BR112019013667A2

BR112019013667A2 - recipiente de fluido para um sistema de hemodiálise

Info

Publication number: BR112019013667A2
Application number: BR112019013667A
Authority: BR
Inventors: Merchant Steven
Original assignee: Fresenius Medical Care Holdings Inc
Priority date: 2016-12-29
Filing date: 2017-12-26
Publication date: 2020-01-28
Also published as: CA3046238A1; CA3046238C; AU2017387066B2; AU2017387066A1; US10973970B2; EP3562528A1; CN110114100B; CN110114100A; MX2019007682A; WO2018125876A1; US20180185560A1

Abstract

um recipiente para formar uma solução para uso em um dispositivo de hemodiálise compreende uma primeira porção compreendendo um pó, uma segunda porção separada disposta e em comunicação de fluido com a primeira porção, e um filtro disposto entre a primeira porção e a segunda porção. o recipiente é configurado para receber um fluxo de fluido na primeira porção para pelo menos parcialmente dissolver o pó formando, assim, uma solução, de modo que a solução e pelo menos uma porção do pó dissolvido possam passar através do filtro para a segunda porção, e ainda de modo que qualquer porção não dissolvida do pó não possa passar através do filtro para a segunda porção. o filtro pode ser configurado de modo que a solução do fluido e de pelo menos a porção de pó dissolvido filtrada para a segunda porção do recipiente seja homogênea.

Description

RECIPIENTE DE FLUIDO PARA UM SISTEMA DE HEMODIÁLISE

Referência remissiva a pedidos correlatos [0001] Este pedido é um pedido não provisório do Pedido de Patente Provisório US n° 62/440.306, depositado em 29 de dezembro de 2016, intitulado Fluid Container for a Hemodialysis System, cuja totalidade do pedido é expressamente incorporada por referência na presente invenção.

Campo da Revelação [0002] A revelação se refere, em geral, a um recipiente de fluido e, mais particularmente, a um recipiente de fluido para um sistema de hemodiálise.

Antecedentes da Invenção [0003] Em alguns dispositivos de hemodiálise conhecidos, uma solução de bicarbonato é fornecida através de um recipiente, conhecido como bibag®. 0 bibag® contém uma quantidade de pó de bicarbonato em um único compartimento, que é misturado com água de uma fonte externa. A solução é, então, misturada ainda com água e ácidos para formar uma solução de dialisato para uso em dispositivos de hemodiálise.

[0004] A quantidade de pó de bicarbonato é tipicamente igual ou maior do que é necessário para saturar uma quantidade de água e/ou o dialisato fluiu para um bibag. Quando a água entra no bibag, ela dissolve o bicarbonato para produzir uma solução de bicarbonato. Em algumas implementações, esta solução é totalmente saturada com bicarbonato (com possivelmente excesso de bicarbonato não dissolvido permanecendo no bibag). Quando a solução

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2/18 saturada está a uma temperatura conhecida, como é mantida por máquinas de hemodiálise típicas, a concentração de bicarbonato da solução é conhecida. 0 dispositivo de hemodiálise pode, então, aspirar ou, de outro modo, juntar a solução ao fluxo de fluido a uma velocidade e concentração de fluxo conhecidas.

[0005] Os sistemas existentes requerem uma grande quantidade de água para cada tratamento, por exemplo, aproximadamente 150 1, para assegurar que a concentração desejada de dialisato, incluindo bicarbonato em solução, seja alcançada. Um paciente em diálise pode necessitar de tratamentos de diálise várias vezes por semana, por exemplo, a cada dois dias, exigindo 150 1 de água para cada tratamento. Em ambientes onde fontes externas de água são abundantes, essa quantidade de água pode ser acomodada. No entanto, em ambientes onde a água é menos acessível, por exemplo, em áreas móveis, rurais e/ou em desenvolvimento, os pacientes podem não ser capazes de receber os tratamentos de diálise necessários devido à falta de água. Se um sistema é projetado para usar significativamente menos água para misturar com bicarbonato em pó nos bibags existentes, o pó pode não se dissolver completamente no fluido, resultando em uma solução não homogênea, por exemplo, um acúmulo semelhante a lodo/pó no compartimento. Assim, a solução de bicarbonato não tem mais uma concentração constante, conhecida, mas sim uma concentração variável que requer controles adicionais do dispositivo de hemodiálise.

[0006] É com relação a estas e outras considerações que as melhorias atuais podem ser úteis.

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Sumário [0007] Este Sumário é fornecido para introduzir uma seleção de conceitos de forma simplificada, que são descritos a seguir na Descrição Detalhada. Este Sumário não pretende identificar características principais ou características essenciais do objeto reivindicado, nem pretende ser um auxílio na determinação do escopo da matéria em questão reivindicada.

[0008] Uma modalidade exemplificativa de um recipiente para formar uma solução para uso em um dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação pode incluir uma primeira porção compreendendo um pó e uma segunda porção separada de, por exemplo, disposta verticalmente abaixo e em comunicação de fluido com, a primeira porção, e um filtro disposto entre a primeira porção e a segunda porção. 0 recipiente pode ser configurado para receber um fluxo de fluido na primeira porção para pelo menos parcialmente dissolver o pó, formando assim uma solução, de modo que a solução e pelo menos uma porção de um pó dissolvido possam passar através do filtro para a segunda porção, e, além disso, de modo que qualquer porção não dissolvida do pó não possa passar através do filtro para a segunda porção.

[0009] Em várias das modalidades anteriores e outras modalidades da presente revelação, o recipiente pode incluir que a solução de fluido e de pelo menos a porção de pó dissolvido filtrada na segunda porção do recipiente seja homogênea. Uma tampa pode ser acoplada ao recipiente, a primeira porção do recipiente sendo configurada para receber o fluxo de fluido através da tampa. Um exterior do

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4/18 recipiente pode ser formado por um material plástico de grau medicinal. A tampa pode ser acoplável de forma removível ao dispositivo de hemodiálise. Em um estado fixo, a primeira porção pode ser posicionada verticalmente acima da segunda porção, de modo que o fluido seja fluível a partir da primeira porção e possa passar através do filtro para a segunda porção. Pelo menos uma dentre a primeira porção e a segunda porção do recipiente pode ser inclinada para promover o fluxo do fluido. 0 recipiente pode ser feito de um material flexível. Um defletor pode ser disposto no recipiente. 0 defletor pode ser disposto em pelo menos uma dentre uma área inferior e uma área superior da segunda porção do recipiente. Um ou mais defletores podem ser dispostos ao longo dos lados da segunda porção do recipiente. 0 dispositivo de hemodiálise pode incluir um ou mais sensores para detectar características do fluxo de fluido no recipiente. 0 filtro pode ser acoplado a pelo menos uma porção de um diâmetro interno do recipiente. Uma saída pode ser acoplável a uma área inferior da segunda porção, de modo que a solução seja fluível através da saída.

[0010] Uma modalidade exemplificativa de um sistema de hemodiálise de acordo com a presente revelação pode incluir um dispositivo de hemodiálise e um recipiente para formar uma solução para uso no dispositivo de hemodiálise. 0 recipiente pode incluir uma primeira porção compreendendo um pó, uma segunda porção disposta separadamente de, por exemplo, verticalmente abaixo de, e em comunicação de fluido com, a primeira porção, e um filtro disposto entre a primeira porção e a segunda porção. 0 recipiente pode ser

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5/18 configurado para receber um fluxo de fluido na primeira porção para pelo menos parcialmente dissolver o pó, formando assim uma solução, de modo que a solução e pelo menos uma porção de um pó dissolvido possam passar através do filtro para a segunda porção, e, além disso, de modo que qualquer porção não dissolvida do pó não possa passar através do filtro para a segunda porção.

[0011] Em várias das modalidades anteriores e outras modalidades da presente revelação, o sistema de hemodiálise pode ser de modo que o dispositivo de hemodiálise inclua um ou mais sensores para detectar características do fluxo de fluido no recipiente. 0 dispositivo de hemodiálise pode incluir um ou mais sensores para detectar características de um fluxo de fluido da solução na segunda porção do recipiente. 0 dispositivo de hemodiálise pode ser configurado para comparar as características do fluxo de fluido no recipiente para um ou mais valores predeterminados. 0 dispositivo de hemodiálise pode ser configurado para infundir o fluxo de fluido com base nas características comparadas, de modo que a solução do fluxo de fluido e o pó tenham uma concentração determinada pelo dispositivo de hemodiálise. 0 um ou mais sensores podem detectar uma condutividade do fluxo de fluido.

[0012] Uma modalidade exemplificativa de um método para operar um dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação pode incluir um recipiente para formar uma solução para uso no dispositivo de hemodiálise. 0 método pode incluir fluir um fluido para uma primeira porção do recipiente, a primeira porção contendo um pó, e formar uma solução incluindo o fluido e a dissolução de

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6/18 pelo menos uma porção do pó. 0 método pode incluir ainda filtrar a solução do fluido e pelo menos a porção de pó dissolvido através de um filtro disposto entre a primeira porção e uma segunda porção do recipiente, a segunda porção sendo separada de, por exemplo, verticalmente abaixo de, e em comunicação de fluido com, a primeira porção, e a solução passando através do filtro para a segunda porção do recipiente. Em qualquer uma ou em todas as modalidades da presente revelação, a porção de pó em relação ao volume de fluxo de fluido pode ser tal que o pó dissolvido na solução misturada seja substancialmente todo dissolvido ou todo o pó seja dissolvido.

[0013] Uma modalidade exemplificativa de um recipiente para formar uma solução para uso em um dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação pode incluir uma área de entrada, em que o recipiente está configurado para receber um fluxo de fluido através da área de entrada, e uma área de saída. 0 recipiente pode incluir ainda um ou mais defletores configurados para gerar uma turbulência do fluxo de fluido no recipiente e capaz de, pelo menos parcialmente, dissolver um pó com o fluxo de fluido, de modo que a solução do fluido e do pó dissolvido possa passar para a área de saída.

Breve Descrição dos Desenhos [0014] A título de exemplo, as modalidades específicas do dispositivo revelado serão agora descritas, com referência aos desenhos anexos, nos quais:

[0015] A FIG. 1 é uma vista em perspectiva ilustrando uma modalidade de um recipiente para um dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação;

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7/18 [0016] a FIG. 2 é uma vista em corte frontal que ilustra uma modalidade do recipiente para o dispositivo de hemodiálise mostrado na FIG. 1;

[0017] a FIG. 2A é uma vista em corte superior ilustrando uma modalidade do recipiente para o dispositivo de hemodiálise;

[0018] a FIG. 2B é uma vista em corte superior ilustrando outra modalidade do recipiente para o dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação;

[0019] a FIG. 3 é uma vista em corte frontal ilustrando outra modalidade do recipiente para o dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação;

[0020] a FIG. 4 é uma vista em corte frontal ilustrando outra modalidade do recipiente para o dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação;

[0021] a FIG. 5 é uma vista em corte frontal ilustrando outra modalidade do recipiente para o dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação;

[0022] a FIG. 6 é uma vista em corte frontal ilustrando outra modalidade do recipiente para o dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação;

[0023] a FIG. 7 é um diagrama de fluxo ilustrando um método para operar um dispositivo de hemodiálise de acordo com a presente revelação.

Descrição Detalhada [0024] As presentes modalidades serão agora descritas com referência aos desenhos anexos, nos quais são mostradas várias modalidades exemplificativas. 0 assunto da presente revelação, no entanto, pode ser incorporado em muitas

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8/18 formas diferentes e não deve ser interpretado como limitado às modalidades apresentadas no presente documento. Pelo contrário, estas modalidades são fornecidas de modo que esta revelação seja exaustiva e completa e, intencionalmente, transmita o escopo do assunto aos versados na técnica. Nos desenhos, os números semelhantes se referem a elementos semelhantes em todo o texto.

[0025] Os dispositivos de hemodiálise requerem uma composição de dialisato que inclui um componente de bicarbonato, que é tipicamente fornecido pela mistura de um fluido liquido com um pó para gerar uma solução de bicarbonato. 0 fluido liquido pode ser água, embora os dispositivos de hemodiálise possam também gerar dialisato fresco a partir de um dialisato gasto. Outros componentes, tais como agentes osmóticos, eletrólitos, tampões ou outros componentes de dialisato, podem ser adicionados com o bicarbonato para formar a solução de bicarbonato, ou podem ser adicionados para formar a composição de dialisato após a geração da solução de bicarbonato. Como mencionado, os dispositivos de hemodiálise atuais requerem e são projetados para operar com grandes quantidades de água doce. No entanto, pode ser desejável que um sistema de hemodiálise dependa de uma quantidade limitada de água doce, por exemplo, 5 1. Em áreas móveis, rurais ou em desenvolvimento onde a água doce não é facilmente obtida, o dispositivo de hemodiálise pode também ser configurado para regenerar o dialisato a partir do dialisato gasto, que é de outro modo drenado do sistema. Em um exemplo de dispositivo de hemodiálise que requer 5 1 de água para tratamento, 1 1 pode ser desviado para gerar uma solução de bicarbonato.

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Para superar os problemas dos dispositivos existentes, a fim de alcançar uma concentração conhecida de bicarbonato da solução, por exemplo, 0,75 molar, uma quantidade conhecida de pó de bicarbonato é necessária para que a concentração seja homogênea. Por exemplo, em alguns sistemas, 50 g-100 g podem ser usados. Em algumas modalidades, podem ser usados aproximadamente 63 g.

[0026] Com referindo agora à FIG. 1, é mostrada uma modalidade de um recipiente 100 para um dispositivo de hemodiálise 102. O recipiente 100 pode ser um saco flexível 105, embora sejam previstas outras modalidades, incluindo um recipiente rígido ou semirrígido, por exemplo, uma tremonha, que pode ser externo ou interno ao dispositivo de hemodiálise 102. Em algumas modalidades, pelo menos uma porção do recipiente 100, por exemplo, uma porção externa, pode ser formada de um material plástico de grau medicinal. O saco 105 pode ter os lados 105a, ceo fundo 105b. O saco 105 pode incluir uma primeira porção 110 e uma segunda porção 115. A primeira porção 110 pode ser separada de e estar em comunicação de fluido com, a segunda porção 115. Em algumas modalidades, a primeira porção 110 está disposta verticalmente acima da segunda porção 115, de modo que um fluido pode fluir da primeira porção para a segunda porção. O saco 105 pode ser selável e à prova de água, de modo que o conteúdo do disposto no saco 105 esteja contido. Por exemplo, o saco 105 pode ser feito de um material plástico, por exemplo, um plástico de grau medicinal e selado em torno dos lados e do fundo 105a-105c. O saco 105 pode ser um saco de uso único, incluindo uma quantidade predeterminada de pó 125 a ser misturado com uma quantidade

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10/18 de fluido, embora algumas modalidades possam incluir um saco reutilizável. Por exemplo, uma quantidade précarregada de pó 125 pode ser incluída na primeira porção 110. Isso é vantajoso porque os sacos pré-carregados de uso único garantem um ambiente esterilizado e livre de contaminação para o tratamento de hemodiálise.

[0027] Um filtro 120 pode ser disposto entre a primeira porção 110 e a segunda porção 115 do recipiente 100, e age como uma barreira para o pó 125. O filtro 120 pode ser feito de um material metálico ou não metálico, incluindo mas não limitado a uma rede de arame, papel, celulose e semelhantes. Nas modalidades, o filtro 120 pode impedir que o pó 125 entre na segunda porção 115 do saco 105. Em algumas modalidades, por exemplo, como mostrado na FIG. 6, um filtro 120' pode ser fixo a uma porção superior 105d do saco 105, de modo que o filtro 120' forma uma primeira porção 110, separada da segunda porção 115. Em outras modalidades, o filtro 120 pode ser completamente fechado para conter o pó 125 para dissolver quando a água ou outro fluido é introduzido no recipiente 100, por exemplo, semelhante a um filtro de saco de chá ou café.

[0028] Com referência agora à FIG. 2, o saco 105 pode receber um fluido líquido de uma fonte externa, tal como o dispositivo de hemodiálise 102, entrando no recipiente 100 através de uma tampa 130 na direção marcada pela seta 135. O fluido pode entrar na primeira porção 110 do saco 105 na direção marcada pela seta 140. O fluido pode se misturar com o pó 125 e dissolver o pó para formar uma solução 150 com os componentes carregados no pó. À medida que o pó 125 se torna mais saturado do fluido, a solução misturada 150

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11/18 do líquido e do pó pode passar através do filtro 120 para a segunda porção 110 mostrada pela direção das setas 145. O filtro 125 pode evitar que o excesso de pó que não se misturou e/ou se dissolveu no fluido entre na segunda porção 115 do saco 105, de modo que quaisquer partículas não dissolvidas permaneçam na primeira porção 110 e a solução misturada 150 seja homogênea. A solução misturada 150 do pó e o fluido na segunda porção 115 do saco 105 podem então ser usados em tratamento de hemodiálise com o dispositivo de hemodiálise 102.

[0029] O pó 125 pode ser um pó de bicarbonato como descrito acima, embora o pó possa ser de qualquer concentração desejada de eletrólitos, tampões, agentes osmóticos e semelhantes para formar ou regenerar o dialisato. O fluido pode ser água doce ou pode ser um dialisato gasto, que é um subproduto do tratamento de hemodiálise. Como descrito em detalhe abaixo, a solução misturada 150 pode ser dialisato regenerado para uso no tratamento de hemodiálise.

[0030] É vantajoso fornecer um recipiente 100 incluindo um primeiro componente do pó 125, enquanto se introduz um segundo componente do fluido a partir de uma fonte externa, para formar uma solução de bicarbonato usada em hemodiálise, para que o recipiente 100 possa ser facilmente transportável e utilizável, por exemplo, em localizações geográficas com recursos limitados. Por exemplo, áreas móveis, rurais e em desenvolvimento podem ter acesso limitado à água doce. O recipiente 100 de acordo com a presente revelação pode incluir um pó para se misturar em sistemas de baixo fluxo com baixos volumes de água doce ou

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12/18 um dialisato gasto que pode ser regenerado para uso. Além disso, ao não incluir o componente fluido, mas em vez disso fornecê-lo externamente para mistura imediata, o recipiente 100 pode ser facilmente transportável, uma vez que os líquidos podem aumentar as preocupações quanto a vazamentos, perfurações e limites de peso.

[0031] Nas modalidades, o filtro 120 pode ser acoplado a, pelo menos, uma porção de um diâmetro interno 165 do saco 105. 0 filtro 120 pode ser acoplado ao diâmetro interno 165 por adesivos, costuras e semelhantes. Com referência agora à FIG. 2A, uma modalidade de uma vista em corte superior de A-A na FIG. 2 é mostrada. 0 filtro 120 pode ser acoplado a todo o diâmetro interno 165, para que o fluido possa fluir apenas para o recipiente 100 através da tampa 130, embora uma saída 157 possa ser separada do filtro 120. A solução 150 pode fluir verticalmente para baixo na segunda porção 115 depois de passar através do filtro 120. Com referência agora à FIG. 2B, o filtro 125 pode ser acoplado a uma porção do diâmetro interno 165 do saco 105 de modo que a saída 157 seja uma porção separada de uma entrada 158. A saída 157 pode permitir que a solução misturada 150 saia do recipiente 100 na direção indicada pela seta 161 sem interagir com o fluido que entra. Deve ser entendido que o pó 125 e o fluido que entra através da entrada 158 não interage com a solução misturada 150, uma vez que isto pode afetar a concentração da solução de bicarbonato. A saída 157 pode ser acoplável a uma área inferior 185 do recipiente, de modo que a solução misturada 150 possa ser retirada do recipiente. Nas modalidades ilustradas, um tubo 159 pode se estender a partir da tampa

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130 para a área inferior 185 do recipiente, de modo que a solução misturada 150 possa ser retirada através da saída 157. O tubo pode se estender em torno e/ou através do filtro de uma maneira que retenha áreas de saída 157 e de entrada 158 separadas para atenuar a mistura entre o fluxo de fluido que entra e o fluxo de fluido de saída.

[0032] Em outras modalidades, um conector (não mostrado) pode ser fixo ao fundo 170 do saco 105. O fundo 170 do saco 105 pode ser inclinado para aumentar o fluxo de fluido para fora do saco 105. Por exemplo, a FIG. 1 mostra uma bota, ou o formato de dedo do pé no fundo 170 do saco 105. O conector (não mostrado), quando ligado ao fundo 170 do saco, permite que a solução misturada 150 flua para fora da segunda porção 115 para uso no sistema de hemodiálise 102.

[0033] Independentemente da fixação do filtro 120, a tampa 130 pode ser configurada para permitir o fluxo de fluido apenas como direcionado através do filtro 120 e pó 125, de modo que o fluido não possa se desviar e ser misturado com o pó 125 e filtrar quaisquer partículas não dissolvidas através do filtro 125 antes de entrar na segunda porção 115. Tal configuração, por exemplo, pode permitir que a solução misturada na segunda porção 115 saia através da saída 157 na tampa 130 em vez de a partir de um fundo 170 do saco 105. Várias outras configurações do filtro que cobrem outras porções do diâmetro do saco são contempladas dependendo das dimensões do saco, profundidade do filtro, taxa de fluxo através do filtro, material de filtro, aberturas da malha, etc.

[0034] A tampa 130 pode ser acoplada a um topo 105d do saco 105, e inclui a abertura 155 para receber um fluido

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14/18 líquido do dispositivo de hemodiálise 102 para a entrada 158. Como mostrado na FIG. 1, a tampa 130 pode incluir protuberâncias 160, para se fixar a um dispositivo de hemodiálise 102. A tampa 130 pode incluir ainda um cabo 165 para ajudar um usuário a fixar o recipiente 100 ao dispositivo de hemodiálise 102. Em algumas modalidades, a gravidade pode ser invocada para o fluido entrar no saco através da tampa 130 para a primeira porção 110, que então satura o pó e passa através do filtro 120 para a segunda porção 115. Em algumas modalidades, quando o fluido entra na primeira porção 110 e se mistura com o pó, o fluido fluirá de uma área de pressão mais alta para uma área de pressão mais baixa, por exemplo, a segunda porção 115. A solução 150 pode fluir para a segunda porção 115 a uma taxa de fluxo e volume de fluxo predeterminados, em função do fluido que flui para a primeira porção 110.

[0035] As FIGS. 3 a 5 ilustram modalidades de um ou mais defletores 175 incluídos no recipiente 100. Como ilustrado, os defletores 175 podem estar dispostos na segunda porção 115 do saco 105 para ajudar na geração de turbulência da solução 150 para assegurar uma mistura homogênea do fluido e do pó. Por exemplo, os defletores 175 podem ser em formato de disco, embora sejam previstos outros formatos, incluindo, mas não se limitando a, retangular, circular e aerofólio. Em algumas modalidades, os defletores 175 podem incluir aberturas. De acordo com uma modalidade da presente revelação, um recipiente 100 pode incluir defletores 175 e pó 125 na mesma porção. Por exemplo, em vez de um filtro 120 para reter quaisquer partículas de pó não dissolvidas separadas da solução misturada, os defletores 175 podem

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15/18 gerar turbulência na solução misturada para conseguir homogeneização.

[0036] Os defletores 175 podem ser dispostos em qualquer porção da segunda porção 115 do saco 105 para aumentar a turbulência da solução 150 depois de passar através do filtro 120. A FIG. 3 mostra, por exemplo, os defletores 175 posicionados em direção ao filtro 120 em uma área superior 180 da segunda porção 115. A FIG. 4 mostra os defletores 175 dispostos em uma área inferior 185 da segunda porção 115. A FIG. 5 mostra os defletores 175 que se estendem dos lados 150a, 150c do saco 105. Os defletores 175 podem ser acopláveis no recipiente 100 por meios conhecidos. Por exemplo, os defletores 175 podem ser acopláveis à primeira porção 110 e/ou ao filtro 120 através de um braço 190. Os defletores 175 podem ser acopláveis ao saco 105 por adesivos e semelhantes. Em alguns exemplos, os defletores podem ser configurados para girar ou, de outro modo, podem se mover ou ser móveis na segunda porção de modo a conferir maior turbulência e mistura.

[0037] Em outras modalidades, em vez de, ou em adição aos defletores 175 incluídos no recipiente 100, o recipiente 100 pode ser configurado para receber vibrações, oscilações ou movimento de agitação para gerar turbulência da solução misturada 150. Por exemplo, um motor (não mostrado) pode ser conectado interno ou externo ao dispositivo de hemodiálise de modo que as vibrações forneçam à solução misturada 150 uma turbulência adicional para assegurar a homogeneização. Opcionalmente, um sistema pode ser configurado para quantidades predeterminadas de pó a ser medido em um volume de fluxo de fluido a partir de um

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16/18 inventário de pó no sistema para fornecer uma solução homogênea misturada.

[0038] Para regeneração, o dispositivo de hemodiálise pode incluir um ou mais sensores para detectar características do fluido líquido. Por exemplo, quando o fluxo de fluido é de um dialisato gasto ou outros componentes de dialisato, o dispositivo de hemodiálise 102 pode analisar um ou mais valores característicos do fluxo de fluido, para determinar o gasto metabólico para remoção e os eletrólitos, tampões e agentes osmóticos para infusão. Os valores característicos podem ser detectados e medidos por vários sensores, incluindo, entre outros, sensores de condutividade e polarização óptica. Os valores característicos podem então ser comparados com um ou mais valores de referência que foram predeterminados e armazenados em uma memória do dispositivo de hemodiálise 102. Os valores comparados determinam então quais são as alterações do dialisato, de modo que o dispositivo de hemodiálise 102 pode regenerar e/ou infundir o dialisato para os níveis apropriados. Este feedback do sistema das características permite que o dispositivo de hemodiálise assegure a concentração adequada do dialisato.

[0039] Com referência agora à FIG. 7, é mostrado um método para operar um dispositivo de hemodiálise 700. O dispositivo de hemodiálise 102 pode incluir um recipiente 100, 300, 400, 500, 600 para formar uma solução para uso no dispositivo de hemodiálise 102. Em 705, um fluido pode fluir para uma primeira porção do recipiente, onde a primeira porção contém um pó. Em 710, é formada uma solução que inclui o fluido e pelo menos uma porção de um pó

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17/18 dissolvido. Em 715 a solução do fluido e de pelo menos a porção do pó dissolvido é filtrada através de um filtro, sendo o filtro disposto entre a primeira porção e uma segunda porção. Nas modalidades, a segunda porção está disposta verticalmente abaixo da primeira porção, de modo que a gravidade auxilia no processo de filtragem permitindo que a solução flua para baixo. Em 720, a solução é passada através do filtro para a segunda porção do recipiente. Quaisquer partículas não dissolvidas permanecem na primeira porção 110 retidas pelo filtro, assegurando que a solução 150 na segunda porção 115 é homogênea.

[0040] Como usado aqui, um elemento ou operação recitado no singular e prosseguido com a palavra um ou uma deve ser entendido como não excluindo vários elementos ou operações, a menos que tal exclusão seja explicitamente recitada. Além disso, as referências a uma modalidade da presente revelação não se destinam a ser interpretadas como excluindo a existência de modalidades adicionais que também incorporam as características citadas.

[0041] A presente revelação não deve ser limitada no seu escopo pelas modalidades específicas aqui descritas. De fato, outras várias modalidades e modificações da presente revelação, além das aqui descritas, serão evidentes para os versados na técnica, a partir da descrição anterior e dos desenhos anexos. Assim, essas outras modalidades e modificações se destinam a fazer parte do escopo da presente revelação. Além disso, embora a presente revelação tenha sido descrita no presente documento no contexto de uma implementação particular em um ambiente particular para uma finalidade particular, os versados na técnica

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18/18 reconhecerão que a sua utilidade não está limitada a ela e que a presente revelação pode ser benéfica implementada em qualquer número de ambientes para qualquer número de propósitos. Consequentemente, as reivindicações apresentadas a seguir devem ser interpretadas tendo em vista a amplitude e o espirito da presente revelação como descrita no presente documento.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Recipiente para formar uma solução para uso em um dispositivo de hemodiálise, em que o recipiente é caracterizado por compreender:

uma primeira porção compreendendo um pó;

uma segunda porção separada de, e em comunicação de fluido com, a primeira porção;

um filtro disposto entre a primeira porção e a segunda porção;

em que o recipiente está configurado para receber um fluxo de fluido para a primeira porção para pelo menos parcialmente dissolver o pó formando, assim, uma solução, de modo que a solução e pelo menos uma porção do pó dissolvido possa passar através do filtro para a segunda porção, e, além disso, de modo que qualquer porção não dissolvida do pó não possa passar através do filtro para a segunda porção.
2. Recipiente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a solução do fluido e de pelo menos a porção do pó dissolvido filtrada na segunda porção do recipiente é homogênea.
3. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-2, caracterizado por compreender ainda uma tampa acoplada ao recipiente, a primeira porção do recipiente sendo configurada para receber o fluxo de fluido através da tampa.
4. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-3, caracterizado por compreender um exterior do recipiente que é formado por um material

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2/4 plástico de grau medicinal.
5. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3-4, caracterizado pelo fato de que a tampa é acoplável de modo removível ao dispositivo de hemodiálise.
6. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-5, caracterizado pelo fato de que, em um estado fixo, a primeira porção está posicionada verticalmente acima da segunda porção, de modo que o fluido seja fluível a partir da primeira porção e possa passar através do filtro para a segunda porção.
7. Recipiente, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que pelo menos uma dentre a primeira porção e a segunda porção do recipiente está inclinada para promover o fluxo de fluido.

8. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-7, caracterizado pelo fato de que o recipiente é feito de um material flexível. 9. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-8, caracterizado por compreender ainda um defletor disposto no recipiente. 10. Recipiente, , de acordo com a reivindicação 9,

caracterizado pelo fato de que o defletor está disposto em pelo menos uma dentre uma área inferior e área superior da segunda porção do recipiente.
11. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-10, caracterizado por compreender ainda um ou mais defletores dispostos ao longo dos lados da segunda porção do recipiente.
12. Recipiente, de acordo com qualquer uma das

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3/4 reivindicações 1-11, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de hemodiálise inclui um ou mais sensores para detectar características do fluxo de fluido no recipiente.
13. Recipiente, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-12, caracterizado pelo fato de que o filtro é acoplado a pelo menos uma porção de um diâmetro interno do recipiente.
14. Sistema de hemodiálise caracterizado por compreender um dispositivo de hemodiálise, e um recipiente para formar uma solução para uso no dispositivo de hemodiálise, em que o recipiente inclui:

uma primeira porção compreendendo um pó;

uma segunda porção disposta separada de, e em comunicação de fluido com, a primeira porção;

um filtro disposto entre a primeira porção e a segunda porção;

em que o recipiente está configurado para receber um fluxo de fluido para a primeira porção para pelo menos parcialmente dissolver o pó formando, assim, uma solução, de modo que a solução e pelo menos uma porção do pó dissolvido possa passar através do filtro para a segunda porção, e, além disso, de modo que qualquer porção não dissolvida do pó não possa passar através do filtro para a segunda porção.
15. Sistema de hemodiálise, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de hemodiálise inclui um ou mais sensores para detectar características do fluxo de fluido no recipiente.
16. Sistema de hemodiálise, de acordo com qualquer uma das reivindicações 14-15, caracterizado pelo fato de que o

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4/4 dispositivo de hemodiálise inclui um ou mais sensores para detectar características de um fluxo de fluido da solução na segunda porção do recipiente.
17. Sistema de hemodiálise, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15-16, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de hemodiálise é configurado para comparar as características do fluxo de fluido no recipiente com um ou mais valores predeterminados.
18. Sistema de hemodiálise, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que o dispositivo de hemodiálise é configurado para infundir o fluxo de fluido com base nas características comparadas, de modo que a solução do fluxo de fluido e o pó tenham uma concentração determinada pelo dispositivo de hemodiálise.
19. Sistema de hemodiálise, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15-18, caracterizado pelo fato de que um ou mais sensores detectam uma condutividade do fluxo de fluido.
20. Recipiente para formar uma solução para uso em um dispositivo de hemodiálise, em que o recipiente é caracterizado por compreender:

uma área de entrada, em que o recipiente está configurado para receber um fluxo de fluido através da área de entrada;

uma área de saída;

um ou mais defletores configurados para gerar uma turbulência do fluxo de fluido no recipiente e capaz de, pelo menos parcialmente, dissolver um pó com o fluxo de fluido, de modo que a solução do fluido e do pó dissolvido possa passar para a área de saída.