BRPI0901615A2 - aperfeiçoamento em recipiente em folha metálica - Google Patents
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Abstract
APERFEIçOAMENTO EM RECIPIENTE EM FOLHA METáLICA. O recipiente compreende um corpo (C) incluindo uma parede lateral tubular (10) em cujas bordas extremas superior (10a) e inferior (10b) são recravadas paredes superior (11) e inferior (12), dita parede lateral tubular (10) apresentando, junto a pelo menos uma de suas bordas extremas (10a,10b), uma região circunferencial de deformação (RS,RI) formada por uma pluralidade de frisos circunferenciais (20), paralelos, adjacentes entre si e apresentando um perfil em forma de "Z" com suas pernas extremas (21) dispostas em planos que definem, com o eixo geométrico da parede lateral tubular (10), um ângulo <244> entre 45<198> e 90<198>, ditas pernas extremas 21 sendo interligadas por uma perna mediana (22) inclinada em relação ao referido eixo geométrico e definindo, com as respectivas pernas extremas (21), um ângulo <225> não superior a 90<198>, sendo as pernas extremas (21) adjacentes, de dois frisos (20) consecutivos, coplanares e interligadas, por seus extremos opostos, às respectivas pernas medianas (22).
Description
"APERFEIÇOAMENTO EM RECIPIENTE EM FOLHA METÁLICA"
Campo da invenção
Refere-se a presente invenção a um aperfeiçoamentoaplicado a um recipiente em folha metálica, tal como umalata, balde ou outro contentor metálico, do tipo quecompreende uma parede lateral cilíndrica ou de contornopoligonal, geralmente quadrado ou retangular, em cujasbordas extremas são recravadas uma parede de fundo e umaparede superior, esta última podendo ser anelar, comgrande abertura de vazamento fechada por uma tampa depressão, ou inteiriça e provida de uma pequena aberturade vazamento. A invenção permite que a lata em questãoseja usada para conter produtos perigosos em volumes decerca de 1 a 20 litros.
Antecedentes da invenção
É bem conhecida da técnica a construção de recipientes emfolha metálica, como latas e baldes, com parede lateralde contorno quadrado, retangular ou cilíndrico, com aparede superior apresentando-se inteiriça ou como umagrande abertura substancialmente circular, definidainternamente a uma sede de fechamento formada na paredesuperior, ao longo da periferia da abertura eincorporando uma parede periférica pendente em cujointerior é assentada a tampa de pressão.
Em certas construções, a parede periférica pendente, cujaborda superior define a sede de fechamento, opera apenascomo elemento de vedação e de retenção, por simplesatrito, em relação a uma parede lateral da tampa depressão a ser encaixada no interior da referida paredeperiférica pendente da parede superior anelar dorecipiente.
Em uma construção também conhecida e objeto da patente PI9408643-5 do mesmo requerente, a porção inferior daparede periférica pendente é curvada para o interior daabertura do recipiente para cima, até que sua bordaextrema livre alcance uma posição adjacente à referidaparede periférica pendente. Nessa construção anterior doora requerente, a parede periférica pendente que circundae define a abertura de vazamento passa a incorporar umanervura tubular, continua, de seção transversal circular,disposta em um plano rebaixado em relação ao plano dasede de fechamento, ou seja, da borda superior da paredeperiférica pendente.
Ainda, de acordo com a solução anterior já patenteada, éprovida uma tampa apresentando uma borda periférica,geralmente definida por um cordão tubular, obtido porcurvamento para fora e para baixo, e da qual projeta-se,para baixo, uma parede lateral circular provida de umrecesso periférico, de seção aproximadamente semi-circular e dimensionado para ser encaixado em torno danervura tubular continua quando do assentamento da tampana abertura de vazamento do recipiente. A bordaperiférica é assentada sobre a sede de fechamento quandodo encaixe da tampa na abertura de vazamento.
Apesar de resultar em um excelente travamento axial datampa na condição fechada, eliminando ainda os riscos deferimentos no manuseio e de contaminação do produtoarmazenado por contato com partes não envernizadas dafolha metálica do recipiente, a referida solução datécnica anterior, objeto da patente PI 9408643-5, aindanecessita apresentar uma resistência estrutural aumentadapara atender às especificações exigidas para osrecipientes contenedores de produtos perigosos.
Como é sabido, os recipientes em folha metálica, paraprodutos perigosos, devem resistir a um determinado nívelde pressão interna por um certo tempo, sem que a latasofra uma deformação estrutural que ponha em risco aestanqueidade do recipiente e do assentamento da tampa depressão na sede de fechamento. Nesse sentido, a soluçãoconstrutiva objeto da patente PI 9408643-5, opcionalmenteassociada à construção proposta para a parede superioranelar, objeto do pedido de patente PI0006493-9, tambémdo ora depositante, permite a manutenção da integridadedo recipiente quando submetido às condições limite depressão exigidas para a certificação da embalagem comoadequada à contenção de produtos perigosos.
Entretanto, apesar de as referidas soluções anterioresgarantirem uma adequada retenção da tampa na sede defechamento nas condições de teste de pressão paraprodutos perigosos, elas não garantem a integridade dofechamento quando o recipiente é submetido a uma quedalivre, cheio de produto, a partir de uma altura de teste,normalmente de 0,80 a l,5m e contra uma superfícierígida, com a tampa voltada para baixo e em ânguloinclinado em cerca de 45° com a vertical.
No tipo de queda acima citado, a região marginal superiordo recipiente, na qual é recravada a parede superioranelar, é submetida a uma deformação ou "amassamento paradentro", que pode deformar a sede de fechamento em umgrau suficiente para destruir a estanqueidade dorecipiente, mesmo que essa deformação ainda sejainsuficiente para produzir a expulsão da tampa.
A referida deformação destrutiva da sede de fechamentoresulta, em grande parte, da maior resistência àdeformação por esforços axiais e da menor resistência àdeformação por esforços radiais a que a região da paredelateral do recipiente, adjacente à região de impacto, ésubmetida quando do teste de queda livre em posiçãoinclinada.
Dependendo das características da folha utilizada nafabricação do recipiente, é ainda possível ter-se umadeformação da recravação, na região de impacto,suficiente para prejudicar a perfeita estanqueidade dorecipiente, provido de parede superior anelar (conformeacima discutido) ou de parede superior inteiriça. 0problema da perda de estanqueidade, por deformaçãoexcessiva da recravação na região de impacto, podeocorrer tanto na recravação da parede superior, quando orecipiente é deixado cair em posição invertida, como narecravação da parede inferior, quando o recipiente édeixado cair na posição inclinada, mas não invertida. Asdeficiências até aqui comentadas podem serparticularmente associadas às latas quadradas de 18litros, muito utilizadas no mercado e com a paredesuperior inteiriça e perifericamente recravada ou anelare carregando a tampa de fechamento.
Verificou-se ainda que os recipientes de seçãotransversal cilíndrica ou poligonal, geralmente quadradaou retangular, apresentando capacidade de armazenagem de1 galão e de 9 e 5 litros, respectivamente, e tendoparede superior inteiriça e provida, opcionalmente, derespectiva tampa, são também vulneráveis à ocorrência dequebra de estanqueidade por deformação excessiva dasrecravações quando submetidas a impacto causado por quedado recipiente em uma posição inclinada.
Nos recipientes de seção transversal poligonal, asregiões de recravação mais vulneráveis à perda deestanqueidade são aquelas que definem os vérticesarredondados do contorno transversal poligonal dasparedes superior e inferior, vértices esses que definemos extremos superior e inferior das respectivas arestaslongitudinais arredondadas do recipiente.
Quando um recipiente de seção transversal poligonal, dotipo aqui considerado, é deixado cair em posiçãoinclinada, invertida ou não, de modo que um vértice deuma das paredes superior ou inferior toque a superfíciede impacto, a região de recravação, que define essevértice, pode ser submetida a uma deformação excessiva esuficiente para destruir a estanqueidade do recipiente nareferida região de recravação deformada.
Apesar de o problema da quebra de estanqueidade ser maiscomum na região dos vértices quando estes definem aregião de impacto na queda do recipiente, ele podemanifestar-se também em outros trechos de recravaçãoretilíneos ou curvos, como ocorre com os recipientescilíndricos.
No caso dos recipientes nos quais a deformação acentuadadas arestas extremas periféricas, definidas pelasrecravações, não tem grande influência na integridade dasede da tampa e na retenção e estanqueidade dessa última,a manutenção da perfeita estanqueidade nas regiões derecravação passa a ser de fundamental importância,particularmente no caso de recipientes em folha metálicautilizados para conter produtos considerados perigosos.
Algumas das soluções conhecidas, para minimizar oproblema da deformação da sede de fechamento e dasregiões de recravação, quando submetidas a impacto, porqueda livre do recipiente com toda a carga em seuinterior e nas condições de teste, exigem a provisão dedispositivos auxiliares de proteção, agregados aorecipiente e que encarecem consideravelmente a embalagem.
Uma outra solução conhecida, para eliminar ou minimizar oproblema da deformação da sede de fechamento e dasregiões de recravação quando da queda do recipiente, édefinida nos documentos BR 0201566-8 e DT 24 17 517 Al.
Nesse tipo de solução anterior, a parede lateral tubulardo corpo do recipiente é provida, em suas regiõessuperior e inferior, adjacentes às bordas recravadassuperior e inferior do recipiente, de uma pluralidaderanhuras circunferenciais em forma de "V" aberto, comseus lados opostos simétricos em relação a um planomediano e ortogonal ao eixo geométrico do recipiente.
Apesar de constituírem zonas a serem plasticamentedeformáveis quando da queda do recipiente em posiçãoinclinada, visando absorver a energia de impacto e evitara perda de estanqueidade da sede de fechamento da tampa,se existente, e da região de recravação submetida àdeformação, esse tipo de ranhura circunferencial comseção transversal em forma de "V" simétrico apresentareduzida capacidade de absorção de energia de deformação,exigindo um maior número de ranhuras para se conseguir aabsorção de deformação da parede lateral, suficiente paraevitar danos à estanqueidade do recipiente e, com isso,prejudicando a capacidade do recipiente de resistir aosesforços de empilhamento exigidos pelas normas vigentes.Além disso, o formato em "V" simétrico das ranhurasconhecidas torna frágil a parede lateral tubular dorecipiente para resistir aos esforços de compressão,impedindo que seja efetuada uma redução da espessura dafolha metálica constitutiva do corpo do recipiente. Afolha metálica tem que ser então mantida com umaespessura que garanta a resistência estrutural dosrecipientes aos exigidos esforços de compressão quando deseu empilhamento.
No caso das ranhuras em "V" arredondado, com grandeângulo de abertura e com reduzida profundidade radial,como ocorre na solução do documento DT 24 17 517 Al, éconseguida uma grande resistência estrutural aoempilhamento. Entretanto, esse formato de "V" arredondadoe com grande ângulo de abertura dificulta a deformaçãoplástica dos lados da ranhura, para absorção da energiade impacto.
Objetivo da invenção
A presente invenção tem por objetivo prover umaperfeiçoamento na construção de um recipiente em folhametálica, do tipo que compreende um corpo formado por umaparede lateral tubular tendo bordas extremas nas quaissão perifericamente fixadas, por recravação, paredessuperior e inferior, sendo o corpo tubular provido deregiões circunferenciais extremas, superior e inferior,capazes de deformarem quando da queda do recipiente emuma posição inclinada em cerca de 45°, absorvendo aenergia de impacto e evitando a perda da estanqueidade darecravação e da sede de fechamento da tampa, seexistente, sem prejudicar a exigida resistência aoempilhamento de ditos recipientes, mesmo em situações deredução da espessura da folha metálica utilizada em suafabricação.
Sumário da invenção
0 objetivo acima mencionado é alcançado a partir daprovisão de um recipiente em folha metálica, do tipo quecompreende um corpo formado por uma parede lateraltubular tendo bordas extremas superior e inferior nasquais são fixadas, por respectivas recravações superior einferior, uma parede superior e uma parede inferior, ditaparede lateral tubular apresentar, junto a pelo menos umadas recravações superior e inferior, uma regiãocircunferencial de deformação formada por uma pluralidadede frisos circunferenciais paralelas e adjacente entre sie ocupando uma certa extensão axial da parede lateraltubular.
De acordo com a invenção, cada fr"iso apresenta um perfilem forma de "Z" com suas pernas extremas dispostas emplanos que definem, com o eixo geométrico da paredelateral tubular, um ângulo entre 45° e 90°, ditas pernasextremas sendo interligadas por uma perna medianainclinada em relação ao referido eixo geométrico edefinindo, com as respectivas pernas extremas um ângulonão superior a 90°, sendo as pernas extremas adjacentes,de dois frisos consecutivos, coplanares e interligadas,por seus extremos opostos, às respectivas pernasmedianas.
Ainda de acordo com uma forma de realização da invenção,as junções entre a perna mediana e as pernas extremas decada friso são obtidas por uma porção de vérticearredondado e concordante com as adjacentes pernasmediana e extrema, sendo ainda que, as pernas medianasdos frisos seccionam a projeção axial do contorno daparede lateral tubular do recipiente, sendo aindainclinados, radialmente para fora, a partir da adjacenterecravação e em direção à região mediana do recipiente.
Com a construção acima definida, é formada uma regiãocircunferencial de deformação na parede lateral tubular,junto a pelo menos uma das recravações superior einferior e que é dimensionada para absorver, pordeformação plástica localizada, a energia resultante dochoque do recipiente cheio, em queda livre, geralmenteinclinado, com uma superfície rígida. Os frisosformadores de cada região circunferencial de deformaçãotornam a região da parede lateral tubular, adjacente aoponto de impacto, deformável mais facilmente do que aadjacente região da parede superior, poupando as regiõesde recravação e a porção periférica interna da paredesuperior quando o recipiente é provido de aberturasuperior com tampa e ainda deixado cair em posiçãoinclinada e invertida, permitindo minimizar asdeformações na parede superior em forma de anel ouinteiriça e, com isso, manter a integridade do fechamentoda tampa e da adjacente região de recravação.
O desenho e o dimensionamento dos frisos em cada regiãocircunferencial de deformação permite ainda, em função daperna mediana inclinada e das pernas extremas ortogonaisao eixo geométrico do recipiente de cada friso, não sóuma controlada e suficiente absorção da energia deimpacto, como também a obtenção de uma aumentadaresistência estrutural dos recipientes ao empilhamento,permitindo ainda, em certos casos, a redução na espessurada folha metálica a ser utilizada na formação dosrecipientes
Breve descrição dos desenhos
A invenção será descrita a seguir, fazendo-se referênciaaos desenhos anexos, dados a titulo de exemplo de umapossível concretização da invenção e quais:
A figura 1 representa uma vista em perspectiva de umrecipiente em folha metálica, tendo um corpo tubular, deseção quadrada e paredes superior e inferior definidas,cada uma, em uma só peça que é perifericamente fixada,por recravação, nas bordas extremas superior e inferior,respectivamente, do corpo tubular, este últimoapresentando duas regiões circunferenciais extremas,superior e inferior, de deformação;
A figura 2 representa uma vista em corte parcial, emescala ampliada, ilustrando uma porção superior e umaporção inferior da parede lateral do corpo do recipiente,nas quais são definidas as adjacentes regiõescircunferenciais de deformação, dita vista tendo sidotomada segundo a linha II-II na figura 1; e
A figura 3 representa uma vista em detalhe ampliado daparte do recipiente da figura 2 submetida à deformaçãoplástica após a queda livre do recipiente.
Descrição da invenção
Na construção ilustrada nas figuras de 1 a 3 dos desenhosanexos, o recipiente em questão compreende um corpo Ctendo uma parede lateral tubular 10 de contorno quadrado,e uma parede superior 11 em uma folha inteiriça, cujaporção periférica externa é convencionalmente fixada, poruma recravação 11a, a uma borda extrema superior IOa daparede lateral tubular 10.
Apesar de não ser aqui ilustrado, deve ser entendido quea parede superior 11 pode ser em forma de anelestrutural, perifericamente recravado à parede lateraltubular 10 e cuja abertura interna define uma sede naqual é assentada e axialmente retida uma tampa que ocupauma substancial extensão da área da referida paredesuperior, tal como ilustrado nas figuras 1 a 6 dodocumento BR 0201566-8.
0 recipiente ilustrado compreende ainda uma paredeinferior 12, periférica e convencionalmente fixada, poruma recravação 12a, a uma borda extrema inferior 10b daparede lateral tubular 10.
Na construção ilustrada, a parede superior é aindaprovida de uma pequena abertura de vazamento 13, a serfechada por uma tampa adequada, a qual pode apresentardiferentes construções, e ainda de uma pequena alça desuspensão 14.
Conforme ilustrado, a parede lateral tubular 10apresenta, junto a pelo menos uma das recravaçõessuperior lia e inferior 12a, preferivelmente junto aambas as recravações, uma região circunferencial dedeformação superior RS e inferior RI, respectivamente.
Cada uma de ditas regiões circunferenciais de deformaçãoRS, RI, é formada por uma pluralidade de frisoscircunferenciais 20 paralelos e adjacentes entre si eocupando uma certa extensão axial da parede lateraltubular 10.
De acordo com a invenção, cada friso 20 apresenta umperfil em forma de "Z" com suas pernas extremas 21dispostas em planos que definem, com o eixo geométricoda parede lateral tubular 10, um ângulo α entre 45° e90°, ditas pernas extremas 21 sendo interligadas por umaperna mediana 22 que é inclinada em relação ao referidoeixo geométrico e definindo, com as respectivas pernasextremas (21), um ângulo β não superior a 90°. As pernasextremas 21 adjacentes, de dois frisos 20 consecutivos,são coplanares e interligadas por seus extremos opostosàs respectivas pernas medianas 22.
A utilização dos frisos 20 com perfil em forma de "Z",permite que, em uma condição de impacto da borda extremado corpo do recipiente em uma queda, os frisos daadjacente região circunferencial de deformação RS ou RI,sejam progressiva seqüencialmente deformados, daqueleaxialmente mais externo para o axialmente mais interno,com a redução do ângulo de inclinação da perna mediana 22em relação às pernas extremas 21 de cada friso,deformação essa que inclui a deformação plástica dajunção da perna mediana 22 com cada perna extrema 21.
Essa deformação plástica progressiva e seqüencial dosfrisos, absorve energia de impacto, preservando ascaracterísticas de estanqueidade da adjacente região derecravação e da sede da tampa se essa estiver presente naconstrução do recipiente e se este tiver sido submetido auma queda na posição invertida.
A junção da perna mediana 22 com a perna extrema 21, decada friso 20, é obtida por uma porção de vérticearredondado 23, concordante com as adjacentes pernasmediana 22 e extrema 21 e que absorve, com suadeformação, uma relevante quantidade de energia deimpacto, sem o risco de rompimento de referidas junçõescom conseqüente perda de estanqueidade.
0 posicionamento inclinado das pernas medianas 22 dosfrisos 20, em um ângulo β não superior a 90° em relaçãoaos planos das pernas extremas 21, garante uma aumentadaresistência estrutural do recipiente aos esforços decompressão quando do empilhamento e ainda evita queesforços dinâmicos, na direção axial, que podem ocorrerdurante o transporte dos recipientes carregados,provoquem deformações elásticas nas regiõescircunferenciais de deformação RS e RI, suficientes paraconduzirem à fadiga da folha metálica nas regiões dejunção (vértices) das pernas mediana 22 e extremas 21 decada friso 20 e o conseqüente rompimento da paredelateral tubular 10.
A deformação plástica progressiva dos frisos 20, porefeito de impacto, aumenta a dureza, por encruamento, daregião deformada, particularmente das regiões de vérticede cada friso, o que absorve a quantidade de energia quefoi disponibilizada pelo choque para provocar a referidadeformação.
Ensaios realizados com recipientes providos com oaperfeiçoamento em questão, mostraram ainda que orecipiente passou a suportar uma carga de empilhamentomuitas vezes superior àquela exigida por norma e que édefinida por uma altura de empilhamento de três metros,com os recipientes carregados.
As experiências realizadas com diferentes formatos etamanhos de recipientes em folha metálica, com capacidadevolumétrica variando de 1 a 20 litros, indicam que asporções de vértice arredondado 23, de cada friso 20,devem apresentar um raio de curvatura "r" tendo um valordefinido entre 1/2 e 2/3 da extensão radial das pernasextremas 21.
Na construção ilustrada, as pernas medianas 22 dos frisosseccionam a projeção axial PA do contorno da paredeIat eral tubular 10, sendo que, preferivelmente, as pernasmedianas 22 de cada friso 20 e as pernas extremas 21coplanares de cada dois frisos 20 consecutivos, sãosimétricas em relação à projeção axial PA do contorno daparede lateral tubular 10.
Essa disposição construtiva permite que as forças decompressão por empilhamento e por impacto do recipiente,quando de uma queda em posição inclinada em cerca de 45°,sejam aplicadas segundo uma direção mediana ao formato em"Z" dos frisos 20, garantindo uma deformação progressivae seqüencial dos frisos, por fechamento dos ângulosdiedros em cada um dos vértices dos frisos 20,minimizando deformações radiais no alinhamento da paredetubular lateral, particularmente na regiãocircunferencial de deformação responsável pela absorçãoda energia de impacto.
Ainda de acordo com a construção ilustrada, as pernasmedianas 22 dos frisos 20 da região circunferencial dedeformação superior RS são inclinadas, a partir darecravação superior 11a, para baixo e radialmente parafora, enquanto que as pernas medianas 22 dos frisos 20 daregião circunferencial de deformação inferior RI sãoinclinadas, a partir da recravação inferior 12a para cimae radialmente para fora.
A disposição construtiva particular acima mencionada,permite que as pernas medianas 22 dos frisos 20, passem aocupar um posicionamento aproximadamente alinhado com adireção vertical de queda do recipiente, inclinado em45°, tanto quando em uma posição invertida como em umaposição normal.
Para a obtenção de um melhor resultado protetor dasregiões de recravação do recipiente, é preferível quecada região circunferencial de deformação superior RS einferior RI seja unida à adjacente recravação superiorlia e inferior 12a por uma perna extrema 21 do friso 20mais externo na direção axial, conforme melhor ilustradonas figuras 1 e 2.
Quando da aplicação do aperfeiçoamento em questão a umrecipiente tendo uma parede lateral tubular com seçãotransversal quadrada, espessura de folha de 0,34mm e umacapacidade volumétrica de 18 litros, cada regiãocircunferencial de deformação RS,RI apresenta,preferivelmente, quatro frisos 20, cada um tendo umaaltura de 7,5mm e uma largura total de 9mm.
0 dimensionamento dos frisos 20 do ângulo de inclinaçãode sua perna mediana 22 e o seu número são determinadosem função do grau de enfraquecimento axial desejado paraa respectiva região circunferencial de deformaçãosuperior RS e inferior RI da parede lateral tubular 10.
Os frisos 20 podem ser providos com altura variando,geralmente, de 2,5mm a 7,5mm e largura variando,correspondentemente, de 3mm a 9mm, devendo ser,entretanto, entendido que tais medidas poderão variar emfunção de outras características estruturais dorecipiente, incluindo espessura de folha metálica,existência, ou não, de grande abertura superior a serfechada por tampa removível e ainda de outras variáveisconstrutivas.
Apesar de os desenhos ilustrarem apenas um recipiente deseção transversal quadrada, com arestas longitudinaisarredondadas e com parede superior inteiriça, deve serentendido que o aperfeiçoamento em questão é igualmenteaplicável a recipientes cilíndricos com parede superiordefinida por anel estrutural, definidor de grandeabertura de vazamento na qual é encaixada e retida umarespectiva tampa removível.
Nessas construções em que o recipiente é provido degrande abertura superior, a região circunferencial dedeformação superior RS é projetada para absorver aenergia do impacto do recipiente, em uma condiçãoinvertida, contra uma superfície rígida, produzindo adeformação da parede lateral tubular 10 em uma região quetende a se afastar da sede de fechamento provida nagrande abertura superior, deixando-a em condições dereter, de modo estanque, a respectiva tampa.
Deve ser ainda observado que os frisos 20, com suaspernas extremas 21 dispostas em planos que definem, com oeixo geométrico da parede lateral tubular 10, um ângulo αentre 45° e 90°, aumentam a resistência estrutural daparede lateral tubular 10 no sentido radial, melhorsuportando a componente radial da força de impacto naqueda e, assim, melhor preservar o contorno da regiãoextrema do recipiente que se choca com a superfícierígida. A energia do impacto é absorvida, em sua maiorparte, pela deformação plástica axial dos frisos 20, naregião circunferencial de deformação RS ou RI, voltada aolado de impacto e por um correspondente amassamento oudeslocamento axial da porção periférica externa da paredesuperior anelar, que se mantém recravada na paredelateral tubular 10.
Deve ser entendido que poderão ser feitas modificações dedimensão e de número de frisos, sem que fuja do escopo deproteção definido pelas reivindicações que fazem parteintegrante do presente relatório.
Claims (8)
1. Aperfeiçoamento em recipiente em folha metálica, dotipo que compreende um corpo (C) formado por uma paredelateral tubular (10) tendo bordas extremas superior (IOa)e inferior (IOb) nas quais são fixadas, por respectivasrecravações superior e inferior (11a, 12a), uma paredesuperior (11) e uma parede inferior (12), dita paredelateral tubular (10) apresentando, junto a pelo menos umadas recravações superior (Ila) e inferior (11b), umaregião circunferencial de deformação (RS,RI) formada poruma pluralidade de frisos circunferenciais (20),paralelos e adjacentes entre si e ocupando uma certaextensão axial da parede lateral tubular (10), sendo oaperfeiçoamento caracterizado pelo fato de cada friso(20) apresentar um perfil em forma de "Z" com suas pernasextremas (21) dispostas em planos que definem, com o eixogeométrico da parede lateral tubular (10), um ângulo (a)entre 45° e 90°, ditas pernas extremas 21 sendointerligadas por uma perna mediana (22) inclinada emrelação ao referido eixo geométrico e definindo, com asrespectivas pernas extremas (21), um ângulo (β) nãosuperior a 90°, sendo as pernas extremas (21) adjacentes,de dois frisos (20) consecutivos, coplanares einterligadas, por seus extremos opostos, às respectivaspernas medianas(22).
2. Aperfeiçoamento, de acordo com a reivindicação 1,caracterizado pelo fato de a junção da perna mediana (22)com a perna extrema (21), de cada friso (20), ser obtidapor uma porção de vértice arredondado (23), concordantecom as adjacentes pernas mediana (22) e extrema (21).
3. Aperfeiçoamento, de acordo com a reivindicação 2,caracterizado pelo fato de cada porção de vérticearredondado (23) apresentar um raio de curvatura "r"tendo um valor definido entre 1/2 e 2/3 da extensãoradial das pernas extremas (21) de cada friso (20).
4. Aperfeiçoamento, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1, 2 ou 3, caracterizado pelo fato de aspernas medianas (22) dos frisos (20) seccionarem aprojeção axial (PA) do contorno da parede lateral tubular (10).
5. Aperfeiçoamento, de acordo com a reivindicação 4,caracterizado pelo fato de as pernas medianas (22) decada friso (20) e as pernas extremas (21) coplanares decada dois frisos (20) consecutivos serem simétricas emrelação à projeção axial (PA) do contorno da paredelateral tubular (10).
6. Aperfeiçoamento, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de aspernas medianas (22) dos frisos (20) da regiãocircunferencial de deformação superior (RS) sereminclinadas, a partir da recravação superior (Ia), parabaixo e radialmente para fora, enquanto que as pernasmedianas (22) dos frisos (20) da região circunferencialde deformação inferior (RI) serem inclinadas, a partir darecravação inferior (12a) para cima e radialmente parafora.
7. Aperfeiçoamento, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de cadaregião circunferencial de deformação superior (RS) einferior (RI) ser unida à adjacente recravação superior(Ia) e inferior (12a) por uma perna extrema (21) do friso(20) mais externo na direção axial.
8. Aperfeiçoamento, de acordo com qualquer uma dasreivindicações 1 a 7, tendo o recipiente uma paredelateral tubular com seção transversal quadrada, espessurade folha de 0,34mm e uma capacidade volumétrica de 18litros e sendo o aperfeiçoamento caracterizado pelo fatode cada região circunferencial de deformação (RS,RI)apresentar quatro frisos (20), cada um tendo uma alturade 7,5mm e uma largura total de 9mm.
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