BRPI0419123B1 - Dispositivo de implante orbital - Google Patents

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BRPI0419123B1
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BRPI0419123-4A
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Jean-François Durette
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Jean-François Durette, Oculariste Inc.
Oculo-Plastik, Inc.
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Application filed by Jean-François Durette, Oculariste Inc., Oculo-Plastik, Inc. filed Critical Jean-François Durette, Oculariste Inc.
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Abstract

implante orbital quase-esférico. a presente invenção refere-se a um implante orbital quase-esférico que compreende um alongamento cônico descentralizado na direção de seus aspectos posterior e medial, o alongamento cônico imita o formato natural de uma órbita. o implante compreende um número de furos e túneis para a sutura dos músculos oculares do paciente e do tecido para o implante. um número de espaços vazios ocos no implante serve para progressivamente hospedar a formação do tecido que fixa o implante aos músculos e o tecido de revestimento e ajuda a impedir a migração depois de as suturas terem se dissolvido. a porção anterior do implante possui um número de detalhes que se fecham com o olho protético e ajudam a aperfeiçoar a sua estabilidade e motilidade.

Description

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção refere-se a implantes de substituição ocular. Se um olho tiver se danificado devido a um trauma ou doença, o olho danificado precisará ser eviscerado, em que todo o conteúdo interno do olho é removido, ou uma enucleação pode ser executada, na qual todo o globo ocular é removido após separar o mesmo dos músculos oculares e do nervo ótico. Depois de qualquer um destes procedimentos, é prática comum encher o espaço vazio resultante com um implante orbital e, em seguida, encaixar uma prótese ocular que se assemelhe estritamente ao olho. Depois de o implante ser introduzido na cavidade ocular após a enucleação ou evisceração do olho, os tecidos se cicatrizam após o implante. A prótese ocular é em seguida colocada sobre estes tecidos que se cicatrizaram após o implante. Quando corretamente colocado dentro da órbita, o implante orbital substitui um determinado volume perdido quando o olho é removido e ajuda a manter a estrutura normal das pálpebras e sobrancelhas. Quando a prótese ocular se combina apropriadamente com o outro olho e se acopla ao implante de modo a se movimentar com o mesmo, restaura-se uma aparência substancialmente normal do paciente.
[002] Os dispositivos de substituição ocular encontram-se disponíveis há muitos anos no sentido de concretizar aperfeiçoamentos funcionais e cosméticos ao indivíduo que sofreu a perda de um olho. Os implantes oculares anteriores usados nos adultos eram esferas de vidro ou de outro material sólido inerte que enchiam a órbita, isto é, a cavidade ocular, e eram em seguida cobertos com uma prótese que se aproximava à curvatura e à aparência do olho humano. O problema com estes dispositivos é que os mesmos eram lisos em todos os lados e, deste modo, não podiam ser unidos aos músculos extra-oculares. Em consequência, a prótese não se movia com o olho funcional, e isto não somente desconcertava a pessoa que olhava o usuário, como também era uma fonte de aborrecimento para o usuário.
[003] Um outro problema com muitos implantes é a migração. A migração é o deslocamento do implante com relação à sua própria posição na cavidade ocular do paciente. Às vezes, a migração de um implante pode esticar o tecido de revestimento e causar um afinamento de modo que a superfície do implante pode se tornar visível ou exposta. Muitos implantes lisos migram, uma vez que os tecidos e os músculos da cavidade ocular do paciente não se encontram fixados ao implante de modo a fixar o implante em seu lugar apropriado. Mesmo que o implante seja colocado debaixo do tecido e dos músculos, a migração, o afinamento do tecido sobre o implante, e a extrusão do implante podem ainda ocorrer. Às vezes os tecidos que previamente co-briam o implante ficam pressionados e necrosam, permitindo, assim, que as bactérias se instalem e causem infecção. Isto pode ocorrer anos depois que o implante é introduzido em um paciente.
[004] Muitos dispositivos de implante atuais vêm a ser projetos não-esféricos intricados, tais como o Novo-Allen, o Universal, e o Iowa. O implante Universal da Patente US 4,731,077 é mostrado na figura 13. O problema com os implantes não-esféricos é que uma prótese "em estoque"não se encaixa corretamente sobre sua forma não- esférica. Embora as próteses (não de estoque) encaixadas "sob medida" estejam prontamente disponíveis em muitos países, muitos outros países não têm acesso às próteses feitas sob medida, e consequentemente, os implantes não-esféricos, tais como os do Universal, não funcionam de maneira apropriada em muitas partes do mundo.
[005] Foram feitas várias tentativas no sentido de superar estes e outros problemas de migração de implante. Uma tentativa simples é fazer o implante poroso. Os implantes porosos contêm centenas e fre-quentemente milhares dos pores. A superfície porosa permite que o tecido vivo se desenvolva nos pores e ajuda a manter o implante no lugar. No entanto, a superfície áspera destes implantes com frequência corta e tritura o tecido de revestimento até que o implante fique exposto, o que pode causar infecção.
[006] A inserção de implantes porosos na órbita de um paciente é difícil porque a superfície áspera do implante age como um papel de areia sobre o tecido da órbita do paciente. Muitos implantes porosos devem ser embrulhados em uma cobertura de plástico liso enquanto os mesmos são inseridos na órbita de um paciente de modo que o implante poroso não se adira ao tecido da órbita antes que seja colocado profundamente na cavidade. Depois que o implante poroso se encontra no lugar, a folha plástica é removida da superfície do implante. Se o implante poroso não for colocado profundamente dentro da cavidade, tornar-se-á necessário um fechamento apropriado do tecido de revestimento e isto poderá causar uma exposição precoce. Quando o implanteáspero não é profundo bastante, ele não poderá ser facilmente reposicionado mais fundo na órbita, uma vez que o mesmo se adere ao tecido da órbita. Além disso, a remoção cirúrgica de um implante poroso é muito difícil (se acaso necessário), uma vez que o tecido se desenvolve nos milhares de pores em todos os lados do implante. A remoção do implante requer, consequentemente, o corte de muito tecido, o que pode ser um processo demorado e danoso. As cavidades oculares de muitos pacientes foram destruídas em função da remoção de um implante poroso.
[007] Ainda, outro problema com os implantes porosos é a dificuldade de se curar as infecções que ocorrem dentro do implante. Frequentemente, o tecido não se desenvolverá em cada um dentre os milhares de poros de um implante poroso. Se uma infecção se desen volver em alguns dos poros nos quais não existe um tecido desenvolvido,não haverá nenhum tecido vivo saudável nos poros para transportar medicamento para o local infectado. Se o medicamento não puder atingir o local infectado, será impossível se livrar da infecção, e o implante deverá ser removido.
[008] A Patente US 4,976,731 (de Perry) ensina o uso de um implante orbital feito de um material poroso, como, por exemplo, o hidro- xiapatita. Após a implantação de implantes porosos, um tecido do paciente se desenvolve na estrutura porosa do implante, enquanto o saco escleral ou outro revestimento é absorvido pelo sistema. A patente ‘731 ensina que depois de ocorrer uma cicatrização suficiente, o implantepoderá ser perfurado de modo a prover uma passagem que permita à prótese ocular se fixar ao implante por meio da inserção de uma cavilha que se projeta a partir da e que faz parte da prótese. A patente ‘731 afirma que isto resolverá o problema da migração ou da extrusão do implante, uma vez que o tecido também se desenvolverá e proverá um forro para a passagem perfurada. No entanto, o procedimento da patente ‘731 requer um segundo procedimento cirúrgico, o qual acompanha os riscos normais de tais procedimentos, incluindo a infecção do tecido em volta do implante de cavilha.
[009] Sendo assim, há a necessidade de um implante ocular que seja fácil de cirurgicamente se inserir e se remover de um paciente, que seja totalmente coberto pelos tecidos do paciente, que não necessite da adição de uma cavilha, e que, ainda, apresente uma boa motilidade e não migra.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0010] A presente invenção é um dispositivo de implante ocular de superfície de modo geral lisa com uma forma assimétrica. O implante é assimétrico (não uma esfera completa) porque tem uma extremidade posterior alongada e um astigmatismo com detalhes adicionados ante- riormente. A extremidade posterior do implante é descentralizada coni- camente alongada, para o lado medial do implante. O alongamento cônico ajuda manter o implante inteiro apropriadamente alinhado, uma vez que imita a forma natural da órbita óssea do olho humano que se estende para dentro (para o cérebro), e medialmente (para a passagem nasal).
[0011] A porção anterior do implante é astigmática, uma vez que as porções medial e temporal são mais volumosas do que as porções superior e inferior. O astigmatismo torna mais difícil que a prótese gire de uma forma indesejável na órbita. As porções medial e temporal mais volumosas do implante estabilizam a prótese, uma vez que a forma astigmática permite que o implante faça um contato melhor (chave) com a prótese do que um implante esférico.
[0012] Embora o implante seja liso, a porção anterior do implante tem um número finito de furos que conduzem a túneis e a chaminés. Os túneis são os espaços vazios ocos que são usados de modo a combinar o implante aos músculos e ao tecido que cobrem o implante, de preferência por meio de sutura. Além de receber as suturas, todos os espaços vazios criados pelos túneis são adaptados para a invasão de fluidos corporais. Os túneis hospedam progressivamente a formação de um tecido novo que fixa o implante aos músculos e ao tecido de revestimento a fim de impedir a migração. As chaminés são também espaços vazios dentro do implante que hospedam a invasão e a formação do tecido de modo a fixar o implante dentro da órbita.
[0013] A porção anterior do implante tem um número de montes e vales. Os montes se projetam para além da superfície do implante assimétrico de modo a fechar o olho protético e prover uma motilidade melhor do olho protético. Os vales provêm uma área na qual os músculos e o tecido do olho podem ser colocados de modo a poderem melhorar o aperto do implante durante o movimento muscular, o que tam- bém aumenta a motilidade.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0014] A figura 1 é uma vista em perspectiva de uma primeira modalidade da presente invenção mostrando as partes anterior e posterior separadas do dispositivo;
[0015] A figura 2 é uma vista de topo do implante (com referência à sua posição na órbita direita de um paciente) mostrando o "M" que marca o lado medial do dispositivo;
[0016] A figura 3 é uma vista em elevação lateral do implante (com referência à sua posição na órbita direita de um paciente) mostrando o "M" que marca o lado medial do dispositivo;
[0017] A figura 4 é uma vista de topo mostrando o relacionamento do cérebro, órbitas, e nariz na cabeça humana, o implante sendo apropriadamente orientado na órbita direita;
[0018] A figura 5 é uma vista em perspectiva do implante da primeira modalidade preferida;
[0019] A figura 6 é uma vista em elevação lateral da parte anterior do implante da primeira modalidade (com referência à sua posição na órbita direita de um paciente);
[0020] A figura 7 é uma vista em perspectiva da porção posterior do implante da primeira modalidade preferida mostrando a superfície elevada que é fechada na porção anterior;
[0021] A figura 8 é uma vista em perspectiva cortada do implante da primeira modalidade preferida mostrando os túneis e as chaminés dentro da porção anterior;
[0022] A figura 9 é uma vista em perspectiva do implante de uma segunda modalidade preferida;
[0023] A figura 10 é uma vista em elevação lateral da porção anterior do implante da segunda modalidade preferida (com referência à sua posição na órbita direita de um paciente);
[0024] A figura 11 é uma vista de fundo do implante da segunda modalidade preferida (com referência à sua posição na órbita direita de um paciente) mostrando os tentáculos para a conexão de duas partes;
[0025] A figura 12 é uma vista cortada do implante da segunda modalidade preferida mostrando os tentáculos dentro do implante (com referência à sua posição na órbita direita de um paciente);
[0026] A figura 12a é uma vista em perspectiva da porção posterior do implante da segunda modalidade preferida mostrando os furos que são adaptados para alojar os tentáculos;
[0027] A figura 13 é uma vista em perspectiva de um dispositivo de implante da técnica anterior;
[0028] A figura 14 é uma vista em perspectiva da terceira modalidade do implante da presente invenção mostrando montes elevados e vales baixos;
[0029] A figura 15 é uma vista em perspectiva mostrando a forma astigmática do implante no qual as linhas cheias mostram o implante assentado sobre o seu lado, com o lado superior do implante faceando para a direita da figura, e as linhas pontilhadas mostram o implante com o lado temporal do implante faceando para a direita da figura;
[0030] A figura 16 é uma vista em perspectiva do implante com a porção posterior cortada de modo a mostrar as chaminés na porção posterior; e
[0031] A figura 17 é uma vista lateral do implante mostrando as chaminés na porção posterior.
DESCRIÇÃO DA MODALIDADE PREFERIDA DA INVENÇÃO
[0032] Conforme observado de maneira geral na figura 1, o implante ocular 10 da presente invenção compreende uma porção anterior 22 e uma porção posterior 24. Embora o implante 10 possa ser fabricado como uma parte, a modalidade preferida requer que o im- plante 10 seja fabricado como duas partes separadas. As duas partes 22, 24 serão coletivamente referidas como o implante 10. A porção anterior 22 compreende um número finito de túneis 18, de chaminés 20a, 20b, de vales 11, e de montes 12. Em termos cumulativos, os vales 11 e os montes 12 são aqui referidos como detalhes. Deve-se notar que os termos anterior A, posterior P, medial M, temporal T, superior S, e inferior I descrevem indiscriminadamente o implante 10 quando apropriadamente posicionado na órbita direita de um paciente, com a porção anterior 22 faceando para fora da órbita do paciente. Estas respectivas direções podem ser observadas nas figuras 2 e 3. A figura 2 é uma vista de topo do implante 10 quando o mesmo se senta na órbita direita de um paciente, mostrando as direções anterior (frontal), a posterior (traseira) P, a medial (para a direção nasal) M, e a temporal (para a têmpora) T, respectivamente. A figura 3 é uma vista lateral mostrando as direções superior (de topo) S e inferior (de fundo) I, res-pectivamente.
[0033] Conforme observado na figura 2, a forma do implante 10 da presente invenção é assimétrica no sentido de se pode notar um determinado alongamento cônico na esfera posterior P. Este alongamento posterior cônico P é descentralizado para o lado medial de M do implante 10. A figura 4 mostra o posicionamento do implante 10 na órbita de um paciente, em que o alongamento cônico se estende posteriormente P e medialmente M quando o implante 10 se assenta na órbita, isto é, o alongamento cônico se estende para a parte traseira da órbita do paciente e para a passagem nasal do paciente. Este alongamento posterior P, medial M ajuda a alinhar o implante 10 dentro da órbita do paciente de modo a maximizar o volume do implante 10 dentro da órbita vazia. Este maximização do volume ocorre porque, conforme observado na figura 4, a forma natural da órbita se estende posteriormente P e medialmente M. Além de preencher o volume na órbita, o alonga- mento cônico descentralizado ajuda também a posicionar os detalhes da porção anterior 22 na direção normal da íris, uma vez que o alon-gamentocônico permanecerá naturalmente na área posterior P e na área medial M da órbita, onde for o mais confortável. Isto reduz extremamente a possibilidade de a porção anterior 22 se inclinar para cima e/ou para fora.
[0034] A porção anterior 22 do implante 10 tem uma forma astig- mática. A forma astigmática é melhor observada na figura 15 que mostra que o implante 10 é ligeiramente mais volumoso na direção medial M e na direção temporal T, enquanto é menos volumoso na direção superior S e na direção inferior I, isto é, o raio do implante assimétrico 10 é maior para as áreas medial M e temporal T da porção anterior 22, e menor para as áreas superior S e inferior I da porção anterior 22. A figura 15 é uma vista comparativa mostrando a forma astigmática do implante 10, na qual as linhas cheias mostram o implante assentado sobre o seu lado com o lado superior S do implante sendo para a direita da figura, e as linhas pontilhadas mostram o implante 10 com o lado temporal T do implante 10 para a direita da figura. Na porção anterior da figura 15, as linhas pontilhadas dos lados medial M e temporal T do implante 10 projetam-se para além das linhas cheias dos lados superior S e inferior I. Esta forma astigmática ajuda a prover motilidade à prótese, uma vez que a forma se fecha com a prótese. O fechamento provido pela forma astigmática do implante 10 ajuda também a impedir a rotação involuntária da prótese encaixada à pressão, o que é com freqüência um incômodo para o paciente.
[0035] É importante que os médicos orientem corretamente o a-longamentocônico e a forma astigmática do implante 10 dentro da órbita do paciente. Conforme observado na figura 3, para ajudar os médicos, a modalidade preferida da presente invenção compreende a letra"M" no lado medial M do implante 10 a fim de avisar aos médicos sobre o lado do implante 10 que faceia para o lado medial M da órbita do paciente.
[0036] Os detalhes, isto é, os vales 11 e os montes 12, na porção anterior 22 do implante 10 se fecham com a prótese de modo a prover uma boa motilidade para a prótese. O efeito de fechamento é produzido quando os vales 11 e os montes 12 contatam delicadamente a prótese, o que faz com que a mesma se movimente, em conseqüência. Os detalhes sobre a porção anterior 22 não são assim pronunciados de modo a fazer com que os mesmos saiam da forma de modo geral esférica do implante. É importante que o implante 10 permaneça esférico em sua maior parte, uma vez que, conforme apresentado acima na seção "Antecedentes" do presente relatório descritivo, os implantes não esféricos, tais como o dispositivo de implante da técnica anterior mostrado na figura 13, não se encaixam de forma apropriada com uma prótese de estoque (de um encaixe não personalizado).
[0037] Embora o implante 10 seja descrito abaixo com referência a duas modalidades específicas compreendendo materiais diferentes, a presente invenção pode ser feita de qualquer material biocompatível. A superfície externa do implante 10 é de preferência lisa. A superfície externa lisa do implante 10 não se adere ao tecido do paciente, o que é benéfico ao se introduzir e ao se remover o implante 10 cirurgicamente. A superfície lisa do implante 10 da presente invenção minimiza a agressão resultante do envelhecimento ou de um encaixe mal feito da prótese nos tecidos de revestimento, assim como minimiza a possibilidade de exposições ou extrusões posteriores.
[0038] Na modalidade preferida, a presente invenção é fabricada em duas partes separadas e em seguida montada antes da implantação na órbita ocular de um paciente. Em uso, depois que o implante 10 é colocado na órbita do paciente, o médico coloca e sutura os músculos e o tecido de revestimento sobre o implante 10 de modo que o im- plante 10 não contate o ar ambiente, o que poderia causar infecção. A porção anterior 22 do implante 10 tem vários vales 11 e montes 12. Os vales 11 provêm uma área na qual os músculos e o tecido do olho podem ser dispostos de modo a prover tração aos músculos do olho no sentido de aumentar a motilidade do implante 10 e da prótese conforme o implante 10 se fecha com a prótese.
[0039] A porção anterior 22 do implante tem um número finito de túneis 18 e chaminés 20a, 20b. Os túneis 18 permitem a inserção de uma agulha e de uma sutura. De preferência, o diâmetro dos túneis 18 é dentre um e dois milímetros. Isto é grande o suficiente para que a maioria das agulhas de sutura conhecidas passem facilmente. Em função deste diâmetro relativamente grande de túnel 18, fica fácil incisar as junções e as suturas do tecido desenvolvido para dentro a fim de livrar o implante, caso necessário cirurgicamente. As suturas 14 são feitas através dos túneis centrais 18 de modo a fixar o implante 10 aos músculos oculares do paciente, que foram colocados sobre o implante 10.
[0040] Além a receber as suturas 14, os espaços vazios criados pelos túneis 18 são adaptados para a invasão de fluidos corporais. Os túneis 18 hospedam progressivamente a formação do tecido novo que fixa o implante 10 aos músculos ou a outro tecido. A porção anterior 22 do implante 10 compreende as chaminés 20a, 20b (similares aos túneis 18, mas que, em geral, não recebem nenhuma sutura 14) que são também adaptadas para a invasão de fluidos corporais, de modo a progressivamente hospedarem a formação de um tecido novo que fixará o implante 10 aos músculos ou a outro tecido de revestimento. As suturas 14 impedem que o implante 10 migre ou se desaloje por um período de tempo após inserção na órbita. As suturas 14 tornam-se fracas e se dissolvem de oito a doze semanas após a implantação, mas, por esta ocasião, o tecido novo do paciente terá invadido os es- paços vazios, e se aderido aos músculos e ao implante 10 a fim de impedir uma migração.
[0041] Além a impedir a migração, o novo tecido desenvolvido para dentro dos túneis 18 e das chaminés 20a, 20b se adere aos músculos e aos tecidos de revestimento, o que possibilita uma boa motilidade do implante 10 no paciente. Os vales 11, os montes 12, e outros detalhes na porção anterior 22 ajudam a fechar a prótese de modo que o movimento do olho protético do paciente pareça tão natural como possível.
[0042] Uma modalidade alternativa é mostrada nas figuras 16 e 17, nas quais as chaminés 20c se localizam na porção posterior 24 do implante 10 além das chaminés 20a, 20b na porção anterior 22. Estas chaminés adicionais 20c na porção posterior 24 permitem mais tecido em desenvolvimento com o implante 10 de modo a fixar melhor o implante 10 no paciente.
[0043] Deve-se notar que o escopo da presente invenção não se limita a um número específico de túneis 18 ou chaminés 20a, 20b na porção anterior 22 do implante 10, mesmo que a seguir sejam providos números específicos com relação às modalidades preferidas. Como uma pessoa versada na técnica reconhecerá, o número de túneis 18 e chaminés 20a, 20b pode ser modificado de modo a acomodar uma variedade de pacientes com possíveis necessidades médicas diferentes.
Primeira Modalidade Preferida
[0044] As figuras 1 e 5 a 8 mostram uma primeira modalidade preferida da presente invenção compreendendo todas as características gerais descritas acima além das características específicas descritas abaixo. A primeira modalidade preferida compreende um polímero, por exemplo, acrílico. Conforme descrito acima, o implante 10 é de preferência feito em duas partes 22, 24. As duas partes 22, 24 são em seguida combinadas por qualquer meio adequado. O meio de montagem preferido das duas partes 22, 24 em um implante acrílico 10 vem a ser a soldagem ultra-sônica, conhecida na técnica. Conforme mostrado nas figuras 1 e 7, há uma porção elevada 30 sobre a superfície da porção posterior 24. Esta porção elevada 30 é adaptada para inserção em um recorte feito de forma correspondente (não mostrado) sobre o lado inferior da porção anterior 22. A porção elevada 30 é de preferênciaquase-elíptica; no entanto, a mesma pode ser de qualquer formato, contanto que as duas porções 22, 24 só possam se encaixar quando as porções 22, 24 são orientadas em sua posição apropriada. A porção elevada 30 garante que as partes 22, 24 sejam soldadas apenas quando as mesmas se encontram corretamente alinhadas, o que garante que a marcação "M" (medial) fique correta e que o alongamento cônico e a forma astigmática do implante 10 sejam apropriados quando colocados na órbita de um paciente.
[0045] Conforme apresentado de modo geral acima, o implante 10 é suturado nos músculos oculares do paciente, os quais são colocados sobre o implante 10 quando introduzidos na órbita. Conforme mostrado na figura 8, as suturas 14 passam pelos túneis 18 no interior do implante. Conforme observado na figura 6, a primeira modalidade preferida compreende quatro túneis 18, e dezesseis chaminés 20a, 20b na porção anterior 22. Um primeiro conjunto de oito chaminés 20a possui suas entradas abertas no lado anterior da porção anterior 22, e um segundo conjunto de oito chaminés 20b tem suas entradas abertas em torno da circunferência da porção anterior 22 de modo que a direção do segundo conjunto de chaminés 20b fique perpendicular à direção do primeiro conjunto de chaminés 20a. Na modalidade preferida, todo o primeiro conjunto de chaminés 20a se interconecta com todo o segundo conjunto de chaminés 20b de modo a formar uma rede de chaminés 20a, 20b dentro do implante.
[0046] Conforme apresentado acima, os túneis 18 criam espaços vazios dentro do implante que são adaptados para a invasão de fluidos corporais de modo a progressivamente hospedarem a formação de um tecido novo que fixará o implante 10 aos músculos e ao tecido de revestimento. As chaminés ocas 20a, 20b da primeira modalidade são adaptadas também para a invasão de fluidos corporais de modo que as mesmas progressivamente hospedem a formação de um tecido no-vo que fixará o implante 10 aos músculos e ao tecido do paciente. O resultado é que o implante 10 torna-se menos suscetível à uma migração ou desalojamento, uma vez bem suturado aos músculos, e quando todos os músculos e tecido de revestimento se cicatrizam e se aderem ao implante 10. Caso seja necessária uma estabilidade adicional, as chaminés 20c podem ser formadas na porção posterior 24 do implante 10, conforme mostrado nas figuras 16 e 17. As chaminés 20c podem se conectar internamente com as chaminés 20a, 20b da porção anterior 22.
Segunda Modalidade Preferida
[0047] As figuras 9 a 12 e 12a mostram uma segunda modalidade preferida da presente invenção, compreendendo todas os aspectos gerais da invenção descrita acima além dos aspectos a serem descritos abaixo. A segunda modalidade preferida compreende um biomaterial elastomérico ou um polímero elastomérico, por exemplo, silicone. Nesta modalidade, a porção anterior 22 e a porção posterior 24 são adaptadas para se encaixarem entre si, desde que o silicone não possa ser soldado. O meio preferido para se combinar as duas partes na presente modalidade são mostrados nas figuras 12 e 12a, nas quais os tentáculos 26 fixados à porção anterior 22 são colocados através de aberturas correspondentes 25 na porção posterior 24. Os tentáculos 26 possuem uma porção ampliada 27 que não pode ser facilmente removida das aberturas 25 após introdução nas aberturas 25. Uma vez inseridas nas aberturas 25, as porções ampliadas 27 se tra- vam ou se encaixam nas duas porções 22, 24 entre si. De preferência, existem dois tentáculos 26, de modo que, durante uma montagem, se torne impossível um mau posicionamento das partes, uma vez que a porção anterior 22 só pode se combinar com a porção posterior 24 em duas orientações, ambas alinhando corretamente a forma astigmática e o alongamento cônico do implante 10. Qualquer porção dos tentáculos 26 que se estenda além da superfície externa da porção posterior 24 será cortada de modo a colocar a superfície posterior do implante 10 em nível com os tentáculos 26.
[0048] Conforme observado na figura 10, a segunda modalidade preferida compreende quatro túneis 18 e quatorze chaminés 20a, 20b. De acordo com a primeira modalidade preferida, algumas chaminés 20a, 20b podem se conectar umas às outras. Esta segunda modalidade preferida compreende menos chaminés 20a, 20b do que na primeira modalidade, uma vez que os tentáculos 26 que se estendem a partir da porção anterior 22 ocupam uma área na qual as chaminés adicionais 20a, 20b se localizam na primeira modalidade. No entanto, apesar dos tentáculos 26, é possível se incluir chaminés adicionais 20a, 20b nesta segunda modalidade, caso se determine que um suporte adicional para o implante 10 possa ser necessário.
[0049] Além disso, caso seja necessária uma estabilidade adicional, as chaminés 20c podem ser formadas na porção posterior 24 do implante 10, conforme mostrado nas figuras 16 e 17. As chaminés 20c podem se conectarem internamente com as chaminés 20a, 20b da porção anterior 22.
Terceira Modalidade Preferida
[0050] A figura 14 mostra uma terceira modalidade preferida do implante 10 da presente invenção, na qual os vales 11 e os montes 12 são mais pronunciados que na primeira duas modalidades. Esta modalidade pode ser fabricada com as características de ambas a primeira e a segunda modalidades, com a única diferença sendo uma definição maior dos vales 11 e dos montes 12 sobre a porção anterior 22. A terceira modalidade preferida é ainda assimétrica, no entanto, os vales maiores 11 e os montes 12 ajudam a aumentar o fechamento do implante 10 sobre a prótese ocular. A terceira modalidade preferida não tem um astigmatismo na porção anterior 22 em função dos vales 11 e dos montes 12 mais pronunciados. A terceira modalidade provavelmentenão funcionará bem com uma prótese de estoque devido aos vales 11 e aos montes 12 mais pronunciados.
[0051] Tendo assim descrito a presente invenção com relação às suas modalidades preferidas, torna-se evidente aos versados na técnica que várias revisões podem ser feitas às modalidades preferidas descritas no presente documento sem se afastar do espírito e escopo da presente invenção. Pretende-se, no entanto, que tais revisões e modificações evidentes aos versados na técnica sejam incluídas no escopo das reivindicações a seguir.

Claims (19)

1. Dispositivo de implante orbital adaptado para encaixar na órbita de um paciente, a órbita tendo um lado medial, um lado temporal, um lado posterior, um lado anterior, um lado superior, e um lado inferior, todos com referência à posição do implante na órbita do paciente,caracterizado pelo fato de que compreende: um implante (10) tendo uma porção anterior (22) e uma porção posterior (24), o implante (10) tendo um lado medial (M), um lado temporal (T), um lado superior (S), e um lado inferior (I), todos os lados correspondendo aos respectivos lados da órbita do paciente; a porção anterior (22) do implante tendo um número finito de túneis (18) adaptados para receber suturas e para receber fluidos corporais e tecido em desenvolvimento, e um número finito de chaminés (20a,20b) adaptadas para receber fluidos corporais e tecido em desenvolvimento; e o implante (10) tendo uma forma assimétrica definida por um alongamento do implante (10) na direção do lado medial (M) da porção posterior (24).
2. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o alongamento é descentralizado com relação à porção anterior.
3. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ainda compreende uma forma astigmática na direção da porção anterior (22) do implante (10) definido pelos lados medial (M) e temporal (T) mais anteriores, e pelos lados superior (S) e inferior (I) mais posteriores.
4. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ainda compreende uma forma astigmática na direção da porção anterior (22) do implante definido por um raio maior na direção dos lados medial (M) e temporal (T) do implante (10), e menor na direção dos lados superior (S) e inferior (I) do implante.
5. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o dispositivo do implante é feito de um polímero.
6. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que o polímero é acrílico.
7. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que a porção anterior (22) é adaptada para se combinar com a poção posterior (24) quando as duas porções são alinhadas em uma configuração apropriada.
8. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que a porção anterior (22) e a porção posterior (24) são combinadas usando-se uma soldagem ul- trassônica.
9. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de implante é feito de um polímero elastomérico.
10. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 9, caracterizado pelo fato de que o polímero elastomérico é silicone.
11. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pelo fato de que a porção anterior (22) ainda compreende pelo menos dois tentáculos (26) que servem para combinar a porção anterior (22) com a porção posterior (24), os tentáculos (26) tendo uma porção ampliada (27); e a porção posterior (24) tendo furos (25) adaptados para receber os tentáculos (26) e a porção ampliada (27) dos tentáculos (26).
12. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a porção anterior (22) compreende ainda vales (11) e montes (12) que são adaptados para fecharem com um olho protético.
13. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que há pelo menos quatro túneis (18) adaptados para receber suturas (14) e para receber fluidos corporais e tecido em desenvolvimento.
14. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que há pelo menos quatorze chaminés (20a,20b).
15. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que há no máximo dezesseis chaminés (20a,20b).
16. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que ainda compreende uma marcação visível sobre o lado medial do implante (10).
17. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a porção anterior (22) e a porção posterior (24) são formadas como uma peça única.
18. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a porção anterior (22) e a porção posterior (24) são formadas como duas peças separadas.
19. Dispositivo de implante orbital, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a porção posterior (24) ainda compreende um número finito de chaminés (20a,20b) adaptadas para receber fluidos corporais e tecido em desenvolvimento.
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