BR102015025129A2 - garrafa reabastecível para dispensar um produto fluido - Google Patents

Abstract

garrafa reabastecível para dispensar um produto fluido. a invenção refere-se a uma garrafa reabastecível para dispensar um prodto fluido, que compreende um corpo (1), no qual é formado um recipiente (2) que é destinado a acondicionar o produto, a garrafa compreendendo um dispositivo para dispensar o produto acondicionado que é montado no corpo à maneira de vedação, a garrafa sendo equipada com uma válvula (4) para encher o recipiente (2) que é disposta para permitir que uma fonte de produto (6) seja posta em comunicação com o recipiente de modo a encher o recipiente, a válvula compreendendo um conduto (7) para comunicação entre a fonte e o recipiente, o conduto tendo uma sede (8) que é equipada com uma válvula de palheta (9) que pode mover-se com relação à sede entre uma posição de fechamento vedada em uma posição de abertura do conduto quando a garrafa está na posição de cabeça-para-baixo, a válvula de pa-lheta (9) sendo equipada com um dispositivo (35)para pôr em tensão resiliente a vedação na posição de fechamento, o dispositivo sendo disposto de modo que pos-sa ser desacoplado da válvula de palheta (9) de modo a liberar o movimento subse-quente da válvula de palheta entre as posições de fechamento e abertura dela.

Description

“GARRAFA REABASTECÍVEL PARA DISPENSAR UM PRODUTO FLUIDO” [001 ]A invenção refere-se a uma garrafa reabastecível para dispensar um prodto fluido e a um conjunto que compreende tal garrafa e uma fonte de produto que é destinada a encher a garrafa.

[002] Em particular, a garrafa reabastecível torna possível dispensar um produto líquido, como, por exemplo, um produto para tratamento cosmético, um produto de maquiagem ou perfume ou um produto farmacêutico.

[003] A garrafa reabastecível compreende um corpo no qual um recipiente para acondicionar o produto é formado, e um dispositivo para dispensar o produto acondicionado que é montado no corpo à maneira de vedação. Em particular, o dispositivo dispensador pode compreender dispositivos de remoção sob a forma de uma bomba acionada manualmente que é abastecida do produto acondicionado. A bomba sendo disposta para dispensar o produto pressurizado, por exemplo, sob a forma de um aerossol. Em uma variante, o dispositivo dispensador pode compreender dispositivos para aplicar o produto, por exemplo, sob a forma de uma esfera.

[004] Em um exemplo de aplicação, as garrafas abastecíveis, de acordo com a invenção, tornam possível dispensar amostras de produtos, em particular para um volume de produto acondicionado no recipiente que é de 1 e 10 ml. Em particular, as amostras assim distribuídas podem permitir ao cliente testar o produto, as garrafas sendo assim consideradas como sendo garrafas para testes de amostragem. Em uma variante, as garrafas podem ser referidas como de “tamanho para deslocamento” no sentido de que elas tornam fácil transportar um volume menor de produto, em comparação com garrafas que têm uma capacidade maior, que são geralmente pesadas e grandes uma vez que são de luxo;

[OOõjNestas aplicações, por razões logísticas, razões de conveniência ou por razões ambientais, de reciclagem, por exemplo, pode ser desejável que seja possível reabastecer o recipiente com o produto de uma fonte de produto. Na verdade, é impraticável que o usuário reabasteça o recipiente utilizando um pequeno funil e não é economicamente correto jogar fora uma garrafa vazia e substituí-la com uma garrafa cheia, que constitui um reenchi mento.

[006] Já estão no mercado garrafas reabastecíveis, nas quais o corpo é equipado com uma válvula para encher o recipiente, que é disposto para permitir que uma fonte de produto seja posta em comunicação com o recipiente de modo a encher o recipiente.

[007] O documento EP-2 708 286 descreve tal garrafa reabastecível, na qual a válvula compreende um conduto para comunicação entre a fonte e o recipiente, o conduto tendo uma sede que é equipada com uma válvula de palheta, que pode mover-se com relação à sede entre uma posição de fechamento vedada e uma posição de abertura do conduto sob o efeito da gravidade, que é provocado pelo posicionamento da garrafa na posição vertical e em uma posição de cabeça-para-baixo, respectivamente.

[008] Esta solução não é inteiramente satisfatória no sentido de que a válvula de palheta está livre para mover-se entre as posições de fechamento e abertura dela quando a garrafa é movida alternadamente entre as posições vertical e de cabeça-para-baixo dela, mesmo quando a válvula não está conectada a uma fonte de produto, e isto pode afetar adversamente a vedação da válvula quando a garrafa estiver em uso.

[009] De modo a se superar esta desvantagem, o documento EP-2 719 466 apresenta um dispositivo para travar a válvula de palheta na posição de fechamento, o dispositivo sendo disposto para ser manualmente desativado pelo usuário. Entretanto, antes de encher a garrafa, o usuário tem assim que fazer um gesto específico de modo a desativar o dispositivo para travar a válvula de palheta.

[010] A invenção visa aperfeiçoar a técnica anterior ao propor em particular uma garrafa para a qual o gesto de encher é simplificado, aperfeiçoando ao mesmo tempo a vedação dela, em particular entre as operações de enchimento da garrafa. Para isto, de acordo com um primeiro aspecto, a invenção propõe uma garrafa rea-bastecível para dispensar um prodto fluido, que compreende, um corpo no qual é formado um recipiente que é destinado a acondicionar o produto, a garrafa compreendendo um dispositivo para dispensar o produto acondicionado que é montado no corpo à maneira de vedação, a garrafa sendo equipada com uma válvula para encher o recipiente que é disposta para permitir que uma fonte de produto seja posta em comunicação com o recipiente de modo a encher o recipiente, a válvula compreendendo um conduto para comunicação entre a fonte e o recipiente, o conduto tendo uma sede que é equipada com uma válvula de palheta que pode mover-se com relação à sede entre uma posição de fechamento vedada e uma posição de abertura do conduto quando a garrafa está na posição de cabeça-para-baixo, a válvula de palheta sendo equipada com um dispositivo para pôr a vedação sob tensão resilien-te na posição de fechamento, o dispositivo sendo disposto de modo que possa ser desacoplado da válvula de palheta de modo a liberar o movimento subsequente da válvula de palheta entre as posições de fechamento e abertura dela.

[011] De acordo com um segundo aspecto, a invenção propõe um conjunto que compreende tal garrafa reabastecível e uma fonte de produto que é destinada a encher a garrafa reabastecível, a fonte compreendendo um recipiente de produto que é equipado com um suporte que é disposto para permitir que a válvula de enchimento seja conectada ao recipiente de fonte à maneira de vedação, ao mesmo tempo pondo o conduto em comunicação com o recipiente.

[012] Outros objetos e vantagens da invenção se tornarão evidentes na descrição seguinte, apresentada com referência aos desenhos anexos, nos quais: - a Figura 1a é um corte longitudinal parcial e a Figura 1b é um recorte em perspectiva parcial de uma garrafa reabastecível de acordo com uma modalidade da invenção; - a Figura 2a é uma vista frontal e a Figura 2b é uma vista em perspectiva que mostra o soquete da garrafa das Figuras 1a e 1b; - a Figura 3 é uma vista de fundo em perspectiva parcial das garrafas das Figuras 1a e 1b que mostra a válvula de enchimento; - a Figura 4a é uma vista em planta em perspectiva parcial e a Figura 4b é um recorte em perspectiva parcial do suporte de uma fonte de produto que forma um conjunto juntamente com a garrafa das Figuras 1a e 1b; a Figura 5a é um corte longitudinal parcial através da conexão da garrafa re-abastecível das Figuras 1a e 1b com a fonte das Figuras 4a e 4b na posição vertical e que tem um fecho vedado, e a Figura 5b é um corte longitudinal parcial através da conexão da garrafa reabastecível das Figuras 1a e 1b com a fonte das Figuras 4a e 4b na posição de cabeça-para-baixo e que tem a abertura de passagem para fins de enchimento.

[013] Na descrição, os termos referentes ao posicionamento no espaço são tomados com referência à posição vertical da garrafa reabastecível mostrada em particular nas Figuras 1a, 1b e 5a.

[014] Com referência aos desenhos é descrita a seguir uma garrafa reabastecível que é destinada a conter um prodto fluido de modo a dispensar o produto. Em exemplos específicos, o produto pode ser um líquido, em particular um produto para tratamento cosmético, um produto de maquiagem ou perfume ou um produto farmacêutico.

[015] A garrafa reabastecível compreende um corpo 1 no qual é formado um recipiente 2 para acondicionar o produto. De acordo com uma aplicação específica, o recipiente 2 pode ter uma capacidade de entre 1 e 10 ml de modo a permitir que amostras de produto sejam dispensadas.

[016] Nas modalidades mostradas, o corpo 1 é rígido, tendo em particular uma rigidez que é suficiente para que o volume do recipiente 2 permaneça substan- cialmente constante mesmo se a pressão interna variar. O corpo 1 pode ser formado em uma peça, por exemplo por moldagem de insuflação por injeção ou moldagem de insuflação por extrusão ou em uma série de peças que são injetadas e em seguida montadas, por exemplo, por soldagem de ultra-som, por laser ou por atrito giratório e feitas de material de plástico rígido, metal, por exemplo, alumínio ou vidro.

[017] A garrafa compreende um dispositivo (não mostrado) para dispensar o produto acondicionado que é montado à maneira de vedação no corpo 1. Em particular, o dispositivo dispensador pode compreender uma bomba que é acionada manualmente por meio de um botão de apertar, a bomba sendo abastecida com o produto por meio de um tubo de imersão 3, que é disposto no recipiente 2.

[018] Entretanto, a invenção não está limitada a um dispositivo para dispensar o produto. Em particular, são concebíveis outros tipos de dispositivos para remover o produto que está no recipiente 2. O dispositivo dispensador pode compreender também dispositivos para aplicar o produto, por exemplo, sob a forma de uma esfera.

[019] A garrafa é equipada com uma válvula 4 para encher o recipiente 2, que é disposta para permitir que uma fonte de produto 6 seja posta em comunicação com o recipiente de modo a encher o recipiente. Com referência aos desenhos, o corpo 1 tem uma também inferior 1a que é equipada com a válvula de enchimento 4 e uma abertura superior na qual o dispositivo dispensador é montado, por exemplo, por meio de uma gola.

[020] A abertura inferior 1a é formada na base do corpo 1 e válvula de enchimento 4 tem um soquete 5 que tem um acoplamento cilíndrico inferior 5a que se estende em sentido axial de maneira periférica sob a abertura; Portanto, um conduto de comunicação 7 é formado entre a fonte de produto e o recipiente 2, uma parte a montante do conduto estendendo-se no acoplamento cilíndrico inferior 5a. Nos desenhos, o soquete 5 é conectado sob o corpo 1, mas ele pode ser também formado em uma peça com o corpo.

[021 ]0 conduto de comunicação 7 tem uma sede 8 que é equipada com uma válvula de palheta 9 que pode ser movida com relação à sede entre uma posição de fechamento vedada e uma posição de abertura do conduto quando a garrafa estiver na posição de cabeça-para-baixo (Figura 5b). Em particular, a sede 8 é formada na extremidade superior do acoplamento cilíndrico inferior 5a, a válvula de palheta 9 podendo mover-se em translação axial entre as posições de fechamento e abertura dela. Vantajosamente, a válvula de palheta 9 é disposta de modo a poder mover-se entre as posições de fechamento e abertura dela sob o efeito da gravidade, que é provocado pelo posicionamento da garrafa reabastecível na posição vertical (Figura 5a) e na posição de cabeça-para-baixo (Figura 5b), respectivamente. Portanto, o enchimento é efetuado por um fluxo gravitacional simples através do conduto 7 entre a fonte de produto 6 e o recipiente 2 a ser enchido, sendo possível efetuar o enchimento utilizando-se um gesto simples para montar a garrafa reabastecível na posição vertical sobre a fonte de produto 6, seguido da virada do conjunto de garrafa reabastecível e fonte de produto 6 de cabeça-para-baixo.

[022] Em uma variante, a válvula de palheta 9 pode ser disposta a ser movida para dentro da posição de abertura sob o efeito de uma ação adicional do usuário, por exemplo, pela atuação do movimento da válvula de palheta 9 de modo a permitir que o produto flua sob o efeito da gravidade quando a garrafa estiver na posição de cabeça-para-baixo.

[023] Na modalidade mostrada, a posição vertical corresponde à posição de uso norma da garrafa reabastecível na qual o dispositivo dispensador é disposto na direção do topo. Em uma variante, a garrafa reabastecível, quando na posição vertical pode ser orientada de maneira diferente, desde que a válvula de palheta esteja na posição de fechamento sob o efeito da gravidade neste ponto.

[024] A garrafa reabastecível, quando na posição vertical, pode ser montada sobre a e conectada à fonte de produto 6 sem fazer com que qualquer produto seja transferido, em particular devido à ausência de pressurização do produto. A posição de cabeça-para-baixo corresponde então à rotação do conjunto de garrafa reabaste-cível e fonte de produto 6 de modo a se dispor à fonte acima do recipiente 2 de modo a fazer com que ele seja enchido por meio de fluxo. Nas Figuras 5a e 5b, a rotação é por 180s, mas este pode ser um ângulo diferente, desde que seja suficiente para abrir a válvula de palheta sob o efeito da gravidade.

[025] Após o enchimento, o conjunto de garrafa reabastecível e fonte de produto 6 volta à posição inicial antes que a garrafa seja desconectada de modo que ela seja utilizada em seguida. Em particular, virar o conjunto sobre si mesmo faz com que a válvula de palheta 9 seja fechada sob o efeito da gravidade.

[026] Com referência aos desenhos, a válvula de palheta 9 compreende uma superfície de sustentação anular 10 que, na posição de fechamento, estabelece um encosto de vedação com uma superfície de sustentação complementar 11 da sede 8 (Figuras 1a, 1b e 5a). A superfície de sustentação na posição de abertura, sendo disposta a uma distância da superfície de sustentação complementar (Figura 5b).

[027] Além do mais, a válvula de palheta 9 é equipada com um lastro 12 cujo peso é suficiente para mover a válvula de palheta entre as posições de abertura e fechamento dela. Em particular, o lastro 12 provoca uma força para pressionar a superfície de sustentação anular 10 de encontro à superfície de sustentação complementar 11 à maneira de vedação e assegura que as superfícies de sustentação se separem quando o conjunto é virado sobre si mesmo.

[028] A válvula de palheta 9 compreende uma gaiola periférica 13 sob a qual a superfície de sustentação anular 10 é formada, um lastro anexado 12, que é, por exemplo, à base de metal, que é fixado na gaiola. Em uma variante, o lastro 12 pode ser integrado com a válvula de palheta 9, em particular produzindo-se a válvula de palheta à base de um material de alta densidade, por exemplo, um polímero carre- gado com partículas de metal ou diretamente feito de um material de metal.

[029] Além do mais, a interface entre a superfície de sustentação anular e a superfície de sustentação complementar é equipada com uma vedação 14 para segurar a vedação da válvula de palheta 9 na posição de fechamento. Com referência aos desenhos, a válvula de palheta 9 compreende um aba inferior 15 que se estende em sentido axial a partir da superfície de sustentação anular 10 em cuja periferia a vedação 15 é montada de modo a ficar interposta entre as superfícies de sustentação 10, 11.

[030] A válvula de palheta compreende uma haste inferior 16 que se estende sob a gaiola 13. Na modalidade mostrada, a extremidade superior 16a da haste 16 é encaixada sob pressão em uma abertura inferior na gaiola 13, mas a haste pode ser formada em uma peça com a gaiola.

[031 ]A haste 16 é montada de maneira deslizante em um tubo 17 que é rigidamente conectado ao acoplamento cilíndrico inferior 5a, a haste e o tubo sendo dispostos de modo a se definir um limite de deslocamento da válvula de palheta na posição de abertura. Para fazer isto, a haste 16 é equipada com uma peça de extremidade 16b que coopera com uma borda inferior 18 do tubo 17 de modo a se formar um batente inferior de limite de deslocamento. Na modalidade mostrada, a peça de extremidade 16b é integrada com a haste 16. Em uma variante, a peça de extremidade 16b pode ser presa à haste 16.

[032]Além do mais, a gaiola 13 é equipada com uma tampa 19 que torna possível impedir que o lastro 12 entre em contato com o produto acondicionado no recipiente 12. Além disto, a tampa 19 forma uma câmara 20 que é rigidamente conectada à válvula de palheta ao ser disposta no recipiente 2, a câmara sendo disposta de modo a ficar na posição vertical (Figuras 1a, 1b e 5a), em comunicação com o recipiente e de modo a, na posição de cima para baixo (Figura 5b) ficar isolada do recipiente de modo que não seja enchida com o produto da fonte 6.

[033] Portanto, à medida que o recipiente 2 se esvazia, é formado um espaço de ar que, quando o recipiente é virado de cabeça-para-baixo, é mantido na câmara 20 de modo a ser liberado para dentro do recipiente quando volta à posição vertical, isto assegura que haja um espaço de ar no recipiente depois que ele é enchido. Em particular, o espaço de ar permite que o produto se dilate quando a temperatura aumentar sem ultrapassar a pressão que é admissível no recipiente 2.

[034] A tampa 19 tem uma parede periférica axial 19a que se estende por sobre uma parede radial inferior 19b. A câmara 20 sendo formada dentro das paredes de modo a se formar um espaço de retenção cuja peça de topo é abertura. Em particular, as paredes 19a, 19b são dispostas de modo que o espaço de retenção, quando na posição de cabeça-para-baixo não está em comunicação de fluxo com o conduto 7.

[035] O tubo 17 é montado no acoplamento cilíndrico inferior 5a por meio de pelo menos uma nervura 21. Em particular, três nervuras 21 podem ser apresentadas para formar três aberturas no conduto de comunicação.

[036] O soquete 5 compreende também um acoplamento cilíndrico superior 5b no qual a válvula de palheta é montada de modo a poder mover-se, formando, no interior do acoplamento cilíndrico superior, uma parte a jusante do conduto 7 que é descarregada no recipiente 2 por meio de uma passagem 22. Com referência aos desenhos, o acoplamento cilíndrico superior 5b estende-se em sentido axial a partir da extremidade superior do acoplamento cilíndrico inferior 5a, onde a sede 8 é formada, a passagem 22 sendo formada na interface entre a gaiola periférica 13 da válvula de palheta e a parede interna do acoplamento cilíndrico superior 5b e, portanto, a jusante da interface entre a válvula de palheta e a sede 8.

[037] Na modalidade mostrada, o acoplamento cilíndrico superior 5b é formado em uma peça com o acoplamento cilíndrico inferior 5a, o soquete 5 sendo montado na abertura inferior 1a de modo que no acoplamento cilíndrico inferior 5a se es- tenda em sentido axial sob a abertura, o acoplamento cilíndrico superior 5b estendendo-se em sentido axial no corpo a partir da abertura. Em particular, o acoplamento cilíndrico superior 5b tem uma parede externa que é disposta de modo a ficar em contato de fixação de encontro à parede interna do corpo 1, a parede externa compreendendo também uma ranhura na qual a periferia da abertura inferior 1a é encaixada.

[038] Em uma variante, o acoplamento cilíndrico superior 5b é o acoplamento cilíndrico inferior 5a podem ser produzidos em duas peças diferentes, o soquete 5 sendo formado em particular pela montagem das peças antes que sejam montadas na abertura inferior 1a.

[039] O acoplamento cilíndrico superior 5b tem uma geometria que é cilíndrica em revolução e no qual é formado um entalhe 23 que é disposto de modo que a passagem 22 seja assimétrica. Em particular, o entalhe 23 forma bordas superiores 23a e inferiores 23b no acoplamento cilíndrico superior 5b, que se estendem a partir da sede 8 por sobre um uma distância axial máxima e mínima, respectivamente.

[040] Portanto, quando a válvula de palheta está na posição de abertura (Figura 5b), o entalhe 23 torna possível abrir a passagem 22 por sobre um corte transversal que tem dimensões máximas na região da borda inferior 23b e torna possível terminar o fenômeno da ação capilar nesta região na interface entre a válvula de palheta 9 e o acoplamento cilíndrico superior 5b e, portanto, torna-se possível iniciar o fluxo de produto quando se enche o recipiente 2.

[041] Além do mais, a presença da borda superior 23a torna possível assegurar corretamente que a válvula de palheta seja guiada entre as posições de fechamento e abertura dela, em particular limitando-se as deflexões radiais da válvula de palheta quando a garrafa é girada ou até a posição vertical ou de cabeça-para-baixo, tais deflexões provando-se possivelmente que têm um efeito adverso tanto sobre a abertura da válvula de palheta 9 e, portanto, sobre o enchimento do recipiente 2 quanto sobre o fechamento dele.

[042] Na modalidade mostrada, o entalhe 23 é formado por uma rampa em espiral circular 24 que se estende entre as bordas superior 23a e inferior 23b do acoplamento cilíndrico superior 5b, um lado 25 que conectada em sentido axial as bordas.

[043] Portanto, ao longo do entalhe 23, as dimensões axiais do acoplamento cilíndrico superior 5b variam de maneira progressiva entre as dimensões máximas da borda superior 23a e as dimensões máximas da borda inferior 23b, e isto torna possível tanto limitar a ação capilar na interface entre a válvula de palheta e o acoplamento cilíndrico superior 5b quanto assegurar que a válvula de palheta chega axialmente guiada dentro de maiores dimensões.

[044] De acordo com uma modalidade particularmente vantajosa, a rampa em espiral 24 estende-se a um ângulo ao longo de uma trajetória de entre 350e e 370e. Em particular, bons resultados foram obtidos estendendo-se a rampa 24 ao longo de uma trajetória angular que é diferente de 3602, o que permite que o lado 25 seja inclinado em sentido axial.

[045] Além do mais, a parede interna do acoplamento cilíndrico superior 5b é equipada com projeções 26 para guiar o movimento da válvula de palheta 9 no interior do acoplamento cilíndrico, as projeções sendo distribuídas de maneira angular por sobre a totalidade da parede interna, e cada uma tendo dimensões axiais que são substancialmente iguais às dimensões axiais locais da região da posição angular das projeções na parede interna.

[046JA fonte de produto 6 compreende um recipiente de produto 27, em particular formado no interior de uma garrafa 27a que tem uma capacidade que é maior que a da garrafa reabastecível. De acordo com outra modalidade, o recipiente-fonte é formado no interior de uma cavidade flexível que pode ser enchida com o produto sem ar ou gás para preservação apropriada do produto.

[047) 0 recipiente-fonte 27 é equipado com um suporte 28 que é disposto para permitir que a válvula de enchimento 4 seja conectada ao recipiente-fonte à maneira de vedação, pondo o conduto 7 em comunicação com o recipiente. Para fazer isto, a válvula de enchimento 4 é equipada com um dispositivo para conectar a garrafa à fonte de produto 6 à maneira de vedação, o suporte 28 sendo equipado com um dispositivo de conexão que é complementar ao da válvula de enchimento 4.

[048) Nos desenhos, o suporte 28 compreende um flange 29 para montagem sobre o gargalo 30 da garrafa-fonte 27a. O flange sendo fixado no gargalo por meio de uma gola 31. O flange 29 tem uma abertura superior 32 no topo da qual é montado um acoplamento cilíndrico 33, que se estende em sentido axial de maneira periférica. Além do mais, uma vedação anular 34 é interposta entre o acoplamento cilíndrico 33 e o gargalo 30.

[049) Vantajosamente, o suporte 28 não tem dispositivos para pressurizar o produto de enchimento. Portanto, a garrafa 27a não pode abandonar o papel de ser a fonte, uma vez que não tem gás propulsor ou pressão interna. Em particular, o acoplamento cilíndrico 33 pode ser dotado de uma tampa para fechar a abertura 32 entre dois processos de enchimento.

[050) 0 acoplamento cilíndrico inferior 5a da válvula de enchimento 4 é disposto de modo que possa ser conectado à fonte 6 à maneira de vedação de modo a efetuar um enchimento abastecendo a peça a montante do conduto 7 com produto da fonte.

[051) Para fazer isto, o acoplamento cilíndrico inferior 5a é disposto para ser capaz de deslizar em sentido axial com relação ao suporte 28. Em particular, os acoplamentos cilíndricos 5a 33 são anulares, o diâmetro externo do acoplamento cilíndrico inferior 5a sendo ligeiramente menor que o diâmetro inferior do acoplamento cilíndrico 33 de modo a permitir que a garrafa reabastecível seja montada em sentido axial na fonte de produto 6 sem folga.

[052] Além disso, o acoplamento cilíndrico inferior 5a é ligeiramente frustocô-nico e pode ter um chanfro interno de modo a assegurar que o acoplamento cilíndrico inferior seja fixado em sentido radial no acoplamento cilíndrico 33 à maneira de vedação durante o deslizamento axial. Além do mais, o soquete 5 compreende uma coroa anular 5c com a qual a extremidade superior do acoplamento cilíndrico 33 entra em encosto axial quando termina o deslizamento. De modo a assegurar que vedação da válvula 4, a válvula de palheta 9 é equipada com um dispositivo 35 para pôr em tensão resiliente a vedação na posição de fechamento, o dispositivo sendo disposto de modo que possa ser desacoplado da válvula de palheta 9 de modo a liberar o movimento subsequente da válvula de palheta entre as posições de fechamento e abertura dela.

[053] Em particular, o dispositivo provocador de tensão 35 torna possível assegurar a vedação estática da válvula 4 entre dois processos para encher a garrafa, a vedação estática sendo terminada por desacoplamento sem qualquer ação sobre a válvula de palheta 9, em particular sem fazer com que ela se mova.

[054] Vantajosamente, o dispositivo provocador de tensão 35 é disposto de modo a ser desacoplado da válvula de palheta pela conexão da garrafa reabastecí-vel à fonte de produto 6 à maneira de vedação. Portanto, de modo a poder encher a garrafa, o usuário só tem que conectar a válvula de palheta à fonte de produto 6, sem qualquer ação adicional para desacoplar o dispositivo provocador de tensão 35, e este é um gesto que é particularmente simples e intuitivo.

[055] Com referência aos desenhos, o dispositivo provocador de tensão 35 compreende um dispositivo de mola 36 que exerce uma força para pressionar a válvula de palheta 9 de encontro à sede 8 na posição de fechamento, e um anel de apoio 37 por meio do qual o dispositivo de mola é acoplado à válvula de palheta 9. Em particular, o anel de apoio 37 pode mover-se com relação à válvula de palheta 9 de uma posição ativa, à qual a válvula de palheta 9 sofre a tensão do dispositivo de mola 36 na posição de fechamento, até uma posição inativa, na qual o movimento da válvula de palheta 9 é liberado da ação do dispositivo de mola.

[056] Na modalidade mostrada, o dispositivo de mola 36 é formado por uma mola em espiral que é montada em volta da haste 16 da válvula de palheta 9 ao ser interposta sob tensão entre o tubo 17 do acoplamento cilíndrico inferior 5a e o anel de apoio 37.

[057] O anel de apoio 37 compreende uma parede inferior 38 que entra em posição de encosto com a de extremidade 16b da haste 16 quando o anel de apoio está na posição ativa, e uma parede superior 39 que entra em posição de encosto com a borda inferior 18 do tubo quando o anel é movido na direção da posição inativa.

[058] Portanto, à medida que a peça de extremidade 16b e a borda inferior 18 definem juntas a parada de limite de deslocamento para a válvula de palheta 9 na posição de abertura, o anel 37 é movido entre as posições ativa e inativa dele ao longo de uma trajetória de deslocamento que é equivalente à trajetória de deslocamento da válvula de palheta 9 entre as posições de fechamento e abertura dela.

[059] Para se permitir que ele se mova, o anel 37 tem uma coroa interna 37a que é montada de maneira deslizante em volta da haste 16. Em particular, a coroa interna 37a tem uma endentação 40 que é formada na parede superior 39, na qual a extremidade inferior do dispositivo de mola 36 é disposto a ficar sustentado.

[060JAIém do mais, a extremidade superior 36 do dispositivo de mola é disposta de modo a ser sustentada de encontro a uma borda superior 41 que é formada no interior do tubo 17. As dimensões do tubo e da endentação 40 que é disposta de modo que a borda inferior 18 do tubo entre em posição de encosto com a parede superior 39 circundando a endentação quando o anel 37 é movido na direção da posição inativa. Portanto, na posição inativa, o dispositivo de mola 36 sofre tensão a ser encerrado em um alojamento fechado, o que torna possível isolar o produto que passa através do conduto quando se enche a garrafa.

[061 ]0 anel de apoio compreende também uma coroa externa 37b que é montada de maneira deslizante no acoplamento cilíndrico inferior 5a. A coroa interna 37a sendo montada na coroa externa por meio de pelo menos uma nervura 37c. Com referência às Figuras 1b e 3, são apresentadas três nervuras 37c. Com esta finalidade de modo a se formarem três aberturas no conduto de comunicação.

[062] Além do mais, o acoplamento cilíndrico 33 da fonte de produto 6 tem garras 42 que são dispostas para encostar na coroa externa 37b de modo a mover em sentido axial o anel 37 até a posição inativa quando se conectada a garrafa à fonte de produto 6 à maneira de vedação.

[063] Na modalidade mostrada, o acoplamento cilíndrico 33 compreende um aro anular 43 que se estende em sentido radial a partir da parede interna dele, três garras 42 sendo distribuídas de maneira angular sobre a extremidade livre do aro anular.

[064] Além disso, as dimensões do acoplamento cilíndrico inferior 5a das garras 42 são projetadas para permitir que o acoplamento cilíndrico inferior entre em posição de encosto axial com o aro 43 e para ser disposto de modo a ficar em contato de fixação entre as garras e a parede interna do acoplamento cilíndrico 33 durante a conexão de vedação, de modo a se aperfeiçoar a vedação da conexão.

REIVINDICAÇÕES

Claims (16)

1. Garrafa reabastecível para dispensar um prodto fluido, que compreende um corpo no qual é formado um recipiente que é destinado para acondicionar o produto, a garrafa compreendendo um dispositivo para dispensar o produto acondicio-nado que é montado no corpo à maneira de vedação, a garrafa sendo equipada com uma válvula para encher o recipiente que é disposta para permitir que uma fonte de produto seja posta em comunicação com o recipiente de modo a encher o recipiente, a válvula compreendendo um conduto para comunicação entre a fonte e o recipiente, o conduto tendo uma vedação que é equipada com uma válvula de palheta que pode mover-se com relação à vedação entre uma posição de fechamento vedada e uma posição de abertura do conduto quando a garrafa está na posição de cabeça-para-baixo, a garrafa sendo CARACTERIZADA pelo fato de que a válvula de palheta (9) é equipada com um dispositivo (45) para pôr em tensão resiliente a vedação na posição de fechamento, o dispositivo sendo disposto de modo que possa ser de-sacoplado da válvula de palheta (9) de modo a liberar o movimento subsequente da válvula de palheta entre as posições de fechamento e abertura dela.

2. Garrafa reabastecível, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que o dispositivo provocador de tensão (35) é disposto de modo a ser desacoplado da válvula de palheta (9) pela conexão da garrafa com a fonte de produto (6) à maneira de vedação.

3. Garrafa reabastecível, de acordo com a reivindicação 1 ou com a reivindicação 2, CARACTERIZADA pelo fato de que o dispositivo provocador de tensão (35) compreende um dispositivo de mola (36) que exerce uma força para pressionar a válvula de palheta (9) de encontro à sede (8), o dispositivo de mola sendo acoplado à válvula de palheta (9) por meio de um anel de apoio (37) que pode mover-se com relação à válvula de palheta até uma posição inativa na qual o movimento da válvula de palheta (9) é liberado da ação do dispositivo de mola.

4. Garrafa reabastecível, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADA pelo fato de que a válvula de palheta (9) compreende um batente inferior que define o limite de deslocamento da válvula de palheta (9) na posição de abertura, o anel de apoio (37) podendo mover-se de uma posição ativa no batente inferior até uma posição inativa a uma distância de tal batente inferior.

5. Garrafa reabastecível m de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADA pelo fato de que o conduto (7) é equipado com um tubo (17) no qual uma haste inferior (16) da válvula de palheta (9) é montada de modo deslizante entre as posições de abertura e fechamento dela, a haste tendo o batente inferior e o anel de apoio (37) montado de maneira deslizante na haste entre o batente inferior e o tubo, o dispositivo de mola (36) sendo interposto sob tensão entre o tubo e o anel de apoio.

6. Garrafa reabastecível, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 5, CARACTERIZADA pelo fato de que o anel de apoio (37) compreende uma coroa externa (37b) que é montada de maneira deslizante no conduto (7).

7. Garrafa reabastecível, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, CARACTERIZADA pelo fato de que a válvula de palheta (9) é disposta de modo a pode mover-se entre as posições de fechamento e abertura dela sob o efeito da gravidade, que é provocado pelo posicionamento da garrafa em uma posição vertical e uma posição de cabeça-para-baixo, respectivamente.

8. Garrafa reabastecível, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, CARACTERIZADA pelo fato de que a válvula de palheta (9) compreende uma gaiola periférica (13), sob a qual é formada uma superfície de sustentação anular (10) à qual, na posição de fechamento, entra em posição de encosto com uma superfície de sustentação complementar (11) da sede (8), a superfície de sustentação na posição de abertura sendo disposta a uma distância da superfície de sustentação complementar.

9. Garrafa reabastecível, de acordo com a reivindicação 8, CARACTERIZADA pelo fato de que a superfície de sustentação anular (10) e a superfície de sustentação complementar (11) é equipada com uma vedação (14).

10. Garrafa reabastecível, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, CARACTERIZADA pelo fato de que a válvula (4) tem um acoplamento cilíndrico inferior (5a) no qual uma peça a montante do conduto (7) é formada, o acoplamento cilíndrico sendo disposto de modo que possa ser conectado à fonte (6) à maneira de vedação de modo a efetuar o enchimento abastecendo a peça a montante do conduto (7) com produto da fonte (6).

11. Garrafa reabastecível, de acordo com a reivindicação 10, onde dependente da reivindicação 6, CARACTERIZADA pelo fato de que a coroa externa (37b) é montada de maneira deslizante no acoplamento cilíndrico inferior (5a).

12. Garrafa reabastecível, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 a 11, CARACTERIZADA pelo fato de que a válvula de palheta (9) é equipada com um lastro (12) cujo peso é suficiente para mover a válvula de palheta entre as posições de abertura e fechamento dela.

13. Garrafa reabastecível, de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, CARACTERIZADA pelo fato de que a válvula (4) tem um acoplamento cilíndrico superior (5b) no qual a válvula de palheta (9) é montada de modo a poder mover-se, formando, no interior do acoplamento cilíndrico superior, uma parte a jusante do conduto (7) que descarrega no recipiente (2) por meio de uma passagem (22), o acoplamento cilíndrico superior tendo uma geometria que é cilíndrica em revolução e no qual é formado um entalhe (23) que é disposto de modo que a passagem (22) seja assimétrica.

14. Conjunto CARACTERIZADO por compreender uma garrafa reabastecível de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13 e uma fonte de produto (6) que é destinada a encher a garrafa reabastecível, a fonte compreendendo um reci- piente de produto (27) que é equipado com um suporte (28) que é disposto para permitir que a válvula de enchimento (4) seja conectada ao recipiente-fonte (27) à maneira de vedação pondo, ao mesmo tempo, o conduto (7) em comunicação com o recipiente.

15. Conjunto, de acordo com a reivindicação 14, onde dependente da reivindicação 10, CARACTERIZADO pelo fato de que o acoplamento cilíndrico inferior (5a) é disposto para ser capaz de deslizar em sentido axial com relação a um acoplamento cilíndrico (33) do suporte (28) de modo a permitir que a garrafa reabastecí-vel seja montada e fixada na posição na qual ela fica conectada ao recipiente-fonte (27).

16. Conjunto, de acordo com a reivindicação 15, onde dependente da reivindicação 11, CARACTERIZADO pelo fato de que o acoplamento cilíndrico (33) tem garras (42) que são dispostas para encostar na coroa (37b) de modo a mover em sentido axial o anel (37) até a posição inativa durante a conexão vedada.