BRPI0906310B1 - motor eletromagnético e equipamento gerador de torque de trabalho - Google Patents

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BRPI0906310B1
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Norberto Da Rocha Keppe
Carlos César Soós
Roberto Heitor Franscari
Original Assignee
Associação Keppe & Pacheco
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Abstract

MOTOR ELETROMAGNÉTICO E EQUIPAMENTO GERADOR DE TORQUE DE TRABALHO. A presente invenção refere-se a um motor eletromagnético frio de alta eficiência capaz de aumentar consideravelmente a energia potencial eletromagnética e/ou mecânica disponível para ser utilizada em qualquer equipamento alimentado por energia primaria, Mais particularmente, a presente invenção refere-se a um motor, ou mesmo um gerador, que compreende características estruturais e de funcionamento que reduzem o consumo de energia elétrica e, ao mesmo tempo, produz energia potencial mecânica e toque de trabalho pelo menos equivalente aos motores convencionais.

Description

REFERÊNCIA A PEDIDO CORRELATO
[0001] Pedido de patente de Invenção de PI 0802090-6, depositado em 23 de maio de 2008, e pedido de patente internacional PCT PCT/BR2008/000301, depositado em 03 de outubro de 2008.
CAMPO DA INVENÇÃO
[0002] A presente invenção refere-se a um motor eletromagnético frio de alta eficiência capaz de aumentar consideravelmente a energia potencial eletromagnética e/ou mecânica disponível para ser utilizada em qualquer equipamento alimentado por energia primária. Mais particularmente, a invenção refere-se a um motor, ou mesmo um gerador, que compreende características estruturais e de funcionamento que reduzem o consumo de energia elétrica e, ao mesmo tempo, produz energia potencial mecânica e torque de trabalho equivalente, e até superiores, aos motores convencionais.
[0003] Mais vantajosamente, o motor objeto da presente invenção compreende uma estrutura simplificada que pode ser aplicada em qualquer aparelho elétrico, em especial aqueles denominados receptores elétricos, tendo como finalidade produzir, ao menos, a mesma eficiência de trabalho, porém consumindo menos energia, sem riscos de superaquecimento dos aparelhos e, ainda, reduzindo custos com fabricação desses aparelhos.
[0004] Além disso, o motor eletromagnético da invenção soluciona inúmeros problemas relacionados ao uso de fontes de energia convencionais e a escassez de energia elétrica vivenciada nos dias atuais, visto que tem a capacidade de promover o mesmo potencial de trabalho, consumindo menos energia.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[0005] Atualmente são conhecidos inúmeros modelos de motores eletromagnéticos, os quais têm por finalidade gerar trabalho mecânico - torque, a partir da interação dos componentes magnéticos de um circuito fechado alimentado por uma corrente elétrica. Todos esses motores conhecidos no estado da técnica foram e são desenvolvidos seguindo princípios, leis e teorias cientificas da física e elétrica tradicionais, e consideradas como leis universais, naturais e inflexíveis, ou seja, imutáveis. Porém, entende-se que tais teorias científicas são limitadas apenas aos entendimentos dos cientistas que as definiram, por exemplo: as leis de Newton, leis de Ohm, leis da termodinâmica etc.
[0006] Portanto, deve ficar claro que uma compreensão diferente da filosofia científica convencional pode conduzir a uma nova tecnologia, diferente e capaz de contornar problemas que são, até então, consideradas como fatores intrínsecos em um determinado processo físico.
[0007] Neste contexto, cabe esclarecer que as máquinas têm por princípio o consumo e transformação de um determinado tipo de energia em, basicamente, uma energia considerada como perda, normalmente o calor, inerente ao seu funcionamento, e na disponibilização de outro tipo qualquer de energia, a qual é considerada útil para a finalidade que se deseja.
[0008] Assim, também sabe-se que os motores elétricos são definidos como máquinas que são alimentadas pela energia na forma elétrica fornecida por uma fonte de alimentação, por exemplo, a rede elétrica com tensão alternada (monofásica, bifásica ou trifásica), ou pilhas, baterias e células fotovoltáicas com tensão contínua. De modo que, a referida energia elétrica é transformada em energia na forma calorífica, denominada como perda provocada por atritos, escorregamento, histerese, correntes de Foucault, efeito joule, etc., e finalmente pelo fornecimento de energia na forma mecânica útil disponível para o trabalho, que se relaciona com o torque e rotação do eixo do motor.
[0009] Inversamente, também sabe-se que os geradores elétricos são alimentados por algum tipo de energia primária, como por exemplo, química de combustão (diesel, gasolina, etc.) ou mecânica (força hidráulica, força eólica, etc.), e transforma em perdas na forma de calor e fornece tensão e corrente elétrica na saída para alimentação de outros equipamentos.
[0010] Assim, em máquinas dessas naturezas, calcula-se seu rendimento, ou eficiência, pela razão entre a energia de saída e a energia de entrada. A título meramente ilustrativo, se um motor consome 60W da rede elétrica e produz 30W de trabalho mecânico, seu rendimento é dado pela razão 30W/60W, o que corresponde a 0,5, ou expresso em porcentagem, 50%.
[0011] Da mesma maneira, o gerador que é alimentado por 1 KW de força mecânica, que pode ser fornecida por uma queda de água com fluxo constante “Q” em m3/s, a partir de uma altura “h”, e que gere 850W de energia elétrica na saída terá um rendimento de 850W/1.000W, o que corresponde a um rendimento de 0,85, ou em porcentagem, 85%.
[0012] Neste contexto, há vários tipos de motores elétricos, porém os motores eletromagnéticos são os mais utilizados atualmente devido à sua simplicidade de construção, e são conhecidos como motores de indução, que podem ter rotor tipo “gaiola de esquilo” ou rotor de bobinas.
[0013] Os motores de indução com rotor de gaiola compreendem um rotor formado por um cilindro de metal rodeado por eletroímãs percorridos por uma corrente alternada gerando um primeiro campo magnético variável, de modo a obter a indução eletromagnética. O campo magnético gera uma corrente na superfície do cilindro de metal, produzindo seu próprio campo magnético. Esses dois campos magnéticos, do rotor e do estator, interagem, atraindo-se e repelindo-se mutuamente de forma que o cilindro gira e, consequentemente, obtém-se trabalho mecânico pelo eixo do rotor.
[0014] Com relação aos motores elétricos de rotor de bobinas, estes são constituídos por um rotor feito de eletroimãs e de um estator formado por enrolamentos de fios de cobre nos quais flui uma corrente elétrica, gerando campos magnéticos que atraem e repelem mutuamente os campos variáveis do rotor. Em vista da alternância de polaridade do campo magnético em sincronia, o rotor rotaciona e gera trabalho mecânico para ser utilizado.
[0015] De acordo com o estado da técnica os motores eletromagnéticos são baseados, geralmente, em dois fenômenos, quais sejam: 1) quando passamos uma corrente elétrica através de um fio condutor, o campo magnético é gerado pelo material condutor; e 2) se um fio condutor estiver exposto à variação de um campo magnético, este apresentará uma diferença de potencial elétrico em seus terminais, e a corrente elétrica gerada no condutor forma um campo magnético de sentido oposto ao campo externo que a criou.
[0016] Adicionalmente, pode ser observado que os motores elétricos do estado da técnica são alimentados constantemente, de modo a obter a variação da polaridade dos componentes magnéticos para que se obtenha o efeito de repulsão e atração. Torna-se claro, portanto, que existe o consumo de energia muito elevado para se manter o movimento do rotor e o torque de trabalho gerado por esses motores. Como conseq uência, é inevitável que os componentes sofram com aquecimentos, ou seja, com as chamadas perdas ou transformação em energia calorífica.
[0017] Assim, diante do acima exposto, particularmente devido às interações entre as ações e reações, verifica-se que os motores eletromagnéticos acabam considerando que as perdas por calor são intrínsecas e impossíveis de serem contornadas. Em outras palavras, os campos magnéticos alternantes produzidos pela passagem de corrente elétrica nos condutores das bobinas do estator e do rotor dos motores, faz com que o aquecimento dos enrolamentos seja inevitável e proporcional à intensidade e taxa de variação desses campos.
[0018] Por essa razão, quando um motor elétrico é alimentado por uma fonte de alimentação elétrica qualquer - por exemplo bateria ou rede elétrica - o simples giro livre do eixo constitui um trabalho mecânico, reagindo no circuito elétrico que o alimenta como uma queda de tensão, opondo-se a energia que alimenta o motor, e tendendo a parar o seu movimento. Esta queda de tensão é conhecida tecnicamente como força contraeletromotriz (f.c.e.m.).
[0019] No entanto, a cada carga mecânica adicionada na linha do motor, a força exercida no seu eixo será traduzida em termos de aumento de força contraeletromotriz, ou seja, aumento de resistência, fazendo com que a fonte de alimentação forneça mais energia para vencer a resistência imposta pelas cargas. Como resultado dessa reação, há um aumento de temperatura na fiação dos motores com consequente perda de eficiência do mesmo. Se as cargas mecânicas impulsionadas pelo motor forem muito elevadas e ultrapassarem um determinado limite de projeto, o calor será excessivo e o motor pode se queimar.
[0020] Nesse sentido, mais uma vez fica comprovado que a alimentação continua de corrente elétrica ao motor pode acarretar em uma série de problemas, principalmente relacionados ao aquecimento e baixa eficiência do mesmo.
[0021] Segundo as teorias científicas utilizadas para o desenvolvimento desses motores eletromagnéticos, quatro forças intrínsecas contrárias a movimentação do motor são consideradas, quais sejam: a força contraeletromotriz, o escorregamento magnético, a histerese e as correntes de Foucault ou correntes parasitárias. Todas essas forças resistivas têm como resultado o aquecimento e a possível queima dos motores quando submetidos a altas cargas, uma vez que requerem o fornecimento de corrente elétrica de modo contínuo pela fonte de alimentação.
[0022] Após os esclarecimentos acima, os inventores fazem um breve relato de que, apesar de compreenderem os conceitos teóricos até então conhecidos, complementam que os mesmos devem ser considerados incompletos, uma vez que ignoram os aspectos físicos essenciais da estrutura da matéria magnetizada e/ou percorrida por corrente elétrica quanto à sua função captadora de energia do ambiente, bem como a estrutura dos campos eletromagnéticos, da voltagem e da própria corrente elétrica, e suas deficiências.
[0023] Tendo em vista que os motores do estado da técnica acabam considerando que algumas dessas forças resistivas são intrínsecas ao funcionamento dos motores, impossíveis de serem contornadas ou minimizadas, os projetos atuais acabam acarretando no super-dimensionamento e no consumo exagerado de energia elétrica, produzindo sérios problemas relacionados ao meio ambiente.
[0024] Como bem sabem os técnicos no assunto, um dos maiores problemas no mundo é a escassez dos recursos naturais para geração de energia, além da quantidade de poluentes emitidos pela queima de combustíveis fósseis.
[0025] Apenas no intuito de esclarecer sucintamente os preceitos da invenção, de acordo com as teorias e conceitos pesquisados e desenvolvidos por Keppe (Norberto da Rocha Keppe, “A Nova Física da Metafísica Desinvertida”, publicada em 1996, pela Próton editora em Paris), a presente invenção é baseada na hipótese de que a matéria age como captadora e transformadora de energia imaterial, denominada energia essencial, em formas secundárias de energia, por exemplo, a eletricidade e o magnetismo.
[0026] Em síntese, além de outros conceitos abordados por Keppe, defende-se o fato de que essa energia essencial, no caso dos campos magnéticos, é dupla ou bidirecional, ou seja, ela age sempre com duas componentes, porém em sentidos opostos e complementares.
[0027] Mais especificamente, deve ficar claro que a chamada voltagem, segundo os conceitos tradicionais, para Keppe significa a própria energia essencial, de modo que no momento em que uma corrente elétrica flui através de um fio condutor, devido a uma diferença de voltagem (ddp) em seus terminais, na realidade apenas uma das duas componentes da energia essencial está sendo utilizada, ignorando-se a capacidade e potência da segunda componente dessa energia essencial. Como conseq uência, por descartarem essa segunda componente da energia gerada, os motores do estado da técnica acabam consumindo energia além do necessário e, ainda, apresentam os inconvenientes relacionados ao calor.
[0028] Dito de outra forma, os motores eletromagnéticos do estado da técnica acabam utilizando a energia gerada pelo campo magnético durante a alimentação da corrente elétrica, ignorando ou desprezando a segunda componente da energia essencial, ou seja, a energia de retorno, expressa por transientes na linha, picos diretos e reversos, quando do ligamento e colapso do campo magnético das bobinas do motor.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DA INVENÇÃO
[0029] Portanto, com o objetivo de superar as deficiências e solucionar os problemas acima mencionados com relação aos motores elétricos do estado da técnica, foi desenvolvido o motor eletromagnético objeto da presente invenção.
[0030] Mais particularmente, é objetivo da invenção um motor eletromagnético que pode ser utilizado como substituto a qualquer motor alimentado por energia primária elétrica, eletromagnética, mecânica, nuclear, piezoelétrica, sônica, térmica, luminosa, hidráulica, pneumática, química, indução eletromagnética, por combustão de material fóssil, biocombustível etc. Preferencialmente aqueles cuja finalidade é obter trabalho mecânico.
[0031] Ainda um outro objetivo da invenção é um motor eletromagnético com características técnicas e funcionais que consegue contornar, ou mesmo eliminar, as forças resistivas ao movimento do rotor através da aplicação de conceitos desenvolvidos por Keppe.
[0032] Assim, a presente invenção tem por objetivo, ainda, um motor eletromagnético que além de utilizar a energia gerada pelo fluxo de corrente elétrica que flui nos fios condutores de uma bobina, captar e utilizar a energia essencial em sua integralidade, ou seja, um motor capaz de aproveitar as duas componentes, ação e complementação, conforme Keppe, da energia dos campos magnéticos.
[0033] Dessa forma, é objetivo da invenção um motor eletromagnético que não esquenta e é capaz de viabilizar a portabilidade de inúmeros aparelhos que são encontrados apenas em versões com tomada elétrica da rede pública, como por exemplo, ventiladores, aspiradores de pó, liquidificadores e muitos outros eletrodomésticos de baixa potência.
[0034] Também é objetivo da invenção um motor eletromagnético que permite aumentar a vida útil das baterias convencionais utilizadas em aparelhos e ferramentas elétricas sem fio, sem com isso reduzir o potencial de trabalho mecânico das mesmas.
[0035] Ainda, o motor eletromagnético da invenção é mais eficiente, permite reduzir drasticamente os custos de fabricação de aparelhos elétricos que utilizam motores, uma vez que é possível reduzir o tamanho desses aparelhos e, consequentemente utilizar menos material para sua fabricação.
[0036] Adicionalmente, é objetivo da invenção um motor que pode ser adaptado para formar um gerador de energia, de pequeno ou grande porte, inclusive em usinas de geração de energia elétrica baseadas em material radioativo, potencial hidráulico, potencial eólico, solar, carvão etc.
[0037] Além disso, é objetivo da presente invenção um motor que pode ser utilizado no seu modo gerador para recuperar parte da energia eletromagnética acumulada na(s) bobina(s) e retorná-la para a(s) própria(s) bobina(s), gerando uma segunda fonte de alimentação, a qual é independente da alimentação elétrica primária, seja ela uma bateria, a rede elétrica, ou outra qualquer.
[0038] Mais particularmente, esta realização alternativa do motor da presente invenção pode ser denominada como um sistema de retroalimentação eletromagnética ou sistema turbo-eletromagnético, o qual compreende o acoplamento de um ou mais capacitares na saída de uma ou mais bobinas da realização básica do motor objeto da invenção.
[0039] O motor eletromagnético segundo a invenção é, ainda, facilmente adaptado para substituir os motores híbridos (combustível/eletricidade) atualmente desenvolvidos para a indústria automobilística, náutica e aeronáutica, visto que sua capacidade e potencial de trabalho são consideravelmente superiores aos motores convencionais, além de que consomem muito menos energia elétrica, bem como propicia a geração de energia de retroalimentação.
[0040] Para atingir os objetivos acima propostos, o motor eletromagnético da invenção compreende um equipamento que utiliza a energia essencial em sua integralidade, particularmente a sua segunda componente, aqui denominada componente de retorno, ou energia de retorno, a qual é obtida pelo colapso do campo magnético gerado pela desenergização da bobina estatora quando cessa a alimentação da corrente elétrica.
[0041] Mais particularmente, o motor eletromagnético da invenção trabalha com a pulsação de uma corrente elétrica contínua fornecida por uma fonte de alimentação em um circuito fechado que alimenta os fios de uma bobina estatora, dentro da qual é disposto um rotor magnético, bobinado ou composto de ímãs permanentes, de modo que os pulsos são controlados por meio de sensores devidamente posicionados para determinar os momentos exatos dos pulsos para que torne possível a captação e aproveitamento da referida energia de retorno. Na realização alternativa, capacitares podem ser adicionados à linha do motor para que a ressonância de trabalho do mesmo seja atingida.
[0042] Mais especificamente, a ampliação da potência de trabalho do motor-gerador da realização alternativa da presente invenção é obtida quando o motor inicia sua movimentação pela alimentação primária da rede (tensão retificada) ou de uma ou mais baterias, que alimentam, respectivamente a(s) bobina(s) do motor através de um pulso de energia, que por sua vez interage(m) com um ou mais rotores magnéticos ou eletromagnéticos fixados no eixo de rotação, resultando na rotação do referido eixo.
[0043] Neste sentido, a tensão alternada gerada nos terminais dessa(s) referida(s) bobina(s) que envolve(m) um ou mais rotores magnéticos ou eletromagnéticos em rotação, é retificada, em meia onda ou onda completa, e desviada para um ou mais capacitares, ou mesmo para um banco de capacitares, que por sua vez conseguem acumular uma tensão superior à tensão de alimentação primária de entrada do primeiro pulso do motor. Esta tensão amplificada no(s) capacitor(es) é utilizada como uma segunda fonte de alimentação de tensão contínua, sendo totalmente independente da alimentação primária e corresponde ao aspecto gerador de eletricidade da presente invenção. As saídas positiva e negativa do(s) capacitor(es) são devidamente conectadas aos terminais da(s) bobina(s) do motor e suprem tensão e carga elétrica suficientes para alimentar um ou mais pulsos extras na(s) bobina(s) quando o rotor estiver nas defasagens apropriadas em relação às mesmas, de modo a contribuir com a rotação do rotor.
[0044] Por fim, através do acoplamento de dois ou mais motores/geradores em um mesmo eixo, com suas bobinas devidamente ligadas em série ou paralelo, pode-se aumentar de forma indefinida a potência de trabalho do conjunto em eficiência máxima, graças ao estado de ressonância eletro-magnetomecânica obtido entre 1) os campos magnéticos produzidos pelas bobinas quando energizadas e seus sucessivos colapsos pelo seu desligamento e 2) a alternância dos polos magnéticos norte e sul dos ímãs permanentes do rotor em movimento rotativo.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DAS FIGURAS
[0045] Os objetivos e efeitos técnicos proporcionados pelo motor e gerador eletromagnético, objeto da invenção, serão aparentes aos técnicos no assunto, a partir da descrição detalhada a seguir fazendo referências às figuras esquemáticas anexa, nas quais: - A Figura 1 ilustra uma realização básica do motor eletromagnético segundo a presente invenção; - A Figura 2A, 2B e 2C ilustram a sequência de movimento do rotor do motor eletromagnético de acordo com a invenção; - A Figura 3 ilustra uma realização alternativa de montagem do motor eletromagnético da invenção; - A Figura 4 ilustra outra realização de construção que utiliza motores eletromagnéticos segundo a presente invenção; - A Figura 5 ilustra uma realização alternativa do motor ilustrado na Figura 1 com um sistema de retroalimentação, segundo a presente invenção; - A Figura 6 ilustra uma realização preferencial do rotor, segundo a presente invenção; - A Figura 7A e 7B ilustram uma realização preferencial da bobina primária do motor, segundo a presente invenção; - As Figuras 8A, 8B, 8C 8D e 8E ilustram realizações alternativas do motor eletromagnético de acordo com a invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0046] O motor eletromagnético objeto da presente invenção compreende uma estrutura que consegue utilizar a energia essencial em sua integralidade. Além da energia gerada durante a energização da bobina estatora durante a alimentação da corrente elétrica, também capta e utiliza a energia de retomo proveniente do colapso do campo magnético quando a alimentação da corrente elétrica é interrompida e ocorre a desenergização da referida bobina estatora.
[0047] Mais particularmente, o motor eletromagnético da invenção compreende um equipamento com aspectos estruturais simples sendo desenvolvido segundo os preceitos ensinados por Norberto da Rocha Keppe, no livro mencionado mais atrás.
[0048] A presente invenção tem por finalidade um motor eletromagnético que gera trabalho e torque mecânico com potencial, ao menos equivalente aos motores convencionais do estado da técnica, porém consumindo menos energia elétrica, uma vez que a alimentação de corrente elétrica não é constante e, ainda, consegue promover a retroalimentação do motor.
[0049] Mais preferencialmente, em uma primeira realização da invenção, o motor eletromagnético ilustrado na Figura 1 é compreendido por um estator 1 constituído por uma bobina 2 formada por fios condutores cujos terminais T1 e T2 são conectados respectivamente nos pólos positivo P1 e negativo P2 de uma fonte de alimentação 3, sendo que entre o terminal T2 e o pólo negativo P2 é disposta uma chave liga-desliga 4, ou chave comutadora, posicionada adjacente a extremidade do eixo 5 de um rotor 6.
[0050] O referido eixo 5 é posicionado no centro e perpendicularmente ao corpo do estator 1, através de rolamentos 7, de modo que no interior do dito corpo do estator 1, o referido eixo 5 sustenta o rotor 6 composto por pelo menos um imã permanente.
[0051] Preferencialmente, a bobina 2 é formada pelo enrolamento de um fio condutor, tal como de cobre ou alumínio, em dois setores com a mesma quantidade de espiras e defasados axialmente ou radialmente. A Figura 1 ilustra os referidos setores defasados A e B dispostos no corpo do estator 1.
[0052] Cabe destacar que a quantidade de espiras de cada setor A e B da bobina 2 é determinada de acordo com as especificações de projeto do motor para se atingir a ressonância do(s) par(es) rotorZbobina(s), dependendo das características e potência desejada.
[0053] Ainda, de acordo com as figuras anexas e uma realização preferencial da invenção, o motor eletromagnético utiliza como fonte de alimentação uma bateria ou tensão da rede retificada que fornece corrente contínua pulsada ao circuito, diferente dos motores eletromagnéticos do estado da técnica que utilizam a variação do sinal senoidal da corrente alternada (motores de corrente alternada), ou inversão da corrente contínua durante o ciclo do rotor (motores de corrente contínua) para obtenção dos campos magnéticos e, consequentemente a incompatibilidade das polaridades magnéticas para geração de movimento do eixo do rotor.
[0054] Adicionalmente, em uma das extremidades do eixo 5, do lado externo do corpo do estator 1, é fixado um atuador 8 que aciona a chave Iiga- desliga 4, ou chave comutadora, quando o eixo 5 é rotacionado. Preferencialmente, o referido atuador 8 é um imã permanente cujo campo magnético gerado é perpendicular ao eixo de rotação 5, bem como a referida chave liga-desliga 4 é uma chave magnética do tipo ampola Reed, chave óptica, sensor hall ou um circuito pulsante PWM.
[0055] Assim, quando o eixo 5 do rotor 6 rotaciona, o referido atuador 8 aciona a chave liga-desliga 4, abrindo e fechando o circuito elétrico do motor eletromagnético da invenção, de modo a fornecer pulsos de corrente elétrica contínua para energizar a bobina estatora.
[0056] Alternativamente, é disposto um eletroímã 9 cuja finalidade é auxiliar na determinação dos pulsos de alimentação da corrente elétrica, fazendo com que os pulsos sejam gerados na posição exata e na polaridade correta do rotor 6 para impulsioná-lo, ainda mais, na sua movimentação.
[0057] O referido eletroímã 9 é constituído, preferencialmente, por uma barra de ferro envolvida por espiras de um fio condutor que gera um campo magnético para auxiliar na incompatibilidade das polaridades com os pólos magnéticos do rotor, promovendo a repulsão entre os mesmos.
[0058] Mais particularmente com relação à sequência ilustrada pelas Figuras 2A, 2B e 2C, o motor eletromagnético da invenção funciona da seguinte maneira: o atuador 8, preso na extremidade do eixo 5 do rotor 6 é posicionado e ajustado de forma que seu campo magnético, ao fechar a chave comutadora 4, esteja precisamente no ponto onde o ângulo do eixo do rotor 6, em relação às linhas de campo magnético da bobina estatora, seja α = -Xo, conforme indicado na Figura 2A. Nesta exata posição, o imã do rotor 6 inicia seu ciclo de atração, tendendo para o ponto neutro onde α = 0o, em relação às linhas de campo magnético da bobina do estator, para logo depois entrar na área de escorregamento, cuja tendência é pará-lo devido a polaridade do campo magnético gerado pela bobina 2 e a polaridade do rotor 6.
[0059] No momento em que o rotor atinge o ponto neutro, ou seja, onde α = 0o, conforme indicado na Figura 2B e esteja na iminência de entrar na área de escorregamento, a chave liga-desliga 4 é desligada.
[0060] Neste momento em que a chave liga-desliga 4 é desligada, a força de escorregamento magnético cessa. Entretanto, imediatamente após este ponto neutro, onde α = +X°, identificado na Figura 2C, a força contrária ou energia de retomo provocada pelo colapso do campo magnético da bobina do estator 2 age sobre o rotor 6, invertendo a polaridade do campo magnético e forçando a movimentação do rotor 6 na tentativa de obter o equilíbrio ou ponto neutro de movimentação do rotor.
[0061] Deve ficar claro que tal efeito de inversão se dá devido ao pico de voltagem de retomo ou energia de retorno pelo colapso do campo magnético, que altera o sentido do campo magnético de alimentação, exercendo uma força de repulsão. Conforme indicado nas Figuras 2A e 2C as linhas representativas X do campo magnético invertem o sentido, provocando a inversão de polaridade do campo magnético da bobina 2.
[0062] Assim, de acordo com a realização descrita acima, o motor eletromagnético promove dois fenômenos quase que simultaneamente devido ao curto intervalo de tempo entre os pulsos de corrente gerados. No primeiro, quando a chave liga-desliga 4 é ligada, a bateria alimenta a bobina estatora do motor que capta um campo magnético equivalente à voltagem de alimentação e que atrai o ímã do rotor para a posição de equilíbrio - logo na sequência, ocorre o segundo fenômeno, no momento em que a chave liga-desliga 4 é desligada, fazendo com que o campo magnético da bobina sofra um colapso, responsável pela geração de uma energia de retorno advinda do campo escalar circunvizinho, que corresponde à componente de complementação à primeira componente da energia essencial aprisionada pela bobina e oriunda da fonte de alimentação. Verifica-se, ainda, que a voltagem dessa energia de retorno é dezenas de vezes superior à voltagem de alimentação.
[0063] Além desse ganho evidente de força pela energia de retomo (ou de complementação), o fato de pulsar uma corrente contínua, preferencialmente advinda de uma bateria, sem inversão de fase como no caso de uma corrente alternada, fornece como resultado: - ) força contraeletromotriz praticamente nula, pois o ímã do rotor gira livre em mais da metade de todo o seu ciclo; - i) escorregamento nulo ou mínimo, uma vez que, sendo a corrente pulsada, o campo magnético da bobina do estator é desligado imediatamente após o ímã do rotor 6 passar pelo ponto de equilíbrio, permitindo sua livre rotação até receber outro pulso no momento preciso; - ii) histerese desprezível, pois a corrente de alimentação é contínua e pulsada, não havendo inversão de polaridade da fonte de alimentação; - v) correntes de Foucault desprezíveis, pois, ou não há núcleos de ferro ou chapas laminadas de ferro-silício nas bobinas estatoras e/ou os campos magnéticos criados na bobina 2 - tanto durante a alimentação como pela energia de retomo, são paralelos à carcaça do motor, fazendo com que a corrente induzida na mesma seja zero.
[0064] Além da minimização ou eliminação da histerese e das correntes de Foucault, observa-se que as perdas por efeito Joule são extremamente reduzidas, consequentemente não havendo variação de temperatura considerável, o que melhora o rendimento do motor e sua vida útil, pois não há riscos de superaquecimento.
[0065] Além disso, como pode ser observado, durante o funcionamento do motor eletromagnético segundo a invenção, a fonte de alimentação 3 não fica ligada constantemente, sendo acionada apenas no momento dos pulsos controlados pelo atuador 8 e a chave liga-desliga 4. Como resultado, o consumo da bateria é consideravelmente reduzido quando comparado com os motores do estado da técnica, permitindo, com isso, projetar equipamentos que utilizam baterias com maior eficiência e durabilidade.
[0066] Assim, de forma sucinta, o rotor 6 do motor eletromagnético, objeto da invenção, tem por princípio captar e aproveitar a energia gerada pelo colapso do campo magnético ocorrido pela desenergização da bobina 2. Tal energia é responsável pela inversão da polaridade do campo magnético que atua sobre o imã do rotor.
[0067] As Figuras 3 e 4 ilustram realizações alternativas de montagem de um equipamento constituído por uma série de motores eletromagnéticos segundo a presente invenção. A Figura 3 mostra a combinação de uma série de rotores 6’ dispostos de forma adjacentes e interligados por um mesmo eixo 5’. Cada rotor 6’ é disposto dentro de um estator próprio, de modo a obter o aumento do torque de trabalho na extremidade de saída do eixo.
[0068] Esta realização é particularmente utilizada para equipamentos de potência com desenho de carcaça longitudinal, pois os torques individuais dos rotores associados em linha se somam. Além disso, esta combinação pode trabalhar com voltagens mais baixas do que os motores normais, e por isso pode funcionar com baterias e ter boa eficiência, além de que em altas voltagens seu torque é sensivelmente ampliado.
[0069] A Figura 4 mostra uma outra combinação de motores interligados por meio de engrenagens 10, as quais dependendo da relação, conseguem aumentar ou reduzir o torque de trabalho na extremidade do eixo de rotação.
[0070] Através dessa realização alternativa, o fenômeno da ressonância permite que os motores interajam entre si à distância, aumentando ainda mais a eficiência do sistema mecânico como um todo. Em outras palavras, além da ação das bobinas nos rotores magnéticos, temos a própria ressonância entre os ímãs dos rotores. Como resultado é possível obter maior torque e menor consumo.
[0071] Em uma realização alternativa da presente invenção, conforme ilustrado particularmente na Figura 5, o motor da presente invenção compreende um circuito secundário incorporado no circuito do motor ilustrado na Figura 1, sendo que sua finalidade é promover a retroalimentação e amplificação da potência de trabalho do motor.
[0072] Mais particularmente, o circuito de retroalimentação é destinado à promover a alimentação da(s) bobina(s) do estator e/ou eventualmente de rotores feitos por eletroímãs para que o motor do presente certificado de adição funcione como um motor amplificador de potência mecânica de saída. Este circuito consiste, basicamente, na adição de uma ponte retificadora de onda completa, um ou mais capacitares em paralelo, e um sistema de chaveamento sincronizado feito por relês, transistores, comutação mecânica, ou outro qualquer.
[0073] A Figura 5 constitui uma representação esquemática de como o circuito secundário é inter-relacionado ao circuito básico original indicado na Figura 1. O circuito em linhas pretas é o circuito primário, ou seja, aquele definido como original básico e igual ao da Figura 1, sendo alimentado pela fonte de alimentação externa, bateria ou rede elétrica retificada. O circuito em linhas cinza (ou mais claras) é o circuito secundário de retroalimentação por descargas capacitivas, objeto do presente certificado de adição.
[0074] Conforme ilustra a Figura 5, ao circuito primário da Figura 1 adiciona-se, primeiramente, uma segunda chave comutadora ChT, disposta entre o terminal positivo P1 da fonte de alimentação 3 e o terminal positivo T1 da bobina 2 do circuito primário. A chave comutadora ChT é sincronizada com a chave comutadora Ch1 4, ou seja, deverá ser comutada instantaneamente de forma a estar sempre fechada quando a chave Ch1 4 estiver fechada, e a estar aberta quando a chave Ch1 4 estiver aberta.
[0075] O circuito secundário de retroalimentação tem seu início com a retificação da tensão alternada gerada pelo ímã girante do rotor 6 nos terminais T1 e T2 da bobina 2. Esta tensão alternada é retificada a partir dos terminais P5 e P6 da ponte retificadora 10, que fornece tensão contínua de onda completa nos terminais positivo P3 e negativo P4 da mesma. Estes terminais são conectados aos terminais positivo P7 e negativo P8, respectivamente, de um capacitor ou, altemativamente, a um banco de capacitares dispostos em paralelo 11, configurado de forma adequada para atender as finalidades e objetivos aqui propostos.
[0076] O capacitar (ou capacitares) 11 acumula energia suficiente para manter tensão acima da tensão de alimentação primária 3 devido ao acréscimo de tensão advindo do rotor 6 girando dentro da bobina 2. Esta característica lhe permite funcionar como uma segunda fonte de alimentação contínua e independente que passa a alimentar um segundo pulso, inverso ao primeiro, e/ou demais pulsos em outras bobinas enroladas ao redor do mesmo rotor 6. Este processo é denominado como “retroalimentação por descarga capacitiva” e constitui o sistema turbo-eletromagnético acima referido.
[0077] O pólo positivo P7 do capacitar 11 é conectado ao terminal de polaridade oposta, ou seja, terminal negativo T2 da bobina 2 através de uma terceira chave comutadora Ch2, idêntica à chave comutadora Ch1 4 do primeiro circuito. Por sua vez, o pólo negativo (P8) do capacitor é conectado através de uma quarta chave comutadora Ch2’, a qual é sincronizada com Ch2, ao terminal positivo T1 da bobina.
[0078] Esta chave comutadora Ch2’ será comutada instantaneamente de forma a ficar sempre fechada quando a chave comutadora Ch2 estiver fechada e as demais do primeiro circuito Ch1 4 e Ch1’ estiverem abertas, e ficará sempre aberta quando a chave Ch2 estiver aberta e as demais do primeiro circuito Ch1 4 e Ch1 ’ estiverem fechadas. Dito de outra forma, o status das chaves do circuito primário e secundário funcionam de modo inverso, quando um circuito está aberto, o outro deve estar sempre fechado.
[0079] O fechamento e abertura das chaves Ch1 4 e Ch2 são excludentes, ou seja, ambas nunca poderão estar fechadas ou abertas ao mesmo tempo durante o funcionamento do motor.
[0080] O fechamento e abertura das chaves Ch1’ e Ch2’ são sincronizados com o fechamento e abertura das chaves Ch1 4 e Ch2 respectivamente. Sempre que Ch1 4 estiver aberta, Ch1’ estará aberta e sempre que Ch1 4 estiver fechada, Ch1’ estará fechada. Igualmente para Ch2’, sempre que Ch2 estiver aberta, Ch2’ estará aberta e sempre que Ch2 estiver fechada, Ch2’ estará fechada.
[0081] O momento de fechamento das chaves excludentes principais Ch1 4 e Ch2 é definido pela passagem do referido ímã atuador 8 fixado no eixo 5 girante do rotor 6. Assim, obtêm-se dois pulsos, um direto da fonte de alimentação 3 do circuito primário e outro inverso advindo do capacitor 11 do circuito secundário. Portanto, as chaves Ch1 4 e Ch2 deverão ser posicionadas com uma defasagem de 180 graus uma da outra, de forma que quando o ímã atuador 8 passa pela chave Ch1 4, devido ao giro do eixo 5, e fecha juntamente com a chave ChT, as chaves sincronizadas do segundo circuito Ch2 e Ch2’ são abertas, não havendo passagem de corrente pelo circuito secundário. Após meio-ciclo do rotor 6, a chave Ch2 fecha juntamente com a chave Ch2’, e as chaves Ch1 e Ch1’ são abertas, de modo que esse ciclo se repete indefinidamente.
[0082] Este sincronismo de fechamento e abertura do par de chaves Ch1 4 e ChT e do par de chaves Ch2 e Ch2’ garante que a cada meio ciclo de giro do rotor 6 o sentido das linhas de fluxo magnético da bobina do estator 1 se alterne de 180 graus devido à alternância de polaridade positivo/negativo dos terminais T1 e T2 da bobina 2 e contribua com o giro do rotor 6.
[0083] Quando o terminal T1 da bobina 2 é positivo e T2 é negativo, o pulso é chamado de “pulso direto”, porque o circuito primário está fechado e o circuito secundário está aberto. Após meio ciclo de giro do rotor 6, as chaves comutam e o terminal T1 passa a ser negativo e T2 positivo. Neste último caso, o pulso é chamado de “pulso inverso”, pois o circuito primário está aberto e o circuito secundário está fechado promovendo a retroalimentação do motor.
[0084] De modo mais vantajoso, o rotor utilizado no motor objeto da presente invenção compreende uma peça única compacta fabricada a partir de um ímã de neodímio, com grau de magnetização variando entre N24 a N54. Porém, torna-se claro que o referido rotor também pode ser fabricado a partir de outros materiais como por exemplo ferrite, ou aqueles que utilizem como matéria prima os elementos de terras raras como o samário-cobalto, praseodímio, cério, etc.
[0085] Também de modo preferencial, e não limitativo da presente invenção, o referido rotor compreende um formato de disco único e compacto e furado no centro, o qual é magnetizado radialmente, tal como ilustra a Figura 6.
[0086] Entretanto, deve ficar claro que esse aspecto discóide do rotor é apenas preferencial e não descarta outras geometrias e configurações de ímãs como ímãs cilíndricos compactos e furados no centro e magnetizados axialmente, triangulares, cilíndricos magnetizados radialmente, cilíndricos empilhados magnetizados axialmente, pastilhas empilhadas, cônicos, ovoides e até esféricos, estes últimos sendo os de maior eficiência, mas, atualmente revelam complexidade e custos elevados para fabricação.
[0087] Adicionalmente, conforme ilustram as Figuras 7A e 7B, para aumentar a eficiência e capacidade do motor da presente invenção, a bobina que envolve o rotor de formato discóide de neodímio magnetizados radialmente compreende um formato assimétrico com topologia aproximada a troncos de cone, constituída por fios de cobre ou alumínio, esmaltados ou encapados, de qualquer bitola, projetados para trabalhar com tensões que variam desde 9 e 12 Volts, passando pelas tensões domésticas de 127 e 220 Volts ou superiores até as tensões industriais.
[0088] Igualmente, ressalta-se que a topologia das bobinas também é apenas preferencial e não descarta a possibilidade de uso de bobinas com topologia simétrica cilíndrica ou anular, as quais são usualmente utilizadas em diversas aplicações conhecidas no mercado.
[0089] Mais particularmente com relação às Figuras 8A, 8B, 8C, 8D e 8E observam-se realizações alternativas de montagem do motor eletromagnético da presente invenção, todas elas tendo como finalidade aumentar os campos magnéticos atuadores e, consequentemente, a capacidade de trabalho. Nessas realizações, observa-se que a disposição das espiras são alteradas para aumentar os pulsos geradores de corrente elétrica ao longo de um ciclo de rotação do rotor.
[0090] A Figura 8A ilustra uma realização em que a bobina 2 é constituída por quatro setores defasados axialmente e perpendicularmente, de modo que sejam gerados dois pulsos ao longo de um ciclo de rotação do rotor 6. Essa realização é denominada como bifásica.
[0091] A Figura 8B mostra uma realização em que a bobina compreende seis setores defasados entre si, de modo que os pulsos de alimentação da corrente elétrica sejam dados em três pontos distintos ao longo do ciclo de rotação do rotor 6. Neste caso o motor eletromagnético é um motor trifásico.
[0092] A Figura 8C mostra uma realização em que a bobina 2 é constituída por oito setores defasados, exigindo quatro pontos de pulsação ao longo do ciclo de rotação do rotor, sendo denominado motor tetrafásico. Estes modelos são mais compactos, e sua configuração permite aproveitar vários pulsos (direto e de retorno - nos dois sentidos em cada bobina) dentro do mesmo ciclo do rotor, ampliando a velocidade do rotor e estabilizando seu torque de trabalho ao usar cargas maiores.
[0093] As Figuras 8D e 8E ilustram uma configuração de bobina particularmente vantajosa, na qual a bobina do circuito primário possui o formato assimétrico semelhante a um tronco de cone. No circuito secundário, a bobina compreende um formato semelhante, porém possui a sobreposição das espiras com defasagem de 90 graus em relação à primeira, formando uma espécie de colméia.
[0094] Apenas a título de exemplo prático das vantagens e efeitos técnicos proporcionados pelo motor eletromagnético segundo a presente invenção quando comparado com motores convencionais conhecidos no estado da técnica, pode-se utilizar um aparelho receptor elétrico qualquer, por exemplo, um ventilador. Os ventiladores encontrados no mercado atualmente são projetados para consumirem cerca de 120W. A tensão da rede elétrica pública utilizada para este tipo de aparelho é de 127V, mas podemos considerar como 120V para efeito de cálculo. Assim, de acordo com análises e os preceitos das teorias da elétrica, esse aparelho seria percorrido por uma corrente de 1 A, uma vez que: I = P/U = 120/120 = 1A
[0095] Ou seja, o aparelho precisa de aproximadamente 1 Ampère para exercer o trabalho na sua potência nominal de 120W.
[0096] Através da substituição do motor do estado da técnica por um motor eletromagnético segundo a presente invenção, foi possível obter o mesmo trabalho mecânico do ventilador com apenas duas baterias de 12V, sendo percorrido por uma corrente de 0,5 A. Assim, a potência consumida para exercer o mesmo trabalho de um ventilador seria: P = Ui = 24x0,5 = 12W
[0097] Comparando os dois ventiladores testados, um com motor do estado da técnica e outro com o motor eletromagnético da presente invenção, comprovou-se que a eficiência do motor da presente invenção é cerca de dez vezes superior ao do estado da técnica, devido ao fato deste último ser capaz de aproveitar a energia gerada pelo colapso do campo magnético da bobina, quando do desligamento da alimentação da corrente elétrica na posição predeterminada, conforme acima discutido.
[0098] Alternativamente, o eixo de rotação do motor eletromagnético em questão pode ser acoplado em um mecanismo que, através do torque de trabalho gerado pelo motor, torna possível a adaptação e formação de um gerador de energia. Além disso, referida adaptação pode ser acoplada, ou mesmo, substituir os geradores de energia primária. Além disso, dependendo do dimensionamento do motor da presente invenção, é possível transformá-lo em uma fonte de alimentação de aparelhos que consomem pouca energia.
[0099] Apesar da presente invenção ser descrita com relação aos motores utilizados em aparelhos denominados receptores elétricos, é possível, ainda, acoplar uma bobina secundária sobreposta à bobina primária, fazendo com que esta segunda bobina capte a energia de retorno ou voltagem de retorno por indução. Adaptando-se um filamento equivalente a um diodo, de modo a se opor ao fluxo da energia de retomo, obtém-se resistência à passagem da corrente elétrica e, consequentemente o superaquecimento do referido filamento, tal como ocorre nas resistências elétricas de chuveiros.
[0100] Dessa maneira, o motor eletromagnético da presente invenção pode funcionar como equipamento aquecedor, o qual obtém calor por efeito Joule, sem com isso consumir energia das fontes de alimentação primárias, visto que a energia consumida para esse aquecimento advém dos picos de voltagem de retorno.
[0101] Assim, diante de todo o acima exposto, fica claro que o motor eletromagnético, objeto da presente invenção, consegue obter um ganho de energia, devido ao aproveitamento da voltagem de retorno, bem como a redução considerável das perdas, consideradas intrínsecas nos motores do estado da técnica. Além disso, em sua realização alternativa, obtém-se um circuito com propriedades de retroalimentação que promovem a redução ainda maior do consumo de energia e o aumento do rendimento do motor.

Claims (19)

1. MOTOR ELETROMAGNÉTICO compreendendo pelo menos um estator (1) constituído por uma bobina (2) formada por fios condutores cujos terminais (T1, T2) são conectados respectivamente aos pólos positivo (P1) e negativo (P2) de uma fonte de alimentação (3), sendo que entre o referido terminal (T2) e o pólo negativo (P2) é disposta uma chave liga-desliga (4) (Ch1) posicionada adjacente ao eixo (5) de um rotor (6), na extremidade do referido eixo (5) é fixado um atuador (8) da dita chave liga-desliga (4), sendo que a referida bobina (2) compreende um campo magnético bidirecional, respectivamente, na alimentação e na cessação da corrente elétrica, o motor eletromagnético sendo caracterizado pelo fato de compreender um circuito secundário de retroalimentação constituído por uma chave comutadora (Chi’), disposta entre o terminal positivo (P1) da dita fonte de alimentação (3) e o dito terminal positivo (T1), o qual é conectado a uma ponte retificadora (10) provida de terminais (P3, P4, P5, P6), os quais estão conectados, respectivamente, aos terminais (P7, P8) de ao menos um capacitor (11) e aos terminais (T1, T2), o dito capacitor (11) sendo conectado, ainda, a uma segunda e terceira chaves comutadoras (Ch2, Ch2’), as quais são sincronizadas, a dita chave comutadora (ChT) sendo sincronizada com a chave comutadora Ch1 (4) e a dita chave comutadora (Ch2’) sendo sincronizada com a chave comutadora (Ch2) gerando um colapso do campo magnético que compreende um pico de voltagem de retorno de polaridade inversa a do campo magnético de alimentação.
2. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que dita chave comutadora (Ch2) é disposta com defasagem de 180° da chave comutadora Ch1 (4).
3. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a bobina (2) é constituída pelo enrolamento de um fio condutor em dois setores (A, B) com a mesma quantidade de espiras e defasados axialmente um do outro.
4. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a fonte de alimentação (3) fornece corrente contínua.
5. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a fonte de alimentação (3) é uma bateria de corrente contínua.
6. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o referido atuador (8) é um imã permanente cujo campo magnético é perpendicular ao eixo de rotação (5) do rotor (6).
7. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a chave liga-desliga (4) é uma chave magnética do tipo ampola Reed, chave óptica, sensor hall, ou um circuito pulsante PWM.
8. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de compreender, adicionalmente, um eletroímã (9) constituído de uma barra envolvida por espiras de um fio condutor, disposto fora do estator (1) e perpendicular ao referido eixo (5).
9. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de compreender um mecanismo gerador de energia acoplado na saída do eixo do rotor (6).
10. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o capacitor (11) é constituído por um único ou banco de capacitares conectados paralelamente.
11. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que rotor compreende uma peça única compacta fabricada a partir de um ímã de neodímio (N24 a N54), ferrite, Alnico, ou daqueles de matéria prima advinda de elementos de terras raras tais como o samário, praseodímio, cério.
12. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que o referido rotor compreende um formato de geometrias de ímãs do tipo compacto e furados no centro e magnetizados axialmente, triangulares, cilíndricos magnetizados radialmente, cilíndricos empilhados magnetizados axialmente, pastilhas empilhadas, cônicos, ovóides, esféricos, ou discóides.
13. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que o referido rotor compreende o formato de disco compacto magnetizado radialmente.
14. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que a topologia das bobinas ser assimétrica.
15. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que a bobina compreende uma topologia semelhante a tronco de cone, constituída por fios de cobre ou alumínio esmaltado ou encapado.
16. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato de que a bobina (2) é constituída por quatro setores defasados axialmente e perpendicularmente.
17. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato de que a bobina (2) é constituída por seis setores defasados entre si.
18. MOTOR ELETROMAGNÉTICO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato da bobina (2) é constituída por oito setores defasados entre si.
19. EQUIPAMENTO GERADOR DE TORQUE DE TRABALHO, caracterizado por compreender pelo menos um motor eletromagnético conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 18.
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