BR112020011310A2 - anticorpos contra fcrn e seus métodos de uso - Google Patents

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BR112020011310A2
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Leona E. Ling
Darrell Nix
Nicholas A. Cilfone
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Momenta Pharmaceuticals, Inc.
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Abstract

A presente invenção apresenta anticorpos que se ligam ao receptor Fc neonatal humano (FcRn). Esses anticorpos anti-FcRn são úteis, por exemplo, para promover a depuração de autoanticorpos em um sujeito, para suprimir a apresentação de antígeno em um sujeito, para bloquear uma resposta imune, por exemplo, bloquear uma ativação de resposta imune baseada em imunocomplexo em um sujeito e tratar doenças imunológicas (por exemplo, doenças autoimunes) em um sujeito. Esses anticorpos anti-FcRn também são úteis, por exemplo, para diminuir o transporte de anticorpos patogênicos através da placenta de uma gestante, para aumentar o catabolismo do anticorpo patogênico em uma gestante e para tratar a potencialização mediada por anticorpo de uma doença viral em um feto ou neonato.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "ANTI- CORPOS CONTRA FCRN E MÉTODOS DE USO DOS MESMOS".
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[001] Proteínas terapêuticas, por exemplo, anticorpos terapêuti- cos, se tornaram rapidamente uma classe de fármacos clinicamente importante para pacientes com doenças imunológicas. Inúmeras do- enças autoimunes e aloimunes são mediadas por anticorpos patogêni- cos. Existe a necessidade de novos métodos de tratamento de doen- ças imunológicas.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[002] A presente invenção apresenta novos anticorpos que se ligam ao receptor Fc neonatal humano (FcRn). Esses anticorpos anti- FcRn são úteis, por exemplo, para promover a depuração de autoanti- corpos em um sujeito, para suprimir a apresentação de antígeno em um sujeito, para bloquear uma resposta imune, por exemplo, bloquear uma ativação da resposta imune baseada em imunocomplexos em um sujeito ou para tratar doenças imunológicas (por exemplo, doenças autoimunes) em um sujeito.
[003] Em um aspecto, a invenção apresenta um anticorpo isolado que se liga ao FcRn humano. O anticorpo isolado contém: (1) uma re- gião variável de cadeia leve que inclui uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) e uma região variável de cadeia pesada que inclui uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 com- preende uma sequência tendo não mais que duas substituições de aminoácidos relativas à sequência de TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), a CDR L2 compreende uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), a CDR L3 compreende uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), a CDR H1 compreende uma sequên-
cia tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à se- quência de TYAMG (SEQ ID NO: 4), DYAMG (SEQ ID NO: 5), ou NYAMG (SEQ ID NO: 6), a CDR H2 compreende uma sequência ten- do não mais que duas substituições de aminoácido relativas à sequên- cia de SIGSSGAQTRYADS (SEQ ID NO: 7), SIGASGSQTRYADS (SEQ ID NO: 8), SIGASGAQTRYADS (SEQ ID NO: 9), ou SIGAS- GGQTRYADS (SEQ ID NO: 10), e a CDR H3 compreende uma se- quência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[004] Em algumas modalidades, o anticorpo se liga ao FcRn hu- mano com um KD menor que 200, 150, 100, 50 ou 40 pM.
[005] Em algumas modalidades, o anticorpo se liga ao FcRn hu- mano com um KD inferior ou igual ao de um anticorpo com uma região variável de cadeia leve e região variável de cadeia pesada de N022, N023, N024, N026, ou N027, e tendo ainda a mesma região Fc que do anticorpo ao qual está sendo comparado. Em outro aspecto, a inven- ção apresenta um anticorpo isolado contendo: (1) uma região variável de cadeia leve que inclui uma CDR L1, uma CDR L2 e uma CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pesada que inclui uma CDR H1, uma CDR H2 e uma CDR H3, em que a CDR L1 compreende a se- quência de X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12), a CDR L2 com- preende a sequência de GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13), a CDR L3 compreende a sequência de X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14), a CDR H1 compreende a sequência de Z1YAMG (SEQ ID NO: 15), a CDR H2 compreende a sequência de SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16) e a CDR H3 compreende a sequência de LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17), em que X1 é um aminoácido polar ou hidrofóbico, X2 é um amino- ácido hidrofóbico, X3 é um aminoácido polar, X4 é um aminoácido ou ácido, X5 é um aminoácido polar ou hidrofóbico, X6 é um aminoácido hidrofóbico, Z1 é um aminoácido polar ou ácido, Z2 é um aminoácido polar ou hidrofóbico, Z3 é G, S, ou A, Z4 é um aminoácido básico, Z5 é um aminoácido hidrofóbico ou básico, e Z6 é G, S, D, Q, ou H, e em que o anticorpo se liga ao FcRn humano com um KD inferior ou igual ao de um anticorpo com uma região variável de cadeia leve e região variável de cadeia pesada de N026 e tendo ainda a mesma região Fc que o anticorpo sendo comparado. Em algumas modalidades, X1 é T, A, S, ou I. Em outras modalidades, X2 é L ou I. Em algumas modalida- des, X3 é S, N, ou T. Em ainda outras modalidades, X4 é Q, E, ou N, X5 é C, S, I, ou Y. Em algumas modalidades, X6 é A ou V, Z1 é E, T, D, ou N. Em modalidades adicionais, Z2 é S ou A. Em algumas modalidades, Z4 é K ou R. Em ainda outras modalidades, Z5 é I, L, ou H.
[006] Em outro aspecto, a invenção apresenta um anticorpo iso- lado contendo uma região variável de cadeia leve que inclui uma CDR L1 tendo a sequência de TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), uma CDR L2 tendo a sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), e uma CDR L3 tendo a sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), e uma região variável de cadeia pesada que inclui uma CDR H1 tendo uma sequên- cia de Z1YAMG (SEQ ID NO: 15), uma CDR H2 tendo uma sequência de SIGZ2SGZ3QTRYADS (SEQ ID NO: 18), e uma CDR H3 tendo a sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11), em que Z1 é T, D, ou N, Z2 é S ou A, e Z3 é G, S ou A.
[007] Em algumas modalidades, o anticorpo isolado contém uma CDR L1 tendo a sequência de TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), uma CDR L2 tendo a sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), uma CDR L3 tendo a sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), uma CDR H1 tendo uma sequência de TYAMG (SEQ ID NO: 4), uma CDR H2 tendo a sequência de SIGSSGAQTRYADS (SEQ ID NO: 7), e uma CDR H3 tendo a sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[008] Em algumas modalidades, o anticorpo isolado contém uma CDR L1 tendo a sequência de TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1),
uma CDR L2 tendo a sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), uma CDR L3 tendo a sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), uma CDR H1 tendo uma sequência de DYAMG (SEQ ID NO: 5), uma CDR H2 tendo a sequência de SIGASGSQTRYADS (SEQ ID NO: 8), e uma CDR H3 tendo a sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[009] Em algumas modalidades, o anticorpo isolado contém uma CDR L1 tendo a sequência de TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), uma CDR L2 tendo a sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), uma CDR L3 tendo a sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), uma CDR H1 tendo uma sequência de NYAMG (SEQ ID NO: 6), uma CDR H2 tendo a sequência de SIGASGAQTRYADS (SEQ ID NO: 9), e uma CDR H3 tendo a sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0010] Em outras modalidades, o anticorpo isolado contém uma CDR L1 tendo a sequência de TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), uma CDR L2 tendo a sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), uma CDR L3 tendo a sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), uma CDR H1 tendo uma sequência de TYAMG (SEQ ID NO: 4), uma CDR H2 tendo a sequência de SIGASGGQTRYADS (SEQ ID NO: 10), e uma CDR H3 tendo a sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0011] Em ainda outras modalidades, o anticorpo isolado contém uma CDR L1 tendo a sequência de TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), uma CDR L2 tendo a sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), uma CDR L3 tendo a sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), uma CDR H1 tendo uma sequência de TYAMG (SEQ ID NO: 4), uma CDR H2 tendo a sequência de SIGASGSQTRYADS (SEQ ID NO: 8), e uma CDR H3 tendo a sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0012] Em algumas modalidades, a cadeia leve do anticorpo isola- do da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19).
[0013] Em algumas modalidades, a cadeia pesada do anticorpo isolado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGSSGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 20).
[0014] Em outras modalidades, a cadeia pesada do anticorpo iso- lado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSDYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 21).
[0015] Em outras modalidades, a cadeia pesada do anticorpo iso- lado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSNYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 22).
[0016] Em algumas modalidades, a cadeia pesada do anticorpo isolado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGGQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDT AVYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGG TAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSV VTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAP ELLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFY
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[0017] Em outras modalidades, a cadeia pesada do anticorpo iso- lado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 24).
[0018] Em outro aspecto, a invenção apresenta um anticorpo iso- lado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a ca- deia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identi- dade à sequência de
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[0019] Em outro aspecto, a invenção apresenta um anticorpo iso- lado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a ca- deia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identi- dade à sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSDYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
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[0020] Em outro aspecto, a invenção apresenta um anticorpo iso- lado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a ca- deia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identi- dade à sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSNYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 22).
[0021] Em outro aspecto, a invenção apresenta um anticorpo iso- lado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a ca- deia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identi- dade à sequência de
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DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
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PSDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQ GNVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 23).
[0022] Em ainda outro aspecto, a invenção apresenta um anticor- po isolado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 24).
[0023] Em algumas modalidades, a cadeia pesada do anticorpo isolado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 95%, 97%, 99%, ou 100% de identidade à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24. Em outras modalidades, a cadeia leve do an- ticorpo isolado da invenção compreende uma sequência com pelo me- nos 95%, 97%, 99%, ou 100% de identidade à sequência da SEQ ID
NO: 19.
[0024] Em algumas modalidades, o anticorpo isolado da invenção inclui ainda a substituição de aminoácido N297A, relativa à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24.
[0025] Em outras modalidades, o anticorpo isolado inclui ainda as substituições de aminoácido D355E e L357M, relativas à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24.
[0026] Em outras modalidades, o anticorpo isolado da invenção inclui ainda qualquer uma ou mais das seguintes substituições de ami- noácidos: A23V, S30R, L80V, A84T, E85D, A93V, em relação à se- quência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24 e Q38H, V58I e G99D, em relação à sequência da SEQ ID NO: 19.
[0027] Em ainda outra modalidade, o anticorpo isolado da inven- ção não contém uma lisina C-terminal no resíduo 446 relativa à se- quência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24.
[0028] Em algumas modalidades, o anticorpo de qualquer um dos aspectos acima se liga ao FcRn humano com um KD que é menor ou igual aquele de um anticorpo tendo a região variável de cadeia leve e região variável de cadeia pesada de N022, N023, N024, N026 ou N027 e tendo também a mesma região Fc que do anticorpo sendo comparado. Por exemplo, em um ensaio com KD específico, o KD do anticorpo é inferior a 200, 150, 100, 50 ou 40 pM.
[0029] As posições de aminoácidos atribuídas às regiões determi- nantes de complementariedade (CDRs) e regiões de framework (FRs) de qualquer anticorpo isolado descrito neste documento são definidas de acordo com o índice EU de Kabat (Sequences of Proteins of Immu- nological Interest, 5ª Ed. Public Health Service, National Institutes of Health, Bethesda, MD. (1991)).
[0030] Em outro aspecto, a invenção apresenta um anticorpo iso- lado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a ca-
deia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGSSGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 20).
[0031] Em outro aspecto, a invenção apresenta um anticorpo iso- lado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a ca- deia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSDYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 21).
[0032] Em outro aspecto, a invenção apresenta um anticorpo iso- lado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a ca- deia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSNYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 22).
[0033] Em outro aspecto, a invenção apresenta um anticorpo iso- lado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a ca- deia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGGQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDT AVYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGG TAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSV VTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAP ELLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFY
PSDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQ GNVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 23).
[0034] Em ainda outro aspecto, a invenção apresenta um anticor- po isolado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 24).
[0035] Em algumas modalidades de qualquer um dos aspectos acima, o anticorpo isolado da invenção é um anticorpo monoclonal. Em algumas modalidades, o anticorpo isolado é IgG1. Em algumas modalidades, o anticorpo isolado inclui uma cadeia leve λ. Em algu- mas modalidades, o anticorpo isolado inclui uma cadeia leve kappa.
[0036] Em algumas modalidades de qualquer um dos aspectos acima, o anticorpo isolado da invenção é um anticorpo humanizado ou totalmente humano.
[0037] Em algumas modalidades, o anticorpo isolado se liga ao FcRn humano com um KD de 1-100, 5-150, 5-100, 5-75, 5-50, 10-50, ou 10-40 pM.
[0038] Em algumas modalidades, o anticorpo isolado da invenção se liga ao FcRn de roedor, por exemplo, de camundongo ou rato. Em algumas modalidades, o anticorpo isolado da invenção se liga ao FcRn de roedor, por exemplo, de camundongo ou rato, com um KD inferior a 200, 150, 100, 50, ou 40 pM.
[0039] Em outro aspecto, a invenção apresenta uma molécula de ácido nucleico que codifica qualquer anticorpo isolado descrito neste documento.
[0040] Em ainda outro aspecto, a invenção apresenta um vetor contendo uma molécula de ácido nucleico que codifica qualquer anti- corpo descrito neste documento.
[0041] Em outro aspecto, a invenção apresenta uma célula hospe- deira que expressa qualquer anticorpo isolado descrito neste docu- mento. A célula hospedeira inclui uma molécula de ácido nucleico que codifica qualquer anticorpo isolado descrito neste documento ou um vetor contendo uma molécula de ácido nucleico que codifica qualquer anticorpo isolado descrito neste documento, em que a molécula de ácido nucleico ou vetor é expresso pela célula hospedeira.
[0042] Em algumas modalidades, a célula hospedeira é uma célula de ovário de hamster chinês (CHO). Em algumas modalidades, a célu- la hospedeira é uma célula Sp2 ou célula NS0.
[0043] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de preparação de qualquer anticorpo isolado descrito neste documento. O método inclui: a) fornecer uma célula hospedeira que inclui uma molé- cula de ácido nucleico que codifica qualquer anticorpo isolado descrito neste documento ou um vetor contendo uma molécula de ácido nuclei- co que codifica qualquer anticorpo isolado descrito neste documento, e b) expressar a molécula de ácido nucleico ou vetor na célula hospedei- ra em condições que permitam a formação do anticorpo.
[0044] Em algumas modalidades, o método inclui a etapa de recu- peração do anticorpo a partir da célula hospedeira, por exemplo, numa concentração de cerca de 1-100, 1-50, 1-25, 2-50, 5-50 ou 2-20 mg/ml.
[0045] Em outras modalidades, a célula hospedeira usada no mé- todo é uma célula CHO.
[0046] Em outro aspecto, a invenção apresenta uma composição farmacêutica que inclui qualquer anticorpo isolado descrito neste do- cumento e um ou mais carreadores ou excipientes farmaceuticamente aceitáveis.
[0047] Em algumas modalidades, a composição farmacêutica in- clui o anticorpo em uma quantidade de dose terapeuticamente eficaz.
[0048] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de aumento do catabolismo de IgG em um sujeito. Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de redução de autoanticorpos em um sujeito. Em ainda outro aspecto, a invenção apresenta um método de tratamento ou redução da ativação de uma resposta imune baseada em imunocomplexo em um sujeito. Os métodos incluem a administra-
ção, ao sujeito, de qualquer anticorpo isolado descrito neste documen- to ou de uma composição farmacêutica incluindo qualquer anticorpo isolado descrito neste documento.
[0049] Em algumas modalidades, a resposta imune no sujeito é uma resposta imune aguda ou crônica.
[0050] Em algumas modalidades, o sujeito tem ou a resposta imu- ne aguda é ativada por uma condição médica selecionada do grupo que consiste em pênfigo vulgar, nefrite lúpica, miastenia gravis, sín- drome de Guillain-Barré, rejeição mediada por anticorpo, síndrome do anticorpo antifosfolípide catastrófica, vasculite mediada por imu- nocomplexo, glomerulite, uma canalopatia, neuromielite óptica, perda de audição autoimune, púrpura trombocitopênica idiopática (ITP), anemia hemolítica autoimune (AIHA), neutropenia imune, cardiomiopa- tia dilatada e doença do soro.
[0051] Em algumas modalidades, o sujeito tem ou a resposta imu- ne crônica é ativada por uma condição médica selecionada do grupo que consiste em polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica (CIDP), lúpus sistêmico, uma forma crônica de um distúrbio indicado para tratamento agudo, artropatias reativas, cirrose biliar primária, coli- te ulcerativa e vasculite associada ao anticorpo anticitoplasma de neu- trófilo (ANCA).
[0052] Em algumas modalidades, o sujeito tem ou a resposta imu- ne é ativada por uma doença autoimune. Em particular, a doença au- toimune é selecionada do grupo que consiste em alopecia areata, es- pondilite anquilosante, síndrome antifosfolípide, doença de Addison, anemia hemolítica, hepatite autoimune, hepatite, doença de Behçet, penfigoide bolhoso, cardiomiopatia, dermatite associada à doença ce- líaca, síndrome da disfunção imune da fadiga crônica, polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica, síndrome de Churg-Strauss, pen- figoide cicatricial, esclerodermia limitada (síndrome CREST), doença por aglutininas a frio, doença de Crohn, dermatomiosite, lúpus discoi- de, crioglobulinemia mista essencial, fibromialgia, fibromiosite, doença de Graves, tireoidite de Hashimoto, hipotireoidismo, doença inflamató- ria intestinal, síndrome linfoproliferativa autoimune, fibrose pulmonar idiopática, nefropatia por IgA, diabetes dependente de insulina, artrite juvenil, líquen plano, lúpus, doença de Ménière, doença mista do teci- do conjuntivo, esclerose múltipla, anemia perniciosa, poliarterite nodo- sa, policondrite, síndromes poliglandulares, polimialgia reumática, po- limiosite, agamaglobulinemia primária, cirrose biliar primária, psoríase, fenômeno de Raynaud, síndrome de Reiter, febre reumática, artrite reumatoide, sarcoidose, esclerodermia, síndrome de Sjögren, síndro- me do homem rígido, arterite de Takayasu, arterite temporal, colite ul- cerativa, uveíte, vitiligo e granulomatose de Wegener.
[0053] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em: (1) uma região va- riável de cadeia leve compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente em uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pesada compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência tendo não mais que duas substituições de aminoácidos relativas à sequência de TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), a CDR L2 compreende, consiste, consiste essencialmente em uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoáci- do relativa à sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), a CDR L3 compreende, consiste, consiste essencialmente em uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à se-
quência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), a CDR H1 compreende, consiste, consiste essencialmente em uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à sequência de TYAMG (SEQ ID NO: 4), DYAMG (SEQ ID NO: 5), ou NYAMG (SEQ ID NO: 6), a CDR H2 compreende, consiste, consiste essencialmente em uma sequência tendo não mais que duas substituições de aminoácido rela- tivas à sequência de SIGSSGAQTRYADS (SEQ ID NO: 7), SIGAS- GSQTRYADS (SEQ ID NO: 8), SIGASGAQTRYADS (SEQ ID NO: 9), ou SIGASGGQTRYADS (SEQ ID NO: 10), e a CDR H3 compreende, consiste, consiste essencialmente em uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0054] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o anticor- po se liga ao FcRn humano com um KD menor ou igual àquele do an- ticorpo N026.
[0055] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), a CDR L2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente na sequência GDSERPS (SEQ ID NO: 2), a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência TYAMG (SEQ ID NO: 4), a CDR H2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SIGSSGAQTRYADS (SEQ ID NO: 7), e a CDR H3 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0056] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), a CDR L2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente na sequência GDSERPS (SEQ ID NO:
2), a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência DYAMG (SEQ ID NO: 5), a CDR H2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SIGASGSQTRYADS (SEQ ID NO: 8), e a CDR H3 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0057] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), a CDR L2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente na sequência GDSERPS (SEQ ID NO: 2), a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência NYAMG (SEQ ID NO: 6), a CDR H2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SIGASGAQTRYADS (SEQ ID NO: 9), e a CDR H3 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0058] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), a CDR L2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente na sequência GDSERPS (SEQ ID NO: 2), a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência TYAMG (SEQ ID NO: 4), a CDR H2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SIGASGGQTRYADS (SEQ ID NO: 10), e a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0059] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), a CDR L2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente na sequência GDSERPS (SEQ ID NO: 2), a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência TYAMG (SEQ ID NO: 4), a CDR H2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência SIGASGSQTRYADS (SEQ ID NO: 8), e a CDR H3 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0060] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o sujeito tem um histórico de ter tido um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal prévio. Por exemplo, em algumas modalidades, a gestante teve uma gravidez anteriormente em que o feto ou neonato teve um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal. Em algumas mo- dalidades de todos os aspectos, o sujeito está em risco de ter um dis- túrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal.
[0061] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal é selecionado do grupo que consiste em trombocitopenia aloimune fetal e neonatal, doença hemo- lítica do feto e recém-nascido, pan-trombocitopenia aloimune, bloqueio cardíaco congênito, artrogripose fetal, miastenia gravis neonatal, ane- mia hemolítica autoimune neonatal, síndrome antifosfolípide neonatal, poliomiosite neonatal, dermatomiosite, lúpus neonatal, esclerodermia neonatal, doença de Behcet, doença de Graves neonatal, doença de Kawasaki neonatal, doença autoimune da tireoide neonatal e diabetes mellitus tipo I neonatal. Em algumas modalidades de todos os aspec- tos, o distúrbio autoimune e/ou autoimune fetal e neonatal é a doença hemolítica do feto e recém-nascido. Em algumas modalidades de to- dos os aspectos, o distúrbio autoimune e/ou autoimune fetal e neona-
tal é a trombocitopenia aloimune fetal e neonatal. Em algumas modali- dades de todos os aspectos, o distúrbio autoimune e/ou autoimune fetal e neonatal é o bloqueio cardíaco congênito.
[0062] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o trata- mento reduz o risco de um aborto espontâneo.
[0063] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em: (1) uma região va- riável de cadeia leve compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente em uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pesada compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12), a CDR L2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13), a CDR L3 compreen- de, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14), a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15), a CDR H2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16), a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17), em que X1 é um aminoácido polar ou hidrofóbico, X2 é um aminoácido hidrofóbico, X3 é um aminoácido po- lar, X4 é um aminoácido polar ou ácido, X5 é um aminoácido polar ou hidrofóbico, X6 é um aminoácido hidrofóbico, Z1 á um aminoácido po- lar ou ácido, Z2 é um aminoácido polar ou hidrofóbico, Z3 é G, S, ou A, Z4 é um aminoácido básico, Z5 é um aminoácido hidrofóbico ou bási-
co, e Z6 é G, S, D, Q, ou H, e em que o anticorpo se liga ao FcRn hu- mano com um KD inferior a 200, 150, 100, 50, ou 40 pM.
[0064] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12), a CDR L2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13), a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14), a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15), a CDR H2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16), a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17), em que X1 é T, A, S, ou I; X2 é L ou I; X3 é S, N, ou T; X4 é Q, E, ou N; X5 é C, S, I, ou Y; X6 é A ou V; Z1 é E, T, D, ou N; Z2 é S ou A; Z3 é G, S, ou A; Z4 é K ou R; Z5 é I, L, ou H; e Z6 é G, S, D, Q, ou H.
[0065] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência tendo não mais que duas substituições de aminoácidos relativas à se- quência de TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), a CDR L2 compre- ende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), a CDR L3 compreende, consiste, ou con- siste essencialmente em uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à sequência de TYAMG (SEQ ID NO: 4), DYAMG (SEQ ID NO: 5), ou NYAMG (SEQ ID NO: 6), a CDR H2 compreende,
consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência tendo não mais que duas substituições de aminoácidos relativas à sequência de SIGSSGAQTRYADS (SEQ ID NO: 7), SIGASGSQTRYADS (SEQ ID NO: 8), SIGASGAQTRYADS (SEQ ID NO: 9), ou SIGASGGQTRYADS (SEQ ID NO: 10), e a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste es- sencialmente em uma sequência tendo não mais que uma substituição de aminoácido relativa à sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11).
[0066] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o sujeito tem um histórico de ter tido um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal prévio. Por exemplo, em algumas modalidades, a gestante já teve uma gravidez anterior em que o feto ou neonato teve um dis- túrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal. Em algumas modali- dades de todos os aspectos, o sujeito está em risco de ter um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal.
[0067] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal é selecionado do grupo que consiste em trombocitopenia aloimune fetal e neonatal, doença hemo- lítica do feto e recém-nascido, pan-trombocitopenia aloimune, bloqueio cardíaco congênito, artrogripose fetal, miastenia gravis neonatal, ane- mia hemolítica autoimune neonatal, síndrome antifosfolípide neonatal, poliomiosite neonatal, dermatomiosite, lúpus neonatal, esclerodermia neonatal, doença de Behcet, doença de Graves neonatal, doença de Kawasaki neonatal, doença autoimune da tireoide neonatal e diabetes mellitus tipo I neonatal. Em algumas modalidades de todos os aspec- tos, o distúrbio autoimune e/ou autoimune fetal e neonatal é a doença hemolítica do feto e recém-nascido. Em algumas modalidades de to- dos os aspectos, o distúrbio autoimune e/ou autoimune fetal e neona- tal é a trombocitopenia aloimune fetal e neonatal. Em algumas modali- dades de todos os aspectos, o distúrbio autoimune e/ou autoimune fetal e neonatal é o bloqueio cardíaco congênito. Em algumas modali-
dades de todos os aspectos, o tratamento reduz o risco de um aborto espontâneo.
[0068] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma região variável de cadeia leve compreendendo, consistindo, ou consistindo essenci- almente em uma CDR L1 tendo a sequência TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), uma CDR L2 tendo a sequência GDSERPS (SEQ ID NO: 2), e uma CDR L3 tendo a sequência SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), uma região variável de cadeia pesada compreendendo, consistin- do, ou consistindo essencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15), a CDR H2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma se- quência SIGZ2SGZ3QTRYADS (SEQ ID NO: 18), e a CDR H3 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAIGDSY (SEQ ID NO: 11), e em que Z1 é T, D, ou N; Z2 é S ou A; e Z3 é G, S ou A.
[0069] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma se- quência com pelo menos 90% de identidade à sequência de Q
SALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAPK LMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSYA GSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLISD
FYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPEQ WKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19).
[0070] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGSSGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 20).
[0071] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSDYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 21).
[0072] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSNYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 22).
[0073] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGGQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDT AVYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGG TAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSV VTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAP ELLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFY
PSDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQ GNVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 23).
[0074] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 24).
[0075] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGSSGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 20).
[0076] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra-
tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSDYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 21).
[0077] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSNYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 22).
[0078] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGGQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDT AVYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGG TAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSV VTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAP ELLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFY
PSDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQ GNVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 23).
[0079] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19);
e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 24).
[0080] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 95%, 97%, 99% ou 100% de identidade à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a cadeia leve compreende, consis- te, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 95%, 97%, 99% ou 100% de identidade à sequência da SEQ ID NO:
19.
[0081] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o anticor- po compreende, consiste, ou consiste essencialmente ainda na substi- tuição de aminoácido N297A, relativa à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24. Em algumas modalidades de todos os aspec- tos, o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente ainda nas substituições de aminoácido D355E e L357M, relativas à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24. Em algumas modalidades de todos os aspectos, o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente ainda em qualquer uma ou mais das se-
guintes substituições de aminoácidos: A23V, S30R, L80V, A84T, E85D, A93V, em relação à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24 e Q38H, V58I e G99D, em relação à sequência da SEQ ID NO: 19.
[0082] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o anticor- po não contém uma lisina C-terminal no resíduo 446 em relação à se- quência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24.
[0083] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGSSGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG
NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 20).
[0084] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSDYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 21).
[0085] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSNYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 22).
[0086] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE
QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGGQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDT AVYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGG TAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSV VTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAP ELLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFY
PSDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQ GNVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 23).
[0087] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 24).
[0088] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de anemia fetal associada à doença hemolítica do feto e re- cém-nascido compreendendo, consistindo, ou consistindo essencial- mente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: (1) uma cadeia leve compreendendo, consistindo, ou consistindo essenci- almente em uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma ca- deia pesada compreendendo, consistindo, ou consistindo essencial- mente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12); a CDR L2 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13); a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14); a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15), a CDR H2 compreen- de, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16); a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17); em que X1 é T, A, S, ou I; X2 é L ou I; X3 é S, N, ou T; X4 é Q, E, ou N; X5 é C, S, I, ou Y; X6 é A ou V; Z1 é E, T, D, ou N; Z2 é S ou A; Z3 é G, S, ou A; Z4 é K ou R; Z5 é I, L, ou H; e Z6 é G, S, D, Q, ou H.
[0089] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento da anemia fetal associada à doença hemolítica do feto e re- cém-nascido compreendendo, consistindo, ou consistindo essencial- mente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência seleciona- da do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[0090] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento da anemia fetal associada à doença hemolítica do feto e re- cém-nascido compreendendo, consistindo, ou consistindo essencial- mente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[0091] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o método trata a gestante, um feto da gestante e/ou uma combinação destes.
[0092] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio autoimune compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste es- sencialmente em: (1) uma região variável de cadeia leve compreen- dendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR L1,
uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pe- sada compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12); a CDR L2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13); a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14); a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15); a CDR H2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16); a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17); em que X1 é T, A, S, ou I;
[0093] X2 é L ou I; X3 é S, N, ou T; X4 é Q, E, ou N; X5 é C, S, I, ou Y; X6 é A ou V; Z1 é E, T, D, ou N; Z2 é S ou A; Z3 é G, S, ou A; Z4 é K ou R; Z5 é I, L, ou H; e Z6 é G, S, D, Q, ou H.
[0094] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio autoimune compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste es- sencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identida- de à sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[0095] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento de um distúrbio autoimune compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste es- sencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na se- quência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência selecionada do grupo con- sistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[0096] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o distúrbio autoimune é selecionado do grupo que consiste em alopecia areata, espondilite anquilosante, síndrome antifosfolípide, doença de Addison, anemia hemolítica, hepatite autoimune, hepatite, doença de Behçet, penfigoide bolhoso, cardiomiopatia, dermatite associada à doença ce- líaca, síndrome da disfunção imune da fadiga crônica, polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica, síndrome de Churg-Strauss, pen- figoide cicatricial, esclerodermia limitada (síndrome CREST), doença por aglutininas a frio, doença de Crohn, dermatomiosite, lúpus discoi- de, crioglobulinemia mista essencial, fibromialgia, fibromiosite, doença de Graves, tireoidite de Hashimoto, hipotireoidismo, doença inflamató- ria intestinal, síndrome linfoproliferativa autoimune, fibrose pulmonar idiopática, nefropatia por IgA, diabetes dependente de insulina, artrite juvenil, líquen plano, lúpus, doença de Ménière, doença mista do teci- do conjuntivo, esclerose múltipla, anemia perniciosa, poliarterite nodo- sa, policondrite, síndromes poliglandulares, polimialgia reumática, po- limiosite, agamaglobulinemia primária, cirrose biliar primária, psoríase, fenômeno de Raynaud, síndrome de Reiter, febre reumática, artrite reumatoide, sarcoidose, esclerodermia, síndrome de Sjögren, síndro- me do homem rígido, arterite de Takayasu, arterite temporal, colite ul- cerativa, uveíte, vitiligo ou granulomatose de Wegener.
[0097] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o trata-
mento reduz o risco de aborto espontâneo/perda do feto.
[0098] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de re- dução do risco ou redução do risco de desenvolver um distúrbio au- toimune ou aloimune compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente na administração de um anticorpo contra o FcRn a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste es- sencialmente em: (1) uma região variável de cadeia leve compreen- dendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pe- sada compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12); a CDR L2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13); a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14); a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15); a CDR H2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16); a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17); em que X1 é T, A, S, ou I; X2 é L ou I; X3 é S, N, ou T; X4 é Q, E, ou N; X5 é C, S, I, ou Y; X6 é A ou V; Z1 é E, T, D, ou N; Z2 é S ou A; Z3 é G, S, ou A; Z4 é K ou R; Z5 é I, L, ou H; e Z6 é G, S, D, Q, ou H.
[0099] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de re- dução do risco ou redução do risco de desenvolver um distúrbio au- toimune ou aloimune compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente na administração de um anticorpo contra o FcRn a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste es-
sencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identida- de à sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00100] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de re- dução do risco ou redução do risco de desenvolver um distúrbio au- toimune ou aloimune compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente na administração de um anticorpo contra o FcRn a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste es- sencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na se- quência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência selecionada do grupo con- sistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00101] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o distúrbio autoimune é selecionado do grupo que consiste em alopecia areata, espondilite anquilosante, síndrome antifosfolípide, doença de Addison, anemia hemolítica, hepatite autoimune, hepatite, doença de Behçet, penfigoide bolhoso, cardiomiopatia, dermatite associada à doença ce- líaca, síndrome da disfunção imune da fadiga crônica, polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica, síndrome de Churg-Strauss, pen- figoide cicatricial, esclerodermia limitada (síndrome CREST), doença por aglutininas a frio, doença de Crohn, dermatomiosite, lúpus discoi- de, crioglobulinemia mista essencial, fibromialgia, fibromiosite, doença de Graves, tireoidite de Hashimoto, hipotireoidismo, doença inflamató- ria intestinal, síndrome linfoproliferativa autoimune, fibrose pulmonar idiopática, nefropatia por IgA, diabetes dependente de insulina, artrite juvenil, líquen plano, lúpus, doença de Ménière, doença mista do teci- do conjuntivo, esclerose múltipla, anemia perniciosa, poliarterite nodo- sa, policondrite, síndromes poliglandulares, polimialgia reumática, po- limiosite, agamaglobulinemia primária, cirrose biliar primária, psoríase, fenômeno de Raynaud, síndrome de Reiter, febre reumática, artrite reumatoide, sarcoidose, esclerodermia, síndrome de Sjögren, síndro- me do homem rígido, arterite de Takayasu, arterite temporal, colite ul- cerativa, uveíte, vitiligo ou granulomatose de Wegener.
[00102] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o trata- mento reduz o risco de aborto espontâneo/perda do feto.
[00103] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de aumento do catabolismo do anticorpo em um sujeito, com o método compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo admi- nistrado compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: (1) uma região variável de cadeia leve compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pesada compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12); a CDR L2 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13); a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma se- quência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14); a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15); a CDR H2 compreende, consiste, ou consiste es- sencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16); a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17); em que X1 é T, A, S, ou I; X2 é L ou I; X3 é S, N, ou T; X4 é Q, E, ou N; X5 é C, S, I, ou Y; X6 é A ou V; Z1 é E, T, D, ou N; Z2 é S ou A; Z3 é G, S, ou A; Z4 é K ou R; Z5 é I, L, ou H; e Z6 é G, S, D, Q, ou H.
[00104] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de aumento do catabolismo do anticorpo em um sujeito, com o método compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo admi- nistrado compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência seleciona- da do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00105] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de aumento do catabolismo do anticorpo em um sujeito, com o método compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na admi- nistração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo admi- nistrado compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00106] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o aumento do catabolismo do anticorpo compreende o aumento do catabolismo do anticorpo patogênico. Em algumas modalidades de todos os aspec- tos, o anticorpo patogênico é patogênico para a mãe, para o feto, ou tanto para a mãe quanto para o feto. Em algumas modalidades de to- dos os aspectos, o anticorpo patogênico é um anticorpo IgG. Em al- gumas modalidades de todos os aspectos, o anticorpo causa um dis- túrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal em um feto na gestan- te.
[00107] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal é selecionado do grupo que consiste em trombocitopenia aloimune fetal e neonatal, doença hemo- lítica do feto e recém-nascido, pan-trombocitopenia aloimune, bloqueio cardíaco congênito, artrogripose fetal, miastenia gravis neonatal, ane- mia hemolítica autoimune neonatal, síndrome antifosfolípide neonatal, poliomiosite neonatal, dermatomiosite, lúpus neonatal, esclerodermia neonatal, doença de Behcet, doença de Graves neonatal, doença de Kawasaki neonatal, doença autoimune da tireoide neonatal e diabetes mellitus tipo I neonatal.
[00108] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de re- dução de autoanticorpos em um sujeito, com o método compreenden- do, consistindo, ou consistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, con- siste, ou consiste essencialmente em: (1) uma região variável de ca- deia leve compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma região variá- vel de cadeia pesada compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12); a CDR L2 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13); a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14); a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15); a CDR H2 compreen- de, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16); a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17), em que X1 é T, A, S, ou I;
[00109] X2 é L ou I; X3 é S, N, ou T; X4 é Q, E, ou N; X5 é C, S, I, ou Y; X6 é A ou V; Z1 é E, T, D, ou N; Z2 é S ou A; Z3 é G, S, ou A; Z4 é K ou R; Z5 é I, L, ou H; e Z6 é G, S, D, Q, ou H.
[00110] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de re- dução de autoanticorpos em um sujeito, com o método compreenden- do, consistindo, ou consistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, con- siste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste es- sencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, con- siste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00111] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de re- dução de autoanticorpos em um sujeito, com o método compreenden- do, consistindo, ou consistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, con- siste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste es- sencialmente na sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência sele- cionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00112] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de re- dução da ativação de uma resposta imune baseada em imunocomple- xo em um sujeito, com o método compreendendo, consistindo, ou con- sistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma ges- tante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essenci- almente em: (1) uma região variável de cadeia leve compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pesada compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 compreen- de, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12); a CDR L2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13); a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14); a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15); a CDR H2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16); a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17); em que X1 é T, A, S, ou I; X2 é L ou I; X3 é S, N, ou T; X4 é Q, E, ou N; X5 é C, S, I, ou Y; X6 é A ou V; Z1 é E, T, D, ou N; Z2 é S ou A; Z3 é G, S, ou A; Z4 é K ou R; Z5 é I, L, ou H; e Z6 é G, S, D, Q, ou H.
[00113] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de re- dução da ativação de uma resposta imune baseada em imunocomple- xo em um sujeito, com o método compreendendo, consistindo, ou con- sistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma ges- tante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essenci- almente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma se- quência com pelo menos 90% de identidade à sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00114] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de re- dução da ativação de uma resposta imune baseada em imunocomple- xo em um sujeito, com o método compreendendo, consistindo, ou con- sistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma ges- tante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essenci- almente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou con- siste essencialmente na sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00115] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a resposta imune é uma resposta imune aguda ou crônica no sujeito.
[00116] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a resposta imune aguda é ativada por uma condição médica selecionada do gru- po que consiste em pênfigo vulgar, nefrite lúpica, miastenia gravis, síndrome de Guillain-Barré, rejeição mediada por anticorpo, síndrome do anticorpo antifosfolípide catastrófica, vasculite mediada por imu- nocomplexo, glomerulite, uma canalopatia, neuromielite óptica, perda de audição autoimune, púrpura trombocitopênica idiopática, anemia hemolítica autoimune, neutropenia imune, cardiomiopatia dilatada e doença do soro. Por exemplo, em algumas modalidades, a resposta imune aguda é ativada por uma condição médica na gestante. Por exemplo, em algumas modalidades, a resposta imune aguda é ativada no feto ou neonato por uma condição médica na gestante. Em algu- mas modalidades de todos os aspectos, a resposta imune aguda é ati- vada por uma condição médica na gestante. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a resposta imune aguda é ativada no feto ou neonato por uma condição médica na gestante. Em algumas modali- dades de todos os aspectos, a resposta imune aguda é ativada pela púrpura trombocitopênica idiopática. Em algumas modalidades de to- dos os aspectos, a resposta imune aguda é ativada pelo pênfigo vul- gar. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a resposta imune aguda é ativada pela síndroma do anticorpo antifosfolípide catastrófi- ca. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a resposta imune aguda é ativada pela neuromielite óptica. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a resposta imune aguda é ativada pela rejeição mediada por anticorpo. Em algumas modalidades de todos os aspec- tos, a resposta imune aguda é ativada pela miastenia gravis.
[00117] Também é descrito neste documento um método de trata- mento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal com- preendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente na adminis- tração de M281 (por exemplo, numa dose de 15 mg/kg ou 30 mg/kg, por exemplo, uma dose semanal) a uma gestante e interrupção da administração se o sujeito apresentar hipoalbuminemia (por exemplo, um nível de albumina sérica abaixo de 30 g/l, 25 g/l, 20 g/l). Também é descrito um método compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente no tratamento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo a administração de M281 a uma ges- tante (por exemplo, numa dose de 15 mg/kg ou 30 mg/kg, por exem- plo, uma dose semanal) e a administração de albumina se o sujeito apresentar hipoalbuminemia (por exemplo, um nível de albumina séri- ca abaixo de 30 g/l, 25 g/l, 20 g/l). Também é descrito um método compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente no trata-
mento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal com- preendendo a administração de M281 a uma gestante (por exemplo, numa dose de 15 mg/kg ou 30 mg/kg, por exemplo, uma dose sema- nal) e administração de uma solução hiperosmolar (por exemplo, mani- tol ou outra solução conhecida na técnica) se o sujeito apresentar hi- poalbuminemia (por exemplo, um nível de albumina sérica abaixo de 30 g/l, 25 g/l, 20 g/l). Também é descrito um método compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente no tratamento de um dis- túrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal compreendendo a administração de M281 (por exemplo, numa dose de 15 mg/kg ou 30 mg/kg, por exemplo, uma dose semanal) a uma gestante e testagem do nível de albumina sérica do sujeito pelo menos uma vez antes ou subsequente à administração de M281. Em alguns casos deste méto- do, a administração de M281 pode ser continuada ou não.
[00118] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a resposta imune crônica é ativada por uma condição médica selecionada do gru- po que consiste em polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica (CIDP), lúpus sistêmico, artropatias reativas, cirrose biliar primária, co- lite ulcerativa e vasculite associada ao anticorpo anticitoplasma de neutrófilo. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a resposta imune crônica é ativada por polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica.
[00119] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o sujeito tem uma doença autoimune. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a doença autoimune é selecionada do grupo que consiste em alopecia areata, espondilite anquilosante, síndrome antifosfolípide, doença de Addison, anemia hemolítica, anemia hemolítica autoimune por anticorpos quentes, anticorpos anti-fator, trombocitopenia induzida por heparina, transplante em sensibilizados, hepatite autoimune, hepa- tite, doença de Behçet, penfigoide bolhoso, cardiomiopatia, dermatite associada à doença celíaca, síndrome da disfunção imune da fadiga crônica, polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica, síndrome de Churg-Strauss, penfigoide cicatricial, esclerodermia limitada (sín- drome CREST), doença por aglutininas a frio, doença de Crohn, der- matomiosite, lúpus discoide, crioglobulinemia mista essencial, fibromi- algia, fibromiosite, doença de Graves, tireoidite de Hashimoto, hipoti- reoidismo, doença inflamatória intestinal, síndrome linfoproliferativa autoimune, fibrose pulmonar idiopática, nefropatia por IgA, diabetes dependente de insulina, artrite juvenil, líquen plano, lúpus, doença de Ménière, doença mista do tecido conjuntivo, esclerose múltipla, ane- mia perniciosa, poliarterite nodosa, policondrite, síndromes poliglandu- lares, polimialgia reumática, polimiosite, agamaglobulinemia primária, cirrose biliar primária, psoríase, fenômeno de Raynaud, síndrome de Reiter, febre reumática, artrite reumatoide, sarcoidose, esclerodermia, síndrome de Sjögren, síndrome do homem rígido, arterite de Takaya- su, arterite temporal, colite ulcerativa, uveíte, vitiligo e granulomatose de Wegener. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a doen- ça autoimune é anemia hemolítica autoimune por anticorpos quentes. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a doença autoimune é anticorpos anti-fator. Em algumas modalidades de todos os aspec- tos, a doença autoimune é trombocitopenia induzida por heparina. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a doença autoimune é um transplante em sensibilizados.
[00120] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de di- minuição do transporte de anticorpos através da placenta de uma ges- tante, com o método compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: (1) uma região variável de cadeia leve compreendendo, consistin- do, ou consistindo essencialmente em uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pesada compreen- dendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12); a CDR L2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13); a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14); a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15), a CDR H2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16); a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17); em que X1 é T, A, S, ou I; X2 é L ou I; X3 é S, N, ou T; X4 é Q, E, ou N; X5 é C, S, I, ou Y; X6 é A ou V; Z1 é E, T, D, ou N; Z2 é S ou A; Z3 é G, S, ou A; Z4 é K ou R; Z5 é I, L, ou H; e Z6 é G, S, D, Q, ou H.
[00121] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de di- minuição do transporte de anticorpos através da placenta de uma ges- tante, com o método compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00122] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de di-
minuição do transporte de anticorpos através da placenta de uma ges- tante, com o método compreendendo, consistindo, ou consistindo es- sencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00123] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento da potencialização de uma doença viral mediada por anticor- pos em um feto ou neonato, com o método compreendendo, consistin- do, ou consistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: (1) uma região variável de cadeia leve compreen- dendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR L1, uma CDR L2, e uma CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pe- sada compreendendo, consistindo, ou consistindo essencialmente em uma CDR H1, uma CDR H2, e uma CDR H3, em que a CDR L1 com- preende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12); a CDR L2 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13); a CDR L3 compreende, consiste, ou consiste essen- cialmente em uma sequência X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14); a CDR H1 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência Z1YAMG (SEQ ID NO: 15); a CDR H2 compreende, consis- te, ou consiste essencialmente em uma sequência SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16); a CDR H3 compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17), em que X1 é T, A, S, ou I; X2 é L ou I; X3 é S, N, ou
T; X4 é Q, E, ou N; X5 é C, S, I, ou Y; X6 é A ou V; Z1 é E, T, D, ou N; Z2 é S ou A; Z3 é G, S, ou A; Z4 é K ou R; Z5 é I, L, ou H; e Z6 é G, S, D, Q, ou H.
[00124] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento da potencialização de uma doença viral mediada por anticor- pos em um feto ou neonato, com o método compreendendo, consistin- do, ou consistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente em uma sequência com pelo menos 90% de identida- de à sequência selecionada do grupo consistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00125] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método de tra- tamento da potencialização de uma doença viral mediada por anticor- pos em um feto ou neonato, com o método compreendendo, consistin- do, ou consistindo essencialmente na administração de um anticorpo a uma gestante, em que o anticorpo compreende, consiste, ou consiste essencialmente em: uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende, consiste, ou consiste essencialmente na se- quência da SEQ ID NO: 19; e a cadeia pesada compreende, consiste, ou consiste essencialmente na sequência selecionada do grupo con- sistindo na SEQ ID NO: 20, SEQ ID NO: 21, SEQ ID NO: 22, SEQ ID NO: 23 e SEQ ID NO: 24.
[00126] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a doença viral é causada por um vírus selecionado do grupo que consiste em uma infecção por vírus alfa, infecção por flavivírus, infecção por vírus Zika, infecção por vírus Chikungunya, infecção por vírus do Rio Ross,
infecção por coronavírus da síndrome respiratória aguda grave, sín- drome respiratória do Oriente Médio, infecção por influenza aviária, infecção pelo vírus influenza, infecção pelo vírus Ebola, infecção pelo vírus da febre amarela, infecção pelo vírus da dengue, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, infecção pelo vírus sincicial respira- tório, infecção por Hantavírus, infecção por vírus Getah, infecção por vírus Sindbis, infecção por vírus Bunyamwera, infecção por vírus do Nilo Ocidental, infecção pelo vírus B da encefalite japonesa, infecção por vírus rabbitpox, infecção por vírus que eleva a lactato desidroge- nase, infecção por reovírus, infecção pelo vírus da raiva, infecção pelo vírus da doença mão, pé e boca, infecção pelo vírus da síndrome re- produtiva e respiratória dos suínos, infecção por vírus da febre hemor- rágica símia, infecção por vírus da anemia infecciosa equina, infecção por vírus da artrite caprina, infecção por vírus da febre suína africana, infecção por papovavírus BK, infecção por vírus da encefalite de Mur- ray Valley, infecção por enterovírus, infecção por citomegalovírus, in- fecção por pneumovírus, infecção por morbilivírus e infecção pelo vírus do sarampo.
[00127] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a gestante tem ou está em risco de ter uma condição médica que ativa uma res- posta imune na gestante. Em algumas modalidades de todos os as- pectos, a condição médica é pênfigo vulgar, nefrite por lúpus, miaste- nia gravis, síndrome de Guillain-Barré, rejeição mediada por anticor- pos, síndrome do anticorpo antifosfolípide catastrófica, vasculite medi- ada por imunocomplexo, glomerulite, canalopatia, neuromielite óptica, perda auditiva autoimune, púrpura trombocitopênica idiopática, anemia hemolítica autoimune, neutropenia imune, cardiomiopatia dilatada, do- ença do soro, polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica, lú- pus sistêmico, artropatias reativas, cirrose biliar primária, colite ulcera- tiva, vasculite associada ao anticorpo anticitoplasma de neutrófilo
(ANCA), alopecia areata, espondilite anquilosante, síndrome antifosfo- lípide, doença de Addison, anemia hemolítica, hepatite autoimune, he- patite, doença de Behcet, penfigoide bolhoso, cardiomiopatia, dermati- te associada à doença celíaca, síndrome da disfunção imune da fadiga crônica, polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica, síndrome de Churg-Strauss, penfigoide cicatricial, esclerodermia limitada (sín- drome CREST), doença por aglutininas a frio, doença de Crohn, der- matomiosite, lúpus discoide, crioglobulinemia mista essencial, fibromi- algia, fibromiosite, doença de Graves, tireoidite de Hashimoto, hipoti- reoidismo, doença inflamatória intestinal, síndrome linfoproliferativa autoimune, fibrose pulmonar idiopática, nefropatia por IgA, diabetes dependente de insulina, artrite juvenil, líquen plano, lúpus, doença de Ménière, doença mista do tecido conjuntivo, esclerose múltipla, ane- mia perniciosa, poliarterite nodosa, policondrite, síndromes poliglandu- lares, polimialgia reumática, polimiosite, agamaglobulinemia primária, cirrose biliar primária, psoríase, fenômeno de Raynaud, síndrome de Reiter, febre reumática, artrite reumatoide, sarcoidose, esclerodermia, síndrome de Sjögren, síndrome do homem rígido, arterite de Takaya- su, arterite temporal, colite ulcerativa, uveíte, vitiligo e granulomatose de Wegener.
[00128] Em algumas modalidades de todos os aspectos, a gestante tem um histórico de ter tido feto ou neonato que teve um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal prévio. Por exemplo, em al- gumas modalidades, a gestante já teve uma gravidez anterior, em que o feto ou neonato teve um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal.
[00129] Em algumas modalidades de todos os aspectos, um anti- corpo associado a uma doença imune é detectado em uma amostra biológica obtida da gestante. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a amostra biológica é uma amostra de sangue ou urina. Em algumas modalidades de todos os aspectos, a amostra biológica é uma amostra de sangue.
[00130] Em algumas modalidades de todos os aspectos, o anticor- po administrado é um anticorpo monoclonal. Em algumas modalidades de todos os aspectos, o anticorpo administrado é IgG1. Em algumas modalidades de todos os aspectos, o anticorpo administrado compre- ende, consiste, ou consiste essencialmente em uma cadeia leve λ.
[00131] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método para tratar ou reduzir o risco de desenvolvimento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal, com o método incluindo: a adminis- tração, a uma mulher gestante, de uma composição compreendendo um anticorpo que compreende uma cadeia leve com a sequência de aminoácidos da SEQ ID NO:19 e uma cadeia pesada com a sequência de aminoácidos da SEQ ID NO:24 (M281), em que a administração de M281 é interrompida após a idade gestacional de 34 semanas.
[00132] Em outro aspecto, a invenção apresenta um método para tratar ou reduzir o risco de desenvolvimento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal, compreendendo a administração, a uma mulher gestante, de uma composição compreendendo um anti- corpo que compreende uma cadeia leve com a sequência de aminoá- cidos da SEQ ID NO:19 e uma cadeia pesada com a sequência de aminoácidos da SEQ ID NO:24 (M281), em que a administração de M281 é interrompida pelo menos uma semana antes do nascimento.
[00133] Em vários aspectos de ambos os métodos, o método inclui: administrar IVIG á mulher gestante após a interrupção da administra- ção de M281 e antes do nascimento (por exemplo, 40 – 100 horas ou 1- 15 dias antes do nascimento); a administração de M281 é interrom- pida após a semana gestacional 35; a administração de M281 é inter- rompida antes da semana gestacional 36, 37 ou 38; o IVIG é adminis- trado a 200 mg/kg – 1000 mg/kg com base no peso da mulher gestan-
te; M281 é administrado a 30 mg/kg com base no peso da mulher ges- tante; M281 é administrado a 15 mg/kg com base no peso da mulher gestante; a dose é a dose por administração e é baseada no peso da mulher gestante na primeira dosagem e não é ajustada para mais com base no ganho de peso pela gestante; a dose é a dose por administra- ção e é baseada no peso da mulher gestante na primeira dosagem e é ajustada para mais com base no ganho de peso pela gestante; a com- posição é administrada, no mínimo, em semanas alternadas; a com- posição é administrada em semanas alternadas; a composição é administrada, no mínimo, toda semana; a composição é administrada toda semana; a administração é iniciada durante o primeiro trimestre da gestação; a administração é iniciada durante o segundo trimestre da gestação; a administração é iniciada durante o terceiro trimestre da gestação; a via de administração é in- travenosa; a mulher gestante tem histórico obstétrico de anemia fetal grave; a mulher gestante tem títulos elevados de aloanticorpo de imu- noglobulina anti RhD, anti-Rhc ou anti Kell; a mulher gestante títulos elevados de aloanticorpo de imunoglobulina anti-Rhc ou anti-Kell; a mulher gestante tem títulos elevados de aloanticorpo de imunoglobuli- na para um ou mais anticorpos selecionados do grupo consistindo em anti-Lua, Lub, Bg, Kna, Yta, E. c. K. Cw, Fya, cE, ce, D, Ce, cE, K, Kpa, Kpb, Fya, M, N, S, Lea, Leb, Fy, Jka. Diego, P e Mia/Mur; a mu- lher gestante tem histórico obstétrico de anemia fetal grave ou natimor- to em ≤24 semanas de gestação e títulos elevados de aloanticorpo IgG anti-D ou anti-Kell e está grávida de um feto antígeno-positivo; a pri- meira dosagem é nas semanas 12 a 16 da gestação; a primeira dosa- gem é durante a semana 14 da gestação; e a administração é iniciada durante o primeiro trimestre da gestação. Definições
[00134] O termo "anticorpo" neste documento é usado no sentido mais amplo e abrange várias estruturas de anticorpo, incluindo, mas não limitado a anticorpos monoclonais, anticorpos policlonais, anticor- pos multiespecíficos (por exemplo, anticorpos biespecíficos) e frag- mentos de anticorpos desde que exibam atividade de ligação a antíge- no de FcRn.
[00135] "Fragmentos de anticorpos" compreendem uma porção de um anticorpo intacto, preferencialmente, a ligação a antígeno ou região variável do anticorpo intacto. Exemplos de fragmentos de anticorpos incluem Fab, Fab', F(ab’)2 e fragmentos Fv, diabodies, anticorpos line- ares, moléculas de anticorpo de cadeia única e anticorpos multiespecí- ficos.
[00136] Conforme usado neste documento, o termo "anticorpo iso- lado" refere-se a um anticorpo que foi separado e/ou recuperado de um componente de seu ambiente de célula hospedeira produtora. Os componentes contaminantes de seu ambiente de célula hospedeira produtora são materiais que interfeririam com os usos de pesquisa, diagnóstico ou terapêuticos do anticorpo. Os componentes contami- nantes podem incluir enzimas, hormônios e outros solutos proteicos ou não proteicos. Em algumas modalidades, um anticorpo é purificado (1) em mais de 95% em peso do anticorpo conforme determinado, por exemplo, pelo método de Lowry, e em algumas modalidades, em mais de 99% em peso; (2) em um grau suficiente para obter pelo menos 15 resíduos de sequência de aminoácidos internos ou N-terminais pelo uso, por exemplo, de um sequenciador de taça giratória, ou (3) à ho- mogeneidade por SDS-PAGE em condições redutoras ou não reduto- ras usando, por exemplo, coloração por azul de Coomassie ou por pra- ta. Um anticorpo isolado inclui o anticorpo in situ dentro de células re- combinantes. Normalmente, no entanto, um anticorpo isolado será preparado por pelo menos uma etapa de purificação. Uma preparação farmacêutica de um anticorpo isolado normalmente tem menos de 250 ppm (por exemplo, menos de 200 ppm, 150 ppm, 100 ppm) de proteí- nas de células hospedeiras (HCP), conforme determinado por um en- saio de HCP baseado em ELISA realizado conforme recomendado por um documento "Guidance for Industry" do FDA.
[00137] Conforme usado neste documento, o termo "anticorpo mo- noclonal" refere-se a um anticorpo obtido de uma população de anti- corpos substancialmente homogêneos, isto é, anticorpos individuais na população têm a mesma sequência primária, exceto por possíveis mu- tações de ocorrência natural que podem estar presentes em menores quantidades. Anticorpos monoclonais são altamente específicos e di- recionados contra um único sítio antigênico (isto é, um epítopo no FcRn humano). Em contraste com preparações de anticorpos policlo- nais que normalmente incluem anticorpos diferentes direcionados con- tra epítopos diferentes, cada anticorpo monoclonal é direcionado con- tra um único epítopo no antígeno. O modificador "monoclonal" indica a característica do anticorpo como sendo obtido de uma população substancialmente homogênea de anticorpos, e não deve ser interpre- tado como exigindo a produção do anticorpo por nenhum método es- pecífico.
[00138] Conforme usado neste documento, os termos "região variá- vel" e "domínio variável" referem-se às porções das cadeias leves e pesadas de um anticorpo que inclui sequências de aminoácidos de regiões determinantes de complementariedade (CDRs, por exemplo, CDR L1, CDR L2, CDR L3, CDR H1, CDR H2 e CDR H3) e regiões de framework (FRs). De acordo com os métodos usados nesta invenção, as posições de aminoácido atribuídas às CDRs e FRs são definidas de acordo com Kabat (Sequences of Proteins of Immunological Interest, 5ª Ed. Public Health Service, National Institutes of Health, Bethesda, MD. (1991)). Usando este sistema de numeração, a sequência de aminoácidos linear real pode conter menos aminoácidos ou aminoáci-
dos adicionais correspondentes a um encurtamento ou inserção em uma CDR (definido posteriormente neste documento) ou FR (definido posteriormente neste documento) da região variável. Por exemplo, uma região variável de cadeia pesada pode incluir um único resíduo inserido (isto é, resíduo 52a de acordo com Kabat) após o resíduo 52 da CDR H2 e os resíduos inseridos (isto é, resíduos 82a, 82b, 82c, etc. de acordo com Kabat) após o resíduo 82 da FR de cadeia pesada. A numeração de Kabat dos resíduos pode ser determinada para um de- terminado anticorpo pelo alinhamento nas regiões de homologia da sequência do anticorpo com uma sequência de Kabat numerada "pa- drão".
[00139] Conforme usado neste documento, os termos "regiões de- terminantes de complementariedade" e "CDRs" referem-se às regiões de um domínio variável de anticorpo que são hipervariáveis na se- quência e/ou formam alças estruturalmente definidas. Uma CDR tam- bém é conhecida como uma região hipervariável. Cada uma das regi- ões variáveis de cadeia leve e cadeia pesada tem três CDRs. A região variável de cadeia leve contém CDR L1, CDR L2 e CDR L3. A região variável de cadeia pesada contém CDR H1, CDR H2 e CDR H3. Cada CDR pode incluir resíduos de aminoácidos de uma região determinan- te de complementariedade conforme definido por Kabat (isto é, apro- ximadamente os resíduos 24-34 (CDR L1), 50-56 (CDR L2) e 89-97 (CDR L3) na região variável de cadeia leve e aproximadamente os re- síduos 31-35 (CDR H1), 50-65 (CDR H2) e 95-102 (CDR H3) na região variável de cadeia pesada.
[00140] Conforme usado neste documento, o termo "FcRn" refere- se a um receptor Fc neonatal que se liga à região Fc de um anticorpo IgG, por exemplo, um anticorpo IgG1. Um FcRn exemplar é o FcRn humano com UniProt ID No. P55899. Acredita-se que o FcRn humano seja responsável por manter a meia-vida de IgG pela ligação e tráfego constitutivo de IgG internalizado de volta à superfície celular para a reciclagem de IgG.
[00141] Conforme usado neste documento, os termos "afinidade" e "afinidade de ligação" referem-se à força da interação da ligação entre duas moléculas. Geralmente, a afinidade de ligação refere-se à força da soma total de interações não covalentes entre um sítio de ligação único de uma molécula e seu parceiro de ligação, tal como um anticor- po isolado e seu alvo (por exemplo, um anticorpo anti-FcRn isolado da invenção e um FcRn humano). Salvo indicação em contrário, a afini- dade de ligação refere-se à afinidade de ligação intrínseca, que reflete uma interação de 1:1 entre os membros de um par de ligação. A afini- dade de ligação entre duas moléculas é comumente descrita pela constante de dissociação (KD) ou pela constante de afinidade (KA). Duas moléculas que têm afinidade de ligação baixa entre si geralmen- te se ligam lentamente, tendem a se dissociar facilmente e apresentam um grande KD. Duas moléculas que têm alta afinidade entre si geral- mente se ligam rapidamente, tendem a permanecer ligadas por mais tempo e apresentam um pequeno KD. Um método para determinar o KD de um anticorpo pelo FcRn humano é descrito no Exemplo 2 ("o método SPR"). Usando este método, o KD de N022, N023, N024, N026 e N027 foi de 31, 31,4, 35,5, 36,5 e 19,3 pM, respectivamente.
[00142] Conforme usado neste documento, o termo "inibir a ligação de IgG ao FcRn" refere-se à capacidade de um anticorpo anti-FcRn da invenção em bloquear ou inibir a ligação de IgG (por exemplo, IgG1) ao FcRn humano. Em algumas modalidades, um anticorpo anti-FcRn da invenção se liga ao FcRn, por exemplo, no sítio no FcRn humano ao qual o IgG se liga. Assim, o anticorpo anti-FcRn da invenção é ca- paz de inibir a ligação de IgG (por exemplo, autoanticorpos de um su- jeito) ao FcRn. Em algumas modalidades, a molécula (por exemplo, um anticorpo anti-FcRn da invenção) inibe substancial ou completa-
mente a ligação ao IgG. Em algumas modalidades, a ligação de IgG é reduzida em 10%, 20%, 30%, 50%, 70%, 80%, 90%, 95% ou até mesmo 100%.
[00143] Conforme usado neste documento, o termo "inibir a ligação de anticorpo patogênico ao FcRn" refere-se à capacidade de um anti- corpo anti-FcRn de bloquear ou inibir a ligação de um anticorpo pato- gênico (por exemplo, anticorpo IgG patogênico) ao FcRn humano. Em algumas modalidades, um anticorpo anti-FcRn se liga ao FcRn, por exemplo, no sítio no FcRn humano ao qual o anticorpo patogênico se liga. Assim, o anticorpo anti-FcRn é capaz de inibir a ligação de anti- corpos patogênicos (por exemplo, anticorpos IgG patogênicos) ao FcRn. Em algumas modalidades, a molécula (por exemplo, um anti- corpo anti-FcRn) inibe substancial ou completamente a ligação a anti- corpos patogênicos. Em algumas modalidades, a ligação de anticorpos patogênicos ao FcRn é reduzida em 10%, 20%, 30%, 50%, 70%, 80%, 90%, 95% ou até mesmo 100%.
[00144] Conforme usado neste documento, o termo "aminoácido hidrofóbico" refere-se a um aminoácido com solubilidade relativamente baixa em água. Aminoácidos hidrofóbicos incluem, mas não estão limi- tados a, leucina, isoleucina, alanina, fenilalanina, valina e prolina. Ami- noácidos hidrofóbicos particularmente preferidos na presente invenção são alanina, leucina, isoleucina e valina.
[00145] Conforme usado neste documento, o termo "aminoácido polar" refere-se a um aminoácido com uma polaridade química em sua cadeia lateral induzida por átomos com diferente eletronegatividade. A polaridade de um aminoácido polar depende da eletronegatividade en- tre os átomos na cadeia lateral do aminoácido e da assimetria da es- trutura da cadeia lateral. Aminoácidos polares incluem, mas não estão limitados a, serina, treonina, cisteína, metionina, tirosina, triptofano, asparagina e glutamina. Aminoácidos polares particularmente preferi-
dos na presente invenção são serina, treonina, asparagina, glutamina, cisteína e tirosina.
[00146] Conforme usado neste documento, o termo "aminoácido ácido" refere-se a um aminoácido cuja cadeia lateral contém um grupo ácido carboxílico com um pKa entre 3,5 e 4,5. Em algumas modalida- des, os aminoácidos ácidos são ácido aspártico e ácido glutâmico.
[00147] Conforme usado neste documento, o termo "aminoácido básico" refere-se a um aminoácido cuja cadeia lateral contém um gru- po amino com uma pKa entre 9,5 e 13. Em algumas modalidades, os aminoácidos básicos são histidina, lisina e arginina.
[00148] Conforme usado neste documento, o termo "percentual (%) de identidade" refere-se à porcentagem de resíduos de aminoácido (ou de ácido nucleico) de uma sequência candidata, por exemplo, um anti- corpo anti-FcRn da invenção, que são idênticos aos resíduos de ami- noácido (ou de ácido nucleico) de uma sequência de referência, por exemplo, um anticorpo anti-FcRn do tipo selvagem, após alinhar as sequências e introduzir os gaps (espaços), se necessário, para alcan- çar o percentual de identidade máximo (isto é, os gaps podem ser in- troduzidos em uma ou ambas as sequências candidata e de referência para o alinhamento ideal e as sequências não homólogas podem ser descartadas para fins de comparação). O alinhamento para fins da de- terminação do percentual de identidade pode ser obtido de várias ma- neiras pelos versados na técnica, por exemplo, usando softwares de computador publicamente disponíveis, tais como os softwares BLAST, ALIGN ou Megalign (DNASTAR). Os versados na técnica podem de- terminar os parâmetros apropriados para medir o alinhamento, incluin- do quaisquer algoritmos necessários para atingir o alinhamento máxi- mo ao longo de todo o comprimento das sequências sendo compara- das. Em algumas modalidades, o percentual de identidade de sequên- cia de aminoácidos (ou de ácido nucleico) de uma determinada se-
quência candidata para, com ou contra uma determinada sequência de referência (que pode ser alternativamente expressa como uma deter- minada sequência candidata que tem ou inclui um determinado per- centual de identidade de sequência de aminoácidos (ou de ácido nu- cleico) para, com, ou contra uma dada sequência de referência) é cal- culada da seguinte forma: 100 x (fração de A/B) onde A é o número de resíduos de aminoácido (ou de ácido nucleico) pontuados como idênticos no alinhamento da sequência candidata e da sequência de referência, e onde B é o número total de resíduos de aminoácido (ou de ácido nucleico) na sequência de referência. Em al- gumas modalidades em que o comprimento da sequência candidata não é igual ao comprimento da sequência de referência, o percentual de identidade de sequência de aminoácidos (ou de ácido nucleico) da sequência candidata para a sequência de referência não seria igual ao percentual de identidade de sequência de aminoácidos (ou de ácido nucleico) da sequência de referência para a sequência candidata.
[00149] Em modalidades específicas, uma sequência de referência alinhada para comparação com uma sequência candidata pode mos- trar que a sequência candidata apresenta de 50% a 100% de identida- de ao longo de todo o comprimento da sequência candidata ou de uma porção selecionada de resíduos de aminoácidos contíguos (ou de áci- do nucleico) da sequência candidata. O comprimento da sequência candidata alinhada para fins de comparação é de pelo menos 30%, por exemplo, pelo menos 40%, por exemplo, pelo menos 50%, 60%, 70%, 80%, 90% ou 100% do comprimento da sequência de referência. Quando uma posição na sequência candidata é ocupada pelo mesmo resíduo de aminoácido (ou de ácido nucleico) que a posição corres- pondente na sequência de referência, então as moléculas serão idên- ticas nessa posição. Uma posição pode ser alterada por substituição,
deleção ou inserção. Uma substituição, deleção ou inserção pode compreender um certo número de aminoácidos (por exemplo, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 ou mais). Ao descrever uma substituição, deleção ou inserção de não mais de n aminoácidos, isto significa que a substituição, deleção ou inserção compreende, por exemplo, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15,... ou n aminoá- cidos. O número ou substituições, deleções ou inserções podem com- preender um percentual da sequência total (por exemplo, 1%, 5%, 10%, 15%, 20% ou mais), onde o número de substituições, deleções ou inserções altera 5%, 10%, 15%, 20% ou mais dos aminoácidos na sequência total.
[00150] Conforme usado neste documento, o termo "distúrbio aloi- mune e/ou autoimune fetal e neonatal" refere-se a um distúrbio imune em um feto e/ou neonato que é causado pela transferência transpla- centária de anticorpos maternos (por exemplo, anticorpos maternos patogênicos) direcionados contra antígenos fetais e/ou neonatais. Por exemplo, os anticorpos de uma gestante (por exemplo, anticorpos pa- togênicos) podem reagir contra antígenos no feto (por exemplo, antí- genos que o feto herdou do pai). Exemplos de distúrbios aloimunes e/ou autoimunes fetais e neonatais são fornecidos neste documento.
[00151] Conforme usado neste documento, o termo "anticorpo pa- togênico" refere-se a um anticorpo que causa uma ou mais doenças ou distúrbios imunes em um sujeito (por exemplo, uma gestante), um feto numa gestante e/ou um neonato. Em algumas modalidades, anti- corpos patogênicos são autoanticorpos produzidos em um sujeito (por exemplo, uma gestante) contra uma ou mais das próprias proteínas do sujeito, causando, assim, doenças ou distúrbios autoimunes no sujeito. Em algumas modalidades, anticorpos patogênicos em uma gestante podem ser transferidos através da placenta para o feto e reagir contra antígenos do feto (por exemplo, antígenos que o feto herdou do pai)
causando, por exemplo, distúrbios aloimunes e/ou autoimunes fetais e/ou neonatais.
[00152] Conforme usado neste documento, o termo "potencializa- ção da doença viral mediada por anticorpo" refere-se a uma doença viral na qual anticorpos podem facilitar a entrada viral em células hos- pedeiras, levando, assim, à maior infecciosidade ou a uma infecciosi- dade intensificada nas células. Em algumas modalidades, um anticor- po pode se ligar a uma proteína de superfície viral e o complexo anti- corpo/vírus pode se ligar a um receptor FcRn em uma superfície celu- lar através da interação entre o anticorpo e o receptor. Subsequente- mente, o complexo anticorpo/vírus pode ser internalizado na célula.
[00153] Conforme usado neste documento, o termo "célula hospe- deira" refere-se a um veículo que inclui os componentes celulares ne- cessários, por exemplo, organelas, necessários para expressar proteí- nas a partir de seus ácidos nucleicos correspondentes. Os ácidos nu- cleicos são normalmente incluídos em vetores de ácido nucleico que podem ser introduzidos na célula hospedeira por técnicas convencio- nais conhecidas na técnica (por exemplo, transformação, transfecção, eletroporação, precipitação com fosfato de cálcio, microinjeção direta, etc.). Uma célula hospedeira pode ser uma célula procariótica, por exemplo, uma célula bacteriana ou uma célula eucariótica, por exem- plo, uma célula de mamífero (por exemplo, uma célula CHO). Confor- me descrito neste documento, uma célula hospedeira é usada para expressar um ou mais polipeptídeos que codificam anticorpos anti- FcRn da invenção.
[00154] Conforme usado neste documento, o termo "vetor" refere- se a uma molécula de ácido nucleico capaz de transportar outra molé- cula de ácido nucleico à qual esta foi ligada. Um tipo de vetor é um "plasmídeo", que se refere a uma alça de DNA de fita dupla circular na qual segmentos de DNA adicionais podem ser ligados. Outro tipo de vetor é um vetor tipo fago. Outro tipo de vetor é um vetor viral, em que segmentos de DNA adicionais podem ser ligados no genoma viral. Certos vetores são capazes de replicação autônoma em uma célula hospedeira em que são introduzidos (por exemplo, vetores bacterianos com uma origem de replicação bacteriana e vetores epissomais de mamíferos). Outros vetores (por exemplo, vetores não epissomais de mamíferos) podem ser integrados no genoma de uma célula hospedei- ra mediante a introdução na célula hospedeira e, desse modo, são re- plicados juntamente com o genoma do hospedeiro. Além disso, certos vetores são capazes de direcionar a expressão de genes aos quais estão operacionalmente ligados. Esses vetores são referidos neste documento como "vetores de expressão recombinante" (ou, simples- mente, "vetores recombinantes"). Em geral, os vetores de expressão de utilidade em técnicas de DNA recombinante estão frequentemente na forma de plasmídeos.
[00155] Conforme usado neste documento, o termo "sujeito" refere- se a um mamífero, por exemplo, preferencialmente um humano. Os mamíferos incluem, mas não estão limitados a, seres humanos e ani- mais domésticos e de fazenda, tais como macacos (por exemplo, um macaco cynomolgus), camundongos, cães, gatos, cavalos e vacas, etc.
[00156] Conforme usado neste documento, o termo "idade gestaci- onal" descreve o quão avançada está a gravidez. A idade gestacional pode ser descrita em termos de semanas. Métodos de determinação da idade gestacional são conhecidos na técnica (por exemplo, Committee on Obstetric Practice American Institute of Ultrasound in Medicine Society for Maternal-Fetal Medicine, Committee Opinion. Número 700. Maio de 2017; que está integralmente incorporado neste documento). Em alguns casos, a idade gestacional pode ser determi- nada por ultrassom, por semanas desde o primeiro dia do último perí-
odo menstrual (LMP), ou por combinações destes.
[00157] Conforme usado neste documento, o termo "composição farmacêutica" refere-se a uma formulação medicinal ou farmacêutica que contém um ingrediente ativo, bem como um ou mais excipientes e diluentes para tornar o ingrediente ativo adequado para o método de administração. A composição farmacêutica da presente invenção inclui componentes farmaceuticamente aceitáveis que são compatíveis com o anticorpo anti-FcRn. A composição farmacêutica pode estar na for- ma aquosa para administração intravenosa ou subcutânea ou na for- ma de comprimido ou de cápsula para administração oral.
[00158] Conforme usado neste documento, o termo "carreador far- maceuticamente aceitável" refere-se a um excipiente ou diluente em uma composição farmacêutica. O carreador farmaceuticamente acei- tável deve ser compatível com os outros ingredientes da formulação e não prejudicial ao recebedor. Na presente invenção, o carreador far- maceuticamente aceitável deve fornece estabilidade farmacêutica adequada para o construto Fc. A natureza do carreador difere com o modo de administração. Por exemplo, para administração intravenosa, um carreador de solução aquosa é geralmente usado; para adminis- tração oral, um carreador sólido é preferido.
[00159] Conforme usado neste documento, o termo "quantidade terapeuticamente eficaz" refere-se a uma quantidade, por exemplo, dose farmacêutica, eficaz na indução de um efeito biológico desejado em um sujeito ou paciente ou no tratamento de um paciente com uma condição ou distúrbio descrito neste documento. Também deve ser entendido que uma "quantidade terapeuticamente eficaz" pode ser in- terpretada como uma quantidade que confere um efeito terapêutico desejado, tanto tomada em uma dose quanto em qualquer dosagem ou via, tomada isoladamente ou em combinação com outros agentes terapêuticos.
[00160] Conforme usado neste documento, o termo "não mais que" refere-se a uma quantidade que é menor ou igual a. Isso pode ser uma quantidade em números inteiros. Por exemplo, não mais que duas substituições podem se referir a 0, 1 ou 2 substituições.
[00161] Conforme usado neste documento, os termos "tratamento" ou "tratamento" referem-se a reduzir, diminuir, diminuir o risco, ou di- minuir os efeitos colaterais de uma doença ou condição em particular. Reduzir, diminuir, diminuir o risco, ou diminuir os efeitos colaterais são relativos a um sujeito que não recebeu tratamento, por exemplo, um controle, uma avaliação inicial ou um nível ou medição de controle co- nhecido.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[00162] A FIG. 1 inclui dois gráficos e uma tabela que mostram a ligação competitiva de IgG dos anticorpos N022-N024, N026 e N027 a FcRn para FcRn de humano ou macaco cynomolgus em pH 6,0.
[00163] A FIG. 2 inclui gráficos que mostram os efeitos dos anticor- pos N023, N024, N026 e N027 no catabolismo de IgG em camundon- gos.
[00164] AFIG. 3 inclui gráficos que mostram os efeitos dependentes da dose do anticorpo N027 sobre os níveis de IgG ocupação alvo em camundongos.
[00165] As FIGURAS 4A-4C incluem gráficos que mostram a indu- ção seletiva de catabolismo de IgG e ocupação alvo em macacos cynomolgus após a administração de doses diferentes de anticorpo N027.
[00166] A FIG. 5 inclui um gráfico que mostra a biodistribuição de N027 em camundongos.
[00167] A FIG. 6 inclui uma linha do tempo experimental e um gráfi- co que mostra a eficácia de N027 em um modelo de artrite induzida por anticorpo de colágeno de camundongo.
[00168] A FIG. 7 inclui uma linha do tempo experimental e dois grá- ficos que mostram a eficácia de N027 em um modelo de púrpura trom- bocitopênica idiopática (Idiopathic Thrombocytopenia Purpura - ITP) crônica de camundongo.
[00169] As FIGURAS 8A-8C mostram gráficos que mostram a ocu- pação de FcRn dependente da dose alcançada com N027 em células endoteliais aórticas, células endoteliais venosas e trofoblasto placentá- rio, respectivamente.
[00170] As FIGURAS 9A-9C mostrar gráficos que mostram 100% de ocupação de FcRn por N027 resulta no aumento do acúmulo de IgG intracelular em células endoteliais aórticas, células endoteliais ve- nosas e trofoblasto placentário, respectivamente.
[00171] A FIG. 10 mostra um gráfico que mostra o tempo necessá- rio para atingir 100% de ocupação de FcRn por N027.
[00172] As FIGURAS 11A e 11B mostram gráficos que mostram que o tratamento com N027 não altera as taxas de regeneração de FcRn em células trofoblásticas endoteliais e vilosas humanas, respec- tivamente.
[00173] As FIGURAS 12A e 12B mostram imagens de FcRn locali- zadas em endossomos em células trofoblásticas endoteliais e vilosas humanas.
[00174] As FIGURAS 13A e 13B mostram gráficos que mostram o efeito do tratamento com N027 na dinâmica do tráfego de IgG em célu- las endoteliais humanas e trofoblastos placentários humanos, respec- tivamente.
[00175] As FIGURAS 13C e 13D mostram imagens que mos- tram que N027 aumenta IgG intracelular e colocalização de IgG com lisossomos (marcadores lisossomais: Lamp-1 e Dextran).
[00176] A FIG. 14 é um gráfico que mostra a transferência transpla- centária de antipirina por quatro horas de perfusão (n=14). Os dados representam concentrações de antipirina como desvio padrão ± médio (Standard Deviation - SD) na circulação fetal (quadrados) e materna (círculos) após a administração materna de 100 µg/ml de antipirina em t=0.
[00177] A FIG. 15 é um gráfico que mostra a transferência transpla- centária de N027 por quatro horas de perfusão. Os dados representam concentrações de N027 como SD ± médio na circulação fetal e mater- na após a administração maternal da concentração indicada de N027 em t=0.
[00178] A FIG. 16 é um gráfico que mostra as concentrações de IgG materna após o tratamento com N027 durante a gestação.
[00179] A FIG. 17 é um gráfico que mostra os níveis de IgG fetal após o tratamento de mães com N027 durante a gestação.
[00180] A FIG. 18 é um gráfico que mostra a ocupação do receptor de FcRn média (SD) em monócitos circulantes após doses únicas de 0,3, 3, 10, 30 e 60 mg/kg de N027.
[00181] A FIG. 19 é um gráfico que mostra os níveis médios de IgG sérica (SD) após doses únicas de 0,3, 3, 10, 30 e 60 mg/kg de N027.
[00182] As FIGURAS 20A e 20B são gráficos que mostram a ocu- pação média do receptor de FcRn (SD) em monócitos nas coortes de MAD de 30 e 15 mg/kg pelo número de doses dadas.
[00183] As FIGURAS 21A e 21B são gráficos que mostram IgG sé- rica média (SD) nas coortes de MAD de 30 e 15 mg/kg pelo número de doses dadas.
[00184] A FIG. 22 é um gráfico que mostra a transferência transpla- centária de antipirina (Humira® no reservatório materno; n=8). Os da- dos representam concentrações de antipirina como SD ± médio na cir- culação fetal (quadrados preenchidos) e materna (círculos preenchi- dos) após a administração materna de 100 µg/ml de antipirina em t=0.
[00185] A FIG. 23 é um gráfico que mostra a transferência placentá-
ria de Humira® por 6 horas de perfusão (n=8). Os dados representam concentrações de Humira® como SD ± médio na circulação fetal e ma- terna após a administração materna de 270 µg/ml de Humira® em t=0.
[00186] A FIG. 24 é um gráfico que mostra a transferência transpla- centária de antipirina (Humira® + N027 no reservatório materno; n=9). Os dados representam concentrações de antipirina como SD ± médio na circulação fetal (quadrados preenchidos) e materna (círculos pre- enchidos) após a administração materna de 100 µg/ml de antipirina em t=0.
[00187] A FIG. 25 é um gráfico que mostra a transferência placentá- ria de Humira® na presença de concentrações variáveis de N027. Os dados representam concentrações de Humira® como SD ± médio na circulação fetal e materna após a administração materna de 270 µg/ml de Humira® + N027 em t=0.
[00188] A FIG. 26 é um gráfico que mostra a transferência transpla- centária de antipirina (Humira® + IVIg no reservatório materno; n=5). Os dados representam concentrações de antipirina como SD ± médio na circulação fetal (quadrados preenchidos) e materna (círculos pre- enchidos) após a administração materna de 100 µg/ml de antipirina em t=0.
[00189] A FIG. 27 é um gráfico que mostra a transferência placentá- ria de Humira® na presença de IVIg. Os dados representam concen- trações de Humira® como SD ± médio na circulação fetal (quadrados preenchidos) e materna (círculos preenchidos) após a administração materna de 270 µg/ml de Humira® + N027 em t=0.
[00190] A FIG. 28 é um gráfico que mostra a transferência transpla- centária de antipirina (Humira® + IVIg _ N027 no reservatório materno; n=4). Os dados representam concentrações de antipirina como SD ± médio na circulação fetal (quadrados preenchidos) e materna (círculos preenchidos) após a administração materna de 100 µg/ml de antipirina em t=0.
[00191] A FIG. 29 é um gráfico que mostra a transferência placentá- ria de Humira® na presença de IVIg + N027. Os dados representam concentrações de Humira® como SD ± médio na circulação fetal (qua- drados preenchidos) e materna (círculos preenchidos) após a adminis- tração materna de 270 µg/ml de Humira® + IVIg + N027 em t=0.
[00192] A FIG. 30 é um gráfico que mostra o impacto sobre a albu- mina sérica em sujeitos tratados com 3 doses de N027 a 15 mg/kg ou 30 mg/kg.
[00193] A FIG. 31 é um gráfico que mostra o impacto sobre a albu- mina sérica em macacos cynomolgus tratados com N027 em um estu- do de toxicidade de dose repetida de 26 semanas.
[00194] A FIG. 32 é uma tabela que mostra o impacto sobre a al- bumina sérica em macacos cynomolgus gestantes tratados com N027 durante a gestação nas fases EFD e ePPND.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[00195] A presente invenção apresenta anticorpos que se ligam ao receptor Fc neonatal humano (FcRn) com alta afinidade. A presente invenção apresenta anticorpos anti-FcRn, métodos e composições pa- ra a preparar anticorpos anti-FcRn e métodos para bloquear a ativida- de de FcRn, reduzir a ativação de uma resposta imune baseada em imunocomplexo e tratar doenças imunológicas. A presente divulgação apresenta anticorpos anti-FcRn, métodos e composições para prepa- rar anticorpos anti-FcRn e métodos para bloquear a atividade de FcRn, reduzir a ativação de uma resposta imune baseada em imunocomple- xo e tratar doenças imunológicas. Além disso, esses anticorpos anti- FcRn podem ser usados para diminuir o transporte de anticorpos pa- togênicos através da placenta de uma gestante, para aumentar o ca- tabolismo do anticorpo patogênico em uma gestante e para tratar a potencialização mediada por anticorpo de uma doença viral em um feto ou neonato. I. Anticorpos anti-FcRn
[00195] Em geral, a invenção apresenta anticorpos isolados que se ligam ao FcRn humano com alta afinidade. Um anticorpo anti-FcRn da invenção se refere a um anticorpo que pode se ligar ao FcRn humano e inibir a ligação de IgG (por exemplo, autoanticorpos IgG) ao FcRn. Em algumas modalidades, o anticorpo é um anticorpo monoclonal. Em outras modalidades, o anticorpo é um anticorpo policlonal. Em algu- mas modalidades, o anticorpo é selecionado do grupo consistindo em um anticorpo quimérico, um anticorpo maturado por afinidade, um an- ticorpo humanizado e um anticorpo humano. Em certas modalidades, o anticorpo é um fragmento de anticorpo, por exemplo, Fab, Fab′, Fab′-SH, F(ab′)2, ou scFv.
[00196] Em algumas modalidades, o anticorpo é um anticorpo qui- mérico. Por exemplo, um anticorpo contém sequências de ligação ao antígeno de um doador não humano enxertadas a uma sequência he- teróloga não humana, humana ou humanizada (por exemplo, sequên- cias de framework e/ou de domínio constante). Em uma modalidade, o doador não humano é um camundongo. Em outra modalidade, uma sequência de ligação ao antígeno é sintética, por exemplo, obtida por mutagênese (por exemplo, triagem de exibição de fago, etc.). Em outra modalidade, um anticorpo quimérico tem regiões variáveis não huma- nas (por exemplo, camundongo) e regiões constantes humanas. Em um exemplo, uma região variável de cadeia leve de camundongo é fundida a uma cadeia leve κ humana. Em outro exemplo, uma região variável de cadeia pesada de camundongo é fundida a uma região constante de IgG1 humana.
[00197] Em um aspecto, a invenção apresenta um anticorpo isolado capaz de se ligar ao FcRn humano. O anticorpo isolado contém: (1) uma região variável de cadeia leve que inclui uma CDR L1, CDR L2 e
CDR L3 e (2) uma região variável de cadeia pesada que inclui uma CDR H1, CDR H2 e CDR H3, em que CDR L1 compreende uma se- quência com pelo menos 92% de identidade com a sequência TGTGSDVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), CDR L2 compreende uma se- quência com pelo menos 85% de identidade com a sequência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), CDR L3 compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), CDR H1 compreende uma sequência com pelo me- nos 80% de identidade com a sequência de TYAMG (SEQ ID NO: 4), DYAMG (SEQ ID NO: 5), ou NYAMG (SEQ ID NO: 6), CDR H2 com- preende uma sequência com pelo menos 92% de identidade de se- quência com a sequência de SIGSSGAQTRYADS (SEQ ID NO: 7), SIGASGSQTRYADS (SEQ ID NO: 8), SIGASGAQTRYADS (SEQ ID NO: 9) ou (SEQ ID NO: 10) e CDR H3 compreende uma sequência com pelo menos 85% de identidade com a sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11). Em algumas modalidades, o anticorpo se liga ao FcRn humano com um KD menor que 200, 150, 100, 50 ou 40 pM. Em algumas modalidades, o anticorpo liga FcRn humano a um KD que é menor ou igual àquele de um anticorpo com a região variável de ca- deia leve e região variável de cadeia pesada de N022, N023, N024, N026 ou N027 e que tem ainda a mesma região Fc que o anticorpo ao qual está sendo comparado.
[00198] Em algumas modalidades, um anticorpo isolado da inven- ção compreende uma CDR L1 que compreende uma sequência de X1GTGSDVGSYNX2VS (SEQ ID NO: 12), uma CDR L2 que compre- ende a sequência de GDX3X4RPS (SEQ ID NO: 13), uma CDR L3 que compreende a sequência de X5SYX6GSGIYV (SEQ ID NO: 14), uma CDR H1 que compreende a sequência de Z1YAMG (SEQ ID NO: 15), uma CDR H2 que compreende a sequência de SIGZ2SGZ3QTZ4YADS (SEQ ID NO: 16) e uma CDR H3 que compreende a sequência de
LAZ5Z6DSY (SEQ ID NO: 17), onde X1 é um aminoácido polar ou hi- drofóbico (por exemplo, preferencialmente, T, A, S ou I), X2 é um ami- noácido hidrofóbico (por exemplo, preferencialmente, L ou I), X3 é um aminoácido polar (por exemplo, preferencialmente, S, N, ou T), X4 é um aminoácido polar ou ácido (por exemplo, preferencialmente, Q, E, ou N), X5 é um aminoácido polar ou hidrofóbico (por exemplo, prefe- rencialmente, C, S, I, ou Y), X6 é um aminoácido hidrofóbico (por exemplo, preferencialmente, A ou V), Z1 é um aminoácido polar ou ácido (por exemplo, preferencialmente, E, T, D, ou N), Z2 é um amino- ácido polar ou hidrofóbico (por exemplo, preferencialmente, S ou A), Z3 é G, S, ou A, Z4 é um aminoácido básico (por exemplo, preferencial- mente, K ou R), Z5 é um aminoácido hidrofóbico ou básico (por exem- plo, preferencialmente, I, L ou H) e Z6 é G, S, D, Q, ou H e onde o an- ticorpo liga um FcRn humano a um KD menor que 200, 150, 100, 50 ou 40 pM.
[00199] Em outras modalidades, um anticorpo isolado da invenção compreende uma CDR L1 que compreende a sequência de TGTGS- DVGSYNLVS (SEQ ID NO: 1), uma CDR L2 que compreende a se- quência de GDSERPS (SEQ ID NO: 2), uma CDR L3 que compreende a sequência de SSYAGSGIYV (SEQ ID NO: 3), uma CDR H1 que compreende a sequência de Z1YAMG (SEQ ID NO: 15), uma CDR H2 que compreende a sequência de SIGZ2SGZ3QTRYADS (SEQ ID NO: 18) e uma CDR H3 que compreende a sequência de LAIGDSY (SEQ ID NO: 11), onde Z1 é T, D ou N, Z2 é S ou A, e Z3 é G, S ou A.
[00200] A Tabela 1 mostra as sequências de aminoácidos das regi- ões determinantes complementares (CDRs) de cadeia leve e pesada de alguns anticorpos anti-FcRn exemplares da invenção. Tabela 1
Anti- CDR L1 CDR L2 CDR L3 CDR H1 CDR H2 CDR H3 corpo anti- FcRn N022 TGTGSD GDSERP SSYAGS TYAMG SIGSSGA LAIGDSY VGSYNL S (SEQ GIYV (SEQ ID QTRYAD (SEQ ID VS (SEQ ID NO: 2) (SEQ ID NO: 4) S (SEQ NO: 11) ID NO: 1) NO: 3) ID NO: 7) N023 TGTGSD GDSERP SSYAGS DYAMG SIGASGS LAIGDSY VGSYNL S (SEQ GIYV (SEQ ID QTRYAD (SEQ ID VS (SEQ ID NO: 2) (SEQ ID NO: 5) S (SEQ NO: 11) ID NO: 1) NO: 3) ID NO: 8) N024 TGTGSD GDSERP SSYAGS NYAMG SIGASGA LAIGDSY VGSYNL S (SEQ GIYV (SEQ ID QTRYAD (SEQ ID VS (SEQ ID NO: 2) (SEQ ID NO: 6) S (SEQ NO: 11) ID NO: 1) NO: 3) ID NO: 9) N026 TGTGSD GDSERP SSYAGS TYAMG SIGASGG LAIGDSY VGSYNL S (SEQ GIYV (SEQ ID QTRYAD (SEQ ID VS (SEQ ID NO: 2) (SEQ ID NO: 4) S (SEQ NO: 11) ID NO: 1) NO: 3) ID NO: 10) N027 TGTGSD GDSERP SSYAGS TYAMG SIGASGS LAIGDSY VGSYNL S (SEQ GIYV (SEQ ID QTRYAD (SEQ ID VS (SEQ ID NO: 2) (SEQ ID NO: 4) S (SEQ NO: 11) ID NO: 1) NO: 3) ID NO: 8)
[00201] A Tabela 2 mostra as SEQ ID Nos das cadeias leves e pe- sadas destes anticorpos anti-FcRn exemplares da invenção. Tabela 2 Anticorpo anti-FcRn Cadeia Leve Cadeia Pesada N022 SEQ ID NO: 20 N023 SEQ ID NO: 21 N024 SEQ ID NO: 19 SEQ ID NO: 22 N026 SEQ ID NO: 23 N027 SEQ ID NO: 24
[00202] Em algumas modalidades, a cadeia leve de um anticorpo isolado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19).
[00203] Em algumas modalidades, a cadeia pesada de um anticor- po isolado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGSSGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 20).
[00204] Em algumas modalidades, a cadeia pesada de um anticor- po isolado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSDYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 21).
[00205] Em algumas modalidades, a cadeia pesada de um anticor- po isolado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSNYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 22).
[00206] Em outras modalidades, a cadeia pesada de um anticorpo isolado da invenção compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGGQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDT AVYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGG TAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSV VTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAP ELLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFY
PSDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQ GNVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 23).
[00207] Ainda em outras modalidades, a cadeia pesada de um anti-
corpo isolado da invenção compreende uma sequência com pelo me- nos 90% de identidade com a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 24).
[00208] A invenção apresenta um anticorpo isolado incluindo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, onde a cadeia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGSSGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 20).
[00209] A invenção apresenta um anticorpo isolado incluindo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, onde a cadeia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSDYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 21).
[00210] A invenção apresenta um anticorpo isolado incluindo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, onde a cadeia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSNYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 22).
[00211] A invenção apresenta um anticorpo isolado incluindo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, onde a cadeia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGGQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDT AVYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGG TAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSV VTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAP ELLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFY
PSDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQ GNVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 23).
[00212] A invenção apresenta um anticorpo isolado incluindo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, onde a cadeia leve compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade com a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende uma sequência com pelo menos 90% de identidade à sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 24).
[00213] Além disso, em qualquer um dos anticorpos anti-FcRn des- critos neste documento, a cadeia pesada do anticorpo compreende uma sequência com pelo menos 95%, 97%, 99% ou 100% de identi-
dade com a sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24. Em qualquer um dos anticorpos anti-FcRn descritos neste documento, a cadeia leve compreende uma sequência com pelo menos 95%, 97%, 99% ou 100% de identidade com a sequência da SEQ ID NO: 19.
[00214] Os anticorpos da invenção podem conter ainda substitui- ções, adições e/ou deleções de aminoácidos fora das CDRs (isto é, nas regiões de framework (FRs)). Em algumas modalidades, os anti- corpos da invenção podem incluir ainda qualquer uma ou mais das se- guintes substituições de aminoácidos: A23V, S30R, L80V, A84T, E85D, A93V, em relação à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24 e Q38H, V58I e G99D, em relação à sequência da SEQ ID NO: 19.
[00215] Os anticorpos podem conter ainda substituições, adições e/ou deleções de aminoácidos fora das CDRs (isto é, nas regiões de framework (FRs)). Uma substituição, adição e/ou deleção de aminoá- cido pode ser uma substituição, adição e/ou deleção de um ou mais aminoácidos (por exemplo, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou mais). Uma substi- tuição, adição e/ou deleção de aminoácido pode ser uma substituição, adição e/ou deleção de oito ou menos, sete ou menos, seis ou menos, cinco ou menos, quatro ou menos, três ou menos ou dois ou menos aminoácidos únicos. Em algumas modalidades, os anticorpos podem incluir ainda qualquer uma ou mais das seguintes substituições de aminoácidos: A23V, S30R, L80V, A84T, E85D, A93V, em relação à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24 e Q38H, V58I e G99D, em relação à sequência da SEQ ID NO: 19.
[00216] Em algumas modalidades, os anticorpos da invenção po- dem incluir substituições, adições e/ou deleções de aminoácidos nas regiões constantes (por exemplo, região Fc) do anticorpo que, por exemplo, resultam na diminuição da função efetora, por exemplo, di- minuição da citólise dependente de complemento (Complement-
Dependent Cytolysis - CDC), citólise mediada por células dependente de anticorpo (Antibody-Dependent Cell-Mediated Cytolysis - ADCC) e/ou fagocitose mediada por células dependente de anticorpo (Antibo- dy-Dependent Cell-Mediated Phagocytosis - ADCP) e/ou diminuição da morte de células B. As regiões constantes não estão diretamente envolvidas na ligação de um anticorpo ao seu alvo, mas exibem várias funções efetoras, tais como a participação do anticorpo na toxicidade celular dependente de anticorpo. Em algumas modalidades, os anti- corpos da invenção são caracterizados pela diminuição da ligação (isto é, ausência de ligação) ao fator C1q do complemento humano e/ou ao receptor Fc humano em células exterminadoras naturais (NK). Em ou- tras modalidades, os anticorpos da invenção são caracterizados pela diminuição da ligação (isto é, ausência de ligação) ao FcγRI, FcγRIIA e/ou FcγRIIIA humano. Para alterar ou reduzir uma função efetora de- pendente de anticorpo, como CDC, ADCC, ADCP e/ou eliminação de células B, os anticorpos da invenção podem ser da classe IgG e conter uma ou mais substituições de aminoácido E233, L234, G236, D265, D270, N297, E318, K320, K322, A327, A330, P331 e/ou P329 (nume- ração de acordo com o índice EU de Kabat (Sequences of Proteins of Immunological Interest, 5ª Ed. Public Health Service, National Institu- tes of Health, Bethesda, MD. (1991))). Em algumas modalidades, os anticorpos contêm as mutações L234A/L235A ou D265A/N297A. Pre- ferencialmente, um anticorpo anti-FcRn da invenção contém a substi- tuição de aminoácido N297A, relativa à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24, de modo que o anticorpo da invenção é alte- rado para uma forma aglicosilada. O anticorpo ineficaz resultante mos- tra pouca ligação ao complemento ou receptores Fc (isto é, ligação ao C1q do complemento), indicando baixo potencial de CDC.
[00217] Em outras modalidades, os anticorpos da invenção podem incluir aqueles que têm alterações de aminoácido específicas que me-
lhoram a estabilidade do anticorpo.
[00218] Além disso, em outras modalidades, para minimizar a imu- nogenicidade potencial, alguns anticorpos da invenção, por exemplo, N024, N026 e N027, podem ser submetidos a uma mudança de alotipo de G1m17.1 para G1m17 substituindo os aminoácidos D355 e L357 (em relação à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24) por ácido glutâmico e metionina, respectivamente.
[00219] Em outras modalidades, os anticorpos da invenção, por exemplo, N022-N024, N026 e N027, não contêm uma lisina C-terminal no resíduo 446 em relação à sequência de qualquer uma das SEQ ID NOs: 20-24.
[00220] A invenção apresenta um anticorpo isolado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGSSGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 20).
[00221] A invenção apresenta um anticorpo isolado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSDYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSRDELTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 21).
[00222] A invenção apresenta um anticorpo isolado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSNYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGAQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 22).
[00223] A invenção apresenta um anticorpo isolado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGGQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDT AVYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGG TAALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSV VTVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAP ELLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYV DGVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSN KALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFY
PSDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQ GNVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 23).
[00224] A invenção apresenta um anticorpo isolado contendo uma cadeia leve e uma cadeia pesada, em que a cadeia leve compreende a sequência de
QSALTQPASVSGSPGQSITISCTGTGSDVGSYNLVSWYQQHPGKAP KLMIYGDSERPSGVSNRFSGSKSGNTASLTISGLQAEDEADYYCSSY AGSGIYVFGTGTKVTVLGQPKAAPSVTLFPPSSEELQANKATLVCLIS
DFYPGAVTVAWKADSSPVKAGVETTTPSKQSNNKYAASSYLSLTPE QWKSHKSYSCQVTHEGSTVEKTVAPTECS (SEQ ID NO: 19); e a cadeia pesada compreende a sequência de
EVQLLESGGGLVQPGGSLRLSCAASGFTFSTYAMGWVRQAPGKGL EWVSSIGASGSQTRYADSVKGRFTISRDNSKNTLYLQMNSLRAEDTA VYYCARLAIGDSYWGQGTMVTVSSASTKGPSVFPLAPSSKSTSGGT AALGCLVKDYFPEPVTVSWNSGALTSGVHTFPAVLQSSGLYSLSSVV TVPSSSLGTQTYICNVNHKPSNTKVDKKVEPKSCDKTHTCPPCPAPE LLGGPSVFLFPPKPKDTLMISRTPEVTCVVVDVSHEDPEVKFNWYVD GVEVHNAKTKPREEQYASTYRVVSVLTVLHQDWLNGKEYKCKVSNK ALPAPIEKTISKAKGQPREPQVYTLPPSREEMTKNQVSLTCLVKGFYP
SDIAVEWESNGQPENNYKTTPPVLDSDGSFFLYSKLTVDKSRWQQG NVFSCSVMHEALHNHYTQKSLSLSPG (SEQ ID NO: 24).
[00225] Em qualquer um dos anticorpos anti-FcRn descritos neste documento, em algumas modalidades, o anticorpo liga o FcRn de ca- mundongo ou rato com um KD de menos de 200, 150, 100, 50 ou 40 pM.
[00226] Em qualquer um dos anticorpos anti-FcRn descritos neste documento, em algumas modalidades, o anticorpo se liga ao FcRn humano com uma afinidade entre 1-100, 5-150, 5-100, 5-75, 5-50, 10- 50 ou 10-40 pM.
[00227] Os anticorpos anti-FcRn da invenção podem ser de isotipo do anticorpo imunoglobulina IgG, IgE, IgM, IgA ou IgD. Preferencial- mente, os anticorpos anti-FcRn são isotipo do anticorpo imunoglobuli- na IgG. Os anticorpos anti-FcRn também podem ser de qualquer uma das subclasses de isotipo do anticorpo imunoglobulina. Por exemplo, os anticorpos anti-FcRn podem ser de da subclasse de IgG IgG1,
IgG2, IgG3 ou IgG4. Preferencialmente, os anticorpos anti-FcRn são da subclasse IgG1. Em particular, os anticorpos anti-FcRn da invenção contêm uma cadeia pesada do alotipo IgG G1m17 ou G1m17.1. Em algumas modalidades, a cadeia leve dos anticorpos anti-FcRn pode ser uma cadeia leve κ, uma cadeia leve λ ou uma cadeia leve κ-λ qui- mérica. Em modalidades preferenciais, os anticorpos anti-FcRn da in- venção contêm uma cadeia leve λ de comprimento total.
[00228] Em algumas modalidades, os anticorpos da invenção são monoclonais. Os anticorpos da invenção também podem ser policlo- nais, quiméricos, humanizados ou totalmente humanos. Em algumas modalidades, o anticorpo da invenção pode ser maturado por afinida- de. Em outras modalidades, o anticorpo da invenção pode ser um fra- gmento de anticorpo.
[00229] Sem estar vinculado pela teoria, acredita-se que os anticor- pos anti-FcRn da invenção competem e inibem a ligação de IgG ao FcRn humano. O mapeamento de epítopo por troca de hidrogênio- deutério dos anticorpos da invenção indica que os anticorpos se ligam a um epítopo em FcRn localizado em e/ou adjacente à interface de interação Fc-FcRn, o que sugere que os anticorpos da invenção blo- queiam a ligação de IgG com o FcRn pela inibição da direção. Além disso, o sítio de ligação mapeado em epítopo é distante do sítio de li- gação à albumina de FcRn. Nesse sentido, a ligação à albumina sérica não deve ser inibida e os níveis de albumina sérica não devem ser di- minuídos. De fato, evidências experimentais mostram que os níveis de albumina de camundongo permaneceram constantes após a adminis- tração de anticorpo anti-FcRn, indicando que a reciclagem de albumi- na não é perturbada pela ligação dos anticorpos a FcRn. II. Inibição de FcRn
[00230] FcRn é uma proteína transmembranar tipo I que funciona como uma proteína de tráfego vesicular intracelular de ligação ao IgG e à albumina sérica. O FcRn é expresso em células endoteliais, célu- las epiteliais luminais, hepatócitos, podócitos, granulócitos, monócitos, macrófagos, células dendríticas e células NK, mas não em células B ou T. O FcRn mantém a meia-vida de IgG pela ligação e tráfego cons- titutivo de IgG internalizado de volta à superfície celular. A ligação de Fc e albumina sérica por FcRn ocorre no endossoma precoce em pH 6,0, seguido pela classificação do FcRn em vesículas, que trafegam IgG ou albumina ligada ao FcRn de volta para a superfície celular onde FcRn libera rapidamente IgG ou albumina em pH 7,4. Este ciclo de trá- fego mantém a meia-vida de IgG e albumina reciclando tanto na circu- lação quanto evitando o tráfego para os lisossomas para degradação. O FcRn também captura Fc de IgG internalizado nas células epiteliais e os transporta bidirecionalmente para as membranas apicais e baso- laterais opostas. Esta função permite que o IgG trafegue para o lúmen de órgãos, tais como trato gastrointestinal ou o transporte de IgG ou complexos IgG-antígeno do lúmen para a vasculatura ou tecidos linfoi- des nas camadas estromais.
[00231] Para estudar a contribuição de FcRn para a homeostase de IgG, os camundongos foram manipulados de modo que partes das ca- deias leves e pesadas de FcRn sofreram "nocaute" para que estas proteínas não sejam expressas (Junghans et al., Proc Natl Acad Sci EUA 93:5512, 1996). Nesses camundongos, a meia-vida sérica e as concentrações de IgG reduziram drasticamente, sugerindo um meca- nismo de homeostase de IgG dependente de FcRn. Estudos em mo- delos de roedores, tais como o discutido acima, sugerem que o blo- queio de FcRn pode aumentar o catabolismo de IgG, incluindo o de autoanticorpos patogênicos, inibindo, assim, o desenvolvimento da doença (por exemplo, uma doença autoimune). O FcRn também pode contribuir para a apresentação do antígeno pelo tráfego de imunocom- plexos à degradação do antígeno e compartimentos de carregamento de MHC.
[00232] A presente invenção fornece anticorpos anti-FcRn isolados que se ligam ao FcRn humano com alta afinidade. Os anticorpos anti- FcRn da invenção competem e inibem efetivamente a ligação de ou- tros anticorpos anti-FcRn (por exemplo, IgG, autoanticorpos de IgG) ao FcRn, aumentando assim o catabolismo e diminuindo a meia-vida de outros anticorpos anti-FcRn (por exemplo, IgG, autoanticorpos de IgG). Os anticorpos anti-FcRn da invenção podem ser usados em um méto- do de tratamento ou redução da ativação de uma resposta imune ba- seada em imunocomplexo em um sujeito, tal como uma resposta imu- ne causada por autoanticorpos em uma doença autoimune.
[00233] A transferência placentária de anticorpos IgG maternos pa- ra o feto é um mecanismo dependente de FcRn importante que pro- porciona proteção ao neonato enquanto sua resposta humoral é inefi- ciente. Durante a vida fetal, o FcRn nas camadas de sinciciotrofoblasto da placenta é responsável pela transferência de anticorpos IgG mater- nos para o feto. Os anticorpos maternos patogênicos (por exemplo, anticorpos IgG maternos patogênicos) também podem atravessar a placenta pela ligação ao FcRn e causar distúrbios aloimunes e/ou dis- túrbios autoimunes no feto e neonato. Em algumas modalidades, os anticorpos patogênicos na gestante causam um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal em um feto na gestante. Os anticorpos anti-FcRn descritos neste documento (por exemplo, N022-N024, N026 e N027, preferencialmente N027 e/ou N024) podem competir e inibir a ligação de anticorpos patogênicos maternos (por exemplo, anticorpos IgG patogênicos maternos) para FcRn, aumentando, assim, o catabo- lismo e diminuindo a meia-vida desses anticorpos patogênicos.
[00234] A presente divulgação fornece anticorpos anti-FcRn isola- dos que se ligam ao FcRn humano. Os anticorpos anti-FcRn podem competir e inibir a ligação de outros anticorpos anti-FcRn (por exem-
plo, IgG, autoanticorpos de IgG) ao FcRn, aumentando assim o cata- bolismo e diminuindo a meia-vida de outros anticorpos anti-FcRn (por exemplo, IgG, autoanticorpos de IgG). Os anticorpos anti-FcRn podem ser usados em um método de tratamento ou redução da ativação de uma resposta imune baseada em imunocomplexo em um sujeito, tal como uma resposta imune causada por autoanticorpos em uma doen- ça autoimune. A redução de uma resposta imune pode ser descrita como a redução de uma resposta imune em relação a um indivíduo que não recebe tratamento (por exemplo, um sujeito controle). Os an- ticorpos anti-FcRn também podem ser usados em métodos de dimi- nuição do transporte de anticorpo patogênico (por exemplo, transporte de anticorpo IgG materno patogênico) pela placenta de uma gestante, aumentando o catabolismo do anticorpo patogênico em uma gestante e tratando a potencialização da doença viral mediada por anticorpo em um feto ou neonato pela administração a uma gestante de um anticor- po isolado que se liga ao FcRn humano. A diminuição do transporte de anticorpo patogênico pela placenta de uma gestante pode ser descrita como diminuição do transporte de anticorpo patogênico relativo a um sujeito que não recebe tratamento (por exemplo, um sujeito controle). IV. Vetores, células hospedeiras e produção de anticorpos
[00235] Os anticorpos anti-FcRn da invenção podem ser produzidos a partir de uma célula hospedeira. Uma célula hospedeira refere-se a um veículo que inclui os componentes celulares necessários, por exemplo, necessários para expressar os polipeptídeos e construtos descritos neste documento a partir de seus ácidos nucleicos corres- pondentes. Os ácidos nucleicos podem ser incluídos em vetores de ácido nucleico que podem ser introduzidos na célula hospedeira por técnicas convencionais conhecidas na técnica (por exemplo, transfor- mação, transfecção, eletroporação, precipitação com fosfato de cálcio, microinjeção direta, infecção, etc.). A escolha de vetores de ácido nu-
cleico depende, em parte, das células hospedeiras a serem usadas. Geralmente, as células hospedeiras preferenciais são de origem pro- cariótica (por exemplo, bacterianas) ou eucarióticas (por exemplo, mamífero). Construção do vetor de ácido nucleico e células hospedeiras
[00236] Uma sequência de ácido nucleico que codifica a sequência de aminoácidos de um anticorpo anti-FcRn da invenção pode ser pre- parada por uma variedade de métodos conhecidos na técnica. Esses métodos incluem, entre outros, mutagênese mediada por oligonucleo- tídeo (ou direcionada ao sítio) e mutagênese por PCR. Uma molécula de ácido nucleico que codifica um anticorpo anti-FcRn da invenção pode ser obtida usando técnicas padrão, por exemplo, síntese gênica. Alternativamente, uma molécula de ácido nucleico que codifica um an- ticorpo anti-FcRn de tipo selvagem pode ser mutada para conter subs- tituições específicas de aminoácidos usando técnicas padrão na técni- ca, por exemplo, mutagênese por QuikChangeTM. As moléculas de ácido nucleico podem ser sintetizadas usando um sintetizador de nu- cleotídeo ou técnicas de PCR.
[00237] As sequências de ácido nucleico que codificam anticorpos anti-FcRn da invenção podem ser inseridas em um vetor capaz de re- plicar e expressar as moléculas de ácido nucleico em células hospe- deiras procarióticas ou eucarióticas. Muitos vetores estão disponíveis na técnica e podem ser usados para o propósito da invenção. Cada vetor pode conter vários componentes que podem ser ajustados e oti- mizados quanto à compatibilidade com a célula hospedeira específica. Por exemplo, os componentes do vetor podem incluir, entre outros, uma origem de replicação, um gene do marcador de seleção, um pro- motor, um sítio de ligação ao ribossomo, uma sequência sinal, a se- quência de ácido nucleico que codifica a proteína de interesse e uma sequência de terminação de transcrição.
[00238] Em algumas modalidades, células de mamíferos são usa- das como células hospedeiras para a invenção. Exemplos de tipos de células de mamíferos incluem, entre outros, células de rim embrionário humano (HEK) (por exemplo, HEK293, HEK 293F), de ovário de hamster chinês (CHO), HeLa, COS, PC3, Vero, MC3T3, NS0, Sp2/0, VERY, BHK, MDCK, W138, BT483, Hs578T, HTB2, BT20, T47D, NS0 (uma linhagem celular de mieloma murino que não produz endogena- mente nenhuma cadeia de imunoglobulina), CRL7O3O e HsS78Bst. Em outras modalidades, as células de E. coli são usadas como células hospedeiras para a invenção. Exemplos de cepas de E. coli incluem, entre outros, E. coli 294 (ATCC® 31,446), E. coli λ 1776 (ATCC®
31.537, E. coli BL21 (DE3) (ATCC® BAA-1025), e E. coli RV308 (ATCC® 31.608). Células hospedeiras diferentes têm mecanismos ca- racterísticos e específicos para o processamento pós-traducional e modificação de produtos proteicos. Linhagens celulares ou sistemas hospedeiros apropriados podem ser escolhidos para garantir a modifi- cação correta e o processamento do anticorpo anti-FcRn expresso. Os vetores de expressão descritos acima podem ser introduzidos em célu- las hospedeiras apropriadas usando técnicas convencionais na técni- ca, por exemplo, transformação, transfecção, eletroporação, precipita- ção de fosfato de cálcio e microinjeção direta. Uma vez que os vetores são introduzidos nas células hospedeiras para produção de proteína, as células hospedeiras são cultivadas em meios nutrientes convencio- nais modificados conforme apropriado para induzir promotores, seleci- onar transformantes ou amplificar os genes que codificam as sequên- cias desejadas. Métodos para expressão de proteínas terapêuticas são conhecidos na técnica, ver, por exemplo, Paulina Balbas, Argelia Lorence (eds.) Recombinant Gene Expression: Reviews and Protocols (Methods in Molecular Biology), Humana Press; 2ª ed. 2004 (20 de ju- lho de 2004) e Vladimir Voynov and Justin A. Caravella (eds.) Thera-
peutic Proteins: Methods and Protocols (Methods in Molecular Biology) Humana Press; 2ª ed. 2012 (28 de junho de 2012). Produção, recuperação e purificação de proteína
[00239] As células hospedeiras usadas para produzir os anticorpos anti-FcRn da invenção podem ser cultivadas em meios conhecidos na técnica e são adequadas para o cultivo das células hospedeiras sele- cionadas. Exemplos de meios adequados para células hospedeiras mamíferas incluem Meio Essencial Mínimo (Minimum Essential Me- dium - MEM), Meio Eagle Modificado por Dulbecco (Dulbecco’s Me- dium’s Medium - DMEM), Meio de Expressão Expi293™, DMEM com soro fetal bovino suplementado (FBS) e RPMI-1640. Exemplos de meios adequados para células hospedeiras bacterianas incluem caldo Luria (LB) mais suplementos necessários, tais como um agente de se- leção, por exemplo, ampicilina. As células hospedeiras são cultivadas em temperaturas adequadas, como cerca de 20°C a cerca de 39°C, por exemplo, de 25°C a cerca de 37°C, preferencialmente 37°C, e ní- veis de CO2, tais como 5 a 10% (preferencialmente 8%). O pH do meio é geralmente de cerca de 6,8 a 7,4, por exemplo, 7,0, dependendo principalmente do organismo hospedeiro. Se um promotor induzível for usado no vetor de expressão da invenção, a expressão de proteína é induzida em condições adequadas para a ativação do promotor.
[00240] A recuperação de proteína envolve, normalmente, a ruptura da célula hospedeira, geralmente por meio de choque osmótico, soni- cação ou lise. Uma vez que as células são interrompidas, os debris celulares podem ser removidos por centrifugação ou filtração. As pro- teínas podem ser purificadas adicionalmente. Um anticorpo anti-FcRN da invenção pode ser purificado por qualquer método conhecido na técnica de purificação de proteína, por exemplo, por afinidade da pro- teína A, outra cromatografia (por exemplo, troca iônica, afinidade e cromatografia em coluna de exclusão de tamanho), centrifugação, so-
lubilidade diferencial ou por qualquer outra técnica padrão para a puri- ficação de proteínas. (ver Process Scale Purification of Antibodies, Uwe Gottschalk (ed.) John Wiley & Sons, Inc., 2009). Em alguns ca- sos, um anticorpo anti-FcRn pode ser conjugado às sequências de marcador, tais como um peptídeo para facilitar a purificação. Um exemplo de uma sequência de aminoácidos de marcador é um peptí- deo hexa-histidina (His-etiqueta), que se liga à coluna de afinidade de agarose funcionalizada com níquel com afinidade micromolar. Outras etiquetas de peptídeo úteis para purificação incluem, entre outras, eti- queta de hemaglutinina "HA", que corresponde a um epítopo derivado da proteína de hemaglutinina de gripe.
[00241] Alternativamente, os anticorpos anti-FcRn da invenção po- dem ser produzidos pelas células de um sujeito (por exemplo, um hu- mano), por exemplo, no contexto de terapia, administrando um vetor (por exemplo, um vetor retroviral, vetor adenoviral, vetor poxviral (por exemplo, vetor viral de vaccinia, tal como Vaccinia Ankara Modificado (Modified Vaccinia Ankara - MVA)), vetor viral adeno-associado e vetor alfaviral) contendo uma molécula de ácido nucleico que codifica o anti- corpo anti-FcRn da invenção. O vetor, uma vez dentro de uma célula do sujeito (por exemplo, por transformação, transfecção, eletropora- ção, precipitação de fosfato de cálcio, microinjeção direta, infecção, etc.) promoverá a expressão do anticorpo anti-FcRn, que é então se- cretado a partir da célula. Se o tratamento de uma doença ou distúrbio for o resultado desejado, nenhuma ação adicional poderá ser necessá- ria. Se a coleta da proteína for desejada, sangue pode ser coletado do sujeito e a proteína purificada do sangue por métodos conhecidos na técnica. V. Composições e preparações farmacêuticas
[00242] A invenção apresenta composições farmacêuticas que in- cluem um ou mais anticorpos anti-FcRn descritos neste documento.
Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas da invenção contêm um ou mais anticorpos da invenção, por exemplo, N022-N024, N026 e N027, como as proteínas terapêuticas. Em outras modalida- des, as composições farmacêuticas da invenção contendo um ou mais anticorpos da invenção, por exemplo, N022-N024, N026 e N027, po- dem ser usadas em combinação com outros agentes (por exemplo, agentes biológicos terapêuticos e/ou moléculas pequenas) ou compo- sições em uma terapia. Além de uma quantidade terapeuticamente eficaz do anticorpo, as composições farmacêuticas podem conter um ou mais carreadores ou excipientes farmaceuticamente aceitáveis, que podem ser formulados por métodos conhecidos pelos versados na técnica.
[00243] Os carreadores e excipientes aceitáveis nas composições farmacêuticas são não tóxicos para receptores nas dosagens e con- centrações empregadas. Carreadores e excipientes aceitáveis podem incluir tampões, antioxidantes, conservantes, polímeros, aminoácidos e carboidratos. As composições farmacêuticas da invenção podem ser administradas por via parentérica na forma de uma formulação injetá- vel. As composições farmacêuticas para injeção (isto é, injeção intra- venosa) podem ser formuladas usando uma solução estéril ou qual- quer líquido farmaceuticamente aceitável como veículo. Os veículos farmaceuticamente aceitáveis incluem, entre outros, água estéril, solu- ção salina fisiológica e meio de cultura celular (por exemplo, Meio Ea- gle Modificado por Dulbecco (DMEM), Meio Eagles α-Modificado (α- MEM) meio F-12). Os métodos de formulação são conhecidos na téc- nica, ver por exemplo, Banga (ed.) Therapeutic Peptides and Proteins: Formulation, Processing and Delivery Systems (2ª ed.) Taylor & Fran- cis Group, CRC Press (2006).
[00244] A composição farmacêutica pode ser formada em uma for- ma de dose unitária conforme necessário. A quantidade de componen-
te ativo, por exemplo, um ou mais anticorpos anti-FcRn da invenção (por exemplo, N022-N024, N026 e N027, preferencialmente N027 e/ou N024), incluída nas preparações farmacêuticas é tal que é fornecida uma dose adequada no intervalo designado (por exemplo, uma dose no intervalo de 0,01-500 mg/kg do peso corporal). VI. Vias, dosagem e administração
[00245] As composições farmacêuticas da invenção que contêm um ou mais anticorpos anti-FcRn (por exemplo, N022-N024, N026 e N027, preferencialmente N027 e/ou N024), como as proteínas terapêuticas podem ser formuladas para administração intravenosa, administração parenteral, administração subcutânea, administração intramuscular, administração intra-arterial, administração intratecal ou administração intraperitoneal. Em particular, a administração intravenosa é preferen- cial. A composição farmacêutica também pode ser formulada ou admi- nistrada por administração oral, nasal, por spray, aerossol, retal ou va- ginal. Para formulações injetáveis, vários carreadores farmacêuticos eficazes são conhecidos na técnica.
[00246] A dosagem das composições farmacêuticas da invenção depende de fatores que incluem a via de administração, a doença a ser tratada e as características físicas, por exemplo, idade, peso, saú- de geral do sujeito. Normalmente, a quantidade de um anticorpo anti- FcRn da invenção (por exemplo, qualquer um dentre N022-N024, N026 e N027, preferencialmente N027 ou N024) contida em uma dose única pode ser uma quantidade que previne, retarda ou trata efetiva- mente a doença sem induzir toxicidade significativa. Uma composição farmacêutica da invenção pode incluir uma dosagem de um anticorpo anti-FcRn da invenção que varia de 0,01 a 500 mg/kg (por exemplo, 0,01, 0,1, 0,2, 0,3, 0,4, 0,5, 1, 2, 3, 4, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 100, 150, 200, 250, 300, 350, 400, 450, ou 500 mg/kg) e, em uma modalidade específica, cerca de 1 a cerca de 100 mg/kg e, em uma modalidade mais específica, cerca de 1 a cerca de 50 mg/kg. A dosa- gem pode ser adaptada pelo médico de acordo com fatores convenci- onais, tais como a extensão da doença e parâmetros diferentes do su- jeito. Além disso, a dosagem pode ser adaptada pelo médico de acor- do com fatores como idade gestacional, preparação para nascimento, ganho de peso da mulher e/ou duração da gestação.
[00247] Em alguns casos, as composições e composições farma- cêuticas descritas neste documento são administradas a uma gestante durante toda a gestação. Em alguns casos, as composições e compo- sições farmacêuticas descritas neste documento são administradas a uma gestante por cerca de 5-25 semanas durante a gestação (por exemplo, em torno de 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24 ou 25 semanas). Em alguns casos, a administra- ção das composições e composições farmacêuticas cessa após a 34ª semana gestacional (34ª semana) (por exemplo, após 34ª, 35ª, 36ª ou 37ª semana). Em alguns casos, a IVIG é administrada à gestante após a interrupção da administração das composições e composições far- macêuticas. Em alguns casos, a IVIG é administrada entre cerca de 3- 15 dias (por exemplo, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 ou 15 dias) após a interrupção da administração das composições e composições farmacêuticas. Em alguns casos, o tempo de administração de IVIG após a interrupção da administração das composições e composições farmacêuticas é adaptado de acordo com fatores como o ganho de peso da mulher. Em alguns casos, as composições e composições farmacêuticas descritas neste documento são administradas primeiro após a 12ª semana de (por exemplo, após 12ª, 13ª, 14ª, 15ª, 16ª, 17ª, 18ª, 19ª, 20ª, 21ª, 22ª, 23ª, 24ª, 25ª, 26ª, 27ª, 28ª, 29ª ou 30ª). Em al- guns casos, elas são administradas durante a gestação entre a 14ª e 26ª semana gestacional (por exemplo, 14ª e 25ª; 15ª e 25ª; ou 15ª e 26ª, etc.). Em alguns casos, elas são administradas durante a gesta-
ção entre a 12ª e 36ª semana gestacional (por exemplo, 12ª e 36ª; 12ª e 35ª; 12ª e 34ª; 13ª e 36ª; 13ª e 35ª; 13ª e 34ª; 14ª e 36ª; 14ª e 35ª; 14ª e 34ª; 15ª e 36ª; 15ª e 35ª; 15ª e 34ª; 16ª e 36ª; 16ª e 35ª; ou 16ª e 34ª; etc.).
[00248] As composições farmacêuticas são administradas de uma maneira compatível com a formulação de dosagem e em tal quantida- de que seja terapeuticamente eficaz para resultar em uma melhoria ou remediação dos sintomas. As composições farmacêuticas são admi- nistradas em uma variedade de formas de dosagem, por exemplo, formas de dosagem intravenosas, formas de dosagem subcutâneas e formas de dosagem orais (por exemplo, soluções ingeríveis, cápsulas de liberação de drogas). Geralmente, as proteínas terapêuticas são dosadas a 1-100 mg/kg, por exemplo, 1-50 mg/kg. As composições farmacêuticas da invenção que contêm um anticorpo anti-FcRn (por exemplo, qualquer um dentre N022-N024, N026 e N027, preferencial- mente N027 ou N024) podem ser administradas a um sujeito em ne- cessidade, por exemplo, uma ou mais vezes (por exemplo, 1-10 vezes ou mais) por dia, por semana, por mês, por semestre, por ano ou con- forme medicamente necessário. As dosagens podem ser fornecidas em um único ou em múltiplos regimes de dosagem. O tempo entre as administrações pode diminuir à medida que o estado médico melhore ou aumente ou à medida que a saúde do paciente diminua. VII. Métodos de Tratamento e Indicações
[00249] O bloqueio de FcRn humano por anticorpos anti-FcRn da invenção pode ser de benefício terapêutico em doenças que são con- duzidas por autoanticorpos IgG. A capacidade de bloqueio de FcRn em induzir o catabolismo geral de IgG e a remoção de múltiplas espé- cies de autoanticorpos sem perturbar a albumina sérica, pequenos me- tabólitos circulantes ou lipoproteínas oferece um método para expandir a utilidade e acessibilidade de uma estratégia de remoção de autoanti-
corpos para pacientes com patologia de doença autoimune conduzida por autoanticorpo. Embora a invenção não seja limitada pela teoria, o mecanismo de ação dominante de um anticorpo anti-FcRn da inven- ção pode ser o aumento do catabolismo de autoanticorpos patogêni- cos em circulação e a diminuição do depósito de autoanticorpo e imu- nocomplexo nos tecidos afetados.
[00250] As composições farmacêuticas e métodos da invenção con- tendo um ou mais anticorpos anti-FcRn (por exemplo, N022-N024, N026 e N027, preferencialmente N027 e/ou N024) são úteis para pro- mover catabolismo e depuração de anticorpos patogênicos, por exem- plo, IgG e autoanticorpos de IgG em um sujeito, para reduzir a respos- ta imune, por exemplo, bloquear a ativação da resposta imune basea- da em imunocomplexo em um sujeito e tratar condições imunológicas ou doenças em um sujeito. Em particular, as composições farmacêuti- cas e métodos da invenção são úteis para reduzir ou tratar uma ativa- ção de uma resposta imune aguda ou crônica baseada em imunocom- plexo. A resposta imune aguda pode ser ativada por uma condição médica selecionada do grupo que consiste em pênfigo vulgar, nefrite lúpica, miastenia grave, síndrome de Guillain-Barré, rejeição mediada por anticorpo, síndrome do anticorpo antifosfolípide catastrófica, vas- culite mediada por imunocomplexo, glomerulite, canalopatia, neu- romielite óptica, perda de audição autoimune, púrpura trombocitopêni- ca idiopática (ITP), anemia hemolítica autoimune (AIHA), neutropenia imune, cardiomiopatia dilatada e doença do soro. A resposta imune crônica pode ser ativada por uma condição médica selecionada do grupo que consiste em polineuropatia desmielinizante inflamatória crô- nica (CIDP), lúpus sistêmico, uma forma crônica de um distúrbio indi- cado para tratamento agudo, artropatias reativas, cirrose biliar primá- ria, colite ulcerativa e vasculite associada ao anticorpo anticitoplasma de neutrófilo (ANCA).
[00251] Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas e métodos da invenção são úteis para reduzir ou tratar uma resposta imune ativada por uma doença autoimune. A doença autoimune pode ser selecionada do grupo que consiste em alopecia areata, espondilite anquilosante, síndrome antifosfolípide, doença de Addison, anemia hemolítica, hepatite autoimune, hepatite, doença de Behçet, penfigoide bolhoso, cardiomiopatia, dermatite associada à doença celíaca, sín- drome da disfunção imune da fadiga crônica, polineuropatia inflamató- ria desmielinizante crônica, síndrome de Churg-Strauss, penfigoide cicatricial, esclerodermia limitada (síndrome CREST), doença por aglu- tininas a frio, doença de Crohn, dermatomiosite, lúpus discoide, crio- globulinemia mista essencial, fibromialgia, fibromiosite, doença de Graves, tireoidite de Hashimoto, hipotireoidismo, doença inflamatória intestinal, síndrome linfoproliferativa autoimune, fibrose pulmonar idio- pática, nefropatia por IgA, diabetes dependente de insulina, artrite ju- venil, líquen plano, lúpus, doença de Ménière, doença mista do tecido conjuntivo, esclerose múltipla, anemia perniciosa, poliarterite nodosa, policondrite, síndromes poliglandulares, polimialgia reumática, polimio- site, agamaglobulinemia primária, cirrose biliar primária, psoríase, fe- nômeno de Raynaud, síndrome de Reiter, febre reumática, artrite reu- matoide, sarcoidose, esclerodermia, síndrome de Sjögren, síndrome do homem rígido, arterite de Takayasu, arterite temporal, colite ulcera- tiva, uveíte, vitiligo e granulomatose de Wegener.
[00252] Em particular, as composições farmacêuticas e métodos da invenção são úteis para reduzir ou tratar uma resposta imune ativada por lúpus eritematoso sistêmico, síndrome antifosfolípide, pênfigo vul- gar/penfigoide bolhoso, vasculite associada ao anticorpo anticitoplas- ma de neutrófilo (ANCA), miastenia grave ou neuromielite óptica.
[00253] Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas e métodos são úteis para diminuir o risco ou diminuir o risco de desen-
volver anemia no feto. Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas e métodos são úteis para diminuir ou evitar a necessi- dade de IUT (transfusão de intrauterina). Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas e métodos são úteis para diminuir ou evi- tar a necessidade de PP + IVIg pré-natal, transfusão pós-natal, IVIg e/ou fototerapia.
[00254] Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas e métodos são úteis para reduzir ou tratar uma resposta imune ativada por uma doença autoimune. A doença autoimune pode ser seleciona- da do grupo que consiste em alopecia areata, espondilite anquilosante, síndrome antifosfolípide, (por exemplo, síndrome do anticorpo antifos- folípide), doença de Addison, anemia hemolítica (por exemplo, anemia hemolítica autoimune por anticorpos quentes), hepatite autoimune, he- patite, doença de Behçet, penfigoide bolhoso, cardiomiopatia, dermati- te associada à doença celíaca, síndrome da disfunção imune da fadiga crônica, polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica, síndrome de Churg-Strauss, penfigoide cicatricial, esclerodermia limitada (sín- drome CREST), doença por aglutininas a frio, doença de Crohn, der- matomiosite, lúpus discoide, crioglobulinemia mista essencial, epider- mólise bolhosa; fibromialgia, fibromiosite, doença de Graves, tireoidite de Hashimoto, hipotireoidismo, doença inflamatória intestinal, síndro- me linfoproliferativa autoimune, fibrose pulmonar idiopática, nefropatia por IgA, diabetes dependente de insulina, artrite juvenil, líquen plano, lúpus, nefropatia membranosa, doença de Ménière, doença mista do tecido conjuntivo, esclerose múltipla, anemia perniciosa, poliarterite nodosa, policondrite, síndromes poliglandulares, polimialgia reumática, polimiosite, agamaglobulinemia primária, cirrose biliar primária, psoría- se, fenômeno de Raynaud, síndrome de Reiter, febre reumática, artrite reumatoide, sarcoidose, esclerodermia, síndrome de Sjögren, síndro- me do homem rígido, arterite de Takayasu, arterite temporal, colite ul-
cerativa, uveíte, vitiligo e granulomatose de Wegener. Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas e métodos são úteis para reduzir ou tratar uma resposta imune em um feto ou neonato. Em al- gumas modalidades, as composições farmacêuticas e métodos são úteis para reduzir ou tratar uma resposta imune em um feto ou neona- to ativada por uma doença autoimune na mãe gestante.
[00255] Em particular, as composições farmacêuticas e métodos são úteis para reduzir ou tratar uma resposta imune ativada por lúpus eritematoso sistêmico, síndrome antifosfolípide, pênfigo vul- gar/penfigoide bolhoso, vasculite associada ao anticorpo anticitoplas- ma de neutrófilo (ANCA), miastenia grave ou neuromielite óptica. Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas e métodos são úteis para reduzir ou tratar uma resposta imune em um feto ou neona- to. Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas e méto- dos são úteis para reduzir ou tratar uma resposta imune ativada por lúpus eritematoso sistêmico, síndrome antifosfolípide, pênfigo vul- gar/penfigoide bolhoso, vasculite associada ao anticorpo anticitoplas- ma de neutrófilo (ANCA), miastenia grave ou neuromielite óptica na mãe gestante.
[00256] As composições farmacêuticas e métodos são úteis em mé- todos de diminuição do transporte de anticorpo patogênico (por exem- plo, transporte de anticorpo IgG materno patogênico) pela placenta de uma gestante, aumentando o catabolismo do anticorpo patogênico em uma gestante e tratando a potencialização da doença viral mediada por anticorpo em um feto ou neonato pela administração a uma ges- tante de um anticorpo isolado que se liga ao FcRn humano. Doenças e distúrbios que podem se beneficiar da inibição de FcRn pelos anticor- pos anti-FcRn isolados descritos neste documento (por exemplo, N022-N024, N026 e N027, preferencialmente N027 e/ou N024) inclu- em doenças e distúrbios em um feto e/ou neonato que são causados pela transferência de anticorpos patogênicos maternos (por exemplo, anticorpos IgG patogênicos maternos) pela placenta de uma gestante para o feto e/ou neonato.
[00257] Em algumas modalidades, as doenças e distúrbios que po- dem se beneficiar da inibição de FcRn pelos anticorpos anti-FcRn iso- lados descritos neste documento (por exemplo, N022-N024, N026 e N027, preferencialmente N027 e/ou N024) são distúrbios aloimunes e/ou autoimunes fetais e neonatais. Distúrbios aloimunes fetais e neo- natais são distúrbios em um feto e/ou neonato que são causados por anticorpos patogênicos na gestante. Os anticorpos patogênicos na gestante podem atacar os antígenos do feto (por exemplo, antígenos que o feto herdou do seu pai), fazendo com que o feto ou o neonato tenha um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal.
[00258] Exemplos de distúrbios aloimunes e/ou autoimunes fetais e/ou neonatais que podem ser tratados pelos métodos descritos neste documento incluem, entre outros, trombocitopenia aloimune fetal e ne- onatal (Fetal and Neonatal Alloimmune Thrombocytopenia - FNAIT), doença hemolítica do feto e recém-nascido (Hemolytic Disease of the Fetus and Newborn - HDFN), pan-trombocitopenia aloimune, bloqueio cardíaco congênito, artrogripose fetal, miastenia grave neonatal, ane- mia hemolítica autoimune neonatal, síndrome antifosfolípide neonatal, polimiosite neonatal, dermatomiosite, lúpus neonatal, esclerodermia neonatal. Doença de Behçet, doença de Graves neonatal, doença de Kawasaki neonatal, doença de tireoide autoimune neonatal e diabetes mellitus tipo I neonatal.
[00259] Em algumas modalidades, as doenças e distúrbios que po- dem se beneficiar da inibição de FcRn pelos anticorpos anti-FcRn iso- lados descritos neste documento (por exemplo, N022-N024, N026 e N027, preferencialmente N027 e/ou N024) são doenças virais em que anticorpos facilitam a entrada viral em células hospedeiras, resultando em aumento ou potencialização da infecciosidade nas células, por exemplo, potencialização da doença viral mediada por anticorpo. Em algumas modalidades, um anticorpo pode se ligar a uma proteína de superfície viral e o complexo anticorpo/vírus pode se ligar a um FcRn em uma superfície celular através da interação entre o anticorpo e o receptor. Subsequentemente, o complexo anticorpo/vírus pode ficar internalizado na célula. Por exemplo, um vírus pode conseguir entrar nas células e/ou tecidos de um feto pela formação de um complexo com um anticorpo IgG materno. Um anticorpo IgG materno pode se ligar a uma proteína de superfície viral e o complexo de IgG/vírus pode se ligar a um FcRn nos sinciciotrofoblastos da placenta que, então, transferem o complexo ao feto.
[00260] Em algumas modalidades, os métodos descritos neste do- cumento podem ser usados para tratar uma potencialização da doença viral mediada por anticorpo. Em algumas modalidades, as doenças virais que são potencializadas por anticorpos patogênicos (por exem- plo, anticorpos IgG patogênicos) incluem, entre outras, doenças virais causadas por uma infecção por vírus alfa, infecção por flavivírus, in- fecção por vírus Zika, infecção por vírus Chikungunya, infecção por vírus do Rio Ross, infecção por coronavírus da síndrome respiratória aguda grave, síndrome respiratória do Oriente Médio, infecção por in- fluenza aviária, infecção pelo vírus influenza, infecção pelo vírus Ebo- la, infecção pelo vírus da febre amarela, infecção pelo vírus da den- gue, infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, infecção pelo vírus sincicial respiratório, infecção por Hantavírus, infecção por vírus Getah, infecção por vírus Sindbis, infecção por vírus Bunyamwera, in- fecção por vírus do Nilo Ocidental, infecção pelo vírus B da encefalite japonesa, infecção por vírus rabbitpox, infecção por vírus que eleva a lactato desidrogenase, infecção por reovírus, infecção pelo vírus da raiva, infecção pelo vírus da doença mão, pé e boca, infecção pelo ví-
rus da síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos, infecção por vírus da febre hemorrágica símia, infecção por vírus da anemia infec- ciosa equina, infecção por vírus da artrite caprina, infecção por vírus da febre suína africana, infecção por papovavírus BK, infecção por ví- rus da encefalite de Murray Valley, infecção por enterovírus, infecção por citomegalovírus, infecção por pneumovírus, infecção por morbiliví- rus e infecção pelo vírus do sarampo.
[00261] O bloqueio de FcRn humano por anticorpos anti-FcRn pode ser de benefício terapêutico em doenças que são conduzidas por anti- corpos patogênicos (por exemplo, anticorpos IgG patogênicos). A ca- pacidade de bloqueio de FcRn em induzir o catabolismo geral do anti- corpo patogênico e a remoção de múltiplas espécies de anticorpos pa- togênicos, pequenos metabólitos circulantes ou lipoproteínas oferece um método para expandir a utilidade e acessibilidade de uma estraté- gia de remoção de anticorpo patogênico para pacientes com patologia de doença autoimune conduzida por anticorpo patogênico. Embora a invenção não seja limitada pela teoria, o mecanismo de ação dominan- te de um anticorpo anti-FcRn pode ser o aumento do catabolismo de anticorpos patogênicos em circulação e a diminuição do depósito de anticorpo patogênico e imunocomplexo nos tecidos afetados.
[00262] Os anticorpos anti-FcRn descritos neste documento (por exemplo, N022-N024, N026 e N027, preferencialmente N027 e/ou N024) podem ser administrados a uma gestante que tem ou está em risco de ter uma condição médica que ativa uma resposta imune na gestante. Em algumas modalidades, a gestante pode ter tido, no pas- sado, uma condição médica que ativou uma resposta imune na ges- tante. Em algumas modalidades, a gestante tem um histórico de ter tido feto ou neonato que teve um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal prévio. Em algumas modalidades, os anticorpos anti- FcRn descritos neste documento podem ser administrados a uma ges-
tante se um anticorpo patogênico associado a uma doença imune for detectado em uma amostra biológica (por exemplo, uma amostra de sangue ou urina) obtida da gestante. Em algumas modalidades, o anti- corpo patogênico detectado na amostra biológica da gestante é co- nhecido por se ligar a um antígeno do feto na gestante (por exemplo, um antígeno que o feto herdou do seu pai).
[00263] Em algumas modalidades, os anticorpos anti-FcRn descri- tos neste documento (por exemplo, N022-N024, N026 e N027, prefe- rencialmente N027 e/ou N024) podem ser administrados a um sujeito que está planejando engravidar e que tem ou está em risco de ter uma condição médica que ativa uma resposta imune na gestante e/ou que tenha tido, no passado, uma condição médica que ativou uma respos- ta imune na gestante. Em algumas modalidades, um sujeito que está planejando engravidar e que tem um histórico de ter tido feto ou neo- nato que teve um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal prévio. Em algumas modalidades, os anticorpos anti-FcRn descritos neste documento podem ser administrados a um sujeito que planeja engravidar e cuja amostra biológica contém um anticorpo patogênico associado a uma doença imune.
[00264] Em algumas modalidades, os anticorpos anti-FcRn descri- tos neste documento podem ser administrados a um sujeito (por exemplo, uma gestante) para reduzir ou tratar ativação de uma respos- ta imune aguda ou crônica baseada em imunocomplexo no sujeito. A resposta imune aguda pode ser ativada por uma condição médica (por exemplo, pênfigo vulgar, nefrite lúpica, miastenia grave, síndrome de Guillain-Barré, rejeição mediada por anticorpo, síndrome de anticorpo antifosfolípide catastrófica, vasculite mediada por imunocomplexo, glomerulite, canalopatia, neuromielite óptica, perda de audição autoi- mune, púrpura trombocitopênica idiopática, anemia hemolítica autoi- mune, doença do soro, polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica, lúpus sistêmico, artropatias reativas, cirrose biliar primária, colite ulcerativa ou vasculite associada ao anticorpo anticitoplasma de neutrófilo (ANCA).
[00265] Em algumas modalidades, os anticorpos anti-FcRn descri- tos neste documento podem ser administrados a um sujeito (por exemplo, uma gestante) para reduzir ou tratar resposta imune ativada por uma doença autoimune. A doença autoimune pode ser, por exem- plo, alopecia areata, espondilite anquilosante, síndrome antifosfolípide, doença de Addison, anemia hemolítica, anemia hemolítica autoimune por anticorpos quentes (Warm Autoimmune Hemolytic Anemia - wAI- HA), anticorpos anti-fator, trombocitopenia induzida por heparina (He- parin Induced Thrombocytopenia - HICT), transplante em sensibiliza- dos, hepatite autoimune, hepatite, doença de Behçet, penfigoide bo- lhoso, cardiomiopatia, dermatite associada à doença celíaca, síndrome da disfunção imune da fadiga crônica, polineuropatia inflamatória des- mielinizante crônica, síndrome de Churg-Strauss, penfigoide cicatricial, esclerodermia limitada (síndrome CREST), doença por aglutininas a frio, doença de Crohn, dermatomiosite, lúpus discoide, crioglobuline- mia mista essencial, fibromialgia, fibromiosite, doença de Graves, tire- oidite de Hashimoto, hipotireoidismo, doença inflamatória intestinal, síndrome linfoproliferativa autoimune, fibrose pulmonar idiopática, ne- fropatia por IgA, diabetes dependente de insulina, artrite juvenil, líquen plano, lúpus, doença de Ménière, doença mista do tecido conjuntivo, esclerose múltipla, anemia perniciosa, poliarterite nodosa, policondrite, síndromes poliglandulares, polimialgia reumática, polimiosite, agama- globulinemia primária, cirrose biliar primária, psoríase, fenômeno de Raynaud, síndrome de Reiter, febre reumática, artrite reumatoide, sar- coidose, esclerodermia, síndrome de Sjögren, síndrome do homem rígido, arterite de Takayasu, arterite temporal, colite ulcerativa, uveíte, vitiligo ou granulomatose de Wegener.
EXEMPLOS Exemplo 1 – Produção de anticorpos
[00266] Moléculas de ácido nucleico de cadeia pesada e leve de IgG foram clonadas no vetor pCDNA 3.3 usando sinais de secreção de osteonectina. Células HEK 293F foram cultivadas em meio Expi293 a 37°C com 8% de CO2. As células foram transfectadas a uma densida- de de 3x106/ml com 1 mg de DNA total por litro. Intensificadores foram adicionados nos dias 2 e 3 seguindo as instruções do fabricante e as células foram cultivadas até o dia 5 ou 6 antes da viabilidade celular cair para abaixo de 50% a 60%. As células foram então centrifugadas por centrifugação e o meio gasto foi esterilizado por filtração e arma- zenado a 4 ˚C até a purificação de anticorpos. Os anticorpos foram purificados por um procedimento de duas colunas: Cromatografia de Proteína A POROS seguida pela cromatografia de troca de cátions POROS HS-50. A primeira separou a maioria das proteínas celulares hospedeiras dos anticorpos expressos, enquanto a segunda removeu os dímeros de cadeia pesada, dímeros de cadeia leve e meio- anticorpos, bem como espécies de peso molecular mais alto. As fra- ções da coluna de troca de cátions HS-50 foram agrupadas com base em uma análise de gel SDS-PAGE para maximizar a pureza dos anti- corpos de comprimento total. As frações coletadas foram colocadas sobre uma coluna de troca de tampão de Sephadex G50 equilibrada em PBS a pH 7,2. As frações de pico foram agrupadas e concentradas até mais de 10 mg/ml usando concentradores de rotação de 30 kDa e congeladas a -30 ˚C em alíquotas de 2 mg e 5 mg. As amostras de proteína final foram verificadas quanto a pureza por SDS-PAGE. Exemplo 2 – Afinidades de ligação
[00267] Através da maturação da afinidade, identificamos mais de 100 anticorpos anti-FcRn com afinidades de ligação ao FcRn humano com um KD na faixa sub-micromolar. Cinco anticorpos (N022-N024,
N026 e N027) foram selecionados para caracterização adicional. Res- sonância Plasmônica de Superfície (SPR) foi usada para determinar as constantes associação e dissociação (ka e kd, respectivamente) pa- ra cada um desses cinco anticorpos. Rapidamente, um chip sensor Bio-Rad GLC foi inserido no ProteOn XPR 36 e inicializado remota- mente. Após a inicialização, o tampão ativo foi alternado para tampão recém-preparado, HBSP+ (0,01 M de HEPES, 0,15 M de NaCl, 0,05% de P20, pH 7,4) ou tampão de fosfato de sódio (0,02 M de fosfato de sódio, 0,15 M de NaCl, 0,05% de P20, pH 6,0) conforme apropriado, que foi usado pelo restante do ensaio e para todas as diluições. O chip foi pré-condicionado usando uma injeção de cada um dentre 0,5% de SDS, 50 Mm de NaOH e 10 Mm de HCl a 30 μl/min por 60 segundos (s). Um mAb de anti-Fc humano de camundongo da GE Healthcare (BR100839) foi diluído a 10 μg/ml em 10 mM de tampão de acetato pH 5,0 e aproximadamente 5.700 unidades de resposta (RU) foram imobi- lizadas usando química de acoplamento de amina padrão na orienta- ção horizontal sobre um chip de sensor GLC. Os mAbs anti-hFcRn a serem testados foram capturados na superfície na orientação vertical, com a meta de imobilizar aproximadamente 200 unidades de resposta (RU) por ponto de interação. O rhFcRn foi diluído em uma série de di- luição em três vezes de cinco pontos, com início em 1,25 μg/ml, dei- xando uma faixa exclusiva para tampões para uma referência dupla. O analito foi escoado através da superfície do sensor na orientação hori- zontal a 100 μl/min por 240 s com um tempo de dissociação de 3.600 s. A regeneração foi realizada pela injeção de 3M MgCl2 a 100 μl/min por 30 s em ambas as direções horizontal e vertical. Estes procedi- mentos foram repetidos para todos os ligantes.
[00268] A análise de dados foi realizada usando o software ProteOn Manager. Cada etapa de interação foi ajustada para a direção Y e X usando a ferramenta de Processo Automático, seguida por referência de canal de interspot para remover interações não específicas e refe- rência dupla de faixa bruta para remover o desvio de ensaio. Os dados foram encaixados usando o modelo cinético de Langmuir 1:1 com um Rmáx agrupado. Os valores ka, kd e KD obtidos do ProteOn Manager em uma única corrida foram calculados e seu percentual de CV foi cal- culado no Microsoft Excel quando o N era de três ou mais.
[00269] A Tabela 3 mostra que cinco anticorpos anti-FcRn da in- venção, N022, N022, N024, N026 e N027, se ligam todos com alta afi- nidade ao FcRn humano a pH 7,4. A constante de dissociação de equilíbrio, KD, dos anticorpos anti-FcRn da invenção variou de 19,4 pM (N027) a 36,5 pM (N026) para ligação com FcRn humano a pH 7,4. A Tabela 3 também mostra a rápida constante associação e a lenta constante dissociação dos cinco anticorpos anti-FcRn. A pH 7,4, a constante associação ficaram na faixa de 0,93-1,42 X 106 1/Ms para ligação ao FcRn humano. A constante dissociação ficou na faixa de 2,31-4,44 X 106 1/s. Tabela 3 ka (1/ms) kd (1/s) KD (M) Rmáx Chi2 KD (pM) N022 1,42E+06 4,42E-05 3,10E-11 146,93 7,65 31 N023 9,27E+05 2,91E-05 3,14E-11 193,43 5,26 31,4 N024 1,13E+06 4,03E-05 3,55E-11 181,17 6,12 35,5 N026 1,22E+06 4,44E-05 3,65E-11 163,9 5,68 36,5 N027 1,19E+06 2,31E-05 1,94E-11 211,33 7,81 19,4 Exemplo 3 – Competição de IgG
[00270] A capacidade dos anticorpos anti-FcRn da invenção para competir com IgG pela ligação a FcRn humano ou de macaco cynomo- lgus foi avaliada em células renais embrionárias humanas (HEK) 293 que expressassem ectopicamente FcRn ligado a glicopacaratidinilosi- tol (GPI) de superfície celular. Sequências de alfa aminoácidos de FcRn humano e de macaco cynomolgus exibem 97,5% de identidade de sequência. Nove resíduos de aminoácidos de 355 são diferentes entre FcRn alfa humano e de macaco cynomolgus, mas nenhum está na região de ligação mapeada por epítopo. O nível de IgG ligada a cé- lulas foi determinado usando 66 nM de IgG não específica marcada por sonda fluorescente. A ligação de IgG à superfície celular FcRn foi feita a pH 6,0, o que permite que a porção Fc da IgG interaja com FcRn. Conforme mostrado na FIG. 1, a quantidade de IgG ligada a cé- lulas diminuiu significativamente conforme a concentração do anticor- po anti-FcRn (N022-N024, N026, ou N027) aumentou. A ligação de IgG foi inibida de forma dependente da concentração e da saturação por cada um dos cinco anticorpos anti-FcRn exemplificativos da inven- ção, demonstrando a capacidade dos anticorpos anti-FcRn, N022- N024, N026 e N027 para competir efetivamente com e inibir a ligação de IgG a FcRn a pH 6,0. Os valores de CE50 dos anticorpos variaram entre 2 e 6 nM. Exemplo 4 – Efeito de anticorpos anti-FcRn sobre o catabolismo da IgG em camundongos
[00271] Para medir o efeito dos anticorpos anti-FcRn da invenção sobre o catabolismo de IgG in vivo, camundongos Tg da cepa de ca- mundongo transgênica para FcRn humano FcRn-/-hFcRn (32), que carecem de FcRn de camundongo, mas expressam FcRn humano em uma distribuição tecidual semelhante ao FcRn endógeno de camun- dongo e humano, foram usados. Camundongos Tg FcRn-/-hFcRn (32) injetados com 500 mg/kg de IgG humana no dia 0 foram administrados com uma dose única de um anticorpo anti-FcRn a 10 mg/kg nos dias 1 e 4. Conforme mostrado na FIG. 2, o catabolismo de IgG foi aumenta- do pela administração de anticorpos anti-FcRn, conforme visto pelos níveis mais baixos de IgG medidos ao longo do tempo em camundon- gos tratados com anticorpo anti-FcRn. As atividades de N024 (KD = 35,5 pM), N026 (KD = 36,5 pM) e N027 (KD = 19,4 pM) pareceram ser semelhantes a 10 mg/kg.
Exemplo 5 – Caracterizações funcionais In vitro e in vivo de anti- corpos anti-FcRn In vitro
[00272] As afinidades de ligação celular dos anticorpos da invenção foram medidas em células renais embrionárias humanas (HEK) 293 que expressassem ectopicamente FcRn humano ou de macaco cyno- molgus ligado a glicemetfosfatidinilositol (GPI) de superfície celular. FcRn é uma proteína transmembrana tipo I com os domínios de liga- ção de IgG e albumina orientados para o lado luminal das membranas endossômicas ou para a superfície celular quando transportados para a membrana plasmática. A ligação de anticorpos anti-FcRn ao FcRn associado à membrana de superfície celular em células HEK293 a pH 7,4 imita a ligação em um ambiente fisiologicamente relevante e ao pH onde apenas o domínio Fab e não o domínio Fc dos anticorpos intera- gem com FcRn. O domínio extracelular de FcRn foi exibido na superfí- cie celular em alta densidade através de uma ligação GPI manipulada C-terminal. Os anticorpos anti-FcRn da invenção foram marcados com uma sonda fluorescente. Os anticorpos foram deixados se ligar por 30 minutos no gelo. As células foram então lavadas a 4°C e os anticorpos ligados foram detectados usando um anticorpo secundário marcado com fluoróforo, por exemplo, um F(ab)2 anti-IgG humana de cabra. A ligação ao FcRn humano foi dependente da concentração e anticorpos da invenção exibiram valores de CE50 variando de 4 a 7 nM.
[00273] As afinidades de ligação celular dos anticorpos da invenção também foram medidas em FcRn humano de forma endogenamente expresso. Os monócitos expressam os níveis mais altos de FcRn e apresentam a maior porcentagem de positividade para expressão de FcRn no sangue humano e de camundongo. A linhagem celular mono- cítica THP-1 foi usada para avaliar a ligação de anticorpos anti-FcRn a FcRn humano endógeno a pH 7,4. Uma vez que o FcRn endógeno fica principalmente em vesículas endossômicas intracelulares em células THP-1, as células foram primeiramente permeabilizadas com um de- tergente suave e fixadas antes da incubação por 30 minutos a 4 °C com anticorpos anti-FcRn na presença de soro bovino para bloquear a ligação ao receptor Fc não específico. Este ensaio foi capaz de distin- guir anticorpos com melhor ligação com FcRn humano endógeno. A ligação de anticorpos anti-FcRn às células THP-1 depende da concen- tração. Todos os anticorpos da invenção, por exemplo, N022-N024, N026 e N027, mostraram melhor afinidades de ligação do que IgG1. O anticorpo N027 exibiu a maior afinidade de ligação com um valor de CE50 de 3,0 nM.
[00274] A capacidade dos anticorpos anti-FcRn da invenção para competir com IgG pela ligação a FcRn humano ou de macaco cynomo- lgus foi avaliada em células renais embrionárias humanas (HEK) 293 que expressassem ectopicamente FcRn ligada a GPI de superfície ce- lular. O nível de IgG ligada a células foi determinado usando IgG não específica marcada por sonda fluorescente. A ligação de IgG à super- fície celular FcRn foi feita a pH 6,0, o que permite que a porção Fc da IgG interaja com FcRn. Conforme mostrado no Exemplo 3 e na FIG. 1, a quantidade de IgG ligada a células diminuiu significativamente con- forme a concentração do anticorpo anti-FcRn aumentou. A ligação de IgG foi inibida de forma dependente da concentração e da saturação por cada um dos cinco anticorpos anti-FcRn exemplificativos da inven- ção, por exemplo, N022-N024, N026 e N027, demonstrando a capaci- dade dos anticorpos anti-FcRn para competir efetivamente com e inibir a ligação de IgG ao FcRn a pH 6,0. Os valores de CE50 dos anticor- pos variaram de 2 a 6 nM.
[00275] O mapeamento de epítopo por troca de hidrogênio-deutério dos anticorpos da invenção indicou que os anticorpos se ligam a um epítopo em FcRn humano localizado em e/ou adjacente à interface de interação Fc-FcRn, o que sugere que os anticorpos da invenção blo- queiam a ligação de IgG com o FcRn pela inibição da direção. Além disso, o sítio de ligação mapeado em epítopo é distante do sítio de li- gação à albumina de FcRn. Um ensaio imunoenzimático (ELISA) foi usado para confirmar que os anticorpos da invenção não inibem a li- gação de albumina sérica ao FcRn. O domínio extracelular marcado His-marcado de FcRn humano foi ligado à superfície da placa e pré- incubado com concentrações crescentes de anticorpo anti-FcRn a pH 6,0. A albumina sérica humana conjugada com peroxidase de rábano (HRP) foi deixada para se ligar ao FcRn solúvel e marcado com His. Nenhum dos anticorpos inibiu a ligação albumina ao FcRn. Além disso, evidências experimentais in vivo também mostraram que os níveis de albumina de camundongo permaneceram constantes após a adminis- tração de anticorpo anti-FcRn, indicando que a reciclagem de albumi- na não foi perturbada pela ligação dos anticorpos a FcRn. In vivo
[00276] Para testar o efeito in vivo de anticorpos anti-FcRn da in- venção sobre o catabolismo de IgG, camundongos Tg da cepa de ca- mundongo transgênica para FcRn humano FcRn-/-hFcRn (32), que carecem de FcRn de camundongo, mas expressam FcRn humano em uma distribuição tecidual semelhante àquela do FcRn endógeno hu- mano e de camundongo, foram usados. Camundongos Tg FcRn-/- hFcRn (32) injetados com IgG humana no dia 0 foram administrados com uma dose única de um anticorpo anti-FcRn a 10 mg/kg nos dias 1 e 4. Conforme mostrado no Exemplo 3 e FIG. 2, o catabolismo de IgG foi aumentado pela administração de anticorpos anti-FcRn, conforme visto pelos níveis mais baixos de IgG medidos ao longo do tempo em camundongos tratados com anticorpo anti-FcRn. As atividades de N024 (KD = 35,5 pM), N026 (KD = 36,5 pM) e N027 (KD = 19,4 pM) pa- receram ser semelhantes a 10 mg/kg.
Exemplo 6 – Efeito de anticorpos anti-FcRn sobre os níveis de IgG e ocupação de alvo em camundongos
[00277] N027 foi dosado por via intravenosa (i.v.) 24 horas após a administração de 500 mg/kg de IVIg (elemento de rastreamento) a camundongos nocaute para FcRn de camundongo (mFCGRT) e transgênicos para FcRn humano Tg32 (hFCGRT). IgG humana circu- lante foi detectada por ELISA em cada dia. A ocupação alvo foi medida em cada dia em monócitos do sangue total lisado por separação de células ativadas por fluorescência (FACS), após a incubação de célu- las com marcadores de superfície celular de imunofenotipagem segui- da por fixação e permeabilização. FcRn não ocupado foi medido por coloração com N027 marcada com Dy650 (n = 4 machos por grupo). Conforme mostrado na FIG. 3, o nível de IgG e a porcentagem de FcRn não ocupada foram diminuídos pela administração de N027 de uma forma dependente da dose. Exemplo 7 – Indução seletiva do catabolismo de IgG e ocupação alvo em macacos cynomolgus
[00278] N027 foi dosado i.v. em t = 0 em macacos cynomolgus. IgG e albumina endógenas circulantes foram detectadas por ELISA. A ocupação alvo foi medida em monócitos do sangue total lisado por FACS, após a incubação das células com marcadores de superfície celular de imunofenotipagem seguida por fixação e permeabilização. FcRn não ocupado foi medido por coloração com N027 marcada com Dy650. (n = 3 machos por grupo). Conforme mostrado na FIG. 4, o ní- vel de IgG e a porcentagem de FcRn não ocupada foram diminuídos pela administração de N027 de uma forma dependente da dose, en- quanto o nível de albumina plasmática permaneceu inalterado. Exemplo 8 – Biodistribuição de N027 em camundongos
[00279] N027 ou anticorpo de isotipo IgG1 de controle humano marcado com fluoróforo (VT680) foi administrado i.v. a camundongos nocaute para FcRn de camundongo e transgênicos para FcRn humano Tg32 a 30 mg/kg. Os níveis de anticorpo marcado foram medidos em órgãos individuais por imagens ópticas ex vivo quantitativas. A FIG. 5 mostra a biodistribuição de N027 em vários órgãos em camundongos. Exemplo 9 – Eficácia de N027 em artrite induzida por anticorpo contra colágeno de camundongo
[00280] A artrite induzida por anticorpo contra colágeno foi induzida em camundongos nocaute para FcRn de camundongo e transgênicos para FcRn humano Tg32 por injeção intraperitoneal (i.p.) de coquetel de ArtrritOmab™ (MD Biosciences) no dia 1 e atividade inflamatória in- duzida com 100 μg i.p. no dia 4. N027 foi dosado terapeuticamente i.v. a 5 mg/kg (seta), no dia 6 após a indução da doença e randomização. IVIG a 1 g/kg (grupo de controle positivo) ou veículo-PBS (controle ne- gativo) foram dosados no dia 6 após a randomização (n = 5 por gru- po). Conforme mostrado na FIG. 6, N027 inibe de forma potente a ar- trite induzida por anticorpo contra colágeno em camundongos transgê- nicos para FcRn humano quando dosados terapeuticamente. Exemplo 10 – Eficácia de N027 em púrpura trombocitopática idio- pática crônica (ITP) de camundongo
[00281] A trombocitopenia foi induzida em camundongos nocaute para FcRn de camundongo (mFCGRT) e transgênicos para FcRn hu- mano Tg32 (hFCGRT) por infusão contínua de bomba miniosmótica subcutânea (s.c.) de anticorpos anti-plaqueta (anti-CD41, MWReg30). Os níveis de plaqueta circulantes foram reduzidos para 300 x 109/L ou menos em 72 horas (Dia 3) após a implantação da bomba. N027 foi dosado terapeuticamente i.v. em 72 horas (dia 3) e 120 horas (Dia 5) após implantação da bomba (A, n = 4 por grupo; B, n = 7 por grupo). A FIG. 7 mostra os efeitos de N027 nos níveis de plaqueta em camun- dongos com trombocitopenia. Exemplo 11– A ocupação de FcRn dependente da concentração foi alcançada com N027 em tipos de células alvo
[00282] A ocupação do receptor por N027 foi comparada entre dife- rentes tipos de células, tais como células endoteliais aórticas humanas primárias (HAECs), células endoteliais humanas da veia umbilical (HUVECs) e trofoblastos placentários (HVTs). As células foram culti- vadas até a confluência em meio EBM-2 completo (Lonza, Waterville) ou em meio trofoblástico (ScienCell). Monocamadas celulares foram incubadas em 1 ml de meio com diferentes concentrações de N027 não marcado por 1 hora a 37 °C. Após a lavagem, as células foram coletadas com HyQTase frio, fixadas e permeabilizadas antes da incu- bação com N027 marcado com VivoTag645 (10 µg/ml), por 30 minutos a 4 °C no escuro. Após a incubação, as células foram lavadas com tampão de permeabilização antes de serem ressuspensas em tampão FACS. O VivoTag645-N027 associado a células foi medido por citome- tria de fluxo. Os valores representam a média geométrica de intensi- dade de fluorescência (gMFI) ± SD (n=2). As FIGURAS 8A, 8B e 8C mostram a ocupação de FcRn em concentrações de N027 para HA- ECs, HUVECs e HVTs, respectivamente. Os resultados descritos na Tabela 4 mostram que os ECs humanos (HAECs, HUVECs), bem co- mo HVTs placentários exibem ocupação de receptor de dependência de concentração por N027 semelhante. Tabela 4 Células Primárias IC50 Dose de ocupação de Humanas 100% de FcRn Células endoteliais aór- 0,23 µg/mL 2,43 µg/mL ticas (HAECs) Células endoteliais ve- 0,15 µg/mL 4,99 µg/mL nosas (HUVECs) Trofoblastos placentá- 0,15 µg/mL 2,43 µg/mL rios (HVTs) Exemplo 12 – Concentrações de N027 alcançando 100% de ocu- pação do receptor resultam no aumento do acúmulo de IgG intra-
celular
[00283] A relação entre os níveis de ocupação do receptor e altera- ções no tráfego intracelular IgG por N027 foi comparada entre diferen- tes tipos de células. Células endoteliais humanas (HAECs e HUVECs) foram cultivadas em cultura de células endoteliais (EBM-2, Lonza) en- quanto trofoblastos placentários humanos (HVTs) foram cultivados em meio trofoblástico (ScienCell). As monocamadas celulares foram então submetidas ao período de "pulse" por 4-5 horas a 37 °C em um meio de 1 mL contendo:
1. concentrações variáveis de N027 + VivoTag645-IgG (50 µg/mL); ou
2. concentrações variáveis de isotipo IgG de controle + Vi- voTag645-IgG (50 µg/mL)
[00284] As monocamadas celulares foram então lavadas em meio frio, seguido por desprendimento de células pelo tratamento com HyQtase. O VivoTag645-N027 associado a células foi medido por ci- tometria de fluxo. Os valores representam a média geométrica de in- tensidade de fluorescência (gMFI) ± SD (n=2). As FIGURAS 9A, 9B e 9C mostram os níveis de IgG intracelular para os HAECs, HUVECs e HVTs, respectivamente, correspondentes a várias doses de N027. Do- ses de N027 correspondentes a >100% de ocupação de FcRn resulta- ram em acúmulo de IgG significativamente maior em comparação com isotipos de controle. Os resultados demonstram que as concentrações de N027 eficazes necessárias para atingir níveis saturados de acúmu- lo de IgG são semelhantes nesses tipos de células alvo e variam de 4,99 a 2,43 µg/mL como resumido na Tabela 5 Tabela 5 Células Primárias ~IC50 Dose de ocupação de Humanas 100% de FcRn Células endoteliais aór- 0,12 µg/mL 2,43 µg/mL ticas (HAECs)
Células Primárias ~IC50 Dose de ocupação de Humanas 100% de FcRn Células endoteliais ve- 0,15 µg/mL 4,99 µg/mL nosas (HUVECs) Trofoblastos placentá- 0,07 µg/mL 3,68 µg/mL rios (HVTs) Exemplo 13 – Medição do tempo até 100% de ocupação de FcRn
[00285] Para determinar o tempo gasto por N027 para saturar FcRn e bloquear o tráfego de IgG, monocamadas de células endoteliais vas- culares confluentes (HUVEC) foram incubadas com ou sem uma con- centração saturada de N027 (16,6 µg/ml) em meio EBM-2 pelos tem- pos indicados a 37 °C (FIG. 10). Após a conclusão da incubação, as células foram lavadas e colhidas com HyQtase frio, seguido por fixa- ção e permeabilização. Estas células foram então incubadas em tam- pão de permeabilização + 10% de soro humano e N027 marcada com VivoTag645 (10 µg/mL) por 30 minutos a 4 °C no escuro. As células foram então lavadas com tampão de permeabilização, ressuspensas em tampão FACS e VivoTag645-N027 associado a células foi medido por FACS. Os valores representam gMFI ± SD médio (n=2). Os resul- tados mostrados na FIG. 10 indicam que 100% de ocupação de FcRn por N027 foi alcançada em cerca de 30 minutos neste tipo de célula endotelial. Exemplo 14 – Células endoteliais vasculares humanas e trofoblas- tos placentários apresentam taxas de regeneração de FcRn seme- lhantes que não são alteradas por N027
[00286] As taxas de regeneração de FcRn de células endoteliais vasculares (HUVECs) e trofoblastos placentários (HVTs) humanas fo- ram comparadas na presença e na ausência de N027. As células fo- ram cultivadas em um frasco de 75 cm2 em 25% D2O (Óxido de Deuté- rio, da Aldrich) contendo meio por três dias. Após três dias, o meio foi substituído por meio normal contendo N027 (100 µg/mL) ou IgG de controle (100 µg/ml) ou tratamento simulado. As células foram então colhidas dos frascos nos tempos indicados após a mudança de meio (FIGURAS 11A e 11B). As monocamadas de células foram lavadas; as células foram colhidas, peletizadas e os grânulos individuais foram li- sados e digeridos separadamente. Proteômicas de shotgun e proteô- micas direcionadas foram realizadas. Usando o Qual Browser, as in- tensidades relativas isotópicas foram extraídas e abundâncias fracio- nárias foram calculadas para cada isotopômero dividindo cada intensi- dade pelo total. Os valores de abundância fracionária foram usados para calcular a porcentagem de FcRn marcado com D2O restante no sistema. As FIGURAS 11A e 11B mostram que as taxas de regenera- ção de FcRn são semelhantes entre células endoteliais vasculares humanas (HUVECs) e trofoblastos placentários (HVTs). Além disso, o tratamento com N027 não alterou as taxas de regeneração de FcRn. Exemplo 15 – Localização de FcRn em células alvo
[00287] A localização de N027 foi comparada em células endoteliais vasculares (HUVECs) e trofoblastos placentários (HVTs) humanos. As células foram cultivadas em lamínulas de vidro em meio EBM-2/TM. Células vivas foram incubadas em meio contendo DYlight594-N027 (2 µg/mL) por 1 hora a 37 °C. As células foram então lavadas e fotogra- fadas ao vivo no microscópio de fluorescência em modo confocal com 60X de objetivo seco usando filtros apropriados. Imagens representati- vas de uma única célula mostram um padrão de localização semelhan- te de N027 ligado ao pool endocítico de FcRn em ambos os tipos de células (FIGURAS 12A e 12B). O círculo no centro da célula indica a localização do núcleo. Exemplo 16 – Efeito do tratamento com N027 na dinâmica do trá- fego de IgG: Acumulação de IgG intracelular e colocalização com lisossomos
[00288] O efeito do tratamento com N027 na dinâmica do acúmulo de IgG intracelular foi comparado ao longo dos tipos de célula alvo que expressam FcRn, tais como células endoteliais vasculares humanas (HUVECs) e trofoblastos placentários (HVTs). As células foram culti- vadas até a confluência em meio EBM-2 (Lonza, Waterville) ou meio TM1 (ScienCell). Monocamadas de células confluentes foram então submetidas ao período de "pulse" em um meio de 1 ml contendo N027 (2 µg/ml) + VivoTag645-IgG (50 µg/mL) ou isotipo IgG de controle (2 µg/mL) + VivoTag645-IgG (50 µg/ml) por 20 horas a 37°C. As mono- camadas celulares foram então lavadas e depois submetidas a um pe- ríodo de "chase" por 0 min, 30 min, e 90 min a 37 ºC em meio de "chase" contendo N027 (2 µg/mL) ou isotipo de controle (2 µg/ml). Após cada período de "chase", as células foram lavadas, desprendidas e coletadas pelo tratamento com HyQtase. O VivoTag645-N027 asso- ciado a células foi medido por citometria de fluxo. Os valores represen- tam a média geométrica de intensidade de fluorescência (gMFI) ± SD (n=2). As células tratadas com N027 mostraram níveis mais elevados de IgG intracelular. Além disso, o efeito de N027 sobre a dinâmica do acúmulo de IgG intracelular foi semelhante entre os dois tipos de célu- las testados conforme mostrado nas FIGURAS 13A e 13B.
[00289] Também determinamos se N027 aumenta a IgG intracelular e a colocalização de IgG com lisossomas em células endoteliais hu- manas primárias da veia umbilical (HUVECs). As células foram culti- vadas em lamínulas de vidro e incubadas em meio contendo 10 µg/ml de Alexa Fluor 594 Dextran (10.000 MW, aniônico, fixável) por 2 horas a 37 °C. Após a incubação, as células foram lavadas e submetidas ao período de "pulse" a 37 °C por 20 horas em um meio contendo N027 (2 µg/ml) + DYlight 488-IgG (50 µg/ml) ou isotipo IgG de controle (2 µg/ml) + DYlight 488-IgG (50 µg/ml); ou em um meio sem qualquer tra- tamento com IgG. As placas foram lavadas em meio frio e depois submetidas ao período de "chase" por 0 min ou 30 min a 37 °C. As se-
guintes condições de "chase" foram usadas: o conjunto N027+DYlight 488-IgG, já submetido ao período de "pulse", foi exposto ao período de "chase" na presença de N027 (2 µg/mL); o conjunto isotipo+DYlight 488-IVIG submetido ao período de "pulse" foi então exposto ao perío- do de "chase" na presença do isotipo IgG de controle (2 µg/mL) e o conjunto sem qualquer tratamento com IgG foi exposto ao período de "chase" em meio apenas. As células foram lavadas, incubadas em so- lução BD Cytofix/Cytoperm por 30 min a 4 °C no escuro, lavadas com tampão de lavagem permeável seguido por incubação em tampão Perm/Lavagem + 10% de soro normal de camundongo + 5 µg/ml de anticorpo anti-Lamp1 humano de camundongo por durante a noite a 4 °C no escuro. As células foram então lavadas com tampão Perm/Lavagem e PBS e, em seguida, montadas em lâminas de vidro. A imagem celular foi feita usando o modo confocal no microscópio de fluorescência Olympus com uma lenta objetiva seca de 60X com am- pliação óptica de 2X. Como apresentado nas FIGURAS 13C e 13D, foi mostrado que o tratamento N027 aumenta o acúmulo de IgG no com- partimento lisossômico em comparação com as células tratadas com o isotipo IgG de controle. Exemplo 17 – Supressão de IgG endógena materna e fetal em ma- cacos cynomolgus por N027 e ausência de transferência de N027 para circulação fetal
[00290] Macacos cynomolgus fêmeas gestantes foram dosadas semanalmente do Dia 45 da Gestação (GD45) até a cesariana no GD100 (meio da gestação) ou GD140 (final da gestação). Uma coorte de animais também foi incluída no estudo que foi deixada parir seus filhotes (dia de nascimento [BD1]). O estudo de desenho é representa- do na Tabela 8.
Tabela 8: Desenho do Estudo Nº Mate- Nível de Volume Concen- Nº de Fêmeas para Nasci- do rial de Dose de Do- tração Cesarianaa dos Vi- Gru- Teste (mg/kg) se de Dose GD100 ± GD140 ± vos BD1 po (mL/kg) (mg/mL) 2 2 1 Con- 0 10 0 4 4 3 trole 2 N027 100 10 10 4 4 - 3 N027 300 10 30 4 4 3 a Vinte e quatro (24) fêmeas gestantes foram inicialmente incluídas no estudo (8 por grupo). Quatro gestações por grupo foram atribuídas à coorte de cesariana em GD140 ± 2 e as 4 gestações restantes por grupo foram atribuídas à coorte GD100 ± 2.
[00291] As concentrações de IgG foram medidas em amostras de sangue maternas e neonatais usando um ELISA de IgG total validado padrão (Tabela 9). Rapidamente, placas de poliestireno (96 poços) fo- ram revestidas com antígeno anti-IgG humana comercialmente dispo- nível. A(s) placa(s) revestida(s) foi(ram) lavada(s) para remover a amostra não ligada e, em seguida, bloqueada(s) usando-se tampão de bloqueio seguido por uma lavagem para remover o tampão de blo- queio residual. Amostras de soro foram diluídas e adicionadas aos po- ços revestidos com antígeno anti-IgG humana e incubadas em tempe- ratura ambiente por 60 ± 5 minutos. Cada poço foi lavado antes da adição de anticorpo secundário (detecção) conjugado a peroxidase de rábano (HRP) e incubado em temperatura ambiente por 60 ± 5 minu- tos. O substrato de tetrametilbenzidina (TMB) foi posteriormente adici- onado a cada poço e incubado em temperatura ambiente por 20 ± 5 minutos em um agitador de placa, antes da adição de 2N H2SO4 para interromper a reação enzimática. A absorbância de cada poço foi lida a 450 nm usando o leitor de microplaca SpectrAmax® 190. Qualquer par de anticorpo de captura anti-IgG humana e anticorpo de detecção anti-
IgG humana conjugado com HRP comercialmente disponível ou exclu- sivo que reconheça a IgG total e possua reatividade cruzada com IgG de macaco cynomolgus pode ser usado para medir a IgG de macaco cynomolgus total em um ELISA. O anticorpo de detecção de IgG pode ser, por exemplo, anticorpo sérico policlonal, anticorpo monoclonal ou um fragmento Fab(2) de IgG intacta. Tabela 9: Métodos Ensaio Método ELISA de IgG Total 1. Revestir placa de imunoensaio com antí- geno anti-IgG humana.
2. Incubar com amostra
3. Detectar com anticorpo marcado com HRP e adição de substrato de TMB Ocupação do receptor 1. O sangue total foi tratado com cloreto de por separação de célu- amônio para lise de RBC las ativadas por fluo- 2. As células foram rotacionadas, lavadas rescência (FACS) com PBS, coradas com corante de viabi- lidade e incubadas com solução de blo- queio de receptor Fc
3. As células foram lavadas com tampão Perm/Lavagem, suspensas em tampão e incubadas com N027 marcado com flúor por 20 minutos
4. As células foram então lavadas e res- suspensas em tampão FACS antes da análise por FACS
[00292] Para todas as fêmeas adultas designadas para o estudo, sangue foi coletado pela venipunctura da veia femoral (preferencial) ou veias cefálicas/safenas de acordo com a Tabela 10. Para todos os fe- tos obtidos por cesariana em GD100 ± 2 ou GD140 ± 2, sangue foi co- letado do cordão umbilical de acordo com a Tabela 10. Foram deixa- das amostras (1 mL) de aglomeração durante pelo menos 60 minutos; centrifugadas e o soro resultante foi separado, transferido para tubos de polipropileno devidamente rotulados (por exemplo, IgG) e congela- do imediatamente em um freezer ajustado para manter a -80°C.
Tabela 10: Pontos de tempo da coleta de amostra para avaliação Dia da gestaçãob Pontos de tempo Amostras coletadas relativos à dosagem GD38±1 (pré-estudo) Pré-estudo Fêmea adulta: IgG GD44-46 (primeira dose) Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD44-46 (primeira dose) Pós-dose: 2 horas Fêmea adulta: IgG GD44-46 Pós-dose: 4 horas - GD45-47 GD45: 24 horas Fêmea adulta: IgG GD47-49 GD45: 72 horas Fêmea adulta: IgG GD48-50 GD45: 96 horas Fêmea adulta: IgG GD51-53 GD52: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD58-60 GD59:Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD65-67 GD66: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD72-74 GD73:Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD79-81 GD80: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD86-88 GD87: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD93-95 GD94: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD93-95a GD94: 2 horas Fêmea adulta: IgG GD93-95a GD94: 4 horas - GD94-96a GD94: 24 horas Fêmea adulta: IgG GD96-98a GD94: 72 horas Fêmea adulta: IgG GD97-99a GD94: 96 horas Fêmea adulta: IgG GD100 ± 2 (1a coorte de NA Fêmea adulta: IgG; cesariana) Feto: IgG GD100-102 GD101: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD107-109 GD108: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD114-116 GD115: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD121-123 GD122: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD128-130 GD129: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD135-137 (última dose) GD136: Pré-dose Fêmea adulta: IgG GD135-137 GD136: 2 horas Adulto:IgG
Dia da gestaçãob Pontos de tempo Amostras coletadas relativos à dosagem GD135-137 GD136: 4 horas - GD136-138 GD136: 24 horas Fêmea adulta: IgG GD138-140 DG 136: 72 horas Fêmea adulta: IgG GD139-141 GD136: 96 horas Fêmea adulta: IgG GD140 ± 2 (2a coorte de NA Fêmea adulta: IgG cesariana) Feto: IgG total Dia do parto (Materno: NA Fêmea adulta: IgG PPD1) (Neonato: BD1) Neonato: IgG a Os pontos de tempo foram coletados apenas de animais nas coortes de cesariana GD100. b Faixas de coleta listadas com base nos dias de dose potenciais de GD44 a 46. Todos os pontos de tempo foram baseados a partir do dia da dose.
Supressão de IgG Endógena Materna
[00293] A administração de N027 resultou em reduções indepen- dentes de dose nos níveis de IgG sérica em fêmeas adultas, iniciando 72 horas após a administração, e as maiores reduções nas concentra- ções de IgG séricas foram observadas para os animais dosados com 100 e 300 mg/kg no ponto de tempo de pré-dose GD51-53 (FIG. 16). Os valores de IgG sérica para o Grupo 2 (100 mg/kg) tenderam a ní- veis pré-dose de uma forma dependente da dose, começando no pon- to de tempo GD65-67: pré-dose e continuando até as próximas admi- nistrações de dose em GD93-95 e GD135-137, após o que, as redu- ções de uma magnitude similar estavam presentes dentro de 72 horas da dosagem. Animais do Grupo 3 (300 mg/kg) permaneceram em um valor de IgG nadir em todos os pontos de tempo pré-dose (conforme referido na Tabela 10) durante todo o período de dosagem. Nenhuma mudança na IgG a partir da avaliação inicial foi observada em animais tratados com veículo (Grupo 1).
[00294] Aumentos dependentes da dose nas concentrações de IgG sérica estavam presentes 2 horas após a administração da dose em
GD44-46, GD93-95 e GD135-137. Estes aumentos foram provavel- mente o resultado da detecção de N027 pelo ensaio de IgG total e não foram considerados como estando relacionados à farmacologia de N027. Reduções dependentes da dose nos níveis de IgG sérica fetal estavam presentes em relação aos valores de controle no GD100 e GD140 e neonatos no ponto de tempo BD1 (FIG. 17). Ausência de transferência de N027 da circulação materna para fetal
[00295] A transferência de N027 da circulação materna para circu- lação fetal foi avaliada medindo-se o nível de ocupação de FcRn de N027 em monócitos circulantes fetais. A ocupação do receptor N027 foi avaliada em monócitos, granulócitos, linfócitos B e linfócitos T usando um ensaio de fluxo citométrico (FACS) para medir a ligação de N027 com marcador fluorescente a FcRn livre/não ligado na presença e ausência de concentrações saturantes de N027. As amostras insatu- radas demonstraram as porcentagens de receptor FcRn livre ou não ligado presente em cada subconjunto de leucócitos em cada ponto de tempo pré-dose e pós-dose. As amostras saturadas foram fortificadas com concentrações de N027 não marcado que determinou se podem saturar completamente quaisquer receptores FcRn que permaneces- sem livres/não ligados em cada ponto de tempo pós-dose. A ocupação do receptor N027 não foi detectada no sangue total de fetos no dia GD100 e GD140, ou em neonatos em BD1, no contexto da análise de amostra insaturada, conforme descrito acima. Exemplo 18 – Avaliação da transferência transplacentária de N027
[00296] A placenta humana obtida de gestação a termo sem com- plicações foi utilizada em um método de lóbulos da placenta dupla ex- vivo de perfusão dupla para avaliar a transferência transplacentária de N027. Rapidamente, cada placenta foi examinada quanto a rasgos e dois vasos coriônicos (uma artéria e veia) que fornecem um único coti-
lédone periférico intacto foram canulados com cateteres umbilicais 3F e 5F, respectivamente. O cotilédone foi aparado e colocado na câmara de perfusão com a superfície materna para cima. O espaço interviloso no lado materno foi perfundido por dois cateteres perfurando a placa basal. A taxa de fluxo do meio de perfusato nos circuitos fetal e mater- no foi de 3,0 e 12 mL/min, respectivamente. O perfusato materno foi equilibrado com uma mistura de gás feita de 95% O2 e 5% de CO2 e o perfusato fetal, com uma mistura de 95% N2 e 5% de CO2. Todos os experimentos foram realizados a uma temperatura de 37oC.
[00297] Cada lóbulo da placenta foi perfundido por um período de controle inicial de uma hora para permitir que o tecido se estabilizasse a seu novo ambiente usando uma configuração aberta do sistema de perfusão. A perfusão era encerrada se um dos seguintes ocorresse durante o período de controle: uma perda de volume no circuito fetal em excesso de 3 mL/h ou uma diferença de pO2 entre a veia fetal e a artéria inferior a 60 mmHg, indicando sobreposição inadequada entre os dois circuitos. O período de controle foi seguido por um período ex- perimental de quatro horas usando uma configuração fechada-fechada (isto é, recirculação do meio) do sistema de perfusão. O último foi ini- ciado pela substituição do meio dos reservatórios materno e fetal e pe- la adição de 3 mg/ml de BSA.
[00298] A transferência de N027 através do lóbulo da placenta hu- mana foi testada para três concentrações diferentes: 0,3 mg/ml, 3 mg/ml e 30 mg/ml. Quatorze placentas individuais foram perfundidas durante quatro horas, com N027 sendo adicionado ao perfusato ma- terno a 0,3 mg/ml, 3 mg/ml e 30 mg/ml. Amostras da artéria materna e da veia fetal, em alíquotas de 0,5 mL, foram recolhidas em 0, 15, 30, 60, 90, 120, 150, 180, 210 e 240 minutos durante o período experi- mental. A antipirina foi empregada como um controle positivo para va- lidar a integridade dos circuitos (FIGURAS 14-15). As concentrações de N027 em amostras maternas e fetais foram determinadas usando um imunoensaio de descoberta em mesoescala (MSD) sensível com um limite inferior de quantificação de 5 ng/ml. Este ensaio envolveu um formato de sanduíche usando um par de anticorpos anti-idiotípicos; em que a placa MSD foi revestida com um Ab anti-idiotípico seguido por incubação com amostra e revelada com o segundo Ab anti-idiotípico biotinilado seguido pela detecção com a estreptavidina marcada para MSD e adição de tampão de leitura. A concentração de antipirina foi determinada usando um ensaio de HPLC com detecção de UV a 260 nm após uma extração líquido-líquido. A taxa de transferência média fetal para antipirina ao longo de quatorze experimentos foi de 412,8%. A taxa de transferência média fetal para N027 ao longo de quatorze experimentos foi de 0,00270,0021% indicando níveis muito baixos de transferência. Os resultados sugerem que N027 poderia ser usado em métodos de tratamento de pacientes grávidas sem causar exposição fetal. Exemplo 19 – Dados farmacocinéticos e farmacodinâmicos para N027
[00299] Um estudo de SAD/MAD de fase 1, de centro único, ran- domizado, duplo-cego, controlado por placebo em NHV foi conduzido para avaliar a segurança, tolerância, PK e PD de N027. No estudo de SAD, 5 coortes receberam infusões IV únicas de placebo (n = 2/coorte) ou doses crescentes de N027 a 0,3 (n = 3), 3 (n = 3), 10 (n = 6), 30 (n = 6), ou 60 (n = 6) mg/kg e foram acompanhadas quanto à segurança, PK e PD por 8 semanas (Figs. 18 e 19).
[00300] Na parte MAD do estudo, os sujeitos receberam até 4 infu- sões IV semanais de N027 ou placebo e foram acompanhados quanto à segurança, PK e PD por 10 semanas após a administração. Os su- jeitos na primeira coorte receberam 30 mg/kg de N027 ou placebo. Os resultados indicaram que o RO completo de FcRn foi alcançado e mantido a 30 mg/kg (FIG 20A). Uma segunda coorte de sujeitos foi in- cluída para receber 15 mg/kg de N027 (ou placebo) e foi determinado que o RO completo não foi mantido a 15 mg/kg (FIG. 20B).
[00301] Os dados médios de concentração sérica de N027 (Cmáx e mínima no Dia 1) para os sujeitos nas coortes de 30 e 15 mg/kg estão resumidos graficamente na FIG. 18. A 30 mg/kg de N027, os valores de 2 horas (Cmáx) após a primeira dose estavam dentro da faixa es- perada (com base nos dados de SAD) de 500-700 μg/mL e os valores mínimos nos Dias 7, 14 e 21 variaram de 40-140 μg/mL. Com a dosa- gem repetida, a variabilidade do grupo reduzida como um estado esta- cionário foi estabelecida entre 100-200 ug/mL. A 15 mg/kg de N027, os valores de 2 horas (Cmáx) após a primeira dose foram entre 200-400 ug/mL e observou-se variabilidade considerável nas concentrações mínimas, com a maioria dos dados caindo para abaixo de 10 μg/mL, proporcionando uma explicação potencial para a incapacidade de manter o RO completo a 15 mg/kg.
[00302] Em ambos os níveis de dose, a IgG sérica foi suprimida em um grau semelhante durante o período de dosagem (Figs. 21A e 21B).
[00303] Tanto a dose de 15 mg/kg quanto a dose de 30 mg/kg fo- ram seguras e bem toleradas neste estudo de Fase I. Exemplo 20 – Impacto de M281 (N027) e IVIg na Transferência Placentária de um Anticorpo Monoclonal IgG1
[00304] Neste exemplo, foi avaliada a transferência materna para fetal média de um anticorpo monoclonal IgG1 representativo, Humira®, conhecido por se transferir através da placenta, e o potencial de M281 (isto é, M281), inibir esta transferência transplacentária de Humira®. O efeito de M281 na transferência de IgG foi avaliado em concentrações selecionadas para variar entre concentrações séricas ativas esperadas em doses terapêuticas variando de 10 µg/ml, que está próximo do li- miar para maior depuração de M281 devido à disposição mediada por alvo e relacionado na farmacocinética de M281 ao período de tempo quando ocorre a perda de ocupação total de receptores de FcRn; a 3000 µg/ml, uma concentração que é 2 a 3 vezes superior à Cmáx a 60 mg/kg de M281, a dose mais alta avaliada no primeiro estudo de voluntários saudáveis em humanos. Além disso, este bloqueio da transferência de IgG também foi avaliado usando um controle positivo IVIg (mistura de IgG policlonal), que é um inibidor competitivo conheci- do de FcRn para transferência de IgG. Perfusão placentária
[00305] Placentas de gestações normais saudáveis a termo (38-40 semanas) foram coletadas imediatamente após as cesarianas de acordo com o protocolo de estudo aprovado. As placentas com qual- quer evidência de infecção materna, doença sistêmica e abuso de drogas ou álcool durante a gravidez foram excluídas deste estudo.
[00306] A técnica de perfusão dupla do lóbulo placentário humano (DPPL) foi usada de acordo com o protocolo estabelecido, conforme descrito (Nanovskaya T, Deshmukh S, Brooks M, Ahmed MS. Trans- placental transfer and metabolism of buprenorphine. J Aeroporto de Pharmacol Exp. 2002; 300(1):26-33). Rapidamente, cada placenta foi examinada quanto a rasgos e 2 vasos coriônicos (uma artéria e veia) que fornecessem um único cotilédone periférico intacto foram canula- dos com cateteres umbilicais 3F e 5F, respectivamente. O cotilédone foi aparado e colocado na câmara de perfusão com a superfície ma- terna para cima. O espaço interviloso no lado materno foi perfundido por 2 cateteres perfurando a placa basal. Um dreno venoso grande foi conectado a uma bomba peristáltica, que removeu continuamente o fluido da câmara e ou devolveu-o ao reservatório materno (circuito fe- chado) ou a um recipiente separado (circuito aberto). A taxa de fluxo do meio de perfusato nos circuitos fetal e materno foi de 3,0 e 12 mL/min, respectivamente. O perfusato materno foi equilibrado com uma mistura de gás feita de 95% de O2, 5% de CO2 e o perfusato fe- tal, com uma mistura de 95% de N2, 5% de CO2. Todos os experimen- tos foram realizados a uma temperatura de 37 oC.
[00307] Cada lóbulo da placenta foi perfundido por um período de controle inicial de uma hora para permitir que o tecido se estabilizasse a seu novo ambiente usando a configuração aberta do sistema de per- fusão. A perfusão foi encerrada se um dos seguintes critérios de quali- dade não fosse atendido durante o período de controle: i) perda de volume no circuito fetal acima de 3 mL/h; ou ii) diferença de pressão de O2 entre a veia e artéria fetal inferior a 60 mmHg, indicando sobre- posição inadequada de perfusão entre os dois circuitos.
[00308] No final do período de controle, 10 ml de efluxo da veia ma- terna e 10 ml de saída da fetal foram coletados para determinar os ní- veis de referência de IgG endógena. Na terminação do período de controle, o sistema de perfusão foi convertido em uma configuração fechada-fechada (recirculação do meio). O meio foi substituído nos reservatórios materno e fetal seguido pela adição de 3 mg/ml de BSA em ambos os reservatórios. A substância de teste (Humira® ou Humi- ra® + M281 ou Humira® + IVIg ou Humira® + IVIg +M281) foi então adicionada ao reservatório materno e o período experimental iniciado após uma alíquota (1 mL) ter sido retirada e armazenada como T=0. A substância de teste foi co-transfusada com um controle positivo, antipi- rina (AP) a 100 μg/ml. Amostras da artéria materna e da veia fetal, em alíquotas de 0,5 mL, foram tomadas em 0, 30, 60, 120, 180, 240, 270, 300, 330 e 360 minutos durante o período experimental. No final do experimento, a área perfundida foi dissecada do tecido placentário ad- jacente, pesada e pedaços de lóbulos perfundidos foram colocados em 4% de PFA para análise de IHC.
[00309] As concentrações de Humira® em todas as alíquotas de amostra materna e fetal foram determinadas usando o ELISA sanduí-
che com um limite inferior de quantificação (LLOQ) de ~ 1 ng/ml.
[00310] A transferência de Humira® do reservatório materno para fetal foi determinada pela taxa de transferência fetal (FTR), que foi cal- culada conforme abaixo:
[00311] Foram determinadas concentrações de M281 em todas as alíquotas de amostra materna e fetal. A transferência de M281 do re- servatório materno para fetal foi determinada pela taxa de transferên- cia fetal (FTR), que foi calculada conforme abaixo: Tabela 11. Composição dos compartimentos materno e fetal Meio de perfusão do circuito Meio de perfusão do circuito fe- materno tal 150 mL de meio M199 90 mL de meio M199 7,5 g/L de Dextran 40 30 g/L de Dextran 40 40 mg/L de Sulfato de Gentamici- 40 mg/L de Sulfato de Gentamici- na na Sulfametoxazol (80 mg/L) / Trime- Sulfametoxazol (80 toprim (16 mg/L) mg/L)/Trimetoprim (16 mg/L) 25 UI/ml de heparina 25 UI/ml de heparina 7,5% de bicarbonato de sódio pa- 7,5% de bicarbonato Na para pH ra pH 7,4 7,35 3 mg/ml de albumina de soro bo- 3 mg/ml de albumina de soro bo- vino vino 100 µg/mL de antipirina Análise de antipirina
[00312] A antipirina (AP) é uma pequena molécula (188 Da), não ionizável a pH 7,4 (pKa 1,4) e, consequentemente, transfere-se livre- mente através da placenta via difusão passiva. Além disso, a AP é pre- ferencialmente distribuída pelos circuitos materno e fetal aquosos com retenção mínima no tecido devido ao seu coeficiente de partição octa- nol/água baixo, 0,33, bem como sua ligação mínima às proteínas plasmáticas e albumina sérica. Tem sido extensivamente usada em modelos de perfusão como um controle positivo de permeabilidade interna para considerar variações interplacentárias em diferentes expe- rimentos.
[00313] As concentrações de antipirina foram medidas em amostras usando um método HPLC modificado, conforme descrito em relatórios anteriores (Mørck T. J., Sorda G., Bechi N., Rasmussen B. S., Nielsen J. B., Ietta F., Rytting E., Mathiesen L., Paulesu L, Knudsen L. E. Pla- cental transport and in vitro effects of Bisphenol A. Reproductive Toxi- col. 2010; 30: 131–137). A transferência de antipirina do reservatório materno para fetal foi determinada pela taxa de transferência fetal (FTR), que foi calculada conforme abaixo:
[00314] Uma FTR de antipirina entre 35-45% considerada como alto grau de sobreposição de perfusão foi usada para validar e comparar cada experimento. Além disso, razões de concentração fetal para ma- terna (FTM) para a transferência de AP foram calculadas em cada ponto de tempo para verificar o equilíbrio entre o lado materno e fetal. Esperava-se idealmente que a razão FTM fosse maior que 0,75 em torno de 60-120 min; confirmando assim a integridade da placenta.
[00315] Rapidamente, a proteína foi precipitada por 200 μl de ace- tonitrila gelada contendo 10 μl/ml de fenacetina padrão interna a cada amostra de 200 μl. As amostras foram centrifugadas por 25 min a 8000 rpm, e os sobrenadantes foram analisados por HPLC. Rapidamente, a antipirina e a fenacetina foram analisadas usando um sistema Agilent 1200 HPLC equipado com um detector UV. A fase estacionária usada foi uma coluna baseada em C18 de fase reversa (Waters Atlantis T3,
coluna Atlantis T3, 100Å, 3 μm, 3 mm X 150 mm). A coluna também foi equipada com um cartucho de proteção (Waters T3, 3 μm, 2,1 mm X 150 mm) que foi alterado antes do início de cada conjunto de amos- tras. As temperaturas da coluna e da amostra foram mantidas a 25 oC e 4 oC respectivamente. As amostras foram executadas com um gradi- ente linear que variasse de 25-95% de Metanol-Água durante 14 min a uma taxa de fluxo de 0,3 mL/min; o volume de injeção foi de 10 μL e a detecção foi realizada utilizando absorbância a 260 nm. Transferência de Humira®
[00316] A transferência placentária de Humira® foi estudada a uma concentração fixa de 270 μg/ml. Um total de 8 experimentos que man- tiveram a integridade da placenta durante a duração do experimento e atenderam aos critérios de qualidade para perfusões bem-sucedidas, tais como a razão FTM de antipirina acima de 0,75 e perda de volume de reservatório fetal não superior a 3 ml/h; são relatados na Tabela 12. O consumo e níveis de transferência de oxigênio também foram moni- torados para esses experimentos como marcadores para sobreposição de perfusão e viabilidade de tecido, respectivamente. Tabela 12. Transferência placentária de Humira® ID do Exp. Artigo de Tempo de Peso de FTR1 da Humira® teste corrida (h) cotilédone antipirina FTR1 (g) (%)2 (%) 39 Humira® 6 38,7 41,6 0,65 41 Humira® 6 34,3 39,3 0,11 45 Humira® 6 32,3 39,9 0,22 60 Humira® 6 29,5 42,0 0,42 72 Humira® 6 37,5 39,8 0,21 73 Humira® 6 39,7 39,6 0,03 74 Humira® 6 32,7 47,2 0,05 80 Humira® 6 28,1 43,9 0,15 1 Razão de concentração de perfusato fetal para materno x 100% 2 Faixa de transferência de antipirina entre 35-45%
[00317] A transferência placentária de antipirina ao longo desses experimentos é mostrada na Figura 22 e a razão de concentração fe- tal para materna (FTM) foi calculada para cada experimento em cada ponto de tempo, bem como no desfecho terminal. Observou-se que todos os experimentos alcançavam o equilíbrio (razão FTM de 0,9-1,0) dentro de 60-180 min; e a razão FTM fetal para materna média ± SD no desfecho terminal ao longo de 8 experimentos foi calculada como sendo 1,03 ± 0,11; indicando integridade da placenta apropriada du- rante a duração do experimento. Observou-se que os níveis de trans- ferência materna para fetal de antipirina foram >35% em todos os ex- perimentos, indicando um alto grau de sobreposição de perfusão para os experimentos relatados.
[00318] A transferência placentária de Humira® em oito experimen- tos é mostrada na Figura 23. Conforme mostrado na Tabela 12, a taxa de transferência fetal média ± SD teve sua média calculada em torno de 0,23±0,21%, enquanto a concentração fetal média ± SD no final do experimento variou entre 0,49± 0,49 μg/mL. Transferência de Humira® na presença de M281
[00319] A transferência placentária de Humira® na presença de M281 foi estudada mantendo a concentração de Humira® constante a 270 μg/ml, mas variando a concentração de M281 no reservatório ma- terno. Todos os experimentos mantiveram a integridade da placenta durante a duração do experimento e atenderam aos critérios de quali- dade para perfusões bem-sucedidas, tais como razão de antipirina fe- tal para materna (FTM) acima de 0,75 e perda de volume de reservató- rio fetal não superior a 3 ml/h. Um resumo dos estudos e resultados é mostrado na Tabela 13. Os níveis de transferência de oxigênio tam- bém foram monitorados para esses experimentos como marcadores para viabilidade de tecidos, como mencionado anteriormente (Nota: O experimento PP 75 foi realizado na ausência de antipirina, mas outros parâmetros, tais como volumes fetais e transferência de oxigênio, fo- ram medidos e estão de acordo com os critérios de qualidade para bo- as perfusões). Tabela 13. Transferência Placentária de Humira® na presença de M281 ID Artigo [M281] Tempo Peso da FTR1 da M281 Humira® do de teste (µg/mL) de cor- cotilé- antipiri- FTR1 FTR1 Exp. rida (h) done (g) na (%) (%) (%) 46 Humira® 3000 6 24,8 39,7 0,001 0,06 48 Humira® 300 6 30,3 45,8 0,002 0,08 70 Humira® 300 6 38,0 39,1 0,003 0,05 71 Humira® 300 6 28,1 42,7 0,003 0,05 75 Humira® 300 6 35,3 - 0,021 0,07 76 Humira® 300 6 30,8 43,9 0,001 0,07 77 Humira® 10 6 26,5 41,8 0,000 0,06 78 Humira® 10 6 29,5 52,3 0,000 0,08 79 Humira® 10 6 41,2 44,8 0,000 0,07 1 Razão de concentração de perfusato fetal para materno x 100%
[00320] A transferência placentária de antipirina ao longo desses experimentos é mostrada na Figura 24 e a razão de transferência fetal para materna (FTM) foi calculada para cada experimento em cada um dos pontos de tempo, bem como no desfecho terminal. A razão de FTM média ± SD no desfecho terminal em 8 experimentos com antipi- rina foi calculada como sendo 1,1 ± 0,11 (equilíbrio atingido nos circui- tos materno e fetal) indicando integridade da placenta apropriada du- rante a duração do experimento. Observou-se que os níveis de trans- ferência materna para fetal de antipirina foram >35%, indicando um alto grau de sobreposição de perfusão para os experimentos relata- dos.
[00321] A transferência placentária de Humira® na presença de M281 em nove experimentos é mostrada na Figura 25. A taxa de transferência fetal (média±SD) para Humira® na presença de 300 µg/ml M281 foi calculada como sendo de 0,06±0,01% (n=5), enquanto os experimentos com Humira® na presença de 10 µg/mL M281 (n=3) exibiram uma taxa de transferência fetal média de 0,07±0,01% (mé- dia±SD). Da mesma forma, a taxa de transferência fetal para Humira® na presença de 3000 µg/ml M281 foi de 0,06 (n=1). Tomados coleti- vamente, a taxa de transferência fetal de Humira® em todos os 9 ex- perimentos relatados na Tabela 13 teve sua média calculada em torno de 0,07±0,01%, enquanto que as concentrações fetais terminais mé- dias variaram entre 0,12 ± 0,02 μg/mL.
[00322] A média coletiva da taxa de transferência fetal de M281 em 9 experimentos foi calculada como sendo de 0,003±0,007%. Conforme relatado na Tabela 13, para os experimentos PP77-79, os níveis de M281 no lado fetal estavam abaixo do limite de detecção, enquanto a taxa de transferência fetal média para os experimentos com 300 µg/ml de M281 (n=5) foi calculada como sendo de 0,006±0,009%. Essas ta- xas de transferência transplacentária mínimas observadas de M281 são consistentes com experimentos anteriores (dados não mostrados). Transferência de Humira® na presença de IVIg
[00323] A transferência placentária de Humira® (concentração ma- terna mantida constante a 270 μg/ml) foi estudada na presença de IVIg (6,7 mg/ml) em 5 experimentos. Todos os experimentos mantiveram a integridade da placenta durante a duração do experimento e atende- ram aos critérios de qualidade para perfusões bem-sucedidas, tais como razão de FTM de antipirina acima de 0,75 e perda de volume de reservatório fetal não superior a 3 ml/h. Os níveis de transferência de oxigênio também foram monitorados para esses experimentos como marcadores para viabilidade de tecido, conforme descrito anteriormen- te. Um resumo dos estudos e resultados é mostrado na Tabela 14. Tabela 14. Transferência Placentária de Humira® na presença de
IVIg ID Artigo de [IVIg] Tempo de Peso da FTR1 da Humira® do teste (mg/mL) corrida cotilédo- antipirina FTR1 Exp. (h) ne (g) (%) (%) 34 Humira® 6,7 6 27 48,2 0,11 38 Humira® 6,7 5,5 31 40,4 0,06 52 Humira® 6,7 6 16,5 48,4 0,07 54 Humira® 6,7 6 25,2 34,9 0,06 55 Humira® 6,7 6 15 41,6 0,03 1 Razão de concentração de perfusato fetal para materno x 100%
[00324] A transferência placentária de antipirina ao longo desses experimentos é mostrada na Figura 26 e a FTR foi calculada para ca- da experimento no desfecho terminal. Deve-se notar que PP38 foi en- cerrado em 5,5 horas e, portanto, a FTR foi calculada após 5,5 horas em comparação a 6 horas para os outros experimentos. A razão de concentração fetal para materno (FTM) média ± SD no desfecho ter- minal em 5 experimentos foi calculada como sendo de 1,04 ± 0,04 (equilíbrio atingido em circuitos materno e fetal) indicando integridade da placenta apropriada durante a duração do experimento. Os níveis de transferência materna para fetal de antipirina foram observados como ≥35%, indicando um alto grau de sobreposição de perfusão para os experimentos relatados.
[00325] A transferência placentária de Humira® na presença de IVIg em cinco experimentos é mostrada na Figura 27. A taxa de trans- ferência fetal de Humira® na presença de IVIg teve sua média calcula- da em torno de 0,07 ± 0,03% (n=5), enquanto as concentrações fetais terminais médias de Humira® variaram entre 0,12 ± 0,06 μg/ml. Transferência de Humira® na presença de IVIg + M281
[00326] A transferência placentária de Humira® na presença de IVIg + M281 foi estudada em 4 experimentos mantendo a concentra- ção de Humira® a 270 μg/ml, IVIg a 6,7 mg/mL e M281 a 300 µg/mL no reservatório materno. Todos os experimentos mantiveram a integri- dade da placenta durante a duração do experimento e atenderam aos critérios de qualidade para perfusões bem-sucedidas, tais como razão de antipirina fetal para materna (FTM) acima de 0,75 e perda de volu- me de reservatório fetal não superior a 3 ml/h. Um resumo dos expe- rimentos é mostrado na Tabela 15. Os níveis de transferência de oxi- gênio também foram monitorados para esses experimentos como marcadores para viabilidade de tecido, conforme mencionado anteri- ormente. Tabela 15. Transferência Placentária de Humira® na presença de IVIg + M281 ID Artigo IVIg [M281] Tempo Peso da FTR1 da Humi- do de teste (mg/mL) (µg/mL) de cor- cotilé- antipiri- ra® Exp. rida (h) done (g) na (%) FTR1 (%) 49 Humira® 6,7 300 6 19,9 48,1 0,02 50 Humira® 6,7 300 6 22,5 40,5 0,01 53 Humira® 6,7 300 6 31,4 40,6 0,11 56 Humira® 6,7 300 6 30,5 40,4 0,01 1 Razão de concentração de perfusato fetal para materno x 100%
[00327] A transferência placentária de antipirina para os experimen- tos é mostrada na Figura 28 e a razão FTM foi calculada para cada experimento em todos os pontos de tempo individuais, bem como no desfecho terminal. A razão FTM média ± SD para antipirina em 4 ex- perimentos mostrados na Tabela 15 foi calculada como sendo de 1,04 ± 0,03 (equilíbrio atingido nos circuitos materno e fetal) indicando inte- gridade da placenta apropriada durante a duração do experimento. Observou-se que os níveis de transferência materna para fetal de anti- pirina foram >35%, indicando um alto grau de sobreposição de perfu- são para os experimentos relatados.
[00328] A transferência placentária de Humira® na presença de IVIg e M281 em quatro experimentos é mostrada na Figura 29. Con-
forme mostrado na Tabela 15, a taxa de transferência fetal teve sua média calculada em torno de 0,04 ± 0,05% (n=4), enquanto as concen- trações fetais terminais médias variaram entre 0,07 ± 0,09 μg/mL. A transferência de M281 não foi medida nesta série de experimentos. Análises Estatísticas
[00329] Todos os dados experimentais foram submetidos a análises estatísticas. Um modelo de efeitos mistos lineares (LME) foi usado pa- ra análise de todos os dados experimentais com termos aleatórios tan- to para declive quanto para intercepção para cada ID doador para considerar a correlação entre as medições do mesmo doa- dor/experimento PP. Todas as concentrações fetais foram divididas pela concentração materna em pontos de tempo correspondentes e então transformadas em log. A sensibilidade dos resultados a possí- veis valores atípicos também foi avaliada e determinada como robusta. Os P-valores foram ajustados para comparações múltiplas. Tabela 16. Resumo da transferência transplacentária de Humira® na presença/ausência de M281/IVIg P-valor* em Conc. de FTR1 de Média Humira® ID do Artigo de 1 compara- M281 Antipirina FTR de Média Exp./#PP teste ção com (µg/mL) Média (%) M281 (%) FTR1 (%) Humira® 39, 41, 45, 60, 72,73, Humira® - 41,7 ± 2,7 NA 0,23±0,21 NA 74, 80 Humira® + 46 3000 0,06 NA M281 48, 70, 71, Humira® + 0,003 ± 0,06 ± 300 43,8 ± 4,2 <0,001 75, 76 M281 0,007 0,01 Humira® + 0,07 ± 77,78,79 10 <0,001 M281 0,01 34, 38, 52, Humira® + - 42,5 ± 6,1 NA 0,07±0,03 <0,001 54,55 IVIg 49, 50, 53, Humira® + 0,04 ± 300 42,4 ± 3,8 ND <0,001 56 IVIg + M281 0,05 ND: Não determinado NA: Não aplicável * Calculado usando um modelo de efeitos mistos lineares com declive e intercepção aleatórios Exemplo 21 – Impacto de M281 (N027) sobre Níveis de Albumina
[00330] A administração de M281 (N027) foi associada a uma redu- ção nos níveis de albumina sérica nos sujeitos. Por exemplo, obser- vou-se uma redução no máximo de cerca de 20-25% abaixo do valor basal com uma dose única de 60 mg/kg e quando doses múltiplas se- manais de 15 e 30 mg/kg foram administradas. A hipoalbuminemia foi assintomática. Não foi associada a proteinúria, edema ou outros even- tos adversos.
[00331] Os resultados da análise do impacto de M281 sobre albu- mina são apresentados nas Figs. 30-32. Todos os sujeitos dosados com uma dose única a 60 mg/kg de M281 tiveram uma diminuição na albumina sérica até abaixo da faixa normal (faixa normal = 34-50 g/L), e os níveis de albumina recuperaram-se dentro de uma semana após atingir seu nadir. O nadir médio foi de 23 ± 9% abaixo da avaliação inicial (faixa de 8,6-33%) aproximadamente no dia 14. A recuperação até a avaliação inicial ocorreu em 3 a 4 semanas de nadir e começou no momento em que a ocupação do receptor de FcRn foi perdida. Os níveis de albumina em sujeitos tratados com 15 ou 30 mg/kg semanais alcançaram um nadir médio 21-25% abaixo da avaliação inicial. A re- cuperação até a avaliação inicial ocorreu dentro de 3 a 4 semanas de nadir. Em geral, níveis de albumina mais baixos na avaliação inicial foram associados a um maior grau de hipoalbuminemia. Os sujeitos tratados com placebo ou uma dose inferior de M281 exibiram declínios imediatos semelhantes em albumina de cerca de 10%, recuperando após 7 dias. As reduções na albumina maiores do que as observadas com placebo foram observadas em doses únicas de M281 de 30 mg/kg ou maiores.
OUTRAS MODALIDADES
[00332] Embora a invenção tenha sido descrita em conexão com suas modalidades específicas, será entendido que é capaz de modifi- cações adicionais e este pedido destina-se a cobrir quaisquer varia-
ções, usos ou adaptações da invenção que sigam, em geral, os princí- pios da invenção e incluindo tais desvios da presente divulgação que estejam dentro da prática conhecida ou costumeira na técnica à qual a invenção pertence e podem ser aplicados aos recursos essenciais es- tabelecidos anteriormente.
[00333] Todas as publicações, patentes e pedidos de patente são incorporados neste documento por referência em sua totalidade como se cada publicação, patente ou pedido de patente individual fosse indi- cado específica e individualmente como sendo incorporado por refe- rência em sua totalidade.
[00334] Outras modalidades estão nas reivindicações a seguir.

Claims (10)

REIVINDICAÇÕES
1. Método para tratar ou reduzir o risco de desenvolvimento de um distúrbio aloimune e/ou autoimune fetal e neonatal, caracteri- zado pelo fato de que compreende a administração a mulheres ges- tantes de uma composição compreendendo um anticorpo que com- preende uma cadeia leve com a sequência de aminoácidos da SEQ ID NO:19 e uma cadeia pesada com a sequência de aminoácidos da SEQ ID NO:24.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo é administrado a 30 mg/kg com base no peso das mulheres gestantes.
3. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo é administrado a 15 mg/kg com base no peso das mulheres gestantes.
4. Método, de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracte- rizado pelo fato de que a dose é dose por administração e se baseia no peso das mulheres gestantes na primeira dosagem e não é ajusta- da para mais com base no ganho de peso das mulheres gestantes.
5. Método, de acordo com a reivindicação 2 ou 3, caracte- rizado pelo fato de que a dose é dose por administração e se baseia no peso das mulheres gestantes na primeira dosagem e é ajustada para mais com base no ganho de peso das mulheres gestantes.
6. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-3, caracterizado pelo fato de que a composição é administrada pelo menos a cada duas semanas.
7. Método, de acordo com as reivindicações 1-6, caracteri- zado pelo fato de que a composição é administrada a cada duas se- manas.
8. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-3, caracterizado pelo fato de que a composição é administrada pelo menos toda semana.
9. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a administração é iniciada durante o primeiro trimestre da gestação.
10. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracteriza- do pelo fato de que a administração é iniciada durante o segundo tri- mestre da gestação.
11. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracteriza- do pelo fato de que a administração é iniciada durante o terceiro tri- mestre da gestação.
12. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracteriza- do pelo fato de que a primeira dosagem é durante a 14ª semana de gestação.
13. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracteriza- do pelo fato de que a administração é interrompida após a idade ges- tacional de 34 semanas.
14. Método, de acordo com a reivindicação 13, caracteri- zado pelo fato de que IVIG é administrado às mulheres gestantes após a interrupção da administração do anticorpo e antes do nasci- mento.
15. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracteri- zado pelo fato de que IVIG é administrado às mulheres gestantes 40 - 100 h antes do nascimento.
16. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracteriza- do pelo fato de que a administração de M281 é interrompida após a 35ª semana gestacional.
17. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracteriza- do pelo fato de que a administração de M281 é interrompida antes da 36ª, 37ª ou 38ª semana gestacional.
18. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracteriza-
do pelo fato de que o anticorpo é administrado a 200 mg/kg - 1000 mg/kg com base no peso das mulheres gestantes.
Figura.1 Competitividade de lgG Petição 870200084804, de 08/07/2020, pág. 205/239 mAbs Anti-FcRn competem efetivamente pela ligação de lgG (Fc) ao FcRn em pH 6,0 Inibição da ligação de lgG em FcRn Inibição da ligação de lgG em FcRn de macaco humano de superfície de células 293 Cynomolgous na superfície de células 293
40.000
60.000
40.000 30.000
30.000 20.000 (MFI) (MFI)
20.000 1/34
10.000
10.000 LgG Ligada à Célula IgG Ligada à Célula [mAb] Log (ug/ml) [mAb] Log (ug/ml) ESCo (nM) NO22 NO23 NO24 NO26 NO27 FCRN 2,93 2,48 2,48 3,24 3,25 humano FcRn de 4,80 5,16 3,51 2,68 4,46 Cynomolgus
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