PT101498B - Processo para a producao de clorato de metal alcalino - Google Patents

Processo para a producao de clorato de metal alcalino Download PDF

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    • C25ELECTROLYTIC OR ELECTROPHORETIC PROCESSES; APPARATUS THEREFOR
    • C25BELECTROLYTIC OR ELECTROPHORETIC PROCESSES FOR THE PRODUCTION OF COMPOUNDS OR NON-METALS; APPARATUS THEREFOR
    • C25B1/00Electrolytic production of inorganic compounds or non-metals
    • C25B1/01Products
    • C25B1/24Halogens or compounds thereof
    • C25B1/26Chlorine; Compounds thereof
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Description

Processo para a produção de clorato de metal alcalino presente invento refere-se a um processo para a produção el ectro 1ítica de clorato de metal alcalino, no qual a necessidade de produtos químicos para ajuste do pH é largamente coberta pela produção integrada de ácido e de hidróxido de metal alcalino. Neste processo, uma corrente parcial de electrólito de clorato produzido é electrolisada numa célula munida de um separador, para a produção de um católito contendo hidróxido de metal alcalino e de um anólito contendo ácido clorídrico. O católito e o anólito são usados na alcalinização e acidificação no processo de clorato, reduzindo assim, substancialmente, a admissão de impurezas dos produtos químicos produzidos externamente.
Antecedentes do invento
O clorato de metal alcalino, e em especial o clorato de sódio, é um importante produto químico na indústria da celulose, onde é usado como matéria prima na produção de dióxido de cloro, que é um importante produto químico branqueador das fibras de celulose.
clorato de metal alcalino é produzido por electrólise de um electrólito aquoso enriquecido com cloreto de acordo com a fórmula global:
MeCl + 3 H2O ------* MeC103 + 3 H2 (1) em que Me = metal alcalino.
O processo é um processo cíclico, em que num primeiro passo o electrólito de cloreto é passado num electrolisador para a formação de hipoclorito, após o que o electrólito de clorato resultante é conduzido para vasos de reacção para reagir ainda,
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de modo a formar clorato. O clorato formado é separado por cristalização, enquanto que o licor-mãe é reciclado para preparação do electrólito de cloreto, para electrólise adicional para formar hipoclorito.
No processo cíclico de clorato, o pH é ajustado em várias posições na gama de 5,5 - 12, para optimizar as condições do processo na respectiva operação unitária. Assim, usa-se um pH fracamente ácido ou neutro no electrolisador e nos vasos de reacção, para promover a reacção do cloro, via hipoclorito, a clorato, sendo o pH do cristalizador alcalino para evitar que seja libertado hipoclorito gasoso e cloro e para reduzir o risco de corrosão.
Na acidificação usa-se normalmente ácido clorídrico, mas também é usado cloro. Para tornar as soluções alcalinas, usa-se frequentemente hidróxido de metal alcalino. O ácido clorídrico e o hidróxido de metal alcalino são adicionados na forma de soluções aquosas. As soluções técnicas de ácido clorídrico e de hidróxido de metal alcalino comercialmente disponíveis contêm impurezas, que podem derivar da fábrica de cloro/álcali e/ou do transporte e armazenagem subsequentes. Um electrólito de cloreto a electrolisar numa célula de clorato não pode conter teores de impurezas elevados. Assim, Ca , Mg e SO4 originam depósitos nos cátodos e consequentemente uma voltagem de operação e custos de energia mais elevados, enquanto que os metais pesados decompõem o hipoclorito formado em cloreto e oxigénio, e não em clorato, como desejado.
O hidróxido de metal alcalino é usado para alcalinização do electrólito de clorato antes da cristalização do clorato, em processos de purificação alcalinos e na regeneração de resinas de permuta iónica. Adicionalmente, o hidróxido de metal alcalino é usado para eliminar a presença de compostos de cloro gasoso. Os compostos de cloro dão origem a problemas de odor, saúde e de corrosão e também contaminam o hidrogénio gasoso que se forma e que é frequentemente usado como matéria prima em diferentes sínteses. O ácido clorídrico é usado para acidificação do
-3electrólito de clorato antes da electrólise. Neste caso, a mistura tem de ser muito cuidadosa para evitar a formação, inter alia, de cloro e de dióxido de cloro em regiões fortemente ácidas, localizadas, que acarretam riscos de explosão e ambiente de trabalho deteriorado.
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A produção de clorato requer consideráveis quantidades de ácido clorídrico e de hidróxido de metal alcalino, o que significa um custo considerável. Além disto o manuseamento do ácido e do licor é complicado devido às rigorosas exigências de segurança colocadas no transporte, armazenagem e dosagem. Além disto a concentração dos produtos comercialmente disponíveis é consideravelmente superior à que é imediatamente utilizável no processo de clorato.
O EP-A-498 484 refere-se a um processo para a produção de clorato de metal alcalino em combinação com cloro e hidróxido de metal alcalino, produtos químicos auxiliares que são usados no processo de clorato. Na produção de cloro e de hidróxido de metal alcalino de acordo com este processo, é electrolisado um electrólito contendo água do condensador do cristalizador de clorato e cloreto de metal alcalino purificado. A produção de cloro e de hidróxido de metal alcalino refere-se a uma célula de cloro/álcali. Um católito é recirculado no compartimento catódico com uma composição de 30% em peso de hidróxido de sódio, o que é equivalente a pH 15. Um anólito de cloreto de sódio muito purificado é recirculado no compartimento anódico a pH 2 e produz-se cloro gasoso no ânodo. Nem o anólito nem o católito contêm clorato e a ambos é adicionada água muito purificada proveniente da evaporação do electrólito de clorato. O cloro gasoso deixa o compartimento anódico e tem de ser queimado com hidrogénio gasoso para formar ácido clorídrico que pode ser então adicionado ao processo de clorato para acidificação, ou tem de ser dissolvido num líquido no processo. Embora este processo leve a uma redução da admissão de impurezas, requer muito equipamento, apresenta o risco do manuseamento do cloro gasoso e conserva o risco de regiões fortemente ácidas, localizadas, no electrólito de clorato na
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Case 1273 acidificação.
O invento
O presente invento proporciona um processo electrolítico para a produção de clorato de metal alcalino, de modo energeticamente eficiente, envolvendo riscos para a saúde e para o ambiente significativamente reduzidos e tornando supérflua uma grande parte dos produtos químicos adicionados em processos convencionais de acidificação e de alcalinização. O processo compreende a electrólise, em electrolisadores de clorato, de um electrólito aquoso contendo um cloreto de metal alcalino purificado, a partir dos quais uma corrente parcial do electrólito de clorato resultante é electrolisada numa célula equipada com um separador para proporcionar um católito que contém hidróxido de metal alcalino e que é usado, pelo menos parcialmente, na produção de clorato de metal alcalino. É produzido cloro no compartimento anódico que é imediatamente dissolvido e hidrolisado para dar ácido hipocloroso.
O invento refere-se assim a um processo para a produção de clorato de metal alcalino possuindo as características mencionadas nas reivindicações. O invento dirige-se a um processo integrado em que a parte principal da exigência de protões e de iões de hidróxido é satisfeita por electrólise de electrólito de clorato numa célula equipada com um separador. Assim, a electrólise produz um anólito e um católito possuindo um pH menor e maior, respectivamente, do que no electrólito de clorato a1imentado.
O presente invento reduza necessidade de produzir externamente ácido e hidróxido de metal alcalino, diminuindo assim a admissão de impurezas no processo de clorato. Além disto, há uma redução nos riscos de transporte, armazenagem e dosagem de ácido e de hidróxido de metal alcalino,, dado que os produtos químicos auxiliares são directamente produzidos no processo. O uso de um tampão de cromato também pode ser reduzido porque a produção de hidróxido de metal alcalino pode ser
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facilmente aumentada.
O presente invento pode ser vantajosamente integrado na produção de dióxido de cloro. Assim, em certos tipos de instalações integradas de produção de dióxido de cloro não é possível fornecer ao processo iões de metal alcalino. Isto aplica-se principalmente a processos de produção de dióxido de cloro possuindo um balanço de massa global
Cl2 + 4 H20 -----> 2 C102 + 4 H2 (2)
Aqui, o ião de metal alcalino, principalmente sódio, actua apenas como um contra-ião dos iões clorato e cloreto e é reciclado para o electrólito de clorato. Assim, não é possível fornecer sistematicamente hidróxido de metal alcalino, dado que isto resultaria numa acumulação de iões de metal alcalino. O uso de catõlito produzido de acordo com o processo inventivo de produção de dióxido de cloro, em processos em que os iões de metal alcalino não podem ser sistematicamente fornecidos, é altamente vantajoso, uma vez que os iões hidróxido podem ser produzidos directamente sem usar um contra-ião.
Quando se realiza o processo inventivo, uma corrente parcial do electrólito de clorato é passada para uma célula monopolar ou bipolar. Uma corrente parcial pode consistir em
O cerca de 3 a cerca de 50 m /tonelada de clorato de metal alcalino, adequadamente de 10 a 30 m3/tonelada de clorato de metal alcalino. Adequadamente, o electrólito de clorato é removido dos vasos de reacção ou dos electrolisadores de clorato, preferivelmente dos vasos de reacção, uma vez que o electrólito de clorato foi mais completamente reagido a iões clorato nesta posição. A produção do electrólito de clorato que é removido dos vasos de reacção ou dos electrolisadores de clorato e que é fornecido à célula com o separador pode ser realizada de tal modo que a concentração de C103“ esteja na gama de cerca de 100 a cerca de 1000 g/1, calculada como clorato de sódio, adequadamente de 300 a 650 g/1 e preferivelmente de 500 a 600 g/1, calculada como clorato de sódio. A produção do
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electrólito de clorato que é removido dos vasos de reacção ou dos electrolisadores de clorato, e que é fornecido à célula com o separador, pode ser realizada de tal modo que a concentração de Cl- esteja na gama de cerca de 30 a cerca de 200 g/1, calculada como cloreto de sódio, adequadamente de 70 a 150 g/1 e preferivelmente de 100 a 130 g/1, calculada como cloreto de sódio.
Numa célula munida com um ânodo possuindo uma elevada sobrevoltagem de oxigénio, é gerado cloro gasoso no ânodo, enquanto que se obtém hidrogénio gasoso e iões hidróxido no lado do cátodo. 0 cloro gasoso é imediatamente dissolvido no anólito,
i.e. a maior parte do cloro gasoso não deixa a célula, seguida por hidrólise parcial do ácido hipocloroso, de acordo com
Cl2 + H20 --------> HC1O + HC1 (3)
O ácido hipocloroso é dissociado na presença de um tampão ou de iões hidróxido (B-) a hipoclorito de acordo com
HC1O + B --------> HB + CIO- (4)
O pH no anólito não será preferivelmente inferior a 4. Neste caso, como no EP-A-498484, o cloro gasoso deixará o compartimento anódico e terá de ser queimado com hidrogénio gasoso para dar ácido clorídrico, que pode ser então adicionado ao processo de clorato. Como o hipoclorito é um produto desejado nos electrolisadores de clorato, é especialmente vantajoso o uso de um tal anólito na acidificação do electrólito fornecido aos electrolisadores de clorato.
O pH do electrólito de clorato fornecido à célula munida de um separador, varia adequadamente de cerca de 5,0 a cerca de 7,5 e preferivelmente de 5,5 a 7,3. Graças ao facto de o pH ser elevado no anólito produzido, não conterá cloro gasoso. Em seu lugar, é imediatamente produzido um electrólito de clorato acidificado que pode ser adicionado ao processo de clorato.
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O pH do anólito produzido pode ser ajustado na medida do necessário por controlo da corrente de anólito dentro da gama de cerca de 0,5 a cerca de 5 m3/kAh, adequadamente de 1 a 3 m3/kAh. Por kAh quer-se significar aqui a carga total de Faraday exposta, i.e. a soma das cargas que passam através de cada célula unitária. O pH do anólito produzido varia, adequadamente, de cerca de 4,5 a cerca de 6,5, preferivelmente de 5 a 6. De igual modo, o pH do católito produzido é ajustado na medida do necessário. O pH do católito produzido pode variar de cerca de 9 a cerca de 13, adequadamente de 10 a 12 e preferivelmente de 10 a 11.
Na produção de um católito substancialmente isento de clorato, a corrente de católito pode ser consideravelmente mais baixa do que a corrente de anólito acima mencionada. Assim, a corrente de católito pode estar na gama de cerca de 0,01 a cerca q de 0,1 m /kAh. Neste caso, a concentração de hidróxido de metal alcalino no católito pode variar de cerca de 13 a cerca de 130 g/1, calculada como hidróxido de sódio.
No processo do invento, a temperatura na célula munida de separador pode ser de cerca de 20 a cerca de 100 °C, adequadamente de 40 a 80 °C.
Os eléctrodos na célula com separador podem ser eléctrodos de clorato convencionais, adequadamente placas planas paralelas revestidas com RuO2/TiO2 ou Pt/Ir. O cátodo pode consistir de aço inoxidável ou de liga leve ou titânio, opcionalmente activado com um metal do grupo da platina. Adequadamente usa-se um cátodo de aço.
Na célula electrolítica para produção de um católito contendo hidróxido de metal alcalino, os compartimentos anódico e catódico são separados por um separador. Adequadamente, o separador é um diafragma ou uma membrana, de preferência um diafragma, que é substancialmente resistente ao cloro e ao hidróxido de metal alcalino. Usando um diafragma, os iões carregados podem ser transportados nos dois sentidos. Assim, os
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catiões, principalmente iões de metal alcalino, podem migrar através do diafragma do anólito para o católito, enquanto que os aniões, principalmente iões cloreto e clorato podem migrar no sentido oposto. Usando uma membrana selectiva para iões como separador, este transporte é contudo limitado, por exemplo, aos catiões, principalmente de sódio.
Diafragma como aqui usado, refere-se a construções separadoras de gases, principalmente, com base em material inorgânico, p. e. em asbestos, materiais orgânicos, tais como polímeros contendo flúor, polietileno, polipropileno e poli(cloreto de vinilo) ou uma combinação de tais materiais, tal como um polímero contendo flúor num portador de metal de válvula, tal como titânio ou zircónia (por exemplo Polyramix R comercialmente disponível na Oxytech, EUA).
As membranas usadas no presente processo são adequadamente selectivas para iões. As membranas selectivas para iões podem ser catiónicas ou aniónicas, de preferência catiónicas. O uso de uma membrana selectiva catiónica e de um ânodo gerador de cloro gasoso permite a produção de hidróxido de metal alcalino concentrado possuindo um baixo teor de iões clorato e iões cloreto e um anólito contendo clorato de ácido clorídrico possuindo um teor aumentado de ácido hipocloroso. Neste caso, a corrente parcial de electrólito de clorato é fornecida ao compartimento anódico enquanto que a quantidade necessária de água é fornecida ao compartimento catódico.
O católito produzido pode ser directamente retirado da célula com o separador ou pode ser reciclado para o compartimento catódico para electrólise adicional até que tenha sido conseguida a concentração desejada. De igual modo, o anólito produzido pode ser directamente retirado da célula com o separador ou pode ser reciclado para o compartimento anódico para electrólise adicional até que tenha sido conseguida a concentração desejada.
O católito produzido contendo hidróxido de metal alcalino
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pode ser usado para alcalinização do electrólito de clorato antes da cristalização do clorato nos depuradores dos gases da célula e dos gases do reactor, ou na precipitação de impurezas e regeneração de resinas de permuta iónica em conjunto com a dissociação e purificação do cloreto de metal alcalino técnico. Assim, o católito pode ser usado na precipitação de hidróxidos de metais alcalino-terrosos, ferro e alumínio e na regeneração de resinas de permuta iónica no primeiro e segundo passos, respectivamente, para purificação da solução de sal fresca. O católito também pode ser usado nos depuradores de gases da célula e de gases do reactor, para remoção de cloro em hidrogénio gasoso das células de clorato e em gás residual de quaisquer queimadores de cloreto de hidrogénio usados e para a absorção de cloro do ar do processo dos vasos de reacção, respectivamente. O católito também pode ser usado na purificação, por exemplo, de compostos de cloro formados na célula munida com o separador.
A quantidade de hidróxido de metal alcalino produzida na célula com o separador pode atingir cerca de 50 kg, calculada como hidróxido de sódio, por tonelada de clorato de sódio seco. Adequadamente, a quantidade varia de 10 a 25 kg, calculada como hidróxido de sódio, por tonelada de clorato de sódio seco.
O cloro ou ácido hipocloroso produzido pode ser usado para acidificação na produção de clorato de metal alcalino. Especialmente, o electrólito alimentado aos electrolisadores de clorato pode ser acidificado com o anólito ácido removido. A adição de anólito ácido pode ser feita a uma das correntes alimentadas para a preparação do electrólito para a electrólise de clorato, p.e. licor-mãe recirculado do cristalizador de clorato e electrólito esgotado dos vasos de reacção. Adequadamente, a adição pode ser efectuada entre os permutadores de calor para arrefecimento do electrólito e dos electrolisadores e é feita à corrente principal do electrólito.
O processo inventivo é adequadamente usado na produção de clorato de sódio ou clorato de potássio, preferivelmente clorato
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Case 1273 de sódio, mas também podem ser produzidos outros cloratos de metal alcalino. A produção de clorato de potássio pode ser feita por adição de uma solução de cloreto de potássio purificada a uma corrente parcialmente alcalinizada de clorato de sódio produzido electroliticamente, seguida de precipitação dos cristais por arrefecimento e evaporação. O clorato é adequadamente produzido por um processo contínuo, mas também pode ser usado um processo descontínuo.
O invento será agora descrito com referência à Figura 1, que ilustra esquematicamente uma instalação para produção de clorato de sódio de acordo com o invento. Além disto, é descrita a produção de anólito e de católito na célula equipada com um diafragma, mas a célula com uma membrana também é utilizável.
Cloreto de sódio na forma de um sal técnico e água natural são alimentados para a preparação de uma lama de sal (1). Tal preparação está divulgada p.e. no EP-A-0 498 484. A lama de sal assim purificada é usada na preparação de um electrólito (2), para a produção de clorato, juntamente com electrólito de clorato dos vasos de reacção (5) e licor-mãe do cristalizador de clorato (8). O electrólito assim concentrado contém de 100 a 140 g de cloreto de sódio/litro, e de 500 a 650 g de clorato de sódio/litro, preferivelmente de 110 a 125 g de cloreto de sódio/litro e de 550 a 580 g de clorato de sódio/litro. 0 electrólito é arrefecido e o pH é ajustado (3) dentro do intervalo de 5,5 a 6,5, por adição de anólito ácido da célula com diafragma (12) e opcionalmente ácido clorídrico fresco, após o que electrólito é fornecido às células do eletrolisador de clorato (4). A corrente total das células de clorato é, normalmente, de 75 a 200 m3 de electrólito por tonelada de clorato de sódio produzida. Cada célula de clorato opera a 50100 °C, adequadamente 60-80 ’C, a uma intensidade de corrente de cerca de 10 a cerca de 100 A/litro de electrólito circulante. O electrólito de clorato é conduzido de (4) para o reactor (5), onde continua a reacção de formação de clorato. Algum do electrólito de clorato é reciclado de (5) para (2), algum para os compartimentos anódico e catódico em (12) e algum para a
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alcalinização e filtração do electrólito (6) e ajuste final do pH (7) antes de (8). O electrólito assim alcalinizado de (7) é evaporado em (8), cristalizando clorato de sódio e sendo retirado num filtro ou via uma centrífuga enquanto a água removida é condensada. 0 licor-mãe que está saturado em relação ao clorato e contém elevados teores de cloreto de sódio é reciclado directamente para (2) e também via os depuradores de gás da célula (9) e os depuradores de gás do reactor (10) a (2) e/ou (5) .
católito alcalino produzido no compartimento catódico da célula com diafragma é usado para alcalinizar o electrólito de clorato em (6) e (7) de modo a, respectivamente, evitar a remoção de compostos de cloro em (8) e a precipitar as impurezas de metal como hidróxidos de metal. Além disto, o católito alcalino é usado no sistema depurador do gás de célula, do gás do reactor e do gás de diálise (9, 10 e 11, respectivamente) para absorção dos componentes ácidos das correntes de gases de (4), (5) e (12), respectivamente.
cloro formado no ânodo é imediatamente dissolvido no electrólito e hidrolisado em ácido hipocloroso. Após remoção da célula, o pH do anólito é de cerca de 5,5. O anólito removido é passado para ajuste do pH (3) antes dos electrolisadores de clorato (4) .
O gás hidrogénio formado em (4) é conduzido a (9) e os gases deixando (5) são conduzidos a (10), enquanto que o gás do compartimento catódico em (12) é conduzido para (9), (10) ou depuradores de diálise separados (11). O gás hidrogénio purificado pode ser usado, p.e. para sínteses diferentes ou como combustível.
O invento e as suas vantagens serão ilustrados em maior detalhe no Exemplo que se segue, que não se destina de modo nenhum a limitar o invento. Na descrição, reivindicações e no Exemplo, os valores indicados em percentagem e partes são percentagens em peso e partes em peso, a menos que dito de outro
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-12 —
modo.
Exemplo 1
Electrólito de clorato contendo 110 g de NaCl/1 e 600 g de NaC103/l, bem como quantidades menores de Na2Cr2O7, NaC104 e Na2SO4, foi bombado através do compartimento anódico de uma célula electrolítica a um caudal de 10-20 1/min. Antes da electrólise, o pH do electrólito de clorato era de cerca de 6 e a temperatura de cerca de 50 °C.
A célula era uma célula laboratorial munida com um diafragma de polietileno sinterizado. A área do eléctrodo era 1 dm . Usou-se um ânodo de cloro dimensionalmente estável em titânio (DSA) e um cátodo de titânio não revestido. 0 espaço entre o diafragma e o eléctrodo respectivo era de 7 mm. O volume da célula era de 2 1.
í.·
O electrólito de clorato foi bombado através do compartimento anódico a um caudal de 10-20 1/min. 0 católito foi circulado por bombagem a um caudal de cerca de 4 1/min através do compartimento catódico e de um reactor de 2 1 possuindo um dispositivo ladrão. O católito foi fornecido com o mesmo electrólito de clorato a um caudal de 0,14 1/min.
A electrólise foi conduzida a uma temperatura do electrólito de 50-70 °C, uma intensidade da corrente de 1-3 kA/m e a um pH de até 11,8 no católito e a um pH de 5-6 no anólito. A corrente foi variada entre 10 e 30 A.
Sob todas as condições de operação, a eficiência da corrente ultrapassou 90 % e na maior parte dos casos 95 %. A eficiência da corrente foi calculada como o quociente entre a produção máxima obtida e a teórica de hidróxido de sódio. A produção de iões hidróxido foi determinada analisando o teor em iões hidróxido no católito e multiplicando-o pela corrente recolhida. Em relação à produção de protões e de iões hidróxido, expressos como hidróxido de sódio e ácido clorídrico, o consumo
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-13de energia estava entre 2000 e 2300 kWh/tonelada de hidróxido de sódio mais uma quantidade equivalente de ácido clorídrico. Por quantidade equivalente de ácido clorídrico quer-se aqui significar a quantidade total de ácido clorídrico e de ácido hipocloroso formada na hidrólise do cloro, calculados como ácido clorídrico puro.
Lisboa, 2(1 1994
Por EKA NOBEL AB
- O AGENTE OFICIAL ENG.e ANTÔNIO JOÃO DA CUUHA FERREIRA Ag. O|. Pr. ir,d.
Rua das Flores, 74 - 4.* 1200 LISBOA
> 76 056
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Claims (10)

  1. Reivindicações
    1 - Processo para a produção de clorato de metal alcalino por electrólise de um electrólito aquoso contendo cloreto de metal alcalino purificado, caracterizado por se electrolisar uma corrente parcial de electrólito de clorato, produzido numa célula munida de um separador, para produção de um católito contendo hidróxido de metal alcalino, sendo o católito usado, pelo menos parcialmente, na produção de clorato de metal alcalino.
  2. 2 - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a concentração de clorato no electrólito alimentado à célula com o separador variar de 300 a 650 g/1, calculada como clorato de sódio.
  3. 3 - Processo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o separador na célula ser um diafragma.
  4. 4 - Processo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por o separador na célula ser uma membrana selectiva para iões.
  5. 5 - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por a membrana ser selectiva para catiões.
  6. 6 - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o católito produzido ser usado para alcalinização do electrólito de clorato para cristalização do clorato nos depuradores dos gases da célula e dos gases do reactor ou na precipitação de impurezas e regeneração de resinas de permuta iónica em conjunto com a dissociação e purificação do cloreto de metal alcalino técnico.
  7. 7 - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o cloro ser produzido no compartimento anódico da célula, dissolvido no anólito produzido e hidrolisado em ácido hipocloroso no compartimento anódico.
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  8. 8 - Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por o cloro produzido ou ácido hipocloroso produzido ser usado na produção de clorato de metal alcalino.
  9. 9 - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o electrólito de clorato ser adicionado ao compartimento anódico e catódico da célula.
  10. 10 - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o católito produzido ser usado na produção de dióxido de cloro em processos integrados, em que uma unidade de produção de clorato de metal alcalino e uma unidade de produção de dióxido de cloro são combinadas e em que os iões de metal alcalino não
PT101498A 1993-04-26 1994-04-20 Processo para a producao de clorato de metal alcalino PT101498B (pt)

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