça de batente 31. Assim, a porca, que concretiza os meios de fixação do batente anti-roubo 30 é acessível quando a tampa 20 está, pelo menos parcialmente, levantada em relação ao aro 10, e está configurada para ser agarrada por meio de uma chave ou ferramenta específica.

As Figs. 3 e 4 mostram a cobertura da presente invenção com o batente anti-roubo 30 retirado, o que permite rodar a tampa 20 em torno do eixo de articulação vertical EV a partir da posição aberta vertical até à posição de 11 extracção/inserção e separar a tampa 20 do aro 10 por meio de um movimento vertical a partir da posição de extracção/inserção. Para ligar a tampa 20 ao aro 10 basta seguir as mesmas operações por ordem inversa e, em seguida, o batente anti-roubo 30 pode ser colocado de novo para assegurar que a tampa 20 não vai ser roubada. O aro 10 tem uma cavidade de fecho 19, formada numa posição oposta à cavidade de rótula 11 e a tampa 20 tem uma lingueta elástica 24 numa posição oposta ao componente de rótula 21. Quando a tampa 20 alcança a posição fechada (não mostrada), a lingueta elástica 24 da tampa 20 insere-se na cavidade de fecho 19 do aro 10 e é travada à pressão na mesma, para reter a tampa 20 na posição fechada em relação o aro 10. A lingueta elástica 24 pode ser libertada por meio de uma alavanca introduzida na cavidade de fecho 19 desde o exterior, para permitir abrir de novo a tampa 20.

De uma maneira convencional, a tampa 20 tem uma placa de cobertura 25 reforçada por uma série de nervuras 26 no lado interior, e o aro 10 compreende uma cercadura 41 e uma aleta periférica 42, ligadas por esquadros de reforço 43. A cercadura 41 define uma sede com uma junta elástica 40, onde assenta um bordo do periférico da tampa 20 na posição fechada. A um perito na técnica ocorrerão facilmente modificações e variações em relação à realização mostrada e descrita, sem sair do âmbito da presente invenção, tal como está definido nas reivindicações anexas.

Lisboa, 2014-02-05

Claims (9)

1/3 REIVINDICAÇÕES 1 - Cobertura para aberturas de acesso a construções subterrâneas, que compreende um aro (10), configurado para ser fixo em torno da referida abertura de acesso, e uma tampa (20), ligada ao referido aro (10) por um dispositivo de charneira de rotação da referida tampa (20) em relação ao aro (10) em torno de um eixo de articulação horizontal (EH) entre uma posição fechada, na qual a tampa (20) está acoplada ao aro (10), que cobre uma abertura de passagem do mesmo, e uma posição aberta estável, na qual a tampa (20) está inclinada para trás com um certo ângulo em relação a uma posição vertical, deixando livre a referida abertura de passagem do aro (10), e, além disso, o referido dispositivo de charneira, quando a tampa (20) está numa posição aberta vertical, orientada paralelamente em relação ao referido eixo de articulação horizontal (EH), de rotação da tampa (20) em torno de um eixo de articulação vertical (EV) até uma posição de extracção/inserção vertical, orientada numa gama de direcções transversais em relação ao eixo de articulação horizontal (EH) , na qual a tampa (20) pode ser separada do aro (10), levantando a mesma verticalmente, caracterizada por o aro (10) incluir um batente anti-roubo (30), fixo numa posição que interfere com a tampa (20), quando a mesma é rodada em torno do referido eixo de articulação vertical (EV) desde a referida posição aberta vertical até à posição de extracção/inserção vertical impedindo a tampa (20) alcançar a referida posição de extracção/inserção vertical.

2 - Cobertura para aberturas de acesso de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por o referido batente anti-roubo (30) estar fixo no aro (10) por meios de fixação, que podem ser libertados por meio de uma chave ou ferramenta especifica.

3 - Cobertura para aberturas de acesso de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por os meios de fixação do batente anti-roubo (30) serem acessíveis, quando a tampa (20) está, pelo menos parcialmente, levantada em relação ao aro (10) . 2/3

4 - Cobertura para aberturas de acesso de acordo com a reivindicação 1, 2 ou 3, caracterizada por o dispositivo de charneira compreender uma cavidade de rótula (11), formada no aro (10), e um componente de rótula (21), que se prolonga desde a tampa (20) e que se insere, em parte, na referida cavidade de rótula (11), onde a cavidade de rótula (11) tem uma abertura superior (12), dimensionada de maneira que o referido componente de rótula (21) da tampa (20) apenas pode passar através da abertura superior (12) da cavidade de rótula (11), quando a tampa (20) está na referida posição de extracção/inserção vertical e o componente de rótula (21) da tampa (20) está preso na cavidade de rótula (11), quando a tampa (20) está, em qualquer posição orientada paralelamente em relação ao eixo de articulação horizontal (EH), e onde o referido batente anti-roubo (30) está fixo adjacente à cavidade de rótula (11) do aro (10) numa posição de adequada para interferir com o componente de rótula (21) da tampa (20) .

5 - Cobertura para aberturas de acesso de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por a cavidade de rótula (11) ter uma ranhura de retenção (13) interior e a abertura superior (12) ter, pelo menos, um entalhe de passagem (14), em comunicação com a referida ranhura de retenção (13), e o componente de rótula (21) ter, pelo menos, um moente (22), dimensionado de modo que possa passar através do referido entalhe de passagem (14) e que pode mover-se dentro da ranhura retenção (13) até se dispor alinhado em relação ao eixo de articulação horizontal (EH) .

6 - Cobertura para aberturas de acesso de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por o componente de rótula (21) ter dois dos referidos moentes (22) mutuamente alinhados, que se prolongam desde os lados opostos de uma saliência de acoplamento (23), a cavidade de rótula (11) ter uma abertura lateral (15), oposta ao referido entalhe de passagem (14), ambas as extremidades da ranhura de retenção (13) desembocarem na referida abertura lateral (15), e o batente anti-roubo (30) estar fixo adjacente à abertura lateral (15) numa posição adequada para interferir com um dos moentes (22) . 3/3

7 - Cobertura para aberturas de acesso de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por a cavidade de rótula (11) compreender, além disso, uma abertura inferior (17), dimensionada para receber a referida saliência de acoplamento (23) e os moentes (22) da tampa (20) quando a tampa (20) está na posição aberta vertical.

8 - Cobertura para aberturas de acesso de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizada por o batente anti-roubo (30) compreender uma cabeça de batente (31), desde a qual se prolonga uma haste (32), inserida através de um orifício (16) do aro (10), e um elemento de fixação (33), acoplado à referida haste (32) numa porção do mesmo que sobressai do referido orifício (16) no lado oposto à referida cabeça de batente (31).

9 - Cobertura para aberturas de acesso de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por a haste (32) ter um fio de rosca exterior e referido elemento de fixação (33) ser uma porca, configurada para ser agarrada por meio de uma chave ou ferramenta específica. Lisboa, 2014-02-05