BR112013009125B1 - composição detergente particulada embalada acondicionada em uma embalagem - Google Patents

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Abstract

COMPOSIÇÃO DETERGENTE PARTICULADA, CONCENTRADA E EMBALADA. A presente invenção se refere a uma composição detergente particulada, concentrada e acondicionada em uma embalagem, a embalagem compreendendo pelo menos uma parte transparente e a composição compreendendo mais que 50% em peso de tensoativo de detergente e pelo menos 70% em número das partículas compreendendo (i) um núcleo, que compreende principalmente tensoativo e de 0,0001 a 0,1% de corante,preferivelmente de 0,001 a 0,01% de corante, em que o corante é selecionado dentre corantes aniônicos e corantes não iônicos; e (ii) um revestimento, que compreende sal inorgânico solúvel em água, sendo as partículas substancialmente do mesmo formato e tamanho entre si.

Description

[0001] A presente invenção refere-se a uma composição detergente particulada e embaladas concentrados com alto apelo visual. Em particular, refere-se a um produto usado em níveis baixos de dosagem, por exemplo, uma dose menor que 40g por lavagem. Em particular, refere-se a composições de detergente de particulados concentrados formadas por extrusão e revestimento, particularmente às formadas por extrusão de uma mistura tensoativo seca, corte dos extrudados em partículas com um diâmetro de pelo menos duas vezes sua espessura e revestimento das partículas formadas dessa maneira por borrifamento de uma solução aquosa de um sal inorgânico em um leito fluido, e secagem para formar uma estrutura rígida.
[0002] Composições compactas ou concentradas oferecem a vantagem de que o tamanho da embalagem é reduzido, o que é ambientalmente desejável. No entanto, o impacto da estrutura nos pontos de venda a varejo no mercado, por exemplo, em prateleiras cheias em supermercados, pode também ser reduzido, como resultado do tamanho pequeno do produto. O apelo visual pode ser melhorado aumentando-se a embalagem, porém, isso é contraproducente do ponto de vista ambiental.
[0003] Um dos objetivos da presente invenção é prover uma composição detergente particulada concentrada e embalada que tenha apelo visual e também estabilidade de armazenamento, no que diz respeito a características visuais.
[0004] De acordo com a presente invenção, é provida uma composição detergente particulada e embalada acondicionada em uma embalagem, sendo que a embalagem compreende pelo menos uma parte transparente, e sendo que a composição compreende mais de 50% por peso de tensoativo de detergente e pelo menos 70% em número de partículas, compreendendo: (i) um núcleo, que compreende principalmente tensoativo e de 0,0001 a 0,1% de corante, preferivelmente 0,001 a 0,01% de corante, em que o corante é selecionado entre corantes aniônicos e corantes não-aniônicos; e (ii) um revestimento, que compreende sal inorgânico solúvel, sendo que as partículas apresentam substancialmente o mesmo formato e tamanho entre elas.
[0005] Com a disposição acima, o produto particulado é colorido, porém, o que provê a cor, o corante, apresenta maior fotoestabilidade em comparação à luz visível, e pode ser armazenado em embalagem transparente, melhorando assim a estabilidade da característica em si, provendo destaque na prateleira.
EMBALAGEM TRANSPARENTE
[0006] No que diz respeito à embalagem, “transparente” significa que sua transmitância de luz é maior que 25% em um comprimento de onda de aproximadamente 410-800 nm. A camada transparente da embalagem de acordo com a invenção preferivelmente apresenta uma transmitância de mais de 25%, mais preferivelmente mais de 30%, mais preferivelmente mais de 40%, mais preferivelmente mais de 50% na parte visível do espectro (aproximadamente 410-800 nm).
[0007] Alternativamente, a absorbância da camada transparente pode ser medida como menos de 0,6 (aproximadamente equivalente à transmitância de 25%), ou tendo transmitância maior que 25%, em que a porcentagem de transmitância equivale a:
Figure img0001
[0008] Por outro lado, a absorbância da camada opaca pode ser medida como mais de 0,6. Para os propósitos da invenção, contanto que um comprimento de onda na faixa de luz visível tenha mais de 25% de transmitância, o recipiente é considerado transparente.
[0009] Todas as porcentagens, a menos que seja indicado de outra maneira, têm a finalidade de serem porcentagens por peso.
[0010] Materiais adequados para a camada transparente interna da embalagem incluem, entre outros: polipropileno (PP), polietileno (PE), policarbonato (PC), poliamidas (PA) e/ou tereftalato de polietileno (PETE), polivinilcloreto (PVC) e poliestireno (PS). O recipiente pode ser formado por extrusão, moldagem, por exemplo, moldagem por sopro a partir de um pré- formado, ou por termoformação, ou por moldagem por injeção. Alternativamente, a absorbância do frasco pode ser medida como menos de 0,6 (aproximadamente equivalente à transmitância de 25%), ou apresentando transmitância maior que 25%, em que a porcentagem de transmitância equivale a: 1 10absorbância x 100% e níveis de absorbância correspondentes para os níveis preferidos restantes acima.
CORANTE
[0011] O corante é adicionado à mistura de tensoativo no núcleo, preferivelmente o corante é dissolvido no tensoativo antes do núcleo ser formado.
[0012] Os corantes estão descritos em Industrial Dyes, editado por K. Hunger 2003 Wiley-VCH ISBN 3-527-30426-6.
[0013] Corantes para uso na presente invenção são selecionados entre corantes aniônicos e não-iônicos. Corantes aniônicos são carregados negativamente em um meio aquoso com pH 7. Exemplos de corantes aniônicos são encontrados nas classes de ácido e corantes diretos no Índice de Cor (Sociedade de Corantes e Coloristas e Associação Americana de Químicos e Coloristas Têxteis). Os corantes aniônicos preferivelmente contêm pelo menos um sulfonato ou grupos de carboxilato. Corantes não iônicos são não carregados em um meio aquoso com pH 7, pode-se encontrar exemplos na classe de corantes dispersos no Índice de Cor.
[0014] Os corantes podem ser alcoxilados. Corantes alcoxilados são preferivelmente da seguinte forma genérica: Corante-NR1R2. O grupo NR1R2 é fixado a um anel aromático do corante. R1 e R2 são independentemente selecionados entre cadeias de polioxialquileno com 2 ou mais unidades repetidas e preferivelmente com 2 a 20 unidades repetidas. Exemplos de cadeias de polioxialquileno incluem óxido de etileno, óxido de propileno, óxido glicidol, óxido butileno e suas misturas. Uma cadeia de polioxialquileno preferida é [(CH2CR3HO)x(CH2CR4HO)yR5), na qual x+y < 5, em que y > 1 e z = 0 a 5, R3 é selecionado entre: H; CH3; CH2O(CH2CH2O)zH e suas misturas; R4 é selecionado entre: H; CH2O(CH2CH2O2)z e suas misturas; e R5 é selecionado entre: H e CH3. Um corante alcoxilado preferido para uso na invenção é:
Figure img0002
[0015] Preferivelmente, o corante é selecionado entre corantes ácidos; corantes dispersos e corantes alcoxilados.
[0016] Mais preferivelmente o corante é um corante não iônico.
[0017] Mais preferivelmente o corante é selecionado entre os que apresentam: cromóforos de antraquinona; monoazo; bis-azo; xanteno, ftalocianina; e fenazina. Mais preferivelmente, o corante é selecionado entre os que apresentam: cromóforos de antraquinona e monoazo.
[0018] O corante é adicionado à pasta de revestimento e agitado antes de ser aplicado ao núcleo da partícula. A aplicação pode ser feita através de qualquer método adequado, preferivelmente borrifando-se sobre a partícula do núcleo conforme detalhado acima.
[0019] O corante pode ser de qualquer cor, preferivelmente o corante é azul, violeta, verde ou vermelho. Mais preferivelmente o corante é azul ou violeta.
[0020] Preferivelmente o corante é selecionado entre: azul ácido 80, azul ácido 62, violeta ácido 43, verde ácido 25, azul direto 86, azul ácido 59, azul ácido 98, violeta direto 9, violeta direto 99, violeta direto 35, violeta direto 51, violeta ácido 50, amarelo ácido 3, vermelho ácido 94, vermelho ácido 51, vermelho ácido 95, vermelho ácido 92, vermelho ácido 98, vermelho ácido 87, amarelo ácido 73, vermelho ácido 50, violeta ácido 9, vermelho ácido 52, preto alimentício 1, preto alimentício 2, vermelho ácido 163, preto ácido 1, laranja ácido 24, amarelo ácido 23, amarelo ácido 40, amarelo ácido 11, vermelho ácido 180, vermelho ácido 155, vermelho ácido 1, vermelho ácido 33, vermelho ácido 41, vermelho ácido 19, laranja ácido 10, vermelho ácido 27, vermelho ácido 26, laranja ácido 20, laranja ácido 6, ftalocianinas sulfonadas de Al e Zn, violeta solvente 13, violeta disperso 26, violeta disperso 28, verde solvente 3, azul solvente 63, azul disperso 56, violeta disperso 27, amarelo solvente 33, azul disperso 79:1.
[0021] O corante é preferivelmente um corante sombreado para passar uma percepção de brancura a um têxtil.
[0022] O corante pode estar covalentemente ligado a espécies poliméricas.
[0023] Pode ser usada uma mistura de corantes.
[0024] Preferivelmente, cada partícula tem dimensões perpendiculares x, y e z, em que x vai de 0,2 a 2 mm, y vai de 2,5 a 8 mm (preferivelmente 3 a 8 mm), e z vai de 2,5 a 8 mm (preferivelmente de 3 a 8 mm).
[0025] A quantidade de revestimento em cada partícula revestida vai vantajosamente de 10 a 45, mais preferivelmente de 20 a 35% por peso das partículas.
[0026] A porcentagem da composição embalada de partículas que compreende o núcleo e o revestimento é preferivelmente de pelo menos 85%.
[0027] As partículas revestidas preferivelmente compreendem de 0,001 a 3% por peso de perfume. O núcleo das partículas revestidas preferivelmente compreende menos de 5% por peso, e mais preferivelmente ainda menos de 2,5% por peso de materiais inorgânicos.
[0028] O revestimento é preferivelmente carbonato de sódio, opcionalmente em mistura com uma quantidade pequena de SCMC, e ainda opcionalmente em mistura com um ou mais entre silicato de sódio, fluorescente solúvel em água, corante de sombreamento solúvel em água ou dispersável e pigmento ou corante colorido.
[0029] As partículas são desejavelmente esferoides achatados com diâmetro de 3 a 6 mm e espessura de 1 a 2 mm.
[0030] Pelo menos algumas, e preferivelmente uma grande parte em número das partículas pode ser colorida com outra cor que não seja o branco, pois isso pode realçar as partículas coloridas. Observou-se também que partículas multicoloridas, por exemplo, algumas brancas e algumas azuis, proveem uma definição visual ainda mais alta para o controle ideal da dose.
[0031] Ele pode ser provido com um cabo e/ou um dispositivo dosador, ou concha. O dispositivo medidor por ser uma tampa. Mais preferivelmente, é uma tampa de rosquear, pois ela provê proteção mais confiável contra a entrada de grandes quantidades de água quando a tampa é recolocada em uso de maneira incorreta. Fabricação
[0032] A composição pode ser fabricada de acordo com o processo descrito no PCT/EP2010/055256 e PCT/EP2010/055257, isto é, compreendendo as etapas de: a) formação de uma mistura de tensoativo líquido que compreende uma grande quantidade de tensoativo e uma pequena quantidade de água, sendo que a parte de tensoativo é composta de pelo menos 51% por peso de sulfonato de alquilbenzeno e pelo menos um cotensoativo, sendo que a mistura de tensoativo é composta de no máximo 20% por peso de tensoativo não- iônico; b) secagem da mistura de tensoativo líquido da etapa (a) em um evaporador ou secadora até atingir um teor de umidade de menos de 1,5% por peso, e resfriamento da produção do evaporador ou secadora; c) alimentação do material resfriado, cuja produção compreende pelo menos 93% por peso de mistura de tensoativo com uma grande parte de LAS a uma extrusora, opcionalmente em conjunto com menos de 10% em peso de outros materiais como perfume, fluorescente, e extrusão da mistura de tensoativo para formar um extrudado, ao mesmo tempo em que periodicamente se corta o extrudado, formando partículas rígidas de detergente com um diâmetro pela extrusora de mais de 2 mm, e uma espessura ao longo do eixo da extrusora de mais de 0,2 mm, contanto que o diâmetro seja maior que a espessura; d) opcionalmente, revestimento das partículas rígidas de detergente extrudadas com até 30% por peso de material de revestimento, preferivelmente selecionado entre material inorgânico e misturas desse material e material não iônico, com um ponto de fusão na faixa de 40 a 90°C.
[0033] Para facilitar a extrusão, pode ser vantajoso para a produção seca resfriada do estágio do evaporador ou secadora (b), que compreende pelo menos 95% por peso, preferivelmente 96% por peso, mais preferivelmente 97% por peso, mais preferivelmente 98% por peso de tensoativo a ser transferido para um moedor e ser moído em partículas de menos de 1,5 mm, preferivelmente menos de 1 mm de diâmetro em média, antes de ser alimentada à etapa de extrusão (c).
[0034] Para modificar as propriedades do material moído, pode ser adicionado um auxiliar de fluxo pulverizado, como por exemplo, Aerosil®, Alusil® ou Microsil®, com um diâmetro de partícula de 0,1 a 10 μm ao moedor, em uma quantidade de 0,5 a 5% por peso, preferivelmente 0,5 a 3% por peso (com base na produção do moedor), e misturado às partículas durante a moagem.
[0035] A produção da etapa b, ou da etapa de moagem intermediária, se for utilizada, é alimentada à extrusora, opcionalmente com quantidades pequenas (menos de 10% por peso no total) de outros materiais, como por exemplo, perfume e/ou fluorescente, e a mistura de materiais alimentada à extrusora é extrudada de modo a formar um extrudado com um diâmetro de mais de 2 mm, preferivelmente mais de 3 mm, mais preferivelmente mais de 4 mm, e preferivelmente com um diâmetro de menos de 7 mm, mais preferivelmente menos de 5 mm, ao mesmo tempo em que periodicamente se corta o extrudado formando partículas rígidas de detergente com uma espessura máxima de mais de 0,2 mm e menos de 3 mm, preferivelmente menos de 2 mm, mais preferivelmente menos que aproximadamente 1,5 mm e mais que aproximadamente 0,5 mm, até mesmo 0,7 mm. Apesar de o extrudado preferido ser de corte transversal circular, a invenção também inclui outros cortes transversais, como por exemplo, triangular, retangular e até cortes transversais complexos, como por exemplo, um que imite uma flor com “pétalas” giratoriamente simétricas. Na verdade a invenção pode ser operada em qualquer extrudado que possa ser forçado através de um orifício na extrusora ou na placa da extrusora; sendo que o principal é que a espessura média do extrudado seja mantida abaixo do nível em que a dissolução será lenta. Conforme discutido acima, essa é uma espessura de aproximadamente 2 mm. Desejavelmente, múltiplas extrusões são feitas simultaneamente, e podem todas ter o mesmo corte transversal, ou podem ter cortes transversais diferentes. Normalmente, todas elas terão o mesmo comprimento, pois são cortadas pela faca. A faca de corte deve ser o mais fina possível, para permitir extrusão em alta velocidade e distorção mínima do extrudado durante o corte. A extrusão deve preferivelmente ocorrer em uma temperatura abaixo de 45°C, mais preferivelmente abaixo de 40°C, para evitar viscosidade e facilitar o corte. Os extrudados de acordo com o presente processo são cortados de modo que sua dimensão maior passa pela extrusora e a dimensão menor é ao longo do eixo da extrusora. Isso é o oposto da extrusão normal de tensoativos. Cortar dessa maneira aumenta a área da superfície que é uma superfície de “corte”. E também permite que a partícula extrudada expanda consideravelmente ao longo de seu eixo após o corte, ao mesmo tempo em que mantém uma proporção relativamente alta de superfície para volume, o que se acredita aumentar sua solubilidade e também resultar em uma aparência biconvexa, ou de lentilha, atraente. Em outro ponto no presente documento referimo-nos a esse formato como esferoide achatado. Trata-se essencialmente de uma rotação de uma elipse ao redor de seu eixo menor.
[0036] É surpreendente que em teores de água muito baixos, as composições de tensoativo que contêm LAS possam ser extrudadas para fazer partículas de detergente sólidas que são rígidas o suficiente para serem usadas sem necessidade de serem estruturadas por materiais inorgânicos ou outros estruturantes, como ocorre comumente nas partículas de detergente extrudadas do método anterior. Assim, a quantidade de tensoativo na partícula de detergente pode ser muito maior e a quantidade de formador na partícula de detergente pode ser muito mais baixa.
[0037] Preferivelmente, a composição da etapa (a) compreende pelo menos 60% em peso, mais preferivelmente pelo menos aproximadamente 70% em peso de tensoativo e preferivelmente no máximo aproximadamente 40% em peso, mais preferivelmente no máximo 30% em peso de água, sendo que a parte tensoativo é composta de pelo menos 51% em peso de sal linear alquil benzeno sulfonato (LAS) e pelo menos um cotensoativo.
[0038] Preferivelmente, o cotensoativo é escolhido no grupo composto de: SLES e não iônicos, com sabão opcional e suas misturas. A única ressalva é que quando é usado não iônico, o limite superior da quantidade de tensoativo não iônico foi determinado como 20% em peso do tensoativo total, para evitar que o material seco seja mole e coeso demais para extrudar, pois apresenta um valor de dureza menor que 0,5 MPa.
[0039] Preferivelmente, a composição de tensoativo é seca na etapa (b) até um teor de umidade de menos de 1,2% em peso, mais preferivelmente menos de 1,1% em peso, e mais preferivelmente menos de 1% em peso.
[0040] A secagem pode ser realizada usando-se um evaporador de filme esfregado ou um secador Chemilton Turbo Tube®.
[0041] As partículas de detergente rígidas extrudadas podem ser revestidas transferindo-as para um leito fluido e pulverizando-as com até 40% por peso (com base na partícula de detergente revestida) de material inorgânico em solução aquosa e secando-se a água.
[0042] Se o material de revestimento não estiver contribuindo para o desempenho da lavagem da composição, é desejável manter o nível de revestimento o mais baixo possível, preferivelmente menor que 35% por peso, até mesmo menor que 30% por peso, especialmente para partículas extrudadas maiores, com uma proporção de área de superfície para volume de mais de 4 mm-1.
[0043] Surpreendentemente, observamos que a aparência das partículas revestidas em uma embalagem é bem agradável. Sem desejar ater-se a teoria, acreditamos que essa aparência de alta qualidade do revestimento é devida à lisura da partícula extrudada e cortada que fica abaixo dele. Começando-se com uma superfície lisa, inesperadamente observamos que era fácil obter-se um acabamento de revestimento de alta qualidade (em termos de medição por refletividade de luz e lisura), usando-se técnicas simples de revestimento.
[0044] A composição de detergente preferivelmente compreende pelo menos 85% por peso de partículas revestidas. No entanto, composições com até 100% por peso das partículas são possíveis, quando aditivos básicos são incorporados às partículas extrudadas, ou ao seu revestimento. A composição pode também compreender, por exemplo, um grânulo antiespumante.
[0045] Partículas de diferentes cores podem ser usadas na mistura, ou podem ser misturadas com pó contrastante. Obviamente partículas da mesma cor podem também ser usadas para formar uma composição completa. Conforme descrito acima, a qualidade e a aparência do revestimento é muito boa devido à excelente superfície dos extrudados cortados, sobre os quais o revestimento é aplicado, e também devido ao tamanho grande da partícula e proporções tamanho/volume das partículas preferidas.
[0046] É particularmente preferido que as partículas de detergente compreendam perfume. O perfume pode ser adicionado à extrusora ou pré- misturado com a mistura de tensoativo no moedor, ou em um misturador colocado depois do moedor, em forma de líquido ou como partículas de perfume encapsuladas. Em um processo alternativo, o perfume pode ser combinado a um material não iônico e misturado. Essa mistura pode ser alternativamente aplicada revestindo-se as partículas extrudadas, por exemplo, pulverizando-se estas misturas a tensoativo não iônico fundido. O perfume pode também ser introduzido à composição através de um grânulo de perfume separado e depois a partícula de detergente não precisa compreender nenhum perfume.
A Mistura de Tensoativo
[0047] Misturas de tensoativo que não demandam formadores para estarem presentes para detergência eficaz em água dura são preferidas. Essas misturas são chamadas misturas de tensoativo tolerantes a cálcio, se passarem no teste estabelecido a seguir no presente documento. Assim, pode ser vantajoso se o núcleo extrudado for feito utilizando-se uma mistura de tensoativo tolerante a cálcio de acordo com o teste descrito a seguir no presente documento. No entanto, a invenção pode também ser útil para lavar com água mole, seja ela de ocorrência natural ou feita com uso de amolecedor de água. Nesse caso, a tolerância ao cálcio não é mais importante, e podem ser utilizadas misturas que não sejam tolerantes a cálcio.
[0048] LAS pode ser pelo menos parcialmente substituído por MES, ou menos preferivelmente, parcialmente substituído por até 20% por peso de PAS. Mistura
[0049] Os tensoativos são misturados antes de serem postos na secadora. É utilizado equipamento de mistura convencional.
Secagem
[0050] Para obter-se o teor de umidade muito baixo da mistura de tensoativo, podem ser utilizados dispositivos de filme do tipo raspado. Uma forma preferida de dispositivo de filme do tipo raspado é um evaporador de filme deslizante. Um evaporador de filme deslizante adequado desse tipo é o “Dryex system”, à base de um evaporador de filme deslizante disponível na Ballestra S.p.A. Equipamentos alternativos de secagem incluem secadoras do tipo com tubo, como a secadora Chemithon Turbo Tube®, e secadoras de sabão.
Resfriamento e Moagem
[0051] O material quente que sai da secadora de filme tipo raspado é subsequentemente resfriado e quebrado em pedaços de tamanho adequado para alimentar a extrusora. O resfriamento e quebra em flocos simultâneos podem convenientemente serem realizados utilizando-se um cilindro de resfriamento. Se os flocos do cilindro de resfriamento não forem adequados para alimentação direta à extrusora, eles podem ser moídos em um dispositivo de moagem, e/ou podem ser misturados a outros ingredientes líquidos ou sólidos em um dispositivo de mistura e moagem, como por exemplo, um moedor de tira. Esse material moído ou misturado tem o tamanho de partícula desejável de 1 mm ou menos para alimentar a extrusora.
[0052] É particularmente vantajoso adicionar um auxiliar de moagem nesse ponto do processo. Material particulado com tamanho médio de partícula de 10 nm a 10 μm é preferido para uso como auxiliar de moagem. Entre esses materiais, pode ser mencionado, como exemplo: aerosil®, alusil® e microsil®.
Extrusão e Corte
[0053] A extrusora provê mais oportunidades para misturar ingredientes que não sejam tensoativos, ou até mesmo adicionar mais tensoativos. No entanto, em geral, é preferido que todos os tensoativos aniônicos ou outros tensoativos aplicados em mistura com água, isto é, como pasta ou como solução, sejam adicionados à secadora, para garantir que o teor de água possa então ser reduzido e o material alimentado à e através da extrusora esteja suficientemente seco. Outros materiais que podem ser misturados na extrusora são, assim, os que são utilizados em níveis muito baixos em uma composição detergente: como por exemplo, fluorescente, corante de sombreamento, enzimas, perfume, antiespumantes de silicone, aditivos poliméricos e conservantes. O limite desses materiais adicionais misturados na extrusora foi estabelecido em aproximadamente 10% por peso, porém é preferido, para qualidade do produto, que seja ideal mantê-los em no máximo 5% por peso. Aditivos sólidos são em geral preferidos. Líquidos, como por exemplo perfume, podem ser adicionados em níveis de até 2,5% por peso, preferivelmente até 1,5% por peso. Materiais ou formadores de estruturação de particulado (absorventes de líquido), como por exemplo, zeólita, carbonato, silicato, são preferivelmente não adicionados à mistura que estiver sendo extrudada. Esses materiais não são necessários, devido às propriedades de auto-estruturação do material de alimentação à base de LAS muito seco. Se for utilizado algum, a quantidade total deve ser menor que 5% por peso, preferivelmente menor que 4% por peso, mais preferivelmente menor que 3% por peso. Nesses níveis, não ocorre nenhuma estruturação significativa, e o material particulado inorgânico é adicionado com uma finalidade diferente, por exemplo, como auxiliar de fluxo para melhorar a alimentação de partículas à extrusora.
[0054] A produção da extrusora é formatada pela placa de molde utilizada. O material extrudado tende a inchar no centro, em relação à periferia. Observamos que se um extrudado cilíndrico for regularmente fatiado quando sai da extrusora, os formatos resultantes são cilindros curtos com duas extremidades convexas. Essas partículas são descritas no presente documento como esferoides achatados, ou lentilhas. Esse formato é visualmente agradável.
Revestimento
[0055] Uma variação vantajosa do processo usa as partículas extrudadas fatiadas e as reveste. Isso permite que as partículas sejam coloridas facilmente. E também reduz a viscosidade do núcleo higroscópico do tensoativo a um ponto em que as partículas fluem livremente. O revestimento torna-as mais adequadas para uso em composições detergentes que possam ser expostas a alta umidade por períodos longos.
[0056] Ao se revestir essas partículas extrudadas grandes, a espessura do revestimento possível de se obter utilizando-se um nível de revestimento de, digamos, 5% por peso, é muito maior que a que seria obtida em grânulos de detergente de tamanho típico (esfera de diâmetro de 0,5 - 2 mm).
[0057] As partículas extrudadas podem ser consideradas esferoides achatados com um raio maior “a” e raio menor “b”. Assim, a proporção da área de superfície (S) para volume (V) pode ser calculada como:
Figure img0003
[0058] Quando e é a excentricidade da partícula.
[0059] Para propriedades de dissolução excelentes, essa proporção de área de superfície para volume deve ser maior que 3 mm-1. No entanto, a espessura do revestimento é inversamente proporcional a esse coeficiente e, portanto, para o revestimento, a proporção “Área de superfície de partícula revestida” dividida por “Volume de partícula revestida” deve ser de menos de 15 mm-1.
[0060] Apesar do técnico no assunto poder presumir que qualquer revestimento conhecido possa ser utilizado, por exemplo, orgânico, inclusive polímero, observou-se que é particularmente vantajoso utilizar um revestimento inorgânico depositado por cristalização de uma solução aquosa, pois ele parece conceder benefícios positivos de dissolução, e o revestimento confere uma boa cor à partícula detergente, mesmo em níveis de revestimento mais baixos. Uma pulverização de solução de revestimento em um leito fluidizado pode também gerar um arredondamento levemente maior das partículas durante o processo de fluidização.
[0061] Soluções de revestimento inorgânicas adequadas incluem carbonato de sódio, possivelmente misturado a sulfato de sódio, e cloreto de sódio. Corantes alimentícios, corantes de sombreamento, fluorescente e outros modificadores óticos podem ser adicionados ao revestimento, dissolvendo-os na solução ou dispersão pulverizada. A utilização de um sal formador como o carbonato de sódio é particularmente vantajosa, pois permite que a partícula detergente tenha um desempenho ainda melhor tamponando o sistema em uso em um pH ideal para máxima detergência do sistema de tensoativo aniônico. Ele também aumenta a resistência iônica, a qual é conhecida por melhorar a limpeza em água dura, e é compatível com outros ingredientes detergentes que podem ser misturados com as partículas extrudadas de detergente revestidas. Se for utilizado um leito fluido para aplicar a solução de revestimento, o operador qualificado saberá como ajustar as condições de pulverização em termos de número de Stokes, e possivelmente número de Akkermans (FNm), de modo que as partículas sejam revestidas e não aglomeradas de maneira significativa. Um ensinamento adequado para auxiliar nesse ponto pode ser encontrado em EP1187903, EP993505 e Powder technology 65 (1991) 257-272 (Ennis).
[0062] Os técnicos no assunto observarão que múltiplos revestimentos em camadas, dos mesmos ou diferentes materiais de revestimento, podem ser aplicados, porém uma única camada de revestimento é preferida, para simplificar a operação, e para maximizar a espessura do revestimento. A quantidade de revestimento deve ficar na faixa de 3 a 50% por peso da partícula, preferivelmente 20 a 40% por peso, para os melhores resultados em termos de propriedades antiaglomerantes das partículas de detergente.
A Composição do Detergente de Particulado Extrudado
[0063] As partículas revestidas dissolvem-se facilmente em água e deixam muito pouco ou nenhum resíduo na dissolução, devido à ausência de materiais estruturantes insolúveis, como a zeólita. As partículas revestidas apresentam uma aparência visual excepcional, devido à lisura do revestimento combinada à lisura das partículas que ficam abaixo, o que também se acredita ser um resultado da falta de material de estruturação de particulado nas partículas extrudadas.
Formato
[0064] A partícula de detergente revestida é curva. A partícula de detergente revestida é preferivelmente de lentilha (com formato semelhante a uma lentilha seca inteira), um elipsoide achatado, onde z e y são os diâmetros equatoriais e x é o diâmetro polar, preferivelmente y = z.
[0065] O tamanho é tal que y e z têm pelo menos 3 mm, preferivelmente 4 mm, mais preferivelmente 5 mm e x fica na faixa de 1 a 2 mm.
[0066] A partícula de detergente de lavagem revestida pode ter o formato de um disco.
Composição do núcleo
[0067] O núcleo é basicamente composto de tensoativo. Ele pode também incluir aditivos de detergência, como por exemplo, perfume, corante de sombreamento, enzimas, polímeros de limpeza e polímeros de liberação de sujeira.
Tensoativo
[0068] A partícula revestida de detergente de lavanderia compreende entre 50 e 90% por peso de um tensoativo, mais preferivelmente 70 a 90% por peso. Em geral, os tensoativos não iônicos e aniônicos do sistema tensoativo podem ser escolhidos entre os tensoativos descritos em “Surface Active Agents” Vol. 1, de Schwarz & Perry, Interscience 1949, Vol. 2 de Schwarz, Perry & Berch, Interscience 1958, na edição atual de “McCutcheon’s Emulsifiers and Detergents” publicada pela Manufacturing Confectioners Company, ou no “Tenside Taschenbuch”, H. Stache, 2nd Edn. Carls Hauser Verlag, 1981. Preferivelmente, os tensoativos utilizados são saturados._
1) Tensoativos Aniônicos
[0069] Compostos de detergente aniônico adequados que podem ser usados são em geral sais de metal álcali solúveis em água de sulfatos e sulfonatos orgânicos com radicais alquil que contêm de aproximadamente 8 a aproximadamente 22 átomos de carbono, sendo o termo alquil usado para inclui a parte alquil de radicais acil mais altos. Exemplos de compostos de detergente aniônico sintético adequados são sulfatos alquil de sódio e potássio, especialmente os obtidos por sulfatação de álcoois C8 a C18 mais altos, produzidos, por exemplo, a partir de sebo ou óleo de coco, sulfonatos de benzeno alquil de sódio e potássio C9 a C20, particularmente sulfonatos de benzeno alquil secundários lineares de sódio C10 a C15; e sulfatos de sódio alquil gliceril éter, especialmente os éteres dos álcoois mais altos derivados de sebo ou óleo de coco, e álcoois sintéticos derivados de petróleo. Os tensoativos aniônicos preferidos são lauril éter sulfato de sódio (SLES), particularmente preferidos com 1 a 3 grupos etoxi, sulfonatos de sódio alquil benzeno C10 a C15 e sulfatos alquil de sódio C12 a C18. Também são aplicáveis tensoativos como os descritos em EP-A-328 177 (Unilever), os quais apresentam resistência à salinização, os tensoativos alquil poliglicosídeo descritos em EP-A-070 074, e alquil monoglicosídeos. As cadeias dos tensoativos podem ser ramificadas ou lineares.
[0070] Sabões podem também estar presentes. O sabão de ácido graxo usado preferivelmente contém de aproximadamente 16 a aproximadamente 22 átomos de carbono, preferivelmente em uma configuração de cadeia reta. A contribuição aniônica do sabão pode ser de 0 a 30% por peso do aniônico total. O uso de mais de 10% por peso de sabão não é preferido.
[0071] Preferivelmente, pelo menos 50% em peso do tensoativo aniônico é selecionado entre: sulfonatos alquil benzeno de sódio C11 a C15. E sulfatos alquil de sódio C12 a C18.
[0072] Preferivelmente, o tensoativo aniônico está presente na partícula de detergente de lavanderia em níveis entre 15 a 85% por peso, mais preferivelmente 50 a 80% por peso.
2) Tensoativos Nâo lônicos
[0073] Compostos detergentes não iônicos adequados que podem ser utilizados incluem, em particular, os produtos da reação de compostos com um grupo hidrofóbico e um átomo de hidrogênio reativo, por exemplo, álcoois alifáticos, ácidos, amidos ou alquil fenóis com óxido de alquileno, especialmente óxido etileno, seja ele sozinho ou com óxido de propileno. Compostos detergentes não iônicos preferidos são condensados alquil de óxido fenol-etileno C6 a C22, em geral 5 a 25 EO, isto é, de 5 a 25 unidades de óxido de etileno por molécula, e os produtos de condensação de álcoois alifáticos lineares ou ramificados primários ou secundários C8 a C18 com óxido de etileno, em geral 5 a 50 EO. Preferivelmente, o não iônico é de 10 a 50 EO, mais preferivelmente 20 a 35 EO. Alquiletoxilatos são particularmente preferidos.
[0074] Preferivelmente, o tensoativo não iônico está presente na partícula de detergente de lavagem revestida em níveis entre 5 a 75% por peso, mais preferivelmente 10 a 40% por peso.
[0075] O tensoativo catiônico pode estar presente como ingrediente mínimo em níveis preferivelmente entre 0 a 5% por peso.
[0076] Preferivelmente todos os tensoativos são misturados antes de serem secos. Pode ser utilizado equipamento de mistura convencional. O núcleo do tensoativo da partícula detergente de lavagem pode ser formado por compactação por cilindro e subsequentemente revestido com um sal inorgânico.
Sistema Tensoativo Tolerante ao Cálcio
[0077] Em outro aspecto, o núcleo é tolerante ao cálcio, e este é um aspecto preferido, pois isso reduz a necessidade de um formador.
[0078] Misturas de tensoativos que não demandam a presença de formadores para detergência eficaz em água dura são preferidos. Essas misturas são chamadas misturas de tensoativo tolerante ao cálcio, se passarem no teste descrito a seguir. No entanto, a invenção pode também ser útil para lavar com água mole, seja ela de ocorrência natural ou feita com uso de amolecedor de água. Nesse caso, a tolerância ao cálcio não é mais importante, e podem ser utilizadas misturas que não sejam tolerantes a cálcio.
[0079] A tolerância ao cálcio da mistura de tensoativo é testada como segue:
[0080] A mistura de tensoativo em questão é preparada em uma concentração de 0,7g de sólidos de tensoativo por litro de água que contém íons de cálcio suficientes para conferir uma dureza francesa de 40 (4 x 10-3 Molar Ca2+). Outros eletrólitos isentos de íon de dureza, como o cloreto de sódio, sulfato de sódio e hidróxido de sódio, são adicionados à solução para ajustar a resistência iônica em 0,05 M e o pH em 10. A adsorção da luz de comprimento de onda 540 nm através de 4 mm de amostra é medida 15 minutos após a preparação da amostra. São feitas dez medições, e um valor médio é calculado. Amostras que produzem um valor de absorção de menos de 0,08 são consideradas tolerantes ao cálcio.
[0081] Exemplos de misturas de tensoativo que satisfazem o teste acima para tolerância ao cálcio incluem os que contêm uma parte grande de tensoativo LAS (o qual não é em si tolerante ao cálcio), misturados a um ou mais outros tensoativos (cotensoativos) que sejam tolerantes ao cálcio, para produzir uma mistura que seja suficientemente tolerante ao cálcio, para ser utilizável com pouco ou nenhum formador, e para passar no teste dado. Cotensoativos tolerantes ao cálcio adequados incluem SLES 1-7EO, e tensoativos alquil não iônicos de etoxilato, particularmente os com ponto de fusão abaixo de 40°C.
[0082] Uma mistura de tensoativo LAS/SLES apresenta um perfil de espuma superior a uma mistura de tensoativo Não Iônica LAS, sendo, portanto, preferida para formulações de lavagem manual que demandam altos níveis de espuma. O SLES pode ser usado em níveis de até 30%.
[0083] Uma mistura de tensoativo LAS/NI provê uma partícula mais dura, e seu perfil de espuma mais baixo torna-a mais adequada para uso em lavagem automática na máquina.
O revestimento
[0084] O principal componente do revestimento é o sal inorgânico solúvel em água. Outros ingredientes compatíveis com água podem ser incluídos no revestimento. Por exemplo, fluorescente, SCMC, outros corantes, por exemplo, corantes de sombreamento, pigmentos, silicato.
Sais Inorgânicos Solúveis em Água
[0085] Os sais inorgânicos solúveis em água são preferivelmente selecionados entre carbonato de sódio, cloreto de sódio, silicato de sódio e sulfato de sódio, ou suas misturas, mais preferivelmente 70 a 100% por peso de carbonato de sódio. O sal inorgânico solúvel em água está presente como revestimento da partícula. O sal inorgânico solúvel em água está preferivelmente presente em um nível que reduza a viscosidade da partícula do detergente de lavagem a um ponto onde as partículas fluam livremente.
[0086] Será observado pelos técnicos no assunto que revestimentos de múltiplas camadas, dos mesmos ou diferentes materiais de revestimento, podem ser aplicados, porém, uma única camada de revestimento é preferida, para simplificar a operação, e para maximizar a espessura do revestimento. A quantidade de revestimento deve ficar na faixa de 1 a 40% por peso da partícula, preferivelmente 20 a 40% por peso, e mais preferivelmente ainda na faixa de 25 a 35% por peso para os melhores resultados em termos de propriedades antiaglomerantes das partículas de detergente.
[0087] O revestimento é aplicado à superfície do núcleo do tensoativo, por cristalização de uma solução aquosa do sal inorgânico solúvel em água. A solução aquosa contém preferivelmente mais de 50g/l, mais preferivelmente 200g/l do sal. Uma pulverização de solução de revestimento em um leito fluidizado forneceu resultados satisfatórios e pode também gerar um leve arredondamento das partículas de detergente durante o processo de fluidização. Pode ser necessário secagem/resfriamento para concluir o processo.
[0088] Ao se revestir as partículas de detergente grandes da invenção em questão, a espessura do revestimento que pode ser obtida através do uso de um nível de revestimento de, digamos, 5% por peso, é muito maior que a que seria obtida em grânulos de detergente de tamanho típico (esfera de diâmetro de 0,5 - 2 mm).
[0089] Para propriedades de dissolução excelentes, essa proporção de área de superfície para volume deve ser maior que 3 mm-1. No entanto, a espessura do revestimento é inversamente proporcional a esse coeficiente e, portanto, para o revestimento, a proporção “Área de superfície de partícula revestida” dividida por “Volume de partícula revestida” deve ser de menos de 15 mm-1.
[0090] Uma partícula de detergente de lavagem tolerante ao cálcio preferida compreende de 15 a 100% por peso de tensoativo aniônico, dos quais 20 a 30% por peso correspondem a lauril éter sulfato de sódio.
A Partícula de Detergente Revestida
[0091] Preferivelmente, a partícula de detergente revestida compreende de 70 a 100% por peso, mais preferivelmente 85 a 90% por peso, de uma composição de detergente em uma embalagem.
[0092] Preferivelmente, as partículas de detergente revestidas têm substancialmente o mesmo formato e tamanho, o que significa que pelo menos 90 a 100% das partículas de detergente de lavagem revestidas nas dimensões x, y e z estão dentro de uma variável de 20%, preferivelmente 10%, variável da maior para a menor partícula de detergente de lavagem revestida na dimensão correspondente.
Teor de Água
[0093] A partícula preferivelmente compreende de 0 a 15% por peso de água, mais preferivelmente 0 a 10% por peso, mais preferivelmente de 1 a 5% por peso de água, a 293K e 50% de umidade relativa. Isso facilita a estabilidade de armazenamento da partícula e suas propriedades mecânicas.
Outros Ingredientes
[0094] Os ingredientes descritos abaixo podem estar presentes no revestimento ou no núcleo.
Agente Fluorescente
[0095] A partícula de detergente de lavagem revestida preferivelmente compreende um agente fluorescente (abrilhantador ótico). Agentes fluorescentes são bem conhecidos e muitos desses agentes fluorescentes estão disponíveis comercialmente. Em geral, esses agentes fluorescentes são fornecidos e utilizados na forma de seus sais de metal álcali, por exemplo, os sais de sódio. A quantidade total do agente ou agentes fluorescente(s) usada na composição é em geral de 0,005 a 2% por peso, mais preferivelmente 0,01 a 0,1% por peso. Fluorescentes adequados para uso na invenção estão descritos no capítulo 7 de Industrial Dyes, editado por K. Hunger 2003 Wiley- VCH ISBM 3-527-30426-6.
[0096] Fluorescentes preferíveis são selecionados entre as classes distririlbifenilas, triazinilaminoestilbenos, bis(1,2,3-triazol-2-il)estilbenos, bis(benzo[b]furano-2-il)bifenilas, 1,3-difenil-2-pirazolinas e cumarinas. O fluorescente é preferivelmente sulfonado.
[0097] As classes preferidas de fluorescente são: Compostos di-estiril bifenil, por exemplo, Tinopal (Marca Registrada) CBS-X, compostos de diaminas de ácido dissulfônico estilbeno, por exemplo, Tinopal DMS purê Xtra e Blankophor (Marca Registrada) HRH, e compostos de pirazolina, por exemplo Blankophor SN. Os fluorescentes preferidos são: sódio 2 (4-estiril-3-sulfofenil)- 2H- naftol[1,2-d]triazol, dissulfonato dissódico 4,4’-bis{[(4-anilino-6-N-metil-N-2 hidroxietil) amino 1,3,5-triazina-2-il)]amino}estilbeno-2-2’, dissulfonato dissódico 4,4’-bis{[(4-anilino-6-morfolino-1,3,5-triazina-2-il)]amino} estilbeno-2-2’, e dissódio 4,4’-bis(2-sulfoestiril)bifenil.
[0098] Tinopal® DMS é o sal dissódico do dissulfonato dissódico 4,4’-bis{[(4- anilino-6-morfolino-1,3,5-triazina-2-il)]amino} estilbeno-2-2’. Trinopal® CBS é o sal dissódico do dissódio 4,4’-bis(2-sulfoestiril)bifenil.
Perfume
[0099] Preferivelmente, a composição compreende um perfume. O perfume está preferivelmente na faixa de 0,001 a 3% por peso, mais preferivelmente 0,1 a 1% por peso. Muitos exemplos adequados de perfumes são providos no CTFA (Cosmetic, Toiletry and Fragrance Association) 1992 International Buyers Guide, publicado pela CFTA Publications e no OPD 1993 Chemicals Buyers Directory 80th Annual Edition, publicado pela Schnell Publishing Co.
[0100] É comum que uma pluralidade de componentes de perfume esteja presente em uma formulação. Nas composições da presente invenção prevê- se que haverá quatro ou mais, preferivelmente cinco ou mais, mais preferivelmente seis ou mais ou até sete ou mais diferentes componentes de perfume.
[0101] Em misturas de perfume, preferivelmente 15 a 25% por peso sãonotas de topo. Notas de topo são definidas por Poucher (Journal of the Society of Cosmetic Chemists 6(2):80 [1955]). As notas de topo preferidas são selecionadas entre óleos cítricos, linanol, acetato de linalil, lavanda, diidromircenol, óxido de rosa e cis-3-hexanol.
[0102] É preferido que as partículas de detergente de lavagem revestidas não contenham um descolorante de peroxigênio, por exemplo, percarbonato de sódio, perborato de sódio, e perácido.
Polímeros
[0103] A composição pode compreender um ou mais outros polímeros. Exemplos são carboximetilcelulose, poli(etilenoglicol), poli(vinilalcool), iminas de polietileno, iminas de polietileno etoxiladas, policarboxilatos de polímeros de poliéster solúveis em água, como poliacrilatos, copolímeros de ácido maleico/acrílico e copolímeros de ácido laurel metacrilato/acrílico.
Enzimas
[0104] Uma ou mais enzimas estão preferivelmente presentes na composição. Preferivelmente o nível de cada enzima vai de 0,0001% por peso a 0,5% por peso de proteína.
[0105] Enzimas especialmente contempladas incluem proteases, alfa- amilases, celulases, lipases, peroxidases/oxidases, liases de pectato e mananases, ou suas misturas.
[0106] Lipases adequadas incluem as de origem bacteriana ou fúngica. Estão incluídos mutantes proteicos modificados quimicamente ou preparados. Exemplos de lipases úteis incluem lipases de Humicola (sinônimo - Termomices), por exemplo, H. lanuginosa (T. lanuginosus), conforme descrição na EP 258 068 e EP 305 216, ou de H. insolens, conforme descrição na WO 96/13580, uma lipase Pseudomonas, por exemplo, de P. alcaligenes ou P. pseudoalcaligenes (EP 218 272), P. cepacia (EP 331 376), P. stutzeri (GB 1,372,034), P. fluorescens, Pseudomonas sp. Cepa SD 705 (WO 95/06720 e WO 96/27002), P. wisconsinensis (WO 96/12012), uma lipase Bacillus, por exemplo, de B. subtilis (dartois et al. (1993), Biochemica et Biophysica Acta, 1131, 253-360), B. stearothermophilus (JP 64/744992) ou B. pumilus (WO 15 91/16422).
[0107] Outros exemplos são variáveis de lipases como as descritas nas WO 92/05249, WO 94/01541, EP 407 225, EP 260 105, WO 95/35381, WO96/00292, WO 95/30744, WO 94/25578, WO 95/14783, WO 95/22615, WO97/04079 e WO 97/07202, WO 00/60063, WO 09/107091 e W009/111258.
[0108] As enzimas de lipase preferidas incluem LipolaseTM e Lipolase UltraTM, LipexTM (Novozymes A/S) e LipocleanTM.
[0109] O método da invenção pode ser realizado na presença de fosfolipase classificada como EC 3.1.1.4 e/ou EC 3.1.1.32. Usado no presente documento, o termo fosfolipase é uma enzima que apresenta atividade em relação aos fosfolipídios.
[0110] Os fosfolipídeos, como por exemplo, a lecitina ou fosfatidilcolina, são compostos de glicerol esterificado com dois ácidos graxos nas posições externa (sn-1) e do meio (sn-2), e esterificados com ácido fosfórico na terceira posição; o ácido fosfórico, por sua vez, pode ser esterificado em um amino- álcool. Fosfolipases são enzimas que participam na hidrólise de fosfolipídios. Vários tipos de atividade de fosfolipase podem ser distinguidos, incluindo fosfolipases A1 e A2, as quais hidrolisam um grupo acil graxo (na posição sn-1 e sn-2, respectivamente), formando lisofosfolipídio; e lisofosfolipase (ou fosfolipase B), que pode hidrolisar o grupo acil graxo restante em lisofosfolipídio. A fosfolipase C e a fosfolipase D (fosfodiesterases) liberam diacil glicerol ou ácido fosfatídico, respectivamente.
[0111] Proteases adequadas incluem as de origem animal, vegetal ou microbiana. A origem microbiana é preferida. Mutantes modificados quimicamente ou construídos com proteína estão incluídos. A protease pode ser uma protease serina ou uma metaloprotease, preferivelmente uma protease microbiana alcalina ou uma protease do tipo de tripsina. Enzimas de protease adequadas incluem AlcalaseTM, SavinaseTM, PrimaseTM, DuralaseTM, DyrazymTM, EsperaseTM, EverlaseTM, PolarzymeTM, e KannaseTM (Novozymes A/S), MaxataseTM, MaxacalTM, MaxapemTM, ProperaseTM, PurafectTM, Purafect OxPTM, FN2TM, e FN3 (Genencor International Inc.).
[0112] O método da invenção pode ser realizado na presença de cutinase classificada em EC 3.1.1.74. A cutinase utilizada de acordo com a invenção pode ser de qualquer origem. Preferivelmente, as cutinases são de origem microbiana, em particular de origem bacteriana ou fúngica ou de levedura.
[0113] Amilases adequadas (alfa e/ou beta) incluem as de origem bacteriana ou fúngica. Mutantes modificados quimicamente ou construídos com proteína estão incluídos. Amilases incluem, por exemplo, alfa-amilases obtidas a partir de Bacilos, por exemplo, uma cepa especial de B. licheniformis, descrita em mais detalhe na GB 1,296,839, ou as cepas de Bacillus sp. reveladas no WO 95/026397 ou WO 00/060060. Amilases adequadas são a DuramylTM, TermamylTM, Termamyl UltraTM, NatalaseTM, StainzymeTM, FungamylTM, e BANTM (Novozymes A/S), RapidaseTM, e PurastarTM (da Genencor International Inc.).
[0114] As celulases adequadas incluem as de origem bacteriana ou fúngica. Mutantes modificados quimicamente ou construídos com proteína estão incluídos. Celulases adequadas incluem celulases dos gêneros Bacillus, Pseudomonas, Humicola, Fusarium, Thielavia, Acremonium, por exemplo, as celulases fúngicas produzidas a partir de Humicola insolens, Thielavia terrestres, Myceliophthora thermophila, e Fusarium oxysporum revelados nas US 4,435,307, US 5,648,263, US 5,691,178, US 5,776,757, WO 89/09259, WO 96/029397, e WO 98/012307. As celulases incluem CelluzymeTM, CarezymeTM, EndolaseTM, RenozymeTM (Novozymes A/S), ClazinaseTM e Puradax HATM (Genencor International Inc.), e KAC-500(B) TM (Kao Corporation).
[0115] Peroxidases/oxidases adequadas incluem as de origem de plantas, bacteriana ou fúngica. Mutantes modificados quimicamente ou construídos com proteína estão incluídos. Exemplos de peroxidases úteis incluem peroxidases originadas de Coprinus, por exemplo, C. cinereus, e suas variantes, como as descritas no WO 93/24618, WO 95/10602 e WO 98/15257. As peroxidases incluem GuardzymeTM e NovozymTM 51004 (Novozymes A/S).
[0116] Outras enzimas adequadas são reveladas nos WO2009/087524, WO2009/090576, WO2009/148983 e WO2008/007318.
Estabilizantes de Enzimas
[0117] Qualquer enzima presente na composição pode ser estabilizada utilizando-se agentes estabilizantes convencionais, por exemplo, um poliol como o propilenoglicol ou glicerol, um açúcar ou álcool de açúcar, ácido lático, ácido bórico, ou um derivado de ácido bórico, por exemplo, um éster de borato aromático, ou um derivado de ácido fenilborônico, como o ácido 4- formilfenilborônico, e a composição pode ser formulada conforme descrito, por exemplo, no WO 92/19709 e WO 92/19708.
[0118] Sequestrantes podem estar presentes nas partículas detergentes.
[0119] A invenção será descrita em mais detalhes com referência aos exemplos não limitadores a seguir.
Exemplos Exemplo 1: (fabricação de partícula)
[0120] Uma cor de partícula de detergente revestida foi criada, contendo Violeta Ácido 50 no núcleo.
[0121] As partículas eram elipsoides achatados que apresentavam as seguintes dimensões x = 1,1 mm y = 4,0 mm z = 5,0 mm. As partículas pesavam ~0,013g cada uma. A aparência da partícula era de um belo violeta. Preparação do Núcleo
[0122] 1962,5g de mistura de tensoativo moído (LAS/NI 85/15 por peso) foram misturadas completamente com 37,38g de óleo de perfume e 0,124g de corante Violeta Ácido 50. A mistura foi então extrudada utilizando-se uma extrusora de parafusos gêmeos ThermoFisher 24HC, operada em uma taxa de 8kg/h. A temperatura da entrada da extrusora foi estabelecida em 20°C, sendo elevada a 40°C pouco antes da placa-molde. A placa-molde usada foi perfurada com 6 orifícios circulares de 5 mm de diâmetro.
[0123] O produto extrudado foi cortado depois da placa-molde, utilizando-se um cortador de alta velocidade ajustado para produzir partículas de ~1,1 mm de espessura. Revestimento de Partícula
[0124] 764g do extrudado acima foram carregados na câmara fluidificante de uma secadora de leito fluido de laboratório Strea 1 (Aeromatic-Fielder AG), e revestidos com pulverização com a utilização de 1069g de uma solução que continha 320,7g de carbonato de sódio em 748,3g de água, utilizando-se uma configuração de pulverização superior.
[0125] A solução de revestimento foi inserida no bocal de pulverização do Strea 1 através de uma bomba peristáltica (Watson-Marlow modelo 101U/R) em uma proporção inicial de 3,3g/min, elevando-se a 9,1g/min durante o curso do estudo de revestimento.
[0126] O revestidor do leito fluido foi operado com uma temperatura inicial de entrada de ar de 55°C, aumentando para 90°C durante o curso do estudo de revestimento, ao mesmo tempo mantendo a temperatura da saída na faixa de 45-50°C ao longo de todo o processo de revestimento. Exemplo 2: (Cor de partícula de detergente revestida)
[0127] A cor das partículas do exemplo 1 foi medida utilizando-se um reflectómetro (sem UV) e expressa como o valor CIE L*a*b*. Os resultados são apresentados abaixo
Figure img0004
L* é a claridade, pois os objetos tornam-se gotas L* coloridas. a* é o eixo vermelho-verde com valores positivos que indicam uma cor vermelha e negativos uma cor verde b* é o eixo amarelo-azul com valores positivos que indicam uma cor amarela e negativos uma cor azul.
[0128] A partícula é claramente violeta com um valor b* negativo. Exemplo 3: (Cor do caldo)
[0129] 2,25g da Partícula do exemplo foram dissolvidos em 100 ml de água desmineralizada. As soluções foram centrifugadas por 15 minutos a 11000 RPM, e a cor do líquido foi medida em um espectrômetro de absorção A UV- VIS. O líquido tinha aparência violeta.
[0130] O espectro UV-VIS deu o espectro de Violeta Ácido 50 para ambas as soluções, com uma absorção máxima a 570 nm. As densidades óticas são dadas na tabela abaixo
Figure img0005
[0131] Ambas as partículas conferem Violeta Ácido 50 à solução com sucesso.

Claims (14)

1. Composição detergente particulada embalada acondicionada em uma embalagem, sendo que a embalagem compreende pelo menos uma parte transparente e a composição compreende mais de 50% em peso de tensoativo de detergente e pelo menos 70% em número das partículas, compreendendo: (i) um núcleo, que compreende principalmente tensoativo e de 0,0001 a 0,1% de corante, preferivelmente 0,001 a 0,01% de corante, em que o corante é selecionado entre corantes aniônicos e corantes não iônicos; e (ii) um revestimento que compreende sal inorgânico solúvel em água, depositado por cristalização a partir de uma solução aquosa, sendo que as partículas apresentam o mesmo formato e tamanho entre elas, caracterizada por cada partícula apresentar dimensões perpendiculares x, y e z, em que x é de 0,2 a 2 mm, y é de 2,5 a 8 mm (preferivelmente 3 a 8 mm), e z é de 2,5 a 8 mm (preferivelmente 3 a 8 mm).
2. Composição embalada, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por pelo menos uma parte transparente apresentar uma transmitância de mais de 25%, mais preferivelmente mais de 30%, mais preferivelmente mais de 40%, mais preferivelmente mais de 50% na parte visível do espectro.
3. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizada por pelo menos uma parte transparente compreender uma abertura em uma parte opaca.
4. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada por pelo menos uma parte transparente compreender a embalagem inteira, a qual pode incluir um ou mais rótulos opacos.
5. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo corante ser selecionado entre os que possuem: cromóforos de antraquinona; monoazo; bis-azo; xanteno, ftalocianina e fenazina.
6. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo corante ser selecionado entre os que possuem: cromóforos de antraquinona e monoazo.
7. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, em que a porcentagem numérica da composição embalada de partículas é caracterizada por compreender o núcleo e o revestimento ser de pelo menos 85%.
8. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo corante ser selecionado entre corantes ácidos; corantes dispersos e corantes alcoxilados.
9. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo revestimento compreender carbonato de sódio.
10. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada pelas partículas revestidas serem esferoides achatados com diâmetro de 3 a 6 mm e espessura de 1 a 2 mm.
11. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada pela maior parte em número das partículas da composição ser colorida com cores diferentes de branco.
12. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada pela embalagem ser resselável.
13. Composição embalada, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pela embalagem ser resselável através de uma tampa rosqueável, a qual também serve como dosadora.
14. Composição embalada, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizada por ser uma composição detergente para lavagem.
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