BR112014028453B1 - Processo para produzir um cabo de energia - Google Patents

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Abstract

processo para produzir um cabo de energia. processo para produzir um cabo de energia compreendendo pelo menos um núcleo eletricamente condutor e pelo menos uma camada termoplástica eletricamente isolante, que compreende as etapas de: impregnar um material termoplástico na forma sólida subdividida, apresentando uma entalpia de fusão igual ou mais baixa que 70 jig, com um fluido dielétrico para obter um material termoplástico impregnado; alimentar dito material termoplástico impregnado em forma sólida subdividida a um extrusor de parafuso único, e extrusar o material termoplástico impregnado sobre dito pelo menos um núcleo eletricamente condutor, de modo a formar dita pelo menos uma camada termoplástica eletricamente isolante; por meio do qual dito material termoplástico impregnado não está submetido a qualquer etapa de homogeneização mecânica em um estado de fusão. o processo acima permite obter cabos de energia apresentando uma grande quantidade do fluido dielétrico na camada eletricamente isolante, por exemplo, mais alta que 10% em peso sem mostrar quaisquer defeitos morfológicos na própria camada e quaisquer deficiências no processo de extrusão, mesmo quando a velocidade de rotação do parafuso extrusor e portanto, a velocidade de produção do cabo são altas (por exemplo, mais alta que 20 m/min para cabo de média tensão).

Description

Fundamentos da invenção
[001]A presente invenção relaciona-se a um processo para produzirum cabo de energia. Em particular, a presente invenção relaciona-se a um processo para produzir um cabo de energia para transportar ou distribuir energia elétrica especialmente energia elétrica de média ou alta tensão, dito cabo possuindo pelo menos uma camada termoplástica eletricamente isolante.
[002]Cabos para transportar energia elétrica geralmente incluempelo menos um núcleo de cabo. O núcleo de cabo é usualmente formado por pelo menos um condutor sequencialmente coberto por uma camada polimérica interna apresentando propriedades semicondutoras, uma camada polimérica intermediária apresentando propriedades eletricamente isolantes, uma camada polimérica externa apresentando propriedades semicondutoras. Cabos para transportar energia elétrica de média ou alta tensão incluem geralmente pelo menos um núcleo de cabo rodeado por pelo menos uma camada de tela, tipicamente constituída de metal ou metal e material polimérico. A camada de tela pode ser feita na forma de fios (trançados), de uma fita enrolada helicoidalmente em tomo do núcleo do cabo ou uma folha rodeando longitudinalmente o núcleo do cabo. As camadas poliméricas rodeando o pelo menos um condutor são comumente feitas de um polímero de enlace cruzado baseado em poliolefma, em particular polietileno de enlace cruzado (XLPE), ou etileno/propileno elastomérico (EPR) ou copolímeros de etileno/propileno/dieno (EPDM), também de enlace cruzado, conforme descrito, por exemplo, em WO 98/52197. A etapa de enlaçamento cruzado, realizada após extrusão do material polimérico no condutor, dá ao material propriedades mecânicas e elétricas satisfatórias, mesmo sob altas temperaturas, durante uso contínuo e com sobrecarga de corrente.
[003]Para equacionar exigências para materiais que não deveriam ser prejudiciais ao ambiente, durante a produção e durante o uso, e que deveriam ser recicláveis no final da vida do cabo, foram recentemente desenvolvidos cabos de energia apresentando um núcleo de cabo feito de materiais termoplásticos, isto é, materiais poliméricos que não são de enlace cruzado e então podem ser reciclados no final da vida do cabo.
[004]A esse respeito, são conhecidos e descritos cabos de energiacompreendendo uma camada de revestimento, por exemplo, a camada de isolamento, com base em uma matriz de polipropileno intimamente misturada com o fluido dielétrico, por exemplo, em WO 02/03398, WO 02/27731, WO 04/066317, WO 04/066318, WO 07/048422, WO 08/058572, e WO 11/092533. A matriz de polipropileno útil para esta espécie de cabos compreende homopolímero ou copolímero de propileno ou ambos, caracterizados por uma cristalinidade relativamente baixa, de modo a prover o cabo de uma flexibilidade adequada, porém não prejudicando propriedades mecânicas e resistência a termopressão no cabo operativo e sobrecargas de temperatura. O desempenho do revestimento do cabo, especialmente da camada isolante do cabo, é também afetado pela presença do fluido dielétrico intimamente misturado com dita matriz de polipropileno. O fluido dielétrico não deveria prejudicar as propriedades mecânicas acima mencionadas e a resistência a termopressão e deveria ser intimamente e homogeneamente misturado com a matriz polimérica.
[005]Para uma produção industrial dos cabos de energia acimaapresentando uma camada termoplástica eletricamente isolante é portanto, necessário visualizar e desenvolver um processo que permita misturar homogeneamente o fluido dielétrico com o material termoplástico em uma quantidade predeterminada, sem prejudicar a estabilidade do processo de extrusão, o que pode ser influenciado negativamente pela presença do fluido dielétrico nas etapas de extrusão iniciais, quando o polímero ainda não está fundido. De fato, devido às propriedades lubrificantes do fluido dielétrico, isto pode causar irregularidades no movimento e plastificação do material polimérico ao longo do cilindro do extrusor.
[006]Uma solução possível para o problema técnico acima édescrita no Pedido de Patente Internacional WO 02/47092, que se relaciona a um processo para produzir um cabo provido de pelo menos um revestimento termoplástico, que compreende: extrusão de um polímero termoplástico e pelo menos um líquido dielétrico; passar dito material termoplástico através de pelo menos um misturador estático; depositar e conformar dito material termoplástico em tomo de um condutor, de modo a obter uma camada de revestimento termoplástico sobre o dito condutor. A adição do líquido dielétrico ao polímero termoplástico é preferivelmente realizada conforme mostrado nos exemplos de trabalho, injetando um líquido no extrusor em uma zona onde o polímero já está em estado de fusão, isto é, uma zona a jusante do extrusor. Possivelmente, de acordo com uma solução alternativa, o líquido dielétrico pode ser adicionado ao polímero termoplástico quando o dito polímero está no estado sólido, a saber: a) durante alimentação do polímero termoplástico no extrusor; b) antes da alimentação acima; ou c) em uma zona do extrusor onde o polímero termoplástico está em um estado sólido. No caso b), a adição de um líquido dielétrico pode ser realizada durante uma etapa prévia de composição do polímero em um misturador (descontínua ou continuamente) ou impregnando o polímero na forma de grânulos ou pó. Em qualquer caso, de acordo com a divulgação de WO 02/47092, para obter uma uniformidade do líquido dielétrico distribuído através do revestimento do cabo, uma etapa de homogeneização precisa ser executada a jusante da etapa de extrusão por meio de um misturador estático.
[007] O Pedido de Patente Internacional WO 02/27731 relaciona-se a um cabo compreendendo pelo menos um condutor elétrico e pelo menos uma camada de cobertura extrusada com base em um material polímero termoplástico em mistura com um líquido dielétrico. A mistura da base de polímero com o líquido dielétrico pode ser efetuada, por exemplo, por um misturador interno possuindo rotores tangenciais ou interpenetrantes, ou por um misturador contínuo, por exemplo, um misturador Ko-Kneader (Buss) ou um co ou contrarrotativo extrusor de rosca dupla. Nos exemplos de trabalho, é relatado um método para obter espécimes de cabos a serem submetidos a medições de rigidez dielétrica, onde o homopolímero ou copolímero de propileno na forma de grânulos e o líquido dielétrico, juntamente com um antioxidante, foram alimentados em um extrusor de rosca dupla. A mistura acima obtida foi então passada em um extrusor de rosca simples para homogeneização adicional e filtrada. A mistura filtrada foi então alimentada em um ouro extrusor, filtrado novamente e passado em uma cabeça tripla para deposição, simultaneamente com as camadas semicondutoras, para formar uma camada tripla sobre o condutor metálico. Outras medições de rigidez dielétrica foram efetuadas em espécimes em forma de lente da composição termoplástica acima, que foram obtidas moldando discos do material isolante que foram previamente produzidos começando a partir de grânulos do material polimérico impregnado com o líquido dielétrico, conforme segue. O polímero na forma granular foi pré aquecido a 80°C em um turbo misturador, e então o líquido dielétrico foi adicionado aos grânulos sob agitação a 80°C por 15 minutos. Após adição, a agitação foi continuada por uma hora adicional a 80°C, até que o líquido foi completamente absorvido nos grânulos do polímero. Posteriormente, o material foi amassado em um misturador de rosca dupla de laboratório a uma temperatura de 185°C para completa homogeneização. O material deixa o misturador de rosca dupla na forma de grânulos, que foram então comprimidos para formar discos e então moldados para obter os espécimes em forma de lente.
[008] A Patente US No. 3.445.394 relaciona-se a uma composição dielétrica consistindo de uma poliolefma em fase sólida, em particular polietileno, tendo disperso nela um óleo de hidrocarboneto aromático e um aditivo estabilizador de tensão. As uniões aditivo-óleo são também efetivas como estabilizadores de tensão em polietileno de alta densidade (baixa pressão) e em outras poliolefmas, por exemplo, polipropileno. A união de hidrocarbonetos altamente aromáticos e aditivo estabilizador de tensão é usada na poliolefma em uma quantidade efetiva para atuar como um estabilizador de tensão, particularmente uma quantidade de 1 a 10% em peso, baseada na quantidade da poliolefma. As composições são preparadas unindo o óleo e o estabilizador. Então, a união é adicionada a um tambor misturador no qual a poliolefma já havia sido introduzida previamente. A poliolefma é granular e absorve a união no tambor misturador. Subsequentemente, a composição misturada é conformada por extrusão para formar o isolamento do fio.
[009] Na Patente GB No. 1.303.334, é descrito um cabo ou fio elétrico possuindo um isolamento compreendendo um polímero de olefina sólido juntamente com um ou mais estabilizadores de tensão constituídos por aromáticos polimerizáveis ou outros compostos monoméricos cíclicos. Estes compostos monoméricos podem, por exemplo, ser introduzidos no polímero de olefina pela impregnação do polímero de olefina granular antes da extrusão. Mesmo quantidades muito pequenas do estabilizador de tensão, por exemplo, 0,1% de estireno, são suficientes para alcançar um melhoramento substancial na rigidez dielétrica do isolamento.
Sumário da invenção
[0010] De acordo com a experiência do Requerente, em princípio é possível melhorar adicionalmente a rigidez dielétrica de um material termoplástico conforme descrito acima, aumentando a quantidade de fluido dielétrico adicionado a ele. Entretanto, uma grande quantidade do fluido dielétrico, por exemplo, maior que 10% em peso, pode causar deficiências no processo de extrusão para produzir a camada isolante. Primeiramente, o fluido dielétrico não pode ser adicionado aos grânulos de polímero quando alimentados no extrusor, e também não pode ser injetado a montante do cilindro de extrusão, a saber em uma porção inicial do extrusor onde o material polimérico ainda está sólido, uma vez que o fluido dielétrico exerce uma ação lubrificante notável sobre o material, causando o deslizamento do mesmo sobre a superfície metálica do cilindro extrusor e parafuso. Tal efeito de deslizamento causa instabilidade no processo de extrusão e consequentemente uma qualidade pobre da camada isolante é observada, especialmente em termos de aumento de defeitos estruturais. As deficiências acima são particularmente evidentes quando a velocidade de rotação do parafuso extrusor é alta, isto é, quando é requerida uma alta velocidade de extrusão (por exemplo, mais alta que 20 m/min para cabo de média tensão). Se a velocidade de extrusão for reduzida substancialmente, particularmente abaixo de 20 m/min para um cabo de média tensão, o processo toma-se não atrativo de um ponto de vista industrial.
[0011] A solução visualizada em WO 02/47092 para injetar o fluido dielétrico no cilindro extrusor está sujeita a algumas deficiências, uma vez que a injeção deve ser realizada na parte terminal do extrusor, onde o material está derretido e preenche completamente o espaço interno do extrusor, portanto, a injeção precisa ser realizada com pressões muito altas. Consequentemente, podem ocorrer danos ao aparelho de injeção e também à planta de fabricação, pois o fluido dielétrico pode permanecer retido por um longo tempo, com possível degradação ou mesmo queima. Ainda mais, acúmulo local do fluido dielétrico pode ocorrer, o que pode causar um abaulamento inaceitável do material termoplástico formando a camada eletricamente isolante, tal abaulamento sendo, em alguns casos, tão expandido para causar um rompimento da camada semicondutora externa.
[0012] Com relação à possibilidade de impregnar os grânulos de polímero com o fluido dielétrico antes de alimentá-los no extrusor, conforme explicado acima, a técnica anterior ensina que é mandatório, após a etapa deimpregnação, para melhorar adicionalmente a dispersão do fluido dielétrico na matriz de polímero, submetendo o material impregnado a um processamento mecânico adicional no estado de fusão, seja antes ou depois da etapa de extrusão, para causar homogeneização do mesmo. Por exemplo, de acordo com WO 02/47092, exatamente a jusante da etapa de extrusão e antes da deposição no núcleo condutor, o material é passado através de um misturador estático, para obter a homogeneidade desejada, enquanto de acordo com WO 02/27731, para obter uma distribuição homogênea do fluido dielétrico, o material termoplástico precisa ser passado através de etapas de misturas múltiplas por extrusão. A mistura multi etapas acima causa uma complexidade aumentada das plantas de produção. Tal aumento de complexidade não só é desvantajoso do ponto de vista econômico, como também pode aumentar o risco de contaminação por poluentes e degradação da camada isolante.
[0013] Portanto, de acordo com um primeiro aspecto, a presente invenção relaciona-se a um processo para produzir um cabo de energia compreendendo pelo menos um núcleo eletricamente condutor e pelo menos uma camada termoplástica eletricamente isolante, que compreende as etapas de: -impregnar um material termoplástico na forma sólida subdividida, apresentando uma entalpia de fusão igual ou menor que 70 J/g, com um fluido dielétrico para obter um material termoplástico impregnado; -alimentar dito material termoplástico impregnado em forma sólida subdividida a um extrusor de rosca dupla; e -realizar extrusão do material termoplástico impregnado sobre o dito pelo menos um núcleo eletricamente condutor, de modo a formar dita pelo menos uma camada termoplástica eletricamente isolante; onde dito material termoplástico impregnado não está submetido a qualquer etapa de homogeneização mecânica em um estadoderretido.
[0014] Para a finalidade da presente descrição e das reivindicações que se seguem, exceto onde indicado em contrário, todos os números expressando valores, quantidades, percentuais e assim por diante, devem ser entendidos como sendo modificados em todas as situações pelo termo “cerca de”. Também, todas as faixas incluem qualquer combinação dos pontos máximo e mínimo descritos e incluem quaisquer faixas intermediárias destas, o que pode ou não ser especificamente enumerado aqui.
[0015] Na presente descrição e nas reivindicações subsequentes, “núcleo eletricamente condutor” significa um elemento eletricamente condutor feito de um material metálico, mais preferivelmente alumínio, cobre ou ligas destes, seja como uma haste ou como um multi fio encordoado ou um elemento condutor conforme acima, revestido com uma camada semicondutora.
[0016] Para as finalidades da invenção, o termo “média tensão” geralmente significa uma tensão entre 1 kV e 35 kV, ao passo que “alta tensão” significa tensões maiores que 35 kV.
[0017] O termo “camada eletricamente isolante” significa uma camada de cobertura constituída de um material apresentando propriedades isolantes, a saber possuindo uma rigidez dielétrica (força de ruptura dielétrica) de pelo menos 5 kV/mm, preferivelmente maior que 10 kV/mm.
[0018] Uma “camada semicondutora” significa uma camada de cobertura feita de um material apresentando propriedades semicondutoras, tal como uma matriz polimérica adicionada, por exemplo, com carbono negro, de modo a obter um valor de resistividade volumétrica, à temperatura ambiente, de menos de 500 Ωm, preferivelmente menos de 20 Ωm. Tipicamente, a quantidade de carbono negro pode variar entre 1 a 50% em peso, preferivelmente entre 3 e 30% em peso, em relação ao peso do polímero.
[0019] De acordo com uma realização preferida, o material termoplástico é impregnado na forma de grânulos ou pelotas, apresentando uma dimensão média de 2 a 7 mm, mais preferivelmente 3 a 6 mm.
[0020] De acordo com uma realização preferida, o material termoplástico impregnado com uma quantidade de fluido dielétrico de 8% a 40% em peso, mas preferivelmente de 10% a 30% em peso, ainda mais preferivelmente de 15 a 25% em peso, com respeito ao peso do material termoplástico.
[0021] A etapa de impregnação é preferivelmente realizada em um misturador. O misturador pode ser, por exemplo, selecionado a partir de misturadores de fita, misturadores rotativos, turbo misturadores.
[0022] O tempo requerido para obter uma impregnação completa depende principalmente das propriedades do material termoplástico e do fluido dielétrico, e também da eficiência do misturador e da temperatura de impregnação. Por exemplo, o tempo de impregnação pode variar de 10 a 60 minutos, preferivelmente de 15 a 45 minutos. O fato de que o material termoplástico apresenta uma entalpia de fusão igual ou mais baixa que 70 J/g, preferivelmente de 30 a 60 J/g, permite obter uma absorção substancialmente completa do fluido dielétrico, uma vez que o material termoplástico apresenta uma cristalinidade reduzida e portanto, é altamente compatível com o fluido dielétrico, de modo a receber rapidamente até grandes quantidades do mesmo. No final da etapa de impregnação, os grânulos ou pelotas do material termoplástico são substancialmente secos, com uma superfície não pegajosa e não oleosa. Isto é de grande vantagem para o manuseio e processamento subsequente do material impregnado.
[0023] Vantajosamente, a etapa de impregnação pode ser precedida por uma etapa de aquecimento do material termoplástico a uma temperatura de 30°C a 110°C, mais preferivelmente de 50°C a 90°C (etapa de pré aquecimento). A etapa de pré aquecimento facilita a absorção de fluido dielétrico no material termoplástico. Na ausência da etapa de pré aquecimento, a etapa de impregnação pode ser realizada com resultado satisfatório, graças à entalpia de fusão relativamente baixa do material termoplástico, porém com um tempo de impregnação mais longo. A etapa de pré aquecimento pode ser realizada antes de carregar o material termoplástico no misturador ou após o dito carregamento, antes de adicionar o fluido dielétrico.
[0024] A etapa de impregnação pode ser realizada de forma descontínua, portanto, as dimensões do misturador onde a impregnação é executada são adequadamente selecionadas para garantir uma alimentação contínua do aparelho de extrusão, principalmente com base no tempo de impregnação e velocidade de extrusão. Em alguns casos, poderia ser vantajoso prover, entre as etapas de impregnação e alimentação, uma etapa de armazenar temporariamente o material termoplástico impregnado, de modo a garantir uma alimentação contínua do aparelho de extrusão. Durante a armazenagem, o material termoplástico impregnado é também submetido a uma espécie de “maturação”, que pode aumentar adicionalmente a absorção e distribuição homogênea do fluido dielétrico no material termoplástico.
[0025] O processo de acordo com a presente invenção, permite produzir cabos de energia com uma alta velocidade de produção, usualmente de pelo menos 20 m/min, preferivelmente de pelo menos 30 m/min para cabos de média tensão. Quanto ao limite superior de velocidade, este depende de outras condições de fabricação, tal como o modelo e tamanho do extrusor ou a espécie de outros aparelhos a jusante da etapa de extrusão; naturalmente, uma velocidade de fabricação mais alta toma o processo mais atrativo do ponto de vista industrial. Quanto à velocidade de extrusão de cabos de energia de alta tensão, um melhoramento de 30-50% pode ser obtido pelo processo de acordo com a presente invenção, levando em conta que os cabos de energia de alta tensão são usualmente produzidos com uma velocidade de extrusão de cerca de 1-2 m/min.
[0026] Após a etapa de impregnação, o material termoplástico impregnado na forma subdividida é preferivelmente alimentado diretamente a um extrusor de rosca simples, onde o material, após um amassamento inicial na forma sólida, é fundido e então extrusado sobre dito pelo menos um núcleo eletricamente condutor, de modo a formar dita pelo menos uma camada termoplástica eletricamente isolante.
[0027] Deveria ser notado que um extrusor de rosca simples tem como objetivo principal fundir o polímero termoplástico e obter pressão no material fundido assim obtido, de tal modo que este pode ser extrusado através de uma matriz ou injetado em um molde. Outras máquinas de processamento, particularmente extrusores de rosca dupla, não só fundem o material termoplástico, como também exercem um efeito de mistura notável sobre o mesmo. Em outras palavras, substancialmente nenhuma mistura de componentes do material termoplástico pode ser obtida usando um extrusor de rosca única, enquanto uma ação de mistura é tipicamente efetuada por um extrusor de rosca dupla.
[0028] Em qualquer caso, o processo de acordo com a invenção não requer qualquer etapa de homogeneização mecanismo em um estado fundido do material impregnado, no sentido de melhorar a dispersão do fluido dielétrico no dito material termoplástico. Isto é uma vantagem considerável em termos de produtividade, bem como de custo inicial de manutenção para a planta de produção. Deveria ser notado que conforme explicado acima, o extrusor de rosca simples, usado para extrusar o material termoplástico impregnado sobre o núcleo eletricamente condutor não exerce uma homogeneização mecânica real sobre o próprio material.
[0029] Ainda mais, o uso de um extrusor de rosca única apresenta vantagens notáveis com respeito a extrusores de rosca dupla. Conforme já dito acima, um extrusor de rosca única pode construir uma pressão significativa sobre um material fundido, que então pode ser efetivamente alimentado à miscabeça de extrusão. Inversamente, a pressão sobre o material fundido obtida por um extrusor de rosca dupla é por vezes insuficiente para extrusar efetivamente o material termoplástico sobre o núcleo condutor, requerendo então a adição de uma bomba adequada para aumentar a pressão do material fundido, antes de alimentá-lo na cabeça de extrusão.
[0030] O material termoplástico pode ser constituído por um único polímero termoplástico ou por uma mistura de pelo menos dois polímeros termoplásticos. Conforme relatado acima, o material termoplástico possui uma entalpia de fusão igual ou menor que 70 J/g, preferivelmente de 30 a 60 J/g, o que deve ser pretendido como a entalpia de fusão global medida sobre o material termoplástico por análise de Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC).
[0031] De acordo com uma realização preferida, o material de polímero termoplástico é selecionado a partir de: -pelo menos um copolímero (i) de propileno com pelo menos um comonômero de olefina selecionado a partir de etileno e uma cc-olefma diferente de propileno, dito copolímero apresentando um ponto de fusão maior ou igual a 130°C e uma entalpia de fusão de 20 J/g a 90 J/g; -uma união de pelo menos um copolímero (i) com pelo menos um copolímero (ii) de etileno com pelo menos uma a-olefina, dito copolímero (ii) apresentando uma entalpia de fúsão de 0 J/g a 120 J/g; -uma união de pelo menos um homopolímero de propileno com pelo menos um copolímero (i) ou copolímero (ii); pelo menos um dentre o copolímero (i) e o copolímero (ii) sendo um copolímero heterofásico.
[0032] Como “copolímero heterofásico” é designado um copolímero no qual domínios elastoméricos, por exemplo, de elastômero de etileno- propileno (EPR), são dispersos em uma matriz de homopolímero propileno ou copolímero.
[0033] A pelo menos uma camada eletricamente isolante pode apresentar uma espessura de pelo menos 8 mm, por exemplo, de pelo menos 12 mm. A espessura da camada isolante depende da tensão pretendida para ser levada pelo cabo e da estrutura global do cabo (composições e configuração de condutor, espécie de material empregado para as camadas isolantes, etc.). Por exemplo, um cabo isolado por polietileno destinado a conduzir 400 kV e apresentando um condutor único constituído de fios de cobre encordoados pode ter uma camada isolante de 27 mm de espessura.
[0034] Preferivelmente, o material de polímero termoplástico possui um índice de fluxo de fusão (MFI), medido a 230°C com uma carga de 21,6 N de acordo com o Padrão ASTM D1238-00, a partir de 0,05 graus/min, mais preferivelmente de 0,4 graus/min a 5,0 graus/min.
[0035] O comonômero de olefina no copolímero (i) pode ser etileno ou uma a-olefina da fórmula CH2=CH-R, onde R é um alquil linear ou ramificado C2-C10 selecionado, por exemplo, a partir de: 1-buteno, 1-penteno, 4-metil-l-penteno, 1-hexeno, 1-octeno, 1-deceno, 1-dodeceno, ou misturas dos mesmos. Copolímeros de propileno/etileno são particularmente preferidos.
[0036] O comonômero de olefina do copolímero (i) está preferivelmente presente em uma quantidade igual ou menor que 15 mol%, mais preferivelmente igual ou mais baixa que 10 mol%.
[0037] O comonômero de olefina no copolímero (ii) pode ser uma olefina da fórmula CH2=CHR, onde R representa um grupo de alquil linear ou ramificado contendo de 1 a 12 átomos de carbono. Preferivelmente, dita olefina é selecionada a partir de: 1-buteno, isobutileno, 1-penteno, 4-metil-l- penteno, 1-hexeno, 1-octeno, 1-dodeceno, ou misturas dos mesmos. Propileno, 1-buteno, 1-hexeno e 1-octeno são particularmente preferidos.
[0038] De acordo com uma realização preferida, pelo menos um copolímero (ii) é um copolímero de polietileno linear de baixa densidade(LLDPE). Preferivelmente, o comonômero de olefina no LLDPE está presente em uma quantidade de 2 a 12% em peso.
[0039] De acordo com uma realização preferida, copolímero (i) ou copolímero (ii) ou ambos são copolímeros randômicos. Com “copolímero randômico” é designado um copolímero no qual os comonômeros são randomicamente distribuídos ao longo da cadeia de polímero.
[0040] Vantajosamente, no copolímero (ii) ou copolímero (ii) ou ambos, quando heterofásicos, uma fase elastomérica está presente em uma quantidade igual ou maior que 45% em peso, com respeito ao peso total do copolímero.
[0041] Copolímeros (i) ou (ii) heterofásicos particularmente preferidos são aqueles onde a fase elastomérica consiste de um copolímero elastomérico de etileno e propileno compreendendo 15% em peso a 50% em peso de etileno e de 50% em peso a 85% em peso de propileno com respeito ao peso da fase elastomérica.
[0042] Copolímeros (ii) heterofásicos preferidos são copolímeros de propileno, em particular: (ii-a) copolímeros apresentando a seguinte composição de monômero: 35 mol% - 90 mol% de etileno; 10 mol% - 65 mol% de uma a- olefina alifática, preferivelmente propileno; 0 mol% - 10 mol% de um polieno, preferivelmente um dieno, mais preferivelmente, 1,4-hexadieno ou 5- etileno-2-norbomeno (borrachas EPR e EPDM pertencem a esta classe); (ii-b) copolímeros apresentando a seguinte composição de monômero: 75 mol% - 97 mol%, preferivelmente 90 mol% - 95 mol%, de etileno; 3 mol% - 25 mol%, preferivelmente 5 mol% - 10 mol%, de uma a- olefina alifática; 0 mol% - 5 mol%, preferivelmente 0 mol% - 2 mol%, de um polieno, preferivelmente um dieno (por exemplo, copolímeros de etileno/1- octeno).
[0043] Copolímeros heterofásicos podem ser obtidos por copolimerização sequencial de: 1) propileno, possivelmente contendo quantidades menores de pelo menos um comonômero de olefina selecionado a partir de etileno e uma oc-olefma diferente de polipropileno; e então de: 2) uma mistura de etileno com uma a-olefma, em particular propileno, opcionalmente com menores porções de um polieno.
[0044] O termo “polieno” significa em geral um dieno conjugado ou não conjugado, trieno ou tetraeno. Quando um comonômero de dieno estápresente, este comonômero geralmente contém de 4 a 20 átomos de carbono e é preferivelmente selecionado a partir de: diolefmas lineares conjugadas ou não conjugadas, tais como, por exemplo, 1,3-butadieno, 1,4-hexadieno, 1,6- octadieno e similares; dienos monocíclicos ou policíclicos, tais como, por exemplo, 1,4-ciclohexadieno, 5-etilideno-2-norbomeno, 5-metileno-2- norbomeno, vinilnorbomeno ou misturas dos mesmos. Quando um comonômero de trieno ou tetraeno está presente, este comonômero geralmente contém 9 a 30 átomos de carbono e é preferivelmente selecionado a partir de trienos ou tetraenos contendo um grupo de vinil na molécula ou um grupo 5-norbomen-2-il na molécula. Exemplos específicos de comonômeros de trieno ou tetraeno que podem ser usados na presente invenção são: 6,10- dimetil-1,5,9-undecatrieno, 5,9-dimetil-1,4,8-decatrieno, 6,9-dimetil-1,5,8- decatrieno,6,8,9-trimetil-1,6,8-decatrieno,6,10,14-trimetil-1,5,9,13-pentadecatetraeno, ou misturas dos mesmos. Preferivelmente, o polieno é um dieno.
[0045] Preferivelmente, o copolímero (i) ou copolímero (ii) ou ambos apresentam um ponto de fusão de 140°C a 180°C.
[0046] Preferivelmente, o copolímero (i) possui uma entalpia de fusão de 25 J/g a 80 J/g.
[0047] Preferivelmente, o copolímero (ii) apresenta uma entalpia de fusão de 10 J/g a 90 J/g quando heterofásico e de 50 J/g a 100 J/g quando homofásico (substancialmente livre de fase heterofásica).
[0048] Vantajosamente, quando o material termoplástico da camada isolante compreende uma união do copolímero (i) e do copolímero (ii), a relação entre o copolímero (i) e o copolímero (ii) é de 1:9 a 8:2, ••preferivelmente de 2:8 a 7:3.
[0049] Vantajosamente, quando o material termoplástico da camada isolante compreende uma união de um homopolímero de propileno e pelo menos uma de copolímero (i) e copolímero (ii), a relação entre o homopolímero de propileno e o copolímero (i) ou copolímero (ii) ou ambos é de 0,5:9,5 para 5:5, preferivelmente de 1:9 a 3:7.
[0050] Preferivelmente, o material termoplástico da camada isolante compreende uma união de homopolímero de propileno com um copolímero (i) e dois copolímeros (ii); neste caso, um dos copolímeros (ii) é um copolímero heterofásico, enquanto o outro é homofásico.
[0051] Quanto ao fluido dielétrico, alta compatibilidade entre o fluido dielétrico e o material termoplástico é necessária para obter uma dispersão microscopicamente homogênea do fluido dielétrico no material de polímero. O fluido dielétrico adequado para formar a camada termoplástica eletricamente isolante não deveria compreender compostos polares ou somente uma quantidade limitada destes, no sentido de evitar um aumento significativo das perdas dielétricas.
[0052] Preferivelmente, a concentração por peso do dito pelo menos um fluido dielétrico no dito material termoplástico é mais baixa que a concentração de saturação do dito fluido dielétrico no dito material termoplástico. A concentração de saturação do fluido dielétrico no material polímero termoplástico pode ser determinada por um método de absorção de fluido em espécimes de Dumbell conforme descrito, por exemplo, em WO 04/066317.
[0053] Utilizando o fluido dielétrico em uma quantidade conforme definido acima, propriedades termomecânicas da camada isolante são mantidas e exsudação do fluido dielétrico a partir do material termoplástico é evitada.
[0054] O pelo menos um fluido dielétrico é geralmente compatível com o material termoplástico. “Compatível” significa que a composição química do fluido e do material termoplástico é tal que resulta em uma dispersão microscopicamente homogênea do fluido dielétrico no material de polímero, ao misturar o fluido no polímero, similarmente a um plastificador.
[0055] De acordo com uma realização adicional preferida, o fluido dielétrico possui um ponto de fusão ou um ponto de fluidez de -130°C a +80°C.
[0056] Fluidos dielétricos adequados para uso no cabo da invenção são descritos, por exemplo, em WO 02/03398, WO 02/27731, WO 04/066318, WO 07/048422 e WO 08/058572, todas em nome do Requerente.
[0057] De acordo com uma realização preferida adicional, o fluido dielétrico apresenta uma viscosidade predeterminada, no sentido de evitar a rápida difusão do líquido dentro da camada isolante e daí sua migração para fora, bem como para habilitar o fluido dielétrico a ser facilmente alimentado e absorvido pelo material termoplástico na forma sólida subdividida. Geralmente, o fluido dielétrico da invenção tem uma viscosidade, a 40°C, de 0,01 cm2/s a 1 cm2/s (1 cSt a 100 cSt), preferivelmente de 0,05 cm2/s a 1 cm2/s (5 cSt a 100 cSt) (medido de acordo com o padrão ASTM D455-03).
[0058] Um fluido dielétrico de acordo com a invenção, apresenta uma relação do número de átomos de carbono aromático para o número total de átomos de carbono (a seguir também referida como Car/Ctot) maior ou igual a 0,3. Preferivelmente, Car/Ctoté mais baixa que 1. Por exemplo, Car/Ctot é de 0,4 a 0,9. O número de átomos de carbono aromático é destinado a ser o número de átomos de carbono que fazem parte de um anel aromático. A relação do número de átomos de carbono aromático com respeito ao número total de átomos de carbono pode ser determinada de acordo com o padrão ASTM de3238-95 (2000)el.
[0059] Exemplos de fluidos dielétricos adequados são: óleos aromáticos, sejam monocíclicos, policíclicos (condensados ou não) ou heterocíclicos (isto é, contendo pelo menos um heteroátomo selecionado a partir de oxigênio, nitrogênio ou enxofre, preferivelmente oxigênio), onde metades aromáticas ou heteroaromáticas são substituídas por pelo menos um grupo de alquil C1-C20, e misturas dos mesmos. Quando duas ou mais metades cíclicas estão presentes, tais metades podem ser conectadas por um grupo alquenil C1-C5.
[0060] Por exemplo, o fluido dielétrico compreende pelo menos um hidrocarboneto alquilaril apresentando a fórmula estrutural (I):
Figure img0001
onde: Ri, R.2, R-3 e R4, iguais ou diferentes, são hidrogênio ou metil; m e n2, iguais ou diferentes, são zero, 1 ou 2, com a condição de que a soma m + n2 seja menor ou igual a 3.
[0061] Em um outro exemplo, o fluido dielétrico compreende pelo menos um difenil éter apresentando a seguinte fórmula estrutural (II):
Figure img0002
onde R5 e RÓ são iguais ou diferentes e representam hidrogênio, um grupo de fenil não substituído ou substituído por pelo menos um grupo de alquil, ou um grupo de alquil não substituído ou substituído por pelo menos um fenil. Por grupo de alquil é indicado C1-C24 linear ou ramificado, preferivelmente C1-C20, radical e hidrocarbono, com a condição de que a relação do número de átomos de carbono aromático para o número total de átomos de carbono seja maior ou igual a 0,3.
[0062] Altemativamente, o fluido dielétrico pode ser selecionado a partir de óleos minerais, por exemplo, óleos naftênicos, óleos aromáticos, *óleos parafínicos, óleos poliaromáticos, ditos óleos minerais contend opcionalmente pelo menos um heteroátomo selecionado a partir de oxigênio, nitrogênio ou enxofre; parafinas líquidas. Óleos parafínicos e óleos naftênicos são preferidos.
[0063] Óleos minerais com fluido dielétrico podem compreender compostos polares. A quantidade de composto(s) polar(es), vantajosamente é de até 2,3% em peso. Tal quantidade baixa de compostos polares permite obter baixas perdas dielétricas.
[0064] Outros componentes (aditivos) podem ser adicionados em quantidades menores (por exemplo, de 0,1% em peso a 1% em peso cada) ao material termoplástico, incluindo antioxidantes, auxílio ao processamento, estabilizadores de tensão, agentes nucleantes, ou misturas dos mesmos.
[0065] No processo de acordo com a presente invenção, ditos aditivos podem ser possivelmente adicionados ao material termoplástico, durante a etapa de impregnação ou durante a etapa de alimentar o material termoplástico impregnado ao extrusor de rosca única. Quando um aditivo está na forma sólida, pode ser vantajosamente disperso no fluido dielétrico, antes da impregnação.
[0066] Antioxidantes convencionais adequados para a finalidade são, por exemplo, distearil- ou dilauril-tiopropionato e pentaeritritil-tetrakis [3- (3,5-di-t-butil-4-hidroxifen-il)-propionato] ou misturas dos mesmos. Antioxidantes na forma líquida ou, caso sólidos, solúveis ou dispersíveis o fluido dielétrico são preferidos no processo da invenção.
[0067] Os auxílios ao processamento que podem ser adicionados à composição do polímero incluem, por exemplo, estearato de cálcio, estearato de zinco, ácido esteárico ou misturas dos mesmos.
[0068] De acordo com uma realização preferida, o cabo de acordo com a presente invenção, inclui também pelo menos uma camada semicondutora. A camada semicondutora é preferivelmente formada por um material semicondutor, compreendendo material termoplástico e o fluido dielétrico conforme descrito acima, e pelo menos um enchimento condutor, preferivelmente um preenchimento com carbono negro.
[0069] O pelo menos um preenchedor condutor é geralmente disperso no material termoplástico em uma quantidade, de modo a prover o material de propriedades semicondutoras, a saber, para obter um valor de resistividade volumétrica, à temperatura ambiente, de menos de 500 Ωm, preferivelmente menos de 20 Ω-m. Tipicamente, a quantidade de carbono negro pode variar entre 1 e 50% em peso, preferivelmente entre 3 e 30% em peso, em relação ao peso do polímero.
[0070] O uso da mesma composição de polímero base para ambas camada isolante e camada semicondutora, é particularmente vantajoso para produzir cabos para média ou alta tensão, uma vez que assegura excelente aderência entre camadas adjacentes e daí um bom comportamento elétrico, particularmente na interface entre a camada isolante e a camada semicondutora interna, onde o campo elétrico e portanto, o risco de descargas parciais são mais altos.
[0071] Embora a presente descrição seja focada principalmente em cabos para conduzir ou distribuir energia de média ou alta tensão, a composição de polímero da invenção pode ser usada para revestir dispositivos elétricos em geral e, em particular, cabos de tipo diferente, por exemplo, cabos de baixa tensão (isto é, cabos conduzindo uma tensão mais baixa que 1 kV), cabos para telecomunicações ou cabos combinados de energia/telecomunicações, ou acessórios usados em linhas elétricas, tais como terminais, junções, conectores e similares.
Breve descrição do desenho
[0072] Características adicionais serão aparentes a partir da descrição detalhada apresentada a seguir, com referência aos desenhos que a acompanham, nos quais: A Figura 1 é uma vista em perspectiva de um cabo de energia,particularmente adequado para média ou alta tensão, que pode ser produzido de acordo com a presente invenção; A Figura 2 é uma representação esquemática de uma planta para realizar o processo de acordo com a presente invenção.
Descrição detalhada das realizações preferidas
[0073] Na Figura 1, o cabo (1) compreende um condutor (2), uma camada interna com propriedades semicondutoras (3), uma camada intermediária com propriedades isolantes (4), uma camada externa com propriedades semicondutoras (5), uma camada de tela metálica (6) e um revestimento (7). A combinação do condutor (2) e da camada interna com propriedades semicondutoras (3) corresponde ao núcleo eletricamente condutor conforme descrito acima.
[0074] O condutor (2) geralmente consiste de fios metálicos, preferivelmente de cobre ou alumínio ou ligas destes, encordoados por métodos convencionais, ou de alumínio sólido ou haste de cobre.
[0075] A camada intermediária com propriedades isolantes (4) é produzida de acordo com a presente invenção. As camadas semicondutoras (3) e (5) são também feitas por extrusão de materiais poliméricos, usualmente baseados em poliolefinas, preferivelmente um material termoplástico conforme descrito acima, que é tomado semicondutor adicionando pelo menos um preenchedor condutor, usualmente carbono negro.
[0076] Em tomo da camada externa semicondutora (5), uma camada de tela metálica (6) é usualmente posicionada, feita de fios eletricamente condutores ou tiras enroladas helicoidalmente em tomo do núcleo do cabo ou de uma fita eletricamente condutora enrolada longitudinalmente e superposta(preferivelmente colada) sobre a camada subjacente. O material eletricamente condutor dos ditos fios, tiras ou fita é usualmente cobre ou alumínio ou ligas destes.
[0077] A camada de tela (6) pode ser coberta por um revestimento (7), geralmente feito de uma poliolefma, usualmente polietileno.
[0078] O cabo pode também ser provido com uma estrutura protetora (não mostrada na Figura 1), cuja finalidade principal é proteger mecanicamente o cabo contra impactos ou compressões. A estrutura protetora pode ser, por exemplo, um reforço metálico ou uma camada de polímero expandido conforme descrito em WO 98/52197 em nome do Requerente.
[0079] Na Figura 2, é provida uma representação esquemática de uma planta para realizar o processo de acordo com a presente invenção. A planta compreende um misturador (8) onde o material termoplástico e o fluido dielétrico são alimentados, os quais podem vir, respectivamente de um recipiente de glóbulos (9) e um tanque (10). Antes de ser alimentado no misturador (8), o material termoplástico é preferivelmente aquecido em um aquecedor (17), por exemplo, a uma temperatura de 50-100°C. Altemativamente, o material termoplástico pode ser aquecido no misturador (8) antes da adição do fluido dielétrico e, opcionalmente de aditivos, por exemplo, antioxidante.
[0080] No misturador (8), a etapa de impregnação ocorre, e o material termoplástico impregnado é então alimentado ao extrusor (13) usualmente por meio de um funil de carga (12), no sentido de armazenar temporariamente o material termoplástico impregnado, de modo a garantir uma alimentação contínua do aparelho de extrusão e uma “maturação” do material impregnado.
[0081] O extrusor (13), compreende um cilindro (14) e um parafuso (15) onde o material termoplástico impregnado (11) é fundido e amassado. O extrusor (13) é acionado por uma máquina para provocar rotação do parafuso e é provido de unidades de aquecimento adequadas, no sentido de aquecer e fundir o material de polímero (não representado na Figura 2), de acordo com técnicas bem conhecidas.
[0082] A deposição e conformação do material termoplástico é usualmente realizada por meio de uma cabeça de extrusão (16) colocada na extremidade do extrusor (13).
[0083] A cabeça de extrusão é preferivelmente uma cabeça de extrusão tripla, que permite coextrusar sobre o condutor, em um único passo, a camada semicondutora interna, a camada eletricamente isolante intermediária e a camada semicondutora externa. Altemativamente, um método alternativo pode ser executado, onde extrusores individuais são arranjados em série. Adicionalmente, aparelhos são incluídos na planta de produção para prover o cabo da camada de tela metálica e do revestimento.
[0084] Na representação esquemática da Figura 2, o material termoplástico isolante é extrusado sobre um núcleo de cabo (18), compreendendo um condutor elétrico rodeado por uma camada semicondutora interna, e pela cabeça de extrusão (16). Subsequentemente, a camada semicondutora externa é formada sobre a superfície externa da camada termoplástica isolante, por meio de um outro extrusor (não representado na Figura 2).
[0085] A Figuras 1 e 2 mostram somente uma realização da presente invenção. Modificações adequadas podem ser feitas a esta realização, de acordo com necessidades técnicas específicas e exigências de aplicação, sem se afastar do escopo da invenção.
[0086] Os exemplos a seguir são providos para ilustrar adicionalmente a invenção.
EXEMPLOS
[0087] Dois cabos protótipos foram preparados com uma linha de extrusão de laboratório, com a mesma composição de materiais, porém por diferentes procedimentos de fabricação para a composição isolante. A composição compreendeu, como base polimérica, um primeiro copolímero de polipropileno apresentando uma entalpia de fusão de 30 J/g e um segundo copolímero de polipropileno apresentando uma entalpia de fusão de 65 J/g, o primeiro e segundo copolímero de polipropileno estando em uma relação de peso de 75/25. Como fluido dielétrico, foi usado um óleo naftênico apresentando uma viscosidade de 0,25 cm2/s (25 cSt) (a 40°C). A composição compreendeu adicionalmente um antioxidante em uma quantidade de 0,3% em peso que foi adicionada ao material termoplástico, juntamente com o fluido dielétrico.
[0088] Ambos os protótipos tinham um condutor de alumínio de 70 mm2 e foram extrusados com uma linha catenária. A composição semicondutora, a mesma em ambos os cabos, foi a mesma composição de polipropileno termoplástico indicada acima, adicionada com carbono negro condutor.
[0089] O isolamento do primeiro cabo foi preparado e extrusado conforme segue. Glóbulos de polipropileno foram carregado em um turbo misturador, misturados e aquecidos até 90°C. Ao alcançar a dita temperatura, um fluido dielétrico em uma quantidade de 15% em peso foi adicionado aos glóbulos de polipropileno e a mistura foi continuada a 90°C. Após 25 minutos de mistura, o fluido dielétrico foi absorvido pelas glóbulos de polipropileno que resultaram secas. O material de polipropileno/fluido dielétrico foi descarregado e alimentado em um extrusor de parafuso único e a extrusão foi realizada com o seguinte perfil de temperatura: zona 1: 160°C; zona 2: 180°C; zona 3: 200°C; zona 4: 200°C; zona 5: 200°C; zona 6: 210°C. A velocidade de rotação do parafuso era de 7 rpm.
[0090] O isolamento do segundo cabo foi extrusado injetando 15% em peso do fluido dielétrico no cilindro de um extrusor de parafuso único idêntico ao usado acima. A alimentação de polipropileno foi realizada com glóbulos conforme obtido a partir do fornecedor de material bruto, sem quaisquer tratamentos preliminares. O perfil de temperatura de extrusão foi o mesmo indicado acima. A velocidade do parafuso foi de 10 rpm.
[0091] A velocidade de extrusão de isolamento foi inicialmente fixada em 2 m/min para ambos os cabos e aparentemente não foram observados fenômenos significativos. Então, a velocidade de extrusão foi aumentada para 3 m/min: no segundo cabo, surgiram defeitos morfológicos realmente evidentes, devido à mistura e absorção incompleta do fluido dielétrico. Estes defeitos afetaram significativamente a qualidade de isolamento e não podem ser tolerados. Ainda mais, um abaulamento anormal da camada de isolamento foi observado em alguns pontos do cabo extrusado, com ruptura da camada semicondutora externa, devido ao acúmulo local do fluido dielétrico. Inversamente, a camada de isolamento do primeiro cabo, obtida pelo processo de acordo com a presente invenção, não apresentou defeitos à velocidade de 3 m/min.

Claims (14)

1.Processo para produzir um cabo de energia, caracterizado pelo fato de compreender pelo menos um núcleo eletricamente condutor e pelo menos uma camada termoplástica eletricamente isolante, compreendendo as etapas de: -impregnar um material termoplástico em forma sólida subdividida, apresentando uma entalpia de fusão igual ou mais baixa que 70 J/g, com um fluido dielétrico para obter um material termoplástico impregnado; -alimentar dito material termoplástico impregnado em forma sólida subdividida a um extrusor de parafuso único; e -extrusar o material termoplástico impregnado sobre dito pelo menos um núcleo eletricamente condutor, de modo a formar dita pelo menos uma camada termoplástica eletricamente isolante; por onde dito material termoplástico impregnado não é submetido a qualquer etapa de homogeneização mecânica em um estado de fusão.
2.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o material termoplástico é impregnado na forma de grânulos ou glóbulos, apresentando uma dimensão média de 2 a 7 mm, preferivelmente de 3 a 6 mm.
3.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o material termoplástico é impregnado com uma quantidade de fluido dielétrico de 8% a 40% em peso, preferivelmente de 10% a 30% em peso, mais preferivelmente de 15% a 25% em peso, com relação ao peso do material termoplástico.
4.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a etapa de impregnação é realizada no material termoplástico pré aquecido a uma temperatura de 30°C a 110°C, preferivelmente de 50°C a 90°C.
5.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que, entre as etapas de impregnação e alimentação, é provida uma etapa de armazenar temporariamente o material termoplástico impregnado.
6.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que um cabo de média tensão é produzido com uma velocidade de produção de pelo menos 20 m/min, preferivelmente de pelo menos 30 m/min.
7.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o material termoplástico apresenta uma entalpia de fíisão de 30 a 60 J/g.
8.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o material termoplástico é selecionado a partir de: -pelo menos um copolímero (i) de propileno com pelo menos um comonômero de olefina selecionado a partir de etileno e uma a-olefina diferente de propileno, dito copolímero apresentando um ponto de fusão maior ou igual a 130°C e uma entalpia de fusão de 20 J/g a 90 J/g; -união de pelo menos um copolímero (i) com pelo menos um copolímero (ii) de etileno com pelo menos uma a-olefina, dito copolímero (ii) apresentando uma entalpia de fusão de 0 J/g a 120 J/g; -união de pelo menos um homopolímero de propileno com pelo menos um copolímero (i) ou copolímero (ii); pelo menos um dentre o copolímero (i) e o copolímero (ii) sendo um copolímero heterofásico.
9.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o fluido dielétrico possui um ponto de fusão ou um ponto de fluidez de -130°C a +80°C.
10.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o fluido dielétrico apresenta uma viscosidade, a 40°C, de 0,01 cm2/s a 1 cm2/s (1 cSt a 100 cSt), preferivelmente de 0,05 cm2/s a 1 cm2/s (5 cSt a 100 cSt) (medido de acordo com o padrão ASTM D455- 03).
11.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o fluido dielétrico é selecionado a partir de: óleos aromáticos, sejam monocíclicos, policíclicos (condensados ou não) ou heterocíclicos, onde metades aromáticas ou heteroaromáticas são substituídas por pelo menos um grupo de alquil C1-C20, e misturas dos mesmos, e quando duas ou mais metades cíclicas estão presentes, tais metades podem ser conectadas por um grupo alquenil C1-C5.
12.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o fluido dielétrico é selecionado a partir de: óleos minerais, por exemplo, óleos naftênicos, óleos aromáticos, óleos parafinicos, óleos poliaromáticos, ditos óleos minerais contendo opcionalmente pelo menos um heteroátomo selecionado a partir de oxigênio, nitrogênio ou enxofre; parafinas líquidas.
13.Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que um ou mais aditivos selecionados a partir de: antioxidantes, auxílio a processamento, estabilizadores de tensão, agentes nucleantes, são adicionados ao material termoplástico durante a etapa de impregnação.
14.Processo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que um ou mais aditivos em forma sólida são dispersos no fluido dielétrico, antes da impregnação.
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